REVISTA BABIES #24

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Junho/2014   -  Revista Babys

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Ano 3 - nº 24 - Abril / Maio - 2018 - Valor R$ 4,90


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Junho/2014   -  Revista Babys

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Editorial

EXPEDIENTE

Nossa missão é estar do seu lado A Babies é uma revista para a família, para a grávida e o grávido e para os pais de crianças de até quatro anos. Para quem engravida de forma tradicional e também para aqueles que precisaram correr atrás do seu sonho com a ajuda das técnicas de reprodução assistida ou adoção. Para quem passou pela experiência do parto normal ou da cesárea. Para as mães que optaram por ficar em casa 24 horas do dia grudadas nos filhos e para aquelas que voltaram a trabalhar. Nossa missão é estar do seu lado, ajudando vocês a aproveitarem essa fase da vida que passa muito rápido. Estamos aqui para buscar respostas, informar e compartilhar experiências de uma forma leve. Na nossa opinião ter filhos é a melhor coisa do mundo, mesmo nossa vida virando de cabeça para baixo com a chegada deles. Acreditamos que tudo pode ser mais fácil com a ajuda de todos: avós, tios, amigos, pediatras, professores e...revista! Cada um com seu papel. Desejamos que gostem de mais essa edição que foi feita com muito carinho! Abraço, Mariana Woj Editora da Revista Babies

CAPA Levi de Medeiros Scartezini, filho de Andréia Alves de Medeiros e Silvano Scartezini Fotografia e tratamento de imagem: Fernanda Luz www.feluz.com.br

TIRAGEM 3.000 exemplares Gráfica Tipotil

JORNALISTA RESPONSÁVEL Mariana Woj (Mtb 3580) (marianawoj@gmail.com)

FOTOGRAFIA Cristiane Back (47) 99982-7032 www.crisbackfotografia.com.br

DIAGRAMAÇÃO Bianca Tontini biancadg.daportfolio.com (btontini@gmail.com)

ANUNCIE EM NOSSA REVISTA Departamento Comercial Leandro Maciel (47) 9.9955-6917 comercial@revistababies.com.br facebook.com/revistababies Instagram - @revista_babies www.revistababies.com.br

A Revista Babies não se responsabiliza pelas fotos enviadas pelos fotógrafos e pelos materiais publicados nos anúncios.

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Índice

Decoração

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PRA VOAR BEM ALTO

18 PAPO ENTRE MÃES

Saúde

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ATÉ QUANDO AMAMENTAR

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Publieditorial

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TOMADA DE DECISÃO APOIADA

Entrevista

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A MATERNIDADE COMO AUTOTRANSFORMAÇÃO

Festa Babies

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UMA FESTA DIGNA DE UM PRÍCIPE

Matéria principal

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O SONHO DE SER PAIS

Publieditorial

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O DES ENVOLVIMENTO

Comportamento

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POR UM LUGAR AO SOL



Decoração

Pra voar bem alto

Balões, bordados e um monte de ursinhos contam a história do menininho mais amado dos últimos tempos Por: Mariana Woj Fotos: Ganske Fotos e Histórias

Balões decoram as paredes e as cores azul, amarelo e vermelho imprimem personalidade para o quarto do pequeno Samuel. Além disso, vários ursinhos garantem descontração na medida certa. Os móveis, repaginados do antigo quarto da sobrinha, fazem companhia para a confortável poltrona de amamentação, comprada na Tulipa Baby. Os pais, Irma e Thiago Pereira, começaram a planejar o espaço logo que descobriram a gravidez. “As cores escolhidas são alegres e, para mim, remetem a uma infância feliz, cheia de vida, além de acompanharem o crescimento da criança”, explica a mãe. Para somar às cores de destaque (azul, vermelho e amarelo), o branco e o cinza serviram de fundo neutro, para equilibrar, deixar em evidencia o que se queria evidenciar e permitir que não houvesse excesso de estímulo visual.

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Decoração Para trazer aconchego ao ambiente, Irma optou por um papel de parede de bolinhas e recuperou bordados antigos

da

família,

que

foram

perdurados, revelando todo o carinho que os pais têm pelo novo integrante. Enquanto que o enxoval, trocador e almofadas, feitos pela Club Art Atelie, trouxeram

sofisticação

ao

decor.

“Espero que meu filho se sinta bem, acolhido, seguro, com estímulo para se desenvolver e em um espaço interessante

para

explorar,

além

disso, claro, que ele se sinta amado neste local”, comenta a mãe.

