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C u lt u r a P ó s Ru p t u r a
Bem vindo
A
cultura e o comportamento ocidentais contemporâneos não são coisas estáticas ou imutáveis, eles são colocados em movimento por diversos agentes que se relacionam, se contrapõe e se apoiam o tempo todo de forma dinâmica. A moda, que é uma desses agentes e também uma expressão da cultura, não se comporta de forma diferente. Ela sempre se transforma e se reinventa, o que era moda a vinte anos atrás, deixou de ser a dez e hoje volta com força. Entender e prever essas mudanças é necessário para poder oferecer os produtos e serviços que a sociedade demanda. Que matérias primas aplicar? Quais as novas formas de comunicar-se? Produtos de qualidade ou produtos locais? Como conciliar estes aspectos? Para entender e prever as mudanças culturais dos próximos quatro anos, realizamos uma pesquisa extensa e imersiva. Buscamos na internet diversas referências e fontes de informação, fomos às ruas conhecer as pessoas e os lugares que já estão manifestando as mudanças, fizemos entrevistas para entender de onde vieram essas ideias e ações. O que descobrimos foi pessoas que estão sendo cada vez mais elas mesmas e mostrando isso no jeito de agir
e de se vestir. Pessoas que transformam realidades locais de baixo para cima organizando grupos com posicionamento semelhante, encaminhando suas demandas e até resolvendo por si mesmas quando possível. Espaços que reúnem os modeladores desta nova cultura para potencializar e materializar as suas intenções, seja em locais de trabalho e criação coletiva ou em redes virtuais que comunicam através das barreiras físicas. Estas pessoas e espaços estão criando o novo a partir das mudanças e quebras de paradigma do século XXI, estão transformando as rupturas em uma nova cultura pós ruptura. Este livro veio para apresentar a Cultura Pós-Ruptura. Seja na esfera individual, na esfera coletiva ou em ambas, é preciso estar consciente de quem você é, o que você está fazendo e para quem você está fazendo.
“Seja A Mudança Que Você Quer Ver No Mundo” Mahatma Gandhi
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SUMÁRIO 4
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ESTÉTICAS »» UM POR UM
LINHA DO TEMPO
»» UM POR TODOS »» TODOS POR TODOS
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APRESENTAÇÃO DA MACROTENDÊNCIA
FECHAMENTO DA TENDÊNCIA
PAINEL HOLÍSTICO
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CONSUMO MATERIAL
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CRÉDITOS
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ANO
2021 CULTURA PÓS
RUPTURA
Entreguerras 1920~1930
Séc. XIX Modernismo 1860~1910
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»» Questionamento das formas e arranjos sociais tradicionais, vistos como um obstáculo ao progresso
»» Formas geométricas abstratas, que antes eram utilizadas apenas no universo da pintura passam a aparecer em marcas e mídias.
»» Reformulação do artista como um revolucionário, empenhado em questionar, em vez de esclarecer a sociedade.
»» American way of life, famílias do país buscavam a felicidade por meio do consumo de bens materiais Estilo de vida americano propagado e exportado através de filmes, livros, música, história em quadrinhos e outras mídias de massa.
»» Pinturas com cenas corriqueiras do dia-a-dia ao invés dos clássicos heróicos e mitológicos. »» Elucidaçao e critica do modelo capitalista de exploraçao da mão-de-obra pelos detentores dos meio de produção. »» Rejeição da perspectiva única na arte, representação a partir de diversos pontos de vista simultaneamente. »» Luz elétrica e telefonia surgem como tecnologias revolucionárias
»» Ideia de mulheres inferiores aos homens perde credibilidade após a primeira guerrra mundial »» Revolução da moda feminina, roupas com corte simples e discretas, em oposição aos vestidos longos cheios de bordados e pedrarias. »» Revoluções populares e contra-revoluções totalitárias
Cultura Pós-Ruptura 2021
Contra-cultura 1950~1970 »» On the road, ivro baseado em relatos autobiográficos sobre viagens de carona nos EUA »» O discurso “I Have a Dream” torna-se um marco nos movimentos populares pela justiça social e contra o racismo. »» Festival Woodstock reune 400.000 pessoas com a proposta de “3 dias de paz e música”. »» O Greenpeace é fundado e rapidamente obtém grande apoio e visibilidade. »» Inversão de valores sociais inspirada nos acontecimentos e revoluções dos anos 60. »» Movimentos sociais se fragmentam em segmentos específicos. »» Estilos passam a coexistir e a moda não é mais a imposição de um estilo único.
