co.habitat
um novo modelo de habitação para a maturidade
maria clara gabriele
130014281
professora orientadora: raquel blumenschein
banca final
fau-unb
diplĂ´ 2
1/2018
Banca examinadora
Orientadora: Raquel Naves Blumenschein
Erica Mitie Umakoshi
Caio Frederico e Silva
Professor convidado
Arquiteto convidado
É o dever de uma comunidade cuidar de seus idosos. (BRAFF, 2017, Despedida em grande estilo)
Sumário 1. Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2. Agradecimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 PARTE I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 4. Fundamentaçao Teórica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 5. Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 PARTE II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 6. Conceitos e Diretrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 7. A Proposta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 8. Localização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 9. Programa de Necessidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 10. Fluxograma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 11. Diretrizes Gráficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 12. Desenvolvimento do partido - storyboard . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 13. Memorial Descritivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 14. Referências Bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
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Apresentação Este Projeto de Diplomação é o produto final da última disciplina da Cadeia de Projeto Arquitetônico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. Nele é apresentado um projeto arquitetônico em nível de anteprojeto, incorporando conhecimentos teóricos e tecnológicos adquiridos ao longo do curso. Propõe-se neste trabalho, de tema de escolha livre, a elaboração de um novo modelo de habitação para a terceira idade destinado, prioritariamente, a professores e servidores aposentados da Universidade de Brasília.
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Agradecimentos Agradeço em primeiro lugar a Deus, meu Senhor e Salvador, minha força e refúgio, e a Nossa Senhora, por todas as graças concedidas, pelo constante amparo e pela amizade inabalável. Agradeço aos meus pais, minha inspiração, minha fonte de amor, carinho, compreensão e orgulho. Agradeço-lhes pela minha criação e educação, por todas as oportunidades que me deram, e por sempre me incentivarem a crescer. Agradeço-lhes por me ensinarem por meio do exemplo. Agradeço à minha irmã Lígia por sempre me apoiar e iluminar meus dias - tu és para mim o chuchu que colhi na vida! Agradeço à minha família, minha fortaleza, que mesmo distante sempre se fez presente e participou de cada passo dessa jornada com bom humor e doçura. Agradeço aos meus amigos pelo apoio, pela compreensão por meus sumiços ao longo deste ano, e por sempre fazerem cada momento ser memorável. Agradeço, em especial, por serem minha relação ecológica harmônica que constitui um conjunto coeso - Colônia. Agradeço à Universidade de Brasília, universidade pública e gratuita que me proporcionou excelente formação acadêmica e grande crescimento pessoal. Agradeço a todos os professores e servidores que se dedicam incansavelmente à nossa formação - em especial, minha querida orientadora Raquel, por me guiar ao longo de todo o processo, sempre se fazendo disponível para me ajudar, e me incentivar a dar o meu melhor nesse projeto que reflete toda a minha formação. Agradeço, por fim, ao Dire Straits, Queen, Genesis e Beatles, pela vasta produção musical que me acompanhou nas longas noites de trabalho.
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PARTE I
Introdução O número de idosos no Brasil cresce a cada ano, com previsão de ultrapassar 13% da população total do país em 2030 (IBGE, 2017) e continuamos com poucas opções de moradia para a terceira idade. Conforme sua saúde se deteriora, os idosos que já não podem mais viver sozinhos têm de passar a morar com familiares, contratar profissionais para assisti-los ou passar a viver em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, ILPI1 . Quando as duas primeiras opções são inviáveis – por problemas familiares, condições financeiras pouco favoráveis ou motivos de saúde, as ILPI são a única escolha.
consequências como mudanças psicológicas e sociais e de atividades envolveriam, por exemplo, palestras da universidade, morbidade (CASTLE, 2001), além de sintomas de demência aulas de costura, workshops de temas variados e práticas de (BULLA e MEDIONDO apud SOARES, 2010). atividades físicas. Esta parceria possibilitaria a participação dos residentes nas diversas atividades, exercitando corpo e Com estes dados, é possível observar a importância de se mente, e passando à frente seus vastos conhecimentos, bem estudar as possibilidades desta tipologia no Brasil. Sendo como aprendendo com os outros residentes e membros da assim, o objetivo deste trabalho é propor um novo modelo comunidade. de habitação para a terceira idade, que possibilite apoio e independência, qualidade de vida e dignidade. Este modelo O trabalho está estruturado da seguinte maneira: na primeira não é apenas uma instituição para onde os idosos deveriam parte do trabalho, são apresentados uma fundamentação mudar-se quando sua saúde não permite mais que morem no teórica explicitando a situação dos idosos e das residências e mesmo lugar, e sim um lar onde podem permanecer, sendo instituições dedicadas a idosos no Brasil, contando com exemplos, assistidos, quando sua saúde se deteriorar. reportagens e dados estatísticos. São tambémm abordados os tipos de habitação para idosos que existem em outros países, Foram estudados modelos habitacionais para a terceira idade mostrando alguns dos sistemas existentes e seus conceitos. Em no Brasil e no mundo, analisando seus fluxos, zoneamentos, seguida, são apresentadas as condicionantes e determinantes atividades proporcionadas e programas de necessidades, a que influenciam o projeto, tais como as especificidades técnicas fim de unir diferentes aspectos e opções trazidos por cada um e tecnológicas, aspectos socioculturais e legais. Por último, são deles e propor um modelo mais adequado para a situação apresentadas as referências - de linguagens arquitetônicas, de programa de necessidades e de outros aspectos específicos. brasileira.
Segundo Evangelista, as realidades das ILPI no Brasil são muito distintas – “temos instituições com padrão excelente, e outras que provavelmente nem poderiam funcionar” (OLIVETO, s.d.). Há as instituições particulares, que no geral têm altos custos, e as públicas, que muitas vezes encontram-se em condições inadequadas e com vagas insuficientes (CORREIO BRAZILIENSE, 2013). De qualquer maneira, as ILPIs são, no geral, instituições onde tudo é muito cerceado, e que não permitem que os residentes tenham um nível mínimo de independência, não costumam ofertar muitas atividades e não favorecem a ligação e convivência entre os residentes (SOARES, 2010), causando Outro ponto importante é o fato de que os professores e “isolamento e inatividade física e mental” (ARAÚJO, SOUZA e servidores da Universidade de Brasília, que têm direito a apartamentos na Colina2 , perdem este direito quando se FARO, 2010, p. 257). aposentam (MARINHO, 2013). A situação se torna ainda De acordo com pesquisas das universidades de Chicago, mais grave quando os funcionários são aposentados Brigham Young e York (OLIVETO, s.d.), a solidão é uma grande compulsoriamente, aos 70 anos de idade, tendo que buscar causadora de doenças como depressão e hipertensão entre uma nova habitação muitas vezes distante da que moraram os idosos, sendo equivalente ao dano provocado por fumar por tantos anos. Por isso, o objeto de estudo proposto para 15 cigarros por dia. De acordo com pesquisas feitas com este trabalho é um novo modelo de habitação para a terceira idosos institucionalizados e aqueles que vivem na comunidade, idade próximo à Colina destinado aos professores e servidores a solidão está significativamente presente em suas vidas, e é da UnB aposentados, unindo atividades abertas à comunidade mais forte nos institucionalizados, diminuindo sua qualidade local. A instituição seria ligada à Universidade, contando de vida (CORREIA, 2012) – o que mostra a importância de com profissionais e estudantes da área de saúde – medicina, incentivar a participação dos residentes das instituições na farmácia, enfermagem e fisioterapia, além de psicologia e vida da comunidade, e vice-versa. Outro ponto importante assistência social. A instituição também contará com áreas é o fato de que, quando idosos são forçados a se mudar, comuns abertas, onde poderão acontecer atividades de lazer seja por motivos econômicos ou de saúde, foram observadas e educacionais, também em parceria com a Universidade. As 1 O tema será abordado mais profundamente no capítulo 1.
2 Habitações construídas para os servidores da Universidade na Asa Norte
Na segunda parte do trabalho é apresentada a proposta, fundamentada no estudo feito anteriormente, acompanhada dos conceitos e diretrizes que a definem e do programa de necessidades definido. Em seguida, é abordado o terreno escolhido para o projeto. São trazidas suas características e situação, e será acompanhado de uma maquete física do terreno. Por fim, é apresentado um zoneamento da proposta no terreno escolhido.
Fig 1. Cena do seriado Grace & Frankie
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Fundamentaçao Teórica
14
● 65-69 ● 65 anos ou mais
G.1 Evolução etária no Brasil 3.20%
● 60-64
6.81%
● 15 a 64 anos ● 10 a 14 anos
11.68%
67.93%
72.73%
71.17%
28.87% 2000
20.46% 2017
17.16% 2030 ● 65 anos ou mais
G.2 Evolução etária no Distrito Federal
● 15 a 64 anos ● 10 a 14 anos
● 70-74 % 24.4
● 75-79 ● 80 anos e mais
G.4 Estado civil dos idosos
1.7%
17.59% 2030
% 12.2
12%
22.22% 2017
G.3 Idade dos idosos no DF
2.1%
68.97%
Este dado é importantíssimo, pois mostra que nem todos os idosos que vivem em instituições o fazem por problemas de saúde.
9% 19.
O gráfico “idade dos idosos no DF” mostra que mais da metade dos idosos do Distrito Federal têm entre 60 e 69 anos de idade. Pelo gráfico “estado civil dos idosos” é possível ver que mais de metade dos idosos são casados, e pouco mais de 20% são viúvos. Este dado será importante no momento da definição das tipologias de apartamentos a serem propostas. O gráfico seguinte mostra a porcentagem de idosos com plano de saúde, de acordo com a Região Administrativa em que vivem, refletindo a situação econômica local. Estes dados mostram a importância de se oferecer uma parceria com a área de saúde da Universidade de Brasília, diminuindo os custos dos idosos em questão. Por fim, os últimos gráficos mostram a ocupação dos idosos de acordo com o sexo. Como pode ser visto, a maior parte destes é aposentada.
69.32%
A seguir, foram apresentados o gênero dos idosos institucionalizados (com maioria feminina) e a grande porcentagem de idosos independentes que se encontram nesta situação.
5.6%
36.6 9%
6.1%
18.59%
64.35%
Com o intuito de melhor compreender o perfil dos idosos no Brasil e no Distrito Federal, foram analisados alguns dados apresentados pela CODEPLAN (2013). Estes dados são importantes a fim de desenvolver um programa de 30.04% necessidades que de fato esteja de acordo com os usuários e 2000 suas características.
O gráfico seguinte mostra o gasto mensal destas instituições por residente, o que quantifica a grande disparidade entre as instituições no Brasil.
.9% 31
Por motivos financeiros, de saúde ou familiares, muitos idosos passam a viver em instituições de longa permanência – a Com o objetivo de melhor fundamentar este projeto, será situação destas instituições será mais profundamente analisada apresentada uma pesquisa de caracterização dos usuários no próximo subitem. Os dados a seguir tratam destes idosos e propostos. Ou seja, por meio de dados e estatísticas, será instituições no Brasil. possível compreender melhor a situação dos idosos no Brasil e Em primeiro lugar, o gráfico 8 traz o perfil das instituições de no Distrito Federal, mais especificamente. longa permanência para idosos no Brasil – em sua maioria, Primeiramente, é importante apontar o aumento da porcentagem filantrópicas. Apenas uma pequena porcentagem destas de idosos (no caso deste estudo, de 65 anos ou mais) no Brasil, instituições é pública, e as particulares, no geral, têm preços conforme pode ser observado nos gráficos, produzidos pelo muito elevados (no Distrito Federal, estas representam metade Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (2017). Hoje das instituições) (CORREIO BRAZILIENSE, 2013). a população idosa no Brasil é de aproximadamente 8% (no DF, 7%), com previsão para atingir cerca de 13.5% em 2030 (11.7% 5.61% 8.46% 13.44% no DF). Como pode ser visto nos gráficos, este fenômeno está invertendo a pirâmide etária do País.
● homens ● mulheres ● casados
62.30%
● viúvos
22.10%
● separados
8.20%
● solteiros
7.30%
3.49%
caracterização dos usuários
25.61%
estrutural
varjão
itapoã
recanto das emas
G.6 Ocupação das mulheres
3.4%
16%
0.9%
0.4%
G.7 Ocupação dos homens
90.7
36.6
36.6
26.5
26.5
19.8
samambaia
ceilândia
gama
taguatinga
guará
águas claras
plano piloto
lago sul
G.8 Categoria das instituições G.9 autora, feito com base em: KANSO e CAMARANO (2010)
7.3%
particulares, 28.20% 51.5%
filantrópicas, 65.20%
20.5%
0.6%
● aposentados
19.8
12.0
9
4
12
9.0
4.0
2.6
2.6
1.5
1.5
.6
51.6
.8
70.8
.8
84.8
G.5 Porcentagem de idosos com plano de saúde particular por região do DF
2.5% 3.8%
70.9%
1.3% 1.4%
19.5%
públicas, 6.60%
G.10 Gasto das instituições por residente R$ 10 000,00 R$R$9,000.00 9 000,00 R$8,000.00 R$ 8 000,00 R$R$7,000.00 7 000,00 R$6,000.00 R$ 6 000,00 R$R$5,000.00 5 000,00 R$R$4,000.00 4 000,00 R$3,000.00 R$ 3 000,00 R$R$2,000.00 2 000,00 R$1,000.00 R$ 1 000,00 0 R$R$1,000.00 0 000,00
R$10,000.00
máximo R$ 9230,00
G.13 Porcentagem de idosos independentes em ILPIs
G.12 Gênero dos idosos nas ILPIs
34 .9%
● trabalha ● aposentado trabalhando
médio R$ 717,91
mínimo R$ 92,92
42.2%
● pensionista ● do lar
● outros ● independentes ● homens ● mulheres
65 .1%
57.8%
● desempregado
● algum grau de dependência
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Grau de dependência I
Fig 2. Atriz Maggie Smith
Grau de dependência II
Fig 3. Cena do filme Conduzindo Miss Daisy
Grau de dependênciaIII
Fig 4. Cena do filme Intocáveis
refere aos cuidados com a casa e com seus dependentes, se suas atividades diárias sozinhos, mesmo que com o uso de houver – ou seja, limpar a casa, lavar roupas, cozinhar, fazer equipamentos de auto-ajuda (tais como bengalas, andadores, compras, locomover-se (com o uso de transporte público ou cadeiras de rodas, etc.). pessoal), cuidar de finanças, etc. (JUNIOR, 2007). Grau de dependência II: Idosos que apresentam Segundo a Agência Nacional de VIgilância Sanitária (2005), dependência em no máximo três atividades diárias. o grau de dependência do idoso pode ser classificado em três diferentes níveis, conforme explicado abaixo, que devem Grau de dependência III: Idosos dependentes que necessitam de assistência em mais de três atividades diárias e/ ter convivência mista. ou com comprometimento cognitivo. As AVDs se dividem em duas categorias. A primeira diz respeito ao cuidado próprio, como por exemplo alimentar-se, vestir-se, Grau de dependência I: Idosos independentes que tomar medicamentos e cuidar de sua higiene. A segunda se não necessitam de cuidados especiais, podendo realizar Há ainda outro ponto de caracterização dos usuários que deve ser considerado para o desenvolvimento adequado deste projeto – os diferentes graus de dependência dos idosos. O grau de dependência diz respeito ao nível de auxílio necessário pelos indivíduos para suas atividades de vida diária (AVD), ou seja, é possível realiza-las “sem comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada” (ANVISA, 2005, p. 2).
