Livro Controle de Embreagem - Márcia Pontes

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Sumário 1 SOBRE ESTE LIVRO.........................................................16 2. PARA QUE SERVE A EMBREAGEM?............................20

2.1 CORTAR A COMUNICAÇÃO ENTRE MOTOR E RODAS...................22

2.2 ESQUEÇA A TREMIDINHA! .................................................................25

2.3 COMO O TIPO DE SOLO INFLUENCIA NA SUBIDA....................26

3. DOMINANDO A EMBREAGEM E O VEÍCULO EM TERRENO PLANO .........................................................................29

3.1 COMANDO DE FREIO E EMBREAGEM............................................30

3.2 COMANDO DE EMBREAGEM E ACELERADOR CONSTANTE.....32

3.3 ENCONTRANDO A SINCRONIA ENTRE O PEDAL DE EMBREA-

GEM E ACELERADOR.....................................................................................34

3.4 NA TROCA DE MARCHAS O CALCANHAR NÃO ENCOSTA NO

CHÃO!...............................................................................................................38

3.5 NÃO APOIE O PÉ NA EMBREAGEM EM CONVERSÕES!...............40

4 EXERCÍCIOS PARA DOMINAR O VEÍCULO EM TERRENO PLANO...........................................................................................45 4.1 EXERCÍCIOS PARA O CARRO NÃO MORRER MAIS........................47

4.2 EXERCÍCIOS PARA SAIR COM O VEÍCULO......................................48

4.3 APRENDENDO A USAR O PEDAL DE FREIO NAS PARADAS..........50

4.4 EXERCÍCIO PARA SAIR E PARAR O VEÍCULO...................................54

4.5 CONHECENDO AS DIFERENTES GRADUAÇÕES DE PISADAS NA

EMBREAGEM.................................................................................................................56

4.6 O PONTO DE EMBREAGEM IDEAL DE QUALQUER VEÍCULO....59

5 EXERCÍCIOS PARA DOMINAR A EMBREAGEM E O VEÍCULO NAS SUBIDAS E RAMPAS......................................................62 5.1 CARRO NA LADEIRA, EMBREAGEM MAIS ALTA!............................67

5.2 CONTROLE DE EMBREAGEM EM VAGA NO DECLIVE.................68

5.3 COMO ESTACIONAR NUMA VAGA DE RÉ NA LADEIRA...............72

5.4 COMO SAIR DE UMA VAGA DE RÉ NA LADEIRA............................76

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5.5 COMO ESTACIONAR NUMA VAGA COM SUBIDA...........................80

5.6 COMO ARRANCAR DE UM CRUZAMENTO COM SUBIDA............85

5.7 QUANDO O CARRO PERDE FORÇA E PÁRA NO MEIO DO MORRO..91

5.8 MANOBRA DE MARCHA-ATRÁS (SEGURAR O CARRO NA RAMPA

SEM USAR OS FREIOS)................................................................................................93

5.9 COMANDO DE EMBREAGEM NA BALIZA.........................................95

6 PARA QUEM ESTÁ PENSANDO EM DESISTIR............97

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PREFÁCIO

Um verdadeiro manual prático. Assim pode ser definido o primeiro livro da Coleção Aprendizagem Significativa da Direção Veicular, de Márcia Pontes, que traz o tema Domine a Embreagem de Forma significativa. Diferente do que a maioria dos condutores iniciantes pensa, os pedais de comando de um veículo não servem somente para a mudança de marcha. Existem funções muito mais específicas e importantes além destas. Quem nunca teve a experiência de sair com o carro “dando pulinhos” até morrer? Tanto o condutor iniciante, quanto o motorista experiente, sabe que estas situações podem e devem ser superadas através de explicações concisas e funcionais.

