AESP

COBERTURA COMPLETA DA COMITIVA DA AESP DURANTE A NAB SHOW 2008

AESP revista da

Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo

Maio/Junho 2008 Ano III Nº8 Distribuição Dirigida

O conteúdo na era digital A CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS E A DIGITALIZAÇÃO DOS MEIOS EXIGEM A TRANSMISSÃO DE MAIS INFORMAÇÕES E CONTEÚDO QUALIFICADO E SEGMENTADO

SUMÁRIO

10 Aesp conta sua história

24 NAB 2008

Confira os destaques da maior feira de mídia eletrônica do planeta

12 Novas instalações

26

Aesp recepciona autoridades e comitiva brasileira

14............... DIRETORIA Conheça os diretores que assumiram a Aesp este ano

18.............. CONTEÚDO DIGITAL Profissionais do setor discutem como será a formatação do conteúdo com a digitalização

22.............. RÁDIO DIGITAL

SEÇÕES 06.............. ENTREVISTA 15.............. JOGO RÁPIDO

Equipamentos poderão ser importados com tarifa zero

16.............. NOTÍCIAS DO SETOR

30.............. NAB SHOW 2008

34.............. OPINIÃO

Cobertura social do evento que reuniu 350 brasileiros em Las Vegas

03

EDITORIAL Iniciamos o ano e o novo mandato com as energias renovadas e com a ótima notícia vinda do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que isenta as tarifas de importação de equipamentos para o rádio digital (ver matéria pg. 22).

Consideramos uma vitória para o nosso setor, que no ano passado buscou, junto às autoridades em Brasília, medidas que beneficiassem a categoria no importante momento de transição do sistema analógico para o digital. A medida contribui para a valorização do rádio em todo Brasil e esperamos que sirva como impulso para a modernização das emissoras.

Por falar em modernidade, a Aesp, mais uma vez, levou uma das maiores comitivas, formada por empresários e profissionais da radiodifusão, para conhecer as novidades do setor na NAB Show, em Las Vegas. Nosso grupo contou com a presença de vários parlamentares, como o senador Wellington Costa, assessores, diretores da Anatel e do ministério das comunicações, que apóiam cada vez mais o mundo da radiodifusão, prestigiando o desenvolvimento tecnológico brasileiro. É importante ressaltar que a feira deste ano teve um pavilhão exclusivo com expositores brasileiros, que teve sua abertura oficial com a presença da comitiva da Aesp, das autoridades presentes e do ministro Hélio Costa que também foi convidado para participar do café da manhã oferecido aos radiodifusores.

Outro ponto de valorização para os profissionais envolvidos com a radiodifusão.

Nesta primeira edição de 2008, enfatizamos as ações realizadas nos últimos três anos e a nossa preocupação em atender as demandas de todos os nossos associados. Para isso, demos passos importantes, como a criação de novos departamentos e a ampliação do espaço físico da entidade. O apoio total e a participação assídua de todos os membros de nossa diretoria é o que nos fortalece na busca de nossos objetivos, sempre visando alternativas para o engrandecimento do rádio. Faço aqui um agradecimento especial a todos aqueles que nos apoiaram e que juntaram forças para que conseguíssemos unir e fortalecer nosso setor. Iniciamos mais uma caminhada à frente da Aesp, cheia de desafios, mas com a certeza de que faremos o melhor para cumprir nossa missão de valorizar o rádio e a TV brasileira.

Um abraço!

Edilberto de Paula Ribeiro

AESP revista da

ASSOCIAÇÃO DAS EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO Rua dos Pinheiros, 498 9º andar conj. 92 cep: 05422-010 São Paulo-SP fone: 11 2164.0900 - www.aesp.org.br Presidente Edilberto de Paula Ribeiro Vice-Presidentes José Carlos Elmôr José Antonio Di Santis Azis José Elias Evandro Guimarães Darci Araujo Nivaldo Franco José Ernesto F. de Camargo Rodrigo Neves Luiz Fernando Constantino João Monteiro de Barros Netto Dermeval Gonçalves

04

Diretora Executiva Sonia Bramucci Diretor de Mídia Marco Antonio Silva Diretor de Novos Negócios Francisco Góes Diretores Jurídico Rubens A.Camargo de Moraes Luiz de Camargo Aranha Neto

Conselho editorial Presidente: Edilberto de Paula Ribeiro.

Membros: Izabel Rezende, Maria José Villafanha Ribeiro e Sonia Bramucci Editora Juliana Freitas Textos Juliana Freitas Alberto Augusto Ana Paula Bürger Diagramação e Arte-Final Marcos Venicio Lopes

Contato para publicidade Telma da Silva Izabel Rezende Fone: 11 2164-0900 Financeiro Edina Sullato Projeto editorial e produção

T|A|N|T|A|S www.tantas.com.br falecom@tantas.com.br

Fotos Alan Gouvêia e Flavio Oliveira

www.graficamundo.com.br

Colaborador desta edição Dr. Alexandre Kruel Jobim

10.000 exemplares

Impressão

Tiragem

5

entrevista

“Juntos somos mais fortes” PRESIDENTE DA AESP FALA DAS CONQUISTAS DO SETOR E DOS DESAFIOS E PROJETOS PARA O FUTURO POR ALBERTO AUGUSTO

Em seu segundo mandato consecutivo à frente de uma das entidades mais importantes do país, o radiodifusor e presidente da Aesp Edilberto de Paula Ribeiro fala sobre seu trabalho durante a primeira gestão, de projetos e novos desafios para o setor em 2008. Entre eles, a defesa de um novo modelo de negócios e a tentativa de adequação da ultrapassada lei de comunicações criada em 1962. União do setor é o tema chave deste ano. São mais de 500 emissoras associadas em todo o Estado de São Paulo. A idéia é enfrentar os debates com o governo com um grupo fortalecido.

Revista da AESP Unir os radiodifusores foi um dos desafios enfrentados no primeiro mandato?

Ribeiro Desde o começo sempre acreditamos em fazer o melhor para o setor e constatamos que seria importante unir nossa categoria, pois uma entidade que tem centenas de associados, mas não é unida, se enfraquece. Obviamente, que alguns problemas que a radiodifusão enfrenta não são resolvidos de uma hora para outra. Porém, contamos com uma diretoria forte, formada por profissionais e empresários do setor, sérios e engajados nesta luta.

E quais são esses problemas?

Problemas tributários, taxas de importação de equipamentos.

Um dos mais complicados é a questão da renovação de outorgas, pois o governo tem colocado exigências absurdas e não define um modelo de negócio.

O que a Aesp defende com relação a criação de um modelo de negócio?

A nova tecnologia abre a possibilidade da convergência em todas as mídias. Quando a legislação que rege o setor foi pro-

06

mulgada, em 1962, não havia TV a cores, TV a cabo, internet, telefonia celular e outros meios. Com isso, a legislação apresenta inúmeras emendas.

A entrada das empresas de telefonia no mercado da comunicação tem sido um dos grandes complicadores! É muito difícil quando você trabalha com um setor que tem uma organização muito forte como é o caso das empresas de internet e telefonia. Então há a concorrência com o setor de rádio e TV. Nós também temos um valor agregado de negócios muito forte, mas é muito diversificado. Enquanto você tem meia dúzia de empresas de telefonia, temos mais de seis mil radiodifusores e mil empresas de televisão, portanto é difícil agradar o coletivo. Nós precisamos ter a participação dos grupos para diminuir essas diferenças.

A Aesp defende uma mudança no código brasileiro de comunicação?

Não se trata de mudança, queremos, pelo menos, tratamento igualitário. Para citar como exemplo: nós somos obrigados a transmitir o horário eleitoral gratuito e a Voz do Brasil. Nestes

CONTAMOS COM UMA DIRETORIA FORTE, FORMADA POR PROFISSIONAIS E EMPRESÁRIOS DO SETOR, SÉRIOS E ENGAJADOS NESTA LUTA

07

entrevista

casos as teles só têm direitos. Na hora de fazer uma transferência de cotas, por exemplo, eles apenas passam pelo crivo de uma junta comercial. O governo tem colocado exigências absurdas sobre a renovação de outorga e não define um modelo de negócio. Então, por que essa diferença? Temos que brigar pelos nossos direitos e fazer uma legislação que seja adequada para todas as empresas do setor. É isso que a Aesp defende.

Vai existir um desgaste grande com os órgãos do governo?

