Dance News JORNAL
Distribuição Nacional
Informativo da dança desde 22 de março de 1996 - fundador: Wanyr de Almeida - ano X - nº 70 -março/2006
Veja nesta edição:
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Aconteceu no Car na val Carna nav
Blocos, desfiles, bailes temáticos nas academias, banda dos dançarinos: até o Rei Momo foi conferir (foto)
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Ritmos Quentes
Conheça o Movimento PróSalsa, que visa incentivar a prática desse ritmo em bailes espalhados pela cidade.
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Saiba sobre o projeto de lei que obriga as academias de dança a ter um responsável técnico graduado em educação física.
foto: Leonor Costa
Sangue Novo Kadu Sant’Anna, um dos dançarinos da nova geração que traz sangue novo à dança de salão, comemora seu aniversário em baile no Sírio, dia 02/04
Depoimento de Wanyr de Almeida: Dez anos de Jornal Dance News.
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Desabafo de um dançarino argentino: aprendamos a dançar o tango!
Ainda: Artigo de Rachel Mesquita, Notícias de Sampa, O Leitor é Estrela, Boca Maldita, Fique por dentro e muito mais!
Reportagem de Capa
KADU SANT’ANNA Ao completar 25 anos, o dançarino Kadu Sant’Anna planeja grande baile comemorativo no Sírio e Libanês, dia 02 de abril, na famosa Domingueira. Em entrevista ao Jornal Dance News ele fala um pouco de sua carreira na dança de salão. JDN: Quando você se iniciou na dança? Kadu: Eu comecei a dançar com 15 anos. Eu dançava mais lambaeróbica, charme, todos ritmos dessa idade. Mas quando me chamavam para dançar junto, pagode, por exemplo, era aquela negação, eu ficava todo atrapalhado, com vergonha. Foi quando eu decidi que iria aprender dança de salão, para saber conduzir, essas coisas. Coincidentemente, fui ver um projeto educacional para me inscrever em um curso de luta e chegando lá eu descobri que também tinha curso de dança de salão. Foi quando eu comecei meu aprendizado, com o professor Remilton, em Quintino. Em pouco tempo já estava auxiliando o professor nas aulas do projeto, onde permaneci durante um ano. Foi ele que me apresentou ao seu antigo professor de dança, Joel Almeida, na Petit Dance, onde continuei meu aprendizado. Mas eu frequentava muitos bailes para praticar e num desses, no Irajá Atlético Clube, uma das diretoras me viu dançar e me convidou para abrir uma turma de dança de salão naquele local. Daí comecei a dar aulas em outros clubes. Dei aulas dentro da Escola de Samba Império Serrano, na Escola de Dança do Vera Cruz, sob coordenação da Nice Machado, no Jacarapaguá Tênis Clube, no Country Club Praça Seca, no Grajaú Tênis Clube, no Grajaú Country, além das aulas particulares. JDN: Você fez cursos de especialização? Kadu: Claro, fiz vários cursos com profissionais de referência. Com Rogério Mendonça me especializei em salsa. Com Renata Peçanha me especializei em zouk. Jimmy, que é um ídolo para mim, me ensinou muito no samba. Para mim, em termos de inovação, criatividade, é o melhor. Na parte de didática, fiz vários cursos para professores na C. D. Jaime Arôxa, cursos maravilhosos que enriqueceram meu curriculum e me trouxeram resultados práticos. Viajei, fiz muitos shows, dos quais eu destaco a apresentação que fiz no Baila Floripa do ano passado. JDN: E por falar em shows, o que você prepara para seu aniversário? Kadu: Falar sobre isso é tirar parte do impacto do show mas eu garanto que todos irão gostar. JDN: Vamos aguardar, então, o baile do Kadu.
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Expediente JORNAL DANCE NEWS 10 anos de vida!
Presidente e jornalista responsável Wanyr de Almeida e Silva Assessoria da Presidência André Luiz M. Silva Luiz Guilherme Silva
Falando ao
LEITOR
Editor Leonor Costa Diretoria Especifica Administrativa Fátima Neves e Karla Good Financeira Antônio Martins de Aragão Técnica Dança de Salão: Jorge Cabral Sucursais Niterói-Rg.. dos LagosRg.Serrana Adalberto P. Sampaio Conselho Consultivo Dra. Elza Soares Ribeiro Dr.João B. R. Penna Arnaldo Parcifal Parceria Tango En Rio: Américo Del Rio Correspondente em São Paulo: Henrique Dinis (h-dinis@uol.com.br) Editoração Eletrônica/Diagramação: Leonor Costa Web Master: Luis Claudius F. Leite
E
sta é uma edição de grande significado para toda a equipe do Jornal Dance News, pois ela está sendo distribuída na data em que nosso informativo completa 10 anos de existência. Muitas alegrias, muitas decepções, muitos percalços enfrentamos pelo caminho que nos conduziu até aqui. Mas o mais importante é que não desistimos, encaramos as dificuldades, demos a volta por cima e aqui continuamos nós, nessa missão árdua de divulgar as notícias de “nosso mundo”. Agradecemos mais uma vez à nossa equipe de colaboradores que tem contribuído para elevar o nível informativo do jornal, aos membros de nossa diretoria, aos nossos patrocinadores que acreditam e apoiam o nosso trabalho e, sobretudo, aos nossos leitores que tanto nos têm estimulado com suas mensagens de incentivo. Aliás, registramos aqui, por oportuno, a grande repercursão que teve, entre nossos leitores, o lançamento do Concurso Tangueiro Simpático, promovido pelo site de nossa colunista Elza Moreira. Trata-se de mais uma iniciativa bem sucedida dessa amante do tango que muito tem contribuído para unificar os praticantes dessa maravilhosa arte. Por sinal, os tangueiros estarão com a agenda bem cheia este ano, como o leitor ficará sabendo através da coluna Rio Tango, de Américo Del Rio. Nesta edição mostraremos, em especial, dentre tantos outros assuntos interessantes, o que aconteceu na dança de salão durante o período carnavalesco. Com destaque para a Banda dos Dançarinos, cujo desfile, pelas ruas do centro do Rio, foi um grande sucesso. Uma realização do Jornal Dance News para mostrar a força da dança de salão e divulgar o trabalho de nossos profissionais. Atenção: comemorando os 10 anos do Jornal Dance News, alguns de nossos patrocinadores estão oferecendo cortesias ao público leitor. Prestem atenção aos módulos de brindes, cortesias e descontos espalhados nesta edição. E aguardamos nossos leitores no baile de comemoração dos 10 anos, dia 15/04 no Clube Sírio Libanês, com a banda Paratodos (ver detalhes na página 24).
Jornal Dance News fundado em 22 de Março de 1996 periodicidade mensal Rua Marquês de Caxias, 83 sobrado-NT W.Eventos Promocionais, editora de Jornais, Revistas e Distribuidor. Empresa responsável.
SEÇÃO DE
CARTAS
As matérias assinadas de qualquer natureza são de responsabilidade de seus autores, colaboradores deste informativo.
Informações e atendimento ao público: tel: 2535-2377 (Leonor) cel: 9585-9767 (Wanyr) cel: 9202-6073 (Aragão) email: contato@jornaldancenews.com.br Fechamento de publicidade: dia 15 de cada mês Publicação: dia 20 de cada mês VISITE NOSSO SITE:
Parabéns à Leonor pelo texto que fala da “distinção e savoir faire” dos homens dançarinos, verdadeiros cavalheiros. Qual é a mulher que não gosta de um cavalheiro que gentilmente lhe ofeerce a mão para iniciar uma dança? E que depois de bailarem a conduza delicadamente à sua mesa? Se houver uma resposta negativa dá para desconfiar. Ah! Que saudade do gentil homem que abre a porta do carro para a mulher. Bons tempos. Vamos pois indicar nossos candidatos e torcer. Dilaci, RJ, por email, sobre o concurso Tangueiro Simpático Cara Leonor e Elza, achei muito inteligente e oportuno o concurso dos cavaleiros mais simpáticos etc. Vocês sutilmente já estão ensinando. Parabéns pela iniciativa, dou a maior força e se quiserem divulgo em minhas milongas. O que precisamos é de movimentos como esse, que melhorem o nível dos bailes sem agredir ninguém e sim estimulando. Aparecida Belotti, RJ, por email, sobre o concurso Tangueiro Simpático
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Errata ed 69 O nome da primeira princesa da eleição da Rainha Z.Norte/Oeste é Camila e não Raíssa (foto 4, pág. 8). Na mesma matéria/página, foto 1, o sobrenome da professora Milena é Souza e não Santos. Na pág. 14, o nome da parceira do Álvaro Reys é Helena Fernandez e não Fernada.
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”Cada macaco no seu galho”, já diz o ditado popular. Dificilmente, talvez, eu saberia, com tanta precisão e síntese, expressar o que, nós, damas, esperamos dos nossos simpáticos cavalheiros. Se você, Leonor, fosse um deles, o primeiro lugar deveria ir para você que conhece tão bem as qualidades necessárias para pertencer ao rol dos “queridinhos” do salão. Parabéns pela clareza e concisão do texto. Vamos esperar, agora, ansiosas, pelo concurso em si. Sofia Ommati, RJ,por email, sobre o concurso Tangueiro Simpático Elza e Leonor, vocês tiveram uma ótima idéia em promover esse movimento. Gostei muito do texto de Leonor. É preciso que nós mulheres que apreciam a dança de salão e mais ainda o Tango valorizemos os elegantes e gentis cavalheiros que frequentam os bailes. É importante lembrar que as damas procuram esmerar-se nos seus trajes, capricham no visual, usam até perfume importado e às vezes enfrentam um dançarino com desodorante vencido, mascando chicletes(???) e outras cositas mais... Didi, RJ, por email, sobre o concurso Tangueiro Simpático
Teoria bonita, mas no salão, tenho dúvidas, pois pra bailar com certas mulheres, só por muito $$ ... Leôncio, SP, por email, sobre o concurso Tangueiro Simpático Estou viajando a serviço pela Ásia e recebi a edição do jornal na véspera da viagem, por isso não tive tempo de responder. Gostei muito da nova edição do jornal e adoramos a publicação da reportagem sobre o forró de Itaúnas . O pessoal da academia ficou muito satisfeito. Acho muito válido também para se divulgar as danças típicas de outros estados do Brasil. Um abraço diretamente de Tokyo. Beatriz Caiado, do Japão, por email, sobre a ed. 68 Caros amigos do Dance New e Boca Maldita, Em primero lugar, parabéns pela Coluna, muito engraçada. Achei importante informar a vcs, como veículo respeitado do meio de dança: O intitulado dançarino Marcelo Simões que se apresenta no quadro “A Dança dos Famosos” do Programa do Faustão e é apresentado como dançarino de salão e professor há seis anos, nada mais é do que uma fraude. Não é profissional de dança de salão muito menos professor, apenas de forró, como se vê claramente pela falta de preparo apresentado no programa. Está tomando lugar de profissionais competentes, e angariando alunos aproveitando-se da repercussão do programa. Acho fundamental tomar providências, se é possível urgentes, sobre o assunto. No mais, parabéns pela trabalho, Juliano Sobel, RJ, por email Oi Leonor, tudo bem?! Vi a matéria, achei muito legal, obrigada por tudo! Parabéns à todos vocês pelos quase dez anos dedicados à Dança! Beijos, Maria Martins=) Maria Martins, RJ, por email, sobre a seção De Olho na Telinha, pág. 6, ed 69 Envie seus comentários para contato@jornaldancenews.com.br
Depoimento:
UMA HISTÓRIA A CONT AR CONTAR
O fundador do Jornal Dance News, Wanyr de Almeida e a capa do primeiro número do jornal.