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Encontrar o ponto ideal do pedal da embreagem para sair com o carro é um dos primeiros e grandes desafios de um iniciante. Para que o acionamento se dê de forma adequada, conhecer as funções dos pedais e treinar incansavelmente são algumas das exigências. Neste livro, a Educadora de Trânsito, Márcia Pontes, por meio de uma conversa com seus leitores, expõe de forma clara e objetiva os fundamentos básicos para o controle dos pedais do veículo, além de fornecer exercícios práticos, que de forma sistematizada, oportunizarão aos motoristas, vencer suas limitações e superar suas dificuldades, desenvolver habilidades e competências, para se tornarem condutores preventivos e defensivos. Compreender as graduações dos pontos do pedal da embreagem é um dos princípios abordados de forma incansável pela autora, que acredita na aprendizagem significativa, como princípio para formar bons condutores, preparados para enfrentar o trânsito de cada dia e, não apenas, para serem aprovados nos testes aplicados pelos DETRANs. A autora avalia com propriedade as falhas 11

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que ocorrem no processo de habilitação de condutores, que deveria trabalhar o entendimento e a aplicação do uso dos pedais no controle veicular. A maioria dos Centros de Formação de Condutores os CFCs não incorporou ainda o verdadeiro sentido pedagógico de um centro de ensino. Apenas prestam serviço para que o condutor cumpra os requisitos básicos para obtenção da CNH – Carteira Nacional de Habilitação, que é concedida pelo Estado, para quem cumpre determinados critérios. Ouço com frequência, instrutores e diretores de CFCs argumentando que não há tempo suficiente para trabalhar com afinco as questões que envolvem os valores básicos da vida, aqueles valores recebidos na tal “educação de berço”, e que precisam ser reforçados constantemente. Valores que regem a boa convivência e que permeiam as relações sociais que estabelecemos ao longo da vida como: o respeito, a tolerância, a ética, o bom senso, a cooperação, a colaboração, dentre outros. Alegam ter que ensinar tudo que está na apostila para que o aluno passe na prova do DETRAN. Esta é apenas uma das respostas que ouço com frequência. 12

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A outra, é de que os candidatos chegam na “autoescola” com vários vícios e com comportamentos equivocados e, que “consertar” esta pessoa não é tarefa fácil e que tampouco é tarefa do CFC. Somos além de instrutores, professores e educadores. Então não somos responsáveis pela educação destas pessoas? Somos sim. Talvez não tenhamos condições de mudar radicalmente o comportamento, nem de competir com tantos apelos disponíveis, que levam estes jovens e adultos a terem atitudes equivocadas. Mas, não podemos deixar de fazer nossa parte. Se somos educadores, temos a obrigação de reforçar os valores e os preceitos éticos e morais, fundamentados na família e na escola de ensino regular. Costumo afirmar que, além de amar o que se faz, precisamos encontrar no exercício da profissão de educadores, um fator motivador para que busquemos a excelência, fazendo sempre o melhor. Caso não haja condições de fazermos o melhor, é fundamental pautar nossas ações para chegarmos muito próximos da perfeição. Já diz o ditado que “o hábito faz a excelên13

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cia”. Então, por que muitos dos instrutores ensinam aos alunos as atitudes e os hábitos corretos, dentro dos preceitos da legislação de trânsito e das regras da boa convivência e não são capazes de executar aquilo que ensinam? Parece que vivemos no faz de conta do “Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.” Não podemos nos eximir da responsabilidade de educadores! Tanto numa sala de aula com trinta e cinco alunos, quanto numa aula de prática veicular, com apenas um aluno, temos a obrigação de levá-los a reflexões sobre suas ações no trânsito e na vida. Porém, só teremos habilidade para isso, se buscarmos o aperfeiçoamento enquanto profissionais. Portanto, ser instrutor requer uma boa dose de dedicação, de amor ao próximo e de doação. Estamos formando seres humanos e não somente “robôs” que irão operar uma máquina chamada veículo. Incansável na luta pela causa segurança no trânsito e por uma aprendizagem significativa, Márcia Pontes, através da Coleção Aprendizagem Significativa da Direção Veicular, busca desmistificar o adestramento e valorizar o Método De-

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composto de Aprendizagem da Direção Veicular, que prioriza a aprendizagem significativa, o acolhimento emocional dos aprendizes e também daqueles que (re)aprenderão a dirigir. Certamente uma leitura obrigatória aos que aprendem e aos que ensinam - aos que no ato de conduzir a aprendizagem, também aprendem – afinal, já dizia Paulo Freire (1996, p. 32): “Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.”