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Publieditorial

Tomada de Decisão apoiada Por: Adriana Alves dos Santos da Silva – Advogada OAB/SC 33.236

A

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, mais conhecida como “LBI” ou “Estatuto da Pessoa com Deficiência”, a qual entrou em vigor em janeiro de 2016, revogou o artigo 3º do Código Civil que dizia que era absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, a pessoa que, por enfermidade ou deficiência mental, não tivesse o necessário discernimento para a prática de tais atos ou aquela que, mesmo por causa transitória, não pudesse exprimir sua vontade. A atual redação do artigo 3º do Código Civil dispõe que apenas os menores de 16 anos são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil, tendo em vista o reconhecimento legal, por meio do referido estatuto (Lei nº 13.146/15) de que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para casar-se, constituir União Estável, exercer o direito de decidir sobre o número de filhos, dentre outros. De acordo com o artigo 4º do Código Civil, aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade, são relativamente incapazes e não mais absolutamente incapazes. Nesse sentido, com vistas à possibilidade do exercício pessoal dos atos da vida civil pela pessoa com deficiência, foi criado o Instituto da “Tomada de Decisão Apoiada” que, nada mais é do que um processo judicial pelo qual a pessoa com deficiência requer ao juiz a nomeação de, pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, eleitas por ela, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre referidos atos da vida

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civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade. Antes de analisar o pedido formulado pela pessoa que será apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente a pessoa com deficiência e aquelas que ela elegeu para lhe prestar apoio. Depois que o juiz se manifestar proferindo decisão positiva acerca do pedido, a decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem restrições, conforme termo firmado constando os limites do apoio a ser oferecido e os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito à vontade, aos direitos e aos Interesses da pessoa com deficiência que devem apoiar. A tomada de decisão apoiada, sem dúvida alguma, é um grande avanço da legislação brasileira, pois garante à pessoa com deficiência o direito à liberdade e à igualdade previstas na Constituição Federal, assim como promove a conquista e o exercício da autonomia do apoiado, princípio basilar da lei brasileira de inclusão, visto que por meio do referido processo, a pessoa pode constituir em torno de si uma rede de sujeitos baseada na confiança que neles tem, para lhe auxiliar nos atos da vida. A tomada de decisão apoiada mostra-se como importante instrumento de cuidado, proteção e promoção de direitos existenciais e patrimoniais, justamente o oposto do que podia acontecer em algumas situações de curatela fixadas à revelia e contra os interesses do portador de transtornos mentais e outros tipos de deficiência.



Matéria Principal

O sonho de ser pais

Crianças trazem alegria, ocupação e preocupação, mas sempre encantam com inocência e sinceridade dando sentido a vida dos familiares, independente se a ligação é por sangue ou de coração Por: Mariana Woj

No dia 25 de maio é comemorado o dia da Adoção. Segundo o dicionário, o termo adotar pode assumir diversos significados como: optar, escolher, assumir, aceitar, acolher, admitir, reconhecer, entre outros. Quando a ideia parte para adoção de um filho este termo, tem como conceito acolher mediante a ação legal e por vontade própria, como filho legitimo, uma pessoa desamparada pelos pais biológicos conferindo-lhe todos os direitos de um filho natural. Felizmente, hoje em dia o preconceito está reduzindo e a sociedade começa a se conscientizar que quando falamos deste assunto estamos falando de seres humanos, de pais com a vontade de ter um filho e, de outro lado, crianças com a necessidade de ter uma família.

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Passo a passo da adoção

Para adotar uma criança no Brasil, basta que o interessado tenha mais de 18 anos – não há outras restrições, nem quanto ao estado civil. A única ressalva é que haja uma diferença mínima de 16 anos entre a criança e os pais adotivos. Veja como funciona o processo:

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PEDIDO O interessado deve procurar a Vara da Infância e Juventude mais próxima de sua casa e entregar uma série de documentos, de comprovante de renda a atestados de saúde. Além disso, um advogado ou defensor público deve entrar com uma petição, que inicia a inscrição. AVALIAÇÃO Em um curso, o juiz explicará o processo e mostrará a realidade dos abrigos – em algumas varas, isso é feito antes da entrega de documentos. Os interessados passam por avaliações psicossociais e elegem o perfil da criança que procuram – podem fazer restrições quanto a sexo, faixa etária, saúde e disposição para adotar irmãos.


Matéria Princioal

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HABILITAÇÃO Se o laudo feito pela Vara não tem restrições e o parecer do Ministério Público é favorável, o juiz concede a habilitação. Com isso, os pais entram para o Cadastro Nacional de Adoção.

CRIANÇA ENCONTRADA Quando a Vara encontra uma criança compatível, seu histórico de vida é apresentado e, se houver interesse, é marcada uma visita ao abrigo.

PRIMEIRO CONTATO Durante a visita, nenhuma das crianças sabe em quem o adulto está interessado. Depois, se ambos quiserem continuar, as visitas se tornam frequentes, sempre com acompanhamento e avaliações.

REGISTRO O pai recebe a guarda provisória e a criança começa a viver com ele. Após cerca de um ano, o juiz profere o parecer conclusivo sobre a adoção e emite novo registro de nascimento, com o sobrenome da família. Assim, ela ganha os mesmo direitos de um filho biológico.

O que influencia no processo? * Perfil Buscado: Quanto menor é a criança, maior é o tempo de espera – famílias podem ficar anos no aguardo de um bebê saudável. Há outros critérios limitantes, como raça e estado de saúde.

* Limitações Da Vara: As famílias são obrigadas a dar entrada na vara mais próxima de sua casa. Dependendo da quantidade de profissionais, o processo pode se estender ou acelerar.

