Alexandre Jacob - Consultoria de Imagem

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DOSSIĂŠ

consultoria de imagem



CONSULTORIA DE IMAGEM

ALEXANDRE JACOB

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

MARIANA BALDI


SUMÁRIO 06 • APRESENTAÇÃO 08 • PROJETO DE IMAGEM 09 • SEU ESTILO 11 • REFERÊNCIAS 18 • CLIENTE 19 • TECIDOS

24 • MODELAGENS 40 • DICAS GERAIS 41 • COLORAÇÃO PESSOAL 41 • PALETA DE CORES 52 • CORES AUSENTES 52 • SUGESTÃO DE CORES


62 • HARMONIAS CROMÁTICAS 70 • ESTAMPAS 81 • VISAGISMO 83 • CABELO 85 • MAQUIAGEM 89 • ACESSÓRIOS

93 • PEDRAS E

MATERIAIS

98 • SAPATOS 102 • BOLSAS 103 • PERFUMES 109 • O SEU REPERTÓRIO 111 • LOOKS



APRESENTAÇÃO

O PRESENTE DOSSIÊ TRATA-SE DE UMA DEVOLUTIVA DO PROCESSO DE CONSULTORIA DE IMAGEM DA CLIENTE, SENDO UMA SÍNTESE DO PROCESSO. FOI CONTRATADO O SERVIÇO DE CONSULTORIA PESSOAL COMPLETA SEM PROJETO DE CABELO E MAQUIAGEM. O NOME E IMAGENS PESSOAIS DA CLIENTE, BEM COMO ALGUMAS PÁGINAS MAIS ÍNTIMAS, FORAM RETIRADAS PARA PRESERVAR SUA PRIVACIDADE. É PORTANTO UMA ADAPTAÇÃO DO DOSSIÊ PARA EFEITOS DE PORTFÓLIO.

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AUTO IMAGEM Durante as entrevistas, se diz como alguém dinâmica, receptiva, acessível e guerreira. Não aprofunda muito sobre sua essência e relata não ter grande conhecimento acerca do que realmente gosta. Na imagem, se diz satisfeita (com algumas ressalvas que apontou e serão alvo de atenção no planejamento da imagem), porém pouco criativa e não sabe usar muito bem o que tem.

DESEJO DE IMAGEM A busca de uma identidade visual coerente com seu atual momento e com sua essência motivou a presente consultoria. Também relata vontade de aprender a usar determinadas peças e ser mais criativa na imagem. Outra questão a ser trabalhada é limitar sua acessibilidade na imagem, sem que precise se desfazer da mesma. A confiança foi outro ponto citado, e também será levado em conta. Além disso, pede propostas mais práticas, pois não tem o hábito de utilizar muito de seu tempo para produzir-se. Por fim, questões físicas elencadas na entrevista, com pontos que quer enaltecer e outros que prefere disfarçar. Algumas considerações feitas: • disfarçar volume na região abdominal; • não gosta de sapatos abertos; • não gosta de marcar cintura; • cabelos curtos (não gostaria de mudar agora); • não liga para maquiagem; • prima pela objetividade ao se vestir; • não gosta de modelagens justas ou pesadas.

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PROJETO DE IMAGEM

Conforme mencionado, na fase de entrevistas, o principal objetivo com a consultoria de imagem é autoconhecimento, em especial da nova fase de sua vida. Também foi relatado dificuldades relacionadas ao que gosta e como usar determinadas peças... Adequar o atual guarda roupa à sua nova fase, além de questões relacionadas ao tipo físico (o que quer destacar e o que quer disfarçar). Além disso, vimos que pontos importantes devem receber atenção na composição da imagem, como: moderar suas acessibilidade sem se desfazer da mesma; trabalhar pontos na imagem que captem atenção para sua feminilidade (mas sem ficar escrava disso) e principalmente, nutrição! Com base no levantamento, foi elaborado um perfil em acordo com sua essência (o pouco que conhecemos durante o processo), adaptado para sua nova fase de vida e respondendo às questões acima mencionadas.

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O SEU ESTILO O estilo é sua forma de comunicação com o mundo; a atitude! É o conjunto das experiências vividas e da essência pessoal. Não há como classificar alguém em um estilo específico, pois somos complexos, possuímos nuances... Contudo, é possível, a partir do momento que há disposição para autoconhecimento, entender um pouco como se projeta no mundo, e consequentemente, acessar possíveis referências de auxílio nessa jornada. Conforme observado no perfil, a versatilidade é uma marca importante sua, inclusive na forma como gosta de decorar a casa (misturando estilos por exemplo...). A sugestão inicial e um tanto precoce a taxaria em um estilo mais criativo. Contudo, como vimos, sua característica para se vestir diverge; traz os elementos mais variados possíveis, mas não os utiliza de forma inusitada (como faria um criativo), e sim convencional àquele momento. O que te torna uma CLÁSSICA. Porém, valem destacar duas questões suas: primeira, que utiliza as peças de forma clássica, mas não o é na escolha das mesmas (não se prende a tailleurs, alfaiataria convencional, scarpin...); e segunda, que busca a harmonia e equilíbrio de proporções da escola clássica, mas com elementos de variados estilos e movimentos. Talvez por essas questões, fica um pouco nebuloso e arriscado apontar um estilo secundário para você, pois com uma enorme variedade de referências, traz um pouco de todos (embora adequando-os às regras do convencional...).

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REFERÊNCIAS Em consonância com o relatado na página anterior, a forma como se dá seu processo de autoconhecimento (vide perfil), traz uma ampla gama de referências. Por esta razão, movimentos que mesclam identidades visuais diversas podem ser uma possibilidade interessante, como o Boho-Chic, que traz toda alma setentista que tanto gosta, combinado com uma boemia retrô dos anos 20. O Boho-Chic prima pela liberdade de movimento, mas de uma forma mais polida. Criam esse visual híbrido com a proposta de se manter leve e arejado. Chapéu Floppy, franjas, tecidos naturais, cortes mais retos... No seu caso em específico, talvez tenha que “dosar” um pouco a volumetria e pluralidade de acessórios do tipo em proposta, mas nada que já não faça em sua maneira habitual de se vestir (os tais preceitos clássicos). A sugestão acima se deve à sua dificuldade em combinar as variedades. Como se trata de um movimento criado sobre tais conceitos, que faz já in natura o que tem dificuldades e ainda, com elementos culturais que se identifica (como os anos 70), pode ser de grande valia. E por falar na década de 70, é uma forte referência sua, junto com a segunda metade dos anos 60.

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Também pode achar elementos interessantes no Art Déco, com suas formas geométricas e influência da egiptologia, que aliás, pode muito bem lhe ser outra fonte de inspiração. Os egípcios traziam em sua forma de vestir modelagens tubulares e tecidos naturais que podem lhe agradar. Yves Saint Laurent é outro nome para você buscar inspiração, pois além de ter tido seu auge exatamente nos anos 60 e 70, o estilista trouxe em suas coleções alguns temas que gosta, como safári, geometria e alfaiataria feminina (muitas linhas retas). Uma de suas mais famosas coleções, com temática africana, também pode ser fonte de inspiração. A estética africana por si só funciona para você, pois traz formas geometrizadas, tecidos leves, cortes retos e transpasses, sem contar a paleta de cores terrosas (há também as estampas multicoloridas de outras regiões do continente, mas aí já é outra história). E como gosta de elementos do mar, os bordados de Jean-François Lesage traziam os motivos para grandes coleções.

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OUTRAS REFERÊNCIAS

O foco aqui é apresentar mais conceitos e fontes, onde pode buscar elementos para agregar arte e substrato cultural à sua imagem, e claro, estilo. As sugestões são feitas com base no seu perfil e, no estilo e referências já trabalhados. Músicas, filmes, pinturas e outros vêm para incrementar sua estética e permitir possíveis contatos com sua essência, sendo muitas vezes, facilitadores em seu processo. O proposto abaixo é melhor explanado em seu perfil.

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MÚSICAS Entre os nacionais, Clube da Esquina, Rita Lee, Vinícius de Moraes, Lô Borges, Clara Nunes e Miltom Nascimento, entre outros... Obras como “O trem das cores”, “Maria Maria”, “Mucuripe”, “Rainha do Mar”, “Drão”, “Fim de Tarde em Itapuã”... Na música internacional, Beatles, Pink Floyd, Bee Gees, Rod Stweart, The Police, Queen... Algumas músicas preferidas são “Imagine”, “Over the rainbow”, “Can’t take my eyes off you”.

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ARTES PLÁSTICAS A sugestão aqui são obras impressionistas, em especial obras de Renoir, como “Le déjeuner des canotiers”, “Meninas ao piano” e “Barqueiros em Chateau”; banhistas e naturezas mortas de Cézanne e Vicent Van Gogh (principalmente os trigais e paisagens campestres). Cito aqui ainda a ilustradora botânica Margareth Mee, com sua bromélias e orquídeas aquareladas. Também nessa área Henry John Elwes, especialista na ilustração de lírios.

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PAISAGISMO Você gosta muito de plantas, por isso, fiz um à parte sobre. Exuberância de jardins tropicais, mas com os moldes de um jardim italiano. Bromélias em geral e orquídeas são apreciadas. Palmeiras, lírios, bananeiras, samambaias... Já é familiarizada com os jardins de Burle Marx, que são importante referência aqui. Mas quero te dar outras possibilidades, como Luiz Carlos Orsini (destaque para o Inhotim) e os jardins de Majorelle.

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DECORAÇÃO Outro grande interesse seu! Além do já comentado Art Déco, que traz muitos elementos, o rústico também pode ser uma referência, pois traz texturas e imperfeições mas com certo polimento, sem agredir o olhar ou aspecto abrutalhado. Tem também um ar nostálgico (até campestre). Pedra, vime, linho, couro... no rústico italiano aparece também o mármore, além dos tons crus e suaves. Mobiliário Chippendale (com seus cabriolets e mognos), Tapetes Persas, Companhia da índias (porcelanato) e Borrão Azul podem servir de inspiração. Nas flores, além das já comentadas, celósias, antúrios, zedoeiras, strelitzias e folhas mais longilíneas ou em forma de espada podem lhe agradar... experimente!

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CLIENTE TIPO FÍSICO DIAGNÓSTICO Em linhas gerais, possui estrutura óssea larga, com pulsos e tornozelos espessos. Biotipo endomórfico. Cabeça pouco mais longa na escala corpórea. Pernas e torço proporcionais. Joelhos baixos, pernas mais curtas. Pescoço curto. De Frente, silhueta ovalada. Região abdominal volumosa. Ombros um pouco menores em relação ao tronco. Cintura e quadril em medidas próximas e um pouco mais de busto. Não possui muitas curvas e nem cintura destacável. Estatura mais baixa. De costas, silhueta retangular, larga por conta da estrutura óssea.

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TECIDOS Como tem estrutura óssea larga e biótipo endomórfico, tecidos de caimento médios e fluidos são a melhor proposta. Há uma gama enorme de tecidos possíveis. Abaixo algumas sugestões, mas claro que não precisa ficar presa aos mesmos. Apenas ressaltar que pontos levados em consideração na sugestão dos tecidos: ocasião de uso (seu dia a dia); seu corpo (estrutura larga e mais volumétrico) e claro, seu gosto pessoal e perfil.

LINHO Conforme vimos na análise de biótipo, possui corpo com destaque de volumetria (apesar das linhas retas e o formato retangular atrás), o que não seria ideal para um tecido como linho. Contudo, você gosta e considerando seu perfil, combina com você, por isso, a ideia é que prefira o linho em modelagens mais planas, como blazer, camisa e calça de alfaiataria, pois o tipo de corte segurará a forma da peça. Do contrário, ela pode dar uma leve deformada com o tempo, dando aspecto relaxado à produção. Evite modelagens muito ajustadas nesse tecido, pois não funcionam para você.

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CREPE As fibras com esse tipo de torção darão um aspecto rústico-sofisticado à produção. A sugestão é o crepe Chanel, com seu aspecto granulado e por ser encorpado. Prefira o lado menos brilhoso para peças próximas ao rosto. Macacões são uma boa opção para uso do tecido.

LÃ FRIA Uma excelente opção para peças de alfaiataria, principalmente de meias estações, pois é fresco no calor e mantém o corpo aquecido no frio. Prefira o tipo 120 (trata-se dos fios da lã), pois são mais resistentes; um tipo 180 por exemplo, tem fios muito finos, e pede peças mais delicadas e não tão usuais, fugindo da proposta que temos.

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CAMURÇA • CHAMOIS • SUEDE Prefira as imitações, que além de mais ecológicas, são mais acessíveis. Traz a imagem do couro mais bruto, rústico, sem tanto polimento. Em contrapartida, principalmente no caso do chamois, possui textura de pêssego; macia, agregando certa delicadeza em meio ao aspecto natural. A camurça fica melhor em casacos, bolsas, sapatos, coletes... chamois por sua vez em camisetas, bermudas, calças...

CAMBRAIA Na impossibilidade de uso do linho puro, as cambraias de linho são ótimas opções, pois trazem aspecto rústico e leveza. Só deve ter atenção ao tipo de peça, pois é um pouco mais transparente que o linho. Outra possibilidade interessante é cambraia de algodão, mais acessível, sendo usado para camisas, blusas, vestidos...

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LUREX Mais discreto que o lamê e as lantejoulas, os tecidos com lurex na composição trarão o ar disco e setentista que gosta à estética. Mas como há a questão do brilho (ainda que discreto), sugere-se o uso na parte de baixo, em calças por exemplo.

