Revista Comemorativa Fetep/Itfetep

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REVISTA FETEP


Palavra da Presidência

FETEP 40 ANOS

Visão estratégica e inovação Em 1975 o então prefeito Osvaldo Zipperer criou uma comissão para estudar a viabilidade quanto a criação de uma fundação dedicada à pesquisa de novas matériaprima e formação de mão de obra. Novas matériaprima em função do aumento da escassez de madeiras exóticas na produção de móveis e qualificação de mão de obra para atender o rápido crescimento industrial. A comissão liderada por Pedro Machado de Bitencourt que estruturou o primeiro estatuto e idealizou o nome, contou também com os seguintes integrantes: Alcides Rudnick, Álvaro Weiss, Donaldo Ohde, Laercio Knis, Max Reuss Strenzel, Osmarina Baptista Bethowski, Valdir Lemos e Wilfredo Weihermann. Os membros deram parecer favorável e o prefeito sancionou a lei 149 instituindo a FETEP – Fundação de Ensino, Tecnologia e Pesquisa e a Prefeitura doou um imóvel de 300 mil metros, intensificando ações na gestão do próximo prefeito Odenir Osni Weiss. Liderada pelo executivo Marcos Von Bathen, a FETEP rapidamente se consolidou, apoiando a criação do primeiro consórcio regional de exportação de móveis, desenvolvendo tecnologias de secagem de madeiras reflorestadas, especialmente o pinus. Em 1982 foi criado o curso Técnico em Móveis e Esquadrias em parceria com o CNPq. Em 1983 estabeleceu convênio de parceria com a FURJ (Fundação Regional de Joinville), hoje Univille, para implantação do primeiro curso superior em Administração de Empresas em São Bento do Sul. A FETEP também auxiliou a ABNT na criação e padronização das normas técnicas para fabricação de móveis no Brasil. No final da década de 80, com a recessão econômica, o SENAI assume o gerenciamento da Escola e o Centro de Tecnologia do Mobiliário (CTM) e a FETEP inicia nova fase, cedendo área física para a instalação da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) e SOCIESC (Sociedade Educacional de Santa Catarina). Em 2005 é implantada a Incubadora Tecnológica, criando-se a ITFETEP, o braço tecnológico que apoia

a criação e desenvolvimento de empresas de base tecnológica, gerando empregos de alto valor agregado e impulsionando o desenvolvimento socioeconômico regional. A ITFETEP nasceu com a articulação das empresas por meio da ACISBS (Associação Empresarial de São Bento do Sul), apoio do poder público, através da Prefeitura de São Bento do Sul e Universidades (UDESC e UNIVILLE), caracterizando a tríplice hélice da inovação, impulsionando o projeto. Em 2012 a FETEP organiza o projeto do PCT (Parque Científico e Tecnológico) e o Grupo Gestor consolida a Governança, articulando ações no conceito de Parque Condomínio. A articulação coordenada foi premiada com a instalação do Centro Regional de Inovação e também a instalação do IFC (Instituto Federal Catarinense), viabilizando ainda mais a infraestrutura para a pesquisa e inovação no mesmo espaço. Estão previstos R$ 36 milhões em investimentos pelas entidades instaladas e instalação no Parque. O futuro é promissor, com ensino técnico e superior, pesquisa e novos empreendedores desenvolvendo a chamada 3 economia da inovação, caracterizando a cidade do conhecimento, habitat ideal para negócios inovadores. Com o envolvimento da comunidade do entorno, crescem as oportunidades de desenvolvimento econômico e integração social, viabilizando o desenvolvimento das cidades inteligentes, promotoras da qualidade de vida. A FETEP, está preparada para continuar apoiando o desenvolvimento e a ITFETEP atua com competência e excelência no estímulo aos novos negócios, sendo reconhecida como uma das 20 melhores Incubadoras do Brasil, segundo pesquisa mundial da UBI Index (Suécia). O capital intelectual e social que está sendo acumulado, fará a diferença na diversificação da matriz econômica, geração de emprego e renda nos próximos anos. Mantenhamos visão estratégica e inovação contínua. Boa leitura, Adelino Denk Presidente do Conselho Curador da FETEP

EXPEDIENTE: Revista FETEP 40 anos e ITFETEP 10 anos. Conselho Editorial: Adêise Barbosa, Ana Cláudia Rimizowski, Osvalmir Tschoeke, Adelino Denk. Projeto Editorial: Mariana Woj Conteúdo Inteligente (47) 3121-9361. Jornalista responsável: Mariana Woj (MTB 3580/SC). Consultoria e apoio: Adêise Barbosa, Jornalista (MTB 3133/SC). Produção Gráfica: Bianca Tontini (47)9927-1357. Revisão Ortográfica: Mariana Woj e Adêise Barbosa. Fotografia: Banco de imagens. Impressão: Tipotil Gráfica e Editora.Tiragem: 1.500 exemplares. Conselho Curador: Prefeitura de São Bento do Sul, Sociesc, Acisbs, Udesc, Senac, Univille, IFC, Senai, UNC, Sindusmobil. Contato:imprensa@fetep.org.br Site: www.itfetep.org.br Facebook: fb.com/itfetep.fetep Twitter: twitter.com/itfetep REVISTA FETEP


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Conselho Curador

Visão de Futuro Entrevista Osvalmir Tschoeke

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Opinião

Entrevista Marcos Von Bathen

Gestão 1992/1994 Entrevista Alvaro Weiss

Gestão 1977/1983 Entrevista Odenir Weiss

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Parque Tecnologico Entrevista Adelino Denk

Cultura da Inovação Entrevista José Antônio Franzoni

Gestão 1975/1976 Entrevista Osvaldo Zipperer

ÍNDICE


35 42 44 45 47 Incubadora Tecnológica

Inovação Tecnológica Entrevista Uwe Stortz

ACISBS Entrevista Osmar Mülhbauer

Inovação e Empreendedorismo Entrevista Fernando Tureck

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Lei da Inovação Entrevista Andréa Tamanine

História de Ouro

Entidades Parceiras

Acontece

Cases de Sucesso

Nova Era

ÍNDICE

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Gestão 1975/1976

A Idealização da FETEP As ideologias, os primeiros passos e a expansão do setor moveleiro após a criação da fundação Inauguração da FETEP

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Pref. Osvaldo Zipperer assinando o convênio com a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Santa Catarina para a criação da FETEP, ladea- do por Marcos Alberto Von Bahten.

Na época, em 1974, a região formada, pelos municípios de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre, contava com aproximadamente 150 fábricas de móveis e os empresários estavam preocupados com o futuro da madeira e os reflorestamentos intensivos. Além disso, preocupavam-se também com o risco de falta de matériaprima e as exigências ambientais que impediam a exploração de madeiras exóticas (imbuia, cerejeira, etc) e a exportação “in natura”, diminuindo a oferta, sem contar ainda a falta de mão de obra especializada para atuar nas empresas. Todos esses agravantes motivaram o prefeito Osvaldo

Zipperer a criar uma comissão que estudasse a viabilidade de ser organizada uma instituição que se dedicasse à pesquisa e à formação de mão de obra do setor moveleiro. “Participaram dessa comissão os senhores Pedro Machado Bitencourt, Álvaro Weiss, Laércio Knibs, Max Reuss Strenzel, Donaldo Ohde, Osmarina Batista Bethkowski, Alcides Rudnick, Wilfrido Weihemann e Valdir de Lemos”, recorda Osvaldo. Unidos, a comissão foi favorável pela criação de uma fundação e em 18 de dezembro do mesmo ano, o prefeito sancionou a Lei nº 149, que instituía a FETEP, com todas as suas funções.

Inauguração da FETEP

Inauguração da FETEP REVISTA FETEP


Gestão 1975/1976 PRINCIPAIS OBJETIVOS a) Promover estudos, pesquisas e projetos relacionados ao desenvolvimento tecnológico, econômico e social da região e do Estado, com prioridades para o setor ligado à madeira/móveis. b) Promover cursos de formação, treinamento e especialização de mão de obra. c) Desenvolver atividades ligadas ao aprimoramento e desenvolvimento das áreas administrativas e produtivas das empresas. d) Apoio a testes laboratoriais para certificação e análise de matériasprimas e produtos acabados do setor madeira/móveis. LEGALIDADE Antes de poder atuar, a FETEP precisou realizar algumas ações burocráticas. “Tivemos de adequar os seus estatutos, cujos traços iniciais foram dados pela colaboração do Prof. Osvaldo de La Justina, registrá-la e instituir a composição dos primeiros membros do seu conselho diretor, assim como eleger a sua diretoria”, comenta. O Estatuto foi redigido por Pedro Bittencourt, então chefe de gabinete do prefeito. Além disso, o prefeito Osvaldo

Homenagem Osvaldo Zipperer

Curiosidade: Pedro Machado de Bitencourt, na época chefe de gabinete na gestão de Osvaldo, foi quem apresentou a ideia de criar uma fundação e não apenas inaugurar uma faculdade como era a vontade inicial dos empresários da cidade. Após muitas reuniões, Pedro ficou responsável por pesquisar e desenvolver o projeto que pouco tempo depois foi apresentado na Câmara de Vereadores e futuramente veio a se concretizar através da FETEP.

sancionou uma lei pela qual a Prefeitura de São Bento do Sul dava uma subvenção na ordem de 1% de sua receita, transferida em 12 parcelas, para a manutenção da FETEP. Essa lei, além das atividades elencadas para serem executadas pela fundação, permitiu que fosse aprovado o projeto junto ao FINEP. “Era uma entidade privada, sem fins lucrativos, mantida pelas empresas associadas, contribuições de entidades públicas e privadas e pelas receitas de seus serviços prestados”, explica o prefeito da época. Ainda no seu governo, Osvaldo doou uma área de trezentos mil metros quadrados, que permitiu estabelecer um Projeto com a FINEP via BRDE e com aval do Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (BADESC) para construção de todas as unidades físicas, mobiliário, equipamentos do laboratório para ensaios físicos e químicos, bem como a compra das máquinas e ferramentas necessárias para a fábrica modelo. “Nessa fábrica foram realizadas as aulas práticas e o desenvolvimento de protótipos para as empresas exportadoras”, explica. O pinus passou a ser a madeira renovável ideal para fabricar móveis para exportação. “Trilhamos o caminho tão certo que a cidade se tornou a maior exportadora de móveis de pinus do Brasil”, relembra. FUTURO Quando questionado sobre esse movimento da FETEP para ITFETEP, Osvaldo sente orgulho e afirma que mais uma vez a cidade está no caminho certo. “É preciso que haja a adesão incondicional da sociedade a este projeto, vez que o futuro é hoje e não podemos mais esperar. São Bento do Sul e o Brasil precisam de visionários, de empreendedores de coragem e cidadãos comprometidos com um mundo cada vez mais global e competitivo”, finaliza. REVISTA FETEP

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Gestão 1977/1983

A nova

São Bento do Sul 8

dos anos 80 Cidade precisou se adequar a explosão demográfica garantindo infraestrutura para os novos moradores

A década de 80 foi marcante para o desenvolvimento de São Bento do Sul e para seus 16 mil moradores. Após o final do mandato do então prefeito Osvaldo Zipperer, um jovem político, na época com apenas 30 anos, teve como missão, durante seis anos, de colocar em prática e administrar as ideias iniciadas por seu antecessor. Então, em 1977, Odenir Osni Weiss, assumiu a Prefeitura e se deparou com uma grande onda de mudanças criada, principalmente, devido às ações produzidas pela FETEP. “Na época, o setor moveleiro começava a ver uma luz no fim do túnel e a cidade foi invadida por técnicos dispostos a encontrar soluções, trabalhadores atrás de emprego e especialização e empresários que buscavam oportunidade para exportar”, relembra Odenir. Com todo esse interesse por parte das pessoas, a cidade teve o maior crescimento demográfico do país e da história de São Bento do Sul, passando a ter uma população para mais de 30 mil habitantes. Preocupados com a explosão demográfica a administração municipal precisou agir rapidamente para que o crescimento não fugisse do REVISTA FETEP

controle e Odenir se destacou por ampla e decidida ação nos bairros. Foi dado atenção ao apelo da população periférica, incentivado a adaptação da cultura local, além de definida uma nova Lei de Zoneamento. “Neste período, diversas vilas foram criadas com infraestrutura urbana como luz, água e arruamento. Como a população tinha muita vontade, distribuímos diversas plantas de casas e um ia ajudando o outro com as construções”, explica o prefeito da época.