* Distância: Desde a criação do Cadastro Nacional de Adoção, em 2008, ficou mais fácil adotar crianças de outros estados. É a família que delimita o perímetro de busca.

* Quantidade Pretendida: 68% das crianças têm irmãos e os juízes se esforçam para mantê-los unidos. Pretendentes dispostos a adotar irmãos geralmente esperam menos tempo, mas é um erro aceitar uma criança mais velha se na verdade você deseja só o irmão menor.

* Necessidades Da Criança: Nos casos em que o menor precisará de muitos cuidados, o juiz pode dar preferência a famílias com mais recursos.

Pense com carinho

Antes de tomar a decisão de preencher os papéis é necessário sempre levar em consideração que a adoção é um ato legal e definitivo, que torna filho uma criança nascida de outra pessoa, e que este filho terá garantido todos os diretos e deveres inerentes a esta condição – inclusive quanto ao nome e à herança.

A trajetória até a chegada Não é toda gestação que dura nove meses. A gravidez de muitas famílias é um ciclo indefinido. São homens e mulheres que carregam no coração o desejo de serem pais. Pessoas que assumem batalhas que não são cólicas ou enjoos matinais. O que angustia essas famílias que buscam adotar é a lentidão do sistema de adoção. Contudo, a realização do “nascimento”, de poder encontrase como pais, supera todo o processo de espera. Conversamos com a família Krzeminski que divide com a gente sua história de espera, ansiedade e no final, de felicidade: “Sempre sonhávamos em ser pais. Após 2 anos de casamento cogitamos a possibilidade. Passaram-se cinco e a gravidez não acontecia. Então fomos investigar. Fizemos vários exames e um urologista comprovou que não poderíamos ser pais naturalmente. Abril - Maio/2018 -  Revista Babies

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Matéria Principal

Durante aproximadamente quatro anos, eu e meu marido fomos nos preparando psicologicamente e, em comum acordo, decidirmos entrar no cadastro nacional da adoção. A vida foi nos surpreendendo em alguns momentos e se passaram 15 anos de casamento. Em outubro de 2009, fomos habilitados no cadastro nacional da adoção. Inicialmente disseram que levaria em média de cinco a seis anos para nossa filha chegar. Em junho de 2015 (ano do prazo que esperávamos a chegada da bebê), eu quis deixar o quarto dela pronto. Assim eu ficaria mais tranquila com sua chegada. Porém, a espera foi além do tempo que estimávamos: seis anos e sete meses se passaram. No dia 25 de maio de 2016, estava eu pela manhã com minha rotina. Fui caminhando de casa para a academia quando meu telefone tocou. No que fui atender, caiu à ligação. Não pensei duas vezes, retornei a ligação e já fui me identificando. — Oi, aqui é a Jana. Você me ligou? __ Oi Janaina, sou a assistente social do Fórum. E assim aconteceu o chamado. Quanta emoção! No meu pensamento, eu imaginava que estaria para nascer uma criança e ela estaria chamando a gente para comunicar pessoalmente. Em nenhum momento passou na minha cabeça, de que naquele dia já nos tornaríamos pais. Depois que falei com a assistente social, liguei para meu marido, e em meia hora já estávamos no Fórum. Entramos na sala, sentamos, e logo em seguida a moça que estava com a assistente social perguntou pra mim: -E essa correntinha com bonequinha. Vocês já tem uma filha?” Eu logo respondi: __ Esta é minha filha que está pra nascer. A assistente social falou:

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__ Ela nasceu em 2 de maio. A emoção ficou a flor da pele. (Já era meio dia do dia 25 de maio 2016) Saímos do Fórum já como responsáveis pela Lívia (pudemos escolher o nome da nossa pequena que estava com 23 dias). Fomos almoçar, e em seguida fomos conhecer nosso mais novo amor. Estávamos radiantes! No mesmo dia a noite, o Fórum nos concedeu a guarda provisória. Como a assistente social da maternidade não estava no horário em que conseguimos o documento pudemos trazer nossa amada Lívia, só no dia seguinte. Passamos o dia (26.05) na maternidade, com muitas orientações de como cuidar dela. A solidariedade da família e amigos foi primordial neste primeiro momento. Apareceram roupinhas, fraldas e o amor estava no ar. Nasce uma filha, nasce uma mãe! Ser mãe é

muito mais do que gerar, é sonhar e vivenciar este sonho através do mais puro amor. Nossa adaptação foi na medida do possível tranquila. Nos três primeiros meses cólicas e noites sem dormir. Depois, um ano passou rápido. E o amor a cada dia foi crescendo. Hoje Lívia está com 1 ano e 11 meses. E há pouco tempo conseguimos o contato (através do Fórum) para fazer o encontro com sua irmãzinha (também adotiva). Nós, assim como os pais adotivos da irmã, achamos de extrema importância este contato para a vida. Ganhamos uma nova família, e de certa forma, mais uma filha. Eu e marido completamos 24 anos de casamento este ano, e já imaginamos nossa princesa trazendo as alianças em nossas bodas de prata. Lívia é a alegria em pessoa. Acreditamos que tudo na vida, é no tempo de Deus! Ele prepara tudo perfeitamente pra nós.”

