Urbanismo l

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho tem como obje�vo uma análise urbanís�ca dos bairros de Santo Antônio e São José, com maior ênfase no bairro de São José, nas ruas do entorno da Sede do Galo. A par�r de tal estudo, ocorreu a observação da iden�dade, proporcionalidade, diversidade, densidade, conec�vidade, mul�modalidade, acessibilidade, colaboração, caminhabilidade, permeabilidade, iluminação e vegetalização. A elaboração desta a�vidade foi realizada pelas alunas: Camila Holder, Mariana Fonsêca, Nicole Deca, Raísa Fragoso e Stella de Castro, universitárias da disciplina de Urbanismo I da Universidade Católica de Pernambuco, no período de 2018.1, na qual foram assessoradas pelas docentes Andréa Câmara e Clarissa Duarte. O resultado ob�do através das idas até a área e das análises é um diagnós�co de cada subtópico, obje�vando estabelecer diretrizes em busca de uma mudança no atual cenário existente no local.A par�cipação popular é importante nas decisões da cidade, devemos buscar as melhores decisões para realizar em uma área um projeto de intervenção que, se aplique adequadamente na área, levamos em consideração o que à comunidade almeja e para dar à ela a sensação de pertencimento.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 2. CONCEITUAÇÃO 2.1 ESPAÇO URBANO CIDADÃO 2.2 A RUA CIDADÃ E OS ELEMENTOS DA COEXISTÊNCIA 2.3 CIDADE PARA PESSOAS E CAMINHABILIDADE 3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS 3.2 ELEMENTOS DE PAISAGEM 3.3 ASPECTOS LEGISLATIVOS 4.0 LEITURA URBANA LOCAL 4.1 POR UMA CIDADE PRESERVADA E PRODUTIVA 4.1.1 IDENTIDADE 4.1.2 PROPORCIONALIDADE 4.1.3 DIVERSIDADE 4.1.4 DENSIDADE 4.2 POR UMA CIDADE INTREGADA E INCLUSIVA 4.2.1 CONECTIVIDADE 4.2.2 MULTIMODALIDADE 4.2.3 ACESSIBILIDADE 4.2.4 COLABORAÇÃO 4.3 POR UMA CIDADE HUMANIZADA, SEGURA E CONFORTÁVEL 4.3.1 CAMINHABILIDADE 4.3.2 PERMEABILIDADE 4.3.3 ILUMINAÇÃO 4.3.4 VEGETALIZAÇÃO 5.4 LEITURA INTEGRADA 6. ESTRATÉGIAS DE DESENHO URBANO (PRODUTO 2-PAINEL/FOLDER) REFERÊNCIAS


1. INTRODUÇÃO

O trabalho em questão apresenta uma análise urbana crí�ca de um recorte do bairro de São José, sendo o principal ponto de referência a sede do Galo da Madrugada. O estudo abrange: aspectos históricos, iden�dade, proporcionalidade, densidade, diversidade, conec�vidade, mul�modalidade, acessibilidade, colaboração, caminhabilidade, permeabilidade, iluminação e vegetação. Os dados foram coletados a par�r da ida à região, incluindo pesquisas com trabalhadores e moradores locais, medições e fotos, além do auxílio da internet e das bibliografias: Cidades caminháveis de Jeff Speck e Cidade para pessoas de Jan Gehl.integrado que após a coleta de todos os dados anteriormente citados servirá como respaldo para a concepção de futuras diretrizes para o território.

Foi feito um estudo de caracterização geral da área abordando a ocupação históricas do território, elementos da paisagem, assim como a abordagem legisla�va. Posteriormente, uma leitura urbana onde apresentará diagnós�cos da área sobre os pontos de Uma Cidade Preservada e Produ�va; integrada e inclusiva, bem como uma cidade humanizada, Segura e Confortável. Finalizando, foi realizado um diagnós�co


2.0 - CONCEITUAÇÃO


2.1 ESPAÇO URBANO CIDADÃO

Tendo como base para estudo o plano diretor do município de Recife, criada com par�cipação da sociedade civil em pró dela, para organizar o crescimento e o funcionamento da cidade com o obje�vo de coordenar as ações dos setores público e privado. O espaço urbano é resultado da socialização urbana e ele se torna cidadão quando é um lugar atra�vo para a comunidade, tornando a cidade vital. A cidade deve ser planejada e projetada para alcançar a segurança e o conforto dos cidadãos. Nesse contexto, é importante analisar de forma obje�va os desafios das cidades atuais que dificultam a�ngir um espaço urbano cidadão, e definir os atributos necessários para desenvolver cidades vivas e seguras. Como visto em sala, uma cidade sem planejamento urbano, está fadada a não atender corretamente as necessidades da população. Isto ocorre devido a diferença socioespacial, que diminui a sensação de segurança e a sensação de pertencimento ao local, o principal significado de rua cidadã.

Gehl em seu livro, faz análise aprofundada e obje�va, sobre as questões fundamentais à qualidade de vida na cidade e que se refletem na escala dos espaços, nas soluções de mobilidade, nas dinâmicas que favorecem a vitalidade, sustentabilidade e segurança das áreas urbanas, na valorização dos espaços públicos, nas possibilidades de expressão individual e cole�va, na beleza daquilo que pode ser apreendido ao nível do observador. Segundo Jan Gehl, 1936, nos úl�mos anos as ideologias de planejamento saem das inter-relações e espaços comuns da cidade, para edi�cios individuais autónomos. A arquitetura urbana é muito importante para projetar cidades “cidadãs”, isto é, o espaço privado deve ser resultado do planejamento do espaço público. GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo, Perspec�va, 2013. Para que se consiga alcançar as necessidades de segurança e conforto, devemos incen�var o uso das ruas e dar prioridade a socialização das pessoas.Como foi visto, para que as necessidades cidadãs de segu-


2.2 A RUA CIDADÃ E OS ELEMENTOS DA COEXISTÊNCIA

Para que um espaço público seja convida�vo para seus usuários é imprescindível que seus elementos de coexistência, isto é, as edificações, a mobilidade, a vegetação e o mobiliário, sejam distribuídos e planejados de forma que ocasionam maior integração entre o público e o local, com humanização, segurança e conforto. Interface Arquitetônica: Trata-se das caracterís�cas �sicas dos elementos construídos nos limites dos lotes, entre o espaço público e privado, do mesmo modo que a existência de a�vidades no interior das edificações, especialmente as localizadas no pavimento térreo. Na área estudada possui alguns lotes com usos comerciais que promovem uma boa permeabilidade durante o dia. Entretanto, com poucas habitações, que causam uma interface arquitetônica ruim, a área torna-se insegura durante a noite. Mobilidade Urbana: Refere-se as super�cies de deslocamento, o fluxo e a permanência dos diversos �pos de usuários do espaço urbano. Uma boa mobilidade urbana se dá através da priorização do transporte público, calçadas com boa qualidade, ciclo-rotas, etc. A área em estudo apresenta uma baixa mobilidade devido à má conservação das calçadas e a falta de vias e espaços para ciclistas.

