Vazios Urbanos - T2

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VAZIOS URBANOS Ilha de AntĂ´nio Vaz

Ordenamento Urbano e Territorial Grupo: AlĂ­cia Micheline Blenda Santiago Mariana Fonseca Mariana Oliveira Maciel Wliany Sobral Maria Carolina Lira


RESUMO

O crescimento acelerado das cidades, aliado à falta de planejamento, criou lugares pouco agradáveis para se apreciar a vida urbana. O conceito de convívio urbano foi se perdendo à medida que as pessoas não se sentiam seguras nos espaços públicos pouco qualificados, consolidando a tendência de interiorização das atividades humanas. Pontos das cidades foram esquecidos, subutilizados ou perderam seu antigo uso, tornando-se assim vazios urbanos. Estes vazios urbanos são espaços com grande potencial para trazer de volta a vida na cidade, a partir de um projeto que seja pensado para a escala humana e supra as necessidades específicas da região em que está inserido. Este trabalho consite em detectar vazios urbanos na cidade do Recife, especificamente na Ilha de Antônio Vaz (que abrange os bairros de Santo Antônio, São José, Cabanga e Joana Bezerra) e propor novos espaços públicos, que ofereçam à população novas possibilidades de uso e apropriação do espaço urbano, em um ambiente que agregue um programa atrativo em um local esteticamente agradável.


VAZIOS URBANOS

Atualmente as cidades vem passando por grandes transformações econômicas e sociais, e as constantes transições nas formas de produção, moradias, hábitos e cultura em geral. À medida que a cidade se desenvolve, e sua infraestrutura evolui e se dilui na malha urbana, ocorre o esvaziamento das áreas centrais e dos bairros mais antigos dentro da malha urbana. Dentro deste contexto, surgem os vazios urbanos, que são de extrema importância para as cidades, ganhando cada vez mais potencialidades ao viabilizar empreendimentos e melhorias em diversos setores necessários à reorganização e recuperação destes espaços urbanos, que acabam se tornando conturbados e desconexos. Vazios urbanos são fenômenos contemporâneos consolidados a partir de espaços residuais, remanescentes urbanos ou áreas ociosas. São característicos principalmente de um período pós industrial e de uma crescente especulação imobiliária. Compreendem na posição de diferentes estratos temporais e seu tratamento integrado no planejamento da cidade pode resultar em melhorias nas condições ambientais da paisagem urbana. Os vazios urbanos são resultado de questões econômicas e sociais, do valor agregado ao solo urbano, das formas de atuação da especulação imobiliária e das políticas públicas. Existe uma mudança importante relacionada às novas demandas e ofertas urbanas, que estão intimamente ligadas às questões sociais e controlam o mercado imobiliário e por consequência as diretrizes urbanas. Segundo Clichevsky: “Os vazios não são só encontrados nas áreas periféricas como também nas mais centrais e intersticiais; eles definem muitas vezes, as formas de crescimento das cidades, a partir da existência de loteamentos ”salteados”, que deixaram várias áreas de propriedade e tamanhos variados, com diversas situações urbanas e ambientais problemáticas”. A existência de vazios urbanos gera problemas econômicos para a cidade, onde deixa de usufruir da existência de infraestrutura instalada não utilizada, e tem a necessidade de criar novas instalações em locais mais distantes e menos adensados, além dos problemas de circulação degradação e das despesas com transporte. Não se discute cidade sem se pensar em espaço público, ambos estão interligados de uma maneira em que um é capaz de definira qualidade do outro. Pensar em espaço público significa pensar em qualidade de vida a valorização da cidade. Acredita-se assim que um bom planejamento urbano aliado a arquitetura seja capaz de transformar não só ambientes, mas cotidianos.