Foto Vilma Adolphi

No inicio pensamos em fazer a fertilização “in vitro”. Analizamos e repensamos, porém um dia, lembrei de uma frase que meu pai havia dito para minha mãe que quando seus filhos estivessem grandes, eles iriam adotar uma criança. E foi neste dia, que despertou meu desejo pela adoção.


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Publieditorial

BB Encanto amplia atuação em Joinville

Marca inaugura sua segunda loja na cidade desta vez voltada para o quarto do bebê Antenada no mundo da moda e decoração a BB Encanto apostou no mercado infantil prezando, sobretudo, pela qualidade de atendimento e dos produtos e pelo respeito aos prazos de entrega. A marca que já vem se destacando há sete anos inaugurou no último mês mais um espaço que vai encantar, principalmente, as famílias que estão na fase de montar o quarto das crianças. Conversamos com a proprietária, Silvia C. e Silva, para saber mais detalhes desse novo projeto diferenciado. Revista Babies: Como e quando surgiu a ideia de criar a BB Encanto? Silvia C. e Silva: Quando estava grávida conheci uma marca que produzia peças de roupa de fio egípcio e me encantei. Como não encontrava para comprar em Joinville, decidi começar a vender a marca aqui, focando sempre no que eu achava bonito. Em 2011 inaugurei a loja de roupas. Com o passar do tempo observei que muitas pessoas saiam da cidade para comprar os móveis para o quarto, então comecei a vender eles por catálogo, a produzir o Kit Berço de acordo com a vontade do cliente e oferecer alguns produtos de decoração. A dedicação foi tanta que conseguimos crescer. Revista Babies: A marca é voltada para algum público específico? Silvia C. e Silva: Ela é voltada para as famílias que tem sensibilidade, procuram bom gosto e qualidade. Revista Babies: O que levou a marca a inaugurar uma segunda loja? Silvia C. e Silva: Sentimos a necessidade de proporcionar mais conforto para nossos clientes. Na nova loja temos 19 quartos montados, sendo assim possível visualizar os produtos instalados, como papel de parede, móveis, tapetes, quadros. Acreditamos que assim é mais fácil imaginar como ficaria na casa de cada um. Revista Babies: Os clientes vão poder encontrar os mesmos produtos nos dois espaços? Silvia C. e Silva: Não, na loja da Rua Max Colin, vão ficar as roupas para crianças com até 4 anos, vestidos personalizados e quarto kids, voltados para as crianças que saíram do berço e precisam de uma cama. Já na loja da Rua Blumenau, as famílias vão poder encontrar tudo para montar o quarto do bebê e o enxoval, além de carrinho e bb conforto. Revista Babies: O que os pais precisam levar em consideração na hora de montar o quarto do bebê? Silvia C. e Silva: Na minha opinião, a funcionalidade e cortar o exagero, focando no que realmente é necessário.

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Publieditorial

Revista Babies: De que maneira a BB Encanto pode ajudar com essas questões? Silvia C. e Silva: Oferecemos um projeto 3D de forma a dimensionar as peças adequadas para cada quarto, sem excessos e desperdícios. Além de ajudar com o tamanho do tapete ou onde colocar o quatro, por exemplo. Revista Babies: Como é o quarto ideal do bebê? O que não pode faltar no projeto? Silvia C. e Silva: O que a mãe sempre sonhou. È importante que essa vontade seja respeitada e, para isso, procuramos sempre criar vínculo com as nossas clientes, desde o momento do orçamento, a definição do projeto e a entrega completa do quarto. Revista Babies: Além de ajudar com o quarto e com o enxoval você também atua com a criação de vestidos infantis sob medida. Como iniciou neste mercado? Silvia C. e Silva: Muitas clientes tinham dificuldade para encontrar e procuravam a loja atrás de vestidos de festa feitos sob medida Começamos revendendo uma marca e depois de algum tempo, passamos a produzi-los em nosso próprio ateliê. Ficamos muito felizes em ver nossos vestidos sendo usados em um dos dias mais felizes da família

Rua Max Colin, 1143 – Loja 03. Rua Blumenau, 1762 (nova loja) Bairro América - Joinville 9.9151-5003 Fone: (47) 3227-5001

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Papo entre mães - por Mari Woj

Fofoca no trocador

A lista do enxoval

Tudo que vocês precisam para os primeiros meses da criança

#Ficaadica BANHO E TOALETE 1 banheira com suporte 1 termômetro para banheira 1 rede para banheira 3 toalhas com capuz 3 sabonetes da cabeça aos pés DIVERSOS 1 livro diário do bebê 1 termômetro 1 Aspirador Nasal 1 mordedor 1 babá eletrônica 1 bolsa térmica anti-cólica 1 jogo de malas de bebê HIGIENE 1 kit higiene (garrafa térmica e potes) 1 colônia 1 óleo 3 caixas de cotonete 6 pacotes de algodão 6 pacotes de lenço umedecido 3 caixas de creme para assadura 1 kit de escova para cabelo 1 kit manicure 5 panos de boca PARA A MAMÃE 1 almofada amamentação 1 tira-leite 2 Protetores para seio PASSEIO Bebê-conforto Carrinho Trocador avulso Sling/canguru 1 mosqueteiro para carrinho 1 espelho retrovisor para carro