Vegetação: A presença de vegetação é fundamental para gerar sensação de conforto ambiental ao pedestre. No entanto, pode ser um problema quando sua implantação não é bem planejada. Nossa área de estudo tem pouca presença de vegetação, que em sua maioria são de pequeno porte, plantadas de forma inadequadas e má distribuídas nos espaços. Mobiliário Urbano: Para analisar o mobiliário urbano de um local é preciso levar em consideração questões como a iluminação, a qualidade do mobiliário e a coerência climá�ca. Na área estudada o mobiliário é escasso, e em sua maioria são inseridos de forma irregular, sem gerar integração. Além disso, existe uma boa quan�dade de postes de iluminação, mas nenhum está na escala do pedestre.


2.3 CIDADE PARA PESSOAS E CAMINHABILIDADE

A dimensão humana tem sido esquecida no planejamento urbano ul�mamente. O sen�mento de insegurança das pessoas vem crescendo cada vez mais e causando um crescimento da ideologia de edi�cios individuais, sem interação entre público e privado. Essa nova ideia dá forças ao mercado com suas novas tendências constru�vas, provocando o isolamento de edi�cios autossuficientes e uma baixa prioridade aos espaços públicos, que são locais de encontro dos moradores, podendo assim causar o fim do espaço urbano. É necessário debater com a comunidade, de forma obje�va, as questões polí�cas urbanas que são fundamentais para uma boa humanização das cidades, tornando-as seguras e confortáveis. Es�mula-se o potencial de vitalidade urbana quando as pessoas se sentem convidadas a caminhar, pedalar e permanecer, nas ruas. Dessa forma, é incen�vado o uso do espaço público, tornando-o seguro, entretanto, é importante ter uma estrutura urbana coerente, que permita poucas distâncias a pé e uma variedade de funções urbanas.

O desenho urbano é de extrema importância para gerar uma estrutura urbana coerente. Quadras menores geram uma caminhada mais interessante, por permi�r mais escolhas no trajeto. Logo, considera-se que quadras menores são mais eficientes no quesito caminhabilidade. Uma cidade ‘ideal’ precisa de uma vida variada é aquela que prioriza o pedestre e o ciclista, com espaços para a�vidades de vários �pos. É importante que os elementos construídos sejam sempre na escala humana, aumentando assim a permeabilidade visual da edificação x rua, e que qualidade das calçadas sejam eficientes. Gerando boas condições para permanência ao ar livre, cada vez mais pessoas irão se permi�r vivenciar a cidade como deveria ser, dinamizando-a.


3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS


A ocupação do Recife se inicia efe�vamente no século XVII, com a ocupação e urbanização holandesa (1630-1654). Apesar dos 130 anos de colonização portuguesa, Recife se limitava a um porto natural para o embarque da produA ocupação do Recife se inicia efe�vamente no século XVII, com a ocupação ção de açúcar para o con�nente europeu. As construções portuguesas se e urbanização holandesa (1630-1654). Apesar dos 130 anos de colonização concentravam uma estreita faixa de terra. a chegada dos holandeportuguesa, Recife seem limitava a um porto natural para oCom embarque da produa pouca terra ocupada, europeu. se tornouAspequena paraportuguesas o crescimento ção ses, de açúcar para o con�nente construções se populacional queem ocorreu, e a ocupação expande a Ilha de Antônio Vaz, atuais concentravam uma estreita faixa dese terra. Com até a chegada dos holandeSanto Antônio São José. Nos estreitos lotes já existentes ses, bairros a poucade terra ocupada, se etornou pequena para o crescimento popula- erguemcional ocorreu,apoiados e a ocupação se expande até a Ilha de Antônio Vaz, atuais -seque sobrados, sobre an�gas construções portuguesas, gerando um bairros de Santo Antônio Sãocidade. José. Nos estreitos lotes já existentes erguemcrescimento ver�cale na -se sobrados, apoiados sobre an�gas construções portuguesas, gerando um crescimento ver�cal na cidade.

Área de Análise traçado. Fonte: Google Maps. 2018.


3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

Nas décadas seguintes, a cidade cresce e se estrutura longitudinalmente, indo em direção ao con�nente, seguindo os an�gos caminhos dos engenhos (neste momento exis�a a ligação com Santo Antônio e São José através das pontes da Boa vista e Princesa Isabel).Além dos bairros próximos ao porto, também se observa um crescimento �mido das terras em que se encontra o bairro de São José. O centro urbano cresce e se consolida, formando hoje o que conhecemos por centro histórico (Bairros do Recife, São José, Santo Antônio, Boa vista e Soledade), mais o centro expandido (Bairros de Santo Amaro e Coelhos). No ano de 1808, já notamos a presença de alguns edíficos notáveis na área, como a Estação do recife, a igreja N. S. da Conceição, praça joaquim nabuco,basílica de N. S. do carmo, entre outros.

PLANTA DO BAIRRO SÃO JOSÉ 1808


Edi�cios Públicos ou de servidão Pública resentes no ano de 1908 no bairro de São José.

e

Rio

Ca pib ar ib

Nesta etapa da história, o Bairro de São José fazia parte das áreas mais populosas da cidade do Recife, juntamente com o bairro de Santo An�nio,Recife. No séc. XX, já se encontra expandido e consolidado. Começava a intensa a�vidade comercial no térreo dos sobrados e moradia nos pavimentos superiores, configurando então, um uso misto das edificações.

PLANTA DO BAIRRO SÃO JOSÉ 1908


e

Rio

Ca pib ar ib

No século XX, houve uma grande migração da população em direção aos subúrbios. Foram providenciadas novas estradas, mercados, postos de saúde, escolas, transporte e abastecimento, e toda essa estrutura deu origem ao Novo Recife. Em 1930, o modelo radial é estruturado, devido a Estrada de Ferro Central de Pernambuco. Em 1940, a cidade se expande de maneira diferente, dessa vez não apenas radialmente, mas ocupando os vazios existentes entre os raios, acelerando assim, o processo de urbanização da cidade. Há uma forte demanda para as áreas centrais, ocorre então a elevação do preço do solo e por consequência a ver�calização das edificações. Na segunda metade do mesmo século, o centro já está completamente consolidado, densamente construído e com caracterís�cas definidas pelas legislações urbanís�cas da época.