O ideal de espaços públicos é que eles sejam atrativos e de livre acesso à toda a população, capaz de proporcionar interações sociais e permitir diversas manifestações culturais, de modo que exerça uma função de cidadania para a qualidade de vida da região. Dias (2005), aborda que atualmente nas cidades contemporâneas, a primordialidade de criação de novos espaços ou intervenções e revitalizações nos existentes, dizendo que “em nossas cidades caóticas, principalmente aqui no Brasil, o espaço público se torna vital como um respiro, um lugar de descompressão e precisa ser (re)valorizado como tal, como forma de se contrapor a esta arquitetura introvertida que clama por seu lugar privilegiado na cidade”. Entende-se por espaço público um lugar de livre acesso capaz de proporcionar interações sociais e permitir diversas manifestações culturais, de modo que exerça uma função de cidadania e contribua para a qualidade de vida de uma região. Sem os espaços de convívio da cidade e sem opções diversificadas de usos, as cidades são meras acumulações de edificações sem oportunidades para encontros e interações positivas. Segundo Ditmar (2006), o crescimento urbano acelerado tem como consequência a degradação da qualidade ambiental, que se reflete direta ou indiretamente na paisagem e morfologia urbana. Conforme cresce esta complexidade, a estabilidade dos sistemas urbanos diminui, tornando-se mais frágeis.

Gehl (2013) divide as atividades humanas em obrigatórias ou necessárias e atividades opcionais e sociais. As atividades obrigatórias incluem ir para o trabalho ou à escola, esperar ônibus, comprar mantimentos, ou seja, atividades da rotina diária. Essas atividades acontecem sob qualquer condição, independentemente da qualidade dos espaços. Já para as atividades opcionais e sociais, Gehl (2013) afirma que a qualidade física do espaço urbano é muito importante, em que o planejamento e projetos devem ser usados para influenciar e atrair pessoas para atividades ao ar livre, e devem contemplar proteção, segurança, um espaço razoável, mobiliário e qualidade visual. Alex(2008) aponta o acesso aos espaços urbanos como fundamental para a apropriação e o uso de um espaço. “Entrar em um lugar é a condição inicial para usá-lo”. Stephen Carr (1995), classifica os três tipos de acesso público como físico, visual e social, em que podem ser combinados para tornar um espaço mais ou menos convidativo ao uso.


OBJETIVOS, DIRETRIZES E PROPOSTAS

Numa visão geral do território, a partir de estudos sobre o sítio, propõem-se usos que possam buscar atender as necessidades do entorno, ocupando os vazios, promovendo uma grande valorização das áreas degradadas ao revitalizá-las e assim criar espaços públicos de qualidade para que a população a utilize, com opções de lazer e assim a área torne-se um lugar que possua vitalidade também no período noturno, visto que na região a movimentação se dá apenas pelo período diurno devido à prevalência das atividades comerciais e serviços; consequentemente as pessoas circularão na área, vivenciarão os espaços e com isto trará mais segurança ao local.

CRIAR ESPAÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE

PROMOVER MIX SOCIAL

RECUPERAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE ÁREAS COM POTENCIAL URBANO

PRESERVAÇÃO E IDENTIDADE

OCUPAR VAZIOS

VITALIDADE DA ÁREA EM TODOS OS HORÁRIOS

DIÁLOGO ENTRE O HOMEM E O RIO - ATIVIDADES FLUVIAIS

ESPAÇOS ATRATIVOS

PROPOCIAR ATIVIDADES DE EMPREGO


“A ideia de crescimento sem limites faz as cidades explodirem, expandindo-as descontroladamente [...] Hoje as cidades devem reencontrar um sentido de urbanidade, diria até que precisam implodir ao invés de explodir, para dar de novo uma alma àqueles fragmentos urbanos esquecidos.” (PIANO, 2011).

O entendimento do esvaziamento das áreas urbanas não somente como reflexo na paisagem das cidades, mas como espaços gerados a partir de um sistema urbano complexo, que podem englobar variáveis naturais e culturais. Ditmar(2006) sistematiza o conceito de vazios urbanos, dividindo-o em três tipologias: “área ociosa”, “remanescente” e “residual urbano”. Essas tipologias caracterizam-se por questões físicas, pelo esvaziamento de uso ou pela combinação entre os dois.

Quadro sobre conceitos de Vazios Urbanos, de acordo com o autor Ditmar(2006), p.69.