10 ANOS DE DN “Aos dias 22 de março de 1996 era criado um veículo informativo exclusivamente voltado para a cultura da dança de salão. Em reunião na residência da jornalista Beatrix Komora, com a participação de personalidades marcantes na época: Karla Good, dançarina; Luciana Farah, dançarina; Russo, professor de dança; Mirza Lopes, dançarina; Jorge Cabral, professor de dança; além da própria jornalista Beatrix e de minha pessoa. Várias outras reuniões foram realizadas para a publicação do informativo. Numa delas, Karla Good propôs batizar o veículo com o nome Dance News, o que foi aceito em votação democrática na residência do publicitário Marcos Campos. Meu sobrinho Luiz Claudius F. Leite (hoje, nosso Web Master, responsável pelo site do jornal) e o empresário Fujira foram os primeiros diagramadores do DN, cuja primeira edição era constituída de 4 páginas em preto e branco. Meu amigo particular e de uma importância ímpar no mercado jornalístico, Newton Zarani vinculou seu nome como editor do DN. A primeira edição foi lançada com o nome de Dance in News, num erro de impressão mais tarde corrigido. O jornal foi apresentado ao público em um baile ocorrido dia 13 de maio de 1996, no Cordão da Bola Preta, Cinelândia, Rio de Janeiro, com animação da Banda Brasil Show. Sempre sob minha liderança na formatação visual do DN, o jornal passava a fazer parte integrante da vida dos dançarinos. Particularmente a criação da coluna
Detonando a Boca Maldita, uma grande brincadeira com o povo da dança, foi de grande felicidade para mim: era uma das maiores atrações do jornal, que era aguardado com ansiedade nos salões de baile. Dificuldades aconteciam, que faziam o jornal ora ser mensal, ora bimestral, ora semestral. Mudanças no seu corpo editorial se faziam necessárias, tomadas com serenidade nos momentos certos. Assim, vários colaboradores passaram pela vida do jornal. Ricardo Leão (falecido), Licinia Neves Soares, Marco Antônio Perna, Ely Peixoto, Ronaldo Moreira, Márcio Leone - estes do corpo editorial, Rose (vendedora), Dadá (secretária), João Medeiros e Ives Kalomene. O jornal tentava uma nova fase, empresarial. Novas dificuldades e eis que me vi novamente começando do zero em 2005, sempre na minha maratona, não deixando o filho pródigo sair do mercado, apesar do surgimento de novos concorrentes, criados por alguns dissidentes, antigos colaboradores do Dance News, que decidiram alçar vôo próprio. Mas sou homem de personalidade forte, que tem Jesus como Protetor, Sócio, Parceiro nas horas mais difíceis. Sempre me senti fortalecido Nele. E sempre recebi o apoio da minha família, em particular minha mãe. Hoje, não desmerecendo os membros da diretoria que comigo permaneceram - com destaque para Karla Good e Jorge Cabral -, três anjos mandados por Deus aportaram no DN e lhe deram alma nova: Fátima Neves, Leonor Costa e Antônio Aragão (fiel escudeiro). A estes vieram se juntar outros
“Meus agradecimentos especiais a Marquinhos Copacabana e Dimar do Chapéu, primeiros anunciantes, a Willians Souza, e ao Clube Cordão da Bola Preta, que cedeu sua sede para a festa inaugural”.
abnegados colaboradores que têm contribuído para elevar o nível informativo do jornal, como Américo Del Rio, Elza Moreira, Henrique Dinis, Jaime José e Juliana Prestes. E o Jornal Dance News está aí, conquistando novos espaços, renascendo todo mês com novidades e firmando-se como o verdadeiro veículo representativo desta grande cultura que é a dança de salão. Foi um lindo sonho que consegui concretizar com a ajuda de Deus e daqueles que acreditaram em mim. A todos vocês, do fundo do meu coração, o meu muito obrigado.”
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Fotografados pelo fotógrafo André Lima, da Ame Arte Produções, no salão de festas do Restaurante Estação República, algumas das figuras representativas da dança de salão no carnaval carioca: ao centro, rei e rainha da Banda dos Dançarinos/2006, Josenyr Silveira e Milena Souza; representando os dançarinos carnavalescos, Jaime José e Angela Machado, responsáveis pela comissão de frente da Mangueira do Amanhã; sentados, Sheila Aquino, representando os profissionais que trabalharam em shows e workshops nos camarins da Passarela do Samba, e Alex de Carvalho, representando os responsáveis pelos bailes temáticos das academias; finalmente, de joelhos, à direita, representando os leitores do Dance News, nossa assinante Egídia Camargo, que desfillou com fôlego em 8 Escolas de Samba!
CARNAVAL A R U T R E 2 0 0 6 COB CIAL ESPE
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Por Jaime José, um mangueirense nato, fotos/texto: Leonor Costa
Falando de
Samba ...descido do Morro da Favela, refugiado nas casas religiosas, expandido para os bairros vizinhos e interioranos. Depois das rodas de batucadas, passando pelas comunidades sambistas, sendo executado na rádios de difusão da época, você, meu samba, chega aos nobres salões. Ao que se referiu o poeta: “...E chegou ao grande salão, Pisou na soleira da porta da frente, Adentrou, como se conhecesse os presentes, Para, enfim, fazer parte desse novo ambiente.” Mas ao adentrar, e ser recebido nos salões, o samba adquire uma nova roupagem, não só a camisa listrada é substituída pelo paletó com colete e gravata, também os chinelos e sandálias, pelos sapatos lustrosos. E, principalmente, seu comportamento é modificado. Agora dançado aos casais, a troca de energia é bem maior. Nos bailes “familiares” o abraço é mantido afrouxado, mas nos salões o contato “peito a peito”, os enrosques, são mais arroxados. A sociedade não o vê com bons olhos, e logo começam a aparecer os salões que se tornariam reduto de malandros e valentes. Num dos quais o jornalista Romeu Arêdo, ao ser impedido de entrar bêbado e de mangas arregaçadas, exclamou ser ali lugar sem valia, onde se cometia “gafe”, daí a denominação “Gafieira”. Para manter o equilíbrio comportamental no ambiente, foi criado um “Estatuto” para a Gafieira, onde fiscais e leões-de-chácara inibiam as ações excessivas dos mais afoitos. Nesse reduto, mesmo dançando a dois, o samba se mantém próximo da forma original, rápido e reflexivo, causando embaraço àqueles menos hábeis no seu bailar – o que durante muito tempo levou os demais bailarinos a afirmar ser o samba dança praticável por corpos de sangue africano. Ledo engano! Já nos nobres salões, esse “noviço” ritmo dançável a dois encontra dificuldades. Como toda arte iniciante, também o samba sofre a influência dos ritmos já dançados nesses ambientes... Bem, mas isso é assunto para uma próxima oportuniddade.
Karla e Marquinho Copacabana participaram da coordenação do bloco de rua “Quem não ‘Guenta Bebe Água”, cuja concentração foi na Gago Coutinho, dia 19/02, sábado.
Wellington Lopes e Sheila Aquino, ao lado de outros profissionais da dança, trabalharam nos camarotes do Sambódromo. Sheila ainda encontrou tempo para desfilar em carro alegórico pela Mangueira.
Estatuto da Gafieira Art. 1- Não é permitida a entrada de cavalheiros: A) De camisetas sem mangas B)de bermudas C)de chinelo de qualquer tipo D)Alcoolizados E)chapéu ou qualquer objeto que cubra toda a cabeça. Art. 2- Não é permitida a entrada de damas: A) De shorts ou bermudas curtas B)camiseta tipo regata C)chinelos de qualquer tipo D)chapéu, lenços tipo turbantes ou qualquer objeto que cubra a cabeça, fazendo parte ou não da indumentária . Art. 3- No salão não é permitido: A)Uso de bolsa tira-colo grande ou pequena B)portar cigarro aceso na pista de dança C)Entrar na pista de dança com copos e garrafas com exceção dos garçons D)Dançar mulher com mulher e homen com homen . Art. 4- No interior da gafieira não é permitido: A)Beijar demoradamente ou escandalosamente B) Cavalheiro colocar dama no colo ou vice versa C) provocar confusões D) berrar, gritar ou gesticular exageradamente E) Colocar os pés ou subir nas mesas e cadeiras sob qualquer pretexto F) Não é permitido dançar espalhafatosamente, incomodando os demais dançarinos. Art. 5- A desobediência de qualquer um dos artigos citados do presente estatuto poderá implicar nas seguintes sanções ao infrator: A) Advertência verbal B)Retirada do recinto C) Suspensão a critério do dono da casa. Parágrafo Único: trajar aos freqüentadores desta gafieira: passeio ou esporte fino gosto. E assim conseguirá divertir-se em um ambiente onde possa trazer familiares e amigos, tendo a certeza de que você é na Estudantina um baluarte do respeito e do prazer.
No CDAC, em Vila da Penha, zona norte do Rio, até Rei Momo, Rainha e Princesa foram conferir o baile de máscaras organizado por Alex de Carvalho.
Autoria de Isidro Page Fernandez, proprietário da gafieira Estudantina Musical, Praça Tiradentes, Centro, Rio de Janeiro
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Aconteceu
Car naval! no
Um baile bastante animado em que quase 100% dos presentes estava fantasiado foi o baile da Agytus, no Hotel Everest, em Ipanema (na foto, Soninha, Nese, Silvinha, Aurélio, Talita e Herbert). Um show de fantasias bem trabalhadas, que pode ser conferido na seção O Que se Usou no Carnaval
M
uitos amantes da dança de salão fogem do Carnaval - mas muitos conseguem conciliar o que há de melhor nessa festa popular com seu amor pela dança a dois. A alegria, o clima de brincadeira e amizade, a oportunidade de deixar a imaginação fluir e fazer de conta que é um personagem especial. Isso explica porque as academias aproveitam para formar blocos e realizar bailes temáticos sobre carnaval, de máscara ou à fantasia. E a turma aderiu, entrou no clima numa boa, como registramos nesta seção.
Os profs. Wagner e Adriana, da Ac. W&A, foram responsáveis pela ala de dança de salão da Unidos de Padre Miguel, escola campeã do Grupo C de Acesso. (nas fotos, os profs e sua ala)
No Catete, Jimmy de Oliveira reuniu os alunos e amigos da academia e saiu em trio elétrico e bateria pelas ruas do bairro, arrastando muita gente atrás de si. Os alunos se dividiram em duas alas: a das camisetas brancas e a das camisetas amarelas. O apoio dado por Marcelo Maywald (foto da dta.), subprefeito zona sul 2, e a vereadora Leila do Flamengo (representada por sua assessora Ana Maria Vignoli, na foto central), foi decisivo para o sucesso do evento.