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situação das instituições para idosos no brasil Muitas vezes, conforme a saúde dos idosos se debilita, estes já não podem mais viver sozinhos. Por isso, têm de passar a morar com familiares, contratar profissionais para assistí-los ou podem também passar a viver em uma instituição, que no geral só são procuradas por falta de opção, quando as duas primeiras possibilidades são inviáveis, por problemas familiares, condições financeiras pouco favoráveis ou motivos de saúde muito debilitada (SOARES, 2010). Temos no Brasil inúmeros tipos de instituições destinadas a idosos, que funcionam de diversas maneiras – asilos, lares de idosos, clínicas geriátricas, abrigos, casas de repouso. Foi criado o nome Instituição de Longa Permanência para Idosos como uma nomenclatura genérica com o objetivo de padronizar estas instituições. Segundo a ANVISA (2004), uma Insituição de Longa Permanência para Idosos, ILPI, tem a seguinte descrição:
das instituições para idosos, em que tudo é muito cerceado, a falta de autonomia e de integração, e o ambiente que não favorecem a criatividade e a realização de atividades, causam muitas vezes piora das condições de saúde dos residentes (SOARES, 2010). Estas normas internas são também em parte responsáveis pelo confinamento social dos idosos, que muitas vezes rompem com a comunidade e a família, tornando-se no geral reclusos e apáticos (ARAÚJO, SOUZA e FARO, 2010, p. 259). Este confinamento, que resulta na convivência diária quase exclusiva com outros residentes e funcionários pode causar ansiedade e sintomas de demência (BULLA e MEDIONDO Apud SOARES, 2010).
depressão nos idosos. Além de todos estes aspectos, há também outro fator que torna a mudança para instituições para idosos mais prejudicial: segundo CASTLE (2001), podem ser encontradas nos idosos que são forçados a se mudar – seja por motivos econômicos ou de saúde – mudanças psicológicas, sociais e de morbidade. Além disso, pode causar também sintomas de demência (BULLA e MEDIONDO apud SOARES, 2010). Afinal, como coloca SOARES (2010), “como alguém que já tem uma longa história de vida pode adequar-se simultaneamente às mudanças de seu próprio corpo, do seu status social e familiar e também de sua moradia?” (SOARES, 2010, p. 92).
O isolamento e a solidão, de acordo com pesquisas das universidades de Chicago, Brigham Young e York (OLIVETO, s.d.) são grandes causadores de doenças como depressão e hipertensão nos idosos. O dano destas condições é equivalente a fumar 15 cigarros por dia ou a ser alcóolatra. Também foi apontado que a solidão, entre os idosos, aumenta o risco de doenças coronarianas em 29% e de acidentes vasculares em 32%. De acordo com pesquisas feitas por CORREIA (2012) com idosos institucionalizados e aqueles que vivem na comunidade, a solidão está significativamente presente nas vidas dos idosos, sendo mais forte naqueles do que nestes. Estes fatos demonstram a importância de se incentivar a participação dos residentes de instituições na vida da comunidade e vice-versa.
Instituição mantida por órgãos governamentais e não governamentais, destinada a propiciar atenção integral em caráter residencial com condições de liberdade e dignidade, cujo público alvo são as pessoas acima de 60 anos, com ou sem suporte familiar, de forma gratuita ou mediante Outro aspecto importante é o fato de que as instituições remuneração. (ANVISA, 2004)
A descrição da ANVISA é muito ampla, permitindo que muitas tipologias diferentes de instituições se encaixem. Foi publicada a Resolução da ANVISA n° 283 (2005), que, em tese, atende às necessidades dos idosos e apresenta um excelente padrão de qualidade, conforme será visto no próximo capítulo, porém na realidade a maior parte das instituições não alcança este padrão.
de longa permanência podem, de acordo com a ANVISA (2005), alojar os residentes em dormitórios para até 4 pessoas. O fato de terem um quarto, mesmo que individual, e não um apartamento, tira dos idosos sua autonomia e independência. Sendo também considerado que boa parte dos residentes de instituições para idosos são independentes ou têm um grau pequeno de dependência, não há necessidade de priválos de sua individualidade e do direito de realizar atividades diárias com autonomia.
Nós temos instituições com padrão excelente, e outras que provavelmente nem poderiam funcionar. Esse talvez seja um grande problema no Brasil: a dificuldade em estabelecer um Segundo SOARES (2010, p. 99), “as regras de funcionamento se padrão. (EVANGELISTA apud OLIVETO, s.d.) antecipam à verbalização de desejos e necessidades; o idoso
O modelo de instituições para idosos no Brasil atualmente cria ambientes em que os residentes “se tornam cidadãos violados em sua individualidade, sem controle da própria vida, sem direito a seus pertences sociais e à privacidade, com relação difícil ou inexistente com funcionários e o mundo exterior” (ARAÚJO, SOUZA e FARO, 2010). O estilo de vida regrado
não se vê mais com poder de decisão sobre sua própria vida”. A autora aponta também que o fato de não poderem participar de atividades que os fazem sentir-se úteis é uma grande causa de descontentamento dos residentes de instituições. Segundo BULLA e MEDIONDO (Apud SOARES, 2010), ocupar o tempo com tarefas diárias e com atividades variadas pode diminuir a
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o exemplo do reino unido Foram estudados conceitos de habitação para a terceira idade utilizados em outros países, que já vem desenvolvendo o estudo desta tipologia há mais tempo. No Reino Unido, o cuidado com a habitação para os idosos começa com as chamadas Almshouses, que são instituições residenciais geralmente fundadas por caridades há séculos (FLETCHER, 1994, p. 325), designadas a abrigar pessoas com necessidade de habitação, por motivos variados, e continuam sendo construídas no país (V.A. PRÍNCIPE DE GALES, 2017). Eram inicialmente feitas associadas a hospitais, e normalmente com o intuito de abrigar idosos e/ou enfermos (HISTORIC ENGLAND, 2017). A primeira almshouse construída para idosos de que se tem registro é a St John’s Hospital Almshouses, de 1084, e que continua funcionando (MIDDLETON, 2001). Nesta tipologia, os residentes têm suas casas individuais, organizadas como vilas, com algumas áreas comuns, aumentando o senso de comunidade, mas mantendo sua individualidade e autonomia. Baseando-se nesta tipologia, foram desenvolvidas no Reino Unido outras formas de habitação para a terceira idade. Dentre os conceitos encontrados, dois serão utilizados como base para a elaboração deste projeto: Assisted Living e Independent Living.
Fig 5. St John’s Hospital Almshouse, Canterbury
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O Independent Living, também chamado de active adult community, retirement community, 55+ community, dentre outros, pode ser composto por casas ou apartamentos – de maneira que os residentes vivem sozinhos, mas com áreas comuns que incentivam a convivência. A independência dos idosos é o principal conceito trazido por esta tipologia. Há também a preocupação em disponibilizar alguns serviços que se tornam necessários com o tempo – porém estes não são obrigatórios, mantendo a individualidade e identidade dos idosos. Alguns destes serviços são refeições (porém há cozinha nas casas, de maneira que os residentes podem decidir se irão utilizar o serviço ou não), segurança, atividades diversas e eventos, limpeza das casas, transporte para consultas, mercado, banco, etc. O Assisted Living oferece um nível maior de assistência, mas ainda garantindo a independência dos residentes. Normalmente se organizam em apartamentos, que podem ter ou não cozinhas. Há uma preocupação maior com a segurança, visto que os residentes deste tipo de instituição no geral têm as condições de saúde piores que aqueles que optam pelo independent living. Além dos serviços oferecidos por aquele, este costuma também disponibilizar serviços de lavanderia, auxílio com as medicações e assistência nas Atividades de Vida Diária. Há também um outro fator importante: a presença de enfermeiros 24h.
especificidades legais As leis que se referem aos idosos e às tipologia das Instituições de Longa Permanência para Idosos que se aplicam são respectivamente o Estatuto do Idoso – Lei n° 10.741 de 1° de outubro de 2003 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013) e a Resolução de Diretoria Colegiada RDC n° 283, de 26 de setembro de 2005 (ANVISA, 2005). O Estatuto do Idoso trata dos cidadãos com 60 anos ou mais, e garante (Título I – Disposições Preliminares) os direitos básicos – como à vida, saúde, cultura, liberdade e dignidade, por exemplo – como responsabilidade da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público. No Título II (Direitos Fundamentais), o Capítulo I – do Direito à Vida, Artigo 9°, reforça a responsabilidade do Estado sobre efetivar “políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável em condições de dignidade” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013, p. 10). Os capítulos seguintes tratam, respectivamente, do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade; dos Alimentos; à Saúde (que reforça o acesso do idoso ao Sistema Único de Saúde); da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (com a particularidade de que estas atividades devem respeitar sua condição de idade, bem como a garantia de descontos de pelo menos 50% sobre os preços das atividades de cultura e lazer); da Profissionalização e do Trabalho (também sendo respeitadas as suas condições particulares de idade); da Previdência Social e do Transporte. O Capítulo VIII – da Assistência Social garante que os idosos com mais de 65 anos que não tenham condições financeiras de se sustentar têm direito a um salário-mínimo. Também neste capítulo são definidos alguns aspectos com relação à firmação de contrato entre o idoso e entidades de longa permanência – o custeio destas não poderá exceder 70% do benefício previdenciário do idoso. O Capítulo IX – da Habitação apresenta no Art. 37 que “o idoso tem direito a moradia digna, no seio da familia natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013, p. 25). Garante ainda que devem ser mantidos os padrões adequados nas instituições
em questão, com a obrigatoriedade de prover alimentação regular e higiente. Por fim, exige que 3% das unidades residenciais de todos os programas públicos ou subsidiados devem ser dedicadas a idosos. Em seguida, é apresentado o Título III – das Medidas de Proteção; e o Título IV – da Política de Atendimento ao Idoso. Neste, o Capítulo II se refere às Entidades de Atendimento ao Idoso, e no Artigo 49 são apresentados os princípios que devem ser mantidos em todas estas instituições: “I - preservação dos vínculos familiares; II - atendimento personalizado e em pequenos grupos; III - manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de força maior; IV - participação do idoso nas atividades comunitárias, de caráter interno e externo; V - observância dos direitos e garantias dos idosos; VI - preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambiente de respeito e dignidade” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013, p. 33).
de atender às normas gerais, estas apresentem duas portas de acesso, no mínimo; pisos de fácil limpeza e conservação com mecanismo antiderrapante; rampas e escadas que atendam à NBR 9050, com no mínimo 1.20m de largura; circulações internas com largura mínima de 0.80m, com corrimões quando necessário. Especifica ainda que as portas devem ter no mínimo 1.10m de largura, sem uso de trancas ou chaves e que o peitoril das janelas e guarda-corpos devem ser iguais ou maiores que 1.00m. No subitem 4.7.7, a Resolução traz as dimensões mínimas dos dormitórios e banheiros das instituições. Em seguida, são trazidos os ambientes que devem existir nestas instituições, sendo apresentadas algumas áreas mínimas: salas de atividades coletivas, salas de convivência, banheiros coletivos, espaço ecumênico, sala administrativa, refeitório, cozinha, despensa, lavanderia, guarda de roupas de uso coletivo, almoxarifado, guarda de material de limpeza, vestiário e banheiro para funcionários, lixeira externa, e área de convivência externa.