PLANTA DO BAIRRO SÃO JOSÉ 1977


3.2 ELEMENTOS DA PAISAGEM


Agência Central dos Correios

Praça do Sebo

Matriz Igreja St. Antônio

Casa do Cultura

Av. Guararapes (1920) Av. Dantas Barreto (1975)

Edf. do Ed Tiradentes

Praç. Joaquim Nabuco Praça Visconde de Mauá

Igreja de N. S. da Conceição

Estação Recife

Basílica de N. S. do Carmo

Ordem Terceira do Carmo do Recife

0 Praça Sérgio Loreto

Camelódromo

75

150

225

EDF. RELIGIOSOS EDF. NOTÁVEIS MODERNOS EDF. NOTÁVEIS ANTIGOS ESPAÇOS LIVRES VEGETADOS


3.3 ANÁLISE DE ZONEAMENTO Av. Guararapes Espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas que detém ao estado, com caracterís�cas naturais relevantes, legalmente ins�tuídos pelo Poder Público com obje�vos de conservação e limites definidos, sob regimes especiais de administração, ao qual se aplicam garan�as adequadas de proteção;

Av. Dantas Barreto

A ZAC Moderada, é caracterizada pela ocupação diversificada e facilidade de acessos, obje�vando moderar a ocupação, com potencialidade para novos padrões de adensamento

A ZAC Restrita, caracterizada pela presença predominante de relevo acidentado com restrições quanto à ocupação, obje�vando adequar a �pologia edilícia à geomorfologia da área.

O Setor de Preservação Ambiental (SPA) é cons�tuído por áreas de transição entre o SPR e as áreas adjacentes.

O Setor de Preservação Rigorosa(SPR) é cons�tuído por áreas de importante significado histórico e/ou cultural que requerem sua manutenção, restauração ou compa�bilização com o sí�o integrante do conjunto.

LEGENDA: ZEPH - Zona Especial de Preservação Histórico SPR ( SIC e SCU) SPA (Setores de Preservação Ambiental)

ZEDE - Zona Especial de Diretrizes Específicas

A Zona Restrita é caracterizada pela ocupação diversificada e facilidade de acessos, obje�vando moderar a ocupação, com potencialidade para novos padrões de adensamento.

Centro Principal UCN - Unidade Conservação da Natureza

ZAC - Zona de Ambiente Construído Restrita Moderada Eixo Principal Limite

0

75

150

225


3.4 ANÁLISE DE ZONEAMENTO

LEGISLAÇÕES URBANÍSTICAS – 1893 a 1961: 1839 Determinações de Arquitetura, Regulamentação e Aforamento da Cidade: Com o início do processo de modernização e de expansão da cidade colonial, foram determinadas recomendações de redesenho das quadras como modo de corrigir as irregularidades do traçado existente, além de es�pular largura mínima para as novas ruas: 16,98m para as principais e 11,32m para as secundárias. Foi uniformizado o acabamento das fachadas, com cornijas que seguiam o modelo estabelecido pelas autoridades municipais. Essa lei permi�u que o crescimento da cidade colonial ocorresse de uma forma mais organizada desde seu início, buscando evitar problemas quanto a organização do lote e a caminhabilidade. 1893 A Lei nº 4 de 1893 adota caracterís�cas higienistas, como consequência das discussões sanitaristas da época. Eram es�puladas a dimensão da largura e altura das fachadas em relação a rua. O gabarito máximo estabelecido era de três pavimentos; o lote era estreito e comprido, diferentemente dos lotes do subúrbio, que eram mais generosos. Uma total desvinculação da edificação em relação ao espaço da rua, no perímetro central, dizia respeito aos edi�cios públicos. Permi�ndo assim, maior densidade nas áreas centrais. Após essa lei o sistema viário passa a ser hierarquizado. Decreto nº 223 de 17 de dezembro de 1932 O Regulamento de construções em terrenos dotados de arruamento, segue a mesma lógica da legislação anterior, diferindo no regulamento dos loteamentos, nas condições da expansão urbana do Recife e, consequentemente, o terreno capaz de receber a habitação idealizada na norma�va de 1919. A norma�va enfa�za as condições �pológicas, definindo que somente as construções comerciais serão permi�das no alinhamento das ruas e que todos os demais prédios deverão ficar recuados desse limite. Salienta-se a influência das discussões internacionais das cidades jardins, que influenciam a lei e a mesma recomenda a supressão de muros divisórios nos novos bairros, facultando o estabelecimento da divisa do lote por meio de cercas vivas. Além disso, define as condições para que o loteamento se caracterize como um bairro jardim. Regulamento de Construções - Decreto nº 374 de 12 de agosto de 1936 Estabelece os regulamentos de uso e ocupação do solo, iluminação e ven�lação das edificações, estabelecendo recuos mínimos diferenciados para cada ambiente interno da construção. Mantém as mesmas condições definidas para os loteamentos, exceto quanto à abordagem das caracterís�cas das cidades ou bairros jardins. O decreto consolida em defini�vo as áreas do an�go traçado como centro da organização urbana e espaço terciário por excelência, podendo sua �pologia reproduzir-se sempre quando ou só é o não residencial e amplia a singularidade da construção isolada no terreno como �pologia da expansão urbana. A cidade é dividida em quatro zonas, primeira ou principal; segunda ou urbana; terceira ou suburbana; e a rural. Os novos padrões de parcelamento do solo privilegiam uma expansão urbana horizontal. Com esse regulamento, houve aperfeiçoando nos requisitos de iluminação e ven�lação das edificações, bem como a hierarquização e estruturação do sistema viário de modo a facilitar a circulação e a velocidade.


Gabarito para as ruas principais da Cidade – Decreto nº 27 de 15 de julho de 1946 Dispõe, após decisões da Comissão do Plano da Cidade, os gabaritos das edificações localizadas nas principais ruas do Recife, todas localizadas no centro histórico da cidade. Buscando assim, o equilibrando a densidade populacional e a poluição visual,

Lei nº 2590 de 24 de novembro de 1953 Define novos índices de ocupação, altura e afastamentos. Com isso, transforma os bairros centrais no centro da cidade moderna e promove maior densidade no setor urbano, e no setor suburbano são ditados parâmetros que proporcionem moradias de menor densidade.

Código de Obras de 1961 Es�pulava o novo zoneamento da cidade: urbano, suburbano e rural, que se subdividem em zonas comerciais, zonas portuárias, zonas industriais, zonas universitárias, zonas de reservas florestais e zonas não edificadas, com subdivisões em núcleos, com todas as implicações que isso representa em termos de valor do solo. Assim, eram aplicadas os conceitos funcionalistas sobre os edi�cios.


4.0 LEITURA URBANA LOCAL Neste capítulo, a ideia é construir um diagrama que indique o grau de intensidade que determinada qualidade urbana possui no território. Esta análise está fundamentada segundo os critérios descritos em MVRDV,2012. O desenvolvimento de um diagrama que lembra uma margarida, cujas pétalas são representadas pelos resultados em análise, indicando um maior ou menor grau de intensidade. Assim, um pétala preenchida indica que na área analisa há um grau elevado ou bom, já uma pétala até a metade indicaria um grau médio ou regular, enquanto que uma pétala curta indicaria um grau baixo ou ruim. Deste modo foram analisados 12 qualidades, que serão demonstradas em seguida, são elas: iden�dade, proporcionalidade, densidade populacional, acessibilidade, diversidade, permeabilidade,colaboração, conec�vidade, mul�modalidade, caminhabilidade, iluminação e vegetalização.

