VHS#17 fanzine | 3ª Edição | Decadent Beauty

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3ª EDIÇÃO·FANZINE VHS#17

DECADENT BEAUTY VHS#17 é uma fanzine criada por 17 jovens artistas de àreas distintas com o objectivo de responder a vários temas através de uma aproximação multidisciplinar.


ISTO É UMA ESPÉCIE DE ÍNDICE

O QUE É UMA FANZINE/BOX? E DECADENT BEAUTY? OS VHSIANOS O QUE FAZ A VHS?


Fanbox é uma abreviação de fanatic box, mais propriamente da palavra box (caixa) com a sílaba inicial de fanatic. Fanbox é portanto, uma revista caixa editada por um fan (fã, em português). Trata-se de uma publicação despretensiosa, onde o conteúdo se encontra dentro de uma caixa surpresa eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, dependendo do poder económico do respectivo editor. Engloba todo o tipo de temas, assumindo usualmente, mas não necessariamente, uma determinada postura política, com especial incidência em banda desenhada, ficção científica, poesia, música, feminismo, vegetarianismo, veganismo, cinema, etc. em padrões experimentais.”

“Fanzine é uma abreviação de fanatic magazine, mais propriamente da aglutinação da última sílaba da palavra magazine (revista) com a sílaba inicial de fanatic. Fanzine é portanto, uma revista editada por um fan (fã, em português). Trata-se de uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, dependendo do poder económico do respectivo editor. Engloba todo o tipo de temas, assumindo usualmente, mas não necessariamente, uma determinada postura política, com especial incidência em banda desenhada, ficção científica, poesia, música, feminismo, vegetarianismo, veganismo, cinema, etc. em padrões experimentais.”


3ª Edição | 6OUT12

decadent beauty | VHS#17

Decadent Beauty · Beleza Decadente · foi o tema do Get Set Festival 2012, para o qual o colectivo VHS#17 foi convidado a participar com instalações no espaço The House, este que serviu de plataforma para a exposição de trabalhos de diversos artistas nacionais e internacionais ao longo do decorrer do festival. O colectivo lançou assim a sua 3ª Edição tendo como tema a Beleza Decadente. www.getsetfestival.com/2012/vhs

Esta edição foi publicada em formato fanbox, contendo um total de 14 postais dentro da caixa vhs produzida pelo colectivo. Este layout serve apenas para a publicação online.


decadent beauty | VHS#17

fotografia adriano ramos

3ª Edição | 6OUT12


3ª Edição | 6OUT12

decadent beauty | VHS#17

Francisco Mesquita Moura francisco.mesquitamoura@gmail.com cargocollective.com/franciscomesquitamoura

Decadente beleza, a tua O homem sonha O pensamento viaja A imagem refaz-se Decadência O homem bebe-a A imagem fixa O pensamento refaz-se Decadente beleza a tua.


#decadente beleza, a tua 2012, tĂŠcnica mista


3ª Edição | 6OUT12

#wake up, 2012 fita-cola

Idiot Mag mag@idiocracydesign.com idiotmag.wordpress.com



3ª Edição | 6OUT12

Adriano Ramos miguel_meskita@hotmail.com cargocollective.com/adriphoto

decadent beauty | VHS#17


3ª Edição | 6OUT12

decadent beauty | VHS#17

#untitled, 2012 fotografia 50 cm. x 70 cm.


3ª Edição | 6OUT12

decadent beauty | VHS#17

#untitled, 2012 técnica mista

Inês Peres inesperesgraphic@gmail.com agnes-peres.tumblr.com

A beleza está nas memórias, da casa, do que fica, dos destroços e de tudo um pouco. Mas a decadência que se entranha com o abandono de locais desfaz a beleza da recordação de pessoas e objectos outrora presentes. Tudo fica um caos e repleto de lixo à espera de construir novas memórias.



3ª Edição | 6OUT12

Ana Aragão aragao.ana@gmail.com anaaragao.com

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#decadent beauty 2012, caneta s/ papel 29,7 cm. x 42 cm.