Karine Winter Pedagoga, Educadora, Especialista em Trânsito Mestre em Ciências da Educação.

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2.PARA QUE SERVE A EMBREAGEM?

Uma das principais dificuldades de quem está aprendendo a dirigir, de quem é recém-habilitado ou é habilitado há mais tempo e não dirige é a danada da embreagem! O instrutor fala, a gente tenta, mas parece que não adianta e o carro morre o tempo todo. E sempre morre nas situações mais impróprias, como nos cruzamentos, na abertura de sinal verde do semáforo, num topo de ladeira, e por aí vai! Na fase de aprendizagem mesmo, a gente pensa que o carro nunca vai parar de morrer! O instrutor está sempre dizendo: “solta a embreagem devagar e vai acelerando”, e isso vai se tornando uma ladainha difícil de fazer sentido na hora em que estamos usando os pedais. Daí, você vai e pergunta para o condutor mais

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2. PARA QUE SERVE A EMBREAGEM?

experiente que conhece e ele diz a mesma coisa. Quando diz! Porque com o tempo, dominar os pedais do carro se torna algo tão simples, tão fácil e automático, que as pessoas nem sabem ou nem tem paciência para ensinar. Então, seguindo os fundamentos da aprendizagem significativa da aprendizagem veicular, é necessário que o candidato ou o motorista habilitado construa conceitos, apreenda os significados e torne o que está fazendo algo compreensível. É necessário que conheça a ação e a reação, as causas, os efeitos e de que forma o veículo responde aos comandos. Só assim, e com os treinos, o condutor poderá ter a todo o momento, o controle da situação e saber corrigir o que precisa ser corrigido. Não adianta só pisar nos pedais porque o instrutor ou o namorado ou o marido manda: tem que saber qual a função desse pedal, quais as consequências de nossos atos ao volante, saber o que não está dando errado, corrigir, aperfeiçoar e incorporar isso às suas práticas cotidianas. Como fazer isso se o motorista não sabe, de verdade, para serve, de verdade, o pedal de embreagem? Como dominar o veículo e evitar que ele “morra” o tempo todo em terreno plano ou em uma ladeira, por exemplo?

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2.1 CORTAR A COMUNICAÇÃO ENTRE MOTOR E RODAS Essa é a verdadeira função do pedal de embreagem: cortar a comunicação entre o motor e as rodas do veículo para que se possa engrenar uma marcha diferente. No momento em que o veículo está em movimento o motor transmite para as rodas a quantidade de giros necessária, a força de que o veículo precisa para rodar em determinada velocidade dentro de um determinado grupo de marchas ou no conta-giros. Por exemplo, nos veículos populares com motor 1.0, embora a relação de marchas e velocidades costumem variar bastante de acordo com o modelo e o fabricante, de modo geral, tem-se, mais ou menos a seguinte relação: 1ª marcha – só para sair com o carro até 20km/h 2ª marcha – de 20km/h até 40km/h 3ª marcha – acima de 40km/h até 60km/h 4ª marcha – acima de 60km/h até 70km/h 5ª marcha – acima de de 70km/h É claro que não se usa a embreagem só para trocar marchas, como veremos nas páginas seguintes, mas um fundamento clássico do ato de dirigir é: cada vez que for mudar de marchas, pise fundo na embreagem até o final, passe a marcha e retire o pé lentamente.

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2. PARA QUE SERVE A EMBREAGEM?

Quando pisamos na embreagem, imediatamente, corta-se a comunicação entre o motor e as rodas porque não se pode passar as marchas com o carro em movimento. Na prática, o motor do carro gira o tempo todo, mas as rodas não. Exemplo: quando o carro está ligado em ponto morto (com nenhuma marcha engrenada), o motor gira, mas as rodas continuam paradas. Se tentar acelerar neste momento, o que se ouvirá é um ronco mais forte do motor, mas o veículo continuará parado e as rodas não vão girar porque não há marcha engrenada e, portanto, fica interrompida a comunicação entre motor e rodas. Portanto, no momento em que o condutor pisa na embreagem a marcha desengata, desengrena, e a reação do veículo é a mesma de estar em ponto morto. A comunicação entre motor e rodas estará cortada por alguns segundos na mudança de marcha, mas as rodas continuam girando porque o veículo continua em movimento, no embalo. Como o tempo que o tempo que o condutor precisa para pisar fundo na embreagem e engrenar nova marcha é bem curto, isso não chega a comprometer a dirigibilidade. A embreagem é composta de 3 principais partes: o volante do motor, o disco e o platô. O volante do motor é quem transmite a força do motor para as

