Psicologia M贸dulo 4
As atitudes e os comportamentos fazem parte integrante da vida do sujeito, mas como se relacionam estas duas dimensões?
P r e d i s p o s i ç ã o f a v o r á v e l o u desfavorável relativamente a objectos sociais; tendência relativamente estável para uma pessoa se comportar de determinada maneira. As atitudes não são directamente o b s e r v á v e i s : i n f e r e m - s e d o comportamento.
As atitudes não são características puramente idiossincráticas ou estáveis, nem nascem num vazio social: são fruto da interacção social, de processos de comparação, identificação e diferenciação sociais, que nos permitem situar a nossa posição face a outros, num determinado momento.
As atitudes referem-se a experiências subjectivas: Expressam o posicionamento de um indivíduo ou de um grupo, construído a partir da sua história e, portanto, possuem um carácter aprendido.
As atitudes incluem sempre uma dimensão avaliativa: Traduzem sempre uma posição que, face a um determinado objecto social, pode ser expressa através de um afecto positivo ou negativo: gosto / não gosto; concordo / discordo.
Não existe uma correspondência simples e perfeita entre uma atitude e o comportamento manifesto, porque: (1) o comportamento não é somente um produto das atitudes, mas igualmente da situação imediata; (2) as atitudes relativas a uma situação são muitas vezes múltiplas.
Não nascem connosco, são adquiridas Factores de Influência: os pais (família), sobretudo nos primeiros anos de vida; os grupos de pares, dos amigos da mesma idade; a escola e a educação, a escola transmite conhecimentos e forma atitudes; os meios de comunicação social.
Condicionamento clássico (por associação de estímulos). Ex: comer feijoada e ficar com d o r e s d e e s t ô m a g o , p o d e conduzir a uma aversão à mesma até ao fim da vida (atitude aprendida) ou ouvir por parte dos pais constantes referências negativas a certos grupos pode levar a ter atitudes negativas aos mesmos
Condicionamento operante( por reforço do comportamento) EX: se cada vez que uma criança disser “gosto de futebol” ouvir o pai “é assim mesmo, és cá dos meus!” a probabilidade do filho ter uma atitude positiva face ao futebol aumenta Também se formam atitudes por aprendizagem social , observação, imitação ou modelagem
1. A componente cognitiva - a atitude inclui um conjunto de ideias, juízos e crenças sobre determinado objecto, ou seja, aquilo que acreditamos ser verdadeiro relativamente ao objecto. 2. A componente afectiva - a atitude engloba sentimentos positivos ou negativos face ao objecto, engloba uma dimensão emocional, o nosso sistema de valores. 3. A componente comportamental - a atitude faz com que a pessoa se comporte de determinada maneira, é constituída pelo conjunto de reacções em relação ao objecto.
A. COGNIÇÃO – PERSUASÃO Elementos a influir: ( 1 ) e m i s s o r d a m e n s a g e m : credibilidade, semelhança com o receptor, carácter atraente; (2) natureza da mensagem: sua tonalidade afectiva e organização interna; (3) receptor: a sua inteligência, autoestima e credulidade; (4) canal de comunicação: suporte e contexto geral.
Uma direcção: temos uma posição favorável ou desfavorável face ao objecto da atitude. Ex: somos a favor ou contra a interrupção voluntária da gravidez Uma intensidade: podem ser posições fracas ou fortes. Ex: podemos ser contra a interrupção voluntária da gravidez em todas as circunstâncias ou apenas em algumas situações
Um objecto específico: pode ser concreto ( “não gosto de calças descidas”),pessoas (“O prof. de Matemática é excelente”), grupos(“os psiquiatras são malucos”), ideias abstractas (“a tolerância é muito importante nas relações entre as pessoas”) ou comportamentos(“beber em excesso é condenável”) Serem aprendidas Serem inferidas dos comportamentos, pois não se observam directamente
D i s s o n â n c i a e n t r e a s c o g n i ç õ e s – coexistência de cognições que não se a j u s t a m e n t r e s i , o . s . , c o g n i ç õ e s incoerentes. Ex: se um homem se considera atencioso, mas se esquece o aniversário da mãe, encontra-se numa situação de dissonância cognitiva. Se eu acreditar que fumar muito provoca cancro do pulmão e fumo 3 maços de tabaco por dia, deparo-me numa situação de dissonância cognitiva.
(1) a dissonância pode nascer da tomada de c o n s c i ê n c i a d a i n c o n s i s t ê n c i a e n t r e pensamentos; (2) para que alguém sinta mal-estar pela prática de um acto desprezível, terá de assumir a responsabilidade por ele – a atribuição interna; (3) presença de um estado de mal-estar fisiológico e psicológico; (4) é necessário que o estado de dissonância seja atribuído ao comportamento.
Um estado de dissonância cognitiva é psicologicamente desagradável, constituindo uma motivação, uma activação do organismo, no sentido da redução ou eliminação da dissonância.