TRICOLINE Camisas, vestidos, blazer... é um tecido pouco mais pesado que a cambraia e possui variedades com Elastano (funciona bem para você). Evite os acetinados. Como é formado em sua maioria por algodão, costuma amassar muito, não sendo tão prático nesse aspecto. Contudo, exatamente por conta da composição, tende a ser bem fresco

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ANARUGA (SEERSUCKER) Aqui um pouco de tendência deste ano e 2021. O tecido é bem leve e versátil para confecção de peças (camisas, calças, bermudas, blazer, chapéu...). Ideal para os dias de alta temperatura e bem prático para viagens. A versão clássica é em listras bem finas azul e branca. As mais contemporâneas vêm de multicoloridos, mas ainda assim, são bem discretas.

LAISE

Fresco, leve, com seus bordados vazados, que conferem profundidade ao visual. Muito utilizado no movimento Boho, trazendo certa dose de romantismo à composição. Costumam ser de algodão. Blusas, saias e vestidos são alguns exemplos de sua utilização. As cores são variadas, mas as brancas, nudes, beges e de pouca saturação são as mais usadas.

OBSERVAÇÕES:

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• tecidos que trazem efeitos de profundidade, como tweed, devores, boucle etc podem ser bons aliados para você, principalmente quando usados no torço, pois tiram o aspecto chapado de algumas cores e reduz sua luminosidade. Contudo, prefira em modelagens planas (blazer, calça alfaiataria, coletes...) ou afastadas do corpo, por conta do seu biótipo. • caso opte por malhas, prefira as mais estruturadas como as feltradas.


MODELAGENS Abaixo seguem algumas opções de modelagens, com base em seu desejo de imagem, perfil e tipo físico:

VESTIDO MONDRIAN O clássico de Yves Saint Laurent tem tudo a ver com o perfil! Geometria, anos 60, formas tubulares... As linhas simples e limpas, trarão uma imagem mais plana, disfarçando a região abdominal. O comprimento “libera” as pernas, como desejado. É importante que seja em um tecido plano para que se tenha o efeito desejado. Sugestões: linho, crepe Chanel... Vale ressaltar que por ter caimento levemente em A, obtêm-se a marcação da cintura na própria estrutura da peça, sem a necessidade de cinto ou acessório. Como o tipo de silhueta pede essa marcação e você não gosta muito, é uma boa solução.

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MACACÕES A proposta aqui é trazer versões mais sofisticadas da peça, lembrando as discotecas, onde o macacão ganhou novos caimentos e usos; ele vêm no perfil para celebrar! Mais social e menos utilitário. Por isso, a sugestão são tecidos leves como seda ou crepe; modelagens mais retas e sem as marcações de cintura que não gosta. Um decote é bem vindo dependendo da intenção do uso (trabalho não!). É uma peça-chave para os dias de pouca criatividade ou tempo para pensar no que vestir. Além disso, alonga a silhueta, o que permitirá ganho de altura e disfarce da região abdominal.

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CHEMISES Multifuncionalidade e praticidade são as palavras aqui. A modelagem também vêm a calhar, pois é reta, sem marcação de cintura, pernas expostas e decote V. Vale lembrar aqui que é diferente de Chamisier, pois embora derivem do mesmo conceito, divergem na silhueta (este outro tem cintura marcada, saia godê, as vezes babados...). Uma outra boa dica aqui, é utilizar seu “primo próximo”, o Tuxedo Dress ou vestido blazer, pois também trará uma silhueta agradável ao gosto e favorável ao corpo. Só um adendo: na escolha do vestido blazer, atentar para a lapela. No seu caso, evitar as lapelas curtas!

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JUMPERS O vestido avental é uma boa opção para os dias mais frios, pois como deve evitar golas rolês (e foi um pedido inclusive), o uso da jumper permite a criação de um decote V mesmo com uma gola mais alta, alongando o pescoço e “aliviando” um pouco o volume em cima. Optar por modelagens mais retas. Se for usar com meia calça de lã, escolha uma jumper de comprimento longo ou no caso de midi, utilizar sapato na mesma cor (ou bem próxima) do tom da meia, para não “cortar” a linha de pernas. Outra boa solução aqui são botas que cubram a parte exposta da perna, ou ainda, com meias na mesma cor da bota.

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CACHE-COEUR OU ENVELOPE Mesmo sendo mais ajustado e com cintura levemente marcada, a sugestão desse tipo de decote é válida, ainda que como experiência. Primeiro por ser um clássico dos anos 70 e ir muito de encontro ao perfil (versatilidade, praticidade, sobriedade). Segundo por seu tipo físco, pois alonga silhueta, destaca o colo e no caso dos vestidos, as pernas. O vestido é a melhor opção, mas blusas também podem funcionar se utilizadas com peças na mesma cor abaixo (saia, bermuda ou calça). Também há de se atentar ao tecido ( tricoline é uma boa opção), pois como se trata de uma modelagem mais ajustada, escapar de malhas que marcam muito. Eleger uma peça que o cinto para amarração seja no mesmo tecido, do contrário, “cortará” a silhueta.

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CALÇA FLARE OU BOCA DE SINO Maior mobilidade nas pernas (conforme solicitado). Costuma ter cintura mais alta, o que lhe dará linha de pernas mais longilíneas; como possui torço e pernas proporcionais, pode deslocar a altura da cintura sem impactos visuais. Por cobrir os sapatos, alonga a silhueta (fica mais longilínea). Além, claro, de ser uma marca registrada dos anos 70 (embora não se origine lá), trazendo todo o clima desta época. Para esse modelo, é interessante escolher qual sapato vai usar, para ajustar a bainha ao mesmo, pois não deve arrastar a boca, mas também não deve revelar o sapato (o correto é rente ao chão, mas sem arrastar).

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MODA PIJAMA OU NEGLIGÉ Como casa é algo importante no perfil bem como conforto e versatilidade, a moda pijama é mais que bem vinda! Vestir-se sentido o conforto do lar e sem perder sua identidade são os pontos fortes aqui. Para tanto, como anos 70 são uma constante nessa tendência, as sugestões são: nas terceiras peças, robes-chemises, vestes e sobreposições que tenham linhas retas, proporcionando a tão pedida modelagem solta e tubular. Outra boa pedida são as calças de cordão, que por serem de tecidos mais leves (shantung, crepe...), permitirão maior liberdade, frescor e não “pesarão” as pernas (o que foi recomendado na consultoria para não ocorrer). Por fim, outra marca do negligé é o kaftan, que também pode ser uma possibilidade (nesse caso, opte pelos mais secos e alongados).

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OS DECOTES Além do já mencionado envelope, outros indicados são: cigano (vela os braços, disfarça o abdômen, revela o colo... e é super setentista!); tomara que caia (aqui, certifique-se que há uma boa estrutura na peça para valorizar o busto); linha V (pode ser confeccionado na peça ou adaptado, como em uma camisa por exemplo). O decote bateau ou canoa também funciona, pois aumenta a projeção do ombro. Porém, no caso em questão, deve haver cuidado com a largura das costas... uma boa ideia são cores escuras para esse tipo de decote. Outra saída são acessórios que tenham caída para trás.

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ASSIMETRIA Funciona muito bem para tirar o foco de determinadas áreas e desviar para outras, sem precisar de grandes artifícios. É também uma forma discreta de desconstrução, sem ficar em desacordo com o perfil, que prima por ideias mais clássicos. Pode ser obtido na própria modelagem (um ombro só, uma saia com ponta, um recorte estratégico...) ou com alguns truques, como por exemplo, uma manta ou lenço sobre um dos ombros, uma blusa amarrada na transversal... Pode também ser alcançada com cortes de cabelo.

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CALÇAS, SHORTS E BERMUDAS As bermudas são a melhor opção, principalmente aquelas que terminem na parte mais fina da perna (logo abaixo do joelho), destacando-a. Um palmo acima também vale. Modelagens retas (nem justas, nem oversized). Preferência pelos tecidos e cortes de alfaiataria. Quanto às calças, além das já comentadas (de cordão, flare), as calças mais retas irão favorecer (calça jeans reta, color reta, alfaiataria). Pantalonas podem funcionar (evite palazzos por conta da altura), mas nesse caso, um pequeno salto é bem-vindo e se for um conjunto ou uma proposta monocromática também ajuda (traz impressão de mais altura, cortando menos a silhueta). Pantacourt de preferência com sapato nude para não achatar a imagem (ou usar o mesmo truque da pantalona, de conjunto ou monocromático). A altura da cintura fica a seu gosto, pois possui medidas de torço e pernas proporcionais. Contudo, a preferência pelo tipo físico é a cintura convencional ou alta (no caso da alta, é localizada entre a cintura Império e a cintura alta, na parte mais fina do torço).

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SAIAS O caimento levemente evasê pode funcionar, mas evite a linha trapézio (A) muito marcante por conta dos ombros mais estreitos. Plissada também é uma boa opção, mas aqui deve ser em tecido mais leve (para não armar) e comprimento nos joelhos (evite curta ou midi). O crepe pode ser uma boa opção. Outra saia que funciona é a sarongue, com a cintura um pouco mais alta (parte mais fina do tronco). Fazer a amarração nesse ponto mais fino, pois trará assimetria (fortalecida pela fenda natural vista ao movimentar). Para saias mais curtas, vale a dica do comprimento usado nas bermudas. Nesse caso, modelagens mais retas e planas. Deixar fendas e tecidos com mais movimento para comprimentos mais alongados. Saias assimétricas também são bem vindas (saias com bico, saia origami...). Saia de franjas pode funcionar bem, pois chama atenção para as pernas sem perder a liberdade de movimento. Apenas ficar atenta ao comprimento do forro (e que as franjas estejam em todo o cumprimento da saia e não só nas pontas, no seu caso). O caimento ideal das saias (pode ser usado para os vestidos também) é o elíptico, que acompanha as formas de seu corpo.

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CASACOS O comprimento na altura do quadril é a melhor opção para você. Muito curtos podem fracionar sua imagem, te tornando mais baixa (caso queira usar, prefira com produções monocromáticas e longas em baixo). E os muito longos, por ter joelhos deslocados para baixo, irão diminuir sua linha de perna (caso queira usar, mesma regra dos curtos). As linhas retas são bem vindas. Nem muito justos, nem muito largos. Cardigãs, coletes de alfaiataria, além das já mencionadas terceiras peças da moda pijama são alguns exemplos propícios. No que tange aos blazers e casacos da mesma família (linha chesterfield por exemplo), lapelas mais alongadas (possui pescoço mais curto) e abotoamento central. É interessante o uso aberto, para criar duas linhas no centro do corpo que trarão impressão de menor diâmetro na região abdominal. No caso de usar fechado, uma boa dica são lenços que criem as linhas no centro do corpo. Outro ponto são as ombreiras, que além de estruturarem o caimento da peça (que no seu caso é favorável), irão aumentar seus ombros, que são ligeiramente mais curtos. Para as blusas e malhas de lã ou similares, evitar volumes como tricots aran ou cable knitting. Preferência por lisos e golas V. No caso de cacharel, a dica é criar um decote para alongar o pescoço, como o já comentado truque da jumper ou ainda com lenços ou casacos que tragam alguma informação mais chamativa para baixo (um pingente ou um broche por exemplo).

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DICAS GERAIS • Usar e abusar das camisas! Além de versáteis, fazem o decote V tão requerido no perfil. No geral, também são mais retas, o que favorece e vai de encontro ao seu gosto. Evite colarinhos vitorianos ou laços e gravatas embutidos; • Evite peças que contenham marcação de cintura na estrutura, como trench coat, parkas e afins, pois trazem uma cintura demarcada que não é a melhor região para marcar a sua. Caso opte por usar tais peças, prefira usá-las sem fechar. Peças que contenham um roletê na cintura também não são ideias pelo mesmo motivo (alguns macaquinhos e vestidos costumam trazer); • Camisas, chemises, sarongues e calças de cordão, dependendo do tecido, também funcionam como saídas de praia/piscina, mudando os complementos; • Robe-chemise e Kaftans também funcionam para ficar em casa (que tanto gosta) com conforto e estilo, sem precisar de grande produção caso precise sair de última hora; • Arregaçar as mangas de camisas e casacos para deixar à vista os punhos (parte mais magra dos braços). Outra possibilidade são as mangas ¾, melhor pedida para você; • A cintura de calças e bermudas deve ter cós médio (nem curtos e nem aquelas palas). Além disso, devem conter zíper de pelo menos 4 dedos, pois zíper muito curto desestrutura a peça e desloca cintura para baixo, além de marcar o indesejado; • Invista em blusas com drapeados nas costas, assimetrias (uma ponta, uma linha diagonal...) e ombros marcados. Com relação às ombreiras, tenha o cuidado de ser embutidas na peça ou, para as externas (epaulettes por exemplo), que sejam sem brilho e adornos exagerados, pois no seu caso irão desfavorecer.