Os títulos finais tratam dos seguintes temas: Título V – do Acesso à Justiça; Título VI – dos Crimes; e Título VII – Disposições Finais e A Resolução traz ainda os seguintes itens: 5 – Processos Operacionais; 6 – Notificação Compulsória; 7 – Monitoramento Transitórias. e Avaliação do Funcionamento das Instituições e 8 – Disposições Outro documento importante para as condicionantes legais deste projeto é a RDC n° 283 da ANVISA (2005), que estabelece um padrão a ser seguido pelas Instituições de Longa Permanência para Idosos – sejam estas moradias coletivas governamentais ou não, e destinadas a pessoas com 60 anos ou mais, com ou sem suporte familiar. Além de apresentar algumas definições (como a do grau de dependência já apresentado neste projeto), no ítem 4 – Condições Gerais, assegura que as instituições devem garantir o direito de liberdade, preservar a privacidade e a identidade do idoso, assegurando dignidade e respeito na instituição. Ainda neste capítulo, exige ambiência acolhedora, convivência entre os idosos de diferentes graus de dependência e integração dos idosos nas atividades da comunidade e com pessoas de outras gerações. Estabelece, ainda, que a autonomia deve ser estimulada, e que devem ser promovidas atividades de lazer – físicas, recreativas e culturais – para os idosos. A Resolução trata ainda da organização das ILPIs e seus Recursos Humanos – como a quantidade adequada de funcionários para tratar adequadamente os residentes. Quanto à estrutura física das instituições, a Resolução exige que, além
especificidades técnicas e tecnológicas Atualmente, há uma crescente preocupação com o design universal, que consiste em projetar uma arquitetura para todos. Neste caso específico, a preocupação com a acessibilidade é maior, mas deveria estar presente em todas as novas construções. A Norma que se refere à acessibilidade é a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). Esta norma traz as dimensões mínimas necessárias para se projetar espaços acessíveis e adequados para todos os usuários – ou seja, que permita o uso confortável e seguro dos ambientes pelos idosos e portadores de necessidades especiais, bem como qualquer público. A norma em questão será utilizada como base para a elaboração deste projeto.
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Referências Para este projeto, foram selecionadas algumas referências arquitetônicas, divididas em três categorias – sendo possível um edifício se encaixar em mais de uma categoria. Referências de conceito, visão e tratamento dos idosos; Referências de tipologia, pelo plano de necessidades, organização e distribuição das funções; Referências de linguagem arquitetônica, pela forma e vocabulários arquitetônicos
Fig 6. Maquete do conjunto Steepleton Retirement Community, Proctor and Matthews Architects
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Steepleton Retirement COmmunity proctor and matthews architects tetbury, inglaterra Referência de conceito e tipologia
Fig 7. Implantação do conjunto
O conjunto residencial para idosos se inspira no conceito das almshouses tradicionais, organizando-se em torno de pátios, que transmite um senso de comunidade e segurança, promovendo a convivência dos residentes. Os apartamentos do conjunto têm um ou dois quartos, cozinha, sala e banheiro, além de espaço externo para armazenamento. Os apartamentos têm paredes flexíveis, para se adaptar às circunstâncias. Há um edifício central, chamado de village hall, com as áreas comuns que incluem um restaurante, uma área de vivência, academia, piscina, além dos jardins onde os residentes podem trabalhar. Todo o projeto é feito levando em consideração o contexto arquitetônico e a acessibilidade. (PROCTOR AND MATTHEWS, s.d.). Fonte das imagens: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirementcommunity Fig 9. Imagem do projeto
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Fig 8. Maquete do conjunto
Fig 10. Planta do conjunto
Fig 11. Maquete de um dos blocos do projeto
Fig 12. Imagem do projeto
Fig 13. Corte do projeto
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chapter house procctor and matthews architects Lichfield, inglaterra Referência de conceito e tipologia
O conjunto residencial para idosos se localiza em uma cidade repleta de arquitetura medieval, sendo o local do projeto um ponto onde um dia existiu um mosteiro franciscano que foi demolido em 1500. Em referência à arquitetura local, o conjunto se desenvolve em torno de um pátio central. É composto por apartamentos de um e dois quartos, de tamanhos variados, com sala, cozinha e banheiro. Há também uma área de vivência no centro do conjunto, bem como um quarto de visitas, uma cozinha comum bem ampla (onde os residentes podem organizar grandes refeições com visitantes) e grandes áreas verdes para jardinagem, onde os residentes podem trabalhar. Todas as áreas são projetadas tendo acessibilidade como base. (PROCTOR AND MATTHEWS, s.d.) Fonte das imagens: https://www.proctorandmatthews.com/project/chapter-house
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Fig 14. Planta de situação do projeto
Fig 15. Planta baixa do projeto
Fig 16. Maquete do projeto
Fig 19. Imagem do projeto
Fig 17. Imagem do projeto
Fig 18. Imagem do projeto
Fig 20. Imagem do projeto
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Hogeweyk Dementia Village mbvda hogeweyk, holanda Referência de conceito
Fig 21. Desenho esquemático do conjunto
Com o intuito de ativar a memória dos residentes, todos com demência, e incentivá-los a permanecer ativos, a vila é desenvolvida como uma pequena cidade, com elementos típicos das cidades holandesas. É composto por casas com em torno de seis residentes em quartos individuais, agrupados de acordo com seu estilo de vida. Há sete diferentes estilos de vida – como urbano, artesanal, cristão, etc. Há também restaurantes, supermercado, lojas, salão de beleza, teatro, centro comunitário e áreas de cuidados com a saúde – como alas médicas e de fisioterapia. Por ser um complexo fechado e seguro, os residentes podem transitar livremente por toda a vila, o que ajuda no seu tratamento. (MBVDA, s.d.) Fonte das imagens: https://hogeweyk.dementiavillage.com/en/openbare-ruimte/
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Fig 23. Maquete do conjunto
Fig 22. Foto do conjunto
Lar de idosos peter rosegger dieter wissounig architekten graz, áustria Referência de tipologia e linguagem arquitetônica
Fig 24. Foto do edifício
Fig 25. Planta baixa do edif[icio
O edifício residencial conta com oito habitações para 13 residentes (em quartos individuais) e um enfermeiro, com cozinha e área de jantar, distribuídas em torno de átrios, jardins e várias áreas comuns. Cada habitação tem um conceito de cores, para facilitar a orientação dos residentes. Os apartamentos são organizados de maneira a manter o enfermeiro a uma pequena distância de todos. O principal material utilizado é a madeira, que em conjunto com a grande quantidade de luz natural, tornam o ambiente mais aconchegante. (PEDROTTI, 2014) Fonte das imagens: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-roseggerdietger-wissounig-architekten Fig 27. Foto do edifício
Fig 26. Foto do edifício
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central london almshouse witherford watson mann londres, inglaterra Referência de conceito e tipologia
Fig 28. Implantação do edifício
Fig 29. Imagem do projeto
Fig 30. Imagem do projeto
Fig 31. Imagem do projeto
Projetada com o intuito de balancear independência e coletividade, se adaptando ao século XXI, esta almshouse tem o objetivo de manter a conexão com a vida urbana, incentivando a troca de conhecimentos entre os residentes e a comunidade. Por isso, foram feitas as áreas comuns no térreo, voltadas para a rua, com o intuito de convidar a comunidade para participar das atividades – há um café, aulas de culinária, sala de artesanato, salão de beleza, sala de vivência. Todos os apartamentos se voltam para os jardins (dos quais os residentes cuidam). (SANTOS, 2016) Fonte das imagens: http://www.archdaily.com/780345/central-london-almshouse-promotessociability-for-the-elderly
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Hiléa - centro de vivência e desenvolvimento para idosos aflalo & gasperini são paulo, brasil Referência de conceito
Fig 32. Foto do edifício
Fig 33. Foto do edifício
O edifício procurou unir as funções de hotel, residência e clube, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos idosos na zona Sul de São Paulo. Era especializado em idosos com demência, contendo várias referências à arquitetura do passado. O edifício conta com restaurante, sala de reuniões e festas, sala de vivência, praça, jardins, piscina, sauna, academia, salas de fisioterapia, ateliê de pintura, salão de beleza e uma UTI. Os idosos podem morar neste estabelecimento, hospedarse por um período curto ou apenas passar o dia. (VALPORTO, 2009) Como o custo da instituição era muito elevado, acabou sendo fechada poucos anos após sua inauguração. Fonte das imagens: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/180/a-vida-semlimitacoes-hilea-sao-paulo-de-aflalo-128077-1.aspx Fig 34. Foto do edifício
Fig 35. Foto do edifício
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orpea grupo orpea presentes em 10 países Referência de conceito
Fig 37. Imagem de um projeto do grupo
Esta rede de habitação para idosos encontra-se em vários países do mundo. Seus objetivos são os seguintes: humanização, enfoque multidisciplinar, pesquisa e qualidade de vida. Os edifícios contam com enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, dentre outros. Há vagas para moradia e para centro de dia. Há a opção de morar em apartamentos ou quartos individuais ou coletivos. Com o intuito de permitir a independência e autonomia dos residentes, estes podem comer nos restaurantes ou podem cozinhar em seus apartamentos. Já a limpeza é responsabilidade da instituição. Há um equilíbrio entre promover a autonomia e prestar assistência. Cada centro possui diversas áreas comuns, além do apoio dos profissionais de saúde. (ORPEA, s.d.) Fonte da imagem: https://orpea.es/quienes-somos/
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Fig 36. Localização do grupo na Europa
Fig 38. Imagem de um projeto do grupo
Referências arquitetônicas
Fig 39. Tehran Picture Agency
Fig 40. Galeria La Tallera, Frida Escobedo
Fig 42. Edifício Nemasus, Jean Nouvel
Fig 43. Edifício Nemasus, Jean Nouvel
Fig 41. Galeria La Tallera, Frida Escobedo
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Referências arquitetônicas
Fig 45. Elderly Housing Project, Peter Zumthor Fig 46. Pousada The Dreamcatcher
Fig 44. NoXX Apartments, CM Architecture
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Fig 47. Ministério da Educação e Saúde
Fig 48. Habitação Social em Antibes, Atelier PIROLLET Architectes
referências arquitetônicas
Fig 49. MD Housing, VA Studio
Fig 50. SEHAB Heliópolis, Biselli Katchborian Arquitetos
Fig 51. Hospital, Herzog & de Meuron
Fig 52. Parque Guinle, Lucio Costa
Fig 53. Parque Guinle, Lucio Costa
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PARTE II
Conceitos e Diretrizes
independência
Assistência
residencial
integração
Apartamentos Áreas comuns Quartos de Hóspedes Cozinha e sala de jantar (visitas) Átrios e Jardins Recepção/controle
atividades Artes e Artesanatos Workshops Aulas Palestras Atividades físicas Pequenos comércios Salas de leitura
bem estar
humanização saúde Medicina Psicologia Fisioterapia Nutrição Terapia ocupacional Assistência social Farmácia Enfermagem
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sustentabilidade
biofilia
A Proposta Levando em consideração todos os aspectos trazidos neste plano de trabalho, propõe-se o seguinte objeto de estudo: um novo modelo de habitação coletiva para idosos, respeitando sua individualidade, independência, autonomia e dignidade. Não está sendo proposta uma nova Instituição de Longa Permanência para Idosos, mas um lar, em um edifício residencial, onde podem permanecer conforme sua saúde se deteriora, com o apoio necessário. O modelo poderia ser utilizado como base para a criação de outras habitações para idosos em outros lugares, sempre ligado a uma Universidade - este projeto de diplomação propõe a elaboração de uma unidade em Brasília. Esta residência será destinada prioritariamente a professores e servidores aposentados da Universidade de Brasília, quando já não puderem mais morar na Colina. Conforme o esquema apresentado ao lado, o modelo tem três esferas que se relacionam - a esfera residencial, a de atividades e a de saúde. A área residencial se organiza de forma a criar um senso de comunidade dentro do conjunto. Propõe-se que o sistema utilizado no conjunto seja o de aluguél - vale lembrar que o preço estipulado deve ser condizente com o valor que professores e servidores aposentados têm condições de pagar, sendo os idosos protegidos por lei e não podem usar mais de 70% de suas aposentadorias com sua habitação, no caso incluindo todos os serviços oferecidos - alimentação, limpeza, serviço de cuidador, saúde e atividades, etc. Foram projetados quatro tipos diferentes de apartamentos, para que os residentes possam escolher o tipo que melhor se encaixa com seu perfil e estilo de vida. Em todos os casos, porém, as áreas sociais não são muito amplas. A necessidade de grandes salas e cozinhas para eventos familiares, por exemplo, ou quartos de hóspedes para visitas ocasionais pode ser suprida pelas áreas comuns - grandes cozinhas e salas de jantar para eventos e comemorações, e quartos de hóspedes onde familiares e amigos dos residentes podem se hospedar quando vierem visitá-los. Optou-se por este tipo de organização a fim de diminuir os custos dos idosos em questão
com ambientes sub-utilizados. Ainda na área residencial (de acesso restrito somente a residentes, funcionários e visitantes), há outras áreas comuns, como salas de leitura, de jogos, de televisão, etc.
comerciais, que possam satisfazer as necessidades dos residentes, como por exemplo, lanchonetes, cafés, bares, farmácias, mercados, etc. Estas poderiam, claro, ser utilizadas por outros membros da comunidade local. Como são localizadas no térreo, servem também para trazer olhos para as ruas e manter o movimento, proporcionando mais segurança para os transeuntes. Além das áreas comerciais do térreo, são propostas salas para escritórios, onde os próprios residentes ou outras pessoas podem estabelecer suas salas comerciais, cujo aluguél tornaria o complexo economicamente viável.
