Sobre este manual
Este manual tem como objetivo orientar sobre a melhor forma de tratar o lixo que produzimos, como devemos separar, acondicionar, e a importância desse cuidado. Além disso, devemos repensar os valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o desperdício, que causam sérios danos à saúde e ao meio ambiente. Essa é a atitude certa de quem busca um local limpo e se preocupa com o futuro.
O QUE É LIXO? 8 LIXO E COZINHA 8 GERENCIAMENTO INTERNO DE RESÍDUOS 8
ETAPA 1 – IDENTIFICAR OS TIPOS DE RESÍDUOS 8
RECICLÁVEIS 8 NÃO RECICLÁVEIS 9 ORGÂNICOS 9
ETAPA 2 - O QUE SEPARAR PARA A RECICLAGEM? 10
PAPEL 10 PLÁSTICO 10 VIDRO 10 METAL 10 CASOS ESPECIAIS 11 EMBALAGENS LONGA VIDA11
ETAPA 3 – FORMAS DE ACONDICIONAMENTO 12
RECICLÁVEIS - COLETOR IDENTIFICADO COM A COR VERDE 12
ETAPA 4 – HORA DA COLETA 13
RESÍDUOS PERIGOSOS - CLASSE I (NBR 10.004 DA ABNT) 11
O QUE É CONTAMINAÇÃO? (RDC ANVISA N° 216/04) 13
ETAPA 5 - CONCEITOS IMPORTANTES 13
TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DOS MATERIAIS 13
A POLÍTICA DOS 3R'S 15
REFERÊNCIAS 16
ConteĂşdo
O QUE É LIXO?
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lixo, também conhecido como resíduo, é tudo aquilo que já não tem utilidade e por isso é jogado fora. A maior parte do lixo no Brasil é destinada a Aterros Sanitários. Muitos dos resíduos que vão para o Aterro Sanitário poderiam ser reutilizados ou reciclados. Nesses processos, o lixo orgânico e inorgânico é reaproveitado, contribuindo para a redução do impacto ao meio ambiente.
LIXO E COZINHA A preocupação com a conservação, higiene e limpeza nas cozinhas é um ponto fundamental para a qualidade dos serviços e a segurança alimentar. Desta forma, os cuidados devem ser constantes e as particularidades existentes observadas com muita atenção.
O Aterro Sanitário é um local autorizado por órgãos ambientais para receber os resíduos de forma planejada. O lixo é compactado e coberto por terra, formando diversas camadas. O Aterro Sanitário tem o objetivo de reduzir o volume de lixo e controlar o seu impacto no meio ambiente e na vida das pessoas.
GERENCIAMENTO INTERNO DE RESÍDUOS ETAPA 1 – IDENTIFICAR OS TIPOS DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS É a parte dos resíduos sólidos que pode ser utilizada como matéria-prima na produção de novos materiais. Como exemplos de materiais que podem ser reciclados estão o plástico, o papel, o vidro e o metal.
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NÃO RECICLÁVEIS É a parte dos resíduos sólidos que não pode mais ser utilizada como matéria-prima e cuja sua vida útil já chegou ao fim. Como exemplo, podemos citar o lixo do banheiro (papel higiênico, lenços de papel, fraldas, cotonetes, etc.), papéis plastificados, metalizados, parafinados (embalagens de salgadinhos e biscoitos), papel celofane, papel carbono sujo com gordura e fotografia, fitas e etiquetas adesivas, acrílico, cerâmicas, tecidos e trapos sujos, couro. Serão também incluídos nesta classe os resíduos orgânicos.