CLASSIFICAÇÃO DOS VAZIOS EXISTENTES NA ÁREA

DESOCUPADOS: Na presente área de estudo, os vazios urbanos foram divididos em três classificações e são eles: desocupados, subutilizados e desafetados, como mostram os esquemas ilustrativos acima. Os vazios urbanos desocupados são aqueles que não tem nenhum uso/ ou são espaços públicos como praças, parques, áreas verdes. Em diversos casos os vazios desocupados são benéficos e necessários para o “respiro” da cidade. Já os vazios subtilizados são aqueles utilizados de maneira parcial, e, na área de estudo há uma grande predominância de vazios urbanos subutilizados como sobrados, estacionamentos, edificações e lotes vazios parcialmente utilizados, sendo estes grandes potencias de intervenções/revitalizações. Há ainda os vazios urbanos desafetados que configuram os terrenos com construções sem usos como os vazios industriais que são de extrema importância histórica para a cidade e podem ter diversos usos como culturais, lazer, serviços, entre outros que funcionem em todos os períodos do dia, e assim tornarem-se áreas que possam trazer vitalidade para a cidade devido aos seus atrativos, então as pessoas passarão a utilizar esses espaços e consequentemente melhorará a questão da segurança e a área estará melhor valorizada. Há os sobrados abandonados e esqueletos urbanos que também são potenciais de diversas intervenções benéficas para a população.

BAIXIOS VIADUTOS PRAÇAS, PARQUES LOTES VAZIOS DESOCUPADOS

SUBUTILIZADOS ESTACIONAMENTOS EDIFICAÇÕES SOBRADOS LOTES VAZIOS SUBUTILIZADOS

DESAFETADOS VAZIOS INDUSTRIAIS SOBRADOS ABANDONADOS ESQUELETO URBANO


N DESOCUPADOS: BAIXIOS VIADUTOS PRAÇAS, PARQUES BORDAS D’ÁGUA LOTES VAZIOS DESOCUPADOS

SUBUTILIZADOS: LOTES VAZIOS SUBUTILIZADOS ESTACIONAMENTO EDIFICAÇÕES SUBUTILIZADAS SOBRADOS SUBUTILIZADOS

DESAFETADOS: VAZIOS INDUSTRIAIS (Galpões) SOBRADOS ABANDONADOS ESQUELETO URBANO


VAZIO

FOTO

LOCALIZAÇÃO

LEGISLAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

OCUPAÇÃO

SPR

NÃO - LUGARES

BAIXIOS DE VIADUTOS

ZAC MODERADA

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

1

2

3

4

SPA

SPR

PRAÇAS E PARQUES

NÃO - LUGARES

LOTES VAZIOS DESOCUPADOS

NÃO - LUGARES

LOTES VAZIOS SUBUTILIZADOS

ESTACIONAMENTO

5

SPA

NÃO - LUGARES


VAZIO

FOTO

LOCALIZAÇÃO

LEGISLAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

OCUPAÇÃO

SPR

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

EDIFÍCIOS SUBUTILIZADOS

7

SPR

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

SOBRADOS SUBUTILIZADOS

8

ZAC - RESTRITA

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

6

9

SPR

10

SPR

VAZIOS INDUSTRIAIS

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

SOBRADOS ABANDONADOS

NÃO - LUGARES

ESQUELETO URBANO


VAZIO

FOTO

LOCALIZAÇÃO

LEGISLAÇÃO

OCUPAÇÃO

NÃO -LUGAR

BAIXIOS VIADUTOS

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

PRAÇAS, PARQUES

NÃO -LUGAR

LOTES VAZIOS DESOCUPADOS

BORDAS D’ÁGUA

sa da Traves

CLASSIFICAÇÃO

Bela

ZEIS

Bela

3

UCN

sa da

2

SSA2

Traves

1

Traves sa da Bela

NÃO-LUGAR

5

UCN -

NÃO -LUGAR

Bela

UCN/ZEIS

sa da Traves

4

LOTES VAZIOS SUBUTILIZADOS


VAZIO

FOTO

LOCALIZAÇÃO

LEGISLAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

OCUPAÇÃO

NÃO -LUGAR

ESTACIONAMENTO

7

ZAC MODERADA

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

EDIFICAÇÕES SUBUTILIZADAS

ZAN

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

VAZIOS INDUSTRIAIS (Galpões)