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Na Tijuca, o CCConexão lotou seu salão refrigerado com um baile à fantasia em que a maioria compareceu caracterizado. Na fotos, os piratas Arthur e Ebert ao lado da domadora Janaína; em seguida, Cláudia, Olinto e Jussara; acima, os professores da casa, Vanessa, Marcelo, Raquel, Érico, Jussara e Eder Mazzei. Mais fotos, na seção O que se Usou no Carnaval. Cristiano Salgado coreografou as comissões de frente da Estácio de Sá e da escola mirim Nova Geração da Estácio, tendo sido esta última premiada por esse trabalho.
Houve quem preferisse o baile do rosto coladinho, e passou a terçafeira gorda na boite Prelude, na Lagoa, em baile especial organizado por Léa e Dorita (eu fui uma...).
O QUE SE USOU NO 2
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(1)Natasha, 1ª princesa da Banda dos Dançarinos; (2) Casal representativo do Bloco Flor da Idade, coord. de João Medeiros; (3) Thaimi e Angela no bloco Unidos de Jacarepaguá.
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(4) Movimento tangueiro e da gafieira, unidos no desfile do Gaviões da Colina, Teresópolis; (5) e (6), a nova geração da d.s. desfilando no Bloco Vem Sambar Comigo
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(7) Carmem Campos, no baile da Léa e Dorita na terça-feira gorda; (8) Eduarda, netinha da Leila Alves; (9) O trio de gatinhas com suas camisetas customizadas
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(10) Beth Landim, no desfile da Renascer de Jacarepaguá; (10a) Juliana Prestes, irreconhecível no desfile da União da Tijuca; (10b) Sheila Aquino, destaque da Mangueira
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AGRADECIMENTOS
ESPECIAIS DO
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JORNAL DANCE NEWS:
à Padaria e Confeitaria N. Sª Candosa, Ilha do Governador, dir. Antônio Ferreira, pelo fornecimento do lanche às integrantes da bateria da Banda dos Dançarinos; à vereadora Leila do Flamengo e ao subprefeito Marcelo Maywald, pelo fornecimento dos abadás e carro de som para a Banda dos Dançarinos; à pré candidata e promoter Leila Alves, por sua contribuição na decoração do Baile de Eleição da Rainha da Banda dos Dançarinos, ocorrido dia 21/02 no Clube Sírio e Libanês; ao Mestre Riko, que com sua bateria Fina Batucada abrilhantou o desfile da Banda dos Dançarinos, dia 24/02, no centro da cidade; à Parcifal Veículos, dir. Arnaldo Parcifal, pelo patrocínio das premiações entregues às rainha e princesas da Banda e o fornecimento da água à Bateria Fina Batucada; aos demais colaboradores da Banda dos Dançarinos, cuja extensa lista não nos permite nomeá-los individualmente, mas sem os quais este projeto não seria possível.
Destaque para nossa leitora Egídia Camargo, que representou bem a dança de salão na avenida, desfilando em 8 Escolas na Sapucaí, dentre as quais Rocinha (11), Estácio (12), Porto da Pedra (13) e Flor da Mina do Andaraí (14). Haja disposição, parabéns!
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Car naval! no
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(1) Incógnitos em baile de Máscara no CDAC, V.Penha 4 5
(2) Agytus: Therezinha, Bruna e Florípes; (3) CCConexão: Mª Teresa, Flora, Beatriz, Mª do Carmo e, na fte., Meiber; (4) Agytus: Diana e Celis Expedito; (5) CCConexão: Rafaela e Anita
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Baile à fantasia da Agytus Produções, em Ipanema: Marilucia e Conchita (6); Diva, Wall e Lurdes (7); Ricardo e Geísa (8); (9) Leonardo e Diva; (10) Beth Tur e Ricardo Lopes
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Agytus: Lourdes Prado (11); Marcel e João Ricardo (12); Mariza e Edson (13). C.D.Alex de Carvalho (CDAC): Luana e Vitor (14). Agytus: Lúcia, Iris, Talita e Soninha (15)
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DJ Vivi e promoter Regina Vasconcelos ladeando as amigas em baile do Havaí da Ac. Jimmy, Catete (16); Agytus: Silvinha e Herbet (17); Agytus: Wagner e Flávio (18); Agytus (19): Gustavo; Agytus: William Show e Elzy (20). A todos os dançarinos foliões, os parabéns do Dance News pela adesão ao tema, a alegria e o alto astral que trouxeram aos bailes de dança de salão durante o período carnavalesco.
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fotos: Leonor Costa
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Muita gente duvidou, mas a prova está aqui: o Jornal Dance News levou para a Av. Rio Branco a Banda dos Dançarinos, na sexta-feira pré-carnaval, dia 24/02. Antes, no dia 21/02, fora feita a eleição da Rainha da Banda, org. de Valdeci de Souza no Sírio e Libanês. As concorrentes (1) estavam bastante entrosadas e alegres e a escolha foi difícil. Miranda, presidente da mesa de jurados, teve de dar seu voto minerva para a professora Milena Souza, de SG, que ganhou o prêmio em dinheiro oferecido pela Parcifal Veículos (2). As outras colocadas também ganharam da Parcifal Veículos prêmios em dinheiro e brindes. Na foto 3, da esq. para a dir., Catarine, 2ª princesa, Natasha, 1ª princesa, e Milena. A concentração da Banda começou às 17h no Lgo da Candelária e já reunía um bom grupo de dançarinos (fotos 4 e 5). Suelen Costa (6a) brilhou como passista. Marisa e Renato (6) foram ver para crer. Leila Alves e Jair Rosas (7) e a turma da Agytu’s (8) fizeram pose ao lado do rei e da rainha da banda. Às 20h, após a chuva e a liberação da pista por outro bloco, a Bateria Fina Batucada, do Mestre Riko (9) pôde entrar em formação. Na frente, o abre-alas formado pelos dançarinos de São Gonçalo (10). Nossa rainha Milena Souza animou a bateria mostrando porque ganhou o concurso (11), enquanto, do carro de som , Wanyr, Juliana e Aragão supervisionavam o desfile (12). O prof. João Medeiros (13), que abriria o desfile da Sapucaí na noite seguinte com seu Bloco Flor da Idade, coordenou o desfile usando a primeira camiseta da Banda, de 2003, com o apoio de dançarinos que usavam o abadá fornecido pela vereadora Leila do Flamengo que, juntamente com o subprefeito da zona sul 2, Marcelo Maywald, apoiaram o evento e forneceram o carro de som. Durante o desfile, ao som da bateria, os dançarinos faziam demonstração de samba de gafieira, com destaque para o rei Josenyr Silveira e sua parceira Rejane (14). O pessoal que foi curtiu bastante (fotos 15 e 16). Pra quem não foi, ano que vem promete ser melhor ainda!
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15 fotografia: Leonor Costa
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Projeto de Lei quer obrigar as academias de dança a ter um responsável técnico graduado em educação física
C
om os profissionais de dança de salão envolvidos com os preparativos para sua participação no carnaval carioca, eis que, em plena quinta-feira, 23/02, às 16h, entrou em pauta a discussão do PL-1161/2003 da deputada estadual Georgete Vidor, que exige que os estabelecimentos do RJ com atividades ligadas à dança, yôga, artes marciais, ballet, etc, tenham um responsável técnico graduado em Educação Física. Edézio Paz, presidente da ADSERJ (Assoc. da Dança de Salão do Estado do Rio de Janeiro), e Myriam Martinez, diretora da ADSERJ e assessora parlamentar da liderança do governo na ALERJ, acompanharam de perto as discussões, e tiveram participação ativa para a apresentação de emendas ao projeto. “O projeto recebeu 13 emendas, todas no sentido de desvincular essas atividades da exigência proposta no Projeto de Lei. Com isso, o Projeto de Lei saiu da pauta de votação, retornou às comissões, para novas discussões, e posteriormente irá para uma audiência pública”, nos esclareceu Myriam Martinez. JDN: Como noticiamos em nossa edição 63, de julho/2005, a Comissão de Turismo e Desporto, em Brasília, aprovou por 5 votos a 2 o Projeto de Lei 7370/2002 do deputado Luiz Antonio Fleury, do PTB-SP, que altera a Lei que regulamentou a Educação Física, acrescentando um parágrafo único em seu artigo segundo, estabelecendo que não estavam sujeitos à fiscalização dos Conselhos de Educação Física os profissionais de danças, artes marciais e ioga, seus instrutores, professores e academias. Em março de 2002, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do RJ já havia movido uma ação civil pública contra o Conselho Regional de Educação Física da Primeira Região, que ameaçava com sanções econômicas as academias de dança. O Projeto de Lei 1161/ 2003 da deputada Georgete Vidor não está na contramão dessas diretrizes? Lourdes Braga: São projetos tramitando em poderes diferentes e autônomos, portanto, nada impede que se aprove uma lei municipal, outra estadual, outra federal, sobre o mesmo assunto. Como o Projeto de Lei do deputado Fleury ainda se encontra em tramitação, o Projeto da deputada Georgete – aliás uma das co-autoras do PL - poderia ser aprovado e aplicado. Denise Acquarone: Mas a tramitação do Projeto de Lei do deputado Fleury está bastante adiantada e, uma vez aprovado, as leis contrárias a ele perdem o efeito. JDN: Eu particularmente noto que uma certa competitividade entre os profissionais de
dança faz com que as aulas, principalmente em níveis mais adiantados, tenham ‘coreografias’ que exigem um certo condicionamento físico do aluno que, por sua vez, na ânsia de exibir-se nas pistas, chega a reclamar quando acha que os passos estão simples demais. Esse esforço físico, podendo gerar lesões, não seria uma deixa para os Conselhos de Educação Física quererem atuar na área da dança? Stelinha Cardoso: Nada a ver. O aspecto do esforço exigido e das lesões eventualmente ocorridas tem relação com a qualidade do profissional que está ensinando, e situações como essas ocorrem em qualquer categoria, mesmo com professores de educação física. Quanto às coreografias complexas, a meu ver há uma certa confusão sobre a complexidade dos passos para um aluno iniciante, um intermediário, um avançado – e aquele que se quer especializar, para dar aulas e shows. O bom profissional sabe classificar seus alunos em cada uma dessas categorias e sabe até onde pode esforçá-lo. JDN: Afinal, que órgãos existem representando os profissionais da dança de salão? A profissão está regulamentada? Há cursos superiores? Há obrigatoriedade de formação superior para o exercício da profissão? Lourdes Braga: Juridicamente, inclusive e principalmente no aspecto trabalhista, a representação da categoria é feita pelo sindicato. Existem várias associações que reúnem profissionais da dança de salão, mas
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foto: Leonor Costa
Entr evista ntre
Da esq. para a dir. Stelinha Cardoso, Lourdes Braga e Denise Acquarone
Nas galeiras, além de Edézio Paz, presidente da ADSERJ, compareceram os presidentes das associações de Yôga, dos Capoeiristas, das Artes Marciais, e do Corpo de Dançarinos de Ballet do Município, além do grupo liderado por Lourdes Braga, presidente do SPDRJ (Sindicato dos Profissionais da Dança do Estado do RJ). Dentre esses profissionais de dança, destacamos a presença da professora Stelinha Cardoso, representante da dança de salão no SPDRJ, juntamente com a professora Conceição da Bahia. Com a preocupação de manter nossos leitores esclarecidos sobre este importante assunto, o JDN compareceu ao SPDRJ para uma entrevista com Lourdes Braga, presidente do Sindicato, Denise Acquarone, diretora do Sindicato e presidente da Comissão Artística, e Stelinha Cardoso, Comissária responsável pelo segmento da Dança de Salão. associação é uma reunião de pessoas que se unem em torno de objetivos estabelecidos em seus estatutos, que são registrados em cartório. O órgão representativo é unicamente o sindicato. A profissão está regularizada desde 1978, pela Lei 6533/78 que disciplina as atividades de artistas e técnicos dos espetáculos de diversões. Dentro dessa lei, no quadro anexo em que se descreve as funções em que se desdobram tais atividades, encontramos o artista dançarino, o artista bailarino, o coreógrafo, o assistente de coreografia, o ensaiador, etc. Para dança de salão não há curso superior específico. Temos a faculdade de dança mas a dança de salão não consta como uma de suas matérias.
