Caderno . TGI II . Mariana Mariano

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caderno de tgi II . mariana mariano . 2013

espaços relacionais: memória e pré-existência a cultura negra e nordestina no bixiga



Ă€s minhas origens.



caderno de Trabalho de Graduação Integrado II instituto de arquitetura e urbanismo (iau) . usp . são carlos mariana mariano . novembro de 2013

apresentação



processo

objeto para-arquitetônico quadro referencial universo projetual ações projetuais aproximação com o lugar: o bixiga área de intervenção conceito de intervenção intervenção: trabalho intervenção: lazer intervenção: memória

13 11 17 19 21 23

intervenção 39 41 47 59

referências 83

sumário


Foto de Chama Madoz.


processo


objeto para-arquitetônico Frágeis costuras modelam uma superfície metálica conformando internamente uma espacialidade subjetiva e coletiva, onde cada um pode ter uma leitura sobre as relações espaciais colocadas: linhas formam planos imaginários, deformam a superfície metálica pré-estabelecida, convidam a intervir naquilo que está dado. A materialidade e a própria ação de costurar uma tela de metal remetem à relação da memória com a contemporaneidade, nos colocando como atores sociais nessa articulação onde podemos, dentro dos elementos postos, construir nossa própria história. Trazer as subjetividades para conformação do espaço público: mais

do que habitável, a cidade deve ser habitabilizada; mais que abrigo, deve ser habitação coletiva, feita das relações que estabelecemos com ela; objeto de reconhecimento e de participação de todos, a extensão de nossa casa e de nossa vida. O espaço formado pela sobreposição de ações diversas, intervenções de distintos atores socais, fruto das mais variadas relações sócio-espaciais que se estabelecem na cidade. O arquiteto, nesse contexto, é apenas mais um interventor, sendo que sua ação não conseguirá nem deve almejar ser o único elemento conformador de espaço.


subjetivizar possibilitar

espaços relacionais habitabilizar o público


casa de madeira, sou fujimoto

casa espiral, sou fujimoto

quadro referencial crítico No seu texto intitulado Futuro Primitivo, Sou Fujimoto debate sobre as questões as quais, na sua concepção, a arquitetura contemporânea deveria contemplar. Parte do princípio da arquitetura para debater seu papel atual: os conceitos de ninho e caverna. O ninho seria uma arquitetura feita e pensada para usos prédeterminados. A arquitetura atual deveia portanto, ser mais próxima do conceito de caverna: espaço cuja existência precede sua ocupação, onde se fazem descobertas, adaptações, um possibilitador de apropriações. «É precisamente a idéia de caverna articial e transparente o que

anuncia as posibilidades da arquitetura do futuro.» Fujimoto fala também do conceito de lugar e da importância que as relações possuem para sua qualicação. Um lugar, por si só, é algo que possui fronteiras pouco delimitadas, mas que se dene pelas relações geradas entre outros espaços e pessoas. Mesmo ao considerar-se um sítio isolado, este só «passa a ter signicado quando se relaciona com os outros lugares». «(...) uma pessoa encontra um lugar nos relacionamentos, e essa ambigüidade pode se tornar a base da arquitetura.»

caverna

ninho ou caverna? sou fujimoto: futuro primitivo


icc «minhocão», UNB

centro cultural são paulo

”Nas interrelações de coisas muito débeis e difusas a própria relação chega a ser o lugar.” Dentro do conceito da conformação do espaço como possibilitador de atividades e apropriações, o uso da alteração de níveis como partido arquitetônico potencializa a criação deste ”algo que vá mais além que seu propósito”. Esses níveis podem estar na gradação de interação entre dois ambientes, como na Casa Espiral, ou na própria diferença de cotas internas, como na Casa de Madeira Denitiva, que, por sua vez, gera

desníveis

uma diversidade de possibilidades de apropriação com o jogo de elementos modulares. Trazendo para o contexto brasileiro, a diferença de níveis exemplica tais potencialidades em obras como o ICC («Minhocão») da UNB e o Centro Cultural São Paulo, onde essa variedade de interações ocorre de modo muito menos intrínseco que na Casa de Madeira, mas onde, sem dúvida, há uma diversidade enriquecedora no processo de descoberta de cada edifício, bem como na relação espaciais neles contidas ou geradas.