LEITURA INTEGRADA


4.1 POR UMA CIDADE PRESERVADA E PRODUTIVA


4.1.1 IDENTIDADE

Em sala de aula, aprendemos que a iden�dade de um local é um resultado das relações socioculturais e que pode ser facilmente reconhecida visualmente. Sua força está na capacidade de ser reconhecido por moradores da área e visitantes. Na análise, u�lizamos como unidade de medida, os �pos arquitetônicos e o grau de iden�dade que, é recorrência de �pos arquitetônicos. Tentando iden�ficar os �pos arquitetônicos similares como definidora da iden�dade da área. Quanto maior a recorrência de um mesmo �po ou conjunto de �pos, maior o grau de iden�dade �pológica de uma área. Foram iden�ficados doze �pos para o território como um todo. A recorrência de certos �pos arquitetônicos marca a iden�dade da área, notadamente o �po iden�ficado como “casa de porta e janela”. Este, que representa 36,7% dos imóveis em análise,em conjunto com o “sobrado” (com 31% do total dos analisados) e

os galpões (14% do total) e o restante variando entre 0 a 4,2% remete à estrutura colonial original do sí�o, configurada em lotes estreitos e compridos. A iden�dade da área é definida por essa condição, na qual mais da metade dos imóveis computados apontam para a manutenção do �po original do tecido formador, ou seja, edificações térreas, do �po “porta e janela” cujos vãos das aberturas foram alterados (geralmente alargados) e a coberta, originalmente inclinada e com telhas cerâmicas, subs�tuída por lajes planas e/ou coberta com telhas de fibrocimento. Essas alterações são resultado, sobretudo, da mudança progressiva no uso dos imóveis, que passaram de residências a estabelecimentos voltados à prestação de serviços, acentuadamente copiadoras e lanchonetes. Fonte:Plano Centro Cidadão.

Tipos arqu�etônicos, Rua da Concórdia. Fonte: Autores.


36,7%

31%

CASA SOLTA NO LOTE

SOBRADO

CASA DE PORTA E JANELA

2%

CASA SEM RECUO LATERAL

2%

CASA GEMINADA

0%

EDF. CAIXÃO

4,2

EDF; SOBRE PILOTIS

0%

0%

TEMPLOS

GALPÃO

EDF. PÓDIO

14%

0%

EDF. SINGULAR

...

OUTROS

LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

LEITURA DA ÁREA GERAL

MAPA DE IDENTIDADE

8,45%

0%

...

0

20

40

60

80


4.1.2 PROPORCIONALIDADE

A proporcionalidade edificada é medida a par r do equilíbrio entre os gabaritos das edificações. Assim, para que se tenha uma alta proporcionalidade, a maioria das edificações de uma área deve ser harmônica, ter o número de pavimentos parecido, seja com a maioria de edificações bastante ver cais ou a maioria de casas térreas. Sendo assim, a presença pontual de um edi cio ver cal em meio a predominância de gabaritos baixos em determinado local, ou vice-versa, resultaria em uma baixa proporcionalidade. Assim como no restante das áreas históricas do Recife, a área em recorte do bairro de São José tem a grande maioria das edificações de casas térreas (40%) ou de dois pavimentos (42%), apenas 15% das edificações são de 3 a 4 pavimentos e edi cios com mais de 5 pavimentos aparecem de forma bastante pontual (3%), caracterizando assim, uma alta proporcionalidade no local. No eixo principal essas caracterís cas não fogem do padrão da área sendo predominada por edificações de 2 pavimentos (55%) e térreos (33%) sendo pontuada com edi cios de 3 a 4 pavimentos (6%) e de 5 a 10 (6%).

Edificações de 1 a 2 pav., Rua da Concórdia. Fonte: Autores.

Edificação com 4 pav., Rua Floriano Peixoto. Fonte: Autores.




4.1.3 MAPA DE DIVERSIDADE

Cidades que apresentam uma grande pluralidade de usos em uma mesma edificação, geram um grande fluxo de pessoas em diversos horários, trazendo, por consequência, segurança e vitalidade urbana. Dos 15 possíveis �pos de edificações, apenas 3 se destacam na área de análise, sendo eles: serviço (11,25%), comercial (13,30%) e uso misto (comércio e residencial) (12,6%). Implicando assim, em uma baixa diversidade, o que influencia diretamente na falta de segurança e pouca de vitalidade. No eixo analisado, a realidade permanece a mesma, com predominância de lotes com usos direcionados para comércio, serviço e uso misto.

Edi�cio serviço/residência Fonte: Autores.

Edi�cio Religioso. Fonte: Autores.

Edi�cio comércio/residência Fonte: Google, Street View.


HABIT. FORMAL UNIFAMILIAR

SERVIÇO

2,5%

INSTITUCIONAL

0,2%

EDUCACIONAL

0,2%

VAZIO / SEM USO

COMERCIAL

11,25%

0,2%

HABIT. FORMAL MULTIFAMILIAR

13,30%

3,7%

USO MISTO (COMÉRCIO E SERVIÇO)

1,2%

RELIGIOSO

1,2%

CULTURAL

12,6%

1,2%

USO MISTO (SERVIÇO E RESIDENCIAL)

USO MISTO (COMÉRCIO E RESIDENCIAL)

0,2%

USO MISTO (COMÉRCIO E EDUCACIONAL)

0,2%

USO MISTO (SERVIÇO E EDUCACIONAL)

Av Da nt as B

C

0,2%

USO MISTO (SERV. COM. RES) arr eto

TTRR AANN SSFF OOR RMM AADD OOR REE SS

LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

LEITURA DA ÁREA GERAL

4.1.3 MAPA DE DIVERRu aP e ix oto

R

C

C

0

0,2%

20

40

60

80


Cidades que apresentam uma grande pluralidade de usos em uma mesma edificação, geram um grande fluxo de pessoas em diversos horários, trazendo, por consequência, segurança e vitali dade urbana. Dos 15 possíveis pos de edificações, apenas 3 se destacam na área de análise, sendo eles: serviço (11,25%), comercial (13,30%) e uso misto (comér cio e residencial) (12,6%). Implicando assim, em uma baixa diversidade, o que influencia direta mente na falta de segurança e pouca de vitalidade. No eixo analisado, a realidade permanece a mesma, com predominância de lotes com usos direcionados para comércio, serviço e uso misto.