QUARTO 1 travesseiro anti-sufocante 2 jogos de lençol 1 Móbile para berço 1 cobertor 2 mantas 3 cueros 1 mosquiteiro 1 Cesto para roupa 1 Cesto para fralda ROUPINHAS 6 bodies manga curta RN e P 4 bodie manga curta M e G 6 bodies manga longa RN e P 4 bodie manga longa M e G 4 casaquinhos P 2 casaquinhos M e G 6 culotes (mijão) RN e P 4 culotes (mijão) M e G 6 tip top RN e P 4 tip top M e G 1 saída de maternidade 6 pares de meia 2 luvas de malha

Em época de economia está é uma ótima notícia. Inaugurou em Joinville uma loja de aluguel de brinquedos. Ótima opção para ter aqueles brinquedos muitas vezes caros e que as crianças usam por pouco tempo, tipo mesa de atividade, jumper, apoiador. Para saber mais, confere a pagina de Instagram e facebook da Mais Brinquedos.

Novidade na cidade

Joinville foi a escolhida para receber uma unidade da Baby Gym, franquia de academias especializadas no atendimento de bebês a partir de 2 meses e crianças até 5 anos. O espaço tem como objetivo aprimorar o potencial psicológico, físico, psicomotor e social dos alunos por meio de atividades adequadas para cada etapa do desenvolvimento.

Uma boa opção

Descobri há pouco tempo um espaço muito bacana para quem precisa trabalhar e ao mesmo tempo quer ficar juntinho do filhote. O Estação 321 é um coworking que além de oferecer infraestrutura e logística para os profissionais também tem um espaço planejado e estruturado para os pequenos. Vale a visita!

Sobre mim: Mariana Woj, 33 anos, jornalista e mãe do Ben. Devido à minha profissão, vivo rodeada de outras mães e estou disposta a escrever sobre tudo que acontece neste mundo misterioso e de aprendizado diário que é a maternidade. Contato: marianawoj@gmail.com

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Entrevista

A maternidade como autotransformação A importância de despertar a consciência de que influenciamos os filhos com nossos sentimentos e discurso cotidiano Por Mariana Woj

Revista Babies: Toda mulher nasce mãe? Francine Costa: Acredito que toda mulher possui um instinto para maternar. Mas nem todas sentem o real desejo de viver esta experiência. Já ouvi mulheres dizendo: ‘Filhos? Ah tem que ter né?’ Na verdade, a gente não ‘tem que’ nada. A maternidade é uma jornada repleta de desafios e responsabilidades e nem sempre esta cabe no projeto de vida de algumas pessoas e famílias. E a romantização da maternidade pode estar aí: a crença de que esta é a única forma da mulher atingir a sua plenitude. Cada vez que pensamos assim, renunciamos nosso poder pessoal.

Francine Costa. Uma eterna aprendiz do ilimitado potencial humano e apaixonada pelo universo da mente. Navegou anos no mundo corporativo, conduzindo trabalhos de gestão. Atualmente é Master coach, Master em PNL e analista comportamental. Criou o método de autocoaching – Coachsi e a Terapia de Crenças como forma de potencializar os resultados dos seus clientes.

Revista Babies: Você acredita de fato que exista uma romantização do “ser mãe”? Qual a sua opinião? Francine Costa: Eu vejo que muitas mulheres depositam todos a sua felicidade na maternidade. Algumas acreditam que só serão felizes se tiverem filhos. Neste caso pode estar disfarçada uma carência afetiva, uma busca pelo externo para suprir algo interno. É muito importante essas mulheres questionem esse foco pelas circunstâncias externas, do contrário essa falta interna da mãe refletir-se-á na vida da criança. Eu acredito que a maternidade é uma benção divina, mas também acredito que ela não é a única benção da vida. Revista Babies: O que você aprendeu com a maternidade? Francine Costa: Aprendi a me ver além do espelho. Aprendi a me observar. Aprendi a tomar consciência das minhas sombras. Aprendi que cuidar de mim é também cuidar da minha filha e não o contrário. Todas as vezes que deixei de cuidar de mim, deixei também de cuidar da da Stella. Se não temos tempo pra gente, será que não estamos querendo assumir o controle de tudo? Será que estamos dando espaço para que o nosso parceiro participe da sua paternidade? Será que sabemos dividir as tarefas e responsabilidades dessa jornada tão desafiadora? Será que sabemos expressar nossos sentimentos para poder pedir ajuda? Revista Babies: Muitas mulheres optam por se ocuparem apenas dos filhos. Quais os cuidados que precisam ser levados em conta com esse tipo de decisão? Francine Costa: Assim como a maternidade, outros desejos ecoam dos nossos corações. Somos seres repletos de dons, talentos e habilidades que, quando compartilhados com o mundo, geram uma fonte inesgotável de autorrealização. E autorrealização nos dá poder pessoal.