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parque da juventude, rosa kliass

grate

A questão da memória é outro ponto estratégico para se tratar do espaço a partir de suas relações, das distintas subjetividades que por ele perpassam. No Parque da Juventude da paisagista Rosa Kliass essa relação parte da inversão de signicado forte para história da cidade. A transformação do espaço do Complexo do Carandiru em Parque da Juventude é um importante marco simbólico. As estratégias aqui levantadas são as de adição e inserção. Kliass propõe um trajeto que se insere na pré-existência,

memória

resignicando-a. É o caso das escadarias que levam a outros níveis de leitura do lugar e colocam o usuário intrinsecamente inserido no espaço que antes era de vigília dos guardas. Em outros momentos mantém as ruínas da antiga obra de ampliação e adiciona a elas um outro elemento: uma passarela que as percorre sem tocá-las. Nesse distanciamento e nessa soma, os dois elementos independentes entre si ganham signicado na sua relação. Outro exemplo de do como essa adição tem potencial transformador


cidade m, cidade coro, cidade reverso; teatro de narradores

pré-existência

do espaço é o grate. Na cidade, qualquer lugar, mesmo inóspito em sua aparência, tem sua percepção alterada a partir da presença dessas intervenções: uma poesia se instaura, uma nova leitura do espaço se conforma. Um artifício mais elaborado que mistura soma e inclusão é o do grupo Teatro de Narradores em sua peça Cidade Fim, Cidade Coro, Cidade Reverso. Sua temática por si só já é uma inclusão: a cidade e a história dos moradores do bairro, da rua do próprio teatro. Mas a peça vai além e passa a ser encenada na própria rua, incorporando

visceralmente a dinâmica da 13 de Maio nas cenas e sendo igualmente incorporada por ela.


universo projetual

A cidade é o locus do conito. As relações nela existentes são importantes elementos conformadores desse conito, exercendo inuência direta no espaço urbano. Sendo assim, as interfaces entre essas relações são focos estratégicos de intervenção, buscase aqui a articulação de uma nova lógica. Essa lógica, no entanto, deve tomar um partido claro de critérios. Nenhuma intervenção abrange todos os interesses, muito menos pode dizer-se neutra. Dentro da ordem social na qual nos encontramos, o conito está posto e é preciso ter claro o partido a ser tomado. Garantir a cidade como espaço múltiplo de vivência é

necessariamente garantir que seja acessível e vivida por todos. Tendo em vista que toda a lógica social assegura a construção da cidade por e para certas camadas econômicas, é imprescindível que uma intervenção que vise multiplicidade haja em favor das camadas menos favorecidas, na intenção garantir-lhes participação ativa na vida urbana. Para tanto, não basta uma qualicação descolada da subjetividade coletiva, que trata apenas de questões físicas mas não toca os valores psicológicos que o espaço tem para seus habitantes. Esses tipos de intervenção, embora de inquestionável importância na garantia de uma qualidade urbana mínima, não garantem a criação


interfaces urbanas

obre agem s

relações sócio-espaciais

LIDAR COM PRÉ-EXISTÊNCIA, MEMÓRIA E PRECARIEDADE GERANDO ESPAÇOS DE ENCONTRO E INTEGRAÇÃO QUE GERAM VALOR DE USO E NÃO SÓ DE TROCA

de um vínculo dos habitantes em relação ao espaço. A exemplo disso, temos as tantas famílias já beneciadas com casas nanciadas pelo governo que as vendem e se mudam. Não se trata de abrir mão de um direito, mas de uma atitude coerente: a situação nanceira dessa família não mudou. Por outro lado, temos os campos de futebol nas periferias e favelas que tem seu espaço garantido apesar da enorme demanda de ocupação do espaço; ou as pessoas que se negam a sair de casa mesmo em situação de risco de morte. O vínculo emocional de vivência, o valor de uso dos espaços são os que mantém uma população ligada a eles. Não é apenas uma

questão de salubridade ou de condições físicas de instalação. É um olhar aos hábitos e à cultura viva nessas pessoas. Um olhar para sua história que auxilia o entendimento o que as move. A meta é, portanto, construir a cidade a partir da proposição de espaços que gerem valor de uso, e não de uma mera qualicação urbana, já que estas resultam muito freqüentemente na geração de valor de troca. A escolha de tratar dos conitos entre memória e pré-existência vem da procura pela construção da cidade nos seus âmbitos mais subjetivos e, portanto, mais fundamentais à vivência de seus moradores.

meta


ações projetuais transições-abrigo A ação proposta busca intervir diretamente nos espaços dessas interfaces urbanas posicionando-se diante de seus conitos a partir de intervenções que se insiram em seu contexto. Trata-se de levar a possibilidade, a transição e a subjetividade como categorias de construção da cidade, conformando-as em verbo, tranformando espaços de transição entre interfaces conituosas em abrigos que possibilitadores de apropriações ao longo da cidade.

possibilitar

transicionar


conjunto de abrigos urbanos

subjetivar

equipamento habitação comércio serviço

préexistência percurso ou recorte

rua praça margem de rio vazios urbanos

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a aproximação com o lugar: o bixiga A aproximação com o bairro se deu na procura por tratar dos temas de memória, pré-existência e precariedade conjuntamente. Situado no centro de São Paulo, entre as áreas de maior especulação imobiliária da cidade, o bairro da Bela Vista abriga uma área conhecida popularmente como Bixiga, que contempla todas as características buscadas para o trabalho, especialmente no trecho conhecido como Grotão do Bixiga, no fundo do Vale do Saracura. Cercada de todas as complexidades de uma metrópole, a região se preserva nos seus mais importantes valores imateriais: mantém sua vida de bairro de uma São Paulo de décadas atrás e resiste, dia após dia, como

um dos bairros do centro que mais abriga população de baixa renda, garantindo-lhes minimamente o seu direito à cidade. A aproximação com o bairro se deu na procura por tratar dos temas de memória, pré-existência e precariedade conjuntamente. Situado no centro de São Paulo, entre as áreas de maior especulação imobiliária da cidade, o bairro da Bela Vista abriga uma área conhecida popularmente como Bixiga, que contempla todas as características buscadas para o trabalho, especialmente no trecho conhecido como Grotão do Bixiga, no fundo do Vale do Saracura. Cercada de todas as complexidades de uma metrópole, a região se


STA. EFIGÊNIA

preserva nos seus mais importantes valores imateriais: mantém sua vida de bairro de uma São Paulo de décadas atrás e resiste, dia após dia, como um dos bairros do centro que mais abriga população de baixa renda, garantindo-lhes minimamente o seu direito à cidade. Conhecido principalmente pela tradição trazida na imigração italiana e pela quantidade e qualidade de seus grupos de teatro, o Bixiga também é o berço da boemia paulistana e de uma forte cultura afrodescendente invisibilizada e resistente até os dias de hoje.

N

REPÚBLICA HIGIENÓPOLIS SÉ

CONSOLAÇÃO

BIXIGA

grotão

BELA VISTA PAULISTA JARDIM PAULISTA

LIBERDADE

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moradia

Em 2010, haviam 747 cortiรงos no bairro segundo a prefeitura.

Dados e fotos: HABISP



trabalho Alta concentração de moradores com renda de 0 a 3 salários mínimos.

