Bolacha Recheada by Marcia Sisi

A vida ĂŠ uma bolacha Recheada Por Marcia Sisi tags: pensamentos agosto 2012

lguns dos livros que li marcaram minha maneira de ver o mundo e a mim mesma. Ler é perceber de outras maneiras. Não me lembro de todos os títulos, muito menos de todos os autores, mas muitas de suas idéias me impregnaram de tal maneira que certamente não seria como sou sem eles. Recomendo fortemente a leitura consciente, aquela que vislumbra todas as possibilidades sem perder o referencial de que são apenas idéias de outras pessoas a respeito de algo ou de tudo. Quando colocamos mais crédito no que sentimos ao invés do que vemos ou ouvimos, voamos mais longe.

A vida é uma bolacha recheada! Recheada de quê? Morango, chocolate, baunilha... Quem fez, quem escolheu? Será que eu posso escolher quais os recheios da minha bolacha? Será que eu posso escolher quais os recheios da minha vida? Criar receitas inéditas?

Recheios Tem vida recheada de dor, de rancor, de amor, de solidariedade... As opções de recheios são infinitas, até porque não precisa ser pura, pode ser mistura, infindas combinações. Posso criar as minhas e você as suas. Ninguém tem total controle, se tivesse garantias não seria vida, mas todos nós podemos sim assumir o controle da criação.

Receitas Certamente cada um de nós possui suas receitas. As que deram super certo, as que nem tanto. Conte-me como resolveu aquele abacaxi da briga entre suas irmãs. Tias, pais, amigos... Como conseguiu passar de ano na escola com aquelas notas? E aquele emprego, gato ou gata, como descolou?

Quando foi a sua última vez? A última vez que transou gostoso... quando foi? como foi? Foi mesmo gostoso? Por quê? Para quem? Por quanto tempo? 3

Qual a sua parcela de ação para este resultado? A última vez que alguém se aproximou de você e com seus atos ou palavras o deixou MUITO feliz, triste, bravo, magoado, esperançoso, deprimido, encantado, orgulhoso, curioso, corajoso, medroso...? A última vez que se sentiu perdedor tendo ganhado ou ganhador tendo perdido?

Somos todos UM Aparentemente separados em indivíduos tão bem diferenciados e únicos, temos a ilusão de estar vivendo neste planeta como iguais seres humanos. Igualmente compostos por átomos: fogo, água, terra, sol e ar, gente, plantas e animais, pedra, cadeira etc e tal... somos todos UM. Mas se por e apesar de saber disso você tem algum interesse em saber mais, entender melhor, enxergar mais fundo... então este livro é para você. A proposta é ampliar seus pontos de referência a tal ponto que consiga criar os mais deliciosos recheios já imaginados por você ou qualquer um.

Delícias 4

Sim, vamos falar das delícias que podemos sentir, de prazeres antes inimagináveis, de poderes intrínsecos e genuínos. De liberdades e limites. Certos e errados. Verdades e mentiras. Ilusões e realidades. Por acaso enxergar o cocô do seu gato no tapete do seu quarto pode lhe parecer a coisa mais maravilhosa que viu hoje? Você consegue olhar para a morte com satisfação? Já foi capaz algum dia de dizer ao amor de sua vida: siga seu destino feliz e em paz, estou torcendo por você e seu novo amor? Imagino que não. Mas o objetivo aqui é exatamente este. Tenho certeza de que vou abalar as estruturas de suas certezas e no mar de suas dúvidas fazê-lo emergir mais forte, tranqüilo, satisfeito, feliz, amoroso e em paz consigo mesmo. Vai querer experimentar?

