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moradia estudantil colina

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concepção formal

concepção formal

da UNB

local: Brasília, Brasil data do projeto: 1963 arquitetura: João Filgueiras Lima

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O Conjunto Residencial da UnB, também conhecido como Bloco F, foi projetado por um grupo de arquitetos brasileiros liderados por João Filgueiras Lima, conhecido como Lelé. Segundo a arquiteta e urbanista Helena Aparecida Ayoub Silva (2003), o conjunto habitacional "é uma das obras mais expressivas de João Filgueiras Lima, que se destacou na produção de edifícios de uso coletivo, tanto na área da saúde quanto na habitacional".

O Conjunto Residencial da Colina foi planejado para atender à demanda de moradia estudantil na Universidade de Brasília, que se consolidava como uma das principais instituições de ensino superior do país na época. O projeto previa a construção de diversos blocos habitacionais, sendo o Bloco F o primeiro a ser erguido. O Conjunto Residencial foi construído em 1963 como parte do projeto original da UnB, que previa a construção de moradias para professores e estudantes no campus universitário. Ele é composto por quatro prédios de seis pavimentos cada, interligados por passarelas suspensas, e possui capacidade para abrigar até 1.200 estudantes.

O Bloco F é composto por apartamentos que oferecem "conforto, privacidade e um ambiente favorável ao estudo e convivência entre os estudantes" (UNB, s/d). Os apartamentos são divididos em dois tipos: unidades de um quarto, com cerca de 24 metros quadrados; e unidades de dois quartos, com cerca de 36 metros quadrados. Todos os apartamentos contam com banheiro, cozinha e área de serviço. Além dos apartamentos, o conjunto habitacional conta com diversos espaços de uso comum, como refeitório, lavanderia, salas de estudo e espaços de convivência e lazer, que foram projetados para promover a interação entre os estudantes.

O projeto do Bloco F se dá pela sua arquitetura moderna e funcional, que privilegia a integração entre os espaços e as pessoas. O conjunto habitacional foi projetado para oferecer conforto e praticidade aos estudantes da UnB, e se tornou um ícone da arquitetura moderna brasileira. Segundo a arquiteta e urbanista Helena Ayoub Silva (2003), o Conjunto Residencial da Colina "representa a preocupação de Lelé em produzir uma arquitetura que levasse em conta as necessidades dos usuários, especialmente no que se refere às questões ambientais". Para isso, o projeto foi pensado para aproveitar ao máximo a ventilação e a iluminação natural, de forma a criar espaços confortáveis e saudáveis para os moradores.

Apesar de ser considerado um marco na história da arquitetura brasileira, o Conjunto Residencial do Bloco F passou por diversas reformas ao longo dos anos para adequar-se às necessidades dos estudantes. O projeto original, no entanto, ainda é lembrado como um exemplo de arquitetura moderna que valoriza a funcionalidade e a integração entre as pessoas e os espaços. Segundo a professora Maria Alice Junqueira Bastos (2002), "a obra de Lelé evidencia a busca de uma arquitetura que, em vez de seguir modelos preestabelecidos, fosse capaz de se adaptar às necessidades reais das pessoas e dos lugares".

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