Reflexões m1

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Refletir sobre… … atividades pedagógico-didáticas que permitam a concretização, em contexto educativo, da frase abaixo transcrita: "À escola pede-se que prepare os jovens para que sejam capazes de construírem autonomamente a sua capacidade de criar e intervir num mundo global". Reflexões: 

as teorias construtivistas já não são nenhuma novidade e duvido que a “aula tradicional” (centrada apenas no professor que transmite conhecimento) se mantenha hoje em dia, seja em que escola for… as próprias editoras de manuais fornecem ferramentas e sugestões metodológicas baseadas no construtivismo, tão diversas que às vezes o difícil é ter tempo para as selecionar…;

cada vez há mais professores que são criadores/implementadores de ferramentas/instrumentos/projetos e estratégias de aprendizagem, quase sempre com recurso às novas tecnologias (é só ler as contribuições dadas pelos participantes desta MOOC) e têm formação nesse âmbito faz já muitos anos (e alguns até são “cotas” como eu…ehehe) – não é nenhuma novidade;

assim, a dificuldade não estará em dar exemplos ou encontrar «atividades pedagógico-didáticas que permitam a concretização, em contexto educativo, da frase» acima transcrita;

também me parece que o problema não estará tanto nos alunos de hoje, nem nos professores/educadores, nem nos avanços tecnológicos, nem na globalização…; em todos os tempos as crianças são criativas e até e o são mais

em

situação

ou

contexto

de

privação,

mostrando-se

muito

empreendedoras e capazes de encontrar soluções diversificadas para resolver problemas; Então, parece-me que:

a dificuldade está em fazê-lo nas condições em que a Escola/Sistema Educativo se encontra: carga horária excessiva (os alunos passam o dia


dentro de 4 paredes), sobrecarga de trabalho dos professores, nº de alunos elevado, turmas grandes e muito heterogéneas, muitos níveis por professor, currículos extensos, cargos com burocracia extenuante, como o de DT, existência de exames nacionais “castradores”,… e por aí fora, como todos sabemos. E como se chegou a este “estado de coisas”? Bom, agora devolvo eu a pergunta aos nossos governantes, ao M.E., e a quem trabalha nesta pasta da Educação, já que:

A quem interessa a educação? – Aos cidadãos. Quem deve pensar, opinar e contribuir para as políticas educativas? – Os cidadãos, é do seu maior interesse. Como se consegue uma Educação de qualidade? – Com um bom investimento orçamental na Educação, é também para isso que os cidadãos pagam impostos. E o que é que se tem feito até aqui? – Muito pouco: as políticas educativas raramente são seriamente discutidas pelos interessados (os cidadãos, claro) mas antes impostas “de cima”, através de leis e decretos-lei e normas e portarias que nunca mais acabam, avulsas, ao sabor dos partidarismos políticos e dos orçamentos disponíveis ou que se quer disponibilizar. Em suma: não há, nem nunca houve uma “política educativa” independente da política (partidária), o que, na minha percepção, permitiu que se chegasse a este “estado de coisas”.

Então por onde começar? – Este é um bom começo (a MOOC): está a ser discutido e está a ser experimentado em algumas escolas (não é o caso da minha). Espero que as metodologias que estão a ser implementadas e os resultados que estão a ter, na prática, sejam partilhados. E espero que não haja pressa na generalização do processo só porque se tem de mostrar “obra feita”, mas, antes, que se discuta muito claramente – todos nós, cidadãos – o que se quer da Educação, bem como se temos os meios (ou como vamos conseguir alcançá-los) de modo a que este processo seja implementado com justiça (distributiva, comutativa, geral e social) e com equidade. Boa noite e boas reflexões! [São 02:13 e tenho de me levantar às 07:30, para começar as aulas às 08:30…]


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