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COLORAĂ‡ĂƒO PESSOAL Seguem os resultados de sua coloração pessoal e na sequĂŞncia, exploramos um pouco mais o assunto: • Estação: outono suave • Contraste: mĂŠdio-baixo • Profundidade: neutro mais para o escuro • Intensidade: suave • Temperatura: neutra quente • Cores de superfĂ­cie: terra de siena e avermelhados • Cor de fundo: verde terra

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O que mais marcou seu teste foi a intensidade das cores: sua pele reage melhor a pigmentos suaves (opacos ou efeito mate). Cores muito intensas e brilhantes não valorizam seus traços, realçam marcas de expressão e não harmonizam com sua pele (o que não te impede de usar, apenas requer alguns cuidados). As cores suaves são pigmentos que “não estão puros” ou seja, receberam a adição de cinza ou acinzentaram pelo acréscimo de seu complementar. Para facilitar sua visualização, pense em cores do outono: os bordôs e ouro velhos das folhas de plátano, o bege dos trigos, as frutas e hortaliças da época como abóbora, maçã, nozes... as folhas que ganham verdes mais secos, entre o oliva e o sépia. Aliás, por falar em estação, o outono suave é o primeiro dos outonos e traz toda uma representatividade que relaciona-se com você (melhor explicado no perfil). Exatamente por ser o primeiro dos três outonos, traz muito da estação anterior, o verão suave. Como sua temperatura é neutra (mais para quente), ficamos entre ambas estações, o que não é estranho afinal elas têm muito em comum. Por isso, sua cartela traz algumas cores do verão suave que também podem ser usadas, mas com cuidado e moderação, pois são mais frias (como sua temperatura é neutra, você aguenta, mas evite exagerar pois sua pele tende para o quente – possui mais caroteno na pigmentação). A pigmentação superficial da pele tende para tons quentes, com destaque para os avermelhados e terra de siena, sendo a cor de fundo, o verde-terra. Ou seja, suas marcas e manchas na pele tendem para azuis esverdeados (o que indica a cor de possíveis corretivos por exemplo, como veremos na parte de maquiagem). Além disso, bronzeia com facilidade e tende para cor cobreada no bronzeado. Importante ressaltar que as cores da tabela são um norte para você se conduzir, mas não impede de usar outras, apenas vale lembrar que quando for fugir das cores propostas, atente para os truques ensinados no teste para não desarmonizar a composição (que pode derrubar a sua expressão, desbotar, envelhecer, realçar o que não quer etc). Por fim, salientar que as cores de seu gosto e aquelas que se relacionam com você que não estão na tabela, não foram esquecidas! Elas foram adicionadas à paleta, mas em separado, para lembrar que o uso delas se dá de outra forma.

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PALETA DE CORES CORES EM DESTAQUE NA CARTELA MOSTARDA Um amarelo mais democrático, mas ainda sim com muita personalidade. Pode funcionar até como pseudo-neutro, dependendo do tom e da produção. É mais consistente que o amarelo puro. É uma cor muito presente na paleta setentista que tanto gosta. Remete muito à Índia também, com seu famoso amarelo indiano e uma de suas fontes naturais de pigmentação é a cúrcuma ou tumerique. Traz em si o movimento excêntrico dos amarelos (expande a região onde é colocado), mas como não é puro, capta menos luz, dilatando menos as formas. Contudo, uma peça mostarda sobreposta (um blazer mostarda sobre blusa, por exemplo), já requer certos cuidados no seu caso, pois a atenção se concentrará exatamente na porção central do tronco, contrariando o desejo de imagem. Também é uma cor que funciona para dias que precise de constante atividade mental, pois age de forma favorável na memória. Nos momentos de melancolia, também é bem-vinda. Já em dias de constante agitação, principalmente mental, evite, principalmente na porção superior do corpo. Outra dica é que a cor atua eliminando rancores e mágoas, estimulando a seguir em frente.

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Por fim ressaltar que é uma cor que achata um pouco, o que pode diminuir a estatura ou chapar sua imagem (o que pode servir, dependendo do que quer). Caso queira atenuar essa característica, utilizar a cor em tecidos que apresentem mais profundidade, como crepes, tweed ou aqueles com texturas, como casa de abelha, por exemplo.


BORDÔ Enquanto o vermelho ativa a vontade e trabalha os elementos mais ativos da ação, o bordô (burgundy ou borgonha) traz uma versão mais passiva da cor. Também muito sensual, mas aqui sem o impulso ou caráter “ígneo” do vermelho; é mais sutil, mais emocional, em certos pontos e até mais “diplomático” que o outro. É uma cor que trabalha bem com elementos sensuais mais velados, sofisticados e por vezes até românticos, como rendas, veludos, sedas (no seu caso, se forem acetinadas, deve ter cuidado ao usar no tronco, pois capta luz e brilha). Se for usar em produções monocromáticas, utilizar de texturas ou aplicações que tirem um pouco a cor do óbvio, pois em excesso pode ser monótona. Por exemplo, um conjunto de calça e blusa de veludo bordô pode te apagar e parecer chato, mas combinado com algo em renda na mesma cor e um lenço com aplicações, já tornam o look mais interessante. Além disso, é uma cor que funciona muito bem como “quase neutro” também, sendo portanto um coringa para você. Na imagem, também denota poder (em crepes de seda por exemplo) e controle (tecidos mais duros, como couro). Mas também pode, dependendo do tecido e produção, passar um aspecto mundano, comprometendo sua credibilidade (há de se ver a ocasião de uso e o modo como irá compor as peças).

Durante a consultoria foram passadas várias técnicas para essa última questão, mas registra-se aqui o uso de modelagens mais retas e tecidos planos (alfaiataria por exemplo), em calças, blazers, saias retas. Em dias que sentir-se estagnada ou muito indulgente, evite a cor. Se estiver em uma fase de apatia, até que tenha tal processo sob controle, também é melhor evitar o bordô. Mas é um excelente aliado para ações mais comedidas, como no empreendedorismo por exemplo.

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BEGE O branco é gelado demais para você (mas ainda sim, pode usar, conforme abordarei a diante). Os beges harmonizam melhor. No caso, os beges crus, marfim, off White, pérola e até um champagne. São cores que vão muito bem quando em tecidos naturais como linho, Retirei o resto da frase transmitindo leveza, mas com um que rústico... O pérola e o champagne já casam melhor em tecidos com um leve acetinado (o que para você requer alguns cuidados). São coringas também em termos de combinação, contudo, evite com os amarelos mais abertos ou claros, pois tendem a amarelar o todo da composição visualmente. Se for para esta cartela, prefira os ocres e caramelos. Em monocromáticos trazem presença à produção, mas de forma sutil; com variações de marrom mais fechados proporcionam algo rústico; com laranja terroso alegria e algo mais arrojado. Quanto à modelagens, melhor evitar a cor em peças vintage, pois é uma cor que já carrega esse DNA, e portanto pode parecer figurino (até pode ficar interessante se for muito bem trabalhado). Do contrário, pode trazer algo retrô (o vintage repaginado para os dias atuais), pois não irá trazer essa informação de ultrapassado e envelhecido... Muito disso é por nos remeter aos papéis brancos que quando guardados por muito tempo, amarelam, tornando-se beges. Inconscientemente associamos. Por isso, o melhor (caso queira usar a cor em algo datado) é trazê-la em uma releitura.

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Os beges em geral suavizam a imagem. Indicado para pessoas muito auto críticas e perfeccionistas, pois trabalha a permissão de serem imperfeitas. Porém, evite em momentos que perceber estar negligente, pois acentuará o estado. O pérola, especificamente, trabalha bem pessoas que se permitem invadir com facilidade.


FERRUGEM E LARANJAS TERROSOS Típica da paleta outonal, essa família de cores traz expansividade de forma mais comedida. Aguça a criatividade, podendo em tons mais fechados funcionar como neutros (mas nada óbvios). Cores como ferrugem costumam ser bem democráticos e tiram produções comuns da zona de conforto, agregando cuidado e diferencial à produção. Passam mensagem de ousadia dosada; prudência ao ir além do conhecido, o que pode ser muito positivo no trabalho principalmente. Para tanto, pede um visual mais pensado... combiná-la com preto ou outros neutros já modificam a mensagem, pois nesse caso elas funcionam como foco de cor. O ideal para potencializar a cor é usá-la como neutro na produção, criando acordes com outras cores (sugestões: olivas, pêssego, turquesa, cinza-azulado...). Apostar em monocromáticos também funciona. Por serem cores expansivas porém de menor percepção, ficam mais interessantes em peças de maior extensão, como calças, camisas, casacos... tops, lenços ou porções pequenas da cor podem não produzir o resultado esperado, pois sua dimensão não é percebida. Tecidos mais pesados trabalham melhor a cor, mas nada impede os leves (mas nesse caso é interessante que a modelagem seja menos fluida).

É uma boa cor para momentos que queira acessar sua disponibilidade. Também funciona bem para os dias de muita dúvida, pois traz certa segurança à ação e comunicação. Age como vigor mental. Do contrário, caso queira estabelecer limites ou controlar a impulsividade, evite-a.

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CELADON Cor que em cartela se aproxima mais do verão suave, mas como dito, você pode usar (com moderação) a referida paleta. Traz frescor e jovialidade à produção, mas sem ser tão romântico quanto ao verde menta, por exemplo. É mais cinzento e discreto. Também de fácil combinação. Porém, diferente de outras cores que fazem às vezes de neutro, esse verde tem presença mais marcante. É uma boa saída para dias mais criativos mas que não quer chamar atenção (por isso funciona bem para os clássicos). O interessante é utilizar a cor em peças de modelagem mais simples, para agregar novidade às mesmas e sair do lugar comum. Apesar de ter presença, é uma cor que em modelagens muito extravagantes perderá sua força, pois mal será notada. Contudo em uma peça comum, trará ares de inovação! Evite usar a cor em tecidos brilhosos pois não condiz com sua natureza (como já dito, ela tem que falar por si só, sem artifícios). Em compensação, tecidos de alfaiataria no geral (lã fria, gabardine, crepe, linho...) são bem vindos. Outra boa opção é apostar nos monocromáticos com ela. Combina bem com verdes musgos por exemplo.

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Outra dica é usar com peças de maior proporção na produção, como blazer, calças, macacões... peças como blusas, tops, shorts tendem a “abafar” uma cor que já é discreta, podendo trazer imagem de insegurança. A utilização com cores de saturação próxima como lavandas cinzentos ou até um taupe, pode tornar o look interessante, mas também confuso, pois são cores que trazem certa “nebulosidade”, portanto, o melhor quando juntá-las, é fazer um visual elaborado (para que fique claro que foi pensado). Detalhes podem ajudar nesse sentido, como brincos nas cores, um lenço no bolso... (aqui a ideia é ficar o combinadinho mesmo!). Quanto à ocasiões, deve ter cautela com o uso em dias que estiver muito saudosista, pelas próprias propriedades da cor. Se estiver em uma fase de viver para o passado, e isso estiver impedindo sua ação no presente, também deve evita-la. Contudo, se for a intenção essa jornada em si mesma, será uma cor favorável.


AZUL MARINHO

Azul marinho é favorável para dias que precise desacelerar. Também quando precisa de momentos para Embora a cor não esteja na paleta de outono, é um si mesmo. Excessos podem acarretar em inflexibineutro universal. Transmite seriedade, estabilidade. lidade e dureza, além de pessimismo. Basta saber quando e como usar, conforme explanado. Há também um sentimento de introspecção ligado à cor. Deve ficar atenta ao tipo de modelagem, principalmente para monocromáticos em marinho, pois pode transmitir conservadorismo e inflexibilidade. Por isso, quando utilizada, prefira peças mais arrojadas e tecidos mais fluidos (pantalonas, sedas e similares, assimetria...). Nas harmonias cromáticas, depende da modelagem. Se for uma proposta monocromática ou combinações análogas, ou ainda, com cores muito fechadas como tons de vinho, por exemplo, prefira tecidos e modelagens mais fluidos, contemporâneos, divertidos... Se for combinar com cores como mostarda, cítricos, rosa pastel... prefira peças mais clássicas, como blazer mais formal, camisas, calças retas. Se conseguir trazer nas peças mais tradicionais a cor mais chamativa e nas peças diferenciadas o azul marinho, pode ficar uma proposta bem interessante!

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ROSA CHÁ

Não aconselho o uso da cor nos momentos que estiver se sentindo culpada. Também não é boa companheira para Cor opaca da cartela de verão suave, contudo, como quando quiser limitar sua acessibilidade. Mas é uma cor boa para momentos que quer trabalhar ressentimentos de ouvisto na etapa de coloração, você segura bem. Traz trem sem se fechar. Ou ainda para quando quiser explorar um pouco mais de docilidade à imagem; delicadeza. seu lado romântico sem ser idealista.l.

Exatamente por isso, deve ser evitada em peças que tenham apelo mais infantil (com laços, babados...). O tecido aqui faz toda diferença: crepe Chanel, lã fria...

Nas combinações, funciona como pseudo-neutro: com azul marinho, fica inusitada (o azul “amadurece” esse rosa); com bordô um ar vintage (romântico do séc.XVIII); com verde celadon suavidade arrojada (nesse caso, muito cuidado na escolha das peças para não infantilizar) ... vai muito bem com preto também. Na sua consultoria, pode ser uma ferramenta interessante, pois como prefere e dispõe de peças mais retas, o rosa irá suavizar um pouco à imagem, fazendo um contra ponto. Outra questão importante no uso dessa cor é a escolha de acessórios, pois eles vão ditar a direção que a cor vai ter: pérolas romantizará e até envelhecerá aqui; ouro velho trará ares vintage, por isso se escolher, prefira um design moderno para não datar e também envelhecer; aplicações com cristais ou brilhantes (e similares) tendem a deixar a imagem juvenil (prefira aplicações mais rústicas como pedras foscas e conchas).