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rodas e a fazem girar. O platô fixa o disco de embreagem no volante do motor a cada vez que pisamos no pedal. Veja a figura:

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Figura 1 – Movimentação do disco de embreagem Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=PGeq5G9USQA

O que acontece quando pisamos no pedal de embreagem é que o carro perde a comunicação entre motor e rodas, certo? Na prática, isso significa: o carro fica bobo, solto, porque é o mesmo que estar desengrenado! É por isso, que quando pisamos na embreagem primeiro (antes de pisar no freio) sentimos na hora o carro projetar-se para a frente, sem controle, o que pode, inclusive, provocar acidentes. Se o instrutor não explicar isso para o aluno, ele continuará tendo as mesmas dificuldades e só conhecerá dois tipos de pisadas na embreagem: a mínima e a máxima. Ou seja, ou acionará leve demais a embreagem e deixará o carro morrer o tempo todo, ou a pisará forte até o fundo, que só serve para troca de marchas. Mas, e no dia a dia? Como o aluno vai encontrar a sensibilidade ideal do pedal de embreagem para

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manter o carro em movimento bem lentinho sem deixar ele morrer se não explorar outras graduações de pisadas no pedal de embreagem? Como vai sair de uma ladeira se só sabe pisar leve demais ou fundo demais? Vamos conhecer então, as diferentes graduações de pisadas no pedal de embreagem para cada situação exigida no trânsito. Após as explicações e exercícios para o carro não morrer mais, trataremos de cada uma das situações em que se exigem diferentes graduações de pisadas no pedal de embreagem.

Um dos conceitos mais antigos e ultrapassados no ensino e aprendizagem da direção veicular é a tal da “tremidinha” de volante. A maioria dos instrutores “ensinam” ao aluno que ele tem de ir soltando a embreagem até sentir uma “tremidinha” no volante. Só que a tecnologia dos carros está muito avançada, os motores cada vez mais silenciosos e não é em todo carro que se sente a tal tremidinha. Daí o aluno fica ali, soltando cada vez mais o pé da embreagem e nada de sentir a tremidinha, e é onde o carro morre com mais frequência ainda. Além disso, o ponto da “tremidinha” é aquele mais próximo do momento em que o motor tem o funcionamento interrompido.

2. PARA QUE SERVE A EMBREAGEM?

2.2 ESQUEÇA A TREMIDINHA!

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Então, esqueça a tremidinha e em vez de procurar pelo ponto em que o carro começa a morrer, comece a procurar a partir de agora pelo ponto em que ele começa a SE MOVER. Mas, afinal, que ponto é esse? Como achá-lo? Pois é... você ficou tanto tempo concentrado no ponto da tremidinha que passou direto pelo ponto ideal de embreagem e nem percebeu, pois ele fica bem antes do tal ponto da tremidinha, que, na verdade, é o ponto limite entre o carro morrer e manter-se controlado. O ponto ideal em que o veículo começa a se mover fica aproximadamente a meio pedal. Isso varia conforme a marca e o fabricante ou mesmo conforme o desgaste natural do sistema de embreagem.

