PECUÁRIA PROJETOS URBANOS ii ALUNOS: ANA REIS LARISSA FLEURY LUCCAS CHAVES MARIA EDUARDA ALVES PRISCILLA FREIRE RAFAELA LOBO RONEY H MOREIRA
FAV-UFG Goiânia, 2018
SUMÁRIO
I 01
INTRODUÇÃO
O LOCAL
A PECÚARIA
06.Metodologia 07.Referencial Teórico
10.Estruturação Territorial 11.Histórico do local 13.Legislação pertinente 15.Diagnósticos
27.Análise da área
SIMILARES 29.Centro Paraolímpico do Brasil 31. Expanção do parque emancipação 33.Complexo Aquático Almedli
PARTIDO 35. Quadro Síntese 37. Síntese do Diagnóstico 39. Estruturas Retiradas 41. Eixos de Conexão 43. Novas Estruturas 45. Complexo esportivo e de lazer - Nódulos e concentrações
REFERÊNCIAS E ANEXOS
I 02
INTRODUÇÃO O processo de desenvolvimento partiu da escolha do local de intervenção, após discussões e análises em sala de aula, no caso, a área do Parque de Exposições Agropecuárias de Goiânia. Somente a partir das análises, questões e estudos sobre o local foi possível denir o que de fato seria colocado ali como solução projetual. Assim, as análises constatam que o espaço é considerado um vazio urbano, e por isso, se faz necessária a reintegração urbana da área, e com tópicos e diretrizes conceituais foi possível chegar em uma intervenção que atendesse e resolvesse as necessidades e problemáticas apontadas. A escolha do objeto de estudo justica-se pela inadequação física e funcional do atual Parque Agropecuário da Nova Vila em Goiânia, pertencente à Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA). Implantado em um local que sofreu, e continua sofrendo, grandes mudanças com a urbanização, sua função se tornou muito restrita, só tendo uso real durante a Pecuária (que acontece durante apenas 2 semanas do ano), causando então, uma série de transtornos aos moradores da região. Congurando, além de um vazio urbano, uma barreira física e visual. A área de estudo é vizinha do Centro, próxima ao Terminal Rodoviário e no caminho para o Aeroporto de Goiânia. Ocupa um terreno de 140mil metros quadrados, quase 3 alqueires. Esta região é alvo da especulação imobiliária e já está passando por um adensamento, com a presença de condomínios do outro lado da avenida, no Setor Negrão de Lima. Já na Vila Jaraguá e no Crimeia Leste edifícios em altura também começam a tomar local de destaque.
Parque de Exposições Agropecuárias de Goiás
Vazios Urbanos
Reintegração Urbana
Paisagem Urbana
A Av. Independência e a 5 Av. se comportam como uma barreira, fazendo com que a área tenha um público muito particular: A população dos setores Nova Vila, Criméia Leste, Vila Froés, Emílio Povoa, Vila Jaraguá, Negrão de Lima e Vila Montecelli. Além de visitantes vindos da Feira Hippie, da Rua 44, e de quem transita pelo Terminal Rodoviário. Cabe ressaltar ainda, a carência de espaços públicos e áreas de convivência e lazer, evidenciados pelos mapas e analises a seguir e pelas entrevistas e visitas a região. Apesar da proximidade com o Parque Mutirama, não existem conexões diretas com ele, sendo pertinente a proposta de um espaço público que conecte estes espaços, que não seja uma barreira física e nem visual e que melhore a paisagem urbana. Surge então a proposta de criação de um espaço público que possa ser utilizado todos os dias do ano, que não aumente o tráfego, retire ou minimize os barulhos e transtornos, crie tranquilidade e lazer para a vizinhança, de forma a resolver o décit de equipamentos comunitários da região; Convertendo o espaço em um centro de urbanidade, proporcionando instalações esportivas, culturais e de ócio, além de eventuais comércios.