Edi cios que se destacam na análise de gabarito. Fonte: Autores. Rua Floriano Peixoto Rua da Concórdia

Rua da Concórdia



4.2.1 CONECTIVIDADE

U�lizamos como unidade de medida, número de conexões por via e grau de conec�vidade segundo a quan�dade de conexões(linhas axiais) que interceptam outra linha axial. Conec�vidade refere-se ao número de conexões que uma via (linha axial) dispõe. No sistema urbano, linhas com alta conec�vidade apresentam maior importância por permi�rem acesso às demais. E as linhas com poucas conexões, possuem menor relevância para a acessibilidade espacial do sistema como um todo. Em outras palavras, quadras menores melhoram a conec�vidade, pois geram muitas conexões em uma linha axial, como citado no livro Cidade Caminhável (2016), de Jeff Speck: “De modo geral, as cidades com menores quadras são as melhores no quesito caminhabilidade, enquanto aquelas com as maiores quadras são conhecidas como lugares sem vida nas ruas.” A área analisada é formada por 7 linhas axiais. O número médio de conec�vidade corresponde a 7 conexões, variando entre linhas com 2 conexões e linhas com 4 conexões, sendo a Rua do Muniz a que possui maior conec�vidades (4), considerando apenas o recorte urbano da área. Em geral, o recorte analisado é de boa conec�vidade, incluindo o eixo analisado, com exceção da quadra oeste por seu grande tamanho com pouca conec�vidade

Crédito: Eng. Lúcia Maria Brandão


MAPA DE CONECTIVIDADE

R

LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

LEITURA DA ÁREA GERAL

DO RE S OR MA TR AN SF

R

R

C

R R

C

C LEGENDA

R

VIAS DE EIXO METROPOLITANO VIAS DE EIXO URBANO VIAS MICROLOCAIS

0

50

100 150 200


4.2.2 MULTIMODALIDADE

Para análise u�lizamos como unidade de medida, os modais bem atendidos por rua e o grau de mul�modalidade, que leva em conta a quan�dade de modais que a rua abriga com conforto e segurança em coerências com sua hierarquia viária. O desenvolvimento das cidades sustentáveis passa indispensavelmente pela mobilidade urbana. É importante priorizar um sistema de transporte público, eficiente e integrado, que respeite e incen�ve a mobilidade de pedestres e bicicletas. No gráfico é visível que carros e pedestres prevalecem na área com 73% e em seguida vemos os ônibus com 18%, sendo 9% das vias, exclusivo para ônibus. Não há vias exclusivas para pedestres e para usuários de bicicleta sendo 0%.

Rua da Concórdia. Fonte: Autores:.

Nas vias analisadas, apesar de ser uma área que contém um grande número de pedestres, as preferências são para os carros e transporte público que não tem nenhuma via exclusiva, exceto na Av. Dantas Barreto que há uma faixa exclusiva para ônibus, na área não há preferência alguma para bicicletas na área geral. Sendo assim, o grau de mul�modalidade da área geral é ruim. Em relação ao eixo principal, não foge da realidade por ser uma rua para automóveis par�culares e com calçadas descon�nuas com baixo nível de conservação, excluindo a passagem de transportes cole�vos e bicicletas.

Parada de ônibus. Rua do Peixoto. Fonte: Autores.


R R

R

Faixa Exclusiva de Ă´nibus na Av. Dantas Barrreto. Fonte: Blog Meu Transporte.


OR MA

DO RE S

LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

MAPA DE MULTIMODALIDADE

R

C

C VIAS PARA PEDESTRES (0%)

ÔNIBUS (18%)

EXCLUSIVO ÔNIBUS (9%)

C CARROS E PEDESTRES 73% LEGENDA CONTÉM FAIXA EXCLUSIVA PARA TRANSPORTE COLETIVO VIAS QUE PASSAM TRANSPORTES COLETIVOS VIAS PARA CARROS E PEDESTRES VIAS PARA PEDESTRES

0

20

40

60

80


4.2.3 ACESSIBILIDADE

R

U�lizamos como unidade de medida: o metro linear de calçadas con�nuas, conservadas e R largas; e o grau de acessibilidade levando em consideração o percentual de calçadas que se apresentam, ao mesmo tempo, con�nuas (sem obstáculos), bem como conservadas e largas. Nos espaços públicos, o principal local de interação das pessoas é nas calçadas, uma vez que é nelas que os pedestres interagem uns com os outros e com as edificações. Na área de análise foi averiguado a) extensão con�nua e descon�nua das calçadas. b) A extensão de calçadas em bom estado de conservação e c) a extensão de calçadas com largura média ou “larga”. Logo após a análise foi iden�ficado o percentual de calçadas que apresentaram as três caracterís�cas simultaneamente. Calçada acessível, Rua da Concórdia. Fonte: Autores.

Apurou-se que apenas 37% das calçadas são con�nuas, enquanto 63% são descon�nuas, devido a postes e árvores mal implantados, bem como o estado de conservação, avaliado em 69% ruim, 23% regular e 8% bom. Outro fator que afeta a acessibilidade na área são as larguras das calçadas, onde 69% são estreitas e somente 12% largas. Na área específica a caminhabilidade é ruim já que em 195.6m analisados na Rua da Concórdia, mesmo tendo uma calçada regular quanto a largura, é descon�nua e com um estado de conservação ruim, dificultando o fluxo de pedestres.

Calçada mal conservada, Rua da Concórdia. Fonte: Autores.


Calçada com boa largura. Av. Dantas Barreto. Fonte: Google, Street View.

Calçada larga ocupada por comércio irregular. Av. Dantas Barreto. Fonte: Autores.


LEITURA DA ÁREA GERAL

LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

MAPA DE ACESSIBLIDADE

Ru a

Pe ixo to

METRO LINEAR DE CALÇADAS ANALISADAS NA CONCÓRDIA= 195,6m (100%) REGULAR 7%

BOM 0%

METRO LINEAR DE CALÇADAS ANALISADAS = 1325m (100%)

an

LARGA 12%

Av D

QUANTO AO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA PAVIEMNTAÇÃO

tas

Ba rre to

LEGENDA

RUIM REGULAR

MÉDIA19%

BOM ESTREITA 69%

QUANTO Á CONTINUIDADE DOS FLUXOS DE PEDESTRES (PRESENÇA DE OBSTÁCULOS VERTICAIS)

RUIM 93% BOM 8%

CONTÍNUO

CONTÍNUO 37%

DESCONTÍNUO REGULAR(23%)

QUANTO Á LARGURA ESTREITA (DE 0 A 1.20m) MÉDIA (DE 1.20m A 2.50m) LARGA (ACIMA DE 2.50m)

DESCONTÍNUO 63%

RUIM (69%)

0

20

40

60

80


4.2.4 COLABORAÇÃO

O envolvimento da população sobre as decisões e apropriação da cidade cria um vínculo de pertencimento de lugar e provoca um sen�mento de corresponsabilidade e irmandade entre as pessoas envolvidas. Em vista disto, é de extrema importância que exista centros específicos de apoio à comunidade nas cidades. Na área de análise a Sede do Galo é um exemplo de ins�tuição que promove a�vidades não só para a comunidade que está inserida, mas também a outras próximas da região. Sede do Galo - Responsabilidade social também é a marca do maior bloco do mundo. Há três anos e meio, o Galo da Madrugada mantém, dentro das a�vidades do projeto Galo:Cultura e Cidadania, uma escolinha de música que atende crianças e adolescentes de comunidades

carentes do Recife e Região Metropolitana. Os cerca de 30 alunos, entre 10 e 16 anos, recebem, todas as terças e quintas-feiras, das 14h às 16h, aulas de sax, trombone, trompete, violão, teclado, bateria ou contrabaixo, a depender da escolha do pequeno músico. Isso, é claro, depois de passar pelas aulas teóricas, nas quais os estudantes mantêm o primeiro contato com o mundo da música, conhecendo conceitos como notas, divisões, e compassos. As aulas são realizadas no local onde funcionava a an�ga sede do clube, na Rua da Concórdia. Ul�lizamos como unidade de medida, os eventos colabora�vos iden�ficados e o grau de colaboração que iden�fica a quan�dade de eventos colabora�vos.