pelos gabinetes, defendendo nosso posicionamento a respeito, o que fez com que muitos deputados mudassem de idéia e apresentassem emendas ao PL. Destaco também a participação da ADSERJ. Denise Acquarone: Com a apresentação das emendas, o PL foi retirado da pauta e terá que passar novamente por várias comissões. Na primeira delas, a Comissão de Constituição e Justica, o deputado Coronel Jairo, um dos coautores do PL, se dispôs a solicitar uma audiência pública. Para essa audiência é que a mobilização da categoria será essencial, pois em política pesa muito a pressão popular e não há dúvidas de que os interessados pela aprovação do PL virão preparados.
JDN: O que vocês acharam da participação de nossos profissionais de dança nas galerias? Houve boa representatividade? Poderia citar alguns dos presentes? Lourdes Braga: A colocação da votação do PL-1161/2003, em regime de seção única, isto é, para discussão, votação e aplicação imediata, pegou a categoria de surpresa. Só tomamos conhecimento da data dois dias antes. Não houve, portanto, tempo hábil para grande mobilização, ainda mais porque era uma Quinta-feira antes do Carnaval. Os poucos que compareceram, contudo, conseguiram fazer boa pressão para que o PL voltasse às comissões. Stelinha Cardoso: Quero registrar aqui a excelente articulação da Lourdes Braga. A votação era de tarde. Ela chegou pela manhã e imediatamente iniciou uma peregrinação
JDN: Qual sua impressão sobre a viabilidade do Projeto de Lei? Ele tem chances de ser aprovado? Que conselhos vocês poderiam dar à classe? Lourdes Braga: O sindicato está empenhado, é claro, em fazer o PL ser rejeitado já nessa primeira Comissão. No entanto, como já dissemos, a mobilização da classe será importantíssima nesse momento para o convencimento dos deputados. Aconselhamos todos os profissionais de dança a acompanharem com atenção os informes do Sindicato e, no momento oportuno, se fazerem presentes, pois o assunto é de extremo interesse para a classe. NR: O SPDRJ tem sede na Av. Presidente Vargas 583, salas 2206/2207, Centro, Rio de Janeiro, e conta com Delegacias Regionais em Teresópolis, Niterói, Petrópolis e N.Iguaçu. Inf.: (21)2531-7541.
Vamos
dançar? Veja a programação de nossos patrocinadores
às segundas
Baile de Forró “Forró na Chinela”, do CCConexão, na Tijuca, acontece toda 3ª sexta do mês (inf. v. pág. 20). Baile de Samba Com cortina de outros ritmos, toda última sexta do mês, às 22:30h, na Ac. Jimmy de Oliveira, Catete (inf. v. anúncio pág. 20). Próx.: 31/3-28/4
Bailongo - baile de tango Quinzenalmente, no Palace Hotel em Copacabana. Inf. com Neuza Abbes (anúncio página 15).
Baile dos Bolsistas Dança de salão, org. pelos bolsista da Ac. Jimmy, Catete, dia 12/05, às 22:30h (inf. v. pág. 20).
Baile Aula Semanalmente às 16h, baile aula com dançarinos, a preço fixo, na Ac. Luciana Santos, no Centro do Rio (inf., ver anúncio pág.11)
Baile de Dança de Salão Semanalmente às 19h, na Academia Luís Valença, na Tijuca (anúncio na pág. 17)
às terças
aos sábados
Jantar Dançante Agytus Semanalmente, no Hotel Everest em Ipanema, às 20h (v. anúncio na pág. 8).
Baile Ficha Ás 18:30h, na Ac. Marquinho Copacabana, Copacabana (inf., ver anúncio na pág. 7).
Noite Romântica Semanalmente, na Churrascaria Gaúcha em Laranjeiras, 20h (v.anúncio pág. 24).
Dançando na Candelária Baile mensal de dança de salão, org. Sheila Aquino e Marcelo Chocolate, no Rest. Ao Moço, no Centro (v. anúncio na pág. 13). Próximo baile será dia 13/05.
às quartas MillongaBrasil - baile de tango Quinzenalmente, no Esp. de Arte Ginga Brasil, no Catete. Inf., ver anúncio pág. 24. Forrómania - baile de forró Semanalmente, na Churrascaria Gaúcha, em Laranjeiras, com 2 bandas (v. anúncio pág 24) Estudantina Musical Apresentação do grupo Jongo da Serrinha, a partir das 20h (jongo, samba, partido alto). Inf., ver anúncio nesta página.
às quintas Zouk Night Fire Excepcionalmente dia 13/04, com DJ Mafie Zouker, Núcleo Renata Peçanha, 22h Estudantina Musical Dança de salão com música ao vivo a partir das 20h (ver anúncio nesta página) Baile da Graça - dança de salão Semanalmente, às 20h, na Churrascaria Gaúcha, em Laranjeiras, (v. anúncio pág. 24) Jantar Dançante Agytus Semanalmente, no Hotel Everest em Ipanema, às 20h (inf., ver anúncio pág. 8). Baile de prática (dança de salão) Última quinta do mês, no C.D. Alex de Carvalho, Vila da Penha (inf., ver anúncio pág.20) Baile de dança de salão Última quinta do mês, no Ginga Brasil, Catete (inf., ver anúncio pág. 24) Happy Hour Semanalmente às 18h, baile de dança de salão na Ac. Luciana Santos, Centro (inf. anúncio pág. 11) Baile Anos Dourados Semanalmente, na Boite Prelude, Lagoa, org. Léa & Dorita (inf., ver anúncio pág. 2). Dia 13/04, baile especial de Páscoa, com bolo e vinho. Tango Gala Mensalmente, na última 5ªf. do mês, baile de tango da Alvaro’s Dance. Dia 30/3, baile especial (aniv. Alvaro Reys). Inf., v. anúncio na pág. 18. Forró Gingado dia 06/04 - 22h no Ginga Brasil, com DJ M&M (inf., ver anúncio na página 24)
às sextas Sexta Carioca-MPB, Samba e Pagode Semanalmente, na Churrascaria Gaúcha, em Laranjeiras, com 2 bandas (v. anúncio pág.24). Baile da Agytus Semanalmente, no Rest. Top Beer, Copacabana, às 20:30h, com música ao vivo-v. anúncio pág. 8 Estudantina Musical Música para dançar com a Orquestra Lunar, composta só por mulheres, a partir das 22h Baile Ficha Semanalmente, na Ac. Jimmy, no Catete, às 17h (inf., v. anúncio pág. 20). Baile de Salsa e Zouk Semanalmente, na 4ª sexta-feira do mês no CCConexão, na Tijuca. Inf., ver anúncio pág. 20.
Fique por
dentro
Alex de Carvalho promoveu com grande sucesso no CDAC mais um “O Abraço da Dança”, workshop que reuniu grandes profissionais da dança de salão, como o prof. Marco Aurélio, do Ginga Brasil (na foto à esq., Alex e Marco Aurélio). O próx. workshop no CDAC será em maio: “O Samba e o Salão II”.
Estudantina Musical Dança de salão com música ao vivo a partir das 22h (ver anúncio nesta página) Baile de Forró 1º sábado do mês às 20h, na Academia Luís Valença, na Tijuca (inf., v. anúncio na pág. 17) Baile Sábado Quente da Tijuca Inauguração dia 08/4, 20h, na Ac. Luís Valença, com salsa-forró-samba, org. Jorge da Salsa. Almoço e tarde dançantes Semanalmente, no Helênico, Rio Comprido, almoço seguido de tarde dançante com música ao vivo até 20:00h (inf., ver anúncio pág. 4). Jantar Dançante Agytus Semanalmente, no Hotel Everest em Ipanema, às 20h (inf., ver anúncio pág. 8). Sábado Especial na Churrascaria Gaúcha Semanalmente, Conj. Hélio Silva e Samba Tropical (v. anúncio na pág. 24). Baile da Ac. Jimmy Catete Forró e Samba, 22h, dias 15/04-13/05 Dança de salão, 21:30h, dias 29/04-06/05-27/05 Salsa e Zouk, 22h, dia 08/04-20/05 Bailes de Tango - Bello Tango Produções Bailes Bellinho, Bello Tango e Milonga Real, org. de Aparecida Belotti. Próx. baile, Bello Tango, dia 25/03, 22h, no Jardim Botânico (inf., ver telefones no anúncio da pág. 15).
Em março, mais uma mostra do Projeto Criandança, do prof. Jorge Cabral, no Shopping Ilha Plaza, contando com a presença do DN e de membros do movimento Tango En Rio e da gafieira carioca, que também se apresentaram ao público (fotos acima).
Em fevereiro, aconteceu o workshop Conexão Mix, no CCConexão, na Tijuca, que atraiu grande público para se iniciar ou aperfeiçoar em tango, salsa, forró, samba, zouk e roda de casino. Na foto, aula de forró dirigida pelo prof. Marcelo Martins (foto ao lado, de camiseta branca). A turma tinha 78 inscritos, fora bolsistas e ajudantes.
Nas fotos ao lado, flagrantes do ensaio fotográfico do fotógrafo André Lima, que aparece na primeira foto. Foi em clima de bastante descontração e divertimento, não faltando os registros das máquinas digitais (foto da direita).