Esse desgaste coube e caberá a nossa diretoria enfrentar com muita força. Já fizemos grandes debates com o poder concedente e tivemos avanços. Claro que esta situação não muda da noite para o dia. Mas, já estamos sendo ouvidos pelos órgãos do governo e vamos continuar trabalhando para que essas mudanças se tornem realidade.

para os associados. Fazemos questão que todos tenham o mesmo tratamento e jamais se sintam inferiorizados por estar no interior.

Quais as mudanças ocorridas na Aesp nos últimos três anos?

Fizemos investimentos no nosso espaço físico com a ampliação da sede, criamos novos departamentos, contratamos profissionais para o atendimento, criamos departamentos específicos, como o de mídia e de marketing para buscar alternativas de ganho para os radiodifusores, e já conseguimos resultados práticos. Em 2007 foram quase R$ 8 milhões de verbas distribuídas em diversas emissoras do interior do Estado através das agências de publicidade que trabalham com a Aesp. Nossa expectativa é que isso aumente para cerca de R$12 milhões em 2008.

Este trabalho de valorização do rádio também esta sendo passado pelas entidades de outros Estados?

A união do setor é fundamental para começar diminuir É importante dizer que o nosso setor tem que ser valorizado essas diferenças? como um todo. Para isso, trocamos idéias com entidades de Sim, e, para isso, durante nossa primeira gestão, realizamos todas as partes do Brasil. Temos problemas semelhantes de muitas reuniões, fizemos visitas às emissoras do interior norte a sul do país. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Estado, reuniões regionais com empresários, a pedido da Associação Brasileira de Rádio e TV O buscamos contato direto com autoridades do (Abert), está fazendo um levantamento sogoverno e políticos ligados à nossa área, enbre o setor de radiodifusão, o que vai nos GOVERNO fim, discutimos o que estava acontecendo. ajudar muito a mostrar para a sociedade TEM COLOCADO a força e o valor que o rádio tem. Todo Já houve avanços nesse sentido? mundo sabe que o rádio tem 98% de EXIGÊNCIAS ABSURDAS Sim, formamos um contato mais estreito audiência, então porque temos muitas SOBRE A RENOVAÇÃO com o Ministério das Comunicações e a emissoras com problemas financeiros?

DE OUTORGAS E NÃO Anatel, com várias autoridades políticas e Temos que mudar esse quadro. Esse administrativas que entendem nossa linha levantamento feito pela FGV será muiDEFINE UM MODELO de raciocínio e estamos avançando para to importante para mostrar a força que DE NEGÓCIO que isso tenha um resultado prático. Sentinosso setor tem, como ele investe, quanmos que esse governo está aberto ao debate, tas famílias ele emprega e quanto gera de ao diálogo. Só que no Brasil tudo ainda é muito impostos. demorado. Esperamos conseguir, ainda nesse nosso segundo mandato, atingir os objetivos e o ponto de equilíbrio Os radiodifusores já perceberam a importância da desobre as demandas do nosso setor. claração de faturamento ao Intermeios para aumentar o bolo publicitário?

Que tipo de ações efetivas a Aesp realizou para comba- Aos poucos estão percebendo que é um caminho seguro ter as dificuldades enfrentadas pelos radiodifusores? para aumentarmos nossa participação no bolo publicitário.

Além das reuniões, em 2006 e 2007, houve os Encontros É incrível termos apenas 4,8% de participação. Tenho conPaulista de Radiodifusão, quando reunimos os profissionais vicção de que nossa participação é de pelo menos 10%, do setor, empresários e radiodifusores de várias regiões para mas para provar isso cada emissora deve informar seu fadiscutir assuntos ligados à nossa área, aprofundar os debates turamento. Nosso setor é muito forte e temos que mostrar e nos preparar para a chegada do rádio digital. Foi um traba- isso para que tenhamos prestígio, ganho de capital, condilho muito importante, pois colocamos a Aesp mais próxima ção econômica adequada para se modernizar. dos associados do interior do Estado. Isso tudo faz parte do processo de valorização do setor rádio.

Qual a importância da Aesp na escolha do padrão da TV Digital para o Brasil?

Valorizar o associado é uma das prioridades da Aesp?

A TV Digital foi escolhida através de um grande trabalho, Exatamente. Nesses encontros, escolhemos os melhores ho- junto ao Ministério das Comunicações, feito pelas univertéis, convidamos palestrantes e profissionais de diversas áreas sidades, entidades do setor como a Aesp e Abert e prorelacionadas ao rádio e à TV e tudo isso sem custo nenhum fissionais da área técnica e de pesquisa. Eu destaco aqui a

08

iniciativa do ministro Hélio Costa que colocou todo o seu empenho em função disso, nós acreditamos e o apoiamos.

Ainda estamos no começo de todo o processo, mas acredito que o nosso modelo de TV é o ideal e que em breve os brasileiros vão se orgulhar disso.

E quanto a escolha do padrão do rádio. Está próxima?

A escolha do padrão digital do rádio já deveria ser definido, mas houve um atraso, devido a um erro no modelo de pesquisa e no processo de medição adotado por nós.

No entanto, o trabalho de medição já está sendo feito pelas equipes técnicas das emissoras e das entidades do setor como Abert, Aesp, Anatel e o instituto Mackenzie.

O próprio Ministro Hélio Costa já declarou numa reunião com a delegação brasileira que esteve na NAB, que basta enviar os relatórios que em trinta dias ele apresentará ao presidente para a decisão final. Confio na equipe de profissionais que está realizando os testes e no Ministro Hélio Costa que nos deu a a noticia durante o encontro em Las Vegas.

Este ano mais uma vez a comitiva da Aesp bate recorde de participação na NAB Show. Qual a impor-

tância para o radiodifusor visitá-la?

Tivemos uma comitiva com 350 integrantes, foi o maior grupo vindo de uma associação. Nossa presença é fundamental, pois os americanos estão reconhecendo a importância do trabalho dos profissionais brasileiros, nosso potencial e o valor de nossos profissionais. Tanto que neste ano contamos com um pavilhão exclusivo com expositores brasileiros na NAB. O ministro Hélio Costa fez a abertura oficial, visitou cada um dos estandes e ficou orgulhoso com o aumento da representatividade brasileira na NAB. Quais os novos desafios para a Aesp em seu próximo mandato?

Os desafios são muitos. O principal é tentar discutir com os parlamentares a aprovação de leis no Congresso que muitas vezes prejudicam o nosso setor, como é o caso da proibição da publicidade de bebidas alcoólicas, mudança da legislação de transferência e atos de outorga, entre outras. Esta administração vai continuar atenta a todas as situações, sempre com diálogo, transparência e harmonia, pois a Aesp não trabalha sozinha, precisamos da união de todos os radiodifusores para enfrentar batalhas. Estamos no caminho certo.

09

história

Uma história construída por grandes realizações PRIMEIRA ASSOCIAÇÃO ENGAJADA COM A DEFESA DOS INTERESSES DA RADIODIFUSÃO, A AESP GUARDA UMA HISTÓRIA REPLETA DE CONQUISTAS PARA O SETOR POR ANA PAULA BÜRGER » Rica e cheia de memoráveis acontecimentos. Assim é a história do setor de radiodifusão no Brasil, que conta com fatos marcados pela forte atuação da primeira associação representativa do setor – a Aesp.

Tudo começou com a primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil, em 7 de setembro de 1922, com um discurso do então presidente Epitácio Pessoa em comemoração ao centenário da Independência. Em abril de 1923, Edgar Roquette Pinto, o “pai do rádio brasileiro”, lançou a primeira emissora nacional, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

Foi em 1937 que Assis Chateaubriand lançou a Rádio Tupi de São Paulo, chamada de “A mais poderosa”, com um transmissor de 26 quilowatts, que alcançava todo o país e o exterior, através de ondas curtas, primeiro passo para a criação da primeira rede nacional de emissoras de rádio, jornais, revistas e, mais tarde, televisões: o Condomínio Diários e Emissoras Associados, a partir de 1938.

Para atender a este constante crescimento e às necessidades do setor, surgiu, em 25 de setembro de 1935 (quando se comemora o Dia do Rádio), a Federação Paulista das Sociedades de Rádio, um importante marco na construção da história do rádio brasileiro. Décadas depois, a atuação da entidade foi ampliada, passando a ser denominada Associação das Emissoras de Rádio e

Televisão do Estado de São Paulo (Aesp), fundada e presidida por Alberto Byington Júnior.