O complexo irá contar com profissionais e estudantes da área de saúde – medicina, farmácia, enfermagem e fisioterapia, além de psicologia, nutrição, terapia ocupacional e assistência social. São propostos consultórios médicos, com especialidades sendo alternadas de acordo com o dia da semana, por exemplo, além de consultórios de psicólogos, salas de fisioterapia, farmácia, etc. Por ser ligada à Universidade, a Em termos de funcionamento, propõe-se que a área de saúde instituição funcionaria como um Hospital-Escola, em parceria seja exclusiva para os residentes do conjunto, enquanto as áreas comerciais e de atividades possam ser usufruídas pela com o Hospital Universitário de Brasília. comunidade local. Por exemplo, os sócios da Fundação da Dessa maneira, os residentes teriam todo o apoio necessário Universidade de Brasília poderiam participar das atividades, conforme seu grau de dependência aumenta - com preferência enquanto outras pessoas poderiam participar mediante taxa para o atendimento longitudinal, favorecendo a criação específica, incentivando a troca de experiências nas atividades. de vínculos entre o profissional e o paciente. A Universidade também se beneficiaria do acordo, visto que passaria a dar O principal objetivo desta proposta é combinar a independência com a assistência, criando uma moradia completa que busca maior experiência para os estudantes. aumentar a qualidade de vida de idosos. Por fim, o complexo proposto também contará com alas de atividades, com áreas comuns abertas à comunidade, onde acontecerão atividades educacionais e de lazer, também em parceria com a Universidade de Brasília, nas áreas de Artes Visuais, Música, Educação Física, etc. Estas áreas públicas têm o objetivo de manter o vínculo dos idosos com a comunidade, evitando sua reclusão. Segundo a OMS, muitas vezes se assume que os idosos são frágeis e dependentes, tornando-se um fardo para a sociedade, quando na verdade têm muitos conhecimentos a serem repassados e têm muito a contribuir com a comunidade. Por isso, se propõem atividades como palestras, aulas, workshops de temas variados em que os residentes participem, lecionando ou aprendendo, e exercitando corpo e mente. Também na área pública, são propostas pequenas áreas
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subclasse
grupo
classe
Atividades de assistência a idosos, deficientes físicos, imunodeprimidos e convalescentes, e de infra-estrutura e apoio a pacientes prestadas em residências coletivas e particulares Atividades de assistência a idosos, deficientes físicos, imunodeprimidos e convalescentes prestados em residências coletivas e particulares
Fig 54. AP10 UP7
38
87.11-5/02
Instituições de longa permanência para idosos 9sem condições econômicas, asilos)
87.11-5/03
Atividades de assistência a deficientes físicos, imunodeprimidos e convalescentes
87.11-5/04
Clínicas e residências geriátricas (para idosos sem condições de saúde ou que não querem morar sozinhos)
Centros de apoio a pacientes com câncer e com AIDS
87.11-5/05
87.11-5/01
87.11-5
Dentro do uso institucional, é permitida a atividade 87-Q – atividades de atenção à saúde humana integradas com assistência social, prestadas em residências coletivas O setor é composto por grandes módulos de uso institucional e particulares. Dentro desta categoria, são permitidas as e de serviços, de caráter regional, e localizados no terreno de subclasses apresentadas na tabela ao lado. maneira a apresentar taxa de ocupação e gabarito baixos. Outro ponto importante a ser observado é a questão do Os parâmetros urbanísticos específicos desta área são os fluxo dentro deste terreno, por onde passam principalmente referentes à Área de Preservação 10, Unidade de Preservação estudantes a caminho da Universidade de Brasília. Por ser 7 (conforme mostrado no mapa ao lado). A taxa de ocupação desocupado, muitas vezes estes alunos passam por situações do lote é de 40%, de forma que o subsolo pode ocupar 50%, em que sua segurança é comprometida. devendo haver uma taxa de área verde mínima de 30%. O afastamento mínimo de todas as divisas é de 5m, o coeficiente de aproveitamento é de 1 e a altura máxima da edificação é de 12.5m, excluídas a caixa d’água e casa de máquinas (SEGETH, 2014)
Atividades de atenção à saúde humana integradas com assistência social prestadas em residências coletivas e particulares
87.1
Nestes lotes, são permitidos alguns usos industriais, comerciais, de prestação de serviços e institucionais (SEGETH, 2014).
87-Q
O terreno escolhido para o desenvolvimento deste projeto encontra-se, como apontado nos mapas abaixo, entre as vias L2 e L3 Norte, no Setor de Grandes Áreas Norte, SGAN 606. Os mapas a seguir apresentam algumas das informações necessárias sobre o terreno em questão.
atividade
Localização
denominação
Condomínios residenciais para idosos
Fig 55. Tabela de uso institucional
mapa de cheios e vazios ESC. 1:15000
39
mapa de uso do solo ESC. 1:15000 uso residencial ● uso institucional ● uso comercial ●
40
40
mapa de ciclovias e transporte público ESC. 1:15000 ● linhas de ônibus ● ciclovias
41
mapa de gabarito ESC. 1:15000 1 pavimento ● 2 pavimentos ● 3 pavimentos ● 4 pavimentos ● 7 pavimentos ●
42
mapa do terreno frequência
ESC. 1:5000 Área total do terreno: 29 820 m² primavera ● curvas de nível (1m) curvas mestras (5m) fluxo frequente de pedestres
verão●
acima de 25 °C ●
outono●
20 °C a 25 °C ●
inverno ●
14 °C a 20 °C ●
ponto de ônibus
43
uso do terreno ESC. 1:1500
44
faixa de pedestres
limites dos lotes
curvas de nível
afastamento mínimo do lote
fluxo frequente de pedestres
proporção da taxa de ocupação
ponto de ônibus
proporção de área verde mínima
Área total do terreno: 29 820 m² Taxa de ocupação máxima (térreo): 11 928 m² Área verde mínima: 8 946 m²
fotos do terreno
Fig 56. Fachada voltada para a L2
Fig 57. Fachada voltada para a L2
Fig 58. Caminho entre ponto de Ă´nibus e faixa de pedestres
Fig 59. Caminho entre ponto de Ă´nibus e faixa de pedestres
Fig 60. Fachada voltada para a L2
Fig 61. Fachada entre L2 e L3
Fig 62. Abertuda na grade entre L2 e L3, hoje bloqueada
Fig 63. Fachada do terreno voltada para a L3
Fig 64. Abertura na grade voltada para a L3, hoje bloqueada
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Diretrizes Gráficas formato que favorece o senso de comunidade e a integração. O contato visual entre os residentes funciona como uma rede de segurança, e não vigilância.
átrios controlados, onde mesmo os residentes mais dependentes podem passear livremente, com segurança e certa independência.
46
átrio central com jardins que favorecem a biofilia e bem estar. Cultivo de hortas, flores e pomares, onde os residentes podem praticar a jardinagem, servindo como terapia ocupacional. Poder observar os jardins de seus apartamentos também aumenta o bem estar dos residentes.
áreas comuns e salas de atividades, favorecendo a conexão e integração entre os residentes e incentivando-os a permanecer ativos - como por exemplo, salas de leitura, ateliês de artes, salas de costura, aulas de culinária e de música, prática de pilates, ioga, etc..
atividades abertas ao público para favorecer a integração com a comunidade local
apartamentos, e não quartos, para favorecer a independência e individualidade plantas flexíveis nos apartamentos para se adaptar às necessidades com o tempo
o, n e r r e t o ed v i l c e d o vel í a s s o t e i c e a p s o e r mod e d o o tratand
áreas comuns para visitas que favorecem a conexão e vínculo com familiares e amigos.
conexão entre o edifício de assistência de saúde e o hospital da universidade
h
H 47
Desenvolvimento do partido - storyboard
48
Os esquemas ao lado mostram o desenvolvimento do partido e as mudanças mais significativas ao longo da disciplina. A primeira imagem mostra o resultado dos estudos em Projeto de Diplomação 1, que foram então modificados após estudos mais aprofundados e significativas contribuições da banca. Optou-se, a partir do segundo esquema, por tirar partido do declive do terreno e propor blocos perpendiculares às curvas de nível, mas que fossem conectados a partir de um nível superior. A principal intenção por trás dessa proposta era garantir a segurança dos residentes por meio da separação dos diferentes fluxos presentes no complexo. O formato dos blocos, bem como o tipo de ligação entre eles foi sendo modificado até, por fim, se adaptar a uma malha que foi usada para moldar os dois esquemas finais, representados ao lado. Inicialmente, pensou-se que seriam necessários dois edifícios, além dos blocos residenciais - um para as atividades abertas à comunidade, comércio e escritórios, e outro para as áreas de saúde. Então, no esquema final, concluiu-se que apenas um andar de um bloco maior seria necessário para a área da saúde, enquanto os dois andares superiores poderiam ser usados para escritórios. As atividades abertas à comunidade foram então distribuídas no térreo dos blocos residenciais. Sendo assim, o esquema final mostra a disposição dos blocos no projeto - três blocos residenciais que se organizam em torno de átrios com jardins internos, conectados por passarelas que separam os fluxos e um quarto bloco que abriga as funções de saúde e comércio (com fluxos e acessos separados), atendendo aos conceitos e diretrizes propostos desde o início do processo.
blocos residenciais bloco de saúde comércio e atividades área verde
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Programa de Necessidades área residencial
área (m²)
área de administração e apoio
área (m²)
►Apartamentos ► ●quarto ● 11 - 15 m² ●sala ● 15 - 18 m² ●cozinha ● 7 - 10 m² ●banheiro ● 6 - 7 m² ●varanda ● 6 - 11 m² ●lavabo ● (5 m²) ►Circulação ► ►Entrada ► principal (recepção, correio, etc.) TOTAL (188 unidades)
54 - 90
►Administração ► ●Almoxarifado ● ●Banheiro ● ●Direção ● ●Secretaria ● ►Instalações ► ►Lixo ► ►Circulação ► TOTAL
40
área COMUM PARA RESIDENTES
área (m²)
►Área ► de vivência ●Sala ● de jantar ●Salas ● de vivência (jogos, televisão, etc.) ●Sala ● de leitura ●Cozinha ● ●Restaurante ● ►Quarto ► de hóspedes TOTAL
área comum aberta
►Salão ► multiuso 50 - 150 m² (aulas, palestras, eventos, filmes, etc.) ►Comércio ► ●Restaurantes, ● bares ou cafés 20 - 50 m² ►Ateliê ► de pintura 60 - 70 m² ►Ateliê ► de costura e artesanato 50 - 70 m² ►Sala ► de música 40 - 55 m² ►Cinema ► ►Sala ► de dança ►Circulaçõ ► TOTAL
50
40 11394 m²
50 - 70 40 - 70 40 - 50 20 - 30 80 - 100 50 1806 m²
área (m²) 90
360 137 127 95 50 98 960 m²
COMÉRCIO
►Salas ► ►Térreo ► (C) ►Circulação ► TOTAL
área de saúde
8 m² 8 m² 10 m² 10 m² 20 20 100 m² 30 - 90 m² 40 - 90 m²
►Recepção ► e sala de espera ►Sala ► de fisioterapia 70 m² ►Consultório ► médico 16 m² ►Enfermaria ► 70 m² ►Consultório ► psicólogo 16 m² ►Dispensário ► ►Sala ► de funcionários ►Copa ► ►Vestiário ► de funcionários ►Banheiro ► para pacientes ►Sala ► para limpeza e esterelização ►Quartos ► para enfermeiros 50 m² (junto à área residencial) ►Circulação ► TOTAL
área (m²) 1500 1150
3060 m²
área (m²) 75 140 100 140 100 17 70 17 22 20 23 165
965 m²
PROJEÇÃO DE ÁREA CONSTRUÍDA: 9 624 M² ÁREA CONSTRUÍDA: 38 073 M² ÁREA permeável: 19 676 M²
residentes (a pé)
vista para:
Fluxograma
ambulância
funcionários (a pé)
*
funcionários (carro)
controle eletrônico por meio de cartão ou similar
sócios e usuários (a pé)
L2 , L3 OU PRAÇA L2 OU L3
*
RECEPÇÃO
ÁTRIO
GARAGEM
APARTAMENTOS
residencial
residentes (carro)
QUARTOS DE ENFERMEIROS DE PLANTÃO
QUARTOS DE HÓSPEDES SALA DE JANTAR E COZINHA COMUM
PASSARELAS
ÁREAS DE VIVÊNCIA (jogos, leitura, TV, etc.)