3ª Edição | 6OUT12

Zé Claro zeclaro1964@gmail.com

decadent beauty | VHS#17



3ª Edição | 6OUT12

It’s Banderas itsbanderas@gmail.com

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3ª Edição | 6OUT12

Cris Santos cristianarsantos@gmail.com cargocollective.com/cristieplaysdesign

decadent beauty | VHS#17

A beleza está no olhos de quem a vê e a decadência no coração de quem a sente. Tudo o que é decadente não é belo e tudo que é belo jamais será decandente. O tempo passa, tudo muda, chega a morte, mas junto a imortalidade, chega a destruição...mas sempre fica a densa nuvem de essência, a história deambulante que se torna beleza infinita para os olhos, apenas, de quem a consegue ver..

O veado Para os povos indigenas é um animal seletivo e especialmente sensibilizado, por isso tornou-se um guia de várias tribos. Onde qualquer um via ervas comuns, o veado via o poder de cura para várias doenças, distinguindo-as das restantes. Quem tivesse a honra de ser olhado com atenção pelo veado, seria levado na direção leste do amanhecer que representa uma energia muito sensível e a possibilidade de caminhar na pureza, assim como na luz. “Everything has beauty, but not everyone sees it” Confucius



4ª Edição | 21DEZ12

Mariana Baldaia mariana.baldaia@gmail.com marianabaldaia.com behance.net/marianabaldaia

Gonçalo Campinho goncalocampinho@gmail.com cargocollective.com/goncalocampinho

Epifania | VHS#17


#decadent beauty 2012, tĂŠcnica mist


3ª Edição | 6OUT12

Francisco Relvas franciscodemourarelvas@gmail.com

decadent beauty | VHS#17

#untitled, 2012 fotografia 50 cm. x 70 cm.




decadent beauty | VHS#17 3ª Edição | 6OUT12

a frag om a rag gmail.c /joana m na F Joa ateira@tive.co frag gocollec car


4ª Edição | 21DEZ12

Tomás Gamboa tomas.gamboa@gmail.com soundcloud.com/muteman

Epifania | VHS#17



3ª Edição | 6OUT12

Teresinha Adão Fonseca taf@gmail.com taf.com

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3ª Edição |6OUT12

#os vhsianos

Francisco Mesquita Moura francisco.mesquitamoura@gmail.com cargocollective.com/franciscomesquitamoura

O Francisco diz sempre ter vivido para o desenho, e que daí surgiu tudo o resto. A arquitectura é a sua amante mais

obsessiva, mas a dedicação de um homem em início de carreira e em dias de crise deve ser repartida pelas alminhas. O desenho, a ilustração, e por vezes alguns rasgos mais plásticos vão

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mantendo a chama acesa em dias cinzentos. E dias cinzentos, no Porto há bastantes. Cidade que é um dos seus principais motivos de inspiração e onde tudo se desenha, entre percursos medievais, encostas de casas de pedra até

ao rio, telhados, amigos, mundos imaginários em rabiscos feitos em toalhas de mesa de cafés. A coisa que mais gosta de fazer é pensar com o lápis na mão, e assim pretende continuar a desenvolver todo o seu trabalho.

e portanto caminho este mundo disposto a partilhar com quem esteja interessado. A arte é um mero veículo para outras realidades

subjectivas que povoam a minha mente e espírito, do qual escolho “fazer vida”.

Adriano Ramos miguel_meskita@hotmail.com cargocollective.com/adriphoto

Partilho o nome com ilustres figuras tais como o meu bisavõ, o lendário Imperador Romano, ou então o clássico e popular macaco televisivo que fez companhia a muitas famílias portuguesas nos domingos á tarde dos anos 90. Nasci (colheita 86) e vivi no Porto, cidade que amo incondicionalmente, e sim, que mesmo apesar da crise “Sr. Coelho”, não pretendo abandonar, nem que reduzam os salários para 43 cêntimos/ hora. Sou um daqueles normalmente rotulados de comunas ao estilo diácono de remédios, e embora tenha um ódio de estimação por quase toda a classe política, abriria de bom grado as portas de minha casa para dar uma sopinha ao Sr. Aníbal, pois parece que a reforma não lhe chega. Acredito que só o bom senso poderá salvar a humanidade e esse consegue-se através de conhecimento e esse através de experiência e não através daquela caixa quadrada que

passamos tanto tempo a olhar. Descobri que pensar por mim próprio é bem mais interessante do que caminhar com a manada