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CARAMELO Seu neutro em potencial. Nada impede de usar marrons mais fechados ou ocres, mas o caramelo parece vir no ponto para você. O maior cuidado se deve à peças lisas mais ajustadas ao corpo, quando não quiser um apelo mais sensual, pois para você funciona como um nude. Nos tecidos, couros brutos e camurças podem trazer ares mais boho à produção, deixando-a mais descolada (aí depende do que pretende...). Tecidos com aspecto muito preciosos também não costumam funcionar bem com a cor.

É uma cor que em si transmite acessibilidade. Traz um comprometimento mais flexível (não tão rígido como preto ou marinho) e mais leve do que o cinza. Contudo, seu uso frequente pode cansar, além de perder a função (não se dá a devida importância a quem está disponível demais...).

Nas harmonias cromáticas acerta com sua cartela num todo: com marinho, retroage à anos 20 e até ao art déco (prefira modelagens contemporâneas nesse caso para não datar); com ocres e mostardas, monocromáticos interessantes (passa certo engajamento, mas com maturidade), sendo uma combinação bem anos 70 (para não caracterizar, evitar combinar com peças que tragam o estigma nesse caso, como flare, pantalonas...); com rosa desbotado traz jovialidade (com pequeno apelo sensual dependendo da peça).

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TAUPE Essa é um coringa de sua cartela. Uma variação entre o cinza e o marrom, substitui ambos e com um pouco mais de sofisticação e originalidade. É uma cor que pode “variar” conforme a combinação (dependendo da cor, ficará mais para o cinza ou mais para o marrom). Seu nome popular é a famosa “cor de rato”. Pode funcionar bem para “acalmar” cores muito chamativas em combinações, uma vez que neutros mais fechados como preto ou o próprio cinza iriam ressaltar seu brilho(como um pink por exemplo). É um bom parceiro para vermelhos também, principalmente mais fechados, fazendo harmonias coloridas, porém discretas. É uma cor complexa de acessar na memória, sendo portanto muito associada em algumas culturas ao sistema límbico. Mais ainda: por tender para duas cores sem fixar em nenhuma com mais precisão, fica melhor em tecidos mais rígidos ou invernais (camurça, lã, veludo). Tecidos mais leves nessa cor passa impressão de muitas flutuações; de algo místico (se for a intenção, está valendo!).

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CORES AUSENTES NA CARTELA, MAS DE GOSTO DA CLIENTE Aqui estão elencadas as cores que se identifica mas não estão na tabela de cores da estação. É válido ressaltar que, as cores da coloração (no caso um outono suave), podem ser usadas sem restrições quanto à questão de pigmento. As cores abaixo já precisam de um cuidado maior. Mas como a consultoria não visa limitar sua atuação e sim permitir sua plena projeção, sugiro algumas possibilidades de uso. Novamente ressalto que são observações relacionadas ao uso dessas cores próximo ao rosto, portanto utilizá-las em peças como calças, saias, sapatos... não irão interferir (pelo menos não na parte de coloração). Geralmente, as cores que o (a) cliente mais se identifica correspondem às de sua cartela (casam com seu corpo e essência). Contudo, há cores que divergem... Uma possível explicação para isso é sua vivência, cores que se identifica pelo próprio processo de crescimento e por consequente, sua forma de atuar. Seguem as mais frequentes nas entrevistas:

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TURQUESA Traz certo refresco à mente, mas com energia de ação. Não tem o movimento de concêntrico dos azuis mais profundos, pois ainda contém o amarelo na composição. Possui variações mais profundas, que aí sim terão essa função, mas aparecerão com outros nomes como Azul Prússia, Teal e por aí vai... Transmite jovialidade, vigor; mas também pode passar certa superficialidade dependendo do uso... Uma boa dica é utilizar com moderação e em peças com texturas, bordados ou até algumas estampas (darão maior profundidade visual, amenizando a impressão de raso). No seu caso, como não é uma cor de sua estação, além da correção via maquiagem comentada durante a coloração, uma boa pedida são as pedras de mesmo nome, pois além de serem uma proporção menor na composição, não são tão brilhantes (e ainda apresentam as famosas rachaduras características que dão uma amenizada na cor). Ah, e claro que valem as fantasias ou pedras similares (howlitas por exemplo).

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Turquesa é uma cor muito indicada para momentos que precise se expressar através das emoções. Atua na região entre o peito e a garganta. Para os dias de “falar o que quero” e não o “que é apropriado”. Também traz uma ideia de limpeza para composição, sem ser tão estéril quanto o branco, por exemplo. Mas evite o uso da cor em dias que estiver muito individualista. Momentos de muita dúvida quanto à ação também não é recomendado seu uso, ou, pode combiná-la com laranjas e vermelhos, pois farão uma harmonia cromática funcional para o caso (no seu caso em específico, como são cores complementares e tem certa restrição, pode fazer a combinação com um acessório).


AMARELO LIMÃO É um dos poucos amarelos frios, pois já pende para o verde. Na moda às vezes aparece sob o nome de “lima”. É um matiz de amarelo muito transparente em pigmentação, por isso fixa pouco (busque portanto peças que lave com menos frequência, pois dependendo da lavagem e do tecido, irá desbotar fácil). Nesse caso é interessante apostar em calças ou saias, por exemplo, que além de não interferirem na questão da coloração, geralmente lava-se menos. Cuidado com tecidos muito transparentes, pois como já dito, é um pigmento que em sua natureza já carrega essa característica.

Outra questão é de ser uma cor aliada para inibir o apetite, principalmente em versões mais esverdeadas. Além de conferir energia e certo movimento à produção. É uma cor que não sugere confiança na imagem (o que pode ser favorável ou não, dependendo do objetivo). O amarelo limão traz ainda certa acidez à produção, o que não lhe confere muita empatia do expectador. Ou seja, é uma cor que de certa forma intimida e distância. Traz uma personalidade crítica, o que pode ser o herói ou vilão, dependendo da história. Por fim, é uma excelente cor para dias de soluções de problemas práticos, pois lida bem com a burocracia.

Também pode apostar em acessórios e maquiagem de correção, claro. Um detalhe é que essa cor torna-se mais interessante em dias nublados, à noite ou, no caso de fotografias, local sem muito brilho ou iluminação do tipo, pois tende a empalidecer, a menos que seja intenção...Sugiro ainda, no seu caso, usá-la em tecidos de aspecto mais rugoso, pois é uma cor muito clara para você e tecidos nessa textura irão amenizar um pouco o brilho, pois escurecem um pouco a cor.

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CHARTREUSE Um verde extremamente amarelado! Essa cor é muito brilhante e chega a ter uma espécie de “neon natural”. Exatamente por isso, capta muita luz e reflete. Dentro da proposta inicial da presente consultoria, aconselho a deixar essa cor para calças, bermudas ou saias (de preferência que não marquem a região do quadril, que não é muito seu caso). Acessórios também são válidos. Mas caso queira utilizar em camisa, por exemplo, além da correção da maquiagem, tentar ou alguma modelagem que deixe a pele mais à mostra e esteja mais afastada do rosto (decote cigana, tomara que caia...). No que tange à região abdominal, para não expandir a dimensão, uma possibilidade é sobrepor terceiras peças. Nas combinações, com preto irá evidenciar a cor chartreuse, pois esta será o foco de luz. No caso de uma blusa ou camisa nesse verde, por exemplo, evitar a combinação com peças pretas para não “dilatar” visualmente o que não quer.

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Outra informação importante é que a cor é bem marcante e até enjoativa, portanto, evite exagerar ou usar em ambiente de trabalho. Embora seja um matiz que chame atenção, essa, é muito efêmera, pois a cor cansa a vista. Deve ser direcionada no look de forma estratégica.


OLIVÁCEOS TERROSOS Embora algumas cores dessa família se encontrem na paleta da estação, outras ainda não aparecem, por isso preferi ressaltar aqui. Sépia, havana, cor de alcachofra e amarelos oliváceos estão aqui. São cores vintage, pois remetem ao passado; remetem a algo envelhecido, mais seco. Trazem também a sensação do material, porém, amadurecido (lembra as folhas das árvores de outono que secam, caem e voltam para a terra). Ante o exposto, podem passar uma sensação de experiência, de maturidade; mas também podem envelhecer ou tornar ultrapassado se mal utilizado. Uma boa dica é usar em peças com modelagens mais contemporâneas ou com cores tendência, pois desta forma transmite a experiência sem deixar de estar atualizado. Nas cores, se não quiser o aspecto envelhecido, evite combinar com outras cores vintage ou com cinzas, cores terrosas mais fechadas e preto. São cores que transmitem certo refinamento também, por isso, pedem peças mais arrojadas. Ficam bem interessantes com abóboras terrosos, bordô, berinjela... com branco também. Os azuis-liláceos (desde que mais opacos) podem funcionar também, pois trazem certo “frescor”, rejuvenescendo a produção. A correção na maquiagem também é bem-vinda, principalmente para manter o vigor da pele.

Outra cor que aparece aqui é o ouro velho, porém como este já apresenta certo metalizado, é melhor desloca-lo para peças nas pernas ou acessórios. Também é válido evitar seu uso no tronco com peças violáceas pois ressaltará o amarelo da cor, fazendo-a parecer mais brilhante. Evite essa gama de cores caso esteja em dias de procrastinação. Também não é a melhor escolha quando estiver se sentindo sem imaginação ou com possível auto sabotagem. Já para trabalhar o discernimento e a imparcialidade, são cores aliadas.

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PRETO, BRANCO E CINZA MÉDIO O cinza médio é um neutro universal, portanto, pode ser usado sem ressalvas (no que tange a pele). O branco e o preto, embora não o sejam, são “queridinhos” da grande maioria das pessoas, por isso, acabam entrando também. Vale lembrar que essas duas não estão na sua paleta, por isso, ao usar perto do rosto, requer alguns cuidados... Como de costume, a maquiagem é uma ferramenta eficaz (fazendo os devidos ajustes). Outras possibilidades, caso queira usar a cor no tronco (camisas, blusas, vestidos, casacos), são: Peças que tenham decotes acentuados ou mostrem mais a pele, como tomara que caia ou ciganinhas; utilizar acessórios das cores de sua paleta próximo ao rosto para contrabalancear a questão cromática, como brincos, colares e lenços...No mais, podem ser utilizadas em calças, saias e bermudas sem preocupação com a questão da pele. O cinza médio embora neutralize a produção, não é aconselhável para dias que estiver preguiçosa. Já o branco, traz à imagem frieza e distanciamento, além de sensação de limpeza e luxo. Porém, pode trazer esterilidade, dependendo da produção. E o preto, apesar de um bom coringa, pode ser depressivo em excesso, pois traz sensação de vazio quando exagerado.

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Também por ser bem básico, pede produções mais elaboradas ou tecidos e modelagens diferenciados. Preto também pode trazer ideia de omissão à imagem. No cabelo, costuma ser associado à força e na maquiagem, dependendo de como colocado, mistério ou poder.


SUGESTÃO DE CORES AUSENTES NA CARTELA Nesse setor, indico algumas cores que podem funcionar para seu caso, que estão ausentes de sua cartela e também que não mencionou nos testes. Vale lembrar que é apenas uma sugestão, com base no desejo de imagem e no que trabalhamos durante a consultoria. Nesse setor, indico algumas cores que podem funcionar para seu caso, que estão ausentes de sua cartela e também que não mencionou nos testes. Vale lembrar que é apenas uma sugestão, com base no desejo de imagem e no que trabalhamos durante a consultoria.

CORAL É uma cor universal (funciona para todos tipos de pele) e consta em sua cartela completa (versão física entregue após a coloração), na parte de cores universais. Resolvi dar destaque a mesma aqui, por ser um tom que trabalha nutrição. É uma boa opção para os dias que está desgastada, precisando se reabastecer. Conforme conversamos no perfil, ela pode ajudar também em outras questões e deve ser usada conforme a necessidade: maior, use monocromáticos; menor, faça combinações interessantes. Não é muito de seu gosto as combinações opostas, mas nesse caso vale sair da zona de conforto e tentar o coral com turquesa (outra cor abordada). É um par poderoso para recarga emocional.

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•VERDES MÉDIOS Resolvi abordá-los aqui de forma mais genérica, pois há muitos tons que cabem nessa família (verde bandeira, verde Hooker...). Os verdes médios são aqueles com iguais (ou quase) proporções de azul e amarelo. Exatamente por esse equilíbrio, são também cores universais. Cito essa família de verdes aqui pois, naturalmente, o verde já traz equilíbrio, harmonia ... (desde que em versões médias como nos tons descritos). É outra cor que traz possibilidade de recarga energética, mas no caso do verde, lida mais com a retirada de excessos, polarizações. Funciona como descarga e traz posterior leveza. Meu conselho quanto à forma de uso para você é preferencialmente usar na parte de baixo do tronco, e aqui, pode abusar de tecidos brilhantes se for sua vontade. Combine com bordô, caramelo e marinho, por exemplo.

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LAVANDA Aqui uma proposta totalmente improvável para seu caso, mas o objetivo é tirá-la da zona de conforto. É uma cor mais próxima dos pastéis, sem ser tão “doce” ou opaca. A intenção aqui é trazer mais delicadeza na composição, sem precisar mexer nas formas. Traz uma acessibilidade comedida, pois apresenta-se entre a docilidade dos rosas claros e a frieza do lilás. Acho que por isso, será mais fácil de você se adaptar à proposta que a cor traz sem estranhar tanto, do que se sugerisse candy colors. Uma outra questão do lavanda é a leveza. Você gosta do fresco, e essa é uma cor que traz essa atmosfera de uma forma mais calorosa. Acalma, e oxigena a mente. No que tange ao seu uso, é uma cor dos verões iniciais, então foge um pouco da sua cartela. Mas basta ter os cuidados já mencionados em outros tópicos. Não precisa deixar de usar por isso (reduzir o contraste com maquiagem; usar longe do rosto; trazer cores da cartela combinando com lavanda para contrabalancear etc). Ainda sobre o lavanda, é uma boa pedida para ocasiões que precise mudar a rotina ou lidar com vícios. Além disso, afirma a Cromoterapia ser uma cor boa para lidar com anestésicos.