Conexão
Permeabilidade
Convivência
I 03
METODOLOGIA Para o desenvolvimento do Caderno I de Intervenção Urbana na área do Parque Agropecuário de Goiânia, propõe-se o cumprimento das seguintes etapas: 1- Estudar e analisar referenciais teóricos sobre a temática e o tema propostos, de modo a ajudar a alcançar uma solução prática e de qualidade para o projeto. 2- Realizar o levantamento, análises e diagnósticos acerca da região de intervenção a partir das 3 escalas: Macro (inserção na região metropolitana), meso (entorno e áreas de interesse próximas) e micro (a área estudada em si e seu entorno imediato) 3- Desenvolver mapas e análises utilizando o Google Earth, plantas cedidas pela SGPA e possíveis correções a partir de levantamento próprio. 4- Realizar pesquisas e entrevistas do perl do usuário, am de compreender quais as reais necessidades e anseios dos moradores. 5- Visitar a área de intervenção, para ter a sensação prática do local e perceber os problemas e potencialidades já analisados. 6- Fazer estudo de similares, e tentar compreender a capacidade do local. 7- Elaborar um quadro síntese de todos os mapas, análises, pesquisas e dados, baseados nos referenciais teóricos e analises de similares, para o desenvolvimento das diretrizes projetuais. 8- Realizar a proposta de partido utilizando todos os dados coletados e analisados, juntamente com referências teóricas de modo a potencializar a utilização da área.
I 06
REFERENCIAL TEÓRICO Em meados do século 19, como consequência pós-industrial, a expressão “vazio urbano” começou a ser usada no contexto da vida urbana, quando as cidades passaram a atingir dimensões metropolitanas devido ao crescimento físico e populacional, fato que tem relação com o êxodo rural e que encontra respaldo no crescimento e formação territorial de Goiânia, mais especicamente, da área estudada. Para Nuno Portas, arquiteto português e escritor do livro “A Cidade Como Arquitetura”, vazio urbano é uma expressão ambígua “até porque a terra pode não estar literalmente vazia, mas encontrar-se simplesmente desvalorizada com potencialidade de reutilização para outros destinos, mais ou menos cheios” (1). Já segundo Flávio Villaça, vazio urbano pode ser uma grande extensão de área urbana equipada ou semi-equipada, com quantidade signicativa de glebas ou lotes vagos (2). A denição varia entre diferentes autores, para alguns espaços como parques podem ser considerados “vazios urbanos” e para outros não, uma vez que estes possuem função social. De igual forma, alguns autores consideram grandes vazios demográcos em áreas densamente construídas –o que vai contra a ideia de que vazio urbano seja necessariamente um espaço não construído, por exemplo com processos de gentricação, que levam determinadas regiões urbanas a serem desocupadas, reduzindo a densidade populacional local. Áreas efetivamente vazias que foram resultantes da transformação das cidades e dos usos também podem ser consideradas “vazios urbanos”, como por exemplo a linha férrea (que é objeto de estudo de outro grupo), uma vez que é um grande espaço com estruturas construídas vazias e ociosas. Na bibliograa anglófona, essas regiões são chamadas de brownelds. A partir destas e de outras explicações, vazio urbano, neste trabalho é considerado como qualquer área urbana, ocupada ou não, localizada dentro do perímetro urbano, que não possuam ocupação funcional e não exerça função social, mas que não seja qualicada como área livre. Sendo então a região da atual pecuária um browneld, um remanescente urbano, uma área ociosa na maior parte do ano que deve ser ocupada e transformada para atender os interesses sociais, de modo a revitalizar a cidade. 1- PORTAS, Nuno. Do cheio ao vazio. Publicações da pós-graduação da Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade de Brasilia, 2000. Disponível em <www.cidadeimaginaria.org/eu/Dovazioaocheio.doc>. 2- VILLAÇA, Flávio. As ilusões do Plano Diretor. São Paulo, Edição do autor, 2005. Disponível em <www.aviovillaca.arq.br/pdf/ilusao_pd.pdf>.