R R

R

Orquestra Mirim. Disponível em:<h�p://www.galodamadrugada.org.br>


SF O

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LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

LEITURA DA ÁREA GERAL

MAPA DE COLABORAÇÃO

Ru

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oto

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C

Av D

C

COMUNIDADES EXISTENTES COMUNIDADE EDUCACIONAL COMUNIDADE RELIGIOSA COMUNIDADE DE MORADORES COMUNIDADE COMERCIAL COMUNIDADE DE SERVIÇOS

C

CENTROS/PROJETOS ENGAJADOS NA COLABORAÇÃO SOCIO-COMUNITÁRIA 01 Sede do Galo da Madrugada

0

20

40

60

80


4.3.1 CAMINHABILIDADE R

Unidade de medida: conservação, con�nuidade e largura das calçadas e permeabilidade visual. Grau de caminhabilidade: percentual de calçadas com con�nuidade, R grau de conservação e largura das calçadas. Para medir o grau de caminhabilidade de um local é averiguado: a) a extensão de calçadas acessíveis; b) a extensão de fachadas cujas a arquitetura tem um alto ou médio grau de integração com o espaço público. c) O grau de conservação das calçadas, de acordo com os critérios bom, regular e ruim; d) e a largura da calçada medida segundo os intervalos de 0 a 1,20m, 1,20m a 2,50m e acima de 2,50m.

Calçada no camelódromo, Av. Dantas Barreto. Fonte: Autores.

Foram analisados 1325 metros linear de calçadas na área geral, onde a caminhabilidade pode ser considerada baixa, devido ao grau de conservação ruim das calçadas (69%), a descon�nuidade (63%) e suas larguras, tendo em vista que 69% são estreitas enquanto 12% são largas. Além disso, o grau de interação da arquitetura é baixo. Nos 195,6 metros linear de calçadas da área específica, a caminhabilidade é precária mesmo tendo uma calçada constante quanto a largura e uma boa interação da arquitetura, uma vez que é descon�nua e possui um estado de conservação ruim (93%), dificultando o fluxo de pedestres.

Árvore prejudicando a passagem,Rua do Muniz. Fonte: Autores.


MAPA DE CAMINHABILIDADE

REGULAR RUIM

Ru aP e ix oto

LEITURA DA ÁREA GERAL

BOM

LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

GRAU DE INTEGRAÇÃO DA ARQUITETURA

METRO LINEAR DE CALÇADAS ANALISADAS NA CONCÓRDIA= 195,6m (100%) REGULAR 7%

BOM 0%

METRO LINEAR DE CALÇADAS ANALISADAS = 1325m (100%) LEGENDA

Av Da nta s

Ba rre to

QUANTO AO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA PAVIEMNTAÇÃO RUIM REGULAR BOM

RUIM 93%

QUANTO Á CONTINUIDADE DOS FLUXOS DE PEDESTRES (PRESENÇA DE OBSTÁCULOS VERTICAIS) CONTÍNUO DESCONTÍNUO QUANTO Á LARGURA

BOM 8%

LARGA 12% CONTÍNUO 37% REGULAR(23%)

MÉDIA19%

ESTREITA (DE 0 A 1.20m) MÉDIA (DE 1.20m A 2.50m)

0

ESTREITA 69%

20

LARGA (ACIMA DE 2.50m) DESCONTÍNUO 63%

RUIM (69%)

40

60

80


4.3.2 PERMEABILIDADE

Para analisar a qualidade permeável é necessário aferir o grau de permeabilidade visual do lote e da edificação. Considera-se alta quando o lote não possui algum �po de elemento ver�cal que o separa da calçada, baixa quando existe algum elemento ver�cal que o separa da calçada, e nula quando o elemento ver�cal impede totalmente a integração visual entre os espaços públicos e privados. Segundo SPECK, Jeff, Cidade Caminhável, A Caminhada Confortável, Passo 7: Criar Bons Espaços, 2016, “Psicólogos evolucionistas nos dizem que os animais buscam duas coisas: perspec�va e refúgio”. E con�nua “O ecólogo E.P Odum afirmava que não era a savana nem a floresta o habitat ideal primi�vo para os an�gos humanos, mas sim a fronteira”. Em outras palavras,pessoas não se sentem confortáveis e seguras em ambientes completamente fechados ou aberto, deve haver o equilíbrio.

Podemos notar pelo mapa que há duas situações quanto a permeabilidade. A da área geral e a da rua específica. A rua em si, possui maior número de térreo produ�vo do que não produ�vo, o que influencia para uma maior permeabilidade. Já na área geral, percebe-se que seu nível de permeabilidade varia mais do que na rua específica, o equilíbrio não é presente na sua permeabilidade visual da edificação por possuir 88% dela baixa. Já quanto a permeabilidade do lote, o gráfico muda, caindo para 33% o grau de permeabilidade baixa, impedindo o equilíbrio visual do público x privado.

Permeabilidade Alta, Rua da Concórdia. Fonte: Autores.

Permeabilidade nula, Rua Floriano Peixoto. Fonte: Autores.


E

COLABO R

AÇÃO

PERMEABILIDADE BAIXA - 11,92%

DE IDA

PERMEABILIDADE NULA - 31,79%

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E IDAD EABIL

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ESPAÇO URBANO CIDADÃO

IDADE

MAPA DE PERMEABILIDADE

ID AD

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IZ AÇ ÃO

LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

INTEGRADO INCLUSIVO

QUANTO À PERMEABILIDADE DA EDF.

