Jornal gazeta (1)

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EDIÇÃO ESPECIAL

PIZZOLATO

Desempenho global de vendas do setor automotivo China mantém o 1º lugar em vendas de veículos no trimestre. Brasil cai para o 8º no ranking mensal e fica em 7º no acumulado

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, não será mais extraditado para o Brasil


ESPECIAL

Fotógrafo brasileiro que cobria guerra da Síria é detido na Turquia ao tentar cruzar fronteira. O fotógrafo brasileiro Gabriel Chaim, que estava em viagem à Síria para fazer fotos e vídeos sobre a guerra no país, está sob custódia da polícia na Turquia. Ele foi detido na noite desta terça-feira (5) na cidade de Sanliurfa, quando tentava cruzar ilegalmente a fronteira entre a Síria e a Turquia. Dois outros fotógrafos que estavam com ele, um alemão e um turco, também foram detidos. Eles foram avisados de que serão deportados, mas ainda não há detalhes sobre a situação. Uma fonte do Itamaraty na Turquia afirmou que o ministério está em contato com o fotógrafo e acompanha o caso. Da cela, que divide com o fotógrafo alemão, Chaim se comunicou com o G1 pela internet. Ele disse que seu telefone celular e seu computador foram deixados em seu poder. O fotógrafo de guerra brasileiro estava documentando o conflito em Kobane, cidade síria próxima à fronteira com a Turquia, e foi detido às 23h, ao tentar entrar em

território turco.Chaim relatou que soldados que estavam em um posto da fronteira apontaram armas para ele e os colegas e atiraram três vezes para o alto. “Daí deitamos no chão, no meio do mato. Então eles nos levaram para vários locais diferentes e começaram uma sessão de interrogatórios”, contou. Segundo Chaim, o interrogatório durou mais de 14 horas, e eles não puderam comer nem dormir nesse período.

“Ficamos 16 horas ou mais sem comer. Depois disso, eles deram duas bananas para que dividíssemos entre três pessoas. O sono era avassalador, porém era impossível tirar um segundo de cochilo. Se a gente fosse ao banheiro, um cara armado nos acompanhava”, conta. Quando falou com o G1, por volta das 20h locais, o brasileiro disse que estava bem, apesar de estar há mais de 40 horas sem dormir.


“Kobane está cercada pelo Estado Islâmico e pela Turquia, sendo que a Turquia só abre as portas da fronteira para caminhões com produtos humanitários ou feridos muito graves”, disse. “Todos os canais de TV que fazem matéria lá entram de forma ilegal, assim como eu fiz. Isso não foi um impeditivo

e deixou mais de 210 mil mortos. Ele disse que teme a possibilidade de deportação porque teria que interromper seu trabalho. “Estou tranquilo, mas triste por tentarem calar minhas imagens com isso, pois ainda tenho muito trabalho a fazer na Síria. E, se for deportado, terei que ficar longe por um tempo. Estou muito triste com isso”, afirmou. Gabriel Chaim é especializado em fotografar e filmar áreas de conflito e crise. Além da guerra síria, fez coberturas como freelancer no Iraque, no Irã, na Faixa de Gaza

Soldado opositor ao governo de Assad foi fotografado por Gabriel Chaim em área destruída pelas bombas (Foto: Gabriel Chaim/G1)

para mim, pois meu interesse é mostrar a situação das pessoas que estão presas em seu território”, completou. O fotógrafo ligou para a Embaixada brasileira na Turquia quando recebeu voz de prisão. Uma fonte do Itamaraty confirmou que o ministério está em contato com Chaim e que ele se encontra sob custódia das autoridades turcas. Informou ainda que um promotor deve decidir nesta quinta (7) se ele será deportado ou liberado em território turco, mas que o mais provável num caso como esse é que seja deportado. Esta é a quarta vez que Gabriel Chaim viaja à Síria desde o início da guerra civil no país, que já dura quatro anos

Refugiados que fugiram da Siria e hoje vivem na rua fotografados por Gabriel Chaim, na cidade de Kilis, na Turquia (Foto: Gabriel Chaim/

e no Egito. Já teve trabalhos veiculados pelo G1 e por programas da TV Globo como “Fantástico” e “Profissão Repórter”, além de em veículos estrangeiros como a rede americana CNN e o jornal inglês “The Guardian”.

Na Ucrânia, 5 soldados são mortos e cessarfogo é ameaçado Kiev - Cinco soldados do governo da Ucrânia que enfrentam as tropas separatistas no leste do país foram mortos, em um dos dias mais sangrentos desde que o cessar-fogo na área foi decretado, em fevereiro, afirmaram autoridades militares.


Desempenho global de vendas do setor automotivo

ECONOMIA

China mantém o 1º lugar em vendas de veículos no trimestre. Brasil cai para o 8º no ranking mensal e fica em 7º no acumulado A Jato Dynamics do Brasil divulgou seu levantamento mensal quanto ao número de veículos vendidos, mundialmente, até março de 2015. A China mantém a liderança apresentando crescimento de 7,2% em março de 2015, se comparado ao mesmo período de 2014. Os EUA ocuparam o 2º lugar com alta nas vendas de 0,3% em relação ao ano anterior. O Japão, na 3ª colocação, apresentou uma significativa queda de 11,4% no mês de março e 14,6% no acumulado do ano em relação ao ano anterior. Os dados chineses incluem apenas veículos de passeio. Para o restante dos países, os números englobam carros e comerciais leves. Como nos anos anteriores, a Grã-Bretanha apresenta aumento nas vendas em março devido ao incentivo político de e a troca de placas dos veículos antigos por modelos mais novos. Na 4ª posição, apresentou aumento nas vendas de 7,7% de março se comparado a 2014. A Alemanha segue na 5ª colocação, com alta de 9,6% e 6,7% no acumulado do ano, respectivamente.