Desde então, a Aesp desenvolve um papel fundamental junto ao poder público, com inúmeras conquistas, como reformas e medidas legislativas e regulamentares, que garantem os direitos dos radiodifusores e fortalecem os interesses da categoria. Sempre atenta e atuante em todas as esferas do setor e dirigida por empresários comprometidos com seus associados e, principalmente, com a comunidade paulista, a Aesp obteve admiração, respeito e parceria de outras importantes entidades que regem e fiscalizam o mercado da radiodifusão brasileira e da comunicação como um todo. A entidade vem promovendo, com sucesso ao longo dos anos, a atualização constante dos radiodifusores de São Paulo, através de intercâmbios com outras entidades representativas e com a indústria da comunicação, realizando palestras, conferências, congressos e cursos de aperfeiçoamento a seus associados.

Eventos como Encontros Paulista de Radiodifusão e a constante presença em feiras como a NAB Show – realizada anualmente em Las Vegas (EUA) – contribuem para aumentar a participação da Aesp, sempre em busca de modernização, tecnologia e cidadania que constituem o setor.

A Aesp se tornou referência no Brasil.

Sempre à frente Alberto Byington Júnior foi o fundador da Federação Paulista das Sociedades de Rádio, embrião da Aesp, em 1935, ocupando também o cargo de primeiro presidente da entidade. De lá pra cá, a Aesp já foi dirigida por grandes personalidades do segmento de rádio e TV. Pela diretoria da associação já passaram nomes como João Batista do Amaral (TV Record), Edmundo Monteiro (CEO do Grupo de Diários e Emissoras Associadas), Paulo Machado de Carvalho (presidente das Emissoras Unidas que englobam as rádios São Paulo, Pan-Americana, Record e Canal 7) e João Jorge Saad (Diretor Presidente do Grupo Bandeirantes).

Atualmente, a Aesp é dirigida por Edilberto de Paula Ribeiro, que cumpre seu segundo mandato à frente da associação.

10

GALERIA DE PRESIDENTES: 1935/1936 – Alberto Byngton Junior 1936/1943 - Manfredo Costa 1943/1944 - João Batista do Amaral 1944/1948 - José Rodrigues Caldeira 1948/1983 - Edmundo Monteiro 1983/1989 - Luiz Arnaldo Casali 1989/1995 - Oscar Luiz Piconez 1995/2001 - Orlando José Zovico 2001/2004 - José Inácio Pizani 2004/2007 – 2008/2010 – Edilberto de Paula Ribeiro

2

3

Momentos históricos da Aesp

1

8

(1) O então Presidente da República Castelo Branco acompanhado de sua comitiva e de dirigentes da Aesp chega a São Paulo para a comemoração do 413º do aniversário da cidade.

Foi também nessa data que a Aesp, através de seu presidente Edmundo Monteiro, lançou a campanha “Nós confiamos no Brasil”, em 1967. (2) 1983: o presidente da Aesp, Edmundo Monteiro, e o secretário-geral Jayr Sanzone, são recebidos pelo Ministro das Minas e Energia, César Cals, em Brasília.

O jornalista Cauby de Oliveira, da Abert, também participou da reunião. (3) Assis Chateaubriand durante transmissão no encerramento da campanha eleitoral na TV Tupi, fundada por ele e pioneira no sistema de radiodifusão. (4) 3º Encontro Regional de Radiodifusores, realizado em Tupã em 1984.

Na foto, Oscar Piconez (vice-presidente da Aesp), Luiz Casali (presidente) e José Carlos Elmôr (tesoureiro). (5) José Antônio Di Santis, Flávio Schermann, Roberto Francisco e Tércio Guimarães ganharam um Versailles 0km em sorteio durante o 9º Congresso Aesp, em 1991. Na foto, o então presidente da Aesp, Oscar Luiz Piconez, e o vice-presidente José Inácio Pizani entregam as chaves aos ganhadores. (6) O delegado paulista do Minfra, Hamilton Bernardes Júnior, e o presidente da Aesp, Oscar Luiz Piconez, junto com radiodifusores em reunião em São José do Rio Preto, em 1991, durante o “Seminário Regional de Prefeitos Municipais sobre Retransmissão de Televisão”. (7) Lançamento do “Escritório do Rádio”, em abril de 1992: Expedito Barsotti (Scala FM), Wagner Yoshihara (Almap/BBDO), Carlos Colesanti (L&C), Sônia Bramucci (Aesp) e Luiz Casali (L&C). (8) Dirceu Camargo, João Monteiro Neto, Dimas Camargo e Massaro Ogata, em conferência em Votuporanga em julho de 1992.

7

4

5

6

expansão

Mais espaço a serviço da radiodifusão AESP AMPLIA SEDE E PASSA A OFERECER NOVOS SERVIÇOS AOS ASSOCIADOS, COMO ASSESSORIAS EM ÁREAS TÉCNICAS, JURÍDICA E NOVOS NEGÓCIOS

POR ANA PAULA BÜRGER

» Recentemente, a sede da Aesp passou por uma reforma completa de suas dependências, sendo ampliada para oferecer mais e melhores serviços aos associados. Para isso, passou a ocupar o 9º andar inteiro.

A ampliação de espaço e serviços tem como objetivo oferecer mais conforto e, principalmente, uma assessoria mais completa aos associados, parceiros e empresários do setor.

Maior interatividade entre os setores, agilidade e eficácia nos atendimentos também foram levados em consideração na nova arquitetura, integrando funcionários e associados.

A realização de cursos nas áreas comerciais, técnica, de criatividade em rádio e engenharia, além de palestras com profissionais do setor, acontecerão com mais freqüência devido a ampliação do auditório com capacidade para 60 pessoas, equipado com multimídia.

ASSESSORIA COMPLETA A principal ampliação está na área de serviços. Foram implantados espaços para prestar assessoria nas áreas jurídica, técnica, comercial e administrativa, onde especialistas das áreas estarão à disposição para atendimento aos associados As assessorias são agendadas com hora marcada, com o objetivo de oferecer um atendimento mais tranqüilo e com-

12

pleto aos associados.

Com destaque para o Departamento de Mídia, que facilitará o contato entre agências de publicidade e os meios de comunicação, para otimizar os investimentos de publicidade em todo o setor de radiodifusão do Estado de São Paulo, principalmente no interior.

Criado para buscar alternativas ao mercado publicitário tradicional e atrair verbas para as rádios, o Balcão de Novos Negócios é outro importante departamento, que trabalhará a favor do radiodifusor, através de projetos, produtos, campanhas, eventos e futuras ações de oportunidade de mercado. A idéia é que as rádios utilizem tais estratégias para promover a fidelização do ouvinte e, conseqüentemente, aumentar seu faturamento.

Já no Departamento de Assessoria de Projetos Técnicos, o radiodifusor tem a sua disposição um engenheiro qualificado para orientá-lo em projetos técnicos das emissoras. A Aesp não elabora projetos técnicos e, sim, assessora os associados com o objetivo de agilizar processos.

Para completar a gama de serviços, foi criado o Departamento de Acompanhamento de Protocolos, que, junto ao Ministério das Comunicações e à Anatel, disponibiliza um profissional para prestar assessoria ao setor, acompanhando os trâmites referentes a renovações de outorgas, protocolos de projetos, alteração de contratos, entre outros.

2

3

Ampliação

1

(1) A sede da Aesp ficou maior e mais completa para oferecer mais serviços, conforto e praticidade aos associados e empresas parceiras. (2) A área interna do escritório, que agora é de 600m², ganhou estações de trabalho para um atendimento melhor e mais prático. Todos os ambientes, separados por divisórias, podem ser utilizados pelos associados para reuniões de trabalho. (3) O auditório foi ampliado para a realização de palestras e cursos de atualização do setor e apresenta capacidade para 60 pessoas. (4) A sala de reuniões principal ganhou nova decoração e uma galeria de fotos dos antigos presidentes. (5) Há também uma sala de reuniões pequena, para eventos menores.

(6) As salas de diretoria e escritórios também foram totalmente reformados.

6

4

5

diretoria

Novos desafios O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA AESP ELEITO EM ASSEMBLÉIA GERAL NO FINAL DO ANO PASSADO PARA O PERÍODO DE JANEIRO/2008 A DEZEMBRO/2013 ELEGEU NO INÍCIO DE JANEIRO/2008 A NOVA DIRETORIA QUE COMANDARÁ A ENTIDADE ATÉ 2010.