9

ZAC MODERADA

ESPAÇO URBANO OBSOLETO

SOBRADO ABANDONADO

10

ZAC MDERADA

NÃO-LUGAR

ESQUELETO URBANO

Traves

6

ZAC MODERADA

sa da Bela

sa da

Traves Bela

a da

Travess Bela

8

Traves sa da Bela sa da Traves Bela


OBJETIVOS, DIRETRIZES E PROPOSTAS

Numa visão geral do território, a partir de estudos sobre o sítio, propõem-se usos que possam buscar atender as necessidades do entorno, ocupando os vazios, promovendo uma grande valorização das áreas degradadas ao revitalizá-las e assim criar espaços públicos de qualidade para que a população a utilize, com opções de lazer e assim a área torne-se um lugar que possua vitalidade também no período noturno, visto que na região a movimentação se dá apenas pelo período diurno devido à prevalência das atividades comerciais e serviços; consequentemente as pessoas circularão na área, vivenciarão os espaços e com isto trará mais segurança ao local.

CRIAR ESPAÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE

PROMOVER MIX SOCIAL

RECUPERAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE ÁREAS COM POTENCIAL URBANO

PRESERVAÇÃO E IDENTIDADE

OCUPAR VAZIOS

VITALIDADE DA ÁREA EM TODOS OS HORÁRIOS

DIÁLOGO ENTRE O HOMEM E O RIO - ATIVIDADES FLUVIAIS

ESPAÇOS ATRATIVOS

PROPOCIAR ATIVIDADES DE EMPREGO


DIRETRIZES: - Proporcionar habitações; - Acrescentar usos complementares; - Promover movimentação de pessoas em variados horários; - Tornar o Estelita o principal catalisador de pessoas; - Edificações com generosas aberturas e acessos para o rio e para paisagem vegetal. - Comércio, serviço e atividades culturais e de lazer. - Geração de empregos. - Contato homem x rio PROPOSTA: Implantar usos, diurnos e noturnos, para aumentar o fluxo de pedestres, tornando a região mais ativa e segura. - Um território tão extenso e complexo, abre a possibilidade de intervenção de programas tornando um trabalho atrativo. Dessa forma, a intervenção será mais adequada para suprir os interesses locais por meios de moradia, serviços, equipamentos públicos, ou seja, a espera de tornar uma intervenção de mudança na região. A área possui uma qualidade da qual não consegue extrair benefícios, pois não tem um planejamento espacial. É interessante uma proposta de recuperação de galpões do Cabanga para o Estelita, como um complexo empresarial com lojas, salas de partes variadas para atender a diferentes públicos.

Puerto Madero é o mais jovem e moderno bairro da capital da Argentina, Buenos Aires. Localizado na zona sul da cidade (perto do Centro e de pontos como a Casa Rosada) Puerto Madero era uma área portuária de Buenos Aires e após fazer por um grande processo de revitalização é uma das regiões mais caras e charmosas da capital portenha. A revitalização da região onde o bairro localiza-se, iniciada na década de 1990, foi um dos

projetos de renovação urbana bem sucedidos do mundo, referência para outros projetos em outros países. Muito visitado pelos turistas. Em Puerto Madero funcionam escritórios de grandes empresas, bares e restaurantes famosos, cafés, uma universidade, hotéis de luxo, museus e um cassino flutuante.


ESTACIONAMENTOS Foi observado, na presente área de estudo uma região onde se concentram densamente grandes números de estacionamentos, de pequeno, médio e grande porte. Com a análise feita através do mapa geral de vazios urbanos da área, constatou-se que há uma maior presença de estacionamentos de médio e grande porte, contendo até mesmo edifícios inteiros como garagens, verificou-se também, que uma das quadras do bairro de São José é quase complementamente ocupada por um estacionamento. Há ainda os estacionamentos em pontos privilegiados da área, que poderiam até mesmo servir como uma grande área de uso público. Devido a essas observações, constanta-se que é necessário que hajam intervenções para uma melhor uso público desses espaços.

PEQUENO PORTE

É fundamental que hajam intervenções nas áreas de estacionamento, ainda que eles sejam de pequeno porte. Porém, eles geralmente são mais isolados uns dos outros e muitas vezes estão localizados em áreas onde não é possível uni-los, tornando o espaço maior para um melhor usufruto do mesmo. Contudo, é possível ofertar equipamentos de apoio (o que gera uma mudança significativa na área), não apenas para trazer benefícios para os moradores como também para os transeuntes que por ali circulam.