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KHAKI Se tem um neutro pouco óbvio que casa muito bem com cores outonais é o khaki. Remete ao safári, cores terrosas, arqueologia... Combina com ampla gama de cores e parece ressaltar a grande maioria de forma mais sutil que preto, marinho, branco ou marrom. Só ficaria mais atento com variações de cinza (pode envelhecer) e com amarelo limão (combina, mas puxa o khaki para um tom levemente esverdeado, o que dependendo da composição, pode passar impressão de imaturidade). Também sugiro evitar peças muito estigmatizadas na cor (coletes, trench coat, calça cargo) ou caso queira utilizá-las, desfazer esse estigma na montagem do look (usar o colete com vestido mais fluido por exemplo). É também uma cor muito bem vinda no ambiente de trabalho, mas nessas ocasiões, evite tecidos com aspectos de envelhecido ou texturizados, ou se for para esta proposta, combine com cores inusitadas (bordô por exemplo). A ideia é desfazer a impressão de desgaste que tecidos desse tipo nessa cor podem causar, principalmente combinados com cores neutras.

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HARMONIAS CROMÁTICAS São várias as possibilidades de combinação entre as cores de sua paleta. As cores da estação (outono suave, no caso) combinam entre si, basta checar suas preferências. As cores de sua paleta ausentes na estação também já foram trabalhadas. Contudo, alguns acordes cromáticos podem ser interessantes ao seu caso (em acordo com o perfil). A forma de se vestir mais clássica que adota (embora as peças nem sempre o sejam), costuma dar preferência aos monocromáticos e combinações análogas, pois transmitem ideias como atemporalidade, sobriedade (mesmo com peças mais marcantes, tenta neutralizar com o uso) e por vezes até austeridade. Além disso, como seu contraste é médio/baixo, combinações opostas no círculo cromático, por terem muito contraste, não lhe favorecem (em termos de pele). Ainda sim, caso queira usar, fiz uma proposta abaixo para usar de modelo (e pode fazer outras se gostar, claro). Vale lembrar que durante a coloração, tratamos de outras combinações possíveis e lhe entreguei (e orientei) a como usar o círculo, para poder criar novos acordes cromáticos ao seu gosto. Aqui, vou explanar algumas para ilustrar a dinâmica e como a mesma se aplica a você. Além disso, há a questão das proporções das cores no look, também indicada nos exemplos. Seguem algumas sugestões com base no seu perfil:

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1 • O monocromático em tons de mostarda pode funcionar muito bem a você, pois além de ser uma das cores que mais se identifica, dará certa “profundidade” à cor. Combinada com variações de ocre e caramelo, traz um neutro diferenciado, que destacará o mostarda (que não sobressai tanto quanto um amarelo puro por exemplo), permitindo essa “chamada” de atenção de uma forma bem sutil. A ideia das proporções deve ser respeitada. Se quiser pode trazer pontos estratégicos de cor nos acessórios. É um acorde que traz aconchego, bom humor e até certa nostalgia. Combina bem com peças para o dia, principalmente alfaiataria. A proposta aqui criar várias dimensões na composição, tirando o efeito plano do mostarda. Vale ressaltar que como trabalha várias cores da família dos amarelos, é uma combinação boa para dias de grande atividade mental e comunicação.

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2 • Outro monocromático. Nesse caso, algo pouco comum, pois trabalhar só na paleta dos laranjas não é para qualquer um e nem para qualquer ocasião. Mas um outono suave, e você principalmente, conseguirá. Isso porque os nuances do matiz laranja outonais são mais terrosos, indo desde o ferrugem, até tons de telha e laranjas mais secos e queimados. Ou seja, quando misturados, funcionam como matizes de outras cores (marrons, vermelhos, amarelos) destacando em menor proporção o denominador comum (o laranja). No seu caso, ainda tem a questão de usar peças mais retas e de forma mais clássica, colaborando para maior sobriedade. Mas claro, sem ser óbvio, afinal, estamos falando de laranjas! E nos dias mais inspirados, use com acessórios turquesas (cor de sua paleta de essência), pois reforçarão os tons um do outro (mas lembre-se, nesse caso, a produção ficará mais alaranjada, por isso, evite no trabalho).

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3 • Os amarelos esverdeados e família dos oliváceos são um bom pareamento, pois os oliváceos “amadurecem” um pouco os tons de lima e este “oxigena” com jovialidade o aspecto envelhecido dos olivas. Aqui nesse caso, a ordem das cores faz toda diferença: caso opte por usar os olivas na parte superior do corpo, transmitirá uma seriedade a mais (que será compensada pela brincadeira com o lima em baixo). Caso opte por usar o lima em cima, terá maior jovialidade (que não transmitirá imaturidade pela presença do oliva em baixo). Contudo, por ser o lima uma cor de sua cartela por essência e não por estação, as devidas correções/truques de pele são bem vindos nessa situação. Quanto às modelagens, o mais interessante aqui é inverter para criar contraponto: peças mais sérias como blazer, camisas mais tradicionais e alfaiataria, trazer no lima; peças mais despojadas, como bermudas, camisetas, jaquetas... trazer no oliva.

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É uma composição que trará muito amarelo indiretamente (na composição das cores), por isso, evitar tecidos leves demais seria outra boa jogada, para causar uma impressão de firmeza maior (amarelo é muito volátil). Por isso, gabardines, couro, brim, veludo cotelê... evitar sedas fluidas, linho etc Num todo, a composição traz características de pro ativo, prestativo, aberto à ideias (acolhedor nesse sentido), certo frescor e adequação ao meio porém com personalidade.


4 • Essa harmonia de turquesa com verdes médios é um convite para o descanso. Ideal para dias que precisa descansar a mente e o corpo. Há um trabalho com dois matizes, escapando do monocromático; mas, como estão lado a lado no círculo, o contraste é sutil. Traz um pouco mais de casualidade à produção. É também uma maneira de misturar elementos de design de “movimentos” diferentes (algo que gosta muito de fazer por sinal) só que de uma forma mais discreta; arrojada. Sem escapar tanto do classicismo que adota ao se vestir. Por se tratar de uma combinação de matizes diferentes, o ideal é deixar a proporção de cores um pouco mais desiguais, do contrário, achatará a silhueta. Para esse tipo de combinação, uma proporção de 70% para 30% das cores. Exemplo, um vestido longo com uma jaqueta ou um macacão com uma blusa curta sobreposta... Na imagem, essa combinação pode trazer sensação de frescor e descanso, além de trabalhar a comunicação emocional. Mas dependendo da forma como colocada na composição, também a imagem de procrastinação ou ainda de alguém descompromissada. Há de se escolher o momento adequado para usar (evite no trabalho se quiser trazer seriedade à imagem) e ainda, as modelagens onde elegerá a cor.

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5 • A proposta aqui é combinar três análogas : o khaki, o ferrugem e o ocre (ou caramelo). Essa trinca de terrosos trabalha muito bem com estética safári, então, se tiver a possibilidade de utilizá-las com peças e estampas que remetam a esse tema, ficará bem interessante, além de ser uma referência de estilo sua. Na imagem agregará acessibilidade. São cores que esquentam a produção. Caso queira dosar um pouco tanta disponibilidade na mensagem, utilize com peças de linhas mais retas, como blazer, colete ou peças em alfaiataria. As listras horizontais também podem funcionar (com as ressalvas e cuidados devidos). Outro ponto a ser considerado é usar esse combo em propostas mais joviais, pois dependendo de como colocadas, essas cores podem envelhecer. Um blazer com bermuda em modelagens mais atuais; um vestido fluido com colete safari e tênis... são algumas ideias. Evite essa trinca de cores em peças vintage ou modelagens como cardigã. Caso queira usar, desconstrua o aspecto senhoril na produção (até uma maquiagem ou penteado podem funcionar). O acorde também traz segurança e maturidade, porém evite em dias que estiver vulnerável à interferências externas ou quando quer ficar mais reservada.

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6 • Rosa chá e turquesa fazem uma harmonia típica do Art Déco, principalmente se aliados ao preto e branco. Trazem essa atmosfera retrô. É uma combinação que traz suavidade à produção; romantismo, mas sem ser tão doce quanto os tons pastéis. Acalma a mente, propicia uma comunicação mais sentimental e “acalma” aspectos rígidos da imagem. O turquesa tonifica o rosa terroso, que por sua vez, dá mais profundidade ao mesmo. Pode trazer ares de superficialidade ou futilidade (escolher bem a forma de uso, modelagem e tecido). Por se tratar de uma harmonia complementar, ainda que não exatamente oposta, tende à achatar à silhueta, sendo aconselhável usá-la em proporções de 80% a 20% no seu caso. Ilustrando, pode ser uma camisa mais alongada com shorts ou bermuda; vestido com um lenço; macacão com colete na altura da cintura, por aí vai...

7 • Bordô e mostarda trazem ação, mas uma ação pensada; algo elaborado. É um acorde de estratégias. Uma boa combinação para momentos de elaborar planos e também de agir sem impulso... com prudência! Há uma atividade no campo mental nessa proposta, mas bem controlada e aprofundada (amadurecida). O senão aqui vai para os momentos de perfeccionismo, pois pode acabar não realizando o projeto por querer elaborá-lo demais na concepção. É um acorde para começar uma estratégia, mas não para realiza-la! As proporções obedecem à mesma regra da anterior: 80% e 20%. Não é uma combinação para momentos em que deve se arriscar também, pois além de ser prudente demais para isso, não passa confiança no ato. Também não aconselho para momentos de excesso de dúvidas. Já para análises e averiguação de terreno de atuação, costuma ser boa aliada.

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OUTRAS HARMONIAS

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ESTAMPAS Agora vamos falar de estampas, padronagens e bordados. Como tem receptores pequenos na face (ver a seção de visagismo), biótipo endométrico e seu contraste de coloração é médio para baixo, o ideal são desenhos médios (nem muito pequenos e nem enormes), com pouco contraste de cores entre si. Há uma preferência também pelas cores de sua paleta nos elementos que compõe a estampa. Na região superior, evitar além de alto contraste entre as formas e cores, também os fundos claros principalmente em estampas de desenhos mais afastados entre si, pois vão enaltecer o que não quer. Abaixo, sugestões:

GEOMÉTRICA As formas que gosta em modelagem aparecem na estampa, com linhas mais retas e definidas, trazendo muito do futurismo dos anos 60. Trazem um aspecto mais racional à imagem (claro que em linhas gerais; dependendo da composição isso se altera); nos faz viajar ao art déco e até o antigo Egito. Também trazem um aspecto mais artificial, pois as formas gráficas não são comuns na natureza. No uso, tomar cuidado com o já orientado tamanho das formas e contraste de cor, pois costumam ser altos nesse tipo de estampa. Cuidado também com a parte de brincos, colares e acessórios, pois repetir as formas da estampa é enaltecer a mesma; contrapor com formas ali ausentes harmoniza. Vai depender de sua intenção...

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ANIMAL PRINT Os padrões que imitam bichos são um machado de duplo fio: dependendo da composição te elevam a altos patamares; dependendo é uma queda só. No seu caso, tem muito a ver, pois além de se conectar com o mesmo (conforme abordado no perfil), eles trazem o tipo de linhas e cores que tecnicamente se aplicam a você. De todos, só aconselho a ter cautela com as zebras, devido ao alto contraste. Os padrões tipo psicodélico, famosos nos anos 80, também merecem cuidados, pois além de cores muito acesas, costumam trazer contrastes altos. E não conversam tanto com seu estilo.

Piton é uma boa opção, pois assim como padrões de girafas e lezard, costumam ser verticais, alongando a silhueta. Onças prefira de fundo mais para o caramelo. As de tigre funcionam como listras horizontais porém menos marcadas, portanto, se for usar na região do abdômen, eleja uma terceira peça ou algum dos truques ensinados. Outra questão desse padrão é a combinação. Para seu estilo, prefira com cores sóbrias da paleta (bege, caramelo, ocre...) quando uma peça mais chamativa (um vestido longo por exemplo); com peças menores (camisa, bermuda, blusa, lenço), pode apostar em cores mais chamativas da paleta (mostarda, laranja terroso). Aliás, sua paleta casa muito bem com esse tipo de padrão. Por fim, o tipo de peça que “carregará” o padrão. Como já são desenhos que carregam em sua história certa sensualidade, se não quiser partir para esse lado, evite peças com tal apelo, como calças justas, top decotado ou fendas quilométricas... Cores como nude, vermelho e alguns rosas fechados também devem ser evitados nesse contexto.