CONHEÇA OS ELEITOS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO SUPLENTES Azis José Elias................................................................... Wilson Reina Darci Constâncio de Araújo.............................................. Maria Izilda Bottura Nuevo de Araujo Dermeval Gonçalves.......................................................... Zacarias Pagnanelli Edilberto de Paula Ribeiro................................................ Thiago P. de Paula Ribeiro Evandro Guimarães........................................................... Luiz Nicolaewsky João Monteiro de Barros Netto ....................................... João Monteiro de Barros Filho José Antonio Di Santis...................................................... Luiz Carlos Schimidt de Barros José Carlos Elmôr.............................................................. Eduardo Elmôr José Ernesto Freitas de Camargo...................................... José de Camargo Junior Luiz Fernando Pereira Constantino................................. José Antonio Pereira Constantino Nivaldo Bueno Franco da Rocha....................................... Márcio Fernandes Rocha Rodrigo Valentim de Oliveira Neves................................ Frederico Nogueira

PRESIDENTE Edilberto de Paula Ribeiro

DIRETORA EXECUTIVA Sonia Bramucci

VICE-PRESIDENTES Azis José Elias Darci Constâncio de Araújo Dermeval Gonçalves Evandro Guimarães João Monteiro de Barros Netto José Antonio Di Santis José Carlos Elmôr José Ernesto Freitas de Camargo Luiz Fernando Pereira Constantino Nivaldo Bueno Franco da Rocha Rodrigo Valentim de Oliveira Neves

DIRETOR DE MÍDIA Marco Antonio Silva

CONSELHO FISCAL Antonio Reginaldo Geiss Hugo Rolando Arana Pessoa José Ananias Marcelo Dermínio Theodoro Clemente Marischen Valdecir José Sabioni CONSELHO CONSULTIVO VITALÍCIO José Inácio Gennari Pizani Luiz Arnaldo Casali Oscar Luiz Piconez Orlando José Zovico 14

DIRETOR DE NOVOS NEGÓCIOS Francisco Góes DIRETOR JURÍDICO Luiz de Camargo Aranha Neto Rubens Augusto Camargo de Moraes DIRETORIA EXECUTIVA Acácio Costa Cecília Ferreira Pavlovsky Cícero Coelho Pedrosa Claudio Luiz Giordani Dimas Liévana de Camargo Eduardo J. F. Zanotti de Alvarenga Ernesto Coquemala Evandro Rampazo Frederico Nogueira e Silva José Carlos Sanches Hernandes Marinaldo Cavassan Neide Abiaraj Rafael Pizani Renato Delicato Zaiden Ricardo José Zovico

QUAL A IMPORTÂNCIA DA MEDIDA ADOTADA PELO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO QUE ISENTA DE IMPOSTOS A IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DIGITAIS PARA O RÁDIO E A TV E O QUE ISSO REPRESENTA PARA OS RADIODIFUSORES

Essa medida é muito importante para o nosso setor e mostra que o governo está entendendo as dificuldades dos radiodifusores nesse momento de transição. É um grande incentivo para as emissoras, que já puderam verificar alguns equipamentos na NAB para uma futura aquisição.

DARCI ARAÚJO (Sistema Líder de Rádio Fernandópolis)

A liberação de impostos coloca o radiodifusor brasileiro em condições de concorrer com o mercado mundial, já que facilita a entrada de novas tecnologias a custos compatíveis, lembrando que o rádio e a TV no Brasil são abertos, livres e gratuitos”.

RODRIGO NEVES (Band Campinas)

jogo rápido

Importação de equipamentos

notícias do setor

IX Congresso Mineiro de Radiodifusão A Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) realizará o “IX Congresso Mineiro de Radiodifusão” nos dias 26, 27 e 28 de maio de 2008, em Belo Horizonte. A abertura contará com a presença do Governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

O Congresso vai tratar de temas como rádio digital, TV digital, legislação da radiodifusão, combate à pirataria, conceitos de programação de rádio e TV, gestão empresarial e jornalismo, reunindo especialistas de todo o Brasil. Durante o IX Congresso acontecerá também a “Feira Nacional do Rádio, Televisão, Equipamentos e Novas Tecnologias”, que trará os maiores fabricantes de equipamentos do Brasil e do exterior.

As inscrições são limitadas e podem ser feitas pelo telefone: (31) 3274 – 5700 ou pelo e-mail amirt@terra.com.br.

16

CCTCI tem novo presidente O deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA) foi eleito novo presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.

O cargo que Pinheiro assume era ocupado, até o ano passado, pelo deputado federal Júlio Semeghini (PSDBSP). Walter de Freitas Pinheiro, nascido em Salvador (BA), tem 46 anos e é técnico em telecomunicações. Na década de 80, ele ingressou no sindicalismo. Em 1982, assumiu a direção do Sindicato dos Telefônicos (Sinttel).

Também foi coordenador geral da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fittel). Ainda em 1982, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores. Dez anos depois foi eleito vereador de Salvador, assumindo a liderança da bancada. No início de 1997, assumiu, pela primeira vez, a vaga de deputado federal.

Em 2002, Walter Pinheiro foi reconduzido ao Congresso Nacional como o quinto mais votado no Estado da Bahia.

Digital em testes O grupo que promove os últimos testes do rádio digital no Brasil continua o trabalho de avaliação da tecnologia. De acordo com o assessor técnico da Abert e coordenador dos trabalhos, Ronald Barbosa, o cronograma estabelece que a equipe fará os testes nas emissoras de São Paulo, Ribeirão Preto e Belo Horizonte. O instituto Mackenzie deve concluir o relatório com os resultados que serão encaminhados ao Governo Federal no mês de maio. Além da Abert e do instituto Mackenzie, o trabalho conta com a participação de representantes do Ministério das Comunicações e da Anatel.

Leia mais sobre o assunto na Veículo totalmente equipado pela página 27.

Aliança pelo Rádio Digital Abert/Aesp

Esq. para dir: Chicão (Cultura), Thiago/Márcio (Anatel), Nilton (Globo/ SP), Jeff Defweiller (iBiquity), Mauricio e Julielsso (Continental), Amauri (Record/ SP), Edson (Cultura), Prof.Fujio Yanada (Makenzie), Arthur (Anatel), Rodrigo (Makenzie), Mário (Abert), Zé Luiz (Cultura/ SP) e Ronald (Abert)

conteúdo

Novas tecnologias, novo conteúdo DEPOIS DE TANTAS DISCUSSÕES SOBRE TECNOLOGIA DIGITAL, INVESTIMENTOS EM NOVOS EQUIPAMENTOS, LEIS DE INCENTIVO E FINANCIAMENTOS, PROFISSIONAIS DO SETOR DE RÁDIO E TV DISCUTEM UM NOVO MODELO DE CONTEÚDO POR JULIANA FREITAS » Muito se ouviu falar sobre TV e rádio digital e os padrões ISDB-TB (TV) e IBOC (preferido dos radiodifusores, que ainda aguardam a definição do governo).

Discussões sobre formatos de compressão, receptores, mobilidade e portabilidade ganharam espaço em feiras, congressos, salas de aula e imprensa. Entre 2006 e 2007, a tecnologia digital ficou mais conhecida. A primeira transmissão oficial de sinal de TV digital no Brasil aconteceu no último dois de dezembro e o rádio segue o mesmo caminho, pronto para entrar na nova era. Contudo, surge um novo desafio: moldar o conteúdo às novas tecnologias e, ainda, lucrar com a mudança.

MULTIPLICIDADE E QUALIDADE No caso do rádio, além da qualidade de som, a tecnologia permite a compressão dos sinais de voz, abrindo o canal de rádio para a transmissão de dados, como textos e imagens no visor do aparelho. Para isso, será necessária a criação de informações complementares às notícias transmitidas, como cotações financeiras, previsão do tempo, notícias de trânsito, detalhes da programação musical, nome do autor e título da música, entre outras.

A tecnologia permite também a multiplicidade de conteúdos, ou seja, cada emissora de rádio poderá transmitir até três canais simultaneamente. “Esta é a maior magia do rádio digital, já que, em uma cidade como São Paulo, passaremos a ter, aproximadamente, 90 opções de conteúdo quando o sistema estiver em pleno funcionamento, tanto na transmissão quanto na recepção” assegura Sérgio Sitchin, diretor comercial da Rádio Bandeirantes.

Já para a TV, a melhora do som e da imagem trans-

18

mitidos é o maior valor agregado à nova tecnologia.

Neste caso, a emissora também poderá exibir simultaneamente gráficos, clipes e informações adicionais.