MÉDIO E GRANDE PORTE

Foi possível verificar que existe uma quantidade considerável de estacionamentos de médio a grande porte na área de estudo e isto se dá ao fato de que tais bairros são quase que exclusivamente de comércio e serviço, ou seja, um local de trabalho de muitas pessoas que vem de diversos lugares com seus automóveis, o que gerou grande demanda por estacionamentos na área. Porém é importante que esses estacionamentos funcionem de maneira equilibrada e sustentável, associando-os à trama urbana com usos e funções que atendam às necessidades da população, dentre outras propostas benéficas para a área.


DIRETRIZES

- Proporcionais habitações; - Acrescentar usos complementares e com função cultural; - Promover um melhor sistema de transporte público para que assim dispense a demanda de tantos veículos particulares; - Ofertar instrumentos de modo a garantir a permanência da população de menor renda; - Associá-los aos espaços livres a acessos ao Rio Capibaribe, reduzindo assim, as barreiras existentes. - Definir espaços que possam ser ofertados ao comércio de rua; - Promover atividades e instrumentos de Preservação dos sítios históricos e da paisagem cultural; - Tornar espaços agradáveis e de permanência da população. EXEMPLOS DE PROPOSTAS:

Estacionamento em Copenhague, na Dinamarca que ajuda a redefinir o espaço público. Há um playground na cobertura do edifício, que junto com um jardim de cobertura, oferta um espaço agradável e de permanência para a população. Ao mesmo tempo que se integra a uma identidade urbana histórica.

Estacionamento no Distrito de Shenkeng, em Taiwan; O projeto é um centro de atenção às crianças e um estacionamento subterrâneo sob um parque e muito utilizado pela população de todas as idades que ali se encontram e desfrutam do espaço, além de ser utilizada para eventos e serviços voltados para crianças.

Imagem: Park 'n' Play, Nordhavnen, Copenhagen, Denmark Fonte: ArchDailly.

Imagem: Parque de Jogos Infantis Shenkeng, Taiwan. Fonte: ArchDailly.


BORDAS D’ÁGUA REVITALIZAÇÃO

O Rio Capibaribe tem uma enorme importância histórica e social para a cidade do Recife. Porém, apesar de sua grande relevância, foi sendo esquecido ao longo dos anos e atualmente o Capibaribe encontra-se poluído por dejetos orgânicos, coberto de lama e assoreado e suas margens sem vida. Portanto, são extremamente necessárias ações que revitalizem a área e mantenham o Rio sempre em destaque, valorizando o mesmo e construindo uma relação mais próxima entre o homem e o rio.

Imagem: Vista aérea Bordas d’água Fonte: Google Earth.

Imagem: Vista aérea Bordas d’água Fonte: Google Earth.


DIRETRIZES:

- Criar espaços públicos nas Bordas d’água (margens do Rio Capibaribe); - Construir um pier ou um parque linear para revitalizar as bordas d’água; - Fazer conexão com as áreas da cidade;

PROPOSTA: Parque linear/ pier/ Incentivar a navegabilidade do Rio Capibaribe. Com a implantação desses elementos propostos às margens do Rio Capibaribe e dentro dele, a população em geral poderia usufruir desses espaços, tornando o mesmo um espaço de permanência em todos os horários e teria uma maior consciência de preservação do Rio e da área, trazendo uma maior vitalidade para a área.


SOBRADOS

SUBUTILIZADOS

Por ser um bairro antigo e ter construções antigas, deterioradas e descaracterizadas, no bairro de Santo Antõnio há uma grande quantidade de imóveis que stão abandonados ou subutilizados. Com isso, há um abandono do bairro, que sofre com a falta de pessoas que cuidem e queiram se apropriar do lugar. Tais imóveis subutilizados poderiam ser revitalizados e abrigarem usos que faltam na região, como por exemplo usos noturnos como bares e restaurantes, mais habitações e, consequentemente equipamentos de apoio como mercadinho, farmácia e padaria, e equipmentos de usocultural. Esses tipos de estratégias agregam mais vivacidade ao bairro, atraindo mais moradores e visitantes, bem como turistas, além do benefício social da segurança