I 07
SETOR NOVA VILA
REGIÃO CENTRAL DE GOIÂNIA
I 09
Setor Norte Ferroviário Vila Megalle Vila Fróes Vila Jaraguá Lot. Mansões Pereira Gleba Setor Negrão de Lima Vila Viana Setor Leste Vila Nova Setor Central
ESTRUTURAÇÃO TERRITORIAL A criação do bairro remete ao contexto histórico de desenvolvimento da cidade de Goiânia. A cidade fundada em 1933 atraiu migrantes do país todo, e enquanto o plano era implantado, áreas às margens do Córrego Botafogo eram ocupadas. Assim, a margem direita do Córrego se adensou, formando bairros periféricos ao plano da cidade, gerando segregação espacial urbana. Esta história de criação e formação da cidade está aliada à construção da ferrovia, juntamente com outros bairros próximos, como a Nova Vila, Vila Nova, Criméia e Fama. A Nova Vila faz parte do chamado setor Leste, que seguia regulamentações do Código de Edicações de 1947, onde consta a planta urbanística da margem direita do Córrego Botafogo – que desde sua criação foi muito ocupada por famílias de operários da construção civil que vieram para a construção de Brasília, ocupando ainda mais o Leste da cidade, muito embora o plano original previsse para a região a possibilidade de criação de um polo industrial (MATTOS, 2008). Embora a ocupação destes setores tenha se iniciado ainda na década de 30, a urbanização só começou no nal dos anos 60, quando as ruas começaram a ser asfaltadas, rede elétrica, de água e esgoto instaladas. Apesar do lento processo de urbanização, com o crescimento da cidade nos anos seguintes, essas áreas se desenvolveram muito rapidamente devido a sua localização, Assim, surge o setor Nova Vila, que no Censo 2010 possuía uma população de 1.747 pessoas (1) e que hoje recebe o Parque Agropecuário que ocupa cerca de 50% de sua área total, sem uso recorrente.
A=136.736,9
Pecuária Marginal Botáfogo
Quinta Avenida Córrego Botáfogo
N
0
100
200
300
400m
I 10
HISTÓRICO DO LOCAL O Parque de Exposições Agropecuárias Dr. Pedro Ludovico Teixeira é administrado pela SGPA (Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura), fundada em 19 de Maio de 1941 pelo pecuarista Altamiro de Moura Pacheco, que contribuiu também com a implantação de setores importantes em Goiânia, como exemplo o Setor Santa Genoveva, assim como a implantação do antigo aeroporto, que só foi feita após a doação de cerca de 100 lotes. A história do Parque de Exposições se confunde com a história da cidade pois ela é a mais antiga entidade goiana ligada aos produtores rurais deste seguimento. A área em sua constituição atual foi doada pelo governo do estado no ano de 1970, como concessão. O Parque de Exposições e a sede da SGPA são de suma importância econômica e cultural (uma vez que cedia eventos característicos e possui um museu) para a cidade. Entretanto, como já mencionado, além dos tumultos gerados com o evento que acontece entre maio e junho, a ociosidade fora do período de exposições gera prejuízos para a cidade, que poderia aproveitar do espaço de outras maneiras. Entre os problemas, foram citados pelo Ministério Público em 2011 reclamações de poluição do solo, hídrica, sonora e visual, além de transtornos gerados pelo excesso de trânsito. Neste ano foi realizada uma ação de execução contra a SGPA que determinava a transferência do Parque em um prazo de quatro anos. Uma das propostas previam a transferência do parque para a região norte da capital, no Jardim Guanabara, mas esta não possui previsão para sua realização.
I 11
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I 14
DIAGNÓSTICOS MOBILIDADE
8 RUA
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A análise da hierarquia viária destaca a centralidade da área, que é cercada por vias arteriais e coletoras importantes, como a Av. Independência e a 5 Avenida, ambas vias arteriais e a Marginal Botafogo, que é uma via expressa. Devido aos recentes problemas na Marginal, que ocasionaram no bloqueio de suas vias, a área do Parque de Exposições está recebendo ainda mais fluxo de trânsito vindo de outros lugares, como forma de desvio.