»» Web 2.0 revoluciona a internet com redes sociais, aplicativos online e produção horizontal de conteúdo »» Primavera Árabe deflagra uma onda de derrubada de governos totalitários, ela se repercute em ocupações ao redor do mundo. »» Lutas por direitos sociais e preconceitos contra minorias ganham força e visibilidade novamente. O termo “problematização” se torna parte do vocabulário do dia-a-dia. »» Smartphones e tablets mudam a forma de acessar a internet e de nos comunicar. A comunicação é prática e instantânea.
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Globalização 2000~2010
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A Tendência é o surgimento de uma nova cultura criada de forma consciente, intencional e participativa. Neste processo, são valorizados os diferentes discursos e visões de mundo que enriquecem esta nova cultura para que ela seja uma representação mais fiel da sociedade que a está construindo. A visão de mundo que é imposta por grandes instituições está cada vez mais desacreditada por todos e não somente por grupos considerados “marginais”, “radicais” ou “rebeldes”. Nesta cultura que está surgindo, as relações pessoa-instituição estão perdendo espaço e confiança para as relações pessoa-pessoa. Não é mais preciso ir a uma imobiliária para alugar uma casa, nem
de um táxi ou transporte público para se locomover pela cidade. A confiança nas grandes produtoras de bens também está em declínio, as pessoas querem conhecer o rosto, as mãos, os valores e a história por de trás daquilo que estão comprando. As consciências social e ambiental não estão mais restritas a grupos isolados, elas são agora as peças fundamentais dessa cultura que está emergindo e se espalhando. A Cultura Pós Ruptura é o reflexo de pessoas que estão mais conscientes de si e do seu entorno, mais atuantes nos espaços em que se encontram e que trabalham juntas para que outras(os) também possam ter mais participação e autonomia sobre a própria vida. Pessoas que não acreditam mais cegamente nos valores que são impostos verticalmente pelos detentores de poder e que estão construindo o seu próprio destino enquanto pessoas, enquanto cultura e enquanto sociedade global.
“Nossa missão não é mais a de conquistar o mundo [...] Nossa missão se transformou em civilizar o pequeno planeta em que vivemos” Edgar Morin, Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro.
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D
esde o final do século XIX e principalmente a partir dos anos 60, diversos movimentos artísticos, políticos, sociais e ambientais questionam valores, atitudes e padrões de comportamento da sociedade. Até o início do séc. XXI, esses questionamentos acabavam muitas vezes restritos aos grupos que os propunham e não tinham repercussão, pois os meios de comunicação de massa estavam fortemente atrelados à indústria, às igrejas e outras instituições detentoras de poder. As instituições se utilizavam desses meios para propagar e impor seus valores de forma vertical, sem respeitar nem ouvir os indivíduos que eram alvo dessa propaganda. Com a popularização da internet como forma de comunicação, surgiu um ambiente propício para disseminação horizontal de informações, dando voz àqueles que foram marginalizados pelos detentores dos meios de comunicação.
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ESTÉTICAS
UM POR UM UM POR TODOS TODOS POR UM
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UM POR UM
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SEJA QUEM VOCÊ QUISER SER
A individualidade se expressa de forma autêntica e singular, pois não existem duas pessoas iguais. Não há problema em ser diferente ou em contrastar com outras pessoas nem em ser chamativo ou excêntrico. Materiais que refletem esta expressividade com impacto visual , com suas cores saturadas e aspecto brilhoso. O que importa é: estar alinhado consigo mesma(o) , não ter conflito entre o que se é e o que se aparenta ser e colocar-se sempre de forma presente e sincera.