Hot Zouk Dia 08/04, com Lord Feifer e convidados, às 22h, no Núcleo Renata Peçanha, Centro (inf., ver anúncio na página 20)
aos domingos Baile Ficha Ás 18:00h, no Espaço de Arte Ginga Brasil (inf., ver telefones no anúncio na pág. 24). Domingueiras no Catete Ac. Jimmy, no Catete (anúncio pág.20). 1º Dom., Baile para Tímidos e Iniciantes (dança de salão), 18h; 3º Dom., Baile EsTanGostoso (tango), 19h. Domingueira no Clube Sírio e Libanês Baile de dança de salão com música ao vico, a partir das 20h, em Botafogo, org. de Valdeci de Souza (inf., ver tel. no anúncio da página 4). Forrómania - baile de forró Semanalmente, em Laranjeiras, na Churrascaria Gaúcha, com 2 bandas (v. anúncio pág. 24). II Baile Dançando com a Mocidade Org. W&A Estação da Dança, baile de dança de salão na quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, dia 26/03 às 18h, com a Banda Brasil Show (ver o anúncio na página 18)
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Tome
Nota!
4 1 Cia show da de”, novo u -estit ré “A p a lo cu ce, teve su ero de O espetá n a D ’s ro núm Alva de Dança 3, reunindo seleto aetáculo est 03/0 sp ia e d O ia é ). tr 2 ne ra 1 u d s , to emia s (fo convidado s 20h naquela acad gues ri d o R à r u s h o rinos Art s sábad l de dança mais danaz todos o rá em cart ril. Na foto 3, o casa estaque para as de ab 4, d te março e Lacerda e, na foto iza e Anna Lu elenco. çarinas do
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dia 26/03: Baile de dança de salão na quadra do GRES Mocidade de Padre Miguel, às 18h, com a Banda Paratodos. É o II Baile Dançando com a Mocidade, promovido pela W&A Estação da Dança (v. pág 18). dia 30/03: Lembrando que o Tango Gala deste mês será especial, com a comemoração do aniversário do prof. Álvaro Reys. dia 31/03 com muitas novidades: inauguração do Baile da Agytus, no Restaurante Top Beer (ver anúncio pág. 8); show da Luana, filha de Alex de Carvalho, no Baile de Samba da academia Jimmy, Catete (anúncio pág. 20); e Baile de Aniversário dos 4 Anos da Ac. Luís Valença, no próprio local, às 19h (inf., ver anúncio pág. 17).
8 Leila Alves realizou mais uma edição de seu concorrido evento, a entrega do Prê7 mio Master da Maturidade, desta feita dia 15/03, no Clube do Cordão da Bola Preta. Além da entrega do prêmio às contempladas, a promoter homenageou vários personagens da dança de salão, como algumas das divas da dança de salão (foto 1), Valdeci de Souza (2) e Jair Rosas (3). Em comemoração aos 10 anos de fundação do Jornal Dance News, Leila Alves também homenageou a diretoria ali presente: Karla Good e Fátima Neves (4), dir. administrativas; Jorge Cabral (5), dir. de técnica de dança; Antônio Aragão (6), dir. financeiro; Leonor Costa (7), editora do jornal; e nosso diretor-presidente Wanyr de Almeida (8).
dia 25/03: para os aficcionados por disc club (discoteca, dança de rua, social dance, anos 70/80/90/2000), inauguração do baile “Disc Club” da Academia Luiz Valença, às 20h, com participação especial do prof. Hugo Alexandre, que dá aulas desses movimentos naquela academia (inf., v. anúncio pág. 17).
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Dia 13/04, quinta-feira, véspera de feriado, Léa & Dorita promovem seu baile na Boite Prelude em clima de Páscoa, com vinho e bolo (inf., ver anúncio na pág.2).
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fotografia: Leonor Costa e Aragão
Dias 07-08-09/04, workshop de salsa, shines e son subano, com o prof. argentino Alejandro Baigorria, na Ac. Jimmy, Catete. O prof. fará uma apresentação especial na inauguração dos bailes de salsa e zouk da academia, dia 08/04 às 21:30h.
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Dia 20/04, também véspera de feriado, nova edição do Onda Zouk, que acontece todo 2º sábado do mês no Olympico Clube, em Copacabana, org. de Evando Albino . Este será especial, com show de Alex de Carvalho e Renata Peçanha (ver anúncio na pág. 17). No mesmo dia 20/04, grande baile de dança de salão no Sírio e Libanês, com a Banda Rio Show, às 22h, em comemoração ao aniversário de Marcelo Chocolate (ver anúncio sobre o baile nesta página). Dias 28-29-30/04, mais uma edição do bem sucedido workshop de dança de salão da Pousada A Marca do Faraó: transporte, hospedagem, refeições, aulas e baile com dançarinos contratados pelo pacote. Além das diversas opções de lazer da pousada. Ver informações e cupom de desconto na página 11 ou pelo tel. 2711-8297 (Margarida). Dia 13/05: é a data do próximo baile Dançando na Candelária, org. Sheila e Chocolate, no Rest. Ao Moço (anúncio nesta pág.). Dia 25/05: Renata Peçanha já em preparativos para o baile de seu niver nessa data, na sua academia. Promete ser tão bom ou melhor que o do ano passado. Dias 27-28/05: Valdeci comemorando seu niver organizando fim de semana no Country Ville Club, no município de Cachoeiras de Macacu. Saída em van pela manhã, almoço com samba de raiz, baile à noite com a Banda Paratodos, hospedagem, café da manhã e almoço no domingo, com samba de raiz e retorno ao Rio às 16h. Inf. Valdeci pág. 6.
ANUNCIE AQUI: (21)2535-2377 contato@jornaldancenews.com.br
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Rachel Mesquita Diferentes são os autores que de diferentes formas e em diferentes tempos se preocuparam com os desenvolvimentos e aprendizados, das crianças. Dentre eles, Vygotsky, Piaget, Wallon, Le Boulch, Luria, Ferreiro, Freud, Freire, como tantos outros. De alguma forma, todos quiseram entendê-las e favorecer compreensões para que, elas, fossem tratadas com suas características de crianças. Este universo ampliou recursos para que soubéssemos mais do mundo infantil e alargássemos nossas possibilidades de ação. A sabedoria popular não pode ser negada, desta forma , culturalmente quem convive com crianças também sabe de crianças mesmo sem conhecer os autores supra citados. Conviver com elas permitirá saberes próximos de particularidades que favorecerão sempre identidades. Não duvido que os erros e acertos buscam conquistas positiva. Aguçar nossas sensibilidades, percepções, criticidade será sempre fundamental neste processo. O ato de ensinar crianças (a dança de salão) exigirá sempre de quem ensina transitar no referencial existente e na sua vivência prática direta adquirida com elas. Negar um desses caminhos poderá (e muito) comprometer a formação das crianças como um todo. Não podemos jamais generalizar crianças e tratar de suas ações e reações da mesma forma, simplesmente por serem crianças. Crianças vivem em contextos reais (sócio-econômicos, geo-político, religiosos, familiares, educacionais, cultural e historicamente determinados) e por isto, uma criança se difere da outra precisando ser compreendida para ser respeitada. Nesta linha de raciocínio, uma aula de dança de salão sistematizada exigirá sempre: - multiplicidade de atividades - tempos diferenciados para aprendizados - espaços para descobertas - respeitos ao corpo que possue medos, alegrias, crenças, liberdades, imaturidades, aprisionamentos,
anseios, expectativas, enfim diversidades - estímulos que favoreçam as múltiplas inteligências - oportunidades que ensinem a ação coletivizada e individualizada e suas diferenças no alcance social, o ser solidário, a cumplicidade, a necessidade de se ter um corpo livre (também) para dançar, o poder de decisão, o pensamento crítico dentre tantas outras coisas e sobretudo - BRINCAR Não poderemos jamais dar aulas para crianças distantes do lúdico. O poder da ação brincada miniminizará sempre o distanciamento entre o nosso mundo e o delas. Cuidado para não focarmos esta proposta numa série de brincadeiras, joguinhos que vem sempre encostados numa visão simplista: desenvolver lateralidade, coordenação.....(em uma outra oportunidade falaremos a respeito dos outros alcances do brincar). Vejam que tenho insistido nestas questões didáticas pedagógicas. Percebo-as como necessidade emergencial para um redimensionamento de nossa postura como professores, numa perspectiva pedagógica. Ensinar a dança de salão para crianças não poderá se distanciar das questões específicas da dança de par mas estes conhecimentos necessitarão sempre de conquistas paralelas, e serão nestas questões que também teremos de centrar nossas atenções. As crianças merecem dançar com seus recursos corporais, com suas irreverências, com seus sentidos, com seus trejeitos, no seu mundo, no seu tempo, da sua forma. Tem-se insistido muito em aproximar as referências que o adulto tem da dança de salão para a dança das crianças. Desta forma elas tem sido qualificadas em nosso meio como boas dançarinas. Um crime! Um absurdo!
Por Elza Moreira (visite o site www.momentosdetango.com.br)
MÁQ UIN A ÁQUIN UINA
TANGUEIRA
fotos: Elza Moreira
A RESPEITO DE DANÇA DE SALÃO PARA CRIANÇAS (uma abordagem crítica construtiva)
O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, foi comemorado com uma linda festa no Olímpico Clube, organizada pelo promoter Carlinhos, onde foi homenageada uma meiga mulher - Leda Barbosa, antiga cantora da Radio Tupi e Nacional, que, aos 83 anos de idade, realizou seu grande sonho: lançou seu primeiro CD, produzido pelo seu querido sobrinho, o cantor e compositor Jorge Vercillo. Grande mulher, exemplo de vida. Parabéns e muito sucesso com o seu novo disco. Nas fotos, a cantora entre sua irmã, a dançarina de dança de salão Ieda Barbosa, e o cantor Jorge Vercillo. E durante sua apresentação. Muito concorrido o Almoço com Chorinho e Tango, realizado no Clube dos Macacos, no dia 12/03. Contando com um grande número de tangueiros, muitos casais participaram de uma Ronda Competitiva de Tango de Salão, concorrendo a uma inscrição gratuita no Campeonato regional de baile Tango Rio 2006. Os casais classificados na primeira etapa foram: 1º lugar- Valdeci de Souza e Solange Dantas, 2º lugar- Tony Gotan e Selma Sena e 3º lugar- José Freire e Elza Moreira (foto à dir.). Nos próximos meses outros casais serão escolhidos.
Nas fotos acima, flagrantes dos frequentadores de milonga: à esquerda, a graciosa Hellen, em dobro, na milonga do Espaço de Arte Ginga Brasil; ao centro, o aniversariante Carlos rodeado por amigas, na Milonga Bellinho do dia 11/03; à direita, os músicos argentinos Martin (bandoleon) e Mariano (guitarra), dando canjas em milongas cariocas durante sua passagem pela cidade.