3ª Edição | 6OUT12

Inês Peres inesperesgraphic@gmail.com agnes-peres.tumblr.com

#os vhsianos

Nasci no Porto, no dia 7 de Agosto de 1988 e desde sempre fui fascinada por todas as formas e meios de expressão artística. Licenciei-me em Design Gráfico na ESAD e posteriormente fiz um mestrado em Ilustração no IDEP em Barcelona, cidade que influenciou e inspirou bastante o meu percurso. Agora preencho as horas do meu dia a trabalhar como freelancer e a participar em feiras, exposições, concursos, publicações independentes e projectos coletivos de intervenção ou inovadores para tentar não perder a esperança e crescer no meu país e lá fora. Sou demasiado sonhadora e para mim é essencial estar sempre a viajar pois permite-me criar os meus mundos imaginários com

diversidade e influências culturais. Todas as minhas ilustrações são emocões, sonhos, reflexões e ideologias libertadas para o papel e para todos os suportes existentes com diferentes materiais. Sempre abstracto, experimental

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e nunca real, sempre muito preto no branco ou muito colorido. Uma dualidade interior que faz parte de todos nós. O pormenor e a quantidade infinita das linhas pretas ou a complexidade, alegria das cores, os momentos negros e coloridos da minha vida.

Ana Aragão aragao.ana@gmail.com anaaragao.com

Porto, 1984 Arquitecta de formação, acredita que os seus verdadeiros projectos de arquitectura são aqueles que surgem nos desenhos. Apaixonada por cidades e obcecada com o pormenor, o seu imaginário é feito de paisagens encavalitadas, casas indisciplinadas, perspectivas improváveis, estruturas rizomáticas. Vive entre o surrealismo, o escheriano, o naif, o poético e o universal; os seus heróis de cabeceira são Quino, Hopper, Saramago, Borges, Calvino e outros dos quais se vai lembrando quando a sua péssima

memória deixa. Tem um fascínio por mapas, não sabe bem porquê. Ou até sabe: “It’s not down on any map, true places never are” (Herman Melville). A pilot e a tinta acrílica têm-na acompanhado fielmente, mas admite outras viagens. As suas anagrafias exigem a demora e deriva do olhar, num permanente zoom-in zoom-out, entre o detalhe infímo e a forma que contém. São paisagens afectivas e emocionais; psicogeografias, invariavelmente. Páginas de um livro de viajante que imagina, os

seus desenhos são um elogio à memória, essa máquina falível que dá origem a todos os desenhos possíveis. Não só o tempo é anacrónico, como também o espaço: simulacro milimetricamente hierarquizado da confusão. Porque

a chegada ao destino nunca é fácil: as portas ficam penduradas, as torres crescem tortas; cada cidade é uma anatomia com um código genético irrepetível e um coração dividido.


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#os vhsianos

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Zé Claro zeclaro1964@gmail.com

Nasceu no Porto em 1964. Fruto de um médico e de uma artista plástica, cresceu no seio de uma família de classe média, trabalhadora mas totalmente disfuncional. Frequentou o Colégio das Caldinhas e, mais tarde, formou-se em Filosofia pela Universidade de Coimbra. É professor num estabelecimento de Ensino Secundário Público. Cara vincada e tez pálida, alto, com cabelo grisalho e extrema magreza. É divorciado, mulherengo, libertino e pouco comunicativo, que em nada melhora a relação com os seus três filhos. Deambula rotineiramente entre Bibliotecas, o Café Central e umas certas casas de Fado. De semblante sempre carregado de uma vida de frustrações e “fantasmas”, refugia-se no fundo de um copo, dando liberdade a todo o seu Existencialismo através de uma poesia popular. E assim vai indo…

It’s Banderas itsbanderas@gmail.com

Dita o bom senso que ignorar certas inivitabilidades da vida é um exercício punk e infantil, além de ser altamente indigno de um cidadão exemplar - principalmente quando se trata de um oriundo da Lusitânia. E como os portugueses

são, segundo um ministro auditor nos tempos livres, o melhor povo do mundo, senti de imediato o peso da responsabilidade a pisarme os ombros. Para terem uma noção, no momento em que escrevi isto, as minhas glândulas sudoríparas estavam em loop devido ao meu desespero em provar que estou