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ORGÂNICOS Resíduos Orgânicos são restos de origem animal e/ ou vegetal, como borra de café, folhas, cascas, frutas, casca de ovo, carne, galhos de plantas e grama. Os resíduos orgânicos correspondem a mais de 50% do total de resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil. Os processos mais comuns de reciclagem de resíduos orgânicos são a compostagem (degradação dos resíduos com presença de oxigênio) e a biodigestão (degradação dos resíduos com ausência de oxigênio). A adoção destes tipos de tratamento resulta na produção de fertilizantes orgânicos e condicionadores de solo, promovendo a reciclagem de nutrientes, a proteção do solo contra erosão e perda de nutrientes e diminuindo a necessidade de fertilizantes minerais. Apesar disso, atualmente.
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ETAPA 2 - O QUE SEPARAR PARA A RECICLAGEM? PAPEL O papel é um material facilmente reciclável, porém as fibras que constituem o papel e o papelão perdem suas características físico-químicas durante o processo, ou seja, chega um momento em que a qualidade desse material não é mais adequada para a reciclagem. Sendo assim, devemos sempre pensar na redução desse resíduo. Ex.: Jornais, folhas de papel, listas telefônicas, caixas de papel e papelão. PLÁSTICO O plástico é um dos materiais que causam mais impacto ao meio ambiente. A sua durabilidade, toxicidade e baixo custo fazem com que sejam altamente descartáveis, aumentando muito o volume e a capacidade de poluição do lixo. Ex.: Garrafas de água e de refrigerantes, brinquedos, embalagens de produtos de higiene e limpeza, utensílios domésticos, baldes, bacias, sacos, isopor e outras peças plásticas. VIDRO O vidro pode ser reciclado muitas vezes sem perder as suas propriedades físico-químicas. A garrafa de vidro, por exemplo, pode ser retornada no processo cerca de 30 vezes, passando apenas por um processo de limpeza. Ex.: Garrafas, copos, potes de alimentos e cacos de vidro. METAL Assim como o vidro, o metal pode ser reciclado muitas vezes sem perder suas propriedades físico-químicas. Já no caso do alumínio, como as latinhas de refrigerante, sua embalagem pode ser usada apenas uma vez, tendo de ser fundida para retornar ao processo como matéria-prima. Ex.: Latas de alumínio de bebidas e alimentos, tampas de garrafas, embalagens metálicas de congelados e folha-de-flandres.
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CASOS ESPECIAIS EMBALAGENS LONGA VIDA A embalagem Longa Vida, também chamada de Cartonada ou Multicamadas, é composta de várias camadas de papel, plástico e alumínio. Esses materiais em camadas criam uma barreira que impede a entrada de luz, ar, água, microrganismos e odores externos e, ao mesmo tempo, preserva o aroma dos alimentos dentro da embalagem. As embalagens são separadas e recebem um tratamento especial para serem recicladas. Este trabalho é essencial para a preservação do meio ambiente. RESÍDUOS PERIGOSOS - CLASSE I (NBR 10.004 DA ABNT) Os resíduos perigosos possuem propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas que podem acarretar riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente, quando o resíduo específico for gerenciado de forma inadequada. Esses resíduos possuem características quanto à inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade. São exemplos de resíduos Classe I – perigosos: ⎯ Equipamentos descartados contaminados por óleo; ⎯ Óleo vegetal de cozinhas industriais; ⎯ Borra oleosa oriunda de Caixas de Gorduras de Retenção; ⎯ Lâmpada a vapor de mercúrio (fluorescentes); ⎯ Lâmpadas de LED; ⎯ Álcool etílico.
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ETAPA 3 – FORMAS DE ACONDICIONAMENTO
Antes de coletar e manipular o lixo, coloque o seu Equipamento de Proteção Individual. Ele é destinado a proteger a sua saúde e integridade física.
- A cozinha deve ter lixeiras de fácil limpeza, com tampa e pedal. - Os resíduos devem ser acondicionados em coletores específicos e nunca diretamente no solo.