PERMEABILIDADE BAIXA - 6,88%

PERMEABILIDADE BAIXA

PERMEABILIDADE NULA

PERMEABILIDADE NULA

QUANTO À PERMEABILIDADE VISUAL DA EDIFICAÇÃO

QUANTO À PERMEABILIDADE VISUAL DA EDIFICAÇÃO PERMEABILIDADE ALTA PERMEABILIDADE BAIXA PERMEABILIDADE

CU

PERMEABILIDADE BAIXA

PERMEABILIDADE BAIXA (54%)

TR

PERMEABILIDADE ALTA (11%)

DO

PERMEABILIDADE ALTA (13%)

PERMEABILIDADE ALTA

VIS ÃO

RE

M

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EM DO LOTE

PERMEABILIDADE ALTA

TÉRREO NÃO PRODUTIVO (48%)

DE NT O E

VIS ÃO RE

METRO LINEAR DE CALÇADAS ANALISADAS = 1325m (100%)

QUANTO À PERMEABILIDADE DO LOTE QUANTO À PERMEABILIDADE

AB AL

PERMEABILIDADE NULA - 39,10%

TÉRREO PEDUTIVO (52%)

LEGENDA LEGENDA

HO

LEITURA DA ÁREA GERAL

PERMEABILIDADE ALTA - 54,02%

MAPA DE PERMEABILIDADE VISUAL

NT

PERMEABILIDADE ALTA - 56,29%

DO IZA AN L M O HU UR TÁVE SEG NFOR CO

DENS IDADE

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DE IDA NAL RCIO

UT ADO IVO

DI VE RS ID AD E

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PERMEABILIDADE BAIXA (1%)

ALTA

PERMEABILIDADE NULA

PERMEABILIDADE BAIXA

QUANTO A PRODUTIVIDADE DO TÉRREO

PERMEABILIDADE NULA PRODUTIVO

24À PRODUTIVIDADE NÃO PRODUTIVO QUANTO DO TÉRREO PRODUTIVO NÃO PRODUTIVO

N

PERMEABILIDADE NULA (33%) PLANO CENTRO CIDADÃO Universidade Católica de Pernambuco Rua do Príncipe, 526 - Boa Vista; Recife - PE; CEP 50.050-900/ F: 2119-4178

PERMEABILIDADE NULA (88%)

ESC 1:2500

0

25

25

100

0

20

40

200m

60

80


4.3.3 ILUMINAÇÃO

Segundo as definições dadas por Clarissa Duarte em seu conceito de Rua Cidadã, os postes de iluminação fazem parte dos equipamentos que dão suporte às a�vidades dos cidadãos nos espaços públicos, normalmente localizados sobre as calçadas, refúgios viários e espaços como praças, parques e jardins. No caso, analisamos a distribuição deste mobiliário tanto na área geral e como em nossa área específica, a Concórdia. Para uma boa iluminação pública, é imprescindível que a claridade esteja na escala do pedestre, priorizando nas zonas de conflito com veículos, trazendo segurança e vivacidade para o local, além de iluminação para ressaltar patrimônios históricos e elementos de orientação para as pessoas.

U�lizamos como unidade de medida postes de iluminação pública em escala do pedestre e grau de iluminação de acordo com o percentual de presença dos postes de iluminação para o pedestre. Na área geral analisada, poucos postes tem a função de suportar os fios. E, apesar da grande quan�dade de postes de iluminação (70%), sua maioria é voltada para a via, causando insegurança ao pedestre. O mesmo acontece na rua analisada, não há uma coerência na implantação e distribuição do equipamento.

Postes de Iluminação e Fiação,Rua da Concórdia. Fonte: Divulgação Sede do Galo da Madrugada


Poste de Fiação. Fonte: Autores.


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LEITURA DA ÁREA GERAL

LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

MAPA DE ILUMINAÇÃO

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POSTE DE ILUMINAÇÃO PARA PEDESTRE - 0 (0%)

LEGENDA

POSTE DE ILUMINAÇÃO - 38 (70%)

POSTE DE FIAÇÃO - 16 (30%)

POSTE DE ILUMINAÇÃO - 38 (70%)

C

POSTE DE FIAÇÃO - 16 (30%) X

POSTE DE ILUMINAÇÃO PARA PEDESTRES - 0 (0%)

0

20

40

60

80


4.3.4.VEGETALIZAÇÃO

Além de embelezar a cidade, as árvores fornecem um excelente conforto térmico, principalmente numa cidade tropical como Recife. Porém, em muitas ruas da cidade percebe-se a falta de arborização, inclusive na área analisada. Para análise consideramos o �po de porte e espécie, as caracterís�cas quanto a localização e distribuição na área. Apesar da alta porcentagem de árvores de pequeno porte (63%), numericamente esse número reduz para 12 em uma área de 3 hectares. Já as árvores de grande porte correspondem a 33% que equivale a apenas 6 árvores. Vale ressaltar que por serem ruas estreitas, as edificações projetam sombras nas calçadas. Porém, essas sombras não se estendem a Rua da Concórdia e a Av. Dantas Barreto.

U�lizamos como unidade de medida o metro linear de calçadas sombreadas e o grau de vegetalização, através do percentual de calçadas sombreadas e não sombreadas. Na área geral, encontramos a existência de algumas árvores de grande porte mas está mal implementada na calçada e no eixo principal analisado, Rua da Concórdia, há 0% de presença ou con�nuidade de massa vegeta�va nas calçadas, assim tornando desconfortável a caminhabilidade do pedestre. O sombreamento é desejado pois gera o conforto térmico se as árvores es�verem em con�nuidade e implementadas corretamente nas calçadas sem atrapalhar o transitar a pé. Rua da Concórdia. Fonte: Autores.


Ă rvore mal implementada. Rua do Muniz. Fonte: Autores.


MA

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LEITURA DA ÁREA GERAL

40

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LEITURA DA ÁREA ESPECÍFICA

MAPA DE VEGETALIZAÇÃO

\Ru aP e ix

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VEGETAÇÃO (0%)

METRO LINEAR DE CALÇADAS ANALISADAS = 1325m (100%) LEGENDA ÁRVORES MÉDIO E GRANDE PORTE (33%)

TIPO ARBÓREO 33%

ÁRVORES DE MÉDIO E GRANDE PORTE 63%

ÁRVORES DE PEQUENO PORTE ÁRVORES DENTRO DE LOTES QUE SOBREAM AS CALÇADAS

ÁRVORES DE PEQUENO PORTE (63%)

SOMBREAMENTO METRO LINEAR DE CALÇADA SOMBREADA

0

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A ca rua se tego pe ite ntar ria ca po n rio ns co tod r a essa . m os pre o pr os ec áa um e a nt e ose ad m re vid l� de ap ec� l mu ar a�a r é ru con áve pes lte A a azo a r a as e ito bo a r e, ce let es id c e qu ssib um lida fer bici e da o o ra no e ac nã s pa ria ão va ecá raç pr labo . co ade lid

ola e a c e ca aix ad pe i b bilid ue a�q er ssu ssi po ce ade alt sua l.A ea , a id er e áve ár ão al c s A raç od fere leta razo ária bo ul�m o o icic e é rec e m r nã ra b ad l é p aço ntr es po s pa �vid era Esp . De ent va nec m g m ” ão” urg : sico ea e er u idad ais são iver o ár ra s o C s m am o; d açã pa ban dida stac nd min Ur me de ora , ilu as e se as m sos qu sso de u ão. Pe de taç da vege e

A ve á ilu geta rea ap min çã nu ena açã o e apre hu la s e o sca sen m pr ssa ta ta ma e n po ecá e m a a no , ste ria o pe tur cam qu s , n e r co me a. inh e d sca e ns ab A ab ifi la ide il cu p i ra ida ena lidad lda de s e ra a zo áv é el.