RECEPÇÃO / ESPERA
ESTERILIZAÇÃO
COPA
VESTIÁRIO
L2, L3
FISIOTERAPIA GARAGEM CONSULTÓRIOS
SALA DE FUNCIONÁRIOS
*
saúde
BIBLIOTECA
L2
ENFERMARIA HUB
L2 , L3 OU PRAÇA
ESCRITÓRIOS
ATELIÊS WORKSHOP
atividades
DISPENSÁRIO
COMÉRCIO EXTERNO PILATES RECEPÇÃO
CINEMA SALA DE DANÇA
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Memorial Descritivo Apoiando-se em pesquisa sobre os tipos de habitação para idosos existentes, a situação de habitação deste grupo no Brasil e as características específicas dos usuários, foi proposto o complexo Co-Habitat aqui apresentado. Uma das principais preocupações foi a combinação entre independência e assistência, com especial atenção para a segurança dos residentes. O complexo propõe que não hajam alas separando os diferentes graus de dependência de idosos, mas os residentes permaneçam em seus apartamentos, que podem se adaptar às necessidades que surgem com o tempo. Desta forma, optou-se por tomar partido do declive do terreno para criar diferentes níveis, facilitando o controle de acesso, enquanto há a ligação entre os blocos, permitindo uma maior sensação de liberdade para aqueles que não podem sair sem supervisão. Sendo assim, foram criados três térreos ao longo do terreno (A, B e C), onde há recepções para o controle, permitindo a entrada dos residentes e seus amigos e familiares. O térreo mais alto (nível A), nível da via L2, cruza todo o complexo e conecta os prédios por meio de uma passarela que passa acima da praça formada no espaço público entre os blocos. Este seria o nível principal, onde há também uma grande área aberta (separada da área pública pelo desnível, e não por muros), uma horta, o restaurante para os residentes, um salão de festas e outras áreas comuns. O nível térreo B (nível da praça no centro do complexo) é o que abriga as atividades abertas ao público. Três recepções levam aos três blocos residenciais e às salas das atividades. O esquema proposto é que estas atividades funcionem como parte da Fundação da Universidade de Brasília – ou seja, poderia haver uma taxa para a participação de membros da comunidade local em aulas e atividades, com desconto para os professores e alunos da Universidade, incentivando a integração dos residentes com a comunidade e evitando sua reclusão. No pilotis do quarto bloco, há área para restaurantes, bares, lanchonetes e cafés. No nível térreo C, nível da via L3, há mais duas recepções e áreas de comércio de tamanhos variados, onde podem ser instaladas lojas, mercados, farmácias,
52
etc. As áreas comuns aos residentes são espalhadas pelo O formato dos edifícios foi desenhado em três malhas complexo, incentivando os moradores a frequentar os outros sobrepostas – paralelas ao terreno, ao Norte e às vias da UnB. As fachadas foram estudadas a fim de entender as melhores blocos, não somente aquele onde vivem. soluções para cada uma. Nos blocos residenciais, o corredor Os três blocos residenciais se organizam em torno de átrios, que conecta os apartamentos é usado como um grande onde há um grande jardim. Dentro destas amplas áreas verdes, brise-soleil que protege a fachada do sol menos favorável. Na há áreas de estar, tornando o espaço aconchegante para fachada mais favorável, há varandas nos apartamentos (solução os residentes. Em cada um destes blocos, há a árvore que dá que permite sombreamento das fachadas e ventilação mesmo nome ao bloco (Jacarandá-mimoso, Flamboyant e Paineira quando chove), e prateleiras de luz, que promovem melhor branca). O quarto bloco, de Saúde e Comércio, tem uma iluminação dos ambientes – a luz difusa é espalhada pelo árvore de Magnólia no centro, que também lhe dá seu nome. apartamento, enquanto na parte de baixo da janela, funciona Neste bloco encontra-se a área de saúde no nível térreo A, como brise-soleil que protege a fachada da iluminação direta ligado aos blocos residenciais. Nos dois pavimentos acima em horários críticos. Assim, a ventilação e iluminação podem ser deste encontram-se as salas para escritórios e áreas comerciais, controladas pelo usuário, permitindo maior conforto térmico e visual. Todos os apartamentos permitem a ventilação cruzada, que têm acesso separado. a partir do uso de janelas altas e portas com bandeiras. O tipo A área residencial do complexo é composta por apartamentos de vedação também foi escolhido levando em consideração totalmente acessíveis, de um e dois quartos, com sala ampla, o conforto e a sustentabilidade. As paredes serão de light cozinha, banheiro e varanda. A sala de todos os apartamentos steel frame, com preenchimento interno de cortiça expandida foi projetada de maneira a permitir sua transformação, conforme e revestimento externo de placas de cortiça. O material tem se faz necessário, em um pequeno quarto para cuidador. produção industrial e natural, cujo processo é carbonoForam projetados quatro tipos de apartamentos, para que os negativo, e apresenta excelente desempenho térmico. residentes possam escolher o tipo que melhor se encaixa com A estrutura do edifício é metálica, permitindo construção rápida seu perfil e estilo de vida. e com pouca produção de resíduos no canteiro de obras. Os Dentre as áreas comuns espalhadas pelo edifício, há quartos pilares e vigas são em I, e as lajes são em steel deck. As vigas de hóspedes e amplas salas de jantar e cozinha, que podem de bordo ficam aparentes – deve ser levada em consideração ser usados pelos residentes quando receberem amigos e família. a utilização de tinta especial de proteção contra incêndio –, Assim, estas áreas não são mais necessárias nos apartamentos, fazendo a marcação horizontal do edifício. diminuindo os custos dos residentes. Outro ponto importante é que alguns serviços são fornecidos no complexo, mas não Os blocos terão dois tipos de cobertura – teto verde, e cobertura são obrigatórios – por exemplo, há um restaurante para os com telha termoacústica. A primeira acontece nas partes mais residentes que não querem ou não podem cozinhar, mas todos baixas dos edifícios residenciais. O tipo de teto verde escolhido têm liberdade para cozinhar em seus próprios apartamentos, conta com um reservatório para água da chuva abaixo da caso queiram. Da mesma forma, a assistência se encontra camada de vegetação, que serve para a irrigação do próprio também nos quartos de enfermeiros de plantão distribuídos teto verde e de outras áreas verdes do complexo. No restante pelos edifícios residenciais (um apartamento com três quartos da cobertura, é usada a telha termoacústica acima da laje, e em cada bloco), trazendo segurança e tranquilidade sem as calhas captam a água da chuva, que é então levada para um reservatório subterrâneo, após passar por um filtro. Então, a invadir a privacidade e individualidade dos moradores.
Isométrica do Complexo água é bombeada para uma caixa d’água na cobertura, e a uma praça, no centro, onde podem acontecer feiras e outras partir de então tem diferentes usos – como irrigação, lavagem atividades abertas, assim como uma área verde em frente à escola, e caminhos confortáveis e seguros que cruzam o terreno. de roupas, etc. Estes são acompanhados por jardins e árvores, escolhidas com Houve grande cuidado com a área pública, visto que o fluxo o intuito de haver espécies floridas a maior parte do ano. Estes que conecta o ponto de ônibus da via L2 à UnB é muito forte, e jardins com forrações são jardins de chuva. As espécies que os o caminho muitas vezes se mostra perigoso para os transeuntes. compõem fazem com que a água das chuvas fique retida no Por isso, buscou-se favorecer este fluxo, bem como a conexão jardim e seja parcialmente (ou totalmente) absorvida pelo solo, com o Centro Educacional da Asa Norte (CEAN). É proposta evitando que o sistema de drenagem fique sobrecarregado.
O desnível do terreno deve ser adaptado para que a água seja levada para os jardins de chuva, melhorando seu desempenho. Para evitar possíveis danos à fundação dos edifícios por causa da umidade do solo, a lateral do jardim se comporta como a de uma biovaleta, havendo uma parede de concreto que impede a passagem da umidade.
53
0 0
5
10 m
5m
Planta de Situação
esc. 1:1000
54
0
0
5
10 m 5m
5
10 m
0
5
10 m
esc. 1:1000
S
Planta de Anรกlise Solar
0
55
0
5
10 m
transeuntes
acesso Ă s atividades
residentes no nĂvel A
ambulâncias
veĂculos (residentes e visitantes)
esc. 1:1000
Planta de fluxos
acesso
via L3 norte
via L2 norte
acesso
cean
56
acesso
acesso
acesso acesso
casa thomas jefferson
0
5
10 m
5
10 m
malha paralela ao Norte
malha paralela ao terreno
malha paralela Ă s vias da UnB
0
5
10 m
esc. 1:1000
Malhas
0
57
0
5
10 m
0
esc. 1:1000
Planta de Paisagismo Pisos e Forração
Fig 65. Mostarda da Índia Brassica juncea
58
Fig 66. Singônio - Syngonium podophyllum
Fig 67. Lutiela - Alternanthera brasiliana
Fig 68. Botão de ouro Galinsoga parviflora
Fig 69. Helicônia - Heliconia psittacorum
Fig 70. Solidago - Solidago virgaurea
Det. 1 - piso intertravado de concreto drenante
5
10 m
5
10 m
►Jacarandá ► mimoso ►Flamboyant ► ►Paineira ► Branca
►Buganvile ► ►Ipê ► mirim ►Jasmim ► manga branco
►Ipê ► (amarelo, roxo e branco) ►Pata ► de Vaca ►Magnólia ►
magnólia
jacarandá mimoso
0
5
10 m
esc. 1:1000
paineira branca
flamboyant
Planta de Paisagismo Árvores
0
59
00
5
camada de vegetação substrato membrana de absorção módulo laminar reservatório impermeabilização
10 m5 m
esc. 1:750
0
10%
fachada lateral
ada
10%
R3.b
10%
10%
10%
10%
Bloco R3. Paineira Branca
10%
10%
SC
Facha da
10%
telha termoacústica h Fac
Bloco SC. Magnólia
10%
Fig 71. Esquema mostrando a cobertura com teto verde Sistema Laminar Médio, empresa Ecotelhados
casa de máquinas (elevadores) a had fac
R1
da
fachada L3
R3.a
pré-dimensionamento de caixas d'água para água da chuva
R2
10%
Bloco R2. Flamboyant 10%
10%
10%
10%
Bloco R1. Jacarandá 10%
10%
10%
fachada L2
10%
fachad a
ha Fac
R3 e S C
10%
placas fotovoltaicas Det. 2
fachad a
10%
Planta de Cobertura e Locação
10%
10%
10%
teto verde com cisterna para armazenamento de água da chuva para irrigação
10%
60
caixas d'água para água potável (dimensionamento de acordo com NBR 5626)
calhas que captam a água da chuva para armazenamento e reutilização
Fig 72. Esquema mostrando a cobertura com telha termoacústica
0
5
5 10 m m
5
10 m
0
5
10 m
esc. 1:750 C
D
B
B
A
A
C
Atividades Abertas
Áreas Comuns
Residências Saúde
D
Comércio Serviços
Área Verde Circulaçao
Estacionamento
Zonamento Nível Térreo A - L2
0
61
6.00 4.55 0
5m
0
esc. 1:300
12.52 8.10 8.10 8.10
94.27
8.10
3.40
8.10
Lixo
19.36
3.84 m²
8.10
S
acesso
8.33
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2 Recepção Principal
13.27 Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
142.29 m²
9.00
2.55
6.00 Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2 Apartamento Tipo 4
1.80
Apartamento Tipo 2
Salão de Jogos I
62
Jardim Interno
Salão de Festas
1684.96 m²
Sala de Jantar
278.12 m²
11.20
25.20
6.00
33.46
58.01 m²
Cozinha
6.00 Hall
jeçã pro
5.00
25.46 m²
S
8.26
Apartamento Tipo 3
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
7.20
Apartamento Tipo 3
45.69 m²
Lixo 3.84 m²
14.40
10.80
8.10
8.10
8.10
8.10
8.10
10.80
6.30
82.80 16.13
Bloco R1. Jacarandá Nível Térreo A
51.76
7.20
62.39 m²
25.00%
25.00%
6.00
a od
ra ertu cob
5m
1.40 5m
0
28 14.
5m
esc. 1:300
Lixo
0 8. 1 13 86.
3.84 m²
S
Hall 106.56 m²
0 8. 1
6.00 Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 4 Apartamento Tipo 1
8.10
0 8. 1 0 8. 1
Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 2
0 1.8
Apartamento Tipo 4
Lixo
3 4.7
3.84 m²
10.72
8.10
8.10
8.10
8.10 67.42
8.10
Apartamento Tipo 2
S
Apartamento Tipo 1
3 5.4
Hall 63.11 m²
Apartamento Tipo 2
37.42 m²
8.10
8.10
13.50
66 23.
Cozinha
Apartamento Tipo 1
6.00
81.43 m²
Apartamento Tipo 2
a
Restaurante
ra ertu cob
70 11.
od jeçã pro
Apartamento Tipo 3
10.80
5 2.5
Bloco R2. Flamboyant Nível Térreo A
8.10
0 8. 1
53.95
Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
0 8. 1
0 7.2
13.45
50 13.
Apartamento Tipo 1
0
63
0
5m
0
esc. 1:300
76.18 8.10
8.10
8.10
8.10
8.10
13.50
10.80
5.90
1.84
11.38
3.84 m²
Apartamento Tipo 4
7.16
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
4.49
79.16 m²
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Lixo Sala de Jantar
S
6.00
Hall 63.53 m²
Apartamento Tipo 1
Cozinha
13.50
32.08
8.10
30.60 m²
8.10
42.81
Apartamento Tipo 4
8.10
Apartamento Tipo 1
Quarto de Enfermeiros
10.82
Bloco R3. Paineira Nível Térreo A
47.71 m²
64
Apartamento Tipo 1
Hall
Apartamento Tipo 4
0 4.5
63.36 m²
6.00
50 13.
S
Apartamento Tipo 1
Lixo
2.55
3.73 m²
Apartamento Tipo 3
Apartamento Tipo 2
7.20 8.10
Apartamento Tipo 4
Sala de Televisão
0 8. 1 0 8. 1
06 49.
39.59 m²
8.10 43.36
Apartamento Tipo 2
8 10.
13.50 3.91
1.70
0
5 4.0 0.00
6.88
Apartamento Tipo 2
5m
5m
0
2.95 2.95
Copa
B.M.F.
B.F.F.
10.43 m²
5.63 m²
5.63 m²
8.10 4.05
Vestiário
Consultório Médico 15.11 m²
Esterelização 17.61 m²
Circulação 71.74 m²
Consultório Médico
Consultório Médico
14.89 m²
Sala de Fisioterapia 71.00 m²
Consultório Médico
4.05
11.43 m²
68.91 m²
6.00
Sala de Fisioterapia 70.92 m²
3 4.9
5.60
0 8. 1
15.21 m²
Dispensário
Exames de Imagem (ecografia, eletrocardiograma, raio x)
23 34.
14.89 m²
15.11 m²
15.11 m²
Enfermaria
20.85 m²
Consultório Médico
0 8. 1
Consultório Médico
Enfermaria 60.96 m²
Sala de Funcionários
8 8. 1
4.05
8.23
22.16 m²
64.81 m²
4.05
5.15
Consultório Psicólogo Consultório Psicólogo Consultório Banheiros 31.50 m² 20.36 m² Psicólogo 31.50 m² 31.50 m²
Recepção e espera
8.62
57.06 m²
4.05
S
2943.82 m²
4.05
6.00
4.05 39.28
5.00
Circulação
5.36
2.61
10.54
3.00
Bloco SC. Magnólia Nível Térreo A
5.15
1 4.9
0.90
0.90
5m
esc. 1:300
25.33
30.80
0
65
0
5
10 m
0
esc. 1:750
Zoneamento Nìvel Térreo B
C
66
D
B
B
A
A
C
Atividades Abertas
Áreas Comuns
Residências Saúde
D
Comércio Serviços
Área Verde Circulaçao
Estacionamento
5
10 m
5m
0
69.22
Instalações
93.52
projeç ão da
passare
la
41.70 m²
5m
esc. 1:300
4.00
8.10 7.21
3.00
7.19
Sala de Música
Banheiro Banheiro
45.65 m²
2.44 m²2.55 m²
51.69
1.80
Ateliê de Costura e Artesanato
51.93 m²
Sala de Pilates
Banheiro 5.22 m²
Banheiro 5.12 m²
Ateliê de Pintura 55.99 m²
3.00
3.00
Garagem
Recepção
2197.62 m²
66.45 m²
acesso
S
Circulação
Instalações
Sala de Funcionários
acesso carros
15.76 m²
34.43 m²
Biblioteca 194.57 m²
Vestiário Vestiário 9.81 m²
13.36
5.20
14.44
42.29
9.81 m²
7.15
acesso carros
25.00%
63.79 m²
25.00%
Bloco R1. Jacarandá Nível Térreo B
95.06 m²
16.20
0
67
1.40
0
28 14.