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E
m uma sociedade que está mais autoconsciente, cada pessoa também está alterando a relação consigo mesma. Surge uma relação de autoconhecimento que leva à busca e à expressão da individualidade, desvinculando-se dos padrões estéticos e comportamentais que estavam instituídos e procurando novos que representem verdadeiramente seus valores, ideais e vontades.
MSFTrep
REPTILLIA
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Repitilia, um atelier/marca de roupa com a proposta de trocas de “pele” (roupas) e reformulações na hora de se vestir. O atelier é localizado em Curitiba, na Vila Gazebo no bairro Batell. No site do Atelier encontramos um editorial chamado Reconstituindo Estruturas, com o conceito de questionar o dever de sermos um, e apenas um, enquanto dentro de nós há tantas personalidades diferentes. A Reptilia possui esse caráter questionador e intimista, o qual acaba sendo o seu diferencial. O Atelier valoriza a produção local.O elemento que virou assinatura da Reptilia são as franjas, as quais são aplicadas em quase todas as peças. Como a colaboradora Gabriele relata, as franjas não funcionam como tendência, elas estão na essência da marca, presentes em todas as coleções.
MSFTSrep é grupo que foi criado por Jaden e Willow Smith. É uma abreviação para o significado da palavra Misfits, alguém que não se encaixa e realmente não quer. Começou com os sentimentos e as emoções de querer transformar os conjuntos mentais condicionados das massas, através da obtenção de conhecimento e crescimento pessoal. Em um ambiente mais fluido e criativo, no qual se é livre para experimentar e não ser julgado por expressar como se sente. Palavras limitam a idéia, põe-se dentro de uma caixa. O MSFTSrep é mais que uma explicação, é uma expressão.
“MSFTSrep is more of an expression rather than an explanation.” - Jaden Smith, membro do grupo.
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Aspectos Materiais 18
Plastificado lustroso, Platinado frio, Mistura de estilos, Cobertura com colagem, sobreposição e justaposição de elementos, Formas e materiais que permitem e facilitam a customização, Expressão através de desenhos e símbolos, Cores chamativas, vibrantes e saturadas, Estampa com padrões contrastantes em forma e cor.
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UM POR TODOS
A participação de cada um(a) no coletivo acontece de forma dinâmica e energética, com um envolvimento sincero e forte. É como um raio que aparece rapidamente no céu mas que pode ser ouvido de longe e por bastante tempo. Ao posicionar-se, a pessoa deve ser como um arranha-céu, colocar-se de forma firme e bem fundamentada, não se posicionar de forma neutra e levantar sua bandeira quando necessário. Assim como um jeans usado as consequência das ações se apresenta nas marcas de uso, que reforçam suas experiências passadas e anseios por novas conquistas.
SINCERO
I
mportante estar presente nas ações tomadas em espaços coletivos e perceber-se como parte na concepção algo maior. Isso significa estar informado, posicionar-se e participar dos processos de decisão e construção coletivas, agir com iniciativa e proatividade. Sentir-se pertencente e participante neste coletivo é fundamental para levar suas reflexões e buscas pessoais para o ambiente social.
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FORTE
participar
INICIATIVA
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ENERGIA
Mytapp
Reclame aqui
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O site coleta reclamações de consumidores contra empresas sobre atendimento, compra, venda, produtos e serviços. É um serviço gratuíto, tanto para os consumidores postarem suas reclamações, quanto para as empresas responderem a elas. Reclame aqui é um site brasileiro de reclamações, seu escritório fica situado em São Paulo mas atende à todo Brasil.
“Temos a expectativa de realizar entre 50 mil e 100 mil mediações por ano, aliviando muito o Judiciário.” - Carlos Stumpo, CEO da empresa
Empresa de tecnologia que disponibiliza um equipamento usado em chopeiras, automatizando o consumo de chopp em bares. A empresa conta com escritório próprio em Florianópolis, mas funciona em diferentes estados do Brasil. Tem o objetivo de facilitar a venda de Chopp em bares através de um sistema inteligente de torneiras e aplicativos,o usuário ganha um cartão, tendo o controle de quantos mls de chopp bebeu e quanto vai pagar no final. Não sendo necessário uma pessoa para servir.