Gestão 1977/1983

ECONOMIA Até então, a economia de São Bento do Sul girava essencialmente em torno do setor moveleiro, porém, ainda durante o mandato ocupado por Odenir iniciou-se um projeto de incentivo para empresas pioneiras na cidade com o intuito de se diversificar a economia. Inaugurando assim, unidades como daTuper Tubos, para atender à demanda interna de matériaprima para os escapamentos, se tornando uma das maiores fabricantes de tubos de aço carbono com solda do país e também a Metalúrgica Denk, no início Artefatos de Metais, pelo fundador, Evaldo Denk. Odenir Weiss

Linha do Tempo Inauguração de novas empresas e expansão das que estavam instaladas marcaram os anos de 70 e 80 na cidade

1971

- A Biblioteca Municipal Luiz de Vasconcellos foi inaugurada. - A Tuper é fundada com um grupo de empreendedores, que visavam diversificar a economia regional, em escapamentos automotivos para o mercado de reposição. Sendo hoje líder nacional com 38% de participação neste segmento. - A Neumann é fundada, se especializando em móveis coloniais. Nos anos 90 exportando para mais de 30 países. Atua hoje, no setor de móveis planejados. 1971

1972

1972

- A Móveis James foi fundada em setembro por Adolfo Aroldo Pfutzenreuter. Em outubro, surge a Metalúrgica Denk, no início Artefatos de Metais, pelo fundador, Evaldo Denk.

1980/1985 - O Grupo Klimmek é ampliado com

novas empresas: Condorplás, Condor da Amazônia, Condor Juara e Transportes Condor. - A Oxford participa de sua primeira feira internacional em Berlim em 1980, chegando a mais de 9500 contêineres exportados naquele ano. - Fundada em 1985, a Móveis Katzer Ltda, especializada na fabricação de camas e beliches para exportação com produtos feitos de madeira renovável.

1976

- A Zipperer exporta seu primeiro container de móveis sendo pioneira na área. – Embarque do primeiro contêiner para o exterior da Indústria Cerâmica Oxford. 1976

1979

1979

1980

- O museu de São Bento do Sul passou a ser chamado Museu Histórico Municipal Dr. Felippe Maria Wolff, em homenagem ao médico que mandou construir a casa.

1981

1985

1981

- Surge a unidade Tuper Tubos, para atender à demanda interna de matériaprima para os escapamentos, se tornando uma das maiores fabricantes de tubos de aço carbono.

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Gestão 1992/1994

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Formação de Mão de Obra A divisão do conhecimento como ferramenta de desenvolvimento da indústria moveleira de São Bento do Sul

Á

lvaro Weiss atualmente é presidente do conselho de administração nas indústrias Artefama S/A e dedicou a vida à empresa. Conselheiro da Fundação de Educação de São Bento (Sociesc), participa do Centro de Indústrias de Santa Catarina (Ciesc) e foi presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul. Integrou o Conselho Consultivo do Setor Privado, órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Governo Federal. Foi presidente da ACISBS no período de 1992/94. Além disso, participou ativamente da fundação da FETEP, sendo presidente do conselho diretor na segunda gestão. “Lembro-me que naquela época, devido a crise nacional, várias eram as preocupações do setor mobiliário, tanto na questão de exportação, treinamentos das equipes, padronizações e desenvolvimento do produto” comenta o empresário. REVISTA FETEP


Gestão 1992/1994 Qualificação Segundo Álvaro, em 1975, São Bento do Sul encontrava-se no início da expansão das indústrias de móveis. Diariamente chegavam a cidade famílias vindas das mais diversas regiões em busca de emprego, novas indústrias surgiam e outras eram ampliadas. “A oferta de emprego obrigou as empresas a contratarem quem quisesse trabalhar, sem se preocupar com o devido treinamento e isso acarretou muitos problemas, como queda na qualidade dos produtos e acidentes de trabalho”, destaca. Com o intuito de melhorar essa questão a Fundação de Ensino, Tecnologia e Pesquisa optou por capacitar essa mão de obra e atender as necessidades imediatas das empresas através da implantação de cursos por meio do projeto de Capacitação de Recursos Humanos para o Desenvolvimento Industrial do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). “Para preencher essa lacuna primeiramente contratamos o professor, Antonio Dias Mafra e procuramos, por meio de uma parceria, criar dois cursos sendo um na parte técnica, denominada ‘Móveis e esquadrias’ e outro na parte gerencial, denominado ‘Comercialização e Mercadologia’”, aponta Álvaro. Em 1984 a FETEP firmou com a

Fundação Educacional da Região de Joinville (FURJ), uma parceria para a implantação de Ensino Superior na área de Administração. “Esse curso fora da sede da FURJ, em área física da FETEP, veio de encontro do sonho de quase 800 candidatos em potencial que, não tendo condições de deslocar-se até outros centros e, devido aos custos elevados, aguardavam ansiosos pela implantação do curso superior”, relembra. Álvaro acrescenta que depois disso, as instituições locais como FINEP, SEBRAE e a Universidade Federal começaram a se unir para entender o mercado externo. “Com o crescimento das exportações, houve um momento em que os empresários sentiram a necessidade de trazer para o setor mobiliário processos de acabamentos mais sofisticados (pintura) e elaborar as Normas Técnicas da Indústria moveleira, ditadas pela ABNT”.

Álvaro Weiss

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Balanço Positivo Todas essas ações de melhorias, tanto os serviços quanto as assessorias, contribuíram muito para o desenvolvimento do setor da região. “Todo o esforço resultou no aumento de produtividade com produtos de melhor qualidade, com indicativos substanciais de melhor desempenho econômico comprovado pelo aumento gradativo das exportações”, comemora.

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Entrevista

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Abrindo novas portas Marcos Alberto Von Bahten permaneceu junto da Fundação por 10 anos e escreveu diversos livros que resgatam a história No ano de 1976, Marcos Alberto Von Bahten foi incumbido pelo então prefeito Sr. Osvaldo Zipperer de implantar na cidade a Fundação de Ensino, Tecnologia e Pesquisa (FETEP) (recém-criada pela Lei Municipal nº 149, de 18 de dezembro de 1975) “Não tive dúvida, aceitei e pronto. Vi nesta nova missão a possibilidade de continuar fazendo aquilo que sempre foi para mim a razão de ser da minha vocação profissional, o trinômio: Ensino, Pesquisa e Extensão”, relembra Marcos.

Frota de caminhões com os primeiros contêineres para exportação do Consórcio de Exportação de Móveis de São Bento do Sul. A direita vemos o empresário Álvaro Weiss REVISTA FETEP

Empresários participantes do IV EMOV (Encontro de Moveleiros) em Curitiba

Marcos palestrado na IV EMOV em Curitiba. Ao seu lado os empresários Álvaro Weiss e Alcides Rudnick.


Entrevista Além das Fronteiras Após aceitar o cargo de diretor executivo, Marcos teve como meta encontrar parcerias para a implantação e consolidação da Fundação e atuar como relações públicas. Uma das suas primeiras ações foi agendar diversas visitas, entre elas na Feira de Berlim. “Nos anos 80, esta feira era promovida anualmente em benefício aos países em desenvolvimento, oferecendo uma série de vantagens para as empresas expositoras. Eu tive a oportunidade de representar algumas empresas da nossa região” narra. Outra viagem feita foi ao Centre Tecnique de Bois de Paris. “Fui com o intuito de conhecer este centro de pesquisa da madeira e procurar fazer uma parceria especialmente em relação ao recebimento de publicações técnicas”, explica. A outra visita foi à fábrica de Cristais Swarovski, na Áustria, consequência de uma visita que um dos seus diretores fez a São Bento do Sul, demonstrando interesse em implantar uma unidade fabril desta empresa na região. “O encontro na fábrica representou um case na administração do prefeito Odenir Osni Weiss, pelo esforço em dotar a cidade com mais uma empresa para geração de emprego e renda”, frisa. E a terceira visita foi a empresa Wehkamp, na Holanda. Na época a Wehkamp estava em processo para importar móveis de São Bento do Sul. “Esta viagem foi muito importante, permitindo-nos no retorno ao Brasil ajudar a abrir as portas para esta empresa importadora”. Além disso, houve viagens significativas para Rondônia, buscando parceria com madeireiras e também para o Centro de Pesquisa de Madeira de Manaus.

Centre Tecknique de Bois Segundo o diretor, a realização do intercâmbio com o Centre Tecknique de Bois foi o primeiro grande passo da FETEP, pelos benefícios trazidos para o setor madeira/móveis. Na volta da viagem do Japão, feita a convite da Japan External Trade Organization (Jetro), coube ao Marcos relatar os fatos mais importantes observados, assim como o interesse que os empresários japoneses tinham em relação ao Brasil, Argentina e México. “Como tivemos a oportunidade de conhecer várias unidades fabris moveleiras, verificamos a preocupação dos seus dirigentes com o uso racional da madeira e design adaptados aos usos e costumes japoneses. Dado o costume de sentarem no chão, especificamente nas suas casas onde mantêm suas tradições, as dimensões do mobiliário são diferentes dos usados no mundo ocidental’’, relembra. Na época o interesse dos japoneses na indústria moveleira era encontrar parceiros para suprir o mercado local, já que eles tinham que importar grande parte da madeira para fazer móveis. Porém essa vontade não veio a se concretizar em São Bento do Sul. “Em contato mantido com os representantes da Jetro está opção se tornou inviável devido ao elevado valor do frete”, relata Marcos.

Participação na Feira de Berlim. Na imagem o representante do Paraná, o cônsul brasileiro de Berlim e Marcos Alberto von Bahten.

Avanços para a região Na visão de Marcos, o sucesso da FETEP na década de 1980 foi comprovado, pelos levantamentos realizados na área de exportação de móveis, colocando esta região como responsável por mais de 50% da exportação deste produto a nível nacional. “Tudo isso se deu a duas forças que se somaram. A primeira foi da diretoria executiva que com vasto conhecimento e grande experiência adquirida junto 13 as empresas do setor, definiu uma estratégia de ações. A segunda força foi formada pelas empresas de São Bento do Sul, entidades de classe, órgãos federais, estaduais, que constituíram o Conselho Diretor e um elenco de membros da mais elevada estirpe, liderados pelo primeiro presidente o empresário Sr. Ingomar Rudnick”, comenta.

Marcos palestrando sobre a indústria do mobiliário brasileiro, no encontro REVISTA FETEP em Tóquio (Japão)


Opinião

O município catarinense que é berço de gestores inovadores, concentra grandes indústrias e marcas icônicas no cenário nacional: isso é São Bento do Sul. Um lugar especial, repleto de atributos e que já provou ser potência com a ajuda e ideias da FETEP e ITFETEP:

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“Nestes 40 anos a FETEP sempre ofereceu suporte a empreendedores para que eles possam desenvolver ideias inovadoras e transformá-las em empreendimentos de sucesso. A FETEP e Incubadora Tecnológica atuam como promotores da cultura da inovação, da competitividade e da capacitação empresarial. Fundamentados na transferência de conhecimento e tecnologia, este ambiente provoca o incremento da produção de riqueza de nossa região”, Irineu Weihermann Oxford Porcelanas

“O setor moveleiro do polo de São Bento do Sul alcançou avanços significativos com a atuação da FETEP. A instituição teve participação decisiva no desenvolvimento de tecnologias direcionadas à utilização da madeira renovável, na pesquisa e na formação técnica de profissionais. A especialização e a experiência que as empresas adquiriram ao longo de mais de 100 anos de trabalho com a madeira, tornou-se mais fortalecida e profissional com a atuação contínua e eficiente da FETEP”, Fernando Gassner Móveis Rudnick

“Desenvolver, incentivar e facilitar a capacidade de empreender está no DNA da FETEP e da Incubadora Tecnológica. Sua linha de atuação, sempre voltada à pesquisa e à qualificação técnica, tem contribuído de forma significativa com a evolução da indústria da região. Toda sociedade em desenvolvimento social e econômica precisa de negócios e produtos inovadores. São Bento do Sul é privilegiada por contar com uma estrutura que apoia e fomenta a inovação e o desenvolvimento”, Alexandre Wiggers - Condor S/A REVISTA FETEP

“A FETEP cumpriu um papel importante para o município e região. Entretanto o ciclo se esgotou, mas houve uma reversão a partir do momento que a ACISBS/FETEP com a Prefeitura criaram a Incubadora. Num momento mais a frente, a ACISBS decidiu apoiar e alavancar de maneira definitiva à incubadora via administração da FETEP estando agora neste estágio de franco desenvolvimento. Na época, o CODESBS participou ativamente neste processo. O que está acontecendo é irreversível. Estamos indo na direção de empreendorismo de base tecnológica e inovação, de termos uma boa densidade de instituições de pesquisa e ensino como consequência direta de termos uma enorme elevação de renda de pessoas físicas, empresas e do aumento do valor adicionado do município tendo a FETEP como figura central de todo este processo”, Evandro Müller de Castro - Buddemeyer S/A



Inovação e Empreendedorismo

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Cidade Inovadora e Inteligente São Bento do Sul: referência na área educacional e tecnológica

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Inovação e Empreendedorismo

São Bento do Sul é polo econômico da Micro Região do Alto Vale do Rio Negro, a terceira cidade mais populosa da região norte-nordeste catarinense e para a qual se prevê crescimento acima da média nacional nos próximos 15 anos. Além disso, a cidade desponta como interessante objeto de análise diante do acompanhamento de seu processo de implantação do Parque Científico e Tecnológico e do planejamento das

Prefeito Fernando Tureck

estratégias de disseminação da cultura do empreendedorismo inovador. “Ao criar e estimular um ambiente propício à inovação, acreditamos que são oferecidas oportunidades superiores de emprego e renda, criando assim atratividade para o capital humano e gerando desenvolvimento”, destaca o prefeito Fernando Tureck. Fernando aponta também que as ações para São Bento do Sul ser considerada definitivamente uma cidade inovadora estão longe de

serem concluídas. “A inovação é um processo dinâmico e assim se configura seu desenvolvimento. Sabemos das nossas limitações e de que as parcerias, estudos e ações precisam ser intensificados, porém estamos no caminho”. Segundo o prefeito, almeja-se que o Parque Científico e Tecnológico contribua muito para este avanço. “Os frutos desse processo podem não ser colhidos pelas próximas gerações de empreendedores, no entanto, tem-se a certeza de que sua continuidade será relevante para a conquista da cidade inovadora que tanto se deseja”, frisa o governante. Desenvolvimento regional Todo o esforço e cada passo são tomados com muita resposabilidade e levando em 17 conta a região em si. Desde o início dos trabalhos, com a implantação da Incubadora, além da cidade de São Bento ser beneficiada, governo, empresas e universidades, tomaram o cuidado de juntos, oferecerem novas oportunidades para que ações pró-empreendedorismo se estendessem também para as cidades de Rio Negrinho, Mafra e Campo Alegre. Portanto, em consonância com a política nacional envolvendo a inovação, em São Bento do Sul a política municipal também se organizou no esforço conjunto entre universidades, governo e empresas. “Temos a segunda incubadora mais estratégica em termos de gestão no Estado. E desta forma, já começamos a ver excelentes resultados em projetos de inovação”, comenta o prefeito. REVISTA FETEP


ACISBS

Em busca do desenvolvimento da região

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Acisbs foi determinante para estruturação e criação da FETEP sendo também de suma importância para os bons resultados da ITFETEP A Associação Empresarial de São Bento do Sul (ACISBS) está entre as cinco maiores e mais importantes entidades de classe de Santa Catarina. Fundada em 1957, sempre teve como objetivo ser uma entidade que representasse todos os segmentos econômicos e promovesse o desenvolvimento local. Motivada por uma história de sucesso, a associação trabalha fortemente para melhorar a eficiência da REVISTA FETEP

gestão empresarial, garantir melhor infraestrutura, competitividade e criar novas oportunidades. “Em todos esses anos de história, a entidade ajudou a colocar São Bento do Sul em destaque como um dos mais reconhecidos redutos moveleiros e metalmecânico do Brasil. Além disso, participou efetivamente da vinda de universidades e escolas técnicas como Universidade da Região de Joinville (Univille), Sociedade Educacional de São Bento do Sul (Sociesc) e Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Também teve decisiva contribuição na instalação da Casa do Empreendedor e na formação da FETEP e ITFETEP ”, explica o atual presidente Osmar Mühlbauer. A atuação mais recente da entidade foi à iniciativa de criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico de São Bento do Sul (Codesbs) que agrega as classes empresariais, trabalhadora, universidades e clubes de serviço a favor do desenvolvimento da economia local como atividade econômica sustentável.


ACISBS

L

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Suporte pela evolução A manutenção das empresas já existentes e o incentivo para o surgimento de novas é vital para o desenvolvimento e crescimento de qualquer cidade, pois proporciona a geração de emprego, oportunidades de renda, diversificação da economia local e regional, além da melhoria geral nos níveis de qualidade de vida da população. Porém, para que isso ocorra, a cidade buscou o crescimento econômico e social de forma planejada e ordenada, respeitando-se as vocações econômicas, locais e regionais. Com essa visão voltada para o desenvolvimento, a ACISBS optou por apostar na criação da FETEP e, posteriormente, na ITFETEP agindo sempre de forma conjunta com a Prefeitura e Universidades. “A Prefeitura reduziu impostos, as universidades oferecem conhecimento e a associação dá todo o suporte administrativo e financeiro, tentando assim reduzir os custos da FETEP e agora ITFETEP ”, ressalta o presidente.

Incentivo ao crescimento regional Assim, pelo desejo de proporcionar desenvolvimento socioeconômico de forma conjunta, planejada e articulada, criou-se mecanismos e políticas regionais de apoio empresarial de maneira que se pudesse incentivar o crescimento de toda a região. Em maio de 2005, durante reunião da diretoria da entidade foi apresentado o primeiro modelo da Incubadora Tecnológica de São Bento e após meses de debate e aprimoramento, a incubadora foi ativada em setembro de 2006, no Centro de Gestão Empresarial, recebendo, então a primeira empresa incubada residente: a Plano Design. “A FETEP nasceu com o propósito no atendimento ao setor moveleiro e já na Incubadora, hoje o crescimento é totalmente notório. Se fala 19 muito em imediatismo, porém se não fosse feito um trabalho com planejamento, insistência e cuidado, não teríamos toda essa estrutura e conquistas ao longo destes anos”, salienta.

Pro labores maiorum ex, quaeque habemus omittantur duo ei. Dolorum

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Inovação e tecnologia

Primeiros passos para

O FUTURO 20

Mais uma vez, em meio à crise, São Bento do Sul encontrou soluções para se reinventar Durante os anos de 2004 a 2009, devido principalmente a desvalorização cambial a cidade de São Bento do Sul, até então responsável por 37% das exportações de móveis brasileiros, se viu diante de uma verdadeira encruzilhada. O setor que correspondia na época a 41% da atividade econômica do município foi fortemente abalado e os números negativos começaram a assustar. Em 2006 as exportações do município caíram 22,6% na comparação com 2005. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) de São Bento do Sul diminuiu 7% e, em 2007, as exportações diminuíram mais 6,9%. Além disso, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o número de habitantes também decresceu. Pelas estatísticas, 4321 pessoas deixaram a cidade, após as sete mil demissões. REVISTA FETEP


Inovação e tecnologia

Codesbs Diante de uma realidade nada animadora, a indústria moveleira da região buscou estratégias para se reerguer. Ao mesmo tempo, poder público e empresários passaram a desenvolver diversas ações que pudessem mudar a história. “O primeiro passo foi à criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico de São Bento do Sul (Codesbs). O Codesbs tinha como proposta inicial congregar as classes empresarias, trabalhadora, universidades e clubes de serviços a favor do desenvolvimento da economia local como atividade econômica sustentável”, explica Uwe Stortz, que atualmente faz parte do conselho deliberativo da ACISBS, é vice-presidente da FACISC e diretor executivo da SCRCRED, mas que na época ocupava o cargo de secretário de desenvolvimento econômico de São Bento. Arranjo Produtor Local Enquanto isso, outra frente ficou responsável pela estruturação de um Arranjo Produtor Local (APL) das fábricas da região. “Por meio da estratégia, 62 empresas do Alto Vale do Rio Negro criaram uma central de comercialização para negociar preços de venda de seus produtos e de compra com os seus fornecedores. Agindo em grupo, com demandas e ofertas de grande escala, buscou-se por contratos melhores”, relembra Uwe.

Diversificação da Economia Buscando fugir do erro de apostar todas as fichas em um único setor e aumentar a segurança dos negócios, a cidade passou, a partir de então, a promover a diversificação da economia, incentivando a entrada de novas empresas e apostando no crescimento da área têxtil, plástica, metalmecânica e cerâmica. Além disso, na mesma época propôs a criação de uma Incubadora Tecnológica. “A incubadora sempre teve como proposta disseminar conhecimento e oportunizar o crescimento seja das empresas como da cidade, que passa a desenvolver a sua tecnologia, no lugar de comprar de outros lugares”, esclarece Uwe. Cooperativa de Crédito Com as fábricas da região desacreditadas perante o cenário econômico da época, a possibilidade de conseguir empréstimos de grandes instituições financeiras se tornou muito remota e a solução encontrada pela cidade foi com a criação de uma cooperativa de crédito que além de disponibilizar capital praticava ainda preços 50% abaixo do mercado. “Com o intuito de ajudar esses empresários resolvemos criar a SCRCRED, a partir de então a economia que gira aqui permanece na cidade, fortalecendo as nossas marcas”, destaca o diretor executivo. A cooperativa que começou com 47 sócios deu tão certo que em 2015, conta com mais de 10 mil associados e já possui agências espalhadas nas cidades de São Bento do Sul, Rio Negrinho, Campo Alegre e Corupá.

Retorno ao mercado interno Em 2007, o setor moveleiro iniciou a retomada do mercado interno e lançou o selo Biomóvel para tentar diferenciar e agregar valor aos móveis produzidos no polo. Já em 2009, resultados melhores começaram a aparecer. A projeção de faturamento do setor alcançou R$ 815,5 milhões, 21% superior ao resultado do ano anterior. As vendas específicas para o mercado interno cresceram 98% e passaram a representar 58% do faturamento. “A consolidação 21 do retorno ao mercado brasileiro aconteceu em 2011, com a realização da reedição da Feira Móvel Brasil”, destaca o diretor. A projeção de faturamento do setor alcançou R$ 844 milhões em 2011 e o volume representou aumento de 3,5% em relação a 2010. A expansão no mercado interno, em 2011, teve crescimento de 56%, quando 71% da produção foi para o varejo brasileiro. Presente e Futuro Após todas estas ações, as cidades de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre continuam formando um dos maiores e mais importantes complexos moveleiros mundiais e trabalham fortemente para diversificar sua economia que agora começa a se destacar também na produção de tecnologia. REVISTA FETEP


Incubadora Tecnológica

ITFETEP Transformando ideias em sucesso 22

Assinatura do terreno da ITFETEP

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A

ITFETEP iniciou suas atividades em 2005 no Centro de Gestão Empresarial e hoje tem sua sede própria com 686m² no bairro Centenário. “A criação da incubadora diferencia-se por estar pautada em estudo de base científica, apoiar ações e tecnologias limpas, ter conselho gestor rotativo a cada dois anos, com membros de universidades, poder público e setor privado e ser implantada no menor prazo conhecido, de um ano, período no qual foram incubadas três empresas”, aponta o professor Carlos Roberto Werlich. Atualmente a ITFETEP apoia 31 empresas nas modalidades: residente, empresa transferida, graduada e não residente. Além de dois projetos pré-incubados. Seu objetivo é aguçar o espírito empreendedor da região, incentivar novas áreas de negócios com agregação de tecnologia, diminuir o índice de mortalidade das empresas nascentes, melhorar a produtividade das empresas já estabelecidas, captar recursos para empresas nascentes, através da participação de editais ou outras formas de financiamento e, por último incentivar a inovação tecnológica.


Incubadora Tecnológica Serviços As empresas selecionadas através dos editais e que venham a ser incubadas recebem apoio tecnológico, físico e administrativo da ITFETEP por um período de dois anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Além disso, o presidente do Conselho Deliberativo da ITFETEP, Alex Luiz Mariano, destaca que as empresas não pagam as despesas pelo primeiro ano de incubação e recebem orientação em diversas áreas, como planejamento, gestão de projetos e de pessoas, finanças, marketing e vendas. Entre os outros benefícios oferecidos, estão o uso de laboratórios nas entidades parceiras da Incubadora, acesso facilitado a informações tecnológicas e de inovações empresariais e auxílio na divulgação de produtos e serviços das empresas incubadas através de entidades parceiras. Modalidades:

Áreas apoiadas São apoiadas propostas de pessoas físicas, empresas nascentes ou pessoas jurídicas já estabelecidas com projetos de criação de empresas ou desenvolvimento de produtos e serviços inovadores e que atendam as demandas regionais de produtos e serviços principalmente nas áreas de: - Tecnologia de Informação e Comunicação; - Eletroeletrônica; - Automação e Mecânica; - Fabricação de máquinas e equipamentos; - Novas formas de mídias e Design de produtos e gráficos; - Tecnologias em novas fontes de energia; - Tecnologias ambientais; - Tecnologia em madeira e móveis; - Assessoria em Gestão Empresarial. As empresas recebem uma sala com 25m², equipada com computador, mobiliário, acesso a internet, ramal telefônico e energia elétrica. Além disso, espaço para recepção, duas salas para reuniões, dois auditórios, três salas de treinamento, banheiros e estacionamento.

Empresa não residente É toda empresa que utiliza a infraestrutura e os serviços oferecidos pela Incubadora, sem ocupar espaço físico, mas, mantendo um vínculo formal. Pode ser empresa recémcriada ou já existente no mercado, que tenha passado ou não pelo Residentes processo de incubação. São os projetos de empresas que já tem o produto e o mercado alvo Empresa Graduada prontos e estudados, necessitando Aquela empresa que passa pelo de apoio para abertura da empresa processo de incubação e que alcança e para a sustentabilidade do negócio desenvolvimento suficiente para sair em seus meses iniciais. da incubadora e atuar no mercado de forma independente. Qualificação Desde 2013, a Itfetep está Pré-Incubados qualificada pela plataforma do São os projetos de produtos que Centro de Referência para Apoio a ainda necessitam de apoio e espaço Novos Empreendimentos (Cerne), para desenvolvimento e testes, desenvolvida pela Associação necessitando de estudos de mercado Nacional das Entidades Promotoras para posterior lançamento e abertura de Empreendimentos Inovadores de empresa. (Anprotec) em parceria com o Sebrae.

A plataforma busca promover a melhoria expressiva nos resultados das incubadoras de diferentes setores de atuação por meio de boas práticas em diversos processos-chave, associados a níveis de maturidade. Assim, amplia-se a capacidade em gerar empreendimentos inovadores bem sucedidos.

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Cultura da Inovação Dia da inauguração da Incubadora Tecnológica.

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Estratégias de sucesso da Incubadora de São Bento do Sul Anos iniciais da Incubadora foram determinantes para estruturação e organização dos trabalhos que seguem até hoje aperfeiçoando o modelo implantado

Cada vez mais Santa Catarina vem se destacando no processo de incubação de empresas. A primeira incubadora do Brasil, o Celta, fundada em 1986, está localizada em Florianópolis, assim como a eleita duas vezes a melhor do País, o Midi Tecnológico. Já em São Bento do Sul, segundo a instituição sueca UBI Index, encontra-se uma das 300 melhores incubadoras associadas a universidades do mundo e uma das 20 melhores do Brasil, a ITFETEP. A Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) aponta que atualmente existem mais de 150 pequenos e médios empreendimentos de alto nível de inovação no mercado catarinense proveniente de incubadora que geram um faturamento superior a R$ 4 bilhões. E, a cada ano, o número de incubadas no Estado cresce entre 20% e 30%, sendo que 88% destas empresas conseguem dar continuidade após o período de acompanhamento. Segundo José Antônio Franzoni, que assumiu a presidência do Conselho Curador da ITFETEP em seus anos iniciais, o sucesso vem do modelo de acompanhamento, que aponta um caminho mais seguro para as empresas em todas as áreas e acelera o crescimento.

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Cultura da Inovação

“Através da Incubadora daqui a 20 anos teremos uma região muito mais desenvolvida e com diversos segmentos de empresas”, aponta Frazoni

Assinatura Cerne-Sebrae.

Uma década Completando 10 anos em 2015, a ITFETEP tem suas particularidades. Diferente das demais incubadoras que tem ligação com universidades e sobrevivem, principalmente, com recursos do poder público, Franzoni explica que a de São Bento do Sul, se diferencia exatamente por isso. “Sempre apostamos na visão empresarial e por isso acreditamos que a ITFETEP precisava ter condições de se manter sozinha. Mesmo que ainda isso não seja 100% possível, a ideia é que logo ela possa crescer e ter uma renda.”

Incentivos Além disso, os primeiros anos precisaram ser pensados com cuidado. “No início foi necessário criar uma rotina de reuniões, despertar interesse nas empresas e auxiliá-las com o plano de negócio, instigar financeiramente os jovens a investirem e pensar 25 em uma estrutura própria para a Incubadora”, relembra. Até então a ITFETEP dividia espaço com a ACISBS e em 2008, com a ajuda financeira do município e Estado passou a construir um galpão para abrigar as 16 empresas iniciais e atualmente as 31 que estão sob o acompanhamento da incubadora. “Passamos assim, a diversificar a mentalidade industrial e apostamos que se uma empresa é apoiada em um estágio inicial, a chance de sucesso é maior, por receber orientações de gestão e acompanhamento tecnológico. Além disso, ela tem a possibilidade de concorrer a editais de órgãos de fomento”, destaca Franzoni.

José Antônio Franzoni REVISTA FETEP


Parque Tecnológico

Parque Científico e tecnológico Espaço integrará empresas, poder público, diversas organizações educacionais e contará com a participação da comunidade Desde o ano passado a ITFETEP iniciou o processo de concretização do Parque Científico e Tecnológico. O espaço funcionará em um local de 300 mil m², onde já estão instaladas a própria incubadora, Udesc, Senai, Sociedade Educacional de São Bento de Sul (Sociesbs), Instituto Federal Catarinense (IFC) e Escola Técnica Tupy (Unisociesc). Sendo também o endereço do Centro de Inovação, assim que terminada sua construção. Com término programado para 2016, o presidente do Conselho Curador, Adelino Denk, defende sua expectativa de que o município será referência em inovação na região e para todo o estado, consolidando definitivamente o parque tecnológico em parceria com o poder público, empresários, universidades e entidades de ensino. Depois de inaugurado, estima-se que um público de quatro mil pessoas circulará diariamente pelo espaço, que será administrado pela FETEP. Segundo Adelino, a fundação está preparada para assumir a responsabilidade. “Temos estrutura e o planejamento estratégico está organizado para o desenvolvimento das ações com o apoio das entidades”.

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Parque Tecnológico

Consolidação Em 2013, os regimentos da FETEP e da ITFETEP foram aprovados e o estatuto da fundação foi revisado para se adequar à Lei Federal nº 8.958/1994 dando assim mais autonomia para FETEP. “Os regimentos são uma conquista importante, pois facilitarão a continuidade da fundação e da incubadora para as próximas gestões”, comenta Adelino. Com essa consolidação institucional a FETEP se prontificou a desenvolver a governança do parque tecnológico para tornálo referência no estado e no pais. “Isso é resultado da visão do prefeito Osvaldo Zipperer, que criou a fundação há 40 anos por se preocupar com o futuro de São Bento do Sul. Hoje o Parque Tecnológico está se consolidando juridicamente, mas o inicio foi lá”, lembra o presidente.

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Centro de Inovação Selecionado para ser uma das 13 unidades do Programa Catarinense de Inovação (PCI), o centro recebeu recursos estaduais, através do Ministério de Ciência e Tecnologia, no valor de R$ 5.264.281,13 para erguer um edifício de 2,2 mil metros quadrados. “Precisamos de novas empresas e novas tecnologias, para conseguirmos grandes saltos de desenvolvimento na economia do Estado”, aponta o então secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Paulo Bornhausen. Sua infraestrutura contará com um espaço para 15 empresas incubadas, sala de reuniões, restaurante e cafeteria aberta ao público, agência bancária, auditório com capacidade para 150 pessoas, centro de inclusão digital, laboratórios de desenvolvimento de produto e espaços para coworking e para realização de eventos.

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Visão de Futuro

Abrindo possibilidades Com previsão de entrega em 2016, Centro de Inovação de São Bento do Sul abrigará em um único local incubadora de tecnologia, laboratórios de pesquisa, treinamentos e educação profissionalizante

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Além de ser reconhecida como uma das 300 melhores incubadoras associadas a universidades do mundo, a Incubadora Tecnológica de São Bento do Sul também vem mudando o perfil econômico do planalto norte e transformando jovens em empresários. Em conversa, Osvalmir Tschoeke, administrador com especialização em Gestão de Habitats de Inovação, explicou o que é um Centro de Inovação, como o projeto funciona e o que representa uma obra destas para a região.

Quantos Centros de Inovação existem no Brasil? Osvalmir Tschoeke: Existem várias formas de se caracterizar um ambiente como sendo um centro de inovação ou habitat de inovação. Se considerarmos, e podemos considerar, uma incubadora de empresas como sendo um centro de inovação empresarial, temos cerca de 450 empreendimentos, se considerarmos um Parque Tecnológico como um centro de inovação, temos atualmente cerca de 100 empreendimentos desta natureza no Brasil, em três estágios distintos, que são parques consolidados, em inicio de operação e em implantação. Se considerarmos as universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento públicos e privados, teremos um número muito considerável de ambientes que podem ser considerados Centros de Inovação. Temos também políticas estaduais e regionais de apoio ao desenvolvimento da inovação e da tecnologia, neste caso Santa Catarina é um Estado que está bem a frente dos outros estados, pois implantou um grande programa de desenvolvimento chamado Santa Catarina o Estado Máximo da Inovação. Dentro deste programa o Estado identificou quais são as cidades com maior potencial e estrutura de alavancar a inovação nas diversas regiões. Foram selecionados 13 municípios sendo eles, São Bento do Sul, Joinville, Jaraguá, Blumenau, Itajaí, Florianópolis, Tubarão, Criciúma, Rio do Sul, Brusque, Lages, Chapecó e Joaçaba. Nestas cidades estão sendo criadas estrutura de apoio ao desenvolvimento, inovação empresarial e social, denominados de Centros Regionais de Inovação, com a construção de edifícios que funcionarão como hubs regionais de inovação. Os locais de construção dos prédios nos municípios priorizou a proximidade com universidades e centros de pesquisa, visando criar um ambiente favorável à inovação e geração de negócios, resultando em geração de emprego e renda e consequente desenvolvimento social regional. Quanto será investido para construção do de São Bento do Sul? Osvalmir Tschoeke: Na construção do prédio R$ 5.200.000,00 e no mobiliário e estrutura cerca de R$ 4.500.000,00

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Visão de Futuro

Quais as características da obra? Tamanho, número de salas, serviços? Osvalmir Tschoeke: A obra tem 2.400m², que terá um auditório, salas administrativas, salas de reuniões e capacitações, laboratório de TIC, restaurante e cafeteria, salas para incubação de empresas, espaços para exposições e eventos. Está se negociando a instalação de uma agência de atendimento bancário no local e espaço de coworking. Para quando está prevista a inauguração e o inicio das atividades? Osvalmir Tschoeke: O obra é pública e a inauguração oficial ainda não foi definida, porém temos uma previsão de começarmos a utilizar o prédio em 2016. O que representa para São Bento ter uma das 13 sedes em sua cidade? Osvalmir Tschoeke: Primeiramente é muito bom sabermos que estamos entre as cidades que apresentam maior potencial de desenvolvimento e inovação no Estado de Santa Catarina. Representa também que a união da tríplice hélice: universidades, governo e empresas está funcionando muito bem em nosso município e que estamos no caminho certo com nossos planos e objetivos. Também representa que somos um município muito atrativo para investimentos o que poderá nos trazer uma grande vantagem competitiva em relação a outros municípios macro regionais. Somos uma cidade que tem alto valor agregado em conhecimento tecnológico nas áreas de produção e serviços, podendo criar e comercializar muitas formas de tecnologia inovadoras, temos condições de gerar mais conhecimento e de desenvolver muitas inovações empresariais e sociais. O que representa um Centro de Inovação para os alunos que se formam na região? Osvalmir Tschoeke: A possibilidade de poderem ter acesso a novas tecnologias e maneiras de se fazer negócios, acesso a empresas de tecnologia, conhecimento e intercâmbio direto com outras regiões do estado, do Brasil e globalmente através de nossas parcerias e convênios. Possibilidade de empreender em algum projeto empresarial ou social, possibilidade de emprego de alto valor agregado, com salários acima das médias regionais, capacitação, network, entre outras coisas.

Em pesquisa recente a incubadora tecnológica de São Bento ficou entre as 300 melhores do mundo. A que se deve este bom resultado? Osvalmir Tschoeke: Principalmente ao modelo de governança e gestão implantado, onde todos os elementos da tríplice hélice da inovação interagem, planejam e tomam decisões de forma conjunta. Aos investimentos realizados principalmente pelo poder público 29 municipal que mantém a estrutura física e administrativa da ITFETEP e FETEP. Outro fator primordial é a continuidade aos projetos e planos e pela baixa rotatividade da equipe de gestão operacional. Após a finalização das construções do Parque, quais são as próximas etapas para que possam continuar evoluindo? Osvalmir Tschoeke: Atração de empresas de alta tecnologia e padrão mundial para se instalarem no ambiente do parque. Internacionalização dos negócios das empresas incubadas e apoiadas pela incubadora tecnológica. Desenvolvimento da cultura do empreendedorismo social em nível regional. Desenvolvimento socioeconômico regional. Desenvolvimento de cultura e políticas de Smart Cities em São Bento do Sul. REVISTA FETEP


Conselho Curador

Conselho

CURADOR

A trajetória da FETEP e ITFETEP só é o que é hoje graças à união de diversas mãos e entidades que acreditaram na ideia de que a região de São Bento do Sul poderia passar a ser reconhecida como um berço de inovação “Sabemos hoje que a geração de conhecimento cientifico e tecnológico com sua aplicação através da inovação, é uma das principais forças motrizes da sociedade que impulsiona o desenvolvimento econômico dos países, por isso diferentes governos estão empenhados em que as empresas sejam mais inovadoras, com isso tornando-se 30 mais competitivas, contribuindo para o bem-estar social, para o desenvolvimento econômico e a criação de postos de trabalho. A inovação não era um tema na ordem do dia e durante anos a preocupação foi mais centrada nos estudos e funcionamento dos mercados e nos processos de acumulação de capital. Presentemente se acredita que é fundamental estudar como se desenvolvem os processos de inovação, e onde ocorrem, tanto dentro das empresas como nas indústrias e nos países. Como economista, destaco que nos anos cinquenta a inovação assume o seu papel como motor de desenvolvimento econômico e social, onde destacamos Keynes e Schumpeter considerando o último como o primeiro economista que destaca a complexidade do processo de inovação o que para ele a inovação não consiste só no desenvolvimento de novos produtos ou na introdução de alterações nos processos REVISTA FETEP

existentes, mas em novas formas de organização, novos mercados e novas fontes de matérias-primas. A criação da Incubadora e consequentemente a reativação da FETEP que se encontrava em stand by, se assim podemos dizer, se deu em janeiro de 2005, quando como secretário de desenvolvimento econômico de São Bento do Sul, estávamos elaborando o planejamento estratégico onde se previa a implementação de mecanismos para modificar a situação econômica do município e diversificar o perfil econômico da cidade afetada por uma crise cambial. Tendo assim como pontapé inicial o desafio na implantação de uma incubadora a qual já tínhamos um esboço de como funcionaria e que veio tomar corpo com mais um trabalho de dissertação de mestrado da UDESC e da Univille com o compartilhamento de esforços com a ACISBS juntamente com várias entidades participantes para se tornar uma governança compartilhada do parque tecnológico e no fortalecimento da FETEP. Com isso São Bento do Sul e a região tornou-se um polo de excelência em inovação e tecnologia.” Roberto Corrêa da Silva - Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo - Prefeitura de São Bento do Sul.


Conselho Curador ‘‘Em um mundo onde a mudança é constante, é muito importante impulsionar a inovação. Estudos comprovam que as empresas que lançam produtos com características inexistentes no mercado conseguem preços até 30% maiores do que os de concorrentes que trabalham com produtos tradicionais. Constatase também que essas instituições pagam salários cerca de 50% maiores a seus funcionários, em relação aos que operam em condições semelhantes, mas que não são inovadoras. A inovação expressa em novos produtos, processos e patentes, têm relação direta com o desenvolvimento econômico, social e ambiental, a geração de emprego e renda e o aumento da competitividade. A vinda do Instituto Federal Catarinense para São Bento do Sul se insere na Fase III do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e teve início com os planejamentos realizados pela ACISBS e Prefeitura Municipal, objetivando a ampliação do Parque Científico e Tecnológico do município. No dia 02 de dezembro de 2011, aconteceu a assinatura oficial da escritura repassando um terreno de 42.547,18 m2 da FETEP, localizado no bairro Centenário, para a implantação do Instituto Federal Catarinense. Durante a execução das obras, para atender as atividades administrativas e ser ponto de apoio, foram cedidas através de convênio de cooperação duas salas com 25 m2 nas instalações da ITFETEP no bairro Centenário, para a equipe de implantação do IFC. No decorrer do ano de 2014, a equipe de implantação participou da comissão organizadora do ENIT 2014 promovido pela ITFETEP, apoiando a realização da feira com as empresas incubadas e colaborando com duas palestras para o evento: “Competitividade,

mudança e inovação”, com Prof. Dr. Alexandre Moraes Ramos, do Departamento de Ciências da Administração da Universidade Federal de Santa Catarina e representantes do Núcleo de Inovação Tecnológica do IFC e “Como as empresas devem se preparar para vender aos órgãos públicos”, com o Sr. Thiego Rippel Pinheiro, Superintendente de Compras e Licitações da Universidade Federal da Fronteira Sul. O IFC participa no Conselho Curador da FETEP, da ITFETEP e nas reuniões de discussão sobre o processo de implantação do Parque científico e tecnológico, de forma a contribuir no desenvolvimento da cidade de São Bento do Sul como um polo de inovação regional. Além de formar mão de obra qualificada para exercer as diversas profissões no mercado de trabalho, tanto na área técnica quanto gerencial, o IFC pretende contribuir produzindo pesquisas aplicadas e extensões tecnológicas para o surgimento de novos produtos e processos em articulação com o arranjo produtivo local. Recentemente, de acordo com a Portaria nº 58 de 21 de novembro de 2014, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), do Ministério da Educação, os Institutos Federais foram autorizados a conceder bolsas para atividades de pesquisa, desenvolvimento, inovação e intercâmbio. Com isso, editais de pesquisas poderão ser direcionados para financiar projetos de pesquisadores externos, empresas públicas, empresas privadas nacionais ou estrangeiras, a partir de proposições e percepções do local e região em que estão inseridos os Institutos Federais.” Prof. Robert Lenoch e Prof. Samuel henrique Werlich - Instituto Federal Catarinense

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Conselho Curador “Durante anos a FETEP vem gerando conhecimento científico e tecnológico através da inovação, que não consiste só no desenvolvimento de novos produtos, mas também em novas formas de oportunidades, com isso nasce a “incubadora” com a tarefa de transformar boas ideias em produtos através da estrutura oferecida com suporte técnico, gerencial e administrativo para apoiar o empreendedor no estágio inicial, criando condições efetivas para abrigar ideias inovadoras e transformá-las em empreendimentos de sucesso. Essa possibilidade se dá por meio da integração entre instituições como a UNISOCIESC, que disponibiliza seus laboratórios e equipamentos, auxiliando no maior desafio enfrentado por estas empresas: a sobrevivência.” Claudinei José Cristofolini – SOCIESC “Para a UDESC, o incentivo à inovação é fundamental para que a sociedade alcance patamares superiores de desenvolvimento e progresso. É através desta conduta que se propicia a articulação de novas competências, modificando estruturas e constituindo estratégias mais alinhadas com as demandas contemporâneas. Sob esta perspectiva, atuamos regularmente em processos de ensino, pesquisa e extensão voltados à melhoria contínua de processos de gestão, desenvolvimento e industrialização. Neste espaço de oportunidade, parcerias como a realizada com a FETEP, intensificam esta relação e abrem novas possibilidades de atuação.” Agnaldo Vanderlei Arnold - Universidade do Estado de Santa Catrarina (UDESC) e Centro de Educação do Planalto Norte (CEPLAN) 32

“A evolução do setor moveleiro do polo de São Bento do Sul está diretamente ligada à Fetep. A instituição teve atuação direta na qualificação dos profissionais, no aperfeiçoamento das tecnologias industriais, na inovação dos processos de fabricação e, em especial, nas pesquisas que permitiram a utilização eficiente da madeira renovável – que se tornou uma das características mais marcantes do nosso cluster moveleiro.” Paulina Bileski - Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul (SINDUSMOBIL)

“Vimos como importante estimular a inovação no município, pois com isso ajudamos a desenvolver o capital humano nas empresas de forma a auxiliar o município a criar uma sociedade competitiva na economia regional e global. Além disso, ajuda no desenvolvimento e difusão de novas tecnologias, processos e conhecimentos, essenciais para o aumento da produtividade, o crescimento organizacional e a vantagem competitiva sustentável. Hoje o Senac ajuda ativamente nas decisões do rumo da incubadora, disponibiliza vagas de cursos voltados para as empresas incubadas, patrocínio para o ENIT, bem como oficinas para o melhor desempenho e crescimento das mesmas. Atualmente sou presidente do conselho das entidades que representam o conselho da incubadora”, Alex Luiz Mariano - SENAC

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Conselho Curador “A Universidade tem papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico, principalmente na sua região de abrangência. Para isso, há a necessidade de combinar ensino, pesquisa e extensão, transferindo tecnologia e conhecimento, influenciando e alicerçando o desenvolvimento da sociedade. Essa nova visão do sentido de Universidade rompe com o objetivo básico que era pautado na transmissão de conhecimento aos acadêmicos, um saber fazer técnico e científico. Hoje, veem-se as universidades mais atuantes, introduzindo atividades de pesquisa aos sistemas tradicionais de ensino, gerando novos conhecimentos. Com isso, surge uma nova visão de universidade com a função de agente de desenvolvimento econômico, local e regional, respondendo às necessidades da sociedade. Assim, a universidade passa a desempenhar um papel mais central na economia ao combinar ensino e pesquisa com transferência de tecnologia. Essa inovação no conhecimento está relacionada à descoberta, experimentação, desenvolvimento de produtos, processos e novas técnicas de organização que tem papel fundamental no cenário econômico, pois são considerados fatores essencias na competitividade e no desenvolvimento da sociedade. Nesse sentido, a integração entre a universidade e os setores produtivos não pode estar dissociada da inovação, do conhecimento e da tecnologia. Dessa forma, a Universidade do Contestado, UnC, com sua

estrutura multicampi, com campus em Concórdia, Canoinhas, Curitibanos, Mafra, Porto União e Rio Negrinho, possui uma política de atuação que permite atender à sociedade em toda a sua área de abrangência, visando à promoção do crescimento local e global através da produção e transferência do conhecimento por meio do ensino, pesquisa e extensão. Assim, a Universidade do Contestado, viabiliza o desenvolvimento científico e tecnológico exigido pela economia moderna. Essas interações entre os agentes vêm se transformando em decorrência da evolução dos sistemas de inovação. Para isso, a UnC criou o Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT, e as Incubadoras em Mafra e Concórdia, desempenhando um papel estratégico no desenvolvimento do setor produtivo, o que lhes impõe, a busca de conteúdos e abordagens curriculares que atendam à demanda por novos conhecimentos e tecnologias, assim como ao desenvolvimento de iniciativas que estimulem a transferência tecnológica dos centros de pesquisa para o mercado. A UnC, com o propósito de estabelecer esse processo de transferência de tecnologia e conhecimento faz parte do Conselho Deliberativo da ITFETEP e sente-se honrada de ser partícipe de uma incubadora que está entre as maiores de Santa Catarina e vem contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico da região e do estado há mais de 10 anos”, Marline Stroka Universidade do Contestado (UNC)

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Conselho Curador “A FETEP é uma entidade que ao longo de sua existência desenvolveu projetos e ações de grande relevância não só para São Bento do Sul, mas também para a região do planalto norte catarinense, atuando sempre em consonância com os seus objetivos: ensino, tecnologia e pesquisa, , objetivos esses preconizados no seu nome. No início, suas atividades foram fundamentais para consolidar o polo moveleiro, e elevar São Bento do Sul ao patamar de maior exportador de móveis do país e hoje, a Incubadora Tecnológica exerce papel fundamental para consolidação do parque tecnológico, o qual tem como embrião a Incubadora Tecnológica da FETEP. Acreditamos que a FETEP é uma entidade muito representativa e possui as condições ideais para unificação de esforços públicos e privados em prol do desenvolvimento regional. A UNIVILLE iniciou suas atividades em São Bento do Sul há 32 anos, tendo como sede inicial as instalações da FETEP e desde então temos desenvolvido relações e participado de vários projetos em conjunto. Dessa forma, a nossa participação no conselho curador sempre foi voltada ao fortalecimento e desenvolvimento da FETEP, para que essa possa continuar cada vez forte e atuante, com projetos e ações que promovam o desenvolvimento regional.” Gean Cardoso de Medeiros, Diretor Geral da UNIVILLE Campus São Bento do Sul

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Cases de Sucesso

UkTECh Empresa inova e possui método único de se antecipar aos problemas de segurança de informação que possam ocorrer aos clientes Nome da empresa: Uhlig & Korovsky Tecnologia Ltda - ME. Ano de Fundação: 2013 Proprietários: Carlos Alberto Cipriano Korovsky, Luciana Habowsky e Paulo Roberto Uhlig Ramo de atuação:Tecnologia da Informação Número de colaboradores: 4 FALE UM POUCO DA SUA EMPRESA? Luciana habowsky: Nossa empresa, também conhecida como “UKTech”, é uma empresa de engenharia voltada para a área da Tecnologia da Informação. Prezamos pela segurança e a continuidade do empreendimento de nossos clientes. Atuamos na segurança da informação propondo uma minuciosa análise de sua estrutura pontuando situações que podem gerar problemas. Desta maneira, nos antecipamos a situações que possam gerar perdas financeiras e assim garantir estabilidade e continuidade. Trabalhamos na área de projetos de cabeamento estruturado com a elaboração de projetos, em vista que 35 dispomos de um sócio engenheiro. JÁ CONhECIA OS PROCESSOS DE UMA INCUBADORA? Luciana habowsky: Conhecíamos parcialmente os processos. Ao participarmos do processo de incubação aprendemos muito. Desde o funcionamento da incubadora em si, e também o quanto ela é valiosa para as empresas incubadas. QUAIS AS VANTAGENS PARA A EMPRESA? Luciana habowsky: As empresas além de contar com subsídios de aluguel, telefone e energia elétrica, é orientada na melhor forma de proceder administrativamente. Estudos e indicadores são apresentados para os diretores e consultorias financeiras e jurídicas, por exemplo, estão disponíveis. QUAIS SãO OS PLANOS PARA O FUTURO? Luciana habowsky: Expansão do domínio em âmbito estadual com qualidade crescente nos serviços prestados

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Cases de Sucesso

dATA STrEAm SISTEmAS lTdA Após passar pela incubadora empresa tornou-se referência no desenvolvimento de software (ERP) na região Nome da empresa: Data Stream Sistemas Ano de Fundação: 1998 Proprietários: André Alexandre de Aguiar e Júlio César Teixeira Ramo de atuação: Desenvolvimento de software (ERP) Número de colaboradores: 8 funcionários Faturamento anual da empresa: R$ 500.000,00/ano FALE UM POUCO DA SUA EMPRESA? Júlio César Teixeira: A Data Stream Sistemas nasceu para atender uma necessidade de algumas empresas da cidade, especificamente as indústrias de móveis. Com o passar dos anos outros segmentos começaram a ser absorvidos. QUAL A RELEVâNCIA DELA NO MERCADO? Júlio César Teixeira: Nos últimos quatro anos, tivemos um incremento na participação no mercado regional fazendo com que a empresa passasse a ser uma referência no desenvolvimento de ERP.

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QUAIS OS SERVIçOS OFERECIDOS? Júlio César Teixeira: Somos desenvolvedores do ERP ÓRION, ferramenta esta voltada para a gestão empresarial. Nossos módulos atendem demandas da Produção, Suprimentos, Controle de Estoques, Comercial, Financeiro e Fiscal POR QUE OPTOU PELA INCUBADORA? Júlio César Teixeira: A ITFETEP para nós tem sido de extrema importância para gerar novos negócios, novos conhecimentos e visibilidade no mercado. QUAIS AS VANTAGENS PARA A EMPRESA? Júlio César Teixeira: Estar incubado, mesmo a distância, que é o nosso caso é interessante por toda rede de contatos que estamos inseridos e pela geração de conhecimento que está sendo produzido. DE TODAS AS PROPOSTAS OFERECIDAS PELA INCUBADORA (CONSULTORIAS, SEMINÁRIOS, ESPAçO FíSICO) O QUE VOCê CONSIDERA QUE AGREGA MAIS? Júlio César Teixeira: Consultorias e Seminários QUAIS OS PLANOS FUTUROS PARA A EMPRESA? Júlio César Teixeira: Temos como meta nos tornar uma empresa cada vez mais referência em nossa região e estamos trabalhando para isso, melhorando nossos processos internos, capacitando nosso pessoal e explorando o mercado regional. REVISTA FETEP


Cases de Sucesso

wBT INTErNET Incubadora auxiliou no desenvolvimento da empresa e hoje os planos de crescimento são altos Nome da empresa: WBT Internet Ano de Fundação: 2009 Proprietários:Benedito Santana Torquato e Wiliam Bayerl Ramo de atuação:Provedor de internet. Número de colaboradores: 27 Faturamento anual da empresa: R$ 3 milhões Site: www.wbtinternet.com.br FALE UM POUCO DA EMPRESA? Benedito Santana Torquato: É uma empresa de tecnologia focada em fornecer conexão de qualidade com a internet, utilizando produtos e tecnologias de ponta no ramo. QUAIS OS SERVIçOS OFERECIDOS? Benedito Santana Torquato: Internet via rádio em fibra optica. 37 QUAL A RELEVâNCIA DELA NO MERCADO? Benedito Santana Torquato: Devido a falta de comprometimento das empresas grandes de telecomunicações com relação a São Bento do Sul e região, a WBT Internet tem grande importância no mercado, oferecendo planos acessíveis em locais de difícil acesso.

POR QUE OPTOU PELA INCUBADORA? Benedito Santana Torquato: Precisávamos de ajuda com o desenvolvimento da empresa. QUAIS AS VANTAGENS DA INCUBADORA PARA A EMPRESA? Benedito Santana Torquato: A incubadora ajuda a criar contatos e fechar negócios, ajudando muito no desenvolvimento da empresa. QUAIS OS PLANOS FUTUROS PARA A EMPRESA? Benedito Santana Torquato: Ampliar a área de cobertura e possivelmente oferecer novos produtos, como telefonia e TV por assinatura. DE TODAS AS PROPOSTAS OFERECIDAS (CONSULTORIAS, SEMINÁRIOS, ESPAçO FíSICO) O QUE VOCê CONSIDERA QUE AGREGA MAIS? Benedito Santana Torquato: Todas as propostas são de grande importância, variando de acordo com a empresa incubada. REVISTA FETEP


Cases de Sucesso

PlANO dESIgN PrOdUTO E grÁFICO lTdA Através da Incubadora empresa conseguiu se inserir no mercado e se posicionar diante de seus principais clientes do setor moveleiro Nome da empresa: Plano Design Produto e Gráfico Ltda Ano de Fundação: 2008 Proprietários: Lauro Luiz Karpene e Auzer de Castro Junior Ramo de atuação: Design de Produto e Gráfico Número de colaboradores: 8 diretos FALE UM POUCO DA SUA EMPRESA? Lauro Luiz karpen: Somos uma empresa que desenvolve soluções em design de produtos e gráfico, atuando principalmente no segmento de móveis e acessórios. SERVIçOS OFERECIDOS? Lauro Luiz karpen: Prestamos serviços no desenvolvimento e criação de produtos para o mobiliário, desenhos técnicos, protótipos e consultoria técnica. Desenvolvimento e criação de material gráfico, embalagens, gestão de marca, manual de identidade, catálogo de produtos e PDV.

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POR QUE OPTARAM PELA INCUBADORA? Lauro Luiz karpen: Pela oportunidade de começar o negócio tendo como suporte uma instituição que proporciona o desenvolvimento da empresa com baixo custo. QUAIS AS VANTAGENS PARA A EMPRESA? Lauro Luiz karpen: Estar próximo das entidades da região tanto do ponto de vista financeiro como também no de gestão, onde podemos nos capacitar com cursos oferecidos. QUAIS OS PLANOS FUTUROS PARA A EMPRESA? Lauro Luiz karpen: Expandir nossos contatos para outras regiões que atuam no ramo moveleiro. RECOMENDA PARA OUTRAS EMPRESAS? Lauro Luiz karpen: Sim. É uma oportunidade para desenvolver a empresa principalmente na gestão. DE TODAS AS PROPOSTAS OFERECIDAS (CONSULTORIAS, SEMINÁRIOS, ESPAçO FíSICO) O QUE VOCê CONSIDERA QUE AGREGA MAIS? Lauro Luiz karpen: Para a Plano Design a estrutura oferecida é importante além das consultorias

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Cases de Sucesso

BPlUS TECNOlOgIA lTdA Empresa encontrou na incubadora apoio, suporte e motivação para encarar o mercado Nome da empresa: BPlus Tecnologia Ltda Ano de Fundação: 2007 Proprietários: Leandro Kohler, Gilberto Bittencourt, José Queirolo Ramo de atuação: Prestação de serviços em TI Número de colaboradores: 27 Faturamento anual da empresa: R$ 2 milhões QUAIS SãO OS SERVIçOS OFERECIDOS PELA EMPRESA? Leandro kohler: Suporte Técnico e Desenvolvimento/Manutenção de Sistemas de terceiros em regime de Fábrica de Software. POR QUE OPTOU PELA INCUBADORA? Leandro kohler: Para minimizar o esforço no processo de desenvolvimento de estrutura até o amadurecimento da unidade de negócio, especialmente por já termos um projeto de manutenção de sistemas em vista com urgência no seu início e a Incubadora oferecia a infraestrutura pronta para conseguirmos a dedicação exclusiva do objeto de nosso negócio, pois a incubadora proporciona uma possibilidade de ação rápida à 39 startup no ingresso ao mercado. JÁ CONhECIA OS PROCESSOS DE UMA INCUBADORA? Leandro kohler: Sim, já havia acompanhado alguns casos de sucesso de incubadas em Curitiba. RECOMENDA PARA OUTRAS EMPRESAS? Leandro kohler: Sim, o profissionalismo e dedicação dos gestores da incubadora além de apoiar as iniciativas, suportar com a orientação na gestão também mantém motivados os incubados até o final de ciclo de incubação. DE TODAS AS PROPOSTAS OFERECIDAS (CONSULTORIAS, SEMINÁRIOS, ESPAçO FíSICO) O QUE VOCê CONSIDERA QUE AGREGA MAIS? Leandro kohler: Para a fixação de uma startup o período de formação de uma estrutura capacitada para prestação de serviços ou a execução de um projeto de desenvolvimento de produto demanda de uma fase crítica de investimento em estrutura com esforço dedicado ao desenvolvimento do projeto e planejamento de ação comercial, a disponibilização de uma estrutura física oferecida pela incubadora é muito importante para manter o foco no produto a ser desenvolvido sem o risco de não se conseguir a sustentação financeira até a penetração no mercado. QUAIS OS PLANOS FUTUROS PARA A EMPRESA? Leandro kohler : Desenvolver um núcleo interno para o desenvolvimento de produto próprio. REVISTA FETEP


Cases de Sucesso

Solidtec Tecnologia Para empresa, após passar pela Incubadora, o objetivo de consolidar-se como fabricante de máquinas passou a ser mais real Nome da empresa: Solidtec Tecnologia Ltda Ano de Fundação: 2012 Proprietários: Marcio Schlogl e Ivan Gomes Ramo de atuação: Automação industrial metalmecânica Número de colaboradores: 3 Site: www.solidtectecnologia.com.br Principais Clientes: Solida Brasil, PKC Group e Arauco

Fale um pouco da sua empresa? Ivan Gomes: A empresa foi fundada com o propósito de oferecer ao mercado industrial soluções na área de projetos e automação industrial, atuando nesse segmento desenvolveu produtos, para atender empresas (no ramo chicoteiras e automobilística) sendo eles prensas excêntricas e dinamômetros.

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Qual a relevância dela no mercado? Ivan Gomes: Soluções em projetos e tecnologia Quais os serviços oferecidos? Ivan Gomes: Trabalhamos com desenvolvimento de circuitos eletrônicos personalizados, processos de metalurgia para a construção de máquinas, projetos personalizados e produção de equipamentos sob demanda. Por que optaram pela Incubadora? Ivan Gomes: Pelo apoio e incentivo. Quais as vantagens da Incubadora para a empresa? Ivan Gomes: Apoio em infraestrutura e consultorias De todas as propostas oferecidas (Consultorias, seminários, espaço físico) o que você considera que agrega mais? Ivan Gomes: Espaço físico e consultoria Quais os planos futuros para a empresa? Ivan Gomes: Consolidar-se como fabricante de máquinas.

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Parceria

ACATE e FETEP assinam convênio

Em parceria com a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), representantes de São Bento do Sul e Campo Alegre estiveram em Florianópolis em julho, participando do VerticAlmoço, evento que trouxe o presidente do Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (CIASC), Roberto Rogério do Amaral, fazendo uma abordagem sobre novos projetos da entidade, os desafios da atual gestão e as possibilidades de parceria com empresas do setor tecnológico. O encontro proporcionou troca de experiências sobre inovação e tecnologia com lideranças do setor. A FETEP por meio do convênio, poderá intermediar a associação dos incubados e empresas interessadas na região a obter benefícios como a utilização de espaços na sede da ACATE para reuniões e troca de experiências nas pesquisas em inovação tecnológica, estabelecer parcerias comerciais, participar de eventos, obtenção de plano de saúde, odontológico e de previdência complementar para os associados, entre outros. O presidente do Conselho Curador da FETEP, Adelino Denk, ressalta a importância da participação de empresas incubadas no encontro e a parceria a partir de agora. “Representantes das empresas incubadas WBT, Apoluz e UKtech estiveram presentes além do Presidente da Associação Empresarial de Campo Alegre (Aciaca) Ingo Rusch Alandt e o Executivo José Cristofolini. A ACATE está estabelecendo convênios em todas as regiões onde estão sendo instalados os centros de inovação e a parceria fortalecerá o apoio aos incubados e empresas interessadas em ampliar processos de inovação”, destaca.

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ACATE A Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia atua, desde 1986, em prol do desenvolvimento do setor de tecnologia do Estado de Santa Catarina. Ao longo da sua atuação, a ACATE se consolidou como uma das principais interlocutoras das empresas catarinenses de tecnologia junto aos poderes públicos municipais, estaduais e federal, além de outras entidades representativas e instituições do setor tecnológico, não apenas em Santa Catarina, mas no Brasil. A ACATE também atua na articulação entre o setor tecnológico catarinense, centros de ensino e pesquisa e agências de financiamento e mantém parceria com diversas empresas e entidades para oferecer cada vez mais benefícios e instrumentos de crescimento para seus associados. REVISTA FETEP


Acontece

Para fomentar negócios, ampliar a rede de contatos e fortalecer o desenvolvimento local, a Incubadora Tecnológica de São Bento do Sul realiza diversos eventos com empresas da região e incubadas.

ENCONTRO DE NEGÓCIOS - ENIT Confira fotos da 1ª e 2ª edição do ENIT

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Com o intuito de promover um encontro tecnológico entre as empresas incubadas e empresas da região, a ITFETEP realiza anualmente, no mês de outubro, o Encontro de Negócios, Inovação e Tecnologia – ENIT. Durante os dois dias de feira é possível acompanhar as novidades de produtos e serviços, participar de palestras, seminários e oficinas, ampliar a rede de relacionamentos e conhecer mais sobre os ramos empresariais existentes. Durante a primeira edição, realizada nos dias 8 e 9 de novembro de 2012, passaram pelo espaço aproximadamente 800 visitantes. Enquanto que na segunda edição, agendada para os dias 19 e 20 de novembro de 2014, 700 pessoas acompanharam o evento. “O objetivo foi alcançado e mostrou que o município está evoluindo muito bem no setor tecnológico. A geração de empregos e ampliação da capacidade empreendedora é crescente a cada dia. A incubadora está preparando muito bem as empresas e proporcionando benefícios para seus segmentos”, relatou o presidente do conselho curador da FETEP, Adelino Denk. REVISTA FETEP


Acontece

Café de Negócios Uma iniciativa que nasceu em 2014 e que tem como objetivo viabilizar a integração entre os incubados e clientes potenciais, fazendo com que os empreendedores possam conhecer os produtos uns dos outros e com isso realizar negócios. Em cada edição do café, cada incubado tem aproximadamente dois minutos para apresentar suas ideias e, depois disso, podem trocar informações. No decorrer do ano, estão sendo planejados mais dois encontros.