Mas tem que oferecer qualidade em suas produções.

“Os veículos devem exigir um padrão mínimo de qualidade porque se transmitirem um conteúdo mal produzido, o espectador vai notar a diferença”, explica o publicitário Agnelo Pacheco.

O produtor Alessandro Oliveira “Caliu”, diretor da produtora de conteúdo para emissoras de rádio Talk Radio, acredita que a tecnologia digital permitirá uma maior diversidade de negócios. “Os veículos de comunicação não irão somente oferecer programação de qualidade, mas também serviços adicionais de dados, com informação qualificada”, acredita.

SEGMENTAÇÃO Com a possibilidade de cada emissora transmitir até três canais simultaneamente, a segmentação – que já é realidade nos grandes centros – será inevitável em todo o país. Com a especialização, poderão surgir, inclusive, canais pagos, como acontece com a televisão.

A emissora poderá escolher como fazer esta segmentação através de pesquisas de público. “Haverá o aprofundamento da segmentação da programação para atender diferentes faixas ou segmentos da audiência. Podendo ter um canal só para música, com variados gêneros e estilos, ou temáticos, especializados em notícias, esportes, religião, política etc.”, afirma Caliu.

“Os planos de cada emissora e a criatividade serão o limite dos novos conteúdos”, completa Sitchin.

COMERCIALIZAÇÃO, CONVERGÊNCIA E INTERATIVIDADE Abusar desta diversidade de conteúdo que a tecnologia

INVESTIMENTOS E FUTURO É claro que para colher frutos tão saborosos, o empresário de comunicação deverá repensar todo o seu esquema de comercialização, treinar e aumentar sua equipe de profissionais e fazer pesquisa de mercado, o que, inevitavelmente, implicará em investimento.

“Com a era digital vem também a era da profissionalização.

As emissoras e empresas de conteúdo terão que reciclar seus profissionais, usar modernos métodos de gestão, mudar, melhorar, buscar novas idéias, recorrer à tecnologia e parcerias se quiserem prosperar e sobreviver”, aconselha Caliu.

Além do investimento em equipamentos de recepção e transmissão digital, a emissora precisa ter bons computadores com softwares de áudio e um servidor para armazenar os arquivos como músicas, entrevistas e comerciais. “Nos grandes centros, as emissoras já estão equipadas, prontas, preparadas e testando o sistema com êxito; já em mercados menores, a dificuldade de equipamentos e operadores deste sistema passa a ser maior”, informa Sitchin.

Uma nova era tecnológica sempre implica em uma nova era comportamental – quem não se adequar a isso, naufragará em meio a um mar de novas tecnologias. “A missão do radiodifusor fica cada vez mais desafiadora e necessária neste cenário de múltiplas opções e opiniões. Ganha a democracia e, conseqüentemente, a cultura, a educação e o nível social da população”, finaliza Sitchin.

OS PLANOS DE CADA EMISSORA E A CRIATIVIDADE SERÃO OS LIMITES DOS NOVOS CONTEÚDOS”, SÉRGIO SITCHIN.

conteúdo

digital oferece, assim como da criatividade do profissional é a fórmula de crescimento comercial para as emissoras de rádio e TV brasileiras.

A começar pelos anúncios. Os spots, por exemplo, não serão mais limitados aos formatos engessados de 15 e 30 segundos.

O conteúdo publicitário poderá – e deverá – ser diluído na programação.

Montar uma estratégia em cima de tantas mudanças e benefícios é o dever de cada emissora nesta nova era. “É preciso exercitar a criatividade para buscar novos e inusitados formatos, tanto de programação quanto na forma de comercialização. A digitalização é uma ótima oportunidade para o rádio e a TV sairem do convencional, buscando novos formatos, tanto de audiência quanto de receita”, reitera Sitchin.

Outro ponto positivo está na convergência de mídias, o que resultará em maior interatividade com o público. A maior ferramenta para interagir com o ouvinte está na forte utilização da internet e, em um futuro bem próximo, do celular, para ler notícias, assistir programas de entretenimento e baixar programas inteiros de música. “O rádio só ficará completo quando firmar, de fato, uma aliança com outras mídias”, enfatiza o diretor comercial da Rádio Bandeirantes.

O publicitário Agnelo Pacheco concorda e completa: “Quando a transmissão realmente chegar ao celular de forma eficiente, com interatividade, o mercado inteiro vai balançar. Esse aparelho multifuncional vai ser fantástico para a comunicação. Imagine que teremos 110 milhões de consumidores com um veículo de massa no bolso, podendo comprar o que quiser, na hora em que desejar, simplesmente apertando um botão do celular”.

AS EMISSORAS TERÃO QUE RECICLAR SEUS PROFISSIONAIS, BUSCAR NOVAS IDÉIAS E RECORRER À TECNOLOGIA SE QUISEREM PROSPERAR E SOBREVIVER”, ALESSANDRO OLIVEIRA “CALIU”.

QUANDO A TRANSMISSÃO REALMENTE CHEGAR AO CELULAR DE FORMA EFICIENTE, COM INTERATIVIDADE, O MERCADO INTEIRO VAI BALANÇAR”, AGNELO PACHECO

19

encontro

O presidente da Abert Daniel Slaviero, o ministro da educação Fernando Haddad e o presidente da Aesp Edilberto Ribeiro

MEC reúne Comunicadores O ENCONTRO PROMOVIDO PELA ABERT, AESP E MEC VISA O APOIO DOS COMUNICADORES NA DIVULGAÇÃO DO PDE DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. REGIÃO SUL SERÁ SEDE DO ENCONTRO EM ABRIL

» Promover a participação de comunicadores nas campanhas institucionais de fomento à educação e o avanço do Plano de Desenvolvimento a Educação (PDE). Este foi o principal foco do 6º Encontro de Comunicadores em São Paulo, promovido pela Abert, Aesp e MEC (Ministério da Educação), no dia 28 de março, em São Paulo.

Estiveram presentes na solenidade o ministro da Educação Fernando Haddad e os presidentes da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, e da Aesp, Edilberto de Paula Ribeiro, entre empresários e profissionais do rádio e da televisão.

Durante o evento, a Assessoria do MEC entregou aos radiodifusores um material explicativo sobre a importância do envolvimento dos comunicadores nesse processo.

“Qualquer tentativa de mobilizar o país, professores e alunos passa pela escola, claro, mas também pelo rádio e TV. O comunicador dissemina e repercute as informações em todo território brasileiro, ampliando o alcance do PDE”, diz um dos trechos do material.

O MEC vai colaborar com os comunicadores no trabalho de mobilizar os pais, alunos e professores nas discussões dos problemas da educação e suas soluções. Para isso, os profissionais de comunicação receberão mensagens em áudio para veicular em seus programas com explicações sobre ações importantes para a educação brasileira.

Os textos poderão ser lidos ao vivo ou ouvidos com informações sobre prazos de campanhas educacionais, entrevistas e outros materiais que sejam úteis à divulgação de boas práticas de ensino.

O ministro destacou a importância do papel dos profissionais na mobilização das famílias em favor da melhoria da educação básica pública. Segundo ele, a proximidade entre as rádios locais e as famílias pode ser usada para despertar o interesse do pai e da mãe pela escola de seus filhos. “Se as famílias não incorporarem a educação

20

como parte de suas vidas, como um valor social, o PDE não funcionará”, ressaltou, em referência ao Plano de Desenvolvimento da Educação.

Segundo Haddad, os comunicadores, especialmente de rádio que guardam grande identidade com a população local, podem se engajar como multiplicadores das ações do PDE para que as famílias as conheçam e se envolvam num movimento em favor da melhoria da qualidade da educação. “Se as crianças estão na escola, a população acredita que o governo cumpriu o seu papel, e não é verdade”, destacou. “É preciso saber se a criança aprendeu”, completou. Para o ministro, é nesse ponto que o contato direto entre o comunicador do rádio e a família da criança faz toda a diferença.

A importância do papel social que o rádio representa também foi destacada pelo presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero. Segundo ele, a Radiodifusão deve cumprir o seu papel de ser participante do processo de melhoria da qualidade da educação no Brasil. “Não se trata de fazer propaganda de um presidente ou de um partido político, mas de colaborar no processo de fortalecimento da educação no Brasil”, reforçou.