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Entrevista Revista Babies: Existem algumas ferramentas que o coaching oferece e que podem ser ensinadas para preparar uma criança para a idade adulta? Tipo elogios, regras, autoconhecimento? Como podem ser utilizadas? Francine Costa: Acredito que o foco da mudança deve ser o comportamento do adulto, ou seja, dos pais. É o adulto que precisa tomar consciência das suas sombras e da necessidade de iluminá-las. É o adulto que precisa aprender a se observar e se questionar. Observar seus pensamentos, dar nome aos seus sentimentos e confrontar os seus comportamentos. Quando os pais são seres conscientes, afetuosos e criam uma relação de empatia com a criança, ela recebe tudo que precisa para ser um indivíduo amoroso e autoconfiante. Revista Babies: Novas mães são surpreendidas por sentimentos e emoções sombrios, que inclusive se refletem no comportamento dos bebês. Você acredita que esse período conflituoso é fundamental para a evolução da mãe? De que forma as mães podem encarar esse momento como uma oportunidade profunda de autoconhecimento? Francine Costa: Eu acredito que a maternidade é a maior jornada de transformação pessoal do ser humano. Você pode mudar de carreira, mudar de país, viver um ano sabático, sofrer uma separação conjugal e amadurecer muito com estas experiências. Mas só a maternidade tem o poder de nos “agigantar”. Mas essa transformação só é possível se a mãe estiver disposta a isso. Desde muito cedo, aprendemos a ver o mundo somente com os olhos. Nessa jornada, é preciso aprender a enxergar além do que apenas vemos. Revista Babies: Em meio a loucura do dia-a-dia, muitas coisas passam despercebidas. Como e quando a mãe pode fazer essa análise para tentar aprender e evoluir com suas experiências? Francine Costa: Todo dia é uma oportunidade pra gente se questionar. Todo dia esconde um baita aprendizado que precisamos perceber. A todo o momento nosso filho nos dá oportunidade de tomarmos consciência dos comportamentos que devemos reconhecer e mudar. Estas oportunidades podem estar sutilmente escondidas no momento das refeições, na hora do banho, na hora de dormir, na forma como interagimos verbalmente, o modo como brincamos e claro, como lidamos com birras e choros. O desafio é a nossa reeducação mental e emocional, para que seja possível deixarmos seres humano mais conscientes para o mundo. Revista Babies: Como superar uma infância sem amor suficiente e ser uma mãe conectada? Francine Costa: Cada mãe tem uma história única de vida. Uma das formas mais lindas, profundas e inspiradoras para se tornar uma mãe consciente, é olhar pra sua própria história. Reconhecer a história dos nossos pais com compaixão e aceitar que eles foram os melhores pais que puderam ser, é entrar em um estado de gratidão pela própria vida. Quando somos gratos pela vida, tornamos a nossa força disponível para tomarmos posse do nosso destino. Revista Babies: Fale um pouco do seu livro? Francine Costa: 366 dias de Aprendizados vem para mostrar que em qualquer lugar ou circunstância existe algo para aprender, independente da perspectiva que colocamos. Além disso, ele dissemina a importância de olhar pra si mesmo como uma fonte de potencialidades e provoca o leitor a buscar a sua autotransformação, trazendo inspiração e coragem para isso!

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Publieditorial

O DES envolvimento Por: Monize Santos – Psicóloga (CRP 12/14502)

É

comum os pais buscarem ajuda ou informação sobre o desenvolvimento de seus filhos em livros, artigos e em comparações com outras crianças. Sempre escuto pais aflitos me perguntando – “Será que já não era para ele (a) estar falando, andando, saindo das fraldas?” Salvo alguns pouquíssimos casos, todas essas fases tardam mais não falham. E por que elas tardam ou se adiantam e não acontecem igual ao apresentado em livros? São diversas as variáveis que podem ocorrer, mas essa semana em minhas constantes pesquisas me deparei com a palavra DESENVOLVIMENTO vista sob uma outra ótica. Quando seu bebê vem ao mundo, tão frágil, delicado, tentando entender que lugar é esse, ele precisa completamente dos pais para sobreviver, então os pais envolvem seu rebento de carinho, amor, cuidado, paciência, etc. É praticamente uma simbiose, a vida começa a ser ordenada por esse ser tão pequenino que mostra suas necessidades aos outros sem censura e se comunica avidamente quando essas necessidades não são satisfeitas. Com o passar dos dias, das semanas, dos meses, esse bebezinho já aprendeu muitas coisas e inclusive já faz algumas delas sozinho.