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GALAXY PRINT Outra referência aos anos 60 e 70, as estampas de galáxia têm fundo escuro e elementos geralmente pequenos. O único porém aqui, é o contraste, que geralmente é mais alto. Contudo, caso queira usar em blusas, vestidos e casacos, a correção da maquiagem (subir um pouco seu contraste) além das outras técnicas já comentadas, resolvem o caso. Algumas versões são muito brilhantes, e devem ser evitadas próximo ao rosto. Quando em um design mais discreto, a estampa se torna um coringa no guarda roupa, pois casa fácil com cores e até outras estampas, podendo ser levada inclusive para ambientes mais formais (repito: se for discreta!). Nesse caso, são cores sóbrias, sem brilho e desenhos muito pequenos. Como traz certa profundidade visual, tecidos sem texturas são mais indicados. Para seu caso, é interessante em proporções menores (evitar macacão, vestido longo e conjunto, por exemplo, na estampa) e modelagens mais formais (ou se não o for, utilizadas de forma mais clássica, como aliás você já faz). O objetivo é descaracterizar um pouco o aspecto folk e geek do padrão, que não tem muito a ver com seu perfil.

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POÁS A dica é apostar em uma escala média no tamanho das bolinhas (pelo seu biótipo e receptores da face). Geralmente apresentam alto contraste, o que no seu caso, exige certos cuidados. Prefira contrastes de cor menores na estampa ou, caso queira alguma mais contrastante, pode usar das técnicas já mencionadas (subir o contraste na maquiagem, usar decote, uma franja caindo, lenço na cor da estação...). Poás trazem movimento à produção, dinamismo. Além disso, proporcionam certo ar comemorativo; um certo bom humor. Dependendo da produção, pode conferir romantismo ou ares retrô (anos 60). Descontração também é uma palavra aqui, mas sem ser indiscreto. Por fim, dão ótimos combos de estampas, com florais, geométricos, algumas listras e até o próprio poá.

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AZULEJOS Os azulejos trazem a geometria que tanto gosta combinado à elementos da natureza e formas arquitetônicas. Também fazem alusão esse ambiente “de casa”, abordado no perfil, além da estética clássica. Costumam ser azul e branco, mas há variações coloridas (que lembram mosaicos). Os tradicionais, que imitam ladrilhos, por virem em azul e branco, combinam muito bem com o mostarda (cor de destaque da sua paleta) e também com ouro velho (aqui fica mais sério). Outras possibilidades interessantes são o verde celadon e o lima. Por ser uma estampa de alto contraste, melhor evita-la em peças na parte superior do corpo (próximo ao rosto) ou utilizar algum dos truques já mencionados (cuidado com o uso de colares e lenços aqui, pois já é uma estampa que traz muita informação). Quanto à tecidos, prefira planos, pois tecidos muito elásticos podem deformar os desenhos, dando ar de desleixo. Outra boa opção, são tecidos e modelagens leves, trazendo uma proposta “balneário” à produção. A mensagem é requinte! Contemplação; valorizar e ser valorizado. É uma excelente pedida para momentos de obsessão com trabalho. Já para dias que precise de foco, não aconselho.

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FLORAIS (FOLHAGENS E BOTÂNICO)

Não é muito seu perfil misturar estampas, mas caso se aventure, as folhagens, por já serem muito gráficas Os florais são uma das maiores famílias na estamparia, normalmente, casam melhor com estampas mais inpor isso, se faz necessária uma delimitação. Em linhas definidas ou esfumaçadas nas formas, como aquarelas gerais, prefere florais definidos, desenhos medianos à por exemplo. grandes. Antes de especificar tipos, as sugestões de flores usadas em “referências” podem perfeitamen- O floral botânico é mais marcado na forma, pois te estampar suas peças com mais identidade (lírios, prende-se à uma estética mais realística. Não posbananeiras, bromélia...). As folhagens são uma pro- sui estilização dos elementos (flores, galhos...). São o posta, principalmente por trazerem profusões de ver- mais fiel possível ao real. Costumam trazer elementos des e marrons, além de alguns amarelos e vermelhos medianos a grandes, por isso, deve ter atenção à cor e queimados, todos cores de sua cartela. Para esse tipo, contraste. Prefira médios a baixos contrastes (conforvalem as regras da estampa geométrica, pois se asse- me ensinado na coloração) e cores de sua paleta. É melham. Contudo, em mensagem, passam uma im- bom evitar categorias como os “dark floral”, pois por pressão mais natural, leveza, respiração...porém sem a terem fundo escuro, aumentam o contraste com as flores coloridas. delicadeza da maioria das flores (nem todas). Quanto à combinação, pode repetir uma das cores da estampa no resto da produção, ou, para ousar um pouco mais, um tom próximo, pois continua uma forma clássica de usar (que você gosta) porém sem ser tão previsível. Por exemplo, um floral em tons de bordô e rosa chá, ao invés de usar uma das duas, use um nude rosado. Por aí vai... (na dúvida, utilize o círculo cromático como foi ensinado na coloração).

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XADREZ VICHY Esse requer certa atenção para você. Como gosta, claro que estará presente, mas vale lembrar que para questões de harmonia visual, não é o mais indicado por ter um contraste alto (o fundo é sempre branco). Usar em calças, bermudas e saias é tranquilo. Na parte superior do corpo, já requer alguns cuidados. A maquiagem pode ser uma ferramenta, mas como esse padrão traz um ar mais descolado e despretensioso (as famosas toalhas de pique nique), talvez não seja interessante exagerar na mesma. Então vale apostar em outras técnicas, como deixar o colo à mostra, trazer acessórios nas cores de sua paleta para perto do rosto (brincos, colares, lenços). Até o próprio cabelo, que se estiver harmônico, pode usar solto para fazer uma moldura na face. Esse xadrez traz jovialidade, algo mais casual... evite peças muito “rígidas” ou formais (longos, blazer...) e aproveite a padronagem para trazer um despojamento e frescor à composição (vai muito bem em calças cropped, bermudas, camisas mais desconstruídas...). Por ser de um desenho pequeno, é fácil de casar com outras estampas também (os florais ficam ótimos inclusive). Caso queira trazer para a escola clássica, conjuntos e macaquinhos são uma boa, pois como é um padrão discreto, não fugirá à proposta de sobriedade.

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CONCHAS E BÚZIOS A ideia aqui é trazer os elementos marinhos que tanto gosta. De início, faria a sugestão da estampa oceânica (fundo do mar), porém, costuma ser bem exuberante e em tons brilhantes, fugindo um pouco do perfil. Então, uma boa solução, são as versões que trazem os elementos de búzios, conchas e estrelas do mar, pois costumam ter um contraste reduzido e cores opacas, além de puxar para o geométrico que também gosta. Trazem muita informalidade à produção, mesmo quando em versões mais preciosas (tipo Versace). Por isso, atentar a ocasião de uso. Ficam muito interessantes em tecidos leves e modelagens mais frescas (vestidos, saias, calças de cordão, túnicas...). Há também a possibilidade de fazer a estampa com bordados, em peças lisas. Essas aplicações em conchas funcionarão da mesma forma que a estampa (nas referências inclusive indiquei os famosos bordados em concha de Jean Francois Lesage como inspiração).

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CAXEMIRA OU PAISLEY Outra forte referência dos anos 70 e da moda indiana. Em sua origem, dizem relacionar-se com o que seus criadores tinham de mais precioso (seus tesouros), que eram pintados em cornucópias como símbolo da fertilidade e riqueza, e reproduzidos em mantas e xales, que conferiam proteção e conforto aos viajantes. A estampa foi muito estigmatizada nos anos 70, por isso, quando usar, prefira em peças que tragam essa impressão de “riqueza”, fidelizando o uso ao conceito original da estampa. Como dito, não tem a ver com peças caras, e sim que tragam conceito de algo precioso (pode ser uma paximina bordada nos motivos, um casaco mais alinhado...). Banalizar o uso desses desenhos fariam com que perdessem sua força (além de não ter nada a ver com seu estilo também). As demais regras, de cores da paleta e contrastes médios ou baixos são válidas aqui também. Além disso, desenhos menores e sem muito espaçamento entre eles. Uma boa dica é comprar o tecido com a estampa e bordar ao seu gosto (de preferência seguindo algumas dicas para você que falo mais adiante em bordados), pois assim agregará o conceito a peça e com seu toque pessoal.

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VITRAIS Aqui a proposta parece com os azulejos, porém, o contraste costuma ser menor (embora mais colorido que os mesmos). Os cuidados de uso na parte superior do corpo são os mesmos. Contudo, caso utilizados na parte de baixo, uma proposta interessante são tecidos planos com certo acetinado... Apesar de não ser muito indicado para você, como estarão longe da face e região abdominal, e também prefere destacar a região das pernas, a proposta pode ser interessante, principalmente estética, pois o jogo de luzes ocasionado pelo leve brilho do tecido, iluminarão os vitrais conforme anda (trazendo o conceito fiel dos mesmos). Quanto à mensagem, vitrais trazem uma estética gótica, contudo, os motivos estampados podem conduzir à outras temáticas, que vão do seu gosto. Os mais comuns são os bíblicos, art Noveau e art Déco. Outra ideia interessante são estampas que imitam asas de borboleta, pois trarão conceito similar, com uma estética mais abstrata e cores mais transparentes.

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BORDADOS No seu caso, a proposta é apostar em bordados minerais, fugindo de aplicações muito preciosas e reluzentes, pelo menos perto do rosto (por ser outono suave) e na região abdominal (refletem muita luz). Por isso, bordados espelhados, paetês, lantejoulas... não são os mais aconselháveis (deixá-los para saias, calças ou parte baixa do vestido). Ou utilizar os truques já ensinados. Perto do rosto, aplicações com pedras mais foscas (ver em acessórios as indicadas), conchas, passamanarias e bordados em tecido são mais indicados para você. Outra opção é trazer os bordados em regiões estratégicas, como lapelas de casacos, franjas de lenços...

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VISAGISMO ANÁLISE FACIAL ASPECTOS GERAIS Há destaque para a faixa intermediária de sua face (predomínio do centro de inteligência emocional). Esse terço corresponde à região entre as sobrancelhas e a base do nariz. A parte mais larga do rosto é o zigomático, bem angular. A predominância dessa região tende a um comportamento de abordagem pragmática; sua expressão se dá pelas emoções. Seu formato de rosto é losango, com maçãs do rosto pronunciadas, linha do maxilar discreta mas aparente. Rosto mais largo que alto. As linhas são curvas; receptores pequenos no geral. De perfil, formas mais delicadas e curvas novamente. São características que trazem certa passividade à imagem e algum dinamismo; te tornam bem acessível e prestativa. Também certa fragilidade. Mas há linhas de ação também, indicando uma pessoa acessível, prestativa e até independente. Seu olho direito é o dominante. Quanto às hemifaces, a esquerda traz traços mais inclinados e dinâmicos; certa expressão de contentamento. Já a hemiface direita, transmite certa preocupação e até cansaço. A hipótese é que se apresenta como alguém dedicada e disponível, (pode ser que não saiba dizer não). Na imagem, relaciona-se com a questão da acessibilidade a ser moderada.

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CABEÇA

ANÁLISE FACIAL

Medidas entre cabeça proporcional e plana, sendo pouco pronunciada na parte de trás. Quanto à altura, está entre o mediano e o baixo, mas sem grandes diferenças na proporção. A ideia aqui é trabalhar um cabelo com volume na nuca ou penteados que puxem o cabelo para trás no alto. Além de harmonizar visualmente, vai de encontro ao seu desejo de imagem, agregando criatividade, profundidade e certa altivez na imagem.

RECEPTORES Em uma análise geral, possui feições mais espaçadas, sugerindo uma pessoa extrovertida. Possui testa larga, alta e curva, que conota um intelecto ativo e pensamentos fantasiosos; tendência de gastar muito tempo pensando no futuro. Costuma possuir grande capacidade reflexiva, o que pode ocasionar um quadro de ansiedade e perfeccionismo. As sobrancelhas naturais (no momento está com outro design), são arqueadas e longas, além de finas. São ligeiramente levantadas também. A distribuição de pelos é menor à medida que levanta (área externa dos olhos). Tende a ter força de ação projetada para uma função de cada vez; flexibilidade e fácil adaptação ao meio. Pode ter o hábito de começar projetos e não terminar. Os olhos são a parte mais destacada de sua face. São redondos, grandes, abertos e castanho claros, transmitindo inocência e atenção (vigilância). Indicam ser uma pessoa curiosa e que gosta de rotina. Sensível, extrovertida e por vezes até ingênua (pode ser imprudente ao confiar demais seus sentimentos à qualquer um, exatamente por ganhar intimidade fácil). O nariz é proporcional e arrebitado, indicando sensibilidade e impulsividade. A abertura das narinas sugerem alguém fácil de se ter intimidade. Já a boca, tem lábio inferior mais desenvolvido, sendo tamanho dos mesmos proporcional. Tem uma linha mais reta. Tende a comunicar-se com facilidade e até ser impulsiva no ato da fala, contudo, não expressa a totalidade do que sente, preferindo assuntos mais casuais. Por fim, o queixo pouco proeminente, com linha de maxilar marcada e mais arredondado. Pode ser indício de uma personalidade mais maleável e por vezes até submissa. Pescoço na medida padrão para curto; largo. Quanto aos ombros, retos e padrão para largos.