à altura de enfrentar os desafios que considero menos agradáveis, tais como pagar o IRS e escrever biografias. Portanto, cá vai o resultado do meu esforço: Costumo andar pelas coordenadas N 41º14.7800/ W 8º 60.6530 mas, honestamente, preferia que acabassem em 9 ou 2, porque li no horóscopo que esses eram os

meus números da sorte (essênciais para maximizar o meu potencial de conquista). Como não tenho meios económicos para me mudar para um local mais auspicioso, resta-me deixar um apelo: se tiverem o número da Maya a jeito, arranjem-me isso por favor, porque eu gostava de saber se ela faz equivalências nessa matéria. Assim, eu mantinha o número 0 nas coordenadas (correspondente a 3 dias de azar por semana) e ela arranjava-me sorte para um 5. Caso isso não me garanta uma potente aura sexual, estou disposta a trocá-la pela garantia de imunidade a caca de gaivota durante um período mínimo de 10 anos.


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#os vhsianos

Teresinha Adão Fonseca taf@gmail.com taf.com

Cris Santos cristianarsantos@gmail.com cargocollective.com/cristieplaysdesign

Nasci a 10 de Fevereiro de 1987 e desde sempre adoro desenhar, em todo o lado, de qualquer jeito! Licenciei-me em Design Gráfico na ESAD – Matosinhos, e fiz intercambio através do programa Erasmus em Barcelona, na Escola

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de disseny BAU. Morei 2 anos no Rio de Janeiro onde trabalhei para uma agência e também como freelancer, hoje divido o meu trabalho entre Portugal e Brasil. Amanhã não sei onde vou estar.

TAF, Teresinha Adão da Fonseca, sou eu! Sempre à procura.. do Porto para Lisboa o destino me levou. Por estar difícil chegar até à “sopa” dos artistas lá tive eu de pensar na forma de me sustentar e apresentar o tal papel que só serve para ganhar. Mas o meu coração têm fome e continua a perseguir a Arte com

coração. Designer de profissão, mas fugindo à estagnação, procuro arte em todas as formas de expressão com especial paixão pela Pintura e ilustração. Com interesse pela educação artística, coordeno actualmente em Lisboa um atelier de sensibilização para as artes e sempre que posso participo em iniciativas e exposições.

Joana Fraga fragateira@gmail.com cargocollective.com/joanafraga

16, Janeiro 1986 De origens Douriense, nasci e vivo no Porto. Apesar da formação em design gráfico, é nas artes plásticas que me identifico e me exprimo. Fotografia, fotocópias, tintas e pinceis são os materiais essenciais para o meu

trabalho no qual utilizo o preto e o branco, a desconstrução e a deformação do corpo humano e justaposições inesperadas como a base das minhas criações. Será o Surrealismo o movimento que mais me inspira, não pela sua loucura mas sim pela sua liberdade de imaginação.


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Mariana Baldaia mariana.baldaia@gmail.com marianabaldaia.com f/marianabaldaia behance.net/marianabaldaia

Nasceu em 1985 em Alcabideque e vive no Porto desde 1986. Formada em Design Gráfico pela Escola Superior de Artes e Design - Matosinhos, 2009, apaixonada pela fotografia e com um caso sério com a ilustração - neste momento a concluir o mestrado em Ilustração pela Escola Superior Artística do Porto - Guimarães.

#os vhsianos

Em todo o seu trabalho, reflecte-se o design como base, a fotografia aparece nos enquadramentos que cria tanto nos flyers, como nos cartazes e mesmo na ilustração. A ilustração é um embrião em desenvolvimento. Actualmente trabalha como freelancer - o quanto a “deixam” - e a tempo inteiro - o quanto lhe sobra - trabalha para concursos e projectos pessoais de forma a não ser engolida pela monotonia do estado actual dos artistas.