(Este assunto não se esgota nestes posicionamentos. Encontraremos outras oportunidades)
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Boletim Informativo do Movimento Tango En Rio Por Américo Del Rio riotango@uol.com.br
APRENDAMOS A DANÇAR O TANGO
H
oje, 9 de janeiro de 2006, queria passar a lhes pedir algo com o carinho e respeito que sinto por todos vocês. Isto não é uma censura para ninguém, o que eu quero é que toda a juventude que dança tango entenda meu motivo: Não mascare o tango sob nenhum ponto de vista, porque esta música tão apaixonante nos dá vida, energia, prazer e assim nos sentimos melhor. Depois de muitos anos de ver bailarinos e mestres, penso que não pode haver tantos erros no ensino nem nas exibições. Passo a lhes contar qual é minha idéia. Sempre soube que a música é a base principal do tango. Também é aprender a caminhar com ela, trazendo equilíbrio e cadência. Não poderia lhes dizer que não existe uma técnica quando se dança, mas sim que seria melhor que se ensinasse a dançar mais livremente, para si mesmo... aí está a diversão... Ninguém nos compromete ao nos observar, porque dançamos para nós. Nisto que digo, penso que muitos estão mascarando o tango em algo que não é verdade, porque o tango é música e não se começa pelos passos, nem temos que cometer o erro de não ensinar como caminhar diferentes compassos musicais para reconhecer cada orquestra. Muita gente que está ensinando teria que aprender primeiro a dançar tango, para poder ensinar dando tudo de si mesmo, para não frustrar seus alunos nem prejudicar sua imagem como professor. O tango não é um negócio, ainda que muitos o vejam assim. O tango é parte de nossa vida, parte de nossos avós, pais, mães, irmãos e amigos. É nossa vida. Não deveríamos nos equivocar tanto e teríamos que voltar a conquistá-lo, já que estamos perdendo-o por não respeita-lo. Queridos amigos, bailarinas e bailarinos, como isto que fazem é um trabalho a mais na vida de alguém, por respeito a vocês mesmo, em suas exibições seria bom que dançassem mais tango e menos acrobacia, ballet ou qualquer coisa que não seja tango. Não quero crer que também com as exibições concorram: sabemos que cada par deveria criar seu estilo, e além do que não se deveria dançar música que não é tango. Não mintam nisso para vocês mesmo nem às pessoas. E para a comunidade tanguera da Europa e do resto do mundo dou a eles um conselho: gostaria que abrissem os olhos a respeito de como aprender a dançar, principalmente aos organizadores de estágios e aos professores, com todo meu carinho, que saibam que, quando se organiza algo, trata-se de levar os melhores bailarinos e mestres, para poder ensinar o que é devido. Sem a música, sem a cadência, a postura, o equilíbrio, de nada servem os passos e para isso necessitamos de mestres e professores autênticos. Assim que, bom, desde o fundo do meu coração, com um pouco de tristeza, gostaria que vocês pensem sobre isto e, se tiverem algo para me dizer, gostaria que o fizessem, por meio de revista ou do que quer que seja, se quiserem queixar-se falem comigo, eu vou ao baile: venham a mim, digam-me, perguntem-me e eu respondo... vou responder a todos, não tenham medo que não vou deixar ninguém sem resposta, mas por favor mudem o sistema, ponham um sistema onde todos sejamos alegres, onde possamos dançar o tango, onde sejamos felizes e onde possamos ter muito mais pessoas, sem vender a eles mais nenhuma mentira, eu desde já mando um beijo e um abraço para todos vocês e espero que este ano que se iniciou seja o mais feliz para todos. Obrigado, Tete. Tradução: Regina Santana.
TETÉ RUSCONI , maestro de tango, dedicado há muitos anos à dança, grande experiência em dança dinâmica e bem no passo e representa a nossa verdadeira dança : O Tango
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BOLETIM RIO TANGO PROGRAMAÇÃO 2006
19 de MARÇO – workshops às 17hs de Tango no IBT com prof. Paulo Araújo tel. 2541-5184. 01 a 05 de MARÇO – I Festival 22 de MARÇO – Grupo para Bs As junto Internacional de Tango em Florianópolis. ao Planeta Tango Café. Info com prof. Info (48) 3222-9292. Jorge Paulo 2240-1200. 03 de MARÇO – Pré-estréia do musical 30 de MARÇO – I Mostra Carioca Retue da Cia de Dança Álvaro Reys às 21hs no de Tango (Teatro Ipanema, 21hs). seu Espaço em Copacabana. 02 de ABRIL – I ConecTango 2006 na 04 de MARÇO – Tango na Rua do Academia Conexão (Tijuca) tel. 9618Lavradio (esquina com R. do Senado) 0734. obs. todo primeiro sábado de cada mês 07 de ABRIL – Escolha dos 3 primeiros às 17hs. colocados, a melhor interpretação/ 04 de MARÇO – aniversário prof. José declamação e o comunicado das 30 Freire na Milonga Brasil às 21hs (Glória). poesias que farão parte do livro II 06 de MARÇO – Último dia para Antologia Tango Poesia no IBT. entrega das poesias que participarão do 15 e 16 de ABRIL – Encontro Tangueiro II Concurso Tango Poesia. Rio x São Paulo em Paraty/RJ. 06 de MARÇO – Bailongo comemora 16 de ABRIL – Baile Estangostoso níver do Vinícius em comemora os aniverC o p a c a b a n a sários do prof. (21h30m) tel. 3683Márcio Carreiro e 3886. Thaimí às 19hs na 09 de MARÇO – Academia do Jimmy excursão para BsAs (Catete). com Laure e Luciano 05 de MAIO – (info 3688-2249) e Lançamento com Baile Los Mareados coquetel do livro II (Espaço Café Cultural Antologia Tango – Botafogo 21h30m Poesia e do DVD do tel 2286-2648). I RioTango Festival Rua do Lavradio 04/03/06 11 de MARÇO – no IBT. workshop de Tango contemporâneo com 25 a 27 de MAIO – Grande Abertura do Neuza e Márcio Alexandre às 17hs no Campeonato Regional de Tango Restaurante I Piatti (info 9303-6161). Classificatório para o IV Campeonato 12 de MARÇO – Encontro de Mundial em Buenos Aires. Inscrições Chorinhos e Tangos às 15hs no Clube nos sites www.servimerco.com.br e clubargentino @clubargentino.com.br. 17- Horto/Jdm. Botânico (info. 227401 A 05 de JUNHO – ProjecTango 2006 1999) e Tango Norteño (Núcleo Tango (Milongas e Shows de Tango diários para en Rio Zona Norte às 19hs, Bento divulgação do Movimento Tango en Rio) Ribeiro, tel 9873-5673). 02 de JUNHO – Lançamento com 16 de MARÇO – Grande Baile de coquetel do II RioTango Festival no IBT. Tango na Colombo comemorando níver 21 a 24 de SETEMBRO – II RioTango do prof. Marquinhos, Lucienne, José Festival* 21 EsTangostoso (Ac. Jimmy de Magela e Carlos. Reservas com profa. Oliveira)* 22 IBT (Casa de Espanha)* 23 Neuza 2539-9850. ConecTango (Tijuca Tênis Clube)* 24 18 de MARÇO – Baile Rincón Porteño Domingueira (Clube Sírio e Libanês). no Olímpico Clube (Copacabana) Obs I. aulas no Clube Sírio e Libanês (21 comemorando o aniversário da Selma tel. e 22) e no Centro Coreográfico (23 e 24) 2547-5424 e Baile APDS da Zona Oeste Obs II. eventos culturais (filme e palestra) às 19hs no Novo Cassino Bangu no IBT (21 e 22), no Shopping Tijuca (23) organizado pelo prof. Jaime José (Info. e no Ilha Plaza Shopping (24) 9135-9058).
Zouk no Casarão O
PEQUENAS NOTAS, GRANDES LANCES 1 2
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cenário não poderia ser melhor: um casarão no Cosme Velho com um imenso terraço ao ar livre para os zoukeiros dançarem e, de quebra, darem uma espiadinha no Cristo e na lua. Esse é o ambiente do “Zouk no Casarão”, uma versão repaginada da “Noite do Zouk”, festa que acontece desde 1998 e teve 13 edições. A festa não tem periodicidade certa normalmente acontece a cada dois meses, e é organizada por Alexandre Giorgi – dono da casa – e Evandra Bastos. Eles sempre têm que contar com uma ajudinha dos céus, já que o evento é ao ar livre e se tiver chuva, não tem festa. O Casarão é bem eclético, tanto no ambiente quanto no som, e em sua pista já dançaram zoukeiros de várias tribos. Além de zouk, rolam cortinas de salsa, samba e forró. A última edição aconteceu na sexta-feira, dia 10 de março, e o Jornal Dance News esteve lá para conferir. O que se viu foi, além de um belíssimo visual, muita gente bonita e muitos zoukeiros de carteirinha. A noite estava realmente ajudando, pois mesmo o zouk sendo um ritmo quente, a brisa dava uma refrescada nos dançarinos. Fique ligado na coluna “Ritmos Quentes” para saber quando será o próximo “Zouk no Casarão” e veja as fotos e o que rolou na última edição:
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fotos: Leonor Costa
ac. Jimmy está se preparando para boa programação este ano: workshop de salsa com o prof. Alejandro Baigorria e bailes de zouk e salsa (veja a seção “Tome Nota”). (4) Falando em zouk, estivemos no baile do Núcleo da Renata Peçanha, que mandou um recado pra galera: está aguardando a turma no próximo Hot Zouk, dia 08/04, com DJ Feifer (na foto, Renata e seus alunos, no baile do dia 04/03. (5) Também fomos conferir “Onda Zouk”, que ocorre todo 2º sábado do mês e cuja pista ficou lotada o tempo todo (foto). “O próximo será ainda mais especial, pois é véspera de feriado (20/04) e terá apresentação de Alex de Carvalho e Renata Peçanha”, adianta o promoter do baile, Evando Albino (ver anúncio nesta seção). (6) Registramos também a gravação de matéria sobre zouk, feita para o programa Beleza Pura da Bandeirante (na foto, a profª Renata sendo entrevistada). O programa vai ao ar dia 23/03 às 12:55h. Fiquem ligados. E não deixem de consultar a coluna Vamos Dançar, onde estão listados os bailes de zouk, salsa, forró e samba. Vejam também os cupons promocionais para os fãs desta coluna. E até abril, pessoal.
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4 5 fotos: Juliana Prestes
(1) Rachel Buscácio e Érico Rodrigo, do CCConexão, retornaram no início de fevereiro da França, onde passaram 20 dias ministrando aulas de salsa no Salsamba, workshop que reúne brasileiros e franceses. Ponto culminante do trabalho foi o show que fizeram para uma platéia de 15mil pessoas no Estádio de Paris, durante a final do Campeonato de Rock Acrobático. “A apresentação seria só de salsa mas os organizadores insistiram para que fizéssemos um número de samba também, bastante aplaudido”, revela orgulhoso o prof. Érico. (2) O DN foi conferir o baile de forró organizado pelo professsor Caio Monatte na Ac. Luís Valença, na Tijuca, onde também dá aulas. Excelente ambiente e seleção musical. Caio está de parabéns. Na foto, da esq. para a dir., Adilson, Nilo, Márcia, Dayse e o prof. Caio. (3) Falar em forró, no dia 11/03 estreou o primeiro baile de forró da Ac. Jimmy de Oliveira, comemorando o aniversário do prof. Marquinho (na foto, com Jimmy). “O baile será uma vez por mês e vai alternar forró e samba, já que este último é referência da casa”, adianta Marquinho. Mas em termos de ritmos quentes a
6 1- O ambiente ao ar livre é muito agradável para quem gosta de dançar zouk; 2- O DJ Leo Gandra comandou a noite com muito zouk e cortinas de salsa, samba e forró; 3- Alexandre Giorgi e Evandra Bastos, os organizadores da festa; 4 e 5 - muita sensualidade nos dançarinos; 6- profissionais da dança, como Jimmy de Oliveira e Renata Peçanha (esta, na foto, com o noivo e a filha) também foram conferir.