TEMPERAMENTO Com base nas entrevistas realizadas e na elaboração de seu perfil, o temperamento fleumático é dominante. Diplomático, amigável, alegre, facilmente adaptável embora não goste de mudanças, não gosta de confrontos, generoso, bom ouvinte, motivado pela busca de segurança. Mas também pode ser apático (ou parecer), conservador, pouco criativo e não gosta de assumir papel de liderança. Também possui características de outros temperamentos como o dinamismo e extroversão do sanguíneo, além da curiosidade e a iniciativa do colérico. 82


CABELO Como prefere o comprimento mais curto, o ideal é pouco acima da linha do maxilar. Evitar terminar as pontas na região do pescoço. Assimetria também é bem-vinda, deixando um lado maior ou algumas pontas. Como seu formato de cabeça é mais plano, é interessante investir em volume na parte de trás ou penteados que puxem o cabelo para trás mais no alto da cabeça (criatividade). Quanto à cor, a cartela de outono suave possibilita uma gama de tons, sendo o ideal variar dois tons acima ou abaixo do seu natural (se quiser harmonia visual...do contrário, depende do desejo de imagem). No seu caso em especial, deve evitar fugir de seu próprio contraste. Caso opte por iluminar parte do cabelo, evite fazer só as pontas caso o corte esteja curto. Os tons de sua cartela mais próximos do loiro trarão mais acessibilidade... para o que pediu, melhor ficar no tom intermediário (castanho médio) e iluminar alguns fios desde a raiz. Para penteados e formas de arrumar o cabelo, caso faça algo preso para trás, deixe sempre alguns fios descendo na frente para emoldurar o rosto (para você é muito importante essa questão). Prefira formas que prendam o cabelo mais no alto do que em baixo. O topete que gosta é bem-vindo, desde que não perca a já comentada moldura no rosto. Também aconselho um topete menor ou menos rígido, pois traz informação de distância e inacessibilidade. Deixar os fios soltos mais ondulados quando usar o topete. Franja lateral também pode funcionar. No seu caso, para limitar um pouco sua acessibilidade, comece a franja pelo lado esquerdo do rosto, pois é sua hemiface menos vulnerável. Tente deixar parte da testa aparente, mesmo com a franja.

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MAQUIAGEM Em acordo com seu desejo de imagem, os olhos devem ser o grande foco de sua maquiagem. A cartela de cores da estação traz a paleta completa, mas fica a sugestão do tom de berinjela da paleta de lápis. Traz uma receptividade no olhar, mas sem dispor tanto, além de preservar a linha clássica que gosta. Como tem o osso do zigomático mais extenso, a cor irá “fechá-lo” um pouco... como a intenção é enaltece-lo para ganhar linhas retas no rosto, fazer uma sombra em cor escura na pálpebra móvel, também pode funcionar. A escala de marrons quentes nas sombras podem trazer efeitos interessantes também, mas nesse caso, trabalhe algo para captar a atenção com essas cores (degradê por exemplo). Mas vale lembrar que essa proposta de marrons te trará mais acessibilidade, portanto, ou evite quando não quiser viabilizar esse acesso ou busque compensar na produção: roupas em linhas retas; cores como lavanda e marinho; um penteado mais rígido (um topete bem alto)...Os contornos com base são outro artifício, utilizando os tons mais fechados da sua pele para a região do maxilar e pescoço, tons mais claros das maçãs do rosto para cima (com suavidade para não destacar linhas e ficar bicolor). Vale lembrar que já tem as maçãs proeminentes, portanto, evite excesso de produto aqui. As pinceladas mais retas e contínuas. E caso queira batom, a cartela traz algumas opções de cores, mas o ideal para atender seu desejo de imagem seriam os nudes propostos ou uma opção de coral mais discreta (no caso do coral, traz uma comunicação mais receptiva). Por fim, prefira produtos com efeito mate para a pele, pois além de atender melhor seu desejo de imagem, harmonizam melhor com seu tipo de pele.

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ÓCULOS No que diz respeito a materiais, acetato que imita tartaruga, metais dourados foscos ou ouro velho, roses e as cores da própria cartela são bem vindos. As lentes também acompanham as cores da cartela. Evite lente espelhada por conta do brilho. Prefira hastes médias para larga, pois tem estrutura óssea larga. Para as armações de óculos, em acordo com os testes que fizemos e a análise visagista, as sugestões são:

AVIADOR No seu caso, como o maxilar tem marcação mas é pouco proeminente, não há necessidade de formas muito arredondadas em baixo (como um tipo Lennon por exemplo). O aviador parece estar na medida. Prefira também os mais estreitos para médios, pois possui receptores pequenos no geral. Hastes médias.

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ÓCULOS GATINHO Outra possibilidade interessante são os óculos gatinho mais arredondados, principalmente com decorações nas hastes. É importante que não sejam mais largos que a linha do osso das bochechas, pois a ideia aqui é reduzir esse espaço, e não esconder suas feições. Além disso, traz um ar retrô dos anos 60 e começo dos 70 que tanto gosta. Outra questão é que a parte superior da armação deve ser mais reta no seu caso, para não esconder ou duplicar suas sobrancelhas (que é fina e curva).

ÓCULOS BORBOLETA Outra boa opção, mas atente-se à parte superior da armação, que no seu caso, deve ser menos inclinada e mais reta, para contrapor um pouco a forma das sobrancelhas. Como costumam ser armações maiores, prefira os menores em tamanhos.

Para o caso de querer usar outros tipos de armação, uma possibilidade é descaracterizar um pouco o formato de rosto com a forma de finalizar o cabelo. Mas fique atenta às linhas formadas, para não ir contra sua proposta de imagem

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ACESSÓRIOS BRINCOS Conforme dito no perfil e em acordo com seu desejo de imagem, os brincos que casam com a proposta são curtos. Podem ter algo pendurado, desde que acabem antes da linha da mandíbula. O formato, preferencialmente arredondados ou de lágrimas, mas os demais também estão de acordo. O ideal para brincos com pendurados é que o volume esteja na base. Os brincos menores são menos comuns, mas não precisam ser discretos, se for sua vontade algo mais exuberante. Cuidado com pequenos botões ou pérolas solitárias, pois trazem uma severidade à imagem e podem te envelhecer. Prefira para brincos pequenos discretos, um design mais arrojado (pérolas em forma de lágrimas ou bicolores, desenhos de metal tipo Art Déco etc). Já para os brincos pequenos mais decorados, há uma gama de possibilidades (o capítulo seguinte traz inclusive sugestões de materiais).

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Os brincos maiores, caso sejam sua escolha, podem ser usados, basta alguns cuidados como por exemplo desviar a atenção para outros pontos do corpo (cores ou estampas chamativas seria uma opção). Além disso, evitar fugir dos metais e materiais sugeridos para você nesse tipo de brinco. Usar pontas do cabelo caindo por junto ao brinco também pode ajudar, principalmente se estiver com tingimento na paleta da estação (outono suave no seu caso). Para argolas, prefira menores e de estatura média ou grossas. Ear cuffs e brincos de segundo furo são mais que bem vindos. Evite os pontos de luz, pois além do brilho, trarão uma proposta mais romântica, que não condiz com seu desejo de imagem e perfil.


COLARES Como tem pescoço largo e curto, os colares mais alongados são uma boa escolha. Para mais curtos, prefira abaixo da linha da saboneteira, com pouco volume e foscos. Cuidado para não alongar demais o colar também, pois pode evidenciar a região abdominal. Para colares com pedras, prefira com poucas lapidações e formas ovaladas. Quanto ao tamanho, como possui cabeça padrão, colares medianos são mais bem vindos (nem grandes, nem pequenos). Evite os tipos de gargantilha, pois irão enaltecer o que não quer, além de não irem de encontro com seu desejo de imagem. Já os colares tipo gravata podem funcionar (principalmente em Y) pois costumam concentrar seu ponto de destaque abaixo da linha da clavícula. Para os colares de várias voltas, coloque a primeira (mais próxima ao pescoço) na linha da clavícula, e as demais caindo abaixo da mesma. Outra sugestão que pode ajudar, é dar um nó em uma das voltas mais baixas, trazendo a atenção para a mesma (essa ideia também funciona com pingentes e berloques). Vale lembrar que, no geral, a forma do colar obedece a do decote (não é regra).

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PULSEIRAS Pulso largo e estrutura óssea larga, o que torna favorável o uso de pulseiras e braceletes mais largos. Contudo, cuidado com peças muito chamativas nessa região, pois como estão na linha da cintura quando está de braços parados, chamando atenção para a mesma. Quanto à formas, losangos e formas triangulares são bem vindas no seu caso, principalmente em peças mais largas (trarão dinamismo à imagem). Só evite usar se for ministrar uma palestra e gesticular muito; nesse caso, prefira formas mais retangulares. Quanto à pingentes e berloques, para palestras evitar, mas fora isso, podem funcionar em braceletes de argola, porém chamam atenção para onde forem empregados.

ANÉIS Por serem porções menores na produção, é uma possibilidade para trazer brilhos mais cintilantes caso queira. Anéis medianos são a proporção ideal para você. Os materiais seguem a mesma sugestão dos demais acessórios. Quanto à forma, pode variar bem, mas retângulos e losangos são duas boas opções para atender sua imagem planejada.

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CINTOS Conforme mencionado em outras seções, não é de seu gosto marcar a cintura, o que me faz explorar pouco os acessórios na região. Ainda assim, fica a dica de cintos preferencialmente na cor do tecido que serão colocados; espessura média (nem fino, nem grosso); evitar fivelas muito chamativas. Boas pedidas são cintos com pingentes longos ou franjas, pois condicionarão o olhar para baixo. Quanto ao material, prefira os de tecido ou couro. Cintos de metal irão dividir o tronco, reduzindo sua estatura visualmente e achatando a silhueta.

OUTROS Cachecóis e echarpes são bem vindos, em versões mais alongadas e com tecidos de pouca estrutura e finos. Evite amarrações ou bufantes na altura do pescoço. São excelentes para criar a linha V desejada ou duas linhas verticais no centro do corpo, além de tirarem um look básico de seu lugar comum. Por conta da caída, os modelos retangulares são melhores para essa forma de uso. Chapéus e acessórios de cabeça comentou não gostar, então não explorei. Contudo, se quiser começar, possibilidades mais discretas como presilhas podem ser uma boa opção. Apenas se lembre de mesmo quando prender o cabelo, deixar alguns fios para emoldurar seu rosto, atendendo melhor o próprio desejo de imagem. Os broches podem ser bons aliados, se posicionados em locais estratégicos, como próximo a região do busto (mais perto do ombro que pescoço) ou lapelas. Como prefere sapatos fechados, os broches também podem funcionar nos mesmos (se for possível fixar é claro). Uma brincadeira que pode deixar seus looks interessantes são as meias coloridas, principalmente com brilho, remetendo ao universo disco que tanto gosta. Além disso, traz um ponto focal para a parte de baixo do corpo, destacando sem expor.

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PEDRAS E MATERIAIS Conforme mencionado em bordados, é recomendado para seu tipo de pele (e diria que até para o estilo e perfil), materiais com brilhos mais discretos; evitar os cintilantes demais e com aspecto muito precioso. Além dos bordados de tecido, outros materiais podem ser empregados, bem como em acessórios (brincos, colares...). Seguem sugestões:

PÉROLA Além do conceito marinho que gosta, seu brilho discreto (que na verdade apenas reflete a luz) atende bem a proposta. Também são bons representantes da sobriedade do estilo clássico (embora você não se limite ao mesmo). Tem ainda a questão do simbolismo, conforme abordamos no perfil. No uso, prefira colares mais alongados, pois os mais curtos para você, além de trazerem atenção para zonas indesejadas, no caso das pérolas, envelhecem um pouco. Outra saída são colares de pérolas estilizadas, com design mais arrojado. Quanto à cores, as tradicionais (creme, champagne...) são as melhores para sua pele, mas as variações rosadas (típicas de água doce) também podem funcionar. Quanto ao tamanho e forma, as médias são a melhor escolha e se forem ovaladas, melhor ainda!

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ÂMBAR Embora não seja uma pedra (é uma resina fóssil), é muito utilizado principalmente em colares. Além da cor, que pertence à sua paleta, a mensagem também é muito apropriada para o caso, conforme conversamos no perfil. Sem contar que tem presença sem reluzir, o que é importante no seu caso. A melhor opção são os colares, e esses funcionam para modelagens mais curtas (mas ainda sim evite acima da linha da clavícula), pois realçam as cores da face e moldura do cabelo. Pulseiras e anéis também funcionam. Os brincos, como no seu caso são preferencialmente menores, podem desvalorizar a peça, pois o âmbar se mostra melhor na extensão da peça ou na quantidade. É uma resina com propriedades magnéticas. Evite o uso em momentos que se sentir vulnerável ou suscetível ao meio. Algumas variedades trazem pequenas plantas e insetos dentro, conferindo um aspecto mais natural e orgânico à imagem. É uma boa pedida para um visual rústico chique.

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TURQUESA Fantasias ou não, trazem rachaduras em sua estrutura que amenizam um pouco a cor, e trazem um aspecto mais rústico... além de você ter revelado gostar das mesmas. São uma boa opção para tirar os brincos da mesmice, ou ainda fazer um belo conjunto com colar (fica clássica sem ser careta, pois é uma pedra que traz jovialidade). Anéis podem trazer um ar minimalista à produção ou ainda, compor um color block. Um cuidado importante com as turquesas é o uso de perfumes, pois em contato com as mesmas, estas amarelam. Combina bem com couro mais rústico, madeira, acetato tartaruga e pedras como coral.

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ABALONE Outra possibilidade que faz alusão às conchas, os abalones já possuem um pouco mais de brilho (um brilho molhado), porém ainda assim, pouco chamativo. Traz um aspecto holográfico natural. Ficam muito interessantes em pingentes maiores e em formatos mais curvos. São um coringa no que tange à ocasião, pois ficam sofisticados em ocasiões formais (claro que aqui em peças mais arrojadas) e cabem perfeitamente em situações mais descoladas.