Experimentando Experimentar algo sugere que você não conheça se conhece não tem clareza suficiente sobre. Do contrário não estaria experimentando. Estaria fazendo, sendo, sentindo, comendo, coisando literalmente com uma margem quase zero de dúvidas a respeito. 5

Para experimentar é necessário primeiro destruir qualquer certeza a respeito do que se pretende experimentar. Sem isso não faz muito sentido. Desconstruir expectativas também é uma postura bem vinda uma vez que elas estarão claramente influenciando suas conclusões a respeito da experiência em questão. Tem certeza de que estaria disposto a jogar sua vaquinha no abismo? (aquela que vem mantendo financeiramente sua família há muito tempo com a venda do leite) Se sim, vamos em frente. Se não, bobagem continuar a leitura, provavelmente será pura perda de tempo. Se está em dúvida, obaaa, já começamos e você nem percebeu!

Perguntas e respostas Imagino que seja o melhor momento de avisá-lo que farei mais perguntas do que darei respostas. O motivo é muito simples, você já possui TODAS as melhores respostas para você. Não tenho a intenção de interferir nisso. Meu objetivo é ensiná-lo a pescar. Não vou te dar os peixes. 6

Esta é sua última chance de desistir desta leitura. Pelo menos de desistir de ler algo que não vai mudar sua vida para sempre. Porque meu objetivo é este: mudar sua vida para sempre. Se este não é o seu, pare por aqui. Dizem que é melhor um pássaro na mão do que dois voando. Acredite, a maior chance de sobrevivência está na direção em que segue a boiada. Nós aqui não estamos caminhando no mesmo sentido deles. Aqui você irá aprender a viver, não a sobreviver. Isso certamente significará que morrerá várias vezes no percurso. Então?

Escolheu ficar. OK, por hora escolheu ficar comigo. Muito bem... lá vai: você acredita que escolheu nascer quem você é? Parou algum momento para pensar porque teria feito esta escolha? Acreditaria se eu dissesse que pode MUDAR de opinião neste exato momento e re-escolher quem será a partir de agora? Literalmente. Bom, a verdade é perturbadora, nada o impede de escolher a mentira. 7

A verdade é libertadora e ser livre dá um trabalho do caralho. Vamos trabalhar?

Trabalhando Comece apagando qualquer idéia esdrúxula que possua sobre trabalho. Por esdrúxula entenda as associações de trabalho com dor, sacrifício, pesar, descontentamento, obrigação, necessidade etc. etc. etc. Comece encarando trabalho como uma atividade que você escolhe fazer pelo prazer de seus resultados. Por mais cansativo ou demorado que seja o percurso, ele é prazeroso, afinal você escolheu realizá-lo. Está ansioso pelos resultados. Pode ser? Então vamos em frente. Neste trabalho de redescoberta de si mesmo nosso primeiro objetivo será entender a chave mágica.

A chave mágica

Eu chamo de "A chave Mágica" um conceito que aprendi num livro do Lair Ribeiro. = Pensamento gera sentimento que gera ação. Você já tinha ouvido falar disso? Colocou em prática alguma vez? Sentiu seus resultados práticos? Temo que não. Se tivesse feito isso jamais o teria abandonado ou esquecido. É mágico. Olhe só um exemplo: Sua namorada marcou com você em frente ao cinema às 15hs. São 15h30min, cadê ela? São 16hs.. ué? Se pensar "Caramba, será que aquela vaquinha me deu o bolo?" Vai sentir raiva Vai xingar logo que ela aparecer, se aparecer, quando aparecer. Se pensar "Putz, que será que aconteceu? Vai se sentir confuso e em dúvida Vai perguntar ansioso o que houve. Se pensar "Não pode ser, será que aconteceu algo ruim, um acidente? Vai sentir medo de perdê-la 9

Vai correndo abraçá-la assim que a vir, feliz em descobrir que está viva, sã e salva. Fez sentido? Até que você saiba o que realmente aconteceu PODE ESCOLHER o que vai pensar. Esta ESCOLHA vai determinar o que sente e interferir em sua maneira de agir. Quantas são as maneiras que você pensaria numa situação dessas? SE já é capaz de pensar pelo menos as 3 que citei ou outras 3 quaisquer, meus parabéns! Você está bem na fita da sua vida, está com no mínimo 3 opções de escolha. Qual a que você tende a escolher? Raiva, dúvida, medo, amor, compreensão... ? Escolha de novo se não está gostando do que sente. Você tem esta opção. É SUA a decisão, ESCOLHA. Nem sempre dá pra usar, em todas as outras USE.