Para o presidente da Aesp, o papel do comunicador será relevante e de grande importância para multiplicar as ações do PDE, sobretudo, em locais distantes dos grandes centros. “Todos nós sabemos da força do rádio como um grande companheiro dos ouvintes nos mais diversos cantos do país. Portanto, a radiodifusão deve colaborar neste processo, auxiliando no desenvolvimento da educação no Brasil”, afirmou Edilberto de Paula Ribeiro.

Edições anteriores já reuniram profissionais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, desde 2007. Em abril o MEC reuniu 65 radiodifusores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

tributação

Imposto zero DECISÃO DO CONSELHO DE MINISTROS DA CAMEX, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL NO MÊS DE MARÇO E COM VALIDADE ATÉ O DIA 31 DEZEMBRO, PERMITE A COMPRA DE EQUIPAMENTOS DIGITAIS SEM TAXA DE IMPORTAÇÃO POR ALBERTO AUGUSTO » As emissoras de rádio ganharam um novo impulso para entrar, de vez, na Era Digital. De acordo com a resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex), publicada no dia 24 de março no Diário Oficial da União, os empresários do setor de radiodifusão que comprarem equipamentos digitais não pagarão impostos de importação.

A resolução certifica que nove itens da rádio digital, dentro dos ex-tarifários (produtos com tarifas mais baixas por não terem similar nacional), terão este benefício. A medida, com validade até o dia 31 de dezembro de 2008, abrange bens de capital e bens de informática e telecomunicações. Nesta lista estão incluídos computadores de sinais FM analógicos e digitais; geradores de sinais de rádio digital em ondas médias e FM; geradores de sinais FM estéreo para digital; moduladores de áudio estéreo para digital; processadores de áudio para rádio digital; e equipamentos para medidas de sinais de RF. Outras duas categorias fazem referência direta ao padrão norte-americano de transmissão digital de rádio, o Iboc (In Band On Channel). A primeira isenta “equipamentos para medição de potência de rádio digital (HD-IBOC)”. Já a segunda, zera a alíquota sobre equipamentos “para monitoração de áudio de dados digitais, transmitidos pelo sistema Iboc”.

A decisão do Ministério do Desenvolvimento, através do Camex, é considerada pelas principais entidades que representam o setor como uma conquista para a radiodifusão em todo o país, já que um dos entraves para a digitalização do rádio é a aquisição de equipamentos, muitos deles sem similar no Brasil.

No ano passado, a Aesp e a Abert participaram de reuniões em Brasília para discutir propostas de incentivo ao investimento nas emissoras brasileiras, uma delas a redução das alíquotas de importação. “Foi uma vitória do nosso setor, pois com isso teremos a possibilidade de redução de custo dos investimentos para a implantação do rádio digital no Brasil”, comemorou o

22

O QUE É EX-TARIFÁRIO? O regime ex-tarifário é um mecanismo disponibilizado pelo Governo Federal para reduzir temporariamente o Imposto de Importação sobre as categorias de produtos, quando não existir similar do bem importado na produção da indústria nacional.

A medida visa à redução de custos para o investimento produtivo. As resoluções relativas à ex-tarifário são tomadas no âmbito da Camex e têm vigência por até dois anos, visando proporcionar maior previsibilidade dos investimentos. Mais informações no site: www.desenvolvimento.gov.br

presidente da Aesp, Edilberto de Paula Ribeiro.

Para o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, o governo demonstrou compromisso com a modernização do setor. “Foi uma grande conquista. A redução veio em um momento oportuno para a radiodifusão brasileira, pois trará investimentos ao nosso país. Agradecemos ao ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento) pela sensibilidade e por reconhecer a importância da desoneração desse tributo para a TV e o rádio no Brasil”, disse.

Além da resolução que reduz a alíquota de importação para os rádios, outras duas seguem no mesmo sentido. Uma reduz para 2% o imposto de importação de quatro produtos do setor de informática. A outra reduz de 14% para 2% esse mesmo imposto para uma lista de 161 produtos.

Essas duas medidas também têm validade até o dia 31 de dezembro deste ano. Até lá, a Camex voltará a avaliar a lista de ex-tarifários.

tributação

23

especial nab 2008

Com a presença do ministro das comunicações Hélio Costa, do senador Wellington Salgado e de mais sete deputados brasileiros, a comitiva prestigiou a abertura do Pavilhão Brasileiro na feira

Show de tecnologia

e conteúdo

A AESP LEVOU MAIS DE 350 PROFISSIONAIS DO SETOR PARA PRESENCIAR O FUTURO DA RADIODIFUSÃO NO MAIOR SHOW DE MÍDIA ELETRÔNICA DO MUNDO

POR JULIANA FREITAS » A extraordinária Las Vegas, conhecida por nunca parar à noite, provou que também tem vocação para negócios e abrigou, pelo 17º ano consecutivo, a NAB (National Association of Broadcasters) Show 2008, que aconteceu de 14 a 17 de abril, no Las Vegas Convention Center. Os números impressionam: mais de 111 mil visitantes (sendo 27 mil estrangeiros vindos de 163 países), 1.600 expositores e uma estimada geração de negócios de US$ 50 bilhões.

E neste contexto grandioso, destaque para as empresas brasileiras, que neste ano, contaram com um pavilhão exclusivo para expor e comercializar seus produtos.

A abertura oficial do Pavilhão Brasileiro na NAB Show aconteceu no dia 15 de abril e contou com a presença da comitiva brasileira organizada pela Aesp, do Ministro das Comunicações Hélio Costa, do senador Wellington

24

Salgado, e de sete deputados brasileiros.

Após cortarem a fita de abertura oficial do pavilhão, as autoridades e a comitiva da Aesp visitaram todos os estandes brasileiros e os estrangeiros, que exportam equipamentos para o Brasil (Nautel Limited/Apoio Técnico, Harris, BE, HD Radio e Sony) e conheceram as novidades do setor, aprofundaram-se na discussão da implantação do rádio digital e tiraram suas dúvidas.

Participaram do Pavilhão Brasileiro as empresas: Ideal Antenas, Genius Instituto de Tecnologia, RF Telavo Telecomunicações, Tecsys do Brasil, TSDA (Tecnologia e Soluções Digitais Aplicadas), Teletronix, Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre, Ativa Soluções Tecnológicas, Biquad, Inatel, Linear, RF Com Sistemas, STB (Superior Technologies in Broadcasting) e Lumatek Iluminação Técnica.

1

2

Visita oficial (1) Ministro Hélio Costa faz a abertura oficial do Pavilhão Brasileiro, junto com a comitiva da Aesp, liderada pelo presidente Edilberto de Paula Ribeiro. Nas fotos comitiva visita estandes na NAB. (2) Nautel Limited/Apoio Técnico. (3) BE (Broadcasting Eletronics). (4) Harris.

(5) HD Radio. (6) Sony.

6

3

5

4

especial nab 2008

Aesp recepciona comitiva brasileira

CAFÉ DA MANHÃ CONTOU COM PRESENÇA DO MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES HÉLIO COSTA E DO SENADOR WELLINGTON SALGADO » Mais de 350 pessoas da Comitiva da Aesp, entre empresários, políticos e especialistas do setor de radiodifusão participaram do café da manhã patrocinado pelas empresas BE (Broadcasting Eletronics) e Ibiquity, no Paris Hotel, em Las Vegas. O evento contou com a presença do ministro das comunicações Hélio Costa, do senador Wellington Salgado (PMDB/ MG), dos deputados federais Júlio Semeghini (PSDB/SP), José Mentor (PT/SP), Paulo Bornhausen (DEM/SC), José Rocha (PFL/ BA), Paulo Vignatti (PT/SC), dos deputados estaduais Antônio Mentor (PT/SP) e Vanderlei Macris (PSDB/SP), dos presidentes Edilberto de Paula Ribeiro (Aesp), Daniel Slaviero (Abert), Roberto Franco (SET), do gerente de vendas da BE, John Mcdonald, e do presidente da Ibiquity, Jonh Schneider.

O presidente Edilberto deu as boas vindas aos radiodifusores e ressaltou a importância de reunir parlamentares e especialistas do setor para falar sobre temas relevantes à categoria.

“Temos orgulho em reunir radiodifusores e parlamentares que, cada vez mais, estão atentos às demandas da radiodifusão nacional, sobretudo num momento crucial como a escolha do padrão digital”, disse o presidente da Aesp em seu discurso.

Ribeiro ainda ressaltou a importância da tecnologia digital, mas, sobretudo, da produção de um novo modelo de conteúdo. “Com a tecnologia digital, o setor de desenvolvimento abre espaço para que nossas empresas produzam outros conteúdos. É preciso ficar atento a isso, pois o que já é uma realidade nos EUA, num futuro bem próximo,

26

será no Brasil”, enfatizou o presidente.