ÉBANO MARROM OU CLAROS Aqui só evitar o preto, por conta do contraste. Mas as variações marrons e beges são bem vindas. As madeiras num todo funcionam para você, tanto por cor e material (adequados à coloração), quanto por formas e simbolismo (conforme dito no perfil). Além disso, é uma madeira perfumada (trará outras possibilidades sinestésicas à produção) e que traz o rústico do material, porém de forma mais nobre.

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RUDRAKSHA A semente de origem indiana pode ser uma boa opção para fugir de metais e pedras e em acordo com seu estilo. Caso queira adicionar metais, fica bem com a maioria, mas uma dica que dou é combinar com prata fosca e envelhecida. Outra dica é usá-las em colares, pois intercalada com outros materiais ficam menos caracterizadas. Quanto ao tamanho, prefira as médias.

OUTROS MATERIAIS Palha, acetato que imita tartaruga, madrepérola, marfim fantasia, jaspe de fogo, olho de tigre...Outra dica é usá-las em colares, pois intercalada com outros materiais ficam menos caracterizadas. Quanto ao tamanho, prefira as médias.

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SAPATOS Em acordo com seu perfil e desejo de imagem, seguem algumas propostas de sapatos. Em linhas gerais: saltos menores e mais grossos (tem tornozelo largo), canos baixos (ganhar linha de pernas) e fechados no bico (uma boa sugestão para você com sapatos abertos são o uso das já comentadas meias coloridas). É interessante modelos com peito do pé livre. Outra recomendação que passou foi que tivessem salto, porém pequeno, pois não usa sem nenhum. Seguem alguns modelos para ilustrar a proposta:

SCARPIN Item fundamental ao guarda roupa mais clássico, é um coringa que cabe nas mais diversas produções. O peito do pé livre alonga visualmente. No seu caso, preferência por saltos mais baixos. Vai bem desde produções formais a descoladas (se descontruir na roupa). Os modelos em verniz ficam melhores em ocasiões mais formais e anoite. Se o intuito é versatilidade, prefira os foscos. Se quiser bico fino, pode ser interessante (mas deixa um pouco mais formal). Evite biqueiras.

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TÊNIS Caso queira apostar em propostas mais joviais e ter uma opção sem salto, os tênis são as melhores escolhas. Hoje em dia vão até ocasiões formais (aí depende do modelo e produção), mas os de couro marrom/caramelo, os brancos e nudes são coringas (prefira solados mais baixos por questão de versatilidade). O tênis preto marca um pouco mais, o que dependendo da proposta pode funcionar. Alguns modelos que podem lhe agradar são os keds (bem anos 60/70) e os tipo iate, pois estão mais em acordo com a imagem planejada e seu perfil. Mas há várias possibilidades aqui...

ESPADRILLHE Uma opção interessante de salto plataforma para seu repertório. O cuidado aqui são as amarrações da espadrilhe, pois podem diminuir sua linha de perna. Uma boa solução são as cores nudes, ou fazer amarrações mais baixas. Traz casualidade à produção e ares mais joviais.

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BOTA CANO CURTO Opção para o inverno, os canos curtos são mais apropriados para você (a perna parece alogar visualmente). Prefira canos mais largos um pouco e se quiser bico fino, é opção. Modelos em camurça também casam com a proposta. Quando usar com pernas de fora, caso não queira perder altura visualmente, coloque meias calças no tom da bota, pois visualmente irão se fundir. Outra ideia é encurtar um pouco o comprimento da barra nessas ocasiões.

LOAFER Oriundo do guarda roupa masculino, costumam ter pequenos saltinhos e trazem um ar mais retrô. Cuidados com composições já muito senhoris ou masculinizadas, pois eles irão enaltecer ainda mais esse aspecto. Funcionam muito bem com tornozelo aparente.

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PEEP TOE Uma opção de sandália para você. São um pouco mais altos, mas dependendo da ocasião, podem funcionar. Inclusive, trabalham bem com looks invernais também, pois são mais fechados na frente (podem ser usados com meias calças inclusive.

KITTEN HEELS Outra ideia para saltos baixos, os famosos saltos gatinho dos anos 60 trazem um visual mais confortável e casual que o scarpin. Contudo, são mais tendência, então deve haver análise da proposta para saber se compensa o investimento. Mas a ideia é boa para ocasiões onde queira estar mais à vontade sem parecer desleixado ou sair de sua zona de conforto.

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BOLSAS Em linhas gerais, evite bolsas transversais (marcam a região do abdômen). Funcionam melhor para você, bolsas de mão, como carteiras, clutch e bowling (baú). Mas como é adepta da praticidade, caso queira optar por bolsas de ombro, prefira as médias para pequenas (não tão pequenas também, pois como já dito, tem estrutura óssea larga). As bolsas maiores em ombros ou pulsos, “estacionam” ao lado do tronco, adicionando volume.

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PERFUMES Com base no teste olfativo realizado, alguns aromas merecem destaque: vetiver, menta, lavanda, bergamota, laranja doce, olibano, néroli, alecrim, capim limão, cedro e bétula doce. As famílias olfativas: fresca herbal, cítrica, amadeirado, marítimo, e terra. Os acordes do tipo Chipre também aparecem. Quanto às notas olfativas, preferência por notas de cabeça (topo), com poucas notas baixas e quase nenhuma média (de coração). Ante o exposto, seu perfil e desejo de imagem atual requerem um perfume com notas de base terrosas, porém frescas (vetiver na nota baixa é uma boa pedida) ou ainda amadeiradas (cedro). Elas trarão nutrição e estrutura. Néroli pode ser sua nota média, mas aqui faço a sugestão do blue lótus ou da íris; o primeiro trará a leveza que gosta e o segundo esfriará um pouco as notas quentes cítricas que virão. E por falar nelas, as cítricas (bergamota, laranja doce, limão siciliano) no geral são suas notas altas preferidas e combinam bem com os frescos herbais que também estão em sua predileção (alecrim por exemplo). O capim limão funciona em ambas famílias, podendo ser uma nota de topo também. O perfume pode conter ainda uma refrescância mentolada (bétula doce, menta) ou toques marítimos (lavanda ou vetiver na alta, musgo de carvalho na baixa). A ideia da estrutura acima montada é um perfume fresco, que te traga leveza. Mas também que nutra e tenha base sólida. O estilo clássico está na proposta de acordes (madeira com cítrico; raízes e fougéres com notas aquáticas). Suas referências de estilo estão na escolha das notas: a leveza dos tecidos com a leveza das notas; óleos essenciais naturais, assim como os tecidos (evitando notas sintetizadas como couros, almíscar e âmbar gris); as modelagens mais retas (é uma estrutura de perfume direta, sem grandes flutuações).

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Com relação à acessibilidade trabalhada na consultoria, o capim limão é um bom aliado. Trabalhará também assertividade no contexto. O cedro traz força e estrutura, que também atuarão nessa área. Abaixo, algumas sugestões de perfumes em acordo com o dito. Caso opte por um perfume personalizado, basta levar ao profissional a proposta de perfume criada acima. Há bons perfumistas artesanais no mercado e é uma ideia mais em acordo com a proposta da consultoria.


UN JARDIN EN MEDITERRANÉE (2003, HERMÉS) A ideia aqui são férias no mediterrâneo; sentir a brisa fresca. Descansar. É uma fragrância fresca que traz cítricos combinados com ervas e um destaque para folha de figo, que com sua textura acamurçada, te convidam a sentir prazer e relaxar. Também traz amadeirados no fundo, dando uma leve secura no aroma. É um perfume “verde”, mais apropriado para o calor e dias amenos. Mais diurno também. Como é muito ativa, esse perfume convida você a relaxar. Utilize em momentos que precisar se permitir curtir; parar um pouco e sentir a brisa.

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HAPPY (1997, CLINIQUE) Dias de melancolia que quer uma injeção de ânimo... ou dias que está carente e precisa de um abraço... o perfume não tem esse nome por acaso: Happy traz aquele aconchego e felicidade de um dia de sol nas férias. Notas cítricas destacadas, além de florais nas notas médias (lírio, frésia...), dão essa abertura calorosa, que tende a uma secagem mais seca por conta do âmbar de fundo. Esse último, tira um pouco a ingenuidade quase infantil do aroma, consubstanciando algo elaborado.

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DIORELLA (1972, DIOR) Clássico setentista (que é uma de suas referências), um perfume que traz a sensação de liberdade e frescor, mas com certa pompa e polidez. Os acordes trabalhados de forma clássica trazem sobriedade mas sem ser insosso. Limão siciliano e manjericão têm destaque, fazendo um aromático fresco na abertura, seguido de flores combinadas com melão e no fundo, musgo de carvalho, que fazem dele um Chipre verde bem fresco. É um perfume preferencialmente para dias quentes e amenos; sua ocasião de uso, por conta de certa seriedade conferida pelo musgo de carvalho, pode até ir para um local mais formal, mas sem exageros na dosagem. Como as notas aromáticas dispersam mais rápido, o acorde Chipre que tende a permanecer no final.

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ACQUA FRESCA (1979, O BOTICÁRIO) Uma proposta nacional e clássico de O Boticário, Acqua fresca é um Eau de toilette, garantindo versatilidade de uso ao seu repertório, pois funciona como água de cheiro (não tem a duração e projeção de uma concentração para perfume, por exemplo). A palavra aqui é refrescar; algo aquático, banho, limpeza. Tem uma certa descontração, com suas notas cítricas. Seu efeito de limpeza é garantido pela combinação de lavanda com agulhas de pinho.

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OSCAR BAMBOO (2006, OSCAR DE LA RENTA) A vez das madeiras. Porém, esse é bem leve, pois como vimos, não é adepta a aromas muito intensos, doces ou pesados. Madeiras no geral trabalharão sua estrutura e força. O cedro e o bamboo são as notas amadeiradas, que revelam esse flanker como uma floresta aquática, somadas lírio d’água, vetiver e chá verde. Também traz algo de oriental, mas ainda assim, muito fresco e leve. Tem um certo floral nos detalhes (uma das características da marca). Dias de temperatura elevada e até meia estação são uma boa pedida para seu uso. Cabe em ocasiões mais formais, pois é bem discreto, embora tenha presença. Use quando sentir que precisa de nutrição e força para continuar seu caminho, porém com calma e leveza.

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O SEU REPERTÓRIO Agora entramos na parte prática da consultoria. A imagem planejada, bem como os conceitos sugeridos, agora serão sedimentados em composições, no caso da consultoria, na sua imagem. Para começar, vamos fazer algumas considerações sobre seu repertório de peças. Na sequência, montamos alguns looks (foram acordadas 10 propostas) para que você compreenda na prática os conselhos e sugestões anteriormente propostos.

OBSERVAÇÕES DO REPERTÓRIO Com base no levantamento de suas peças, observamos algumas dificuldades em seu repertório que, caso queira, pode ficar mais atenta para compras futuras. Tal atitude pode ajudar a incrementar sua imagem em acordo com o que deseja. Mas antes, vamos enaltecer os pontos positivos! Grande parte de seu armário é tomado por camisas, o que é muito positivo para você, pois confere versatilidade e tem o decote V que tanto lhe favorece. Outro ponto muito bom são as cores no geral, bem atreladas à sua cartela, e mesmo as que não o são, possuem certa flexibilidade de uso, de forma à poder sanar essa questão. De sapatos, também está bem servida. Agora, vamos às sugestões:

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• Carência em terceiras peças, principalmente mais leves. São excelentes para tirar looks monótonos do lugar comum. Além disso, ajudam com as questões relativas a silhueta e te deixarão mais à vontade. Na seção de modelagens, indico Quimonos, robes-chemise, cardigãs e coletes mais alongados, todos ideais para o calor; • Por falar em modelagem, quando for comprar casacos, prefira modelagens menos quadradas e com lapelas alongadas (lembre-se que seu corpo atrás tem silhueta retangular, o que visualmente te deixa sem forma...); • No que tange a tecidos, tem muita malha, que quando não tem uma excelente qualidade, marca muito o corpo e deteriora com facilidade. Na seção de tecidos deste dossiê, há indicações dos tecidos e como usá-los; • Blusas básicas coloridas (de preferência de sua cartela). Pode ter decote V, canoa ou outros (ver em decotes), mas prefira tecidos de qualidade aqui, pois são peças que se costuma lavar com frequência (sedinha, crepe ou malha de algodão boa); • Calças em tecido fluido. A ideia aqui é, por geralmente serem mais amplas, são boas para as peças mais quadradas em cima, pois dão movimento e forma à composição, além de impedirem à formação de um “bloco” na região do tronco (na seção de calças, indico modelagens); • Nas próximas aquisições de colares e principalmente brincos, se quiser seguir as sugestões da seção de acessórios, opte por colares mais alongados e brincos menores com pesos na parte de cima (ver em acessórios).

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LOOKS Agora, vamos utilizar de roupas e acessórios para montar algumas composições. São apenas sugestões para te inspirar! Pode criar em cima ou modificar à vontade.

AS PÁGINAS QUE SEGUEM, REFERENTES À MONTAGEM DE LOOKS E A CONCLUSÃO DO DOSSIÊ, NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS, POR CONTEREM FOTOS DA CLIENTE E DE SUAS PEÇAS. A MARCA OPTOU POR VETAR SUA VISUALIZAÇÃO COMO FORMA DE RESGUARDAR A INTIMIDADE DA MESMA.

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