Imagem: Sobrados da Praça Dom Vital, PE, BR Fonte: Google maps

Imagem: Sobrados da Praça Dom Vital, PE, BR Fonte: Google maps

Imagem: Sobrados da Praça Dom Vital, PE, BR Fonte: Google maps


PRAÇAS, PARQUES, ÁREAS VERDES REVITALIZAÇÃO A Praça Sérgio Loreto é contornada pela rua Imperial e pela avenida Sul, ambas de grande importância para o fluxo da malha viária da cidade, mas ao longo dos anos acabou sendo esquecida e passou por algunmas revitalizações mas atuallmente está em estado deplorável. Bem como a Praça Sérgio Loreto, o Forte das Cinco Pontas é um ponto significativo e histórico para a cidade do Recife, tem grande carga histórica e bastante potencial para gerar espaços públicos culturais, de lazer e entretenimento, visto que atualmente encontra-se subutilizado.

Imagem: Forte das Cinco Pontas, PE, BR Fonte: Google imagens

Imagem: Praça José Loreto, PE, BR Fonte: Google maps

Imagem: Praça Sérgio Loreto, PE, BR Fonte: Google imagens


ABANDONADOS

Mesmo protegida por lei contra a especulação imobiliária, uma das áreas mais emblemáticas do Recife se deteriora com intensidade, atuando negativamente no conjunto urbano visto que gera insegurança, violência e criminalidade. A falta de políticas de estímulo à recuperação da área, aliada a entraves burocráticos com os proprietários dos imóveis, fazem com que edificações do século XIX estejam, literalmente, caindo. A recuperação dos imóveis depende dos proprietários, é preciso um estímulo, seja em forma de isenção de impostos, como o IPTU, ou de financiamentos facilitados, para que essas edificações sejam reformadas dentro do que prevê a lei.

Imagem: Sobrado abandonado na Rua do Muniz, ao lado da Praça das Cinco Pontas, PE, BR Fonte: Google maps

Imagem: Sobrados abandonados na Rua do Muniz, PE, BR Fonte: Google maps


DIRETRIZES:

- Abrigar novos usos e eventos - Promover atividades culturais nos edifícios abandonados, adequando-os e preservando-os - Abrigar equipamentos culturais e criar um circuito cultural ligando esses sobrados abandonados uns aos outros - Abrigar galerias de arte que afim de propagar o patrimônio imaterial de Pernambuco - Revitalizar edifícios abandonados afim de diminuir a criminalidade

PROPOSTA: Revltalizar o sobrado ao lado do Forte das Cinco Pontas e criar galeria urbana de patrimônio imaterial

O que antes era o decadente bairro porto-riquenho com armazéns antigos e fábricas fechadas, se transformou num verdadeiro santuário do pop art em Miami. Passou de armazéns abandonados até restaurantes, tudo coberto com pichações em vários estilos, feita por artistas de rua famosos em todo o mundo, um grande complexo de arte, galerias e eventos culturais. O que um dia foi obsoleto, hoje é um cenário agradável e urbano que vem transformando a cidade.

Imagem: Wynwood Walls, FL, EUA Fonte: Hypeness

Imagem: Wynwood Walls, FL, EUA Fonte: Hypeness

Imagem: Wynwood Walls, FL, EUA Fonte: Hypeness


ASPECTOS GERAIS DAS ÁREAS

Imagem: Vista aérea da Ilha de Antônio Vaz Fonte: Google Earth.

ASPECTOS POSTIVOS > Áreas centrais da cidade ou próximas; > Fácil acesso e boa estrutura viária existente (que pode ainda ser melhorado com a reestruturação da área); > Possibilidade de revitalizar áreas degradadas; > Área carente de equipamentos artísticos e atividades culturais, mas com potencial para o mesmo; > Possibilidade de oferecer um programa de fácil acesso à população de baixa e média renda;