“A gente é um facilitador do consumo de cerveja. Cada pessoa vira o próprio garçom.” - Mateus Bodanese
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Aspectos Materiais 24
Marcas de uso, Resistentes a impactos e danos físicos, Cores desbotadas/amareladas, Materiais maciços, Metálico fosco, Texturas táteis, marcadas, áspero (lã, jeans, lona), Materiais crus, pouco processados, Encaixes e acabamentos precisos e bem executados, Materiais que permitem o movimento, são flexíveis, Detalhes que se destacam/contrastam visualmente.
TODOS POR UM 26
Estes espaços parecem opostos, mas na realidade sao complementares e ambos necessários para que pessoas e grupos possam partilhar e realizar suas ideias.
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essoas engajadas e ativas buscam espaços que facilitam a comunicação e a realização de seus propósitos. Tanto espaços físicos como coworkings, coletivos, e espaços públicos quanto espaços virtuais, como redes sociais e aplicativos de compartilhamento. Nos espaços virtuais as barreiras físicas desaparecem e é possível o encontro de pessoas distantes em torno de um interesse ou propósito comum. São versáteis, mas tornam as interações impessoais e frias. Espaços físicos aprofundam a relação entre as pessoas, permitem a expressão sincera e prop’orcionam uma comunicação pessoal e quente. No espaço virtual essas ações podem ser organizadas e articuladas de forma fluida e ágil, mas é apenas no espaço físico que ações e intenções coletivas podem ser materializadas e concretizar-se.
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“O Lona é um espaço colaborativo onde a criatividade não tem limites e é compartilhada” - Joana Alves, frequentador do espaço.
Banco de tempo
Lona 28
Lona, espaço/casa colaborativa onde artistas e pessoas ligadas ao mundo fashion podem utilizar. Localizada em Florianópolis, no bairro Estreito, seu propósito de projeto é movimentar, incentivar e dar suporte a iniciativas locais relacionadas à economia criativa/colaborativa, cooperação, arte e sustentabilidade. Oferecendo serviços a profissionais e estudantes das diversas áreas criativas como estúdio fotográfico, espaços de coworking e incubação de projetos. É também um estruturado como um ecossistema de criação de moda.
Banco de tempo, Iniciativa que permite às pessoas comprar/vender bens e serviços utilizando o tempo em horas como moeda. Não existindo uma sede física, o seu grupo está articulado via internet, mais precisamente na plataforma do Facebook. Objetivo de promover novas formas de economia, que não utilizam o dinheiro como facilitador. É possível oferecer e buscar serviços e produtos utilizando o tempo investido como base de troca, mas sem a necessidade de fazer uma troca direta de serviços ou bens.
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Aspectos Materiais 30
Contrastes complementares, Resistente e maleável, Transparência/translúcidos, Formas e materiais dobráveis, enroláveis portáteis, Redes, armações, teias, tramas estruturais, Quente e aconchegante, Frio e prático, Formas modulares.
UM POR UM
32 UM POR TODOS
TODOS POR UM
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Segmento: Acessรณrio
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Consumo Material
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Fruit Leather Fabricante: Fruitleather Rotterdam (Willem de Kooning Academy) Código: ONA522 O Fruitleather (couro de frutas) é composto de frutas como mangas, laranjas, nectarinas, maçãs e muitas outras. Usando um processo ecológico desenvolvido, a fruta descartada é transformada em folhas de material semelhante ao couro.
UM POR UM
UM POR UM
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Fabricante: Grendene - Melissa Código: 38023B O Melflex é feito à base de PVC, mas contém muitos elementos em sua composição, como cálcio e zinco entre outros. É considerado o melhor material termomoldável flexível existente no mundo. É hipoalergênico e por ter uma ótima maleabilidade e ser extremamente resistente, permite um design mais sofisticado.
