Kant e mill

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A Necessidade de Fundamentação da Moral Duas Perspectiva Filosóficas •A T E O RI A D E O N TO LÓ G I C A - O D E V E R C O M O

F U N D A M E N TO D A M O R A L I D A D E ( I M M A N U E L KANT) •A T EO R I A C O N S E Q U E N C I A LI S TA - A U TI LI D A D E COMO F U N D A M E N TO DA MORALIDADE (STUART MILL)


Problema  Qual o fundamento da moralidade?

 Qual o critério para avaliar a

moralidade das acções?


O que torna as acções boas ou más?

Qual é o critério para avaliar as acções?


Fundamentação da moral

I. Kant Ética Deontológica

Stuart Mill Ética consequencialista


Teorias deontológicas - o critério para avaliar a moralidade das acções é o seu respeito pelos princípios Teorias consequencialistas

– o critério para avaliar a moralidade das acções são as suas consequências

Dois tipos de teorias


Deontológicas Teorias que fazem depender a moralidade de uma acção do respeito por princípios

Consequencialistas

Teorias que fazem depender a Moralidade de uma acção das suas consequências ▼ ▼ Devemos escolher a acção Devemos agir por obediência que tem as melhores a regras, agir por dever. consequências globais ▼ ▼ Exemplo: para Kant mentir Exemplo: para Stuart Mill é errado ainda que do acto mentir não é errado por de mentir resultem benefícios princípio, mas em função das ▼ consequências Kant pergunta: qual foi a ▼ intenção Mill pergunta: quais as da acção? consequências das acções?


Duas Teorias  Ética Deontológica

Designa-se por ética deontológica (do grego dei, «deve») à teoria moral segundo a qual as acções devem ser realizadas, independentemente das consequências que resultem da sua realização.  É uma ética centrada na noção de DEVER . 

 Ética Consequencialista

Designamos por ética consequencialista a teoria moral segundo a qual as acções são avaliadas como correctas ou incorrectas em virtude das suas CONSEQUÊNCIAS .  O utilitarismo é a forma mais conhecida de consequencialismo. 


Duas teorias  A perspectiva

de I. Kant (1724-1804)  Só a boa vontade é boa em si mesma.  Uma boa vontade é uma vontade que age por dever .  A acção por dever é a acção praticada pela pura vontade ou puro respeito à lei

 A perspectiva de S.

Mill (1806-1873)  No utilitarismo, o correcto consiste em maximizar o “bom” .  O bom é, em geral, o prazer .  O utilitarismo é uma ética hedonista ou da felicidade


Duas teorias  Kant

distingue acção por dever ( acção moral) de acção conforme ao dever (acção legal ).  O que determina a moralidade da acção não é o propósito a atingir, mas o querer que a origina.

O

fundamento da moral utilitarista é o princípio da maior felicidade .  As acções são correctas se tendem a promover a maior felicidade global e incorrectas em caso contrário.  Mais prazer para o maior número


Duas teorias A

vontade ou razão prática actua segundo imperativos de acções necessárias.  Os imperativos podem ser de duas naturezas: hipotéticos ou categóricos

 Os

prazeres não variam apenas em quantidade, mas também em grau: há prazeres superiores (prazeres do espírito) e prazeres inferiores (prazeres do corpo).  Um prazer superior é sempre preferível a um prazer inferior


Duas teorias O imperativo hipotético prescreve que uma acção é “boa” apenas porque é um meio necessário para satisfazer algum fim ou desejo.  O imperativo hipotético é particular (técnico) e contingente (pragmático). 

Um sacrifício individual é inútil se não aumenta a quantidade total de felicidade. Ao calcular a maior soma de felicidade global, a felicidade de cada pessoa é igualmente importante. A felicidade de uma pessoa pode ser sacrificada pela felicidade global.


Duas teorias O imperativo categórico prescreve que uma acção é boa em si mesma – se realizada sem qualquer interesse, apenas para realizar a pura lei.  O imperativo categórico é universal (todos) e necessário (tudo). 


Duas teorias A

ética kantiana é formal e centrada na autonomia da vontade.  Opõe-se às éticas materiais e heterónomas .


Duas teorias Imperativo categórico: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.  O imperativo categórico é o único critério válido que devemos seguir para decidir se um acto é ou não moralmente permissível. 


Duas teorias É

absolutamente boa a vontade que age segundo uma máxima que, ao transformar-se em lei universal, não se contradiz nem se derrota a si mesma (pode e deve ser realizada por todos).


O rigor da ĂŠtica kantiana


Questões de escolha múltipla Indique , para cada questão a opção correcta

1.Não roubar por medo da sanção é uma atitude característica de quem assume uma responsabilidade:

A.Moral; B.Consciente; C.Legal; D.Solidária.


Questões de escolha múltipla Indique , para cada questão a opção correcta

1.Não roubar por medo da sanção é uma atitude característica de quem assume uma responsabilidade:

A.Moral; B.Consciente; C.Legal; D.Solidária.


2. A ética Kantiana defende que o valor moral de uma acção reside:

A.Nas sua consequências B.Na intenção; C.Na felicidade; D.No bem supremo.


2. A ética Kantiana defende que o valor moral de uma acção reside:

A.Nas sua consequências B.Na intenção; C.Na felicidade; D.No bem supremo.


3. As acções que cumprem as regras ou normas morais, mas que ocorrem por interesse ou vantagem pessoal, ou por qualquer sentimento, são, segundo Kant:

A.Contrárias ao dever; B.Conformes ao dever, movidas por inclinações sensíveis; C.Conformes ao dever, movidas por puro respeito pelo dever; D.Contrárias ao dever, movidas por apetites reprováveis


3. As acções que cumprem as regras ou normas morais, mas que ocorrem por interesse ou vantagem pessoal, ou por qualquer sentimento, são, segundo Kant:

A.Contrárias ao dever; B.Conformes ao dever, movidas por inclinações sensíveis; C.Conformes ao dever, movidas por puro respeito pelo dever; D.Contrárias ao dever, movidas por apetites reprováveis


4. Segundo o princípio ético fundamental do utilitarismo: a)Estamos proibidos de procurar a nossa felicidade; b)Mais do que pensarmos no bem-estar dos outros, devemos preocupar-nos em não os prejudicar; c)Uma acção é correcta se produzir mais bem-estar do que qualquer outra acção possível ao agente no momento.


4. Segundo o princípio ético fundamental do utilitarismo: a)Estamos proibidos de procurar a nossa felicidade; b)Mais do que pensarmos no bem-estar dos outros, devemos preocupar-nos em não os prejudicar; c)Uma acção é correcta se produzir mais bem-estar do que qualquer outra acção possível ao agente no momento.


5. Tavares reparou que uma pessoa que saía da sua loja deixou cair uma nota de 50 euros. Apanhou-a e…que fez? Pense em três decisões possíveis de Tavares: a)Fica com os 50 euros. b)Devolve os 50 euros para ficar bem visto e ganhar reputação de honesto. c)Devolve os 50 euros pelo simples facto de que pertencem ao cliente. Alguma das acções, segundo Kant, é moralmente correcta? Justifique a sua resposta.


5. Tavares reparou que uma pessoa que saía da sua loja deixou cair uma nota de 50 euros. Apanhou-a e…que fez? Pense em três decisões possíveis de Tavares: a)Fica com os 50 euros. b)Devolve os 50 euros para ficar bem visto e ganhar reputação de honesto. c)Devolve os 50 euros pelo simples facto de que pertencem ao cliente. Alguma das acções, segundo Kant, é moralmente correcta? Justifique a sua resposta.


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