Daniel Pimentel Slaviero também falou da importância do evento e elogiou a presença dos radiodifusores na maior feira de mídia eletrônica do mundo e a participação efetiva de empresários e parlamentares em encontros de discussão para a implantação do rádio digital no Brasil. “A migração para o digital dará nova vida ao rádio. Agradeço a participação dos parlamentares aqui presentes e a constante preocupação com setor. Cada vez que venho aos EUA volto mais feliz com o nosso mercado, que cresce concomitantemente com o americano”, discursou Slaviero.

O tema também foi ressaltado pelo presidente da Ibiquity, Jonh Schneider, em uma breve apresentação das tecnologias da empresa. “Nos EUA, o público já está consciente das vantagens do rádio digital e as fabricantes de transmissores já comercializam aparelhos a partir de U$ 99,00.

No Brasil, esta realidade está próxima, para isso o radiodifusor deve se preparar, principalmente em ampliar seu conteúdo, pois a tecnologia permite a multiprogramação, serão cerca de três canais por emissora. Além, é claro, da produção de dados, informações adicionais, que deverão aparecer na tela do aparelho, seja de carro ou portátil”, explicou o executivo da Ibiquity.

Novas tecnologias também foram apresentadas pela BE tanto na área de receptores quanto de emissores. John Mcdonald citou rádios que já implantaram o sistema di-

gital no Brasil e ressaltou a importância do engenheiro José Fidalgo neste processo de informação e conhecimento.

EM SINTONIA O fato de o parlamento brasileiro estar em sintonia com os assuntos da radiodifusão nacional pôde ser comprovado com a presença de sete deputados e do senador Wellington Salgado, que veio em missão oficial pelo senado federal. “A partir desta visita vou encaminhar relatório para os demais membros da comissão de tecnologia e ciência no senado”, disse o senador.

O ministro das comunicações Hélio Costa, além de acompanhar a comitiva em todas as visitas e reuniões durante a NAB, foi o portador de uma boa notícia aos radiodifusores. Ele afirmou a intenção da escolha do padrão digital ainda no primeiro semestre deste ano. “Estamos aguardando o relatório final que está sendo produzido pela Abert, Aesp, Anatel e Instituto Mackenzie, com base em testes realizados em rádios que já implantaram o sistema no Brasil. Após, teremos 30 dias para enviá-lo ao presidente da República para que seja definida a escolha do padrão digital para o rádio”, disse o ministro.

TESTES FINAIS Após o café da manhã, as diretorias da Aesp e Abert se reuniram com o ministro Hélio Costa, o senador Wellington Salgado e os demais deputados para conhecer as dificuldades enfrentadas pelo grupo que promove os testes do rádio digital no Brasil. Durante duas horas, o assessor técnico da Abert e coordenador dos trabalhos, engenheiro Ronald Barbosa, expôs as principais dificuldades para a conclusão do relatório final com o resultado das medições.

Segundo ele, há um compromisso com o Ministério das Comunicações que estabelece três pontos específicos para a realização dos testes. No entanto, o grupo também atende algumas solicitações da Anatel. “Nós gostaríamos que existisse um número limitado de solicitações para que pudéssemos fechar nosso compromisso e finalizar o trabalho”, explicou Barbosa. E seguiu: “Precisamos concluir o relatório, mas sempre que aparece um fato novo, uma nova medição, o trabalho demora a ser concluído”.

“O compromisso dos técnicos é o de estabelecer uma cota final de testes e a partir daí, se houver interesse, sugerimos utilizar um ‘teste adicional’ que podemos fazer após a entrega do relatório, como fizemos nos testes da TV digital”, concluiu.

Tanto o ministro Hélio Costa quanto o senador Wellington Salgado se dispuseram a atender ao pedido dos técnicos e se reunir com a Anatel para estabelecer uma cota final para os testes. O Ministro garantiu que após a entrega do relatório terá 30 dias para encaminhar ao presidente da República e decidir a escolha do padrão para o rádio digital.

O Brasil adotou o rádio e a TV muito cedo e tem acompanhado sua evolução, com um excelente nível de reconhecimento mundial. É importante que empresários e profissionais do setor se mantenham atualizados e a NAB é um dos grandes fóruns de proposição. A vinda dos brasileiros demonstra que todos estão antenados e envolvidos e que a radiodifusão terá ainda um espaço muito maior na história. Para isso, as entidades foram formadas e trabalham juntas na defesa do setor e do conhecimento em torno dele.

Roberto Franco, presidente da SET

A presença de todos os brasileiros aqui se reveste de muita importância.

Aqui você reúne o presente, o futuro e a história da radiodifusão que são ressaltados nessa reunião que a Aesp faz e que já faz parte do calendário não só dos brasileiros, mas também da própria NAB. É esse espírito de integração que a gente deseja.

Paulo Bornhausen, deputado federal (DEM-SC) e presidente da Comissão Parlamentar Mista de Radiodifusão no Congresso Nacional.

O Brasil está discutindo um novo modelo de comunicação. Primeiro precisa avançar ao máximo possível cada segmento. Telecomunicação, TV que já digitalizou e a infraestrutura da internet, que já nasceu digital. É importante que os parlamentares conheçam o que está acontecendo no mundo das comunicações e no acesso às novas tecnologias. Quero parabenizar Aesp, Abert e SET pela capacidade técnica, preparação da informação e consistência dos dados que nos tem oferecido para que a gente tome as decisões com a maior transparência e com informações concretas e atualizadas.

Aqui (NAB), estamos conversando com produtores dessas novas tecnologias. Tenho certeza que todos os parlamentares estão aprendendo cada vez mais.

Júlio Semeghini, deputado federal (PSDB) Foi muito importante participar desta comitiva da Aesp e me sinto gratificado em estar aqui pela primeira vez. A NAB a é uma feira monumental que insere o Brasil numa comunidade internacional com a presença significativa dos radiodifusores. Uma delegação muito grande, mostrando a importância que o Brasil tem no mercado e a importância que o Brasil está dando para mudanças na comunicação. Todos os deputados que estiveram foram unânimes na expectativa de avançar o Brasil nesta área.

José Mentor, deputado federal (PT)

especial nab 2008

“O padrão digital deverá ser escolhido neste primeiro semestre”

» O ministro das Comunicações Hélio Costa fez a abertura oficial do pavilhão brasileiro na NAB 2008. Em seguida, percorreu a feira para conhecer as novidades do setor. No dia seguinte, a convite da direção da Aesp participou do café da manhã organizado pela entidade, no Paris Hotel, onde concedeu entrevista à revista da Aesp e garantiu a escolha do padrão digital para o rádio ainda neste semestre.

Revista da Aesp O rádio terá seu padrão escolhido este ano?

Hélio Costa Como disse durante a reunião com os radiodifusores e vou reiterar, estamos apenas aguardando o relatório técnico oficial que está sendo preparado pela Abert, Aesp e Anatel, junto com o Instituto Mackenzie, que foi escolhido para supervisionar tecnicamente todo o projeto.

Em quanto tempo isso deverá acontecer?

Assim que os dados do relatório final forem concluídos, tenho trinta dias para encaminhar ao presidente da República e definirmos a escolha. Isso deve acontecer ainda neste primeiro semestre.

O que representa para o setor contar com um pavilhão com empresas brasileiras expondo na NAB 2008?

28

Eu tive a oportunidade e o prazer e até mesmo a honra de visitar cada uma das empresas representadas no pavilhão brasileiro e ver que estamos muito avançados no setor de radiodifusão. Nossas empresas não só estão expondo, mas vendendo seus produtos aqui. A iniciativa de aumentar cada vez mais a participação no mercado americano, algumas empresas até mesmo sendo subsidiadas montando aqui seus equipamentos que são fabricados no Brasil, tudo isso é para nós motivo de muito orgulho e grande alegria.

Como avalia o trabalho feito pela Abert, Aesp e SET, que uniu profissionais radiodifusores, técnicos e parlamentares aqui em Las Vegas?

Todos estão de parabéns. A cada ano a presença neste evento está cada vez maior. Quando cheguei aqui, há oito anos, fazíamos essa reunião numa sala. E agora já vemos um grande público. Isto mostra o interesse do radiodifusor pela modernidade do setor, pois é aqui na NAB que a gente vê a tecnologia se desenvolver, o surgimento de novos equipamentos. Com a convergência do rádio com os produtos da informática, as coisas acontecem rapidamente. Então é um sucesso, em especial a organização da Aesp.