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É aí que o DES-ENVOLVIMENTO deve acontecer. A mãe deixa de ENVOLVER completamente esse filho, como fora nos primeiros dias, para que eles no seu contato com o mundo possa aprender. É como o envolvimento de um abraço, que depois do afago, os braços cedem para que você deixe a outra pessoa ir. Visto por essa ótica o desenvolvimento passa a ser dos pais e não dos filhos. O deixar de envolvê-lo é confiar no seu trabalho, é confiar que quando seu bebê estiver inseguro voltará a pedir seu abraço e quanto menos ele precisar de você, melhor você desempenhou seu papel como mãe. Esse processo não se dá de uma hora para outra, assim como os pais aprenderam

Faça-nos uma visita e venha conhecer o nosso espaço! R. Eusébio de Queirós, 294 Atiradores – Joinville - Fone: (47) 3278-8010 www.spacomaeebebe.com.br

fb.com/spacomaeebebe @spacomaeebebe

a lidar com a turbulenta mudança que é a chegada do neném, eles precisam ir constantemente renovando seu olhar para que as evoluções sejam estimuladas e não impedidas. Precisamos concordar que isso não é nada fácil, pois quando você está tirando de letra os cuidados com o bebê, percebe que aquele serzinho já começa a entrar em outra fase; - Como assim, agora que eu já sei tudo, você quer mudar? É exatamente assim, ser mãe e pai é saber evoluir com a evolução dos filhos. O desenvolvimento gradual produz crianças mais confiantes, com bom desempenho escolar, criativas, curiosas, felizes e seguras. Habilidades extremamente importantes em nossa sociedade. Para alguns a tarefa do desenvolvimento pode ser mais fácil, para outros dificílima, isso depende da história de vida de cada um. Exercer esse ato é lindo, mas pode ser um tanto desafiador, principalmente para as mamães, pois é entre o bebê e elas que a simbiose precisa se romper. Achar o equilíbrio desse DES envolvimento é a parte que gera mais angústia e dúvida, por isso não hesite em pedir ajuda, isso beneficiará você, seu bebê e a família como um todo.



Saúde

Até quando amamentar Cada mãe e bebê é que devem decidir quando parar

Por Mariana Woj Foto: Banco de imagem

unanimes em sua orientação: a amamentação é essencial no primeiro ano de vida mas, de preferencia, deve continuar até a criança completar dois anos. Ou mais. As razões para se prolongar o período de amamentação são várias mas visam, basicamente, dois pontos principais: manter a qualidade do vinculo emocional mãe e filho e continuar protegendo a criança de organismos estranhos que possam causar algumas infecções e processos alérgicos.

Amamentação no segundo ano de vida 31 %

38 %

*Dados da OMS

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45 %

VITAMINA C

materno

PROTEÍNA

fornecidas por 500 ml de leite

ENERGIA

% das necessidades diárias

95 % VITAMINA A

Foi duro, mas você conseguiu! Driblando palpites daqui, falatórios de lá, experimentando prazeres e amargando dúvidas, você foi em frente. Conseguiu manter a amamentação exclusiva do seu bebê, que já está com seis meses e começa a experimentar outros alimentos. Mas e agora? É hora de suspender o aleitamento? Nada disso. Segundo a Organização Mundial de Saúde e todas as instituições e órgãos nãogovernamentais que estudam e divulgam este assunto eles são

Motivos para manter a amamentação, como se vê não faltam. Porém é preciso que você esteja afim. Para quem se propõe, há sempre uma solução para possíveis contratempos. No caso de uma viagem, por exemplo, quando se tem que ficar longe da criança, a recomendação é que se “ordenhe” o leite algumas vezes ao dia para que a produção seja mantida. O mesmo procedimento deve ser usado quando a mãe volta a trabalhar e precisa diminuir a frequência das mamadas: devese “tirar” o leite até que o próprio organismo se ajuste ao novo ritmo. Caso resolva continuar dando de mamar, saiba que tem tudo a seu favor. Entregue-se a este ato, sem medo. Preserve sua intimidade e a de seu filho e não ligue para palpites e falatórios. No momento certo, você e seu bebê saberão se chegou a hora de iniciar o desmame. Basta um dos dois se desinteressar. Aí começa uma outra história. Fortalecidos pela memória de um vinculo tão poderoso, vocês estarão aptos a encontrar outros caminhos que levam ao amor e à intimidade.





Festa Babies

A

Detalhes delicados que remetem a história do livro foram o destaque da festa Por: Mariana Woj Fotos: Max Schwoelk Fotografia

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obra do escritor, ilustrador e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry atinge certeiramente gerações de crianças, jovens e adultos. Mesmo se passando mais de 70 anos viajando pelo imaginário é uma obra que continua muito atual e que encanta por abordar as dores do mundo e dos seres humanos. Os pais, Rubia Mara Beilfuss e Rafael Osorio Cassiano, são fãs do livro e optaram pelo tema para o primeiro aniversário do seu príncipe Victor. A decoração, nas cores azul, vermelho, branco e dourado, levou todos os convidados para um mundo mágico e de fantasia. Na mesa principal as estrelas, coroas, personagens e arranjos florais chamavam atenção. O cardápio incluiu escondidinho de carne seca, brusquetas, rodizio de crepe, minipizza, mini-hambúrguer, pão de queijo, pipoca, algodão doce, além de vários docinhos personalizados.


Festa Babies A lembrancinha da festa foi um exemplar especial do livro. “A ideia foi minha, afinal a história é tão linda que achei interessante compartilhar com todos os convidados. Cada livro foi colocado numa sacola personalizada e dentro do livro, na primeira página, colada uma tag agradecendo a presença”, explica a mãe. Segundo os pais, tudo saiu conforme o esperado e este será um dia lembrado para sempre. “O primeiro ano de vida do bebê é emblemático. São tantas mudanças e adaptações que uma festa para comemorar esse marco, na nossa opinião, é um momento de grande satisfação poder estar do lado da família e amigos queridos”, destaca Rubia.