Fotos: Paulo Giandalia.



fé Ilú Obá de Min lavando as escadarias e a rua Treze de Maio em manifesto pela falsa abolição. Visita de campo, 2013. Foto: «Fotos do Ofício»



tradição Escola de samba Vai-Vai na rua Treze de Maio no manifesto pela falsa abolição. Visita de campo, 2013. Foto: «Fotos do Ofício»



gentricação Áreas com o aluguel mais caro de São Paulo.


N


cortiรงos Mapeamento de cortiรงos do bairro.


100m

N


área de intervenção A área de intervenção foi estabelecida considerando toda a região do Vale do Saracura, início da ocupação negra do bairro, e estendendo-se até as esquinas da Rua Treze de Maio na sua parte mais ao norte, onde há maior concentração de cortiços e maior dinâmica urbana e cultural. Toma-se como limite a interrupção das vias Nove de Julho e Rui Barbosa, por serem de alto uxo de veículos.

início das imigrações: (1)a partir do séc XIX . quilombo urbano: migração de negros (2)anos 70 . migração de nordestinos: hoje são 70% do bairro


N

rua rui barbosa rua treze de maio

VALE DO SARACURA

(1)

(2)


verticalização Vista Sul da área de intervenção. Se nota deste ângulo que os edifícios mais altos cercam o Grotão do Bixiga.




trabalho . lazer . tradição Pensar em conservação cultural da história do Bixiga passa necessariamente por considerar a cultura afro-descendente e, por sua vez, considerar esta cultura prescinde pensar a manutenção dessa população no bairro: seu trabalho, sua moradia, sua subjetividade. Para isso, é fundamental articular métodos de absorção da mão de obra de baixa renda, em contraposição ao processo de expulsão das classes baixas pelo qual passam as cidades, devido a um severo processo de gentricação que ocorre em todo o centro de São Paulo - e em grande parte dos centros urbanos das grandes cidades do mundo. Nessa abordagem especicamente, fez-se a opção de não entrar a fundo na questão dos cortiços, apesar da extrema importância já levantada sobre a questão e dos meios legais criados para sua melhoria de suas precárias condições, como por exemplo a Lei Moura. Ao visar «subjetivar, possibilitar e transicionar», buscou-se uma abordagem mais urbana. Sendo assim, optou-se por intervir na vida da população negra, nordestina, encortiçada e/ou de baixa rende a partir da criação de espaços públicos que sirvam a ela, bem como às outras camadas e atividades do bairro, a partir dos três eixos levantados: trabalho, lazer e tradição.

intervenção


trabalho

criação de cooperativa de reciclagem

A questão do trabalho foi abordada a partir da proposição de uma Cooperativa de Reciclagem locada no centro do Vale do Saracura e com uma implantação pensada para melhorar minimamente o duro trajeto de seus catadores. Por ser uma proposta focada na manutenção dos setores trabalhistas socialmente precarizados no bairro, faz-se necessária a criação de uma infra-estrutura barata, de fácil manutenção e com possibilidade de ampliação para sua viabilidade. Ainda nesse sentido, é necessário que esta estrutura esteja vinculada a


100m

av. nov e

de julh o

N

rua manuel

dutra

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arques

leão

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criação de uma Creche. A maioria das pessoas negras, pobres e em trabalhos precários no mundo e, não diferentemente, no Bixiga, são mulheres. Apesar do centro de São Paulo possuir um perl mais variado entre os catadores, no Brasil cerca de 80% de toda esta classe trabalhadora é composta por mulheres, que estão sujeitas à todos os problemas relativos à violência, precarização e invisibilização do trabalho, entre outros. Deve ser considerada, portanto, sua maior vulnerabilidade social ao projetar seus espaços de trabalho e vivência