BOTA
RUA
Via expressa Via arterial Via coletora Via local Área da Pecuária
227
FOGO
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D AV. IN
FIGURA 1: Mapa de Hierarquia Viária N
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O estudo da intensidade de fluxos mostra como a área de intervenção é rodeada por vias de grande fluxo, com exceção da Rua 250, entre a SGPA e a Feira da Marreta. A Avenida Um apesar de ser considerada coletora, atua como via arterial, o que causa transtornos em horários de pico. Considerando ainda a existência da Av. Independência e da Marginal, os moradores da região reclamam da elevado nível de incomodidade sonora.
INAL
Fluxo intenso Fluxo moderado Área da Pecuária
227 IA
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FOGO
BOTA
RUA
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FIGURA 2: Mapa de Intensidade de Fluxos
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200m
N
FIGURA 3: Mapa de Raio de Inuência dos O estudo da intensidade de fluxos mostra como a área de intervenção é rodeada por vias de grande fluxo, com exceção da Rua 250, entre a SGPA e a Feira da Marreta. A Avenida Um apesar de ser considerada coletora, atua como via arterial, o que causa transtornos em horários de pico. Considerando ainda a existência da Av. Independência e da Marginal, os moradores da re g i ã o re c l a m a m d a e l e va d o n í ve l d e incomodidade sonora.
O levantamento do raio de influência dos pontos de ônibus em Goiânia é considerado de 500m e, embora possuam uma grande quan dade de linhas de ônibus, os pontos não são tão sa sfatórios, não tendo estrutura alguma na Rua 227 e na Fuad Rassi em apenas um dos lados da via, conferindo insegurança e desconforto ao usuário. Cabe ressaltar a falta de manutenção destes pontos de ônibus.
F NG. AV. E
400, 401 Eixo Circular - Independência
UAD I
S RAS
268, 269 Eixo Campus - Centro 104, 225, 258, 262, 280 - Eixo Vera Cruz 900, 913, 914 - Linhas Citybus IDA VEN TA A QUIN
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263 - Eixo Campus - Pça da Bíblia 302 - Eixo Campus - Marista 264, 581 - Linhas alimentadoras
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MOBILIDADE G
O
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Ponto de ônibus
250
Área da Pecuária
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50 100
FIGURA 4: Mapa de Linhas de Ônibus
200m
I 16
Rua de comércio que privilegia o veículo individual
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200m
FIGURA 5: Mapa de Indicação da Localização dos Pers da Via
Calçadas desregulares
Excesso de espaços que privilegiam veículos individuais
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I 17
Rua de comĂŠrcio que privilegia o veĂculo individual
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DIAGNÓSTICOS GABARITO E ÁREAS CONSTRUÍDAS
1 pavimento 2 pavimentos 3 pavimentos 4 pavimentos 20 pavimentos Área da Pecuária
A região é predominantemente baixa, com residências térreas ou com dois pavimentos, normalmente de uso misto. Edifícios em altura, com mais de vinte pavimentos, estão aumentando recentemente nos setores vizinhos, com muitos edifícios ainda em construção, o que pode posteriormente atrapalhar a ventilação e aumentar ainda mais o uxo de veículos, a área terá também mais
I 19
pessoas e poucas áreas de entretenimento. A maioria dos lotes são estreitos e compridos, resultando em casas construídas na parte dianteira dos lotes e com fundos vagos ou com pequenas construções, ou resultando em casas no fundo do lote, utilizando a parte dianteira como comércio. Existem também muitas edicações subutilizadas ou abandonadas, apesar de ter muita área construída.
vegetação
cheios
uxo de pedestres N
0
50 100
200m
FIGURA 6: Mapa de Relação Área Construída, Vegetação e Fluxo de pedestresI
vazios
N
0
50 100
200m
FIGURA 7: Mapa de Cheios e Vazios I
I 20
DIAGNÓSTICOS VEGETAÇÃO/ÁREA PERMEÁVEL/INSOLAÇÃO E VENTOS
árvores área permeável água Área da Pecuária FIGURA X : Perspectiva isométrica dos elementos naturais
Os desníveis mