Revista Ateísta

Em tempos de digitalização, eis que surge uma revista impressa para ateus.

Parece loucura olhando do ponto de vista do mercado, mas faz todo sentido partindo de uma premissa político social, ainda porque essa digitalização vai demorar alguns anos para atingir sua plenitude.

Uma revista ateísta é muito mais do que um copilado de papel com informação, opinião e humor: a existência de uma revista ateísta, mesmo que de forma marginal (como essa), demonstra resiliência, capacidade de organização e força política.

O fato de sermos uma revista TOTALMENTE INDEPENDENTE, ou seja, o fato de não contarmos com recursos publicitários de empresas e nem do governo, nos torna únicos e livres, e isso não é apenas um grande feito para o ateísmo, também é um grande passo para o jornalismo, e, devido a essa nossa audácia, fomos convidados para apresentar a revista Ateísta em alguns cursos de jornalismo pelo Brasil.

A 1ª edição impressa da Ateísta também fez-se presente em outras área: a matéria “liberdade religiosa VS proteção à criança” (sobre transfusão de sangue em crianças filhos de pais que são testemunhas de Jeová)” serviu de suporte pedagógico em um curso de enfermagem ministrado por uma de nossas leitoras. A revista também compôs um trabalho escolar, no qual os estudantes do ensino médio em uma escola pública no Município de Sapiranga, estado do Rio Grande do Sul, a utilizaram para debater sobre preconceito contra ateus.

Assim como a primeira edição cumpriu seu papel, esperamos que a segunda explore novos caminhos. Não temos o objetivo de tornar a sociedade hegemonicamente cética ateísta; isso pode ser resultado, mas não é o nosso objetivo. Os objetivos são banalizar o ateísmo e militar contra os abusos da religião, tornar o ateísmo algo tão normal do ponto de vista social, que eu e você possamos nos sentir à vontade pra falar em uma entrevista de emprego quando formos perguntados: - Qual sua religião?

- Ah, eu não tenho religião, sou ateu. Próximas perguntas?

- Você domina o Excel?

Ou melhor, lutar por uma sociedade na qual essa pergunta não faça o menor sentido Boa leitura.

Gabriel Filipe Fundador da Revista Ateísta