5m
0
esc. 1:300 0 8. 1 38 85.
S
0 8. 1
Hall
13.45
50 13.
103.88 m²
3.00
0 8. 1
Apartamento Tipo 4 Apartamento Tipo 1
o jeçã pro
8.10
Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
60 21.
da s pas
Jardim Apartamento Tipo 2
0 1.8
3.00
Salão Multiuso
Apartamento Tipo 2
68
Banheiro Banheiro
Apartamento Tipo 3
6.69 m²
Banheiro 6.69 m²
10.80
3.83 m²
Workshop de Marcenaria
Apartamento Tipo 4
3.00
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
S
3.00
Apartamento Tipo 1
acesso
Apartamento Tipo 2
98.64 m²
Apartamento Tipo 1
Recepção
Circulação 63.79 m²
Biblioteca 194.57 m²
Sala de Vivência 117.68 m²
16.20
8.10
8.10
8.10
8.10
8.10
8.10
8.10
13.50
106.81 m²
Apartamento Tipo 2
Bloco R2. Flamboyant Nível Térreo B
189.83 m²
53.95
1144.41 m²
0 7.2
8.10
la ar e
0 2.7
5m
5m
0
1.97
13.50
8.10
8.10
8.10
8.10
13.63
10.67
1.80
5.61
Banheiro
Apartamento Tipo 4
3.84 m² S
Galeria de Arte Apartamento Tipo 2
8.10
Banheiro 4.34 Banheiro m² Banheiro
3.00
Sala de Dança
Salão de Jogos II
65.47 m²
47.71 m²
Apartamento Tipo 4
1 4.7
Circulação
Apartamento Tipo 2
69.96 m²
3.00 S
Banheiro 3.83 m²
Apartamento Tipo 1
Ateliê de Costura e Artesanato 65.63 m²
Ateliê de Pintura 75.21 m²
0 8. 1 Apartamento Tipo 3
Banheiro
acesso
3.83 m²
Banheiro 3.83 m²
Sala de Música 40.12 m²
8 10.
9.00 1.70
13.50 42.80
50 13.
5 4.0
14.48 1.65 4.17
0
0 8. 1
27 49.
Bloco R3. Paineira Nível Térreo B
12.62
4.14 m²
6.98
2.70
Apartamento Tipo 1
4.14 m²
o da p assare la
32.18
8.10
3.00
55.91 m²
44.25
Hall 63.53 m²
7.20
Lixo
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
55.96 m²
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 4
Cinema
10.80
Apartamento Tipo 1
9.13
3.47 m²
projeç ã
5m
esc. 1:300
77.78
9.00
0
69
acesso carros
0
5m
esc. 1:300
25.01 18.38
0
25.00%
3.20
6.63
1 5.9
Restaurante/ Café/Bar 40.54 m²
5 4.0
6.25%
5 4.0
Restaurante/ Café/Bar 22.75 m²
22.75 m²
30.69
Restaurante/ Café/Bar
Restaurante/ Café/Bar
5 4.0
63.12 m²
22.75 m²
94 10.
22.75 m²
22.75 m²
Bloco SC. Magnólia Nível Térreo B
Restaurante/ Café/Bar 62.26 m²
5 5.9
Recepção
20 12.
70
23.04 m²
sso ac e
3.00
S
40.11
3.70
27.26 m²
0 4.9
Restaurante/ Café/Bar
62.05 m²
3 4.1
Restaurante/ Café/Bar
2.50
5 4.0
Restaurante/ Café/Bar
Restaurante/ Café/Bar
18 35.
5 4.0
5 9.8
Restaurante/ Café/Bar
saída do elevador de macas
5m
5
10 m
0
5
10 m
esc. 1:750 C
D
B
B
A
A
C
Atividades Abertas
Áreas Comuns
Residências Saúde
D
Comércio Serviços
Área Verde Circulaçao
Estacionamento
Zoneamento Nível Térreo C - L3
0
71
0.50
0
5m
0
0 15.
esc. 1:300
8
Instalações
8
1 6.1
Instalações
Lixo
19.24 m²
3.84 m²
15.42
23.64 m²
S
Recepção
acesso
107.72 m²
0.00
8.10
90 67.
Comércio
Comércio Garagem
8.10 8.10
56.05 m²
Comércio 56.05 m²
Instalações
8.10
67.12 m²
Comércio S
56.05 m²
60.57
7.20
1.88 16.20
acesso carros
Bloco R2. Flamboyant Nível Térreo C
Comércio
46 22.
72
56.05 m²
1576.39 m²
3 3.1
55.92
8.10
56.05 m²
acesso carros
25.00%
5m
5m
0
5.43
8.10
8.10
8.10
8.10
8.10
13.50
9.00
1.88
Lixo
acesso
3.84 m² S
Comércio
Comércio
Comércio
Comércio
Comércio
Comércio
Comércio
Comércio
Recepção
59.25 m²
37.19 m²
56.05 m²
56.05 m²
56.05 m²
56.05 m²
56.05 m²
94.12 m²
50.84 m²
7.20
1.80
7.49
5m
esc. 1:300
77.77
Comércio
8.10
32.10
56.05 m²
8.10
0.00
Comércio
44.19
56.05 m²
carros
Comércio 64.66 m²
7.20
Garagem 1424.50 m²
Instalações
S
25.29 m²
30 49.
42.54
Bloco R3. Paineira Nível Térreo C
acesso
6.90
0
73
5m
0
30.26
25.00%
esc. 1:300
acesso carros
0
39.25
21 43.
Garagem 1197.93 m²
Bloco SC. Magnólia Nível Térreo C
acesso
74
0.00
Instalações
Instalações
29.67 m²
49.10 m²
47.68
carros
5m
5
10 m
0
5
10 m
esc. 1:750 C
D
B
B
A
A
C
Atividades Abertas
Áreas Comuns
Residências Saúde
D
Comércio Serviços
Área Verde Circulaçao
Estacionamento
Zoneamento Nível 1
0
75
0
5m
0
esc. 1:300
2.04
10.30 8.10
2.22
8.10 8.10
93.33
8.10
8.10 8.10
3.84 m²
Hall
Apartamento Tipo 1
59.25 m²
9.00
8.10
Apartamento Tipo 2
13.50
Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
8.10
Apartamento Tipo 1
0.98
10.80 Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 4
Sala de Vivência
8.10
Apartamento Tipo 1
1.80
8.85
Lixo S
4.50
51.58
55.64 m²
Apartamento Tipo 2
76
10.80
13.50
8.10
32.96
Apartamento Tipo 4
Apartamento Tipo 2
Hall
Apartamento Tipo 3
62.53 m² S
Lixo 3.84 m²
9.00
8.10
8.10
8.10
8.10
8.10 84.49
8.10
8.10
10.80
7.99
9.00
7.76
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 2
1.801.80 7.20
Bloco R1. Jacarandá Nível 1
Apartamento Tipo 3
5m
5m
0
5m
esc. 1:300
5
1.77
0 14.
Lixo
0 8. 1 15 85.
S
3.84 m²
Hall
13.45
50 13.
103.94 m²
9.00
0 8. 1
Apartamento Tipo 4
0 8. 1
Apartamento Tipo 1
8.10
Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
0 8. 1
8.10
Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
0 8. 1 0 7.2 Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 3
0 1.8
Quarto de Hóspedes 24.50 m²
Quarto de Hóspedes
0 7.2
24.50 m²
10.76
8.10
8.10
8.10 69.30
8.10
Apartamento Tipo 1
6 6.5
1.84
3.84 m²
Apartamento Tipo 2
Lixo
9.00
Apartamento Tipo 1
S
Apartamento Tipo 2
Hall 62.94 m²
Apartamento Tipo 1
0 8. 1
66 23.
Apartamento Tipo 4
8.10
8.10
8.10
13.50
Apartamento Tipo 1
Bloco R2. Flamboyant Nível 1
Apartamento Tipo 2
10.80
0 1.8
55.72
0 8. 1
Apartamento Tipo 2
0
77
0
5m
0
esc. 1:300
77.58 5.98
13.50
8.10
8.10
8.10
8.33
13.27
10.40
Lixo 3.84 m²
Apartamento Tipo 4
S
7.20
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 4
26.38 m²
Quarto de Hóspedes
Apartamento Tipo 2
7.68
Quarto de Hóspedes
Apartamento Tipo 1
1.80
1.46
1.40
Hall 63.53 m²
9.00
8.10
Apartamento Tipo 3
Apartamento Tipo 2
32.18
10.80
26.66 m²
Apartamento Tipo 4
Espaço Ecumênico
Apartamento Tipo 4
78
7 4.5
Hall
10.82
Bloco R3. Paineira Nível 1
47.71 m²
63.36 m²
9.00 S
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Lixo
1.80
50 13.
Apartamento Tipo 1
3.73 m²
Apartamento Tipo 4
7.20 8.10 42.68
0 8. 1
Sala de Leitura
8.10
0 8. 1
Apartamento Apartamento Tipo 3 Tipo 3
39.59 m²
13.50 3.98
8 10. 5 4.0
0
06 49.
6.98
13.50
8.10
44.26
Apartamento Tipo 1
5m
5m
0
25.33 10.80
7.03
8.10
8.10
8.23
9.90
10.80
77.96 m²
63.80 m²
60.96 m²
9 4.0
Sala para Aluguel
2 6.1
Sala para Aluguel
1 4.9
Sala para Aluguel
Sala para Aluguel
Sala para Aluguel
5 4.0
6.30
35.43 m²
35.43 m²
49.45 m²
35.06 m²
5.77
49 42.
5 4.0
Sala para Aluguel Sala para Aluguel
06 16.
9 4.0
Sala para Aluguel
11.88
5m
esc. 1:300
7.50
0.90
0.90
Sala para Aluguel
45.19 m²
35.06 m²
Sala para Aluguel
Sala para Aluguel
47.43 m²
8.02
Banheiros
63.80 m²
13.44 m²
S
6.05 8.10 14.16
quiosque
Circulação 249.74 m²
2.77 19.15 42.69
20.51
9.00
2 8. 5
6.62
Sala para Aluguel
32
Sala para Aluguel
Bloco SC. Magnólia Nível 1
49.91 m²
20.
61.86 m²
7 4.6
7.94
0 8. 1
8.12
30.80
0
79
0
5
10 m
0
esc. 1:750
Zoneamento Nível 2
C
80
D
B
B
A
A
C
Atividades Abertas
Áreas Comuns
Residências Saúde
D
Comércio Serviços
Área Verde Circulaçao
Estacionamento
5
10 m
5m
0
2.22
5m
esc. 1:300
10.11 8.10
2.22
8.10 8.10 8.10
93.33 8.10
8.85
Lixo S
8.10
3.84 m²
Hall
12.00
8.10
Apartamento Tipo 1
59.24 m²
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
13.50
Apartamento Tipo 2
10.80
8.10
Apartamento Tipo 1 Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 4
1.80
Apartamento Tipo 2 Sala de Leitura
8.10
55.64 m²
4.50
51.58
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 3
8.10
Hall S
12.00
Lixo 3.84 m²
9.00
8.10
8.10
8.10
8.10
8.10 84.49
8.10
8.10
10.80
62.53 m²
7.99
7.88
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
62.39 m²
Apartamento Tipo 1
Quarto de Enfermeiros
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
1.801.80
Apartamento Tipo 2
Bloco R1. Jacarandá Nível 2
Apartamento Tipo 4
33.08
13.50
10.80
Apartamento Tipo 3
7.20
0
81
5m
0
esc. 1:300
28 14.
1.74
0
7.97
50 13. 0 8. 1 38 85.
Hall
Lixo 3.84 m²
0 8. 1
S
75.95 m²
Apartamento Tipo 4
0 8. 1
Apartamento Tipo 1
0 8. 1 Apartamento Tipo 2
0 8. 1
Apartamento Tipo 2
0 7.2
Apartamento Tipo 1
0 1.8
Quarto de Enfermeiros
Apartamento Tipo 2
49.70 m²
0 7.2
1.80
Apartamento Tipo 1
6 6.4
12.00
Lixo
7.20
Apartamento Tipo 2
S
Apartamento Tipo 1
Hall 75.86 m²
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
0 8. 1
56 23.
Bloco R2. Flamboyant Nível 2
0 1.8
82
36.98
0 8. 1
Apartamento Tipo 4
3.84 m²
1.87
10.76
8.10
8.10
8.10 69.34
8.10
13.50
1.89
8.91
55.69
Apartamento Tipo 1
5m
5m
0
5m
esc. 1:300
32.08
13.50
9.02
77.70
10.80
44.14
Apartamento Tipo 4
Apartamento Tipo 2
Hall 63.36 m²
12.00
0 8. 1
S
Apartamento Tipo 1
Lixo
1.80
0 10.
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
3.73 m²
7.20 8.10
Apartamento Tipo 4
42.68
0 8. 1
Sala de Televisão 39.59 m²
8.10
8 10.