ASPECTOS NEGATIVOS > Área degradada e ociosa; > Apesar dos seus potenciais e serem áreas centrais (privilegiadas), são fisicamente abandonadas pelo poder público e população; > Possibilidade de revitalizar áreas degradadas; > Área carente de equipamentos artísticos e atividades culturais, mas com potencial para o mesmo; > Possibilidade de oferecer um programa de fácil acesso à população de baixa e média renda; > Vegetação escassa ou insuficiente; > Áreas sem vitalidade no período noturno;


VAZIOS INDUSTRIAIS O CASO DO CAIS JOSÉ ESTELITA O Cais José Estelita é um Patrimônio cultural da cidade do Recife, porém atualmente é um lugar abandonado pela população e com o passar do tempo passou a ser lar irregular para algumas famílias. Sua localização é privilegiada e importante, há bastante visibilidade da população, pois muitas pessoas passam pelo local, também pelo seu contato muito próximo com o rio e as possíveis conexões que podem ser feitas. Mas apesar do grande potencial cultural e paisagistico do local, a área é extremamente degradada e abandonada, um lugar onde não há uma

atividade que incentive a permanência das pessoas, tornando a área bastante insegura. O Cais José Estelita é de importância fundamental para a preservação da história da cidade do Recife, possui importância social, arquitetônica e urbanistica. E possui grande capacidade de ser um conector com o entorno preexistente, devido a sua dimensão construtiva e localização geográfica. Portanto, torna-se necessário uma intervenção que revitalize a área e consequentemente beneficie a cidade como um todo.

Imagem: Cais José Estelita Fonte: Site Marco Zero Conteudo

Destaca-se a importância de promover mix de usos na área, a fim de proporcionar maior movimentação e vitalidade na área, com a oferta de comércio, serviços, espaços culturais e de lazer, assistência a comunidade, moradias dignas para as pessoas que residem que forma irregular no local, etc.

O rio ali presente possui uma grande potencialidade para o local, podendo-se criar decks ou mirantes, facilitando o diálogo entre o homem e o rio. Dentre várias alternativas que valorizem a área para que a população desfrute de uma nova realidade, onde os espaços sejam atrativos e sustentáveis.


DIRETRIZES:

- Ocupação dos vazios desocupados como suprimento da carência de área de lazer - Revitalizar o Forte das Cinco Pontas e criar uma área de lazer e convivência - Promover fachadas ativas

EXEMPLOS DE PROPOSTA:

A criação de novos espaços públicos e ocupação e revitalização dos vazios urbanos ociosos com área de lazer, convivência e até de uso social traz completude e vitalidade ao bairro, atendendo à necessidades de residentes e visitantes.

A fachada ativa favorece a integração das pessoas com as cidades através de comércio e serviços no térreo das edificações, em um plano interativo com o caminhante, tornando a cidade mais interativa e direcionada para os pedestres. Além de aumentar a segurança da região onde são construídas, devido ao aumento da circulação de pessoas no local.

Imagem: Brascan Century Plaza, SP, BR Fonte: Mercado e Consumo

Imagem: Conjunto Nacional, SP Fonte : Franquias de impacto

Imagem: Parque Klyde Warren, TX, EUA Fonte: Archdaily


BAIXIOS VIADUTOS REVITALIZAÇÃO Baixios de viadutos, são espaços renegados pela cidade, que não tem valor para a cidade ou para sua população, são não – lugares, pois não geram um sentido identitário para as pessoas. A questão em torno deles é porque revitaliza-los? Porque gerar um uso para aquele local residual? Temos que pensar na malha urbana da cidade como um todo, e levar em conta que aquele espaço como esta agora não favorece e não acrescenta em nada na vida urbana ou na estética da cidade, alias na maior parte dos casos os baixios são considerados áreas criminalizadas, a margem da cidade e da sociedade.

Imagem: Baixio do Viaduto Capitão Temudo. Fonte: Google Street View (Acesso em 01 de maio de 2019.)

Imagem: Baixio do Viaduto Capitão Temudo. Fonte: Google Street View (Acesso em 01 de maio de 2019.)

Imagem: Baixio do Viaduto Capitão Temudo. Fonte: Google Street View (Acesso em 01 de maio de 2019.)

Imagem: Baixio do Viaduto das Cinco Pontas. Fonte: Google Street View (Acesso em 01 de maio de 2019.