Editais No mês fevereiro de 2015, a Incubadora Tecnológica de São Bento do Sul abriu edital para a seleção de mais 10 novas empresas e projetos inovadores que receberam apoio por meio de infraestrutura, tecnologia e gestão de negócios, seja no regime de incubação residente e não residente. As empresas participantes atendem as seguintes áreas apoiadas: tecnologia da informação e comunicação, eletroeletrônica, automação e mecânica, fabricação de máquinas e equipamentos, novas formas de mídia e design de produtos, tecnologias em novas fontes de energia, tecnologias ambientais e em madeira e móveis. Em julho de 2015, os inscritos participaram da capacitação sobre elaboração do plano de negócio. Os projetos selecionados receberão consultoria, apoio tecnológico e um ambiente para a empresa incluindo acesso à internet, telefone e assessoria jurídica, entre outros serviços. Novos editais são sempre disponibilizados através do site: www.itfetep.org.br. REVISTA FETEP

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Entidades Parceiras

A importância da

inovação

para uma região

“O novo desafio das cidades, regiões e estados é buscar o desenvolvimento sustentável. Um dos caminhos é desenvolver a economia a partir do conhecimento e, com a inovação, agregar valor a todos os produtos, serviços e negócios. Um distrito industrial, por exemplo, precisa avançar rumo à economia do conhecimento, onde a indústria tem nas pessoas seu maior ativo. Para formar, reter e atrair talentos, a região que almeja desenvolvimento com foco em conhecimento e inovação tem de constituir atrativos, oportunidades de desenvolvimento pessoal acima do oferecido por 44 outras regiões. Nesse contexto, um centro de inovação que promova o empreendedorismo, a capacitação e principalmente o networking com o que existe de mais moderno no mundo é um grande atrativo. O centro se torna um portal para o futuro, ligando empresas, governos e academia para promover desenvolvimento econômico sustentável e gerar oportunidades. Santa Catarina está apostando neste modelo e São Bento do Sul é um dos portais para o futuro da inovação no Estado.” Rui Luiz Gonçalves - Diretor Presidente da Rede Catarinense de Inovação – RECEPETi

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“A parceria entre o Sebrae/ SC e a Fetep é de longa data e ficou fortalecida quando fomos convidados a fazer parte do conselho da entidade. A partir daí, uma série de atividades foram realizadas, fazendo com que o trabalho da fundação se fortalecesse, ao mesmo tempo em que a região de São Bento do Sul era estimulada a crescer. Hoje, a Fetep participa dos editais de incubadora do Sebrae/ SC para dispor de recursos para investir na gestão e na melhoria dos processos das empresas incubadas. A incubadora, por sua vez, é importante para criar um ambiente favorável para o nascimento de novas empresas o que, consequentemente, desperta a região para o empreendedorismo. O Sebrae/SC fica satisfeito em comemorar uma data tão significativa junto à Fetep e pretende continuar trocando informações e auxiliando no desenvolvimento do Planalto Norte Catarinense.” Jaime Dias Junior, coordenador Regional Norte Sebrae/SC

“Ao longo destes 40 anos, a FETEP atingiu seus principais objetivos, um deles foi a criação de empresas através de sua Incubadora gerando empresas de sucesso, tornou-se uma referência para o crescimento da região, onde Santa Catarina se destaca no cenário Latino Americano pelo potencial empreendedor do seu povo e pela característica inovadora das suas empresas. Consequentemente, sua economia é uma das mais pujantes no Brasil, reflexo de um conjunto de fatores que envolve desde a criação de novos conhecimentos e tecnologias até sua trajetória de sucesso no mercado. A FETEP viabiliza o crescimento econômico de uma região através da criação de novos negócios, ganhos de eficiência e aumento da competitividade de suas empresas. Tudo isso resultando no surgimento de novos postos de trabalho, ampliação da renda e aumenta a qualidade de vida.” Tony Chierighini - Diretor da Anprotec


História de Ouro

jantar comemorativo aos

40 anos de FETEP Há 40 anos nascia a FETEP – Fundação de Ensino Tecnologia e Pesquisa e que foi por muitos anos um dos maiores centros de pesquisa e educação do Planalto Norte Catarinense. Para comemorar essa história a ITFETEP organizou um jantar especial com todos os expresidentes da fundação, no dia 14 de maio.

EX-PRESIDENTES: Ingomar Rudnick, presidente no período de 1979 a 1982 Álvaro Weiss, presidente no período de 1982 a 1989 Márcio Neumann, presidente no período de 1989 a 1993 Udo José Zschoerper, no período de 1993 a 1996 Udo Weihermann, presidente no período de 1996 a 2002 Robertson Siviero, presidente no período de 2003 2004 Osmar Muhlbauer, presidente no período de 2004 a 2005 Uwe Storz, presidente no período de 2006 a 2007 José Antônio Franzoni, presidente no período de 2008 a 2009 Adelino Denk, presidente no período de 2010 a 2012 e está em seu segundo mandato EX-DIRETORES: Werner Brauninger Pedro Paulo Pamplona Marcos Alberto Von Bahten Roberto Farinhaque Wilson João Bento Mário Sérgio de Souza Marcelo Cavinati Osvalmir Tschoeke Bráulio de Nazaré Cordeiro Eduardo Nascimento Aristeu Kaszubowski Antônio Carlos Scheffer

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Capacitação

Empreendedores participam de workshop

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Com o objetivo de traçar e refletir sobre diversos pontos de uma empresa, a ITFETEP proporcionou aos responsáveis pelas empresas incubadas o workshop “Elaboração e Modelo de Negócios”, com o instrutor Michel Winkler. A capacitação aconteceu em julho de 2015 e proporcionou o conhecimento de ferramentas e práticas do design thinking, no qual auxilia a pensar e desenvolver ações com objetivos traçados, em busca dos melhores resultados. Modelo de negócio, análise de forças contra e a favor, geração de ideias e plano de ação, elaboração de orçamento, mapeamento do perfil do cliente foram alguns assuntos abordados. O workshop aconteceu também para os candidatos à incubação. Michel Winkler Empreendedor e fundador da XperienZ, desde 2000, facilita processos de melhoria para organizações dos mais variados portes e segmentos. Atua como conselheiro de empreendedores e executivos em temas como gestão empresarial, inovação, vendas e liderança. Possui mais de 29 anos de experiência profissional em organizações públicas e privadas, onde atuou como membro de Conselhos de Administração, Diretor Comercial, Diretor de Projetos, Diretor de Tecnologia da Informação e Secretário do Conselho Estadual de Tecnologia de Informação e Comunicação.

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Lei da Inovação

Incentivo a ciência, tecnologia e inovação no Brasil

A

Lei de Inovação Tecnológica, Lei 10973/04, de 2 de dezembro de 2004, foi encaminhada ao Congresso Nacional pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, em agosto de 2002, tornandose um marco para a atividade inovadora no Brasil. Ela surgiu como uma das formas de subsidiar os anseios de um Sistema Nacional de Inovação com necessidade urgente de estruturação e de integração. Durante entrevista com a Coordenadora do Núcleo de Inovação e Propriedade Intelectual da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Andréa M. B. Tamanine, ela explicou sobre a Lei e apontou os impactos da sua implantação.

Implantada há 10 anos, Lei de Inovação tecnológica foi determinante para integrar universidades e empresas No que consiste a Lei da Inovação Tecnológica? O que mudou com a lei? Andréa M. B. Tamanine: Sua principal função foi promover a interação entre governo, instituições científicas e tecnológicas e as empresas, principalmente aquelas de base tecnológica, e propiciar formas de gerir o processo inovativo. O documento estabelece medidas de incentivo à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação por meio de três grandes contribuições: 1) estimular a inovação pela flexibilização das atividades e relações das instituições científicas e tecnológicas; 2) estimular a gestão da inovação ao tratar de formas de comercialização das inovações científicas e tecnológicas e 3) estimular a inovação nas empresas criando mecanismos para favorecer o ambiente de inovação empresarial. Por fim, vale lembrar que a Constituição Federal (CF), de 1988 já 47 determinava, conforme o disposto nos arts. 218 e 219, CF. No art. 218, a obrigação estatal de promover e incentivar “o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológica”. No art. 219, a CF, por sua vez, complementa esta disposição, asseverando que o “desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País”. Ou seja, a Lei de 2004 veio compor um cenário maior de dispositivos para o cumprimento do que já preconizava a CF, o Estado e suas ramificações precisam ser promotoras de políticas que promovam a competitividade da indústria e o desenvolvimento científico e tecnológico nacional e isso só será possível a partir do conhecimento produzido e compartilhado em um ambiente jurídico seguro. Quais são as maiores dificuldades que as micros e pequenas empresas encontram para trabalhar a inovação? Andréa M. B. Tamanine: Pudemos observar no decorrer das oficinas e consultorias que fazemos que, muitas vezes, falta aos empresários de micro, pequenas e até médias empresas o conhecimento das ferramentas que têm à sua disposição para o exercício da atividade empresarial tecnológica inovadora. Dentre estas ferramentas desconhecidas, além das básicas prospecção tecnológica e identificação de oportunidades está a própria possibilidade de parcerias com universidades e como a inovação pode ser gerenciada a fim de que seja um ciclo virtuoso na organização. Fontes de recurso e benefícios fiscais também são REVISTA FETEP


Lei da Inovação ainda pouco conhecidos ou utilizados. A solução a meu ver é apostar na educação empreendedora e no estudo da gestão da inovação, ampliando sua disseminação e criando cultura para o enfrentamento desses gargalos. Olhando no ponto da universidade, a lei serviu para aproximar as universidades da realidade externa e das empresas. O que isso significa na prática? Andréa M. B. Tamanine: Foi a Lei de Inovação que determinou a criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), um marco para o processo de integração entre universidades e empresas. Conforme conceito legal, NIT é “núcleo ou órgão constituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerir sua política de inovação” (art. 2º, VI, Lei de Inovação). ICT, por sua vez, é “órgão ou entidade da administração pública que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico” (art. 2º, V, Lei de Inovação). Neste ambiente, então, os NITs são os responsáveis pela gestão das políticas de inovação e, consequentemente, de propriedade intelectual. O foco da criação dos NITs é justamente ser a interface entre as ICTs e o setor produtivo, fazendo a gestão destes contratos, relações e proteção jurídica. Os NITs são a ação efetiva das universidades para a sua integração no sistema nacional de inovação. No caso da universidade comunitária a que pertenço, mais do que uma questão legal, a estratégia 48 de inserção no cenário de desenvolvimento regional, já presente no modelo de negócio da Univille, se tornou elemento impulsionador para a formalização do NIT. A visão dos NITs se concentra fortemente pela perspectiva da ciência ter sua aplicação nas demandas da sociedade de forma efetiva, ou seja, da necessidade de transformação do conhecimento em inovação. Além dos NITs, outros habitats de inovação como incubadoras e parques tecnológicos - que também são atendidos por NITs ou outras estruturas que zelem pela propriedade intelectual e transferência tecnológica fortalecem a promoção das parcerias entre empresários e cientistas. Estes dois últimos representam instrumentos de políticas para desenvolvimento da inovação. Seu papel se solidifica pelo compartilhamento do mesmo espaço físico entre universidade e empresa, uma alternativa para promover a ligação efetiva e superação das barreiras já conhecidas neste relacionamento. No contexto brasileiro, ao se tratar das barreiras para P&D&l, segundo o Relatório da Unesco (2010) um dos grandes problemas a serem superados nos próximos anos é intensificar a P&D empresarial por meio de ambiente adequado e interação entre comunidades de pesquisa públicas e empresariais: acreditamos que os NITs podem ser o instrumento essencial para que os ambientes de inovação promovam uma interação crescente entre pesquisadores e empresários e que se possa evoluir para modelos mais sinérgicos dentro do sistema regional e nacional de inovação. REVISTA FETEP


Responsabilidade Social

Incubadora realiza projeto em parceria com Escola Carlos Zipperer Em parceria com a Escola Prefeito Carlos Zipperer Sobrinho, a Incubadora criou o projeto “Jornal do Bairro”. Os alunos envolvidos passaram por capacitações no mês de julho e agosto e irão nos próximos meses desenvolver o jornal, que é também um plano de negócios englobando o empreendedorismo social, tudo isso coordenado pela professora Cristiane Roberge. Iniciando pela Oficina “Jornalismo como ferramenta para o exercício da cidadania”, foi possível conhecer um pouco mais sobre a profissão, o dia a dia do jornalista, vivenciar a produção de notícias, entrevistas e relacionar os principais assuntos para o desenvolvimento do projeto.

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Na segunda oficina “Ser Empreendedor x Vocação”, o instrutor Júlio César Teixeira passou um pouco de sua experiência como empresário e também incubado. Foi possível conversar sobre empreendedorismo, as características e o espírito de um empreendedor, o dia a dia de uma empresa e as suas dificuldades. Ainda no mês de julho, os estudantes tiveram a oportunidade de participar de um Workshop “Elaboração e Modelo de Negócios” com o instrutor Michel Winkler, no qual puderam elaborar toda a estrutura do seu negócio, analisando público-alvo, plano de ação, orçamento entre outros pontos. O projeto integra o calendário de comemorações dos 40 anos da FETEP e 10 anos da ITFETEP.

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