13.50 3.98
0 8. 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 3
0 4.0
0
12 49.
2
Bloco R3. Paineira Nível 2
Apartamento Tipo 3
10.82
0
83
0
5m
0
esc. 1:300
25.33 8.10
8.10
8.23
Sala para Aluguel
Sala para Aluguel
Sala para Aluguel
77.96 m²
63.80 m²
60.96 m²
9 4.0
9.90
1 4.9
0.90
0.90
9 4.0
Sala para Aluguel
6.30
Sala para Aluguel
Sala para Aluguel
5 4.0
35.43 m²
49.45 m²
7.94
Sala para Aluguel
45.19 m²
35.06 m²
Sala para Aluguel 61.86 m²
Administração Sala para Aluguel 47.43 m²
74.44 m²
Sala para Aluguel
S
8.10
quiosque
Circulação 224.50 m²
2.77 42.69
2 8. 5
6.05
8
Banheiros
63.80 m²
13.44 m²
6.62
2.1
84
Sala para Aluguel
59 10.
Bloco SC. Magnólia Nível 2
5.77
35.06 m²
49 42.
Sala para Aluguel
5 4.0
30.80
35.43 m²
19.15
12.00
5m
5
10 m
0
5
10 m
esc. 1:750 C
D
B
B
A
A
C
Atividades Abertas
Áreas Comuns
Residências Saúde
D
Comércio Serviços
Área Verde Circulaçao
Estacionamento
Zonemaneto Nível 3
0
85
0
5m
0
esc. 1:300
10.30 8.10 8.10 8.10 Lixo
9.04
91.30
10.80
3.84 m² S
Circulação Apartamento Tipo 1
59.24 m²
15.00
45.90
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 3
14.82
1.801.80
13.50
Apartamento Tipo 4
66.27 m²
9.26
Apartamento Tipo 3
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
Apartamento Tipo 1
Apartamento Tipo 2
30.84 m²
Apartamento Tipo 1
30.84 m²
Apartamento Tipo 2
7.20
Hall Quarto de Quarto de Hóspedes Hóspedes
Lixo 3.84 m²
4.50
4.50
8.10
8.10
8.10
8.10
8.10 84.61
8.10
8.10
10.94
7.97
33.08
Apartamento Tipo 2
49.54
Bloco R1. Jacarandá Nível 3 86
9.00
8.10
8.10
Apartamento Tipo 1
5m
5m
0
5m
esc. 1:300 C
D
B
B
A
A
C
Atividades Abertas
Áreas Comuns
Residências Saúde
D
Comércio Serviços
Área Verde Circulaçao
Estacionamento
Zoneamento Nível 4
0
87
esc. 1:750 0
5
10 m
Nível 4 18.00 Nível 3 15.00 Nível 2 12.00 Nível 1 9.00 Térreo A 6.00 Térreo B 3.00 Térreo C
via L2
via L3
0.00
Nível 4 18.00 Nível 3 15.00 Nível 2 12.00 Nível 1 9.00 Térreo A 6.00 Térreo B 3.00 Térreo C 0.00
corte AA
Nível 4 18.00 Nível 3 15.00 Nível 2 12.00 Nível 1 9.00 Térreo A 6.00 Térreo B 3.00 Térreo C
via L2
via L3
0.00
Nível 4 18.00 Nível 3 15.00 Nível 2 12.00 Nível 1 9.00 Térreo A 6.00 Térreo B 3.00 Térreo C 0.00
corte BB
Nível 4 18.00 Nível 3 15.00 Nível 2 12.00 Nível 1 9.00 Térreo A 6.00 Térreo B 3.00 Térreo C
cean
casa thomas jefferson
0.00
Nível 4 18.00 Nível 3 15.00 Nível 2 12.00 Nível 1 9.00 Térreo A 6.00 Térreo B 3.00 Térreo C 0.00
Cortes
corte CC
88
Nível 4 18.00 Nível 3 15.00 Nível 2 12.00 Nível 1 9.00 Térreo A 6.00 Térreo B 3.00 Térreo C
cean
0.00
corte DD
casa thomas jefferson
Nível 4 18.00 Nível 3 15.00 Nível 2 12.00 Nível 1 9.00 Térreo A 6.00 Térreo B 3.00 Térreo C 0.00
0
5
10 m
esc. 1:750 5
10 m
0
5
10 m
fachada L2
fachada L3
fachada lateral
Fachadas
0
89
esc. 1:750 0
5
10 m
0
fachada R1
Fachadas
fachada R2
90
fachada R3 e SC
5
10 m
esc. 1:750 5
10 m
0
5
10 m
fachada R3.a
fachada R3.b
fachada SC
Fachadas
0
91
Corte esquemático Soluções bioclimáticas
92 0
0
0
0
0.20
1
0.40
0.20
1
0.60
2
0.80
0.40
1m
3
2
4
0.60
3
5m
0.80
4
1m
5m
esc. 1:75
1
2
7
5
4
3
1m 0.20
1
0.40
1
0.60
2
0.80
2
placas fotovoltaicas inclinadas 18o voltadas para o Norte
3
esc. 1:25
0
0
0
telhas termoacústicas
18.00°
calhas para captação de água da chuva
laje de concreto pré-moldada
Det. 2 Cobertura
estrutura metálica aparente
93
1 esc. 1:10 1m
cúpula de acrílico
chapa metálica que conecta a cúpula à parede permitindo ventilação manta geotêxtil
manta impermeabilizante antiraízes
barreira anti-vapor
0
0.20
0.40
0.60
0.80
chapa metálica
camada de terra
camada drenante isolamento térmico
laje maciça de concreto armado
Det. 3 Claraboia
viga metálica em vista
94
4
3
3
2
0.60
2
0.80
chappa metálica para arremate
1m
esc. 1:25
placa de revestimento de cortiça
0
0
0
0.20
1
0.40
1
placa de cimento
Det. 5 - Revestimento ESC 1:10
tela impermeabilizante
manta geotêxtil solo com composto orgânico
Det. 5
manta de impermeabilização antiraízes
material inerte camada de seixo
concreto armado
apoio de cascalho para o cano conexão com o sistema de drenagem base de cascalho
Det. 4 Jardim de Chuva
camada drenante
95
vedação e acabamento O tipo de vedação escolhido para este projeto foi a parede de light steel frame preenchida com cortiça expandida em seu interior e revestida com placas de cortiça no exterior. A técnica construtiva, assim como o restante da estrutura, permite uma construção rápida e eficiente, e sem grande produção de resíduos na obra. O material escolhido para o revestimento e preenchimento da parede tem um processo de produção industrial e 100% natural, sustentável e carbono negativo. A cortiça é a casca do sobreiro, portanto é extraída sem a necessidade de derrubar a árvore. A cortiça é também reciclável, impermeável, não libera gases tóxicos em caso de incêndio e tem garantia de durabilidade de 50 anos.
96
U (transmitância)
φ (atraso térmico)
Zona 6
O desempenho térmico da cortiça é excelente, conforme apresentado na tabela abaixo, em comparação com o exigido para a zona bioclimática de Brasília (LAMBERTS, et. al.,2014). As informações técnicas e dados sobre o material utilizados nos cálculos das propriedades térmicas das paredes foram fornecidos pela empresa produtora - Amorim Isolamentos. No caso, o grande isolamento das paredes não causará desconforto térmico em épocas de calor por causa das grandes janelas com aberturas sombreadas e varandas, que permitem a ventilação cruzada.
≤ 2.2 W/m²K
≥ 6.5 h
Projeto
Placa de gesso
Camada de controle de vapor
Granulado de cortiça expandida
Placa de MDF
Membrana impermeabilizante
Revestimento de cortiça MDFachada
Fig 73. Esquema mostrando as camadas da parede de light steel frame e MDFachada
0.22 W/m²K
12.19 h
referĂŞncias de acabamento
Fig 74. Cork Study, Surman Weston
Fig 75. Redshank Beach House, Lisa Shell
Fig 76. Villa Extramuros, Vora Arquitectura
Fig 77. Cork Study, Surman Weston
Fig 78. HIGO, nA Architects
Fig 79. Adega Logowines, pmc Arquitectos
97
Apartamento Tipo 1 IsomĂŠtrica e Planta Baixa
98 0
0
0
0.20
1
0.40
0.20
0.60
2
0.80
0.40
1m
3
4
0.60
5m
esc. 1:50 0.80
5m
esc. 1:300 0
5m
Para este projeto, foram criados quatro tipos de apartamentos. A fim de desenvolver estes apartamentos, foram criados quatro perfis de idosos que morariam nestes apartamentos. Para melhor ilustrar e explicar estes perfis, foram utilizados personagens conhecidos de filmes e seriados - que dão nome aos apartamentos. Todos os apartamentos são acessíveis para cadeiras de rodas, e todas as salas têm uma porta de correr que separa uma área que pode ser usada como quarto para um cuidador ou enfermeiro, caso seja necessário. Banheiro
O apartamento de tipo 1 foi criado para o perfil Joe Harding do filme Despedida em Grande Estilo (2017), vivido por Michael Caine. O personagem vivia sozinho, e morava na mesma cidade de sua família. Passava muito tempo com sua filha e neta, e as visitava em sua casa mais do que estas a visitavam. Por isso, o apartamento foi pensado com mais foco em criar um ambiente aconchegante para o residente do que em mais áreas sociais. O quarto é conectado com a ampla varanda, onde o morador poderia passar bastante tempo, apreciando a vvista com tranquilidade.
6.69 m²
Cozinha 6.76 m²
Quarto 13.52 m²
Sala 18.30 m²
Varanda 8.66 m²
Fig 80. Cena do filme Despedida em Grande Estilo
Bloco R1. Jacarandá Nível 1
0
Apartamento Joe Harding
56 m² 73 apartamentos 73 quartos 73 a 146 residentes
99
Apartamento Tipo 2 IsomĂŠtrica e Planta Baixa
100 0
0
0
0.20
1
0.40
0.20
0.60
2
0.80
0.40
1m
3
4
0.60
5m
esc. 1:50 0.80
5m
0
5m
esc. 1:300 O segundo tipo de apartamento foi criado para o perfil do casal Elsa Hayes e Fred Barcroft, do filme Elsa & Fred (2014), vividos respectivamente por Shirley MacLaine e Christopher Plummer. O casal é muito próximo da família, que os visita com frequência. Por esse motivo, este apartamento foi pensado com mais áreas sociais, para favorecer estes encontros. A área íntima é composta pela suíte e uma varanda pequena, e a área social tem uma sala ampla e um lavabo.
Cozinha 6.89 m²
Banheiro Suíte 6.70 m²
Suíte 13.52 m²
Lavabo 3.64 m²
Sala 18.98 m²
Varanda 4.21 m²
Fig 81. Cena do filme Elsa & Fred
Bloco R1. Jacarandá Nível 1
0
Apartamento Elsa & Fred
56 m² 72 apartamentos 72 quartos 72 a 144 residentes
101
Apartamento Tipo 3 IsomĂŠtrica e Planta Baixa
102 0
0
0
0.20
1
0.40
0.20
0.60
2
0.80
0.40
1m
3
4
0.60
5m
esc. 1:50 0.80
5m
0
5m
esc. 1:300
Banheiro Suíte
Banheiro
6.70 m²
4.86 m²
Foram criados dois tipos de apartamentos que, ainda seguindo a malha criadda, têm uma área um pouco maior. Estes apartamentos contam com um segundo quarto, o que pode ser necessário em alguns casos. O terceiro tipo de apartamento tem em mente a personagem Mathilde Girard, do filme Minha Querida Dama (2015), vivido por Maggie Smith. No filme, a viúva Mathilde mora com sua filha, enquanto leva uma vida ainda assim independente. Este apartamento, então, tem uma suíte conectada a uma varanda ampla além de um quarto e um banheiro. A área social é formada pela cozinha e uma sala ampla.
Cozinha 7.94 m²
Suíte 13.52 m²
Sala 18.28 m²
Quarto 11.94 m²
Varanda 8.66 m²
Fig 82. Cena do filme Minha Querida Dama
Bloco R1. Jacarandá Nível 1
0
Apartamento Mathilde Girard
75 m² 18 apartamentos 36 quartos 36 a 54 residentes
103
Apartamento Tipo 1 IsomĂŠtrica e Planta Baixa
104 0
0
0
0.20
1
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0.20
0.60
2
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0.40
1m
3
4
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5m
esc. 1:50 0.80
5m
0
5m
esc. 1:300
Banheiro Suíte 1
Banheiro Suíte 2
6.63 m²
6.63 m²
Lavabo
Cozinha
4.38 m²
9.28 m²
Sala 23.32 m²
Suíte 1
Suíte 2
13.41 m²
13.54 m²
Varanda 13.12 m²
O último tipo de apartamento traz a possibilidade de receber dois residentes idosos, inspirado nas personagens Grace Hanson e Frankie Bergstein, do seriado Grace & Frankie (2015 - presente), vividas respectivamente por Jane Fonda e Lily Tomlin. As duas senhoras, após se divorciarem, passam a morar juntas e criando uma grande parceria, em que se apoiam, e têm sempre companhia, mas sem invadir sua privacidade. Assim, este apartamento tem duas suítes amplas, com bastante espaço individual. A área social também é generosa, com sala e cozinha amplas e um lavabo - com bastante espaço para receber as famílias e amigos de ambos os residentes.