LEITURA DA RUA DA CONCÓRDIA

A realidade da rua analisada segue a da área geral com boa proporcionalidade e uma iden�dade, densidade e diversidade ruim. Apesar da boa proporcionalidade, a área é precária quanto sua densidade em decorrência a sua diversidade de uso que favorece a�vidades comercias diurnas.

LEITURA DA ÁREA GERAL

5.4 LEITURA INTEGRADA



6. ESTRATÉGIAS DE DESENHO URBANO

Um bairro com um bom projeto urbano é quando existe uma mistura equilibrada de residência e a�vidades, como locais de estudo, trabalho, comércio, serviço, praças e locais de permanência para o pedestre, que es�mulam os seus habitantes a se deslocarem a pé, de bicicleta ou de transporte público, resultando em um bairro mais eficiente, sustentável e seguro, com vivacidade por períodos maiores ao longo do dia. Para desenvolvermos diretrizes em nossa área de estudo, procuramos solucionar alguns desafios, como pouca vegetação, ausência de iluminação na escala do pedestre e falta de vias específicas para pedestres e ciclistas, bem como ressaltar suas potencialidades, como a presença de comércio e serviço.


INTERVENÇÃO NA RUA DA CONCÓRDIA


Na Rua da Concórdia foram encontrados muitos problemas, dentre eles: a ausência de arborização, de ciclofaixa e de iluminação para o pedestre, carência na iluminação da via, calçadas mal conservadas e estreitas e poucas edificações com o uso de moradia. Todos esses problemas tendem a interferir na vivacidade e segurança do local, pois com quase nenhuma moradia, a rua fica vazia à noite; sem calçadas confortáveis (largas e con�nuas) e sem arborização, iluminação e ciclofaixa, as pessoas evitam de frequentar a rua ou u�lizam o automóvel pra o deslocamento, que por sua vez interfere no comércio, pois as pessoas deixam de parar nas lojas. Gerando um ciclo que aos poucos deixa, cada vez mais as ruas sem vida. Pensando em reverter a situação atual desta rua, uma proposta de intervenção urbana foi sugerida de acordo com as diretrizes trabalhadas em sala de aula, visando alcançar, então, uma rua cada vez mais cidadã. A proposta teve como princípio dar mais vida a Rua da Concórdia. Para tornar esta proposta realidade, as pessoas precisam frequentar mais a rua, mas claro, com segurança e conforto. Por isso, a calçada foi alargada, sombreada através de árvores con�nuas, foi introduzida uma iluminação exclusiva para quem circula a pé, a presença de faixas de pedestre com rampas para portadores de deficiência �sica transitarem com liberdade e piso tá�l nas calçadas para os portadores de deficiência visual, a via teve sua velocidade diminuída para 30 km/h, e também parte da via foi transformada em ciclofaixa, dando mais opções de deslocamento para os cidadãos.


Antes e Depois


INTERVENÇÃO NA RUA DO MUNIZ


Na Rua do Muniz foram encontrados muitos problemas, dentre eles: a ausência de arborização, de ciclofaixa e de iluminação para o pedestre, carência na iluminação da via, calçadas mal conservadas e estreitas e poucas edificações com o uso de moradia. Todos esses problemas tendem a interferir na vivacidade e segurança do local, pois com quase nenhuma moradia, a rua fica vazia à noite; sem calçadas confortáveis (largas e con�nuas) e sem arborização, iluminação e ciclofaixa, as pessoas evitam de frequentar a rua ou u�lizam o automóvel para o deslocamento, que por sua vez interfere no comércio, pois as pessoas deixam de parar nas lojas. Gerando um ciclo que aos poucos deixa, cada vez mais as ruas sem vida. Pensando em reverter a situação atual desta rua, uma proposta de intervenção urbana foi sugerida de acordo com as diretrizes trabalhadas em sala de aula, visando alcançar, então, uma rua cada vez mais cidadã. A proposta teve como princípio dar mais vida a Rua do Muniz. Para tornar esta proposta realidade, as pessoas precisam frequentar mais a rua, mas claro, com segurança e conforto. Por isso, a calçada foi alargada, sombreada através de árvores con�nuas, foi introduzida uma iluminação exclusiva para quem circula a pé, a presença de faixas de pedestre com rampas para portadores de deficiência �sica transitarem com liberdade e piso tá�l nas calçadas para os portadores de deficiência visual, a via teve sua velocidade diminuída para 30 km/h, e também parte da via foi transformada em ciclofaixa, dando mais opções de deslocamento para os cidadãos.

Na análise da rua, notamos também que havia uma reentrância do lado direito da rua e que poderia ser implantado um espaço de descanso e atra�vo para a comunidade, os comerciantes, moradores e visitantes. Um pequeno parque para a comunidade ao redor, com bancos, árvores de pequeno porte que geram sombreamento e não prejudicam a calçada, postes de iluminação para maior segurança daqueles que usufruirem.

Referência: Thomas Hoving, “Pocket Park” em NY.


Antes e Depois


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUARTE, Clarissa D.C. Dos Mar�rios ao Paraíso. Estratégias de reabilitação Urbana do centro histórico do Recife: repensando a Avenida Dantas Barreto. Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo. UFPE, Recife, 2002 DUARTE, Clarissa. A Rua Cidadã e suas propriedades. Recife, 2005 GEHL, Jan. Cidades para Pessoas. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2012. SPECK, Jeff. Cidades Caminháveis, 2016. Disponível em:<h�p://galodamadrugada.org.br/index.php/en/cultura-e-cidadania>. Acesso em: 4 Abril 2018, Disponível em:<h�ps://labtopope.com.br/cartografia-historica>. Acesso em: 4 de Abril 2018. Disponível em:<h�ps://leismunicipais.com.br/plano-diretor-recife-pe>. Acesso em: 21 de março 2018. Disponível em:<h�ps://upcommons.upc.edu/bitstream/handle/2099/14495/062_ Reynaldo_Amelia.pdf>. Acesso em: 4 de Abril 2018. Disponível em:<h�p://www.transitoideal.com/pt/ar�go/2/passageiro/86/ classificacao-das-vias> Acesso em 6 de Abril 2018. Disponível em:<h�ps://www.areasverdesdascidades.com.br/2005/09/ conceito-de-tomas-hoving-sobre-pocket.html>. Acesso em: 25 de Maio 2018.


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