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Por Juliana Prestes,
Salsa
Ritmos
Quentes
O TEMPERO CALIENTE DA DANÇA A DOIS Para quem acha que salsa é só aquela coisa verdinha que se usa para condimentar as comidas, está muito enganado. Em se tratando de dançar a dois, a Salsa é um tempero e tanto.
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eu som forte e marcante é inconfundível em qualquer baile, e por isso esquenta logo o ânimo dos admiradores deste ritmo. Inicialmente, a salsa surgiu como um estilo musical composto de uma verdadeira mistura latina: o son cubano, o merengue dominicano, a cumbia colombiana, o jazz norte-americano, e outros estilos musicais do Caribe. Como dança, pouco se sabe sobre a verdadeira origem da Salsa. Dizem que se dançava nos campos de Cuba, no final do século passado. Era dançada com os pares soltos e movimentos bastante exagerados. Com a chegada dos franceses em Cuba, a maneira de dançar sofreu algumas modificações, os pares começaram a dançar entrelaçados, mas sempre mantendo uma grande separação na zona pélvica, para não constranger as jovens que iam dançar acompanhadas de seus familiares. A Salsa foi chegando às cidades do oriente e a maneira de dançar foi mudando. Os movimentos ficaram mais suaves e a postura mais ereta. Em Havana, essa dança começa evoluir paralelamente à música, que vai ficando mais complexa. Aparecem as primeiras figuras com giros e a Salsa vai construindo a sua identidade ao mesmo tempo em que cria novos estilos, como a “rueda de casino”. A Salsa conseguiu se transformar em muitas, sem deixar de ser Salsa.A Salsa ganhou o mundo e conquistou muitos adeptos, sejam eles dançarinos ou apenas
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fotos: Juliana Prestes
Salsa
Salsa
Xandinha Jorge da Salsa
apreciadores. No Brasil, não poderia ser diferente. A identificação é quase imediata com esse ritmo tão latinamente brasileiro: ela possui a sensualidade da mulher brasileira, o gingado do nosso malandro carioca, a batida forte do nosso samba, a paixão que transborda nas letras e melodias das músicas, sem perder o encanto e o charme de uma dança a dois. Para difundir esse ritmo tão especial pelo Brasil, alguns nomes foram fundamentais, professores que se tornaram verdadeiras referências para a comunidade salseira. Entre eles estão Rogério Mendonza (que atualmente está morando em Buenos Aires), Bianca Gonzalez (professora da Companhia de Dança Jaime Arôxa, e uma das organizadoras do baile “La Fiesta”), Bruno Barros (professor da Casa de Dança Carlinhos de Jesus, e um dos organizadores do “Toda Salsa Carioca”), Armando Guimarães (professor e um dos organizadores do “La Fiesta”), entre outros que tiveram igual importância na consolidação desse ritmo no Brasil, e mais especificamente, no Rio de Janeiro. A Salsa teve o seu boom lá pelos idos da década de 80, antes da lambada ser o sucesso que foi e do zouk ter tomado conta da juventude e das pistas de dança cariocas. Foi então que um grupo de amigos resolveu se reunir para fazer algo em prol da Salsa: nascia o “Movimento Pró-Salsa”,
Luis Albuquerque
organizado por Jorge da Salsa, Xanda Robaina, Luiz Albuquerque, Leandro Azevedo e Heny Werner. Em entrevista ao Dance News, eles nos contaram que inicialmente o que todos tinham em comum era a paixão pelo ritmo. E eles concordavam também que a salsa foi perdendo espaço e que era preciso resgatar os praticantes e admiradores do ritmo, além de trazer sangue novo para a Salsa. “Hoje em dia, eu acho que a principal causa do que está acontecendo é a falta de um reduto para a salsa. Às vezes as pessoas perguntam: ‘eu vou aprender salsa para dançar onde?’ Falta um lugar que seja agradável para os latinos, os turistas e para os próprios dançarinos das academias. Para que seja uma referência para a salsa no Rio de Janeiro” – conta Xanda. Ela acredita que noites regulares de salsa iriam ajudar a trazer de volta esse público e a partir daí eles teriam espaço para criar eventos como o “Toda Salsa Carioca” e o “Congresso Mundial de Salsa”. Todos saem ganhando: DJs, professores, dançarinos, produtores de eventos voltados pra salsa, pois com o ritmo em evidência e em constante crescimento, as oportunidades de se trabalhar com ele também crescem. O Movimento ainda está começando, mas a iniciativa é muito interessante. O Rio aguarda ansioso a oportunidade de voltar a dançar Salsa com todo o glamour e a popularidade que ela merece.
DET ON ANDO A DETON ONANDO
Boca Maldita Lei da oferta e da procura Um cavalheiro veio me sugerir um artigo para o DN. Protestando pela invasão de cavalheiros de pouca experiência no mercado de profissionais de aluguel. Diz ele que, com dois meses de academia, um número cada vez maior de cavalheiros já se apresenta nos salões, de cartãozinho em punho, oferecendo seus serviços às damas. A oferta está tanta que os preços, reclama ele, tiveram que ser reduzidos! É, meu irmão, contra a lei da oferta e da procura não há quem possa... Vou de Mercedes O cara, aí, dançou só com filezinho o baile inteiro. Na hora de ir embora, todo gentil, chama aquela jovem senhora para dançar. Três músicas depois (nossa, tanta consideração!), ele lhe fala na maior sem-cerimônia: “Moras na Zona Sul? Sim? Que legal, então você pode me deixar em casa!”. Foi mal, cara, a dama era aquela que não tem papas na língua (aquela do baile ficha, lembram-se?). No ato, respondeu: “Ótima idéia. Estou mesmo precisando de companhia para esperar aquele Mercedes de quarenta assentos chegar”. Preciso falar que o papo encerrou aí? Cavalheiro não-tão-simpático Muito “cavalheiro” achou exagerada a colocação da cronista deste jornal sobre cavalheiro simpático. Mas que a falta de certa etiqueta causa problemas no salão, lá isso causa. Dias desses no CCCarioca um “cavalheiro” sinalizou do meio da pista para uma mesa, chamando uma dama para dançar. Pois bem: as TRÊS damas da mesa se levantaram de pronto, simultanea-
mente, qual soldado ao ver o comandante se aproximar. Constrangidas, sentaram-se e ficaram aguardando a eleição da escolhida. Não teve jeito, o “cavalheiro” teve que se aproximar e apontar para a dama eleita. E nem deu bola ‘pras demais! Esse definitivamente não entra no tal concurso... Se for seguir direitinho... não fica um Aliás, tá difícil enquadrar cavalheiro na descrição de nossa cronista. Ô mulher exigente! Coisas do Carnaval I Peguei, peguei: em baile à fantasia, em jantar dançante em Ipanema, tive que esclarecer à nossa repórter que aquele cara do chapéu de cozinheiro era o próprio e não cavalheiro fantasiado. Ela já ‘tava achando o cara super original, com aquela bandeja na mão... Coisas do Carnaval II Visto em salão de dança da zona sul da cidade, uma nova maneira de portar o celular durante a dança: num belo vestido floral de ombro só, a dama tascou na única alça do vestido seu micro celular, com o clip do aparelho. E ainda enfeitou a capinha do mesmo com miçangas coloridas, combinando com o vestido. Bem na moda. As miçangas. E bem prático. O celular no pé do ouvido. Coisas do Carnaval III O pedaço do Largo da Candelária, Centro do Rio, ferveu na sexta-feira dia 24/02. A Riotur autorizou nada menos do que quatro blocos, quatro, a se concentrarem no mesmo local, nosso bloco incluído. No fim, tudo terminou
em pizza. Ou confete e serpentina. Foi uma confraternização geral. Coisas do Carnaval IV A equipe do DN cortando um dobrado neste Carnaval, na maior cobertura feita pelo DN sobre o evento. Só na Sextafeira, dia 24/02, foi a saída da banda, a cobertura do desfile de nossos profissionais na Sapucaí e um baile à fantasia na Zona Norte. Questão de honra, prestigiar todos os nossos patrocinadores. Coisas do Carnaval V Não tem jeito de eu não falar nele, nosso guerrilheiro. Ele é prato cheio para esta boca maldita. O cara não dá trégua: cobra até durante a folia. O povo atrás do trio elétrico e ele também - com o bloquinho de recibo na mão, fazendo o corpo-a-corpo. Tá certo, tá não? Só com muita dedicação as coisas funcionam. E na saída da banda? Só faltou tomar o apito do coordenador do desfile... Vestindo a carapuça Teve gente que se sentiu atingida pelos comentários desta coluna a uma certa mostra de dança. Fazer o quê? Quem ‘tá na chuva é ‘pra se molhar, né não? Arrotando caviar Não me utilizem como confessor porque tenho ligação direta entre meus ouvidos, minha língua, lápis e papel. Assim, não poderia deixar de registrar aqui o que me contaram a respeito de um “promoter” que esnobou o público do DN (dançarinos de salão), dizendo que não lhe interessava anunciar aqui e atrair esse tipo de gente, que não come nem bebe (no máximo, consome uma garrafinha d’água) e só quer ficar na
pista dançando, dando ‘preju’ à casa. Pois bem, o dito cujo foi encontrado num desses bailes de “pobres”, promovendo ao microfone o seu evento (ah, é, é), e com palavras incentivadoras às mulheres - as que comparecessem ganhariam um jantar à luz de velas com um dos queridinhos da casa, embrulhado para presente. Que ‘finesse’... Bicões Agora, que tem pessoal Tio Patinhas no meio, todo mundo sabe. O cara chega quase no final do baile e pede ingresso ‘free’ porque, afinal, o baile ‘tá mesmo no fim, ele vai ajudar na ‘figuração’, vai chamar gente ‘pra dançar, etc. O ‘promoter’ libera e o sujeito nem uma garrafinha d’água consome: vai no banheiro beber água da bica! Mal sabe ele que o Boca está sempre de olho. E que também vai ao banheiro. Dance News, 10 anos Pois alguns podem esnobar, mas quem acompanha o aumento da paginação e do número de patrocinadores e assinantes do DN percebe que o jornal está em franca expansão. É só observar o movimento na mesa cativa de nosso guerrilheiro na Domingueira do Sírio. Parece dança das cadeiras mas são leitores e anunciantes em potencial fazendo consulta sobre veiculação de notas e publicidade, fornecendo dicas e informações para as várias colunas do jornal. Dificilmente vai se encontrar outro órgão, divulgador desse segmento, dando tanta atenção ao meio. Bem, eu sou suspeito ‘pra falar, é verdade. Então, julguem vocês mesmos pela presente edição. cartas para: contato@jornaldancenews.com.br
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Fotos para esta coluna: email contato@jornaldancenews.com.br
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2 (1) O dançarino Gabriel, comemorando seu niver na pré-estréia do espetáculo Atitudes, na Alvaro’s Dance, dia 03/03; (2) Nair Pimenta no momento de apagar as velinhas, em seu niver no baile da A. Portuguesa Carioca, Ilha do Governador, dia 16/02, org. pela vice-presidente Marlene Carreras; (3) Da esq. p/dir., as cariocas Nilza e Sônia levaram a gaúcha Cristina para conhecer o Baile da Léa & Dorita na Boite Prelude, na terça-feira de carnaval; (4) Comemoração do aniversário de Flávio “Frajola” no Baile-Aula da Ac. Luciana Santos, dia 20/02.