Bloco R1. Jacarandá Nível 1
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Apartamento Grace & Frankie
94 m² 28 apartamentos 56 quartos 56 a 112 residentes
Fig 83. Cena do seriado Grace & Frankie
105
0.80 0.40
1m
0
0
0
0.20
1
0.40
0.20
0.60
2
0.80
3
4
0.60
5m
esc. 1:50
QuartoQuarto de de Hóspedes Hóspedes
Quarto de Hóspedes Quarto de enfermeiros
24.50 m² 24.50 m²
106
QuartoQuarto de de Hóspedes Hóspedes
QuartoQuarto de de Enfermeiros Enfermeiros
24.50 m² 24.50 m²
62.39 m² 62.39 m²
4
3 0
0
1
1
2
2
4
3
5m
esc. 1:50
Banheiro 5.22 m²
Sala de Pilates
Sala de Pilates
95.06 m²
107
0.80 0.40
1m
Salões de Jogos 108
0
0
0
0.20
1
0.40
0.20
0.60
2
0.80
3
4
0.60
5m
esc. 1:50
Salão de Jogos I
Salão de Jogos II
62.39 m²
47.71 m²
4
3 0
0
1
1
2
2
4
3
5m
esc. 1:50
Consultório Médico
Depósito de materiais de arte (tintas, panos, pincéis, etc.)
14.89 m²
Ateliê de Pintura
Banheiro 5.12 m²
Consultório Médico 14.89 m²
Ateliê de Pintura Consultório Médico
55.99 m²
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0.80 0.40
1m
Restaurante (Nível A) 110
0
0
0
0.20
1
0.40
0.20
0.60
2
0.80
3
4
0.60
5m
esc. 1:50
Restaurante
Cozinha
81.43 m²
37.42 m²
projeção da cobertura
111
112
Caminho L3 a L2
Caminho L2 a L3
113
Bloco Magnólia
Recepção Principal
114
Pilotis
Praรงa para residentes
115
Praรงa central e passarelas
116
Jardim interno - Bloco R1. Jacarandรก
117
Jardim interno - Bloco R2. Flamboyant
118
Jardim interno - Bloco R3. Paineira
119
Referências Bibliográficas Template do Revit desenvolvido em parceria com Constanza Ceschin Manzochi Famílias de mobiliário paramétrico desenvolvidas por VitrineRevit.com
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Lista de Gráficos Gráfico 1. Evolução etária no Brasil Fonte: gráfico feito pela autora, com base em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ Gráfico 2. Evolução etária no Distrito Federal Fonte: gráfico feito pela autora, com base em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ Gráfico 3. Idade dos idosos no DF Fonte: gráfico feito pela autora, com base em: CODEPLAN (2013) Gráfico 4. Estado civil dos idosos Fonte: gráfico feito pela autora, com base em: CODEPLAN (2013) Gráfico 5. Porcentagem de idosos com plano de saúde particular por região do DF Fonte: gráfico feito pela autora, com base em: CODEPLAN (2013) Gráfico 6. Ocupação das mulheres Fonte: gréfico feito pela autora, com base em: CODEPLAN (2013) Gráfico 7. Ocupação dos homens Fonte: gréfico feito pela autora, com base em: CODEPLAN (2013) Gráfico 8. Categoria das instituições Gráfico 9. autora, feito com base em: KANSO e CAMARANO (2010) Gráfico 10. Gasto das instituições por residente Gráfico 11. autora, feito com base em: KANSO e CAMARANO (2010) Gráfico 12. Gênero dos idosos nas ILPIs Fonte: autora, feito com base em: KANSO e CAMARANO (2010) Gráfico 13. Porcentagem de idosos independentes em ILPIs Fonte: autora, feito com base em: KANSO e CAMARANO (2010)
122
14 14 14 14 15 15 15 15 15 15 15
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Lista de Imagens Fig1. Cena do seriado Grace & Frankie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Fonte: https://www.hellolovelystudio.com/2017/04/grace-and-frankie-malibu-beachhouse.html Fig2. Atriz Maggie Smith . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Fonte: https://br.pinterest.com/pin/125397170848316595/?lp=true Fig3. Cena do filme Conduzindo Miss Daisy. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Fonte: https://www.control-total.net/driving-miss-daisy-le-conducira-a-una-amistadinvaluable/ Fig4. Cena do filme Intocáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Fonte: https://amazon-presse.de/Service/Suche/Pressedetail.html?pid=e25cc503-c9cf4683-af6e-d2ba89e1d327 Fig5. St John’s Hospital Almshouse, Canterbury . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Fonte: http://www.machadoink.com/St%20Johns%20Hospital.htm Fig6. Maquete do conjunto Steepleton Retirement Community, Proctor and Matthews Architects . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirement-community Fig7. Implantação do conjunto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirement-community Fig8. Imagem do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirement-community Fig9. Maquete do conjunto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirement-community Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirement-community Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirement-community Fig10. Maquete de um dos blocos do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirement-community Fig11. Imagem do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/steepleton-retirement-community Fig12. Planta de situação do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/chapter-house Fig13. Planta baixa do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/chapter-house Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/chapter-house Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/chapter-house Fig14. Imagem do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/chapter-house Fig15. Imagem do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/chapter-house
Fig16. Imagem do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Fonte: https://www.proctorandmatthews.com/project/chapter-house Fig17. Desenho esquemático do conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Fonte: https://hogeweyk.dementiavillage.com/en/openbare-ruimte/ Fig18. Maquete do conjunto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Fonte: https://hogeweyk.dementiavillage.com/en/openbare-ruimte/ Fig19. Foto do conjunto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Fonte: https://hogeweyk.dementiavillage.com/en/openbare-ruimte/ Fig20. Foto do edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietgerwissounig-architekten Fig21. Foto do edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietgerwissounig-architekten Fig22. Planta baixa do edif[icio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietgerwissounig-architekten Fig23. Foto do edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietgerwissounig-architekten Fig24. Implantação do edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Fonte: http://www.archdaily.com/780345/central-london-almshouse-promotes-sociabilityfor-the-elderly Fig25. Imagem do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Fonte: http://www.archdaily.com/780345/central-london-almshouse-promotes-sociabilityfor-the-elderly Fig26. Imagem do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Fonte: http://www.archdaily.com/780345/central-london-almshouse-promotes-sociabilityfor-the-elderly Fig27. Imagem do projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Fonte: http://www.archdaily.com/780345/central-london-almshouse-promotes-sociabilityfor-the-elderly Fonte: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/180/a-vida-sem-limitacoes-hileasao-paulo-de-aflalo-128077-1.aspx Fonte: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/180/a-vida-sem-limitacoes-hileasao-paulo-de-aflalo-128077-1.aspx Fig28. Foto do edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Fonte: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/180/a-vida-sem-limitacoes-hileasao-paulo-de-aflalo-128077-1.aspx
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Fig29. Foto do edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Fonte: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/180/a-vida-sem-limitacoes-hileasao-paulo-de-aflalo-128077-1.aspx Fig30. Localização do grupo na Europa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Fonte: https://orpea.es/quienes-somos/ Fig31. Imagem de um projeto do grupo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Fonte: https://orpea.es/quienes-somos/ Fig32. Imagem de um projeto do grupo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Fonte: https://orpea.es/quienes-somos/ Fig33. Tehran Picture Agency. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Fonte: https://br.pinterest.com/pin/484488872407711501/ Fig34. Edifício Nemasus, Jean Nouvel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Fonte: http://tajvedelem.hu/Tankonyv/TH_en/ch03.html Fig35. Galeria La Tallera, Frida Escobedo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Fonte: http://www.decorfacil.com/jardim-de-inverno-modelos-e-plantas/finlayson-streetcandalepas-associates/55510dd7e58ecece5c0001c3-finlayson-street-candalepasassociates-photo Fig36. Edifício Nemasus, Jean Nouvel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Fonte: http://hicarquitectura.com/2017/04/aeb-02-jean-nouvel-nemausus-nimes/ Fig37. Galeria La Tallera, Frida Escobedo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/768101/cobogo/557370aee58ece23c800011ecobogo-imagem Fig38. NoXX Apartments, CM Architecture. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Fonte: https://www.archdaily.com/593084/noxx-apartment-cm-architecture Fig39. Pousada The Dreamcatcher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Fonte: http://catsg.tumblr.com/post/149467344460 Fig40. Ministério da Educação e Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-134992/classicos-da-arquitetura-ministeriode-educacao-e-saude-slash-lucio-costa-e-equipe/520e7b16e8e44e4bf9000112classicos-da-arquitetura-ministerio-de-educacao-e-saude-slash-lucio-costa-e-equipeimagem Fig41. Elderly Housing Project, Peter Zumthor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Fonte: http://www.danda.be/gallery/elderly_housing_project/1/ Fig42. Habitação Social em Antibes, Atelier PIROLLET Architectes. . . . . . . . . . . 32 Fonte: http://www.archdaily.com/779843/58-social-housing-in-antibes-atelier-pirollet-ar chitectes/568af2c1e58ece62ae0003a9-58-social-housing-in-antibes-atelier-pirolletarchitectes-photo Fig43. MD Housing, VA Studio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Fonte: http://www.archdaily.com/120905/md-housing-va-studio/7-133/ Fig44. SEHAB Heliópolis, Biselli Katchborian Arquitetos . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Fonte: b https://www.archdaily.com.br/br/625377/sehab-heliopolis-biselli-katchborianarquitetos Fig45. Parque Guinle, Lucio Costa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-14549/classicos-da-arquitetura-parque-guinlelucio-costa/nelson-kon_6/
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Fig46. Hospital, Herzog & de Meuron. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Fonte: https://www.dezeen.com/2014/04/09/herzog-de-meuron-new-northzealand-hospital-denmark/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_ campaign=Feed:+dezeen+(Dezeenfeed) Fig47. Parque Guinle, Lucio Costa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Fonte: http://www.archdaily.com.br/14549/classicos-da-arquitetura-parque-guinle-luciocosta/nelson-kon_14/ Fig48. AP10 UP7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Fonte: http://www1.segeth.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/11/ap10_up7_setorde-grandes-reas-norte-e-sul-quadras-600.pdf Fig49. Tabela de uso institucional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Fonte: Tabela feita pela autora com informações retiradas de: http://www1.segeth. df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/10/anexo_1a_tabela_uso_institucional_luos. pdfuploads/2017/11/ap10_up7_setor-de-grandes-reas-norte-e-sul-quadras-600.pdf Fig50. Fachada voltada para a L2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig51. Caminho entre ponto de ônibus e faixa de pedestres . . . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig52. Abertuda na grade entre L2 e L3, hoje bloqueada. . . . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig53. Fachada voltada para a L2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig54. Fachada voltada para a L2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig55. Fachada do terreno voltada para a L3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig56. Caminho entre ponto de ônibus e faixa de pedestres . . . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig57. Fachada entre L2 e L3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig58. Abertura na grade voltada para a L3, hoje bloqueada. . . . . . . . . . . . . 45 Fonte: Fotografia por Maria Lígia Gabriele Fig59. Mostarda da Índia - Brassica juncea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Fonte: https://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-royalty-free-campo-de-flor-amareloda-mostarda-em-srinagar-jammu-kashmir-india-image40637036 Fig60. Singônio - Syngonium podophyllum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Fonte: http://www.eljardinensupuerta.es/syngonium-podophyllum---singonio-28831-p.asp Fig61. Lutiela - Alternanthera brasiliana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Fonte: http://www.floresefolhagens.com.br/lutiela-alternanthera-dentata-little-ruby/ Fig62. Botão de ouro - Galinsoga parviflora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Fonte: https://florapittsburghensis.wordpress.com/2013/07/21/pittsburgh-pest-galinsogaparviflora/ Fig63. Helicônia - Heliconia psittacorum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Fonte: https://www.flickr.com/photos/surveying/10686410505 Fig64. Solidago - Solidago virgaurea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Fonte: http://waste.ideal.es/solidagohybrida.htm Fig65. Esquema mostrando a cobertura com teto verde - Sistema Laminar MĂŠdio, empresa Ecotelhados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Fonte: https://ecotelhado.com/produto/ecotelhado-telhado-verde/sistema-laminarmedio/ Fig66. Esquema mostrando a cobertura com telha termoacĂşstica . . . . . . . . . . . 60 Fonte: http://projeteee.mma.gov.br/ Fig67. Esquema mostrando as camadas da parede de light steel frame e MDFachada 96 Fonte: https://www.amorimisolamentos.com/ a-laminar-medio/ Fig68. Cork Study, Surman Weston. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Fonte: http://www.surmanweston.com/cork-study/44460 Fig69. Cork Study, Surman Weston. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Fonte: http://www.surmanweston.com/cork-study/ Fig70. Redshank Beach House, Lisa Shell. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Fonte: https://www.theguardian.com/artanddesign/2016/jul/03/essex-cork-houseredshanks-stilts-marcus-taylor-lisa-shell Fig71. HIGO, nA Architects. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/786886/higo-na-nakayama-architects Fig72. Villa Extramuros, Vora Arquitectura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Fonte: https://www.archdaily.com/267709/villa-extramuros-vora-arquitectura Fig73. Adega Logowines, pmc Arquitectos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-45002/adega-logowines-leonor-duarteferreira-miguel-passos-de-almeida-pmc-arquitectos Fig74. Cena do filme Despedida em Grande Estilo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Fonte: http://hydrahouse.com.br/bastidores-despedida-em-grande-estilo/FNlkDM: Fig75. Cena do filme Elsa & Fred. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Fonte: https://www.google.com.br/ search?tbm=isch&q=elsa+%26+fred&chips=q:elsa+%26+fred,online_chips:filme&sa=X&ve d=0ahUKEwin4JDx0sHbAhVBf5AKHf-8CkkQ4lYIKygE&biw=1638&bih=805&dpr=1.25#im grc=hIOwI0V3FNlkDM: Fig76. Cena do filme Minha Querida Dama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Fonte: https://www.thecultureconcept.com/my-old-lady-paris-wisdom-age-and-findingyour-destiny Fig77. Cena do seriado Grace & Frankie. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Fonte: https://popcultura.com.br/2018/02/16/grace-and-frankie-renovada/
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