Exercitando os experimentos Vamos recordar, nosso objetivo é experimentar novidades. 10

Exercite as novas experiências até decidir se lhes servem ou não. Desistir ou morrer na praia não vai te levar para onde QUER, ESCOLHEU ir. A chave mágica é muito útil em vários momentos de nossa vida, inclusive naqueles onde nos percebemos como um instrumento musical na mão das outras pessoas. Cada um chega e toca o ritmo que bem entende, te deixando triste ou alegre, feliz ou infeliz, orgulhoso ou deprimido etc. Já sentiu isso? Stop. Quando alguém vem te entregar um presente, SE você não pegar, com quem fica o presente? NADA pode acontecer com você SE você não quiser permitir. Você pode me xingar. Se fico ofendido ou não é uma decisão minha, não sua. Pode me elogiar. Se fico inchado é uma escolha minha, não sua. Pode me dar zero na prova. Se vou me sentir derrotado e incapaz ou motivado a me auto superar é SEMPRE uma escolha minha, de mais ninguém. Começou a captar a mensagem? Captando a mensagem A liberdade existe e está ali logo atrás dos muros que nós mesmos construímos. (do filme instinto) 11

No geral, muros que nossos medos constroem. O inimigo pode parecer enorme quando não conseguimos vê-lo com clareza. Estamos aqui acendendo luzes que pretendem iluminar MAIS opções de vida. Mais possibilidades de ESCOLHA. O controle é uma ilusão. A impotência diante da vida também. Estamos falando em tendências. Tendo a crer que Nosso Criador, seja ele quem for, é muito melhor do que pintaram pra nós. Ele é "O cara" e sabia muito bem o que estava fazendo. Certamente que não criaria pessoas menos eficientes que plantas, animais ou quaisquer outros itens da natureza. Muito menos acredito que desperdice um momento qualquer de seu tempo para ficar "julgando" as ocorrências terrenas. Somos todos UM Ninguém em juízo perfeito cria uma cópia de si mesmo com defeito. Que dirá defeitoS mil. A semelhança da internet que nos une enquanto indivíduos que julgam-se entre si, ela apenas nos une e disponibiliza todas as possibilidades igualmente. O básico está garantido naquele “mundo”. Se você quiser mais, tem. Infinitamente mais. Ela se recria e se reinventa sem parar. Você define até onde quer ir, quando e por quanto tempo. É livre para escolher entre quaisquer possibilidades que consiga ver. Sem julgo, sem regras de “seja assim”. 12

Nada antes disso conseguiu ser tão democrático, tão sem preconceitos, tão permissivo, tão poderoso, tão rápido e de tão longo alcance. Parece uma promessa divina boa demais para ser verdade?

Reinstalando o sistema Sim senhor, não senhor... Stop. Vamos criar. Essa é nossa missão. Criar e experimentar. Se lhe serve, ótimo. Se não serve, escolha novamente, outra criação. Não foi o que você mais ouviu nos últimos milênios. OK, sei disso. Mas está ouvindo agora. Vai ignorar? E se for verdade?

Se somos todos UM eu e você e Deus somos todos um só ser Neste cenário somos todos perfeitos com todas as nossas supostas imperfeições. Não existe certo nem errado, apenas o que me serve ou não me serve enquanto um indivíduo, ainda que parte do todo.