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(5) Aurélio e Talita (atrás), homenageando as aniversariantes de seu baile à fantasia: Olga Moreira, Yolanda Brito e Vera de Campos, da esq. para a dir.; (6) No baile semanal da Ac. Luís Valença, dia 24/02, o aniversariante Paulo, ao centro, entre, da esq. p/dir., prof. Jorginho, a amiga Silvia, profª Zila e Luís Valença; (7) Rogerinho , mestre-sala da União da Ilha do Governador, comemorou seu niver dia 18/02 no CSSERJ, Niterói, se apresentando com as dançarinas Milena Souza e Malena Rosa; (8) Sérgio Soares, segundo à direita da foto, comemorou seu niver dia 10/03 entre amigos da dança, no CCCarioca.
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(9) A profª Luciana Santos ao lado de seu pupilo, Henrique Nascimento, prof. de dança no Caxambi; (10) A profª Renata Peçanha abraçando a mãe, Marisa, que comemorou seu niver na academia da filha, no baile-aula do dia 09/03; (11) A jovem professora e dançarina Anna Luiza Lacerda, em cartaz no espetáculo “Atitudes”, da Cia Alvaro’s Reis, e na peça teatral “Pintando os Sete”; (12) 14 Nair Pereira, aluna muito popular e querida da Ac. Jimmy Catete, conseguiu com seu mestre o cupom de desc.(ver abaixo) para o baile de seu niver, dia 25/3. Bolos e docinhos por sua conta. Nas demais fotos, flagrantes da distribuição maciça do Jornal Dance News: (13) Ilha Plaza Shopping; (14) Ac. Ginga Brasil, cujo prof. Marco Aurélio foi destaque especial da ed 69; (15) Bloco Vem Sambar Comigo, da Ac. Jimmy, do Catete.
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Cuide da sua
SAÚDE
Ele foi a primeira espécie de vírus a ser descoberta e a doença por ele provocada foi descrita pela primeira vez na Itália, no século XVI. No século XIX, a doença já estava espalhada por vários países da Europa, Ásia, África e América. Estamos falando da FEBRE AFTOSA, doença que tem ocupado as manchetes dos noticiários e que vem causando graves perdas nas exportações brasileiras. O Dr. Wagner Tavares esclarece para nossos leitores alguns detalhes sobre o assunto. O que é a doença? Como se dissemina? É uma enfermidade infectocontagiosa, epidêmica, febril e aguda. Ela ataca quase exclusivamente os animais biungulados (bovinos, ovinos, caprinos, suínos, capivaras), domésticos e selvagens. Ocorre com mais frequência em bovinos, suínos, ovinos e caprinos, sendo rara em carnívoros e refratária em eqüinos. Seu agente etiológico é o vírus da família Picornaviridae. A febre aftosa é causada por sete diferentes tipos de vírus altamente contagiosos e pode dizimar criações inteiras de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Um dos menores vírus encontrados na natureza, o aftovírus, permanece ativo na medula óssea do animal, mesmo depois de morto. O vírus se espalha através do contato entre os animais, além da contaminação do solo e da água. O vento pode transportar o vírus até 90 quilômetros. Outra forma de contaminação é através de vetores, como urubus e demais carnívoros que se alimentam de carcaças de animais doentes. Couro, sêmen e outros produtos de origem animal podem veicular a doença. Veículos que trafegam em propriedades com o surto da doença, se entrarem em propriedades indemes, poderão carrear o vírus. Por que o isolamento e o sacrifício dos animais? Ela não tem cura? O isolamento e o sacrifício dos animais se faz necessário por ser uma doença altamente contagiosa (100% de morbidade; em menos de uma semana, todos os animais de uma pocilga ou lote de bovinos poderão estar acometidos). A mortalidade, entretanto, costuma ser pequena, em torno de 1% em regiões onde ocorre vacinação e 10% em regiões onde não há vacinação. A doença impossibilita os animais de andarem e comerem (devido a aftas na boca e na língua, e no focinho (nos suínos), provocando perda de peso e diminuição na produção do leite e o animal fica proibido de ir para o abate). Isso provoca desastres econômicos aos produtores. A doença pode passar para o ser humano? Podemos comer carne contaminada? A doença raramente atinge o homem. A aftosa é zoonose menor, sem importância em saúde pública; sua importância é de cunho econômico. No ser humano ela pode causar aftas que se reparam facilmente. A fonte de infecção nos humanos é o leite e seus derivados ou contatos direto com o animal doente. Não podemos comer a carne contaminada por ser um veículo disseminador da doença. As carcaças contaminadas deverão ser cremadas e enterradas devido à alta resistência do vírus no ambiente. Um dos fatores que impedem a exportação de carnes de países que possuem Febre Aftosa para países que não a possuem é o fato de que o vírus permanece infectante e patogênico nas carcaças e na pele mesmo após passarem por processo de conservação. O Dr Wagner Tavares é médico-veterinário, cirurgião geral e ortopédico (CRMV-RJ 6599). Para contato, ver anúncio na pág. 10. O leitor também pode enviar sua pergunta ao Dr Wagner (medicina veterinária) para o email do jornal: (contato@jornaldancenews.com.br).
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SAMPA
NO TÍCIAS de NOTÍCIAS Henrique Dinis
SAMBA ROCK ULTRAPASSA
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urgiu como um movimento popular da periferia de São Paulo, tomou espaço, ganhou algumas casas de dança da classe média e, agora, o Samba Rock vem se consolidando nas principais academias de dança de salão. Pode-se considerar que o marco musical do estilo se deu com a música Chiclete com Banana, com Jackson do Pandeiro, nos idos anos do final da década de 50. E o que é afinal este estilo? Bom, inicialmente, foi uma mistura de samba com rock, jazz e soul, evoluindo para o swing característico de Jorge Ben Jor. Com muitas variações, foi engajado por tantos outros, como Trio Mocotó, Wilson Simonal, Originais do Samba, Bebeto e, mais recentemente, Clube do Balanço, Sambasonics, entre outros. Como dança, mistura um pouco de forró com Chacha-chá, permitindo dançar aberto. Com o balanço de samba, os casais vão efetuando giros e traspasses em cima do passo básico. Tudo o que os mais jovens apreciam! Dia 05 de março, a domingueira do Avenida Club foi reinaugurada tendo um novo promotor, o Professor Moskito, que iniciou a noite com uma aula de Samba Rock, junto de sua parceira Anna Paula (foto 1), obtendo a adesão maciça dos presentes (foto 2), seguindo-se com uma apresentação do estilo, pelos dançarinos Flávio e Carolina (foto 3). Moskito, apelido de infância de Inácio Loiola, é professor de vários ritmos de dança de salão e tem sido reconhecido como grande divulgador do Samba Rock e da própria cultura urbana da cidade de São Paulo, através de seu Projeto Dançar. Em maio estará ministrando um workshop de Samba Rock no evento “O Samba e o Salão”, promovido pelo Centro de Dança Alex de Carvalho, no Rio de Janeiro. A reinauguração da domingueira contou com pessoas tradicionais da noite paulistana, como PC, empresário do grupo Revelação; Celino Fernandes, promoter de eventos; Amanda, também promoter; Telmo, proprietário da casa e também, na foto, Moskito (foto 4). Estavam ainda presentes membros da equipe da Revista Ritmo, fazendo a cobertura do evento. Na foto 5, a simpática redatora Daniela Alves, acompanhada por Jovino, também proprietário da casa.
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COOPERATIVA BRASIL COMEMORA SEUS DEZ ANOS EM CAMPINAS fotografia: Henrique Dinis
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á dez anos atrás, sete estudantes de Campinas se reuniram para por em prática uma idéia: criar um centro de cultura e convívio, para valorizar a cultura brasileira. Alugaram um espaço amplo e passaram a promover eventos, que logo se definiram como bailes de forró. Contemporânea a outras iniciativas semelhantes, divulgando o forró Pé de Serra, que assumia o nome de Forró Universitário, se difundiu rapidamente e pouco tempo depois já reunia milhares de pessoas, em sua maior parte estudantes da UNICAMP e PUC. Dos sete, hoje restaram dois: Rogério, que cursava zootecnia em Botucatu, e Luiz Fernando, que estudava engenharia mecânica (foto 1). Hoje, ambos casados e com filhos, de forrozeiros restaram só dois empresários da noite, que continuam fazendo o que aprenderam a fazer com tanto gosto: proporcionar lazer barato e sadio a um público jovem e eclético, como o grupo da foto 2, formado por Markus e Denis, ambos alemães trabalhando na Bosh, e Carol, Samel e Júnior, todos universitários, que vieram curtir a Banda Dona Zefa (foto 3) de Campinas, reunindo quase 600 pessoas (foto 4) no dia 17 de fevereiro. ed 70 | março/ 2006 | DANCE NEWS | 22
AS FRONTEIRAS DE SAMPA
Wilson e Thelma Pessi, após terem realizado seu primeiro baile da Confraria do Tango a bordo do Cruzeiro Costa Victória, já estão nas vésperas do segundo, que ocorrerá no dia 25 de março, no Club Homs. Estão prometendo, para agosto, orquestra argentina na Milonga de Gala.
foto: arquivo JDN
fotografia: Henrique Dinis
Um pouco de Ti-Ti-Ti
foto: arquivo JDN
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foto divulgação
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Márcia Mello e Nelson Lima engajaram-se definitivamente no mundo dos espetáculos. Após terem já tornado tradicionais o baile La Milonga e a Cia Tango & Paixão, agora estão também apresentando shows de Tango nos restaurantes Villa Alvear e Buenos Aires Classic. Trabalham em parceria com Marcelo Cunha e Karina Sabah, do CDJA do Campo Belo.
foto: arquivo JDN
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Olívia Teixeira e Júlio Marcondes estão em Buenos Aires para o Cosmo Tango. Mesmo professora de balé clássico e de vários ritmos de dança de salão, Olívia não esconde sua predileção pelo tango, procurando sempre conciliar o lazer com um pouco de trabalho.
Renato Mota continua investindo na sua programação em parceria com o SESC. Após ter aberto turmas nos centros de Araraquara, São Carlos, São Caetano e Carmo, continua expandindo suas atividades - agora estará também em Indaiatuba. Glória Ibarra e Rodrigo Lopes, professores de dança de salão em São Paulo, coreografando na ala que representou o Forró, na Escola de Samba Tom Maior. A Escola falou sobre a história do Estado do Piauí, homenageando seu conterrâneo Frank Aguiar, que também participou do desfile.
fotografia: Henrique Dinis
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