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2.3 COMO O TIPO DE SOLO INFLUENCIA NA SUBIDA O tipo de solo influencia diretamente sobre o controle do veículo numa subida. Por exemplo, em solo pavimentado com asfalto, bloquete e lajotas, o atrito do pneu com o pavimento é bem maior desde que os pneus estejam em bom estado (1,6mm de sulco). No paralelepípedo, o atrito diminui, sobretudo em dias chuvosos, o que vai exigir mais dos pneus, que devem estar sempre em bom estado para segu-

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Figura 2 – Solo de macadame Fonte: Blog Aprendendo a Dirigir

Em dias ensolarados o solo tende a ficar ainda mais seco, com muita poeira e pedriscos que podem ser arremessados com facilidade contra os outros

2. PARA QUE SERVE A EMBREAGEM?

rar o veículo na ladeira. O tipo de solo que costuma causar mais dificuldade para estacionar é o terreno de chão batido, barro ou macadame. O macadame traz uma mistura de pedras, pedriscos, cacos de telha e outros minerais que fazem o veículo patinar na subida, ainda mais, quando se sobe uma ladeira em 2ª marcha e acelerando até, aproximadamente 20km/h. Olhem atentamente a Figura 2 e observem se tratar de um solo de macadame, com muitos pedriscos. Uma subida como essas, devido ao estreitamento da pista no topo da ladeira, vai requerer subir com cautela, em 1ª marcha, acelerando devagar (até 20km/h, que é o limite de velocidade da 1ª marcha em carros com motor 1.0).

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veículos, contra as pessoas e até fazer com que alguma pedra bata no fundo do carro, danificando partes importantes do motor. Ainda devido aos pedriscos, isso pode fazer o carro derrapar com facilidade, motivo pelo qual as rodas devem estar sempre retas. Se o funcionamento do motor for interrompido numa situação como a da Figura 1, deve-se usar o freio de mão, mas também o freio de pé para se procurar antes o ponto ideal de embreagem para uma nova saída. A aceleração deve ser gradual, devagar e as rodas mantidas retas para não derrapar. Desta forma, evita-se o risco de o veículo ser empurrado para fora da pista. Tudo com calma, cautela e absoluto controle dos pedais e de outros fundamentos do ato de dirigir, treinados antes, em rua calma, longe do estresse do trânsito e de outros motoristas.

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O pedal de embreagem não serve só para trocar marchas como muitos costumam dizer. No dia a dia, ele é exigido para uma série de comandos em manobras, como entrar e sair de vagas em subida, paradas e saídas em morro com ou sem freio de mão, ou de ré, como na manobra de marcha atrás, muito cobrada em exames de direção. Para dirigir qualquer veículo, o segredo está em achar o ponto ideal de embreagem e não o macete ultrapassado de procurar o tal “ponto da tremidinha”, até porque devemos procurar o ponto em que o veículo começa a se MOVER e não a MORRER. Neste livro você vai aprender a explorar as diferentes graduações de pisadas no pedal de embreagem e as diferentes técnicas para cada situação por meio de um ensino e uma aprendizagem significativa e defensiva. Bons treinos!

Márcia Pontes - Controle de Embreagem - Subidas, Manobras e Estacionamentos

Márcia Pontes também é palestrante nacional em assuntos para a formação de condutores no país e para a superação do medo de dirigir para evitar acidentes por imperícia. Participa como fonte em diversas reportagens jornalísticas, é Coordenadora Estadual do Movimento Internacional Maio Amarelo em Santa Catarina, consultora em projetos corporativos em Educação para o Trânsito e Planejamento Estratégico Pedagógico para Centros de Formação de Condutores (CFC).

Márcia Pontes

Controle de EMBREAGEM

Subidas Manobras Estacionamentos

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Márcia Pontes é educadora de trânsito em Santa Catarina, tem formação superior em Segurança no Trânsito e é autora dos livros Aprendendo a Dirigir: um guia prático de exercícios para quem tem medo de dirigir (2012), e Acolhimento Emocional Para Vencer o Medo de Dirigir (2013). Estudiosa dos métodos de formação de condutores, é precursora no Brasil do Método Decomposto de Ensino e Aprendizagem Significativa e Defensiva da Direção Veicular. Superou o medo de dirigir aos 42 anos e desde então, escreve o Blog Aprendendo a Dirigir. É fundadora e gestora do Grupo Voluntário Aprendendo a Dirigir, nas redes sociais, um trabalho inédito voltado ao acolhimento emocional e resgate de condutores mal formados por técnicas ultrapassadas de memorização e adestramento.

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