Problemas de infraestrutura forçam independência de serviços públicos A atividade econômica brasileira enfrenta dificuldades cujos efeitos são sociais e políticos. Especialistas alertam, há décadas, sobre os problemas de infraestrutura no País. As previsões começaram a se tornar realidade com o racionamento de energia elétrica, de 2001 a 2002, e quase 15 anos depois

a questão volta a assombrar os brasileiros com a fragilidade do sistema nacional de energia. Para evitar reclamações e perda de lucros, a autogeração é a aposta do setor produtivo. Uma das áreas que mais necessitam do serviço em funcionamento é o de tecnologia. Para burlar os contratempos,

a solução tem sido a busca por fontes alternativas para manter computadores – principal ferramenta de trabalho – conectados à rede elétrica e telefônica sem risco de danos. Por isso, o aluguel ou compra de geradores tem sido um investimento comum entre as empresas.



O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, não será mais extraditado para o Brasil Brasília - O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, não será mais extraditado para o Brasil após decisão do Tribunal Administrativo Regional (TAR) do Lacio, que acatou recurso da defesa contra a decisão do ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando. Pizzolato, que foi condenado no processo na Ação Penal 470, o processo domensalão, em 2013 e fugiu para a Itália com um passaporte falso, seria extraditado para o Brasil para cumprir a pena de 12 anos e sete meses de prisão no Brasil por lavagem de dinheiro e peculato. Ele foi detido em fevereiro de 2014, em Maranello, por causa de documentação irregular.

O tribunal marcou uma audiência para o dia 3 de junho para discutir o caso. Até esta data Pizzolato ficará na Itália, segundo seu advogado, Alessandro Sivelli. De acordo com o processo, o ministro da Justiça italiano tomou a decisão de extraditar Pizzolato com base em novos documentos enviados pelo governo brasileiro, aos quais a defesa não teve acesso. A defesa também destaca que, recentemente, uma lei aprovada no Parlamento italiano permite que cidadãos do país condenados em outros Estados cumpram suas penas na Itália. O tribunal é uma instância administrativa bastante utili-

zado na Itália para contestar decisões judiciais ou instuitucionais. Se o a corte acatar o recurso de Pizzolato, o caso seguirá para o Conselho de Estado, que definirá se ele poderá cumprir a pena no país. A Procuradoria Geral da República (PGR) ainda não foi informada oficialmente sobre a decisão da Corte italiana. Segundo a PGR, o tribunal da Itália viu risco de dano irreparável caso a entrega dele fosse permitida ao Brasil. Por volta das 16h, a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou que o governo brasileiro ainda não havia sido notificado pela


Justiça italiana sobre a decisão de suspender a extradição de Pizzolato. De acordo com a assessoria da pasta, o governo só se pronunciará após comunicado oficial. Pizzolato, que tem cidadania italiana, foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão do PT pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Em 2013, ele fugiu para a Itália antes de ser expedido seu mandado de prisão. Declarado foragido, em 2014, ele foi encontrado e preso pela Interpol em Maranello, município do norte da Itália. Após Pizzolato ser detido, o governo brasileiro pediu sua extradição à Justiça italiana. A solicitação do Brasil foi negada na primeira instância pela Corte de Apelação de Bolonha, mas, depois de a Procuradoria Geral da República protocolar um recurso, a Corte de Cassação de Roma

acatou a extradição em fevereiro deste ano. Em 24 de abril, o governo da Itália autorizou que ele fosse enviado ao Brasil para cumprir a pena do mensalão.

O tratado de extradição, que foi suspenso nesta quarta, prevê que a Itália deverá informar ao Brasil o lugar e a data a partir da qual a entrega do ex-diretor poderá ser realizada. A norma também permite que o Brasil envie à Itália, com prévia concordância, agentes devidamente autorizados para conduzirem Pizzolato de volta, segundo informou a PGR.

O tempo de pena que o ex-diretor cumpriu na Itália – quase 11 meses – será descontado da pena total de 12 anos e 7 meses. Apoio na Itália Na última segunda-feira (4), o senador italiano Carlo Giovanardi, integrante do bloco partidário de centrodireita AP (NCD-UDC), solicitou que o Ministério da Justiça da Itália revogasse a decisão de extraditar Pizzolato. Em seu site, o parlamentar afirmou que o ex-diretor do BB correria risco de vida no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde deve ficar preso. O senador da Itália visitou Pizzolato na penitenciária Sant’Anna di Modena na segunda-feira. Segundo a agência italiana Ansa, Giovanardi relatou que o ex-diretor “prefere morrer a descontar a pena por anos.


Acuado, PT cede ao PMDB e decide votar a favor do ajuste fiscal Mesmo insatisfeitos, deputados petistas foram pressionados a apoiar medida provisória que endurece o acesso a benefícios trabalhistas Manifestantes jogam cédulas parecidas com dólares com o rosto de integrantes do PT, incluindo ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, durante votação da PEC do ajuste fiscal na Câmara 06/05/2015(Gustavo Lima/Câmara dos Deputados) Pressionada pelo PMDB, a

bancada do PT na Câmara dos Deputados decidiu anunciar nesta quarta-feira que fechou questão em torno da medida provisória que endurece o acesso a benefícios trabalhistas como segurodesemprego e abono salarial e todos os seus deputados devem votam a favor das

mudanças, que integram o pacote do ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma Rousseff. A matéria é alvo de duras críticas por parte da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e encontra resistências inclusive entre os petistas.


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