Senador Wellington Salgado Revista Aesp O que representa a vinda de um parlamentar em missão oficial pelo Senado Federal na NAB 2008?

Wellington Salgado O senado entendeu que esse é um evento importante a ponto de mandar um representante oficial, com publicação no Diário Oficial. Vou levar um relatório para distribuir aos demais membros da comissão que acompanha o trabalho da ciência e tecnologia.

Por que o Senado reconheceu a importância desse evento para a radiodifusão?

Devido a representação que o Brasil vem alcançando na NAB, entendemos que também deveria ter um parlamentar para acompanhar e representar o senado neste evento. Este é o ponto mais importante, porque é difícil você conseguir que venha um representante num evento deste tipo e agora as portas estão abertas.

O Senado abrirá as portas para que outros senadores participem do evento para se integrar as novas mudanças do setor?

Todo ano poderá vir um representante. A cada ano, o grupo de brasileiros está aumentando.

São 16 empresas e grande parte vinda de Minas Gerais. A tecnologia evolui de maneira muito rápida e se você não se atualizar fica para trás. Todo momento é algo novo que acontece. Todos que estão aqui estão em busca de novas tecnologias para o Brasil. Então, muitas idéias e negócios podem surgir. É o Brasil mostrando sua linha de frente em relação a America do Sul. Qual a importância deste tipo de reunião promovida pela Aesp para debater os assuntos ligados ao setor neste momento? É difícil reunir tanta gente num país que não é o seu. Como o ministro Hélio Costa bem falou, a cada ano aumenta a participação brasileira. Estamos todos aqui para saber as novidades devido ao momento importante que é o da implantação do rádio digital e todo mundo quer saber como funciona, viabilidade e alcance.

especial nab 2008

1

2

Quem esteve

6

30

(1) Ministro Hélio Costa e Edilberto Ribeiro. (2) José Bismara Jr. (Rádio Cacique Sorocaba), Paul Smith e Eduardo Bonadio (Crowley). (3) O diretor jurídico da Aesp, Dr. Rubens Camargo e Judith Moraes. (4) Ministro Hélio Costa e Nivaldo Franco (Rádio Andradina). (5) José Constantino (Energia 97), Antonio Constantino (pres. Sertesp), Luis Fernando Constantino (vice-pres.

Aesp) e Edison Biasin (vice-pres. Sertesp).

(6) Carlos Hernandes e Maria Lucia Hernandes (Rádio Cultura Araçatuba) (7) Orlando José Zovico, Ricardo e Eduardo Zovico (Sistema Jornal de Rádio e TV Limeira). (8) Oscar Luiz Piconez (Abert), Cícero Pedrosa (Rádio Difusora de Assis), Aziz Elias e Ilara (Nova Brasil SP), Fernanda Di Santis, José Antonio Di Santis (vice-pres.

Aesp), Enio Martins e Sybele Martins (Rádio Vale de Presidente Epitácio). (9) Heitor Serapião, Fabio Marin, Francisco Marin, José Carlos Elmôr. (10) Sonia Bramucci, Lilian Bramucci, Izabel Resende e Edina Sullato (equipe da Aesp).

5

3

4

7

10

8

9

especial nab 2008

1

2

Quem esteve

6

(1) Cícero Pedrosa e o ministro Hélio Costa. (2) Edilberto Ribeiro, Carlos Santos e Sidney (Sistema Marajoara/ PA). (3) O engenheiro Ronald Barbosa. (4) Cláudia Rei, Helton Pimenta (TVB Campinas) e Neide Pimenta. (5) Jairo Araújo (Continental), José Fidalgo (CBN Campinas), Roberta Soave (Difusora Piracicaba) e Péricles Barranqueiro (Rádio Cidade Jundiaí). (6) Presidente da Abert Daniel Slaviero. (7) Deputado federal José Mentor (PT/SP), Darci Araújo (Aesp), Daniel Slaviero, senador Wellington Salgado (PMDB/MG), Edilberto Ribeiro, ministro Hélio Costa, deputado federal Júlio Semeghini (PSDB/ SP) e João Monteiro de B. Neto (Rede Vida). (8) Edilberto, Hélio Costa, Ana Catarina Costa e Maria José Villafanha Ribeiro. (9) Roberto Melão (Agert), Nivaldo Franco e Darci Araújo (Aesp), Hélio Costa, Edilberto Ribeiro e Júlio Semeghini. (10) Zilda Beatriz (Sec.Min. Comunicações) e Adriano Calil (Central Comunicação)

5 32

3

4

7

8

3

10

9

1

4

7

6

opinião

ALEXANDRE KRUEL JOBIM Mestre em Direito pela Universidade do Texas (EUA); professor de Direito Constitucional no UniCeub e consultor jurídico da Abert

Cuidado! Estamos diante de mais um pleito eleitoral » Chegamos a mais um ano de pleito eleitoral. Assim, a partir do segundo semestre de 2008, as emissoras de rádio e televisão estarão obrigadas à transmissão gratuita da chamada propaganda eleitoral, regulada pela Lei das Eleições - Lei nº 9.504/97, e pelas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral, em especial pela Resolução nº 22.718 (Instrução nº 121).

Não tivemos modificação legislativa substantiva desde a última alteração advinda da Lei nº 11.300/2006, cuja eficácia parcial fora dada pelo Tribunal Superior Eleitoral, no próprio pleito de 2006, por entender a Corte que determinadas alterações não estavam sujeitas ao princípio da anualidade, visto não se tratarem, strictu sensu, de matérias atinentes ao processo eleitoral.

Neste particular, tivemos algumas alterações importantes à época e que merecem especial atenção por parte das emissoras de rádio e televisão, principalmente àquela atinente à desincompatibilização dos chamados comunicadores-candidatos.

Antes da edição da Lei nº 11.300/2006, por força de alteração dos dispositivos elencados no art. 45 da Lei nº 9507/97, era vedado, a partir de 1º de julho, ter a emissora um nome de programa que coincidisse com nome de candidato, podendo, entretanto, o candidato apresentador permanecer como locutor, apresentador ou comentarista até o dia 1º de agosto.

Em outras palavras, a emissora deveria trocar o nome do programa, mas poderia permanecer com a participação do candidato em seu programa por mais trinta dias, ainda que sob o risco de ele fazer seu proselitismo, podendo apenas vindo a emissora vir a ser condenada por dar tratamento privilegiado a partido e/ou candidato. Com a referida alteração legislativa, a manifesta incoerência se inverteu pois, segundo a nova exegese do §1º do art. 45, já a partir do resultado da convenção resta vedado às emissoras transmitir programa apresentado ou comentado por

candidato escolhido em convenção. Ou seja, agora, o comunicador candidato deve se desincompatibilizar da emissora na data da convenção partidária, ainda no primeiro semestre de 2008, podendo, contudo, permanecer a divulgação, até o dia 1º de julho, do programa que tenha nome coincidente com o nome do candidato, vez que não houve alteração no inciso VI do mesmo art. 45. As emissoras, por sua vez, neste particular, devem estar atentas à data das convenções dos partidos políticos para, a partir daí, substituírem o candidato apresentador nas respectivas grades de programação, sob pena de receberem severas multas, podendo inviabilizar algumas pequenas emissoras. O ônus é da emissora e de forma objetiva, pouco importando, contudo, que se comprove o desconhecimento da candidatura e/ou da data da escolha do candidato em convenção.

Noutro giro, não nos esqueçamos de que a Justiça Eleitoral, o Ministério Público Eleitoral e os próprios partidos ficarão atentos às usuais violações por parte das emissoras, embora geralmente involuntárias, no que tange ao tratamento privilegiado a determinados candidatos e partidos políticos.

Neste pleito de 2008, essa atenção e monitoramento devem ser redobrados, haja vista se tratar de um pleito local, de abrangência municipal, onde as emissoras de rádio e televisão, veículos de comunicação de massa, são os principais formadores da opinião pública.

Em suma, é imprescindível que os nossos dirigentes, advogados e comunicadores tenham em mãos a Resolução nº 22.718 do Tribunal Superior Eleitoral, verdadeiro manual da propaganda eleitoral para este pleito de 2008, pois justamente com base nesta Resolução é que os atores do processo eleitoral irão se basear para defender a igualdade de oportunidades na corrida aos cargos eletivos do legislativo e executivo municipais.