Como uma mão, composta por dedos, somos todos UM ainda que individualizados. Meu polegar seria neste caso mais poderoso que meu indicador? Poderia ele mandar ou ser obediente ao seu vizinho? Inegavelmente diferentes e com competências diversas, ainda assim não faz sentido uma hierarquia, qualquer competição ou guerra. A palma da mão apenas mantém unidas suas partes, não as julga, não impõe regras, não manda e não castiga... assiste suas partes experienciarem suas vidas. Apenas isso. Num jogo seja ele qual for, apesar de suas regras, ganhadores e perdedores não deveriam ter tanta importância. É apenas um jogo. Para jogá-lo será necessário seguir as regras para ele criadas. Simples ou complexos os jogos precisam de jogadores dispostos a participar, mais ou menos cientes do que poderá acontecer durante o caminho, concordam com o que está por vir. Não é pecado matar nem morrer, magoar ou ser magoado, mentir ou dizer a verdade. São escolhas que fazem antes de entrar no jogo ou durante ele. Vão experimentando, escolhendo, decidindo e agindo de acordo com seus objetivos pessoais ou grupais. Nesta situação as melhores escolhas são feitas com base nas experiências pessoais vividas no caminho. Ainda que ouçam os conselhos, os palpites, as dicas, suas escolhas devem ser baseadas em suas 14

avaliações pessoais, percebendo o que funciona e o que não funciona para si mesmo (considerando suas habilidades pessoais e outras particularidades). Observando os resultados, escolhendo novamente e sempre re-escolhendo quando os resultados não satisfizeram seus objetivos.

Caso este jogo esteja gravado em um disco qualquer, TODAS as possibilidades de ocorrência já estão lá gravadas e são passíveis de tornarem-se parte daquela jogada. Quem morre, quem vive, por quais caminhos, com quais objetos, amores e dores. Percebe? TODOS os participantes estão de acordo com as possibilidades. Não existem culpados. Bonzinhos nem malvados. É só um jogo. Ninguém é obrigado a participar e pode mudar de idéia a qualquer tempo. Não estou tentando reduzir a vida a um simples jogo. Uma aventura ou uma viagem talvez descrevam melhor o que estou tentando dizer. Porque decidimos acreditar nisso e não naquilo? Temos escolha? O que você realmente pensa a respeito, lá no seu íntimo, protegido de todo julgo externo? Mesmo que perceba que já desistiu, uma vez que reperceba que ainda há luz no fim do túnel... O que está esperando para segui-la? 15

Alguns vivem, alguns sobrevivem. Não existem certos nem errados, vilões nem coitados. Apenas escolhas e caminhos, visíveis ou nublados, conscientes ou inconscientes. Você já experimentou isso? O que está esperando para experimentar? Do que você tem medo?

SE, você acha interessante manter uma rotina, uma programação de horários, atividades hard que o absorvam de corpo e alma... tudo bem É isso que te faz bem? Ninguém além de você poderia fazer esta avaliação melhor que você mesmo. Ainda sobram milhares de conceitos assimilados durante sua caminhada a serem revistos, substituídos, experimentados e re-escolhidos. Não seria o momento de reavaliar nosso conceito de indecente? O que é mais decente ou menos indecente? 1) fazer sexo em público 2) brigar em público é uma pergunta simples eu responderia que prefiro fazer sexo do que brigar em público = acho mais indecente promover a guerra do que a paz e o amor 16

A igreja sugeriu que o sexo deve ser proibido, que é indecente. Nossa sociedade assimilou muito a contra gosto, afinal, fazer amor é maravilhoso quando não se sente culpa por isso. Recebemos justificativas plausíveis para admitir e participar da guerra. Baseados no sentimento de medo, dor ou ausência de algo CASO não estejamos dispostos a brigar pelo que conquistamos. Crentes na idéia de que não há o suficiente para todos e que "salve-se quem puder". Mas estariam nos beneficiando estas crenças? Seriam mesmo reais? Ou são apenas correntes fracas que nos prendem a troncos podres que aprendemos a acreditar como mais fortes que nós quando ainda éramos crianças elefante? Sim, houveram muitos momentos em nossa caminhada nos quais lutamos bravamente por nossa liberdade. Por um mundo melhor, mais humano, menos agressivo. Mas foram tantas as vezes que nos rendemos ao poder das correntes e dos troncos... Que em algum momento acreditamos ser invencíveis. Quando vamos perceber que crescemos e acreditar que AGORA eles não podem mais nos manter presos?