Imagem: Baixio do Viaduto Capitão Temudo. Fonte: Google Street View (Acesso em 01 de maio de 2019.)

Imagem: Baixio do Viaduto Av. Sul Gov. Cid Sampaio Fonte: Google Street View (Acesso em 01 de maio de 2019.)


DIRETRIZES:

- Proporcionar espaços de covivência / lazer no meio urbano; - Gerar o senso de lugar na população; - Promover segurança para quem passa ou permanece; - Evitar a geração de áreas residuais na cidade; - Proporcionar uma urbanização igualitária para a população, gerando espaços que não tenha barreiras socias. PROPOSTA: Requalificação dos baixios gerando áreas de convicvência e lazer para a população

Áreas sombreadas de lazer voltadas principalmente para a realização de atividades de lazer e a realização de esportes como bicicleta, patins e skate, que além de promover o uso do espaço desocupado, poderia tambem significar a redução no uso de automóveis como meio de transporte ao longo prazo, e uma maior segurança urbana na cidade. Ao promover espaços de lazer coletivos, estamos estimulando a população a ir para as ruas, e ocupar a cidade, estamos devolvendo a cidade para as pess

soas, e mostrando que todo espaço publico urbano deve prezar pela integração da população, abrangendo todas as esferas, independendo de idades ou situação socioeconomica.

Imagem : Baixio do viaduto Silva Lobo Fonte: Galeria da Arquitetura

Imagem: simulação do projeto vencedor do concurso para o viaduto da Cinquenta e dois Fonte: Galeria da Arquitetura

Imagem : Baixio do viaduto Silva Lobo Fonte: Galeria da Arquitetura


LOTES VAZIOS

SUBUTILIZADOS

Com o processo de urbanização naturalmente foram gerados espaços ociosos no interior das quadras, que possuem grande potencial de conexão entre ruas e diminuir o deslocamento de pedestres Com a reabilitação desses vazios é possível diminuir as distâncias percorridas a pé, por meio da abertura total dos lotes. Também é possível abrir o interior das quadras, gerando pátios internos para a população em geral. É necessário que o Plano Diretor, que é a legislação que orienta o uso e ocupação da cidade, incorpore tais ideias de quadras permeáveis.

Imagem : Barcelona, ES Fonte: Google earth

Imagem : Lote subutilizado com grande potencial de permeabilidade, localizado entre a Av. Sul e a Rua Imperial Fonte: Google maps


DESOCUPADOS

Apenas 3% do perímetro em análise possui lotes desocupados, visto isso, é possível criar equipamentos de uso permanente, como por exemplo mini parques ou espaços de convivência, gerando uma espécie de “oásis” inserido na malha urbana. Outra forma de ativar socialmente os lugares desocupados e atrair a comunidadee é através de eventos temporários. Um exemplo é o ciclo de cinema que a Corporação de Revitalização do Rio de Los Angeles realizou nas margens do rio e conseguiu reunir os vizinhos em um horário que normalmente as pessoas estariam em casa. Imagem: Proposta de recuperação do rio Los Angeles, CA, USA Fonte: Archdaily

Imagem: Proposta de recuperação do rio Los Angeles, CA, USA Fonte: Archdaily


DIRETRIZES:

- Gerar espaços verdes - Gerar percursos alternativos para pedestres - Abrir o miolo das quadras afim de gerar permeabilidade, espaços abertos de convivência e lazer - Criar hortas urbanas - Desenvolver estações de apoio para ciclistas EXEMPLOS DE PROPOSTAS:

Imagem: Horta comunitária, PI, BR Fonte: Archdaily

As hortas comunitárias fortalecem os laços comunitários e aumentam a sensação de coletividade, bem como resgatam a cultura das famílias em termos de conhecimento de técnicas agrícolas. É uma estratégia que permite através de sua reconexão ao espaço urbano por meio da intervenção na mobilidade e na qualidade do meio ambiente essa realização urbano-social. Da mesma forma acontece com as estações de apoio para ciclistas, que cumpre um papel social e urbanístico, visto que gera um grande espaços público de convivência.

Imagem: Horta comunitária, PI, BR Fonte: Archdaily

Imagem: Estação de apoio para ciclistas Fonte: Archdaily


MAPA DE DETALHE

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