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Melflex
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Couro de cogumelo Fabricante: Grado Zero Espace Código: MSKN-1M MuSkin é uma eco-alternativa 100% vegetal para couro animal. Feito a partir do fungo Phellinus ellipsoideus, tem superfície macia e um “toque” muito semelhante a um couro de camurça. É atóxico e, portanto, ideal para uso na fabricação de itens que estão em contato direto com a pele.
UM POR TODOS
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Fabricante: Malharia Ipanema Código: 901 Tecido ripstop é um material leve, durável que é difícil de rasgar. Feito por tecelagem de fios de nylon em um tecido base, que pode ser feita a partir de nylon, algodão, seda e poliéster, para criar um padrão de bloqueio. As fibras são feitas de um polímero que é esticado ao máximo até se tornar duro.
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Ripstop
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Denim Fabricante: VICUNHA TEXTIL Código: 62046200 Para o tecido denim 100% algodao existem praticamente inúmeras densidades, desta forma, a construção destes se dá através da utilização de urdumes diferenciados (fios que são esticados longitudinalmente em um tear na tecelagem). Dependendo da composição, o denim pode esticar, brilhar, ou fluir e também pode manter uma forma constante, assumir qualquer número de cores e dobrar em pregas e formas inumeráveis.
TODOS POR UM
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Fabricante: Industria de Fios Artesanais EF Ltda /Modelo Corriedale Código: 51011900 Possui uma característica muito importante que é a resistência. Suas mechas de lãs são torcidas manualmente em roca, o que confere esta resistência e uniformidade às fibras. Quanto mais crespa for a fibra, mais elasticidade seu fio terá, quanto mais liso, menos elástico. Não passa por tratamento térmico, por isso ele encaracola e não amassa com facilidade.
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Lã
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Esta é a Cultura Pós-Ruptura, composta de espaços, serviços, produtos e pessoas que agem em conjunto para transformar as suas realidades individuais e coletivas. Tudo feito com autenticidade, e participação, ativa e conscientemente. A nova cultura já está se manifestando e é cada vez mais presente, você está sentindo?
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Não é o fim, é apenas um começo...
A
Cultura Pós-Ruptura é um mosaico que está tomando forma, ele é construído com diversas ideias, opiniões e pontos de vista diferente. É um mosaico que não pertence a um artista, mas que está aberto para diversas mãos participarem na sua criação. Nele não há espaço para imposições, é preciso saber dialogar e adequar suas intenções às realidades que elas afetam. Durante o processo de pesquisa e definição da macrotendência, percebemos que ela não aparece de uma hora para outra, não há uma marca que diga “daqui em diante estamos na cultura pós ruptura”. Ela é o resultado e a expressão de um processo contínuo de interações, populações, planeta, governos, indústrias, pequenos e grandes produtores e meios virtuais estão entrelaçados em teias locais e globais estabelecendo novas formas de relacionar-se.
A Cultura Pós-Ruptura ainda não está plenamente manifestada, mas seus sinais já podem ser vistos: estão surgindo espaços de criação colaborativa, formas alternativas e descentralizadas de economia, valorização de produtores locais, produtos e serviços sob medida, pessoas se autoafirmando fora dos padrões tradicionais de beleza e comportamento… a lista segue, basta olhar ao seu entorno para perceber esses e outros sinais. Por fim, estamos conscientes de que esta tendência irá durar para sempre. Como todos os processos históricos ela está nascendo, vai se desenvolver e também será alvo de questionamentos e rupturas que irão causar seu declínio e trazer o novo a tona. Mas agora é a hora e aqui é o lugar da Cultura Pós-Ruptura, ela está aberta para você fazer parte deste processo, do seu jeito. Vamos juntos?
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REFERĂŠNCIAS https://www.pexels.com/photo/close-up-of-human-
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CRÉDITOS
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Livro confeccionado no Projeto 14 do curso de Bacharelado em Desgin pelos alunos Augusto Demo, Lucas Espirito Santo, Mariana Carpenedo, Paulo Otávio Coimbra e Pedro Júlio Rebeschini com auxílio dos professores Fernanda Iervolino e Thiago Mattozo que lecionaram as disciplinas de Oficina de Materialização, Tendência e Sistema de Moda. Florianópolis, Julho de 2017