RECICLÁVEIS - COLETOR IDENTIFICADO COM A COR VERDE - Devem ser acondicionados em sacos transparentes. - O conteúdo das embalagens deve ser retirado por completo, evitando mau cheiro e atração de animais. - É necessário reduzir o volume dos recicláveis, como por exemplo: amassar/ prensar latas e garrafas plásticas, desmontar e dobrar embalagens de papelão e longa vida (como caixas de leite e suco). Vidro – Os cacos de vidro misturados com os demais resíduos podem causar acidentes, ferindo as pessoas que vierem a manipulá-los, tanto no momento da coleta pública como na sua triagem. Sempre que possível, coloque dentro de embalagens rígidas, como garrafas pet e caixas, deixe separado e identifique. NÃO RECICLÁVEIS E ORGÂNICOS – COLETOR DE COLORAÇÃO CINZA - Devem ser acondicionados em sacos pretos. - Os resíduos orgânicos não devem permanecer muito tempo no coletor, para evitar o mau cheiro e animais no local.
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ETAPA 4 – HORA DA COLETA - O horário de retirada do lixo da cozinha não deve coincidir com a entrada ou saída dos alimentos. Desta forma, reduzimos as chances de contaminação. - Os sacos devem ser bem amarrados para evitar que caiam restos pelo caminho. - Retire o lixo quando ele atingir 2/3 da sua capacidade. O suficiente para colocar duas mãos e fechar com um nó firme. Desta forma, o saco não fica muito pesado e não rasga! - Após o manuseio do lixo, devem-se lavar as mãos. Higiene em primeiro lugar! O QUE É CONTAMINAÇÃO? (RDC ANVISA N° 216/04) Normalmente, os parasitas, as substâncias tóxicas e os micróbios prejudiciais à saúde entram em contato com o alimento durante a manipulação e preparo. Esse processo é conhecido como contaminação. A maioria das DTAs (Doenças transmissíveis por Alimentos) está associada à contaminação de alimentos por micróbios prejudiciais à saúde. ETAPA 5 - CONCEITOS IMPORTANTES TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DOS MATERIAIS Material Papel Tecidos Metal Alumínio Plástico Vidro
Tempo de decomposição na natureza De 3 a 6 meses De 6 meses a 1 ano Mais de 100 anos Mais de 200 anos Mais de 400 anos Mais de 1000 anos
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/ impacto-das-embalagens-no-meio-ambiente
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A POLÍTICA DOS 3 R Os 3 R fazem parte de um processo educativo, que tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano dos cidadãos. A questão-chave é repensar seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o desperdício, que causam sérios danos à saúde e ao meio ambiente.
- Reduzir - Reaproveitar - Reciclar -
As vantagens dessas práticas estão na redução do (a): ⎯ Extração de recursos naturais; ⎯ Resíduos nos aterros e o aumento da sua vida útil; ⎯ Gastos do poder público com o tratamento do lixo; ⎯ Uso de energia nas indústrias e intensificação da economia local (sucateiros, catadores, etc.).
A reciclagem ajuda a reduzir o volume de lixo no meio ambiente, evitando o entupimento de bueiros e enchentes, a poluição do solo, água e ar; além disso, reduz o consumo de energia, a retirada de recursos naturais, os custos com limpeza pública, aumenta a vida útil dos aterros sanitários e ainda gera emprego!
Fonte: http://www.mma.gov.br – Acesso em 10/05/2016.
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REFERÊNCIAS
PGRS – Lei 12.305/2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências; DECRETO Nº 7.404/2010 - Regulamenta a Lei no 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. DZ-1310.R-7 - Estabelece a metodologia do SISTEMA DE MANIFESTO DE RESÍDUOS, de forma a subsidiar o controle dos resíduos gerados no Estado do Rio de Janeiro. ABNT NBR 10004:2004 – Classificação e Gestão de Resíduos Sólidos. RESOLUÇÃO - RDC N° 216/2004 - Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Ministério do Meio Ambiente. 2016. Disponível em: http://www.mma.gov.br. Acesso em: Maio/2016.
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