FORNECEDORES: Roupas da Criança: Meu Bebê e Catavento Babies & Kids Casa de festas: Oba Oba Festas Decoração: Valkiria Festas Bolo e doces personalizados: Paula Huller da Doce Maranata Comida Salgada: Chef Tio Maurinho Papelaria: Design Criativo Fotografia: Max e Alana Schwoelk Convidados: 120 pessoas Abril - Maio/2018 -  Revista Babies

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Comportamento

Por um lugar ao sol

Direito iguais, bem-estar e inclusão no mercado de trabalho para as pessoas com Síndrome de Down Por: Mariana Woj com colaboração de Debora Sabino Ramon

Quando os pais da Isabelle Soraia Anverze a pegaram no colo pela primeira, uma nuvem de medo, preocupação e dúvidas surgiram quanto ao futuro da pequena que nasceu com Síndrome de Down. O que eles não imaginavam, que passados mais de 20 anos, ela surpreenderia a todos e deixaria essas preocupações no passado. Diariamente, Isabelle estuda, das 7 às 10 horas, depois segue para o trabalho, onde permanece até às 17 horas, pega dois ônibus para voltar para casa e ainda, duas vezes na semana, faz aula de zumba depois do expediente. “O trabalho a fez crescer, amadurecer e a tornou mais responsável, segura e comunicativa”, explica sua mãe, Vilma da Silva Anverze. Infelizmente poucos exemplos como o da Isabelle ainda podem ser vistos no mercado de trabalho, que evita contratar pessoas com esse tipo de deficiência. Para a neuropsicóloga Daiane Melo, o primeiro desafio enfrentado pelas empresas no processo de contratação e retenção de pessoas com deficiência é a falta de acessibilidade. As inúmeras barreiras arquitetônicas, urbanísticas e de comunicação tem privado muitos desses indivíduos da possibilidade de acessar seus possíveis locais de trabalho de maneira livre e segura. E o segundo desafio, de acordo com ela, normalmente conhecido como barreira atitudinal, é o despreparo das empresas para receber pessoas com deficiência. “É raro identificar a prática de comportamentos adequados para prover a essas pessoas acesso a tudo o que as empresas oferecem, de maneira respeitosa e inclusiva. Os próprios funcionários muitas vezes não sabem como lidar com elas, o que pode provocar em diversas ocasiões seu desligamento devido a dificuldades de adaptação”, explica ela. Abril - Maio/2018   -  Revista Babies

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Comportamento Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, das cerca de 400 mil pessoas inseridas no mercado de trabalho no Brasil, apenas 7% tem deficiência intelectual, a grande maioria são deficients físicos. Daiane destaca que pesquisas evidenciam que os caminhos para a aceitação dependem das necessidades de apoio e da eliminação de barreiras relacionadas aos tipos de deficiências e características individuais das pessoas. “Em geral, a inclusão de pessoas com deficiência intelectual é a de maior complexidade. As empresas dizem preferir contratar indivíduos com deficiência física ou sensorial. Na realidade o que ocorre é que o ambiente empresarial não está preparado para receber funcionários com restrições relacionadas ao raciocínio lógico, memória e comunicação. Isso exige das empresas uma maior dedicação no treinamento e acompanhamento desses profissionais quando comparados a outros com deficiências distintas”.

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O artigo 27, da convenção da ONU, sobre os direitos das pessoas com deficiência, estabelece que todos têm direito a oportunidades iguais de trabalho. Muitos países, assim como o Brasil, contam com uma legislação trabalhista que favorece a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, seja através de cotas ou de subsídios para as empresas contratantes. Entretanto é importante ressaltar que o trabalho não envolve apenas a pessoa e a empresa. Família, escola e sociedade precisam caminhar juntas na defesa da inclusão efetiva para que a entrada no mercado de trabalho de pessoas com síndrome de Down possam se tornar uma realidade para

todos. “Acredito que o maior desafio está em desenvolver essas pessoas, com escolas que proporcionem profissionais capacitados que estimulem adequadamente, buscando desenvolver as habilidades e competências essenciais para o mundo do trabalho”, explica. Porém de imediato, para Daiane, é preciso vencer o preconceito e aceitar as diferenças. Ter limitações não significa não poder fazer algo, mas sim fazer de um jeito diferente, com um tempo diferente. “Pode ser que demore um pouco mais de tempo para realizar determinadas tarefas. Isso não quer dizer que elas não serão feitas, ou que serão feitas de forma inadequada”.

Um lugar de apoio Com mais de 20 anos de atuação, a Universo Down de Joinville, associação sem fins lucrativos, acolhe famílias e pessoas com Síndrome de Down, fornecendo auxílio para o desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades. Acreditando que todo o ser humano tem potencial para se transformar, o grande objetivo da associação é garantir meios para que as pessoas com Síndrome de Down alcancem sua autonomia e o reconhecimento da sociedade, quebrando preconceitos na busca pela garantia da igualdade social. Para mais informações, basta ligar (47) 3423-2102.


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