bis

rua rua rocha

14

41


cooperativa de reciclagem



cooperativa de reciclagem



lazer

qualicação de calçadas A interface entre os distintos e intensos usos das ruas do Bixiga são um dos principais conguradores da dinâmica de sua vida urbana, sendo um dos mais interessantes conitos presentes no bairro. A intenção da intervenção é de se inserir em pontos estratégicos, garantindo, nessa contraposição cotidiana, espaço para os usos geralmente marginalizados. Não interessa aqui uma mudança brutal nessa atual

dinâmica, mas a conguração de um abrigo que estabeleça a transição entre usos conitantes, dando lugar a algumas das ricas e múltiplas apropriações do espaço, potencializando-as, reconhecendo-as como fundamentais à vivência urbana. Ao estender-se as calçadas em suas esquinas, arma-se o lugar do encontro: o pedreste, o bar, a roda de samba, a capoeira, a conversa entre vizinhos, o estar, o comércio informal, e tantas outras a serem inventadas


arques

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rua manuel

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pç 14

rua rua rocha

av.

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N

100m

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calçadas

criação de canteiros e extensões pontuais



extensões de calçadas abrigar e possilitar a cultura já (r)existente



extensões de calçadas mobiliário: possibilitar apropriações



extensþes de calçadas

montagem



extensþes de calçadas montagem



tradição

realocação da escola de samba vai-vai Historicamente a Vai-vai sempre teve diculdades para conseguir se manter em seus espaços físicos. Esse ano, foi anunciada a desapropriação de seu terreno para a passagem da linha 6 do metrô, na praça 14 Bis. Apesar de qualquer detalhe ou justicativa técnica ou burocrática, é sabido que esse fato é apenas um dos desdobramentos da desvalorização da cultura e da tradição popular e negra. Levando esse contexto em consideração, foi escolhido um sistema estutural em concreto aparente para a parte externa do novo edifício proposto para a escola. O peso e a xação do concreto contribuem para a imagem de um edifício que nalmente nca seus pés no meio do Vale do Saracura, rearmando a resistência de sua cultura e seu intrínseco vínculo com a sua história. Internamente, optou-se pelo aço por suas propriedades vantajosas dada a situação do terreno: conseguiu-e assim vencer maiores vãos com uma estrutura mais leve, liberando a arena de ensaio.


100m 100m

av.

nov

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N N

14

bis

rua manuel

áreas da atual sede

dutra

áreas de desapropriações previstas para construção da estação de metrôque 14 bis área da escola será

rua 13 de m

arques ante m rua alm ir

rua cardela lem

e

leão

área proposta

rua rua rocha

O novo edifício proposto também abriga e amplia as atividades das Ações Sociais da escola, com salas de aula e ateliês de capacitação de confecção de acessórios e fantasias estruturados para capacitar interessados em trabalhar nas ocinas da Vai-Vai - que serão sediadas nas instalações da Fábrica dos Sonhos, complexo carnavalesco prestes a ser nalizado. Além da administração da escola são previstos ainda um Centro de Memória Negra do Bixiga e uma pequena biblioteca comunitária. Manter essas atividades dentro do bairro é fundamental para o vínculo da escola com a sua comunidade: sedia-se nesse espaço de troca o cuidado que se tem pelas futuras gerações dessa História e o carinho existente entre a população do bairro e a própria escola e samba, que abrigam tanto o sentido de preservar essa história, como de o de seguir construindo-a.

aio

desapropriada para construção da estação de metrô 14 bis

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vai-vai

diretrizes da volumetria



vai-vai

estudo de volumetria



vai-vai

estudos de transição com o urbano


N 10m


v cobertura 1:500


v

primeiro pavimento 1:500


v segundo pavimento 1:500


v

tĂŠrreo 1:500


corte aa 1:250


corte bb 1:250


corte cc 1:250


corte dd 1:250


corte ee 1:250



vista oeste Fachada.



vista oeste Entrada da arena.



vista leste Rampa de acesso.



vista leste

Entrada pela praรงa seca.





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obras consultadas



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