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Francisco Relvas franciscodemourarelvas@gmail.com

Desde que me lembro que filmo com os olhos e faço outras coisas também (mas sem dúvida que filmar com os olhos foi a coisa mais importante que me aconteceu) Por causa disso, aprendi a ver coisas, escrever, ver filmes, tirar fotografias, recordar com muito mais precisão, e fazer ainda mais

coisas que nunca tinha feito e que nunca tinha ponderado em fazer. E, tudo isto porque filmo com olhos, imagine-se! (e porque licenciei-me em Som e Imagem, e mais tarde, conclui o mestrado em Cinema e Televisão, na Universidade Católica)


3ª Edição | 6OUT12

Tomás Gamboa tomas.gamboa@gmail.com soundcloud.com/muteman

Chamo-me Tomás Gamboa. Tenho 25 anos. Moro no Porto. O

Gonçalo Campinho goncalocampinho@gmail.com cargocollective.com/goncalocampinho

Nascido em 1986, começa a ter alguma percepção da realidade em meados dos anos noventa em que as lembranças dessa altura são pouco mais que penteados feios, alguns legos e um Pop/rock um pouco estranho. Os anos 2000 trouxeram a consciência, a vontade de evoluir e uma primeira perspectiva sobre a sociedade. A primeira década dos 2000 tornou-o Arquitecto, e fê-lo perceber que o mundo não pertence aos mais honrados e capazes, mas sim aos corruptos e bem posicionados. “the survival of the fittest” não passa de um título de um

#os vhsianos

que eu faço...? Olhem, se pudesse não fazia nada do que faço hoje, mas isso fica para depois porque a história agora já é outra. Perguntem-me se também me

show da “national geographic”. Desenvolveu enormes amores e incomensuráveis ódios que fazem com que acredite que existe uma factura a ser paga e em que todos os dias se prepara para o dia da execução. Apesar de tudo, idealmente, revê-se numa sociedade em que a posição deverá ser ocupada por quem melhores condições reúne para tal. Acredita numa realidade onde a competição é o motor da vontade, onde os mercados são livres em oportunidade e em que cada um é responsável por sua própria sorte. Gonçalo Campinho, vai, portanto, continuar a sonhar...

sinto um artista no meio desta fanzine? Sim. Artista/Músico? Correcto. Principalmente sou um amante e apaixonado por aquelas pequenas partículas atmosféricas que nos criam como que pressão nos nossos tímpanos, e nos transmitem sensações excitantes pelo corpo! Porque? Lembro-me bem daquela altura em que tivemos que escolher as nossas futuras profissões. Primeiro a área, depois o curso e ainda o ramo. A área foi fácil. Também vai tudo dar ao mesmo. Mas da área para o curso foi difícil. Dentro de mim que o que eu precisava mesmo era de transmitir algo. O quê, nunca soube. Não tinha jeito para a escrita, nem para o desenho. Artes plásticas e tal, só no Natal quando me punham a recortar pinheirinhos

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para por na arvore. Mas sempre achei que tinha jeito para explicar coisas. Ou então “geekalhisses”. No fundo acreditei que estamos todos cá para tentar passar um pouco de nós e do que queremos aos outros. Oupas então, faculdade será! Som e Imagem. Espectáculo, média de 10 para entrar. Começaram os primeiros passos a criar e a compor música. Quatro anos depois estava em Barcelona a tirar uma pós-graduação em Produção Musical. Uma ano depois continuo a ser produtor de musica electrónica mas já tenho uma editora. Reaktivate Records, sou designer de som freelancer, trabalho para curtas, spots e vídeos e sou um gajo que podem considerar como pórreiro.


3ª Edição | 6OUT12

decadent beauty | VHS#17


3ª Edição | 6OUT12

#contactos

decadent beauty | VHS#17

VHS#17 FANZINE, O que é isto? Uma vez que no Norte a empregabilidade no ramo das artes está em altas, certo dia demos por nós com excesso de tempo livre e pensamos: “Porque não pegar no nosso salário escasso/ inexistente e criar um fanzine que nos dê lucro zero?” E pareceu-nos genial. Somos gente do bem, jovens fruto de uma geração que conseguiu levar a cabo importações tão eclécticas como as comédias românticas de domingo à tarde, os bailes de finalistas, o Halloween, a política neo-liberal americana

VHS#17 Fanzine hello@vhsfanzine f/vhs17fanzine

e iguarias marroquino-colombianas que possibilitam aguentar tudo isto e muito mais. Deste paradigma nascemos nós, oriundos das mais diversas áreas artísticas para, bimensalmente e com a colaboração de diferentes artistas, vos providenciarmos diversas abordagens de uma temática mutável. Hasta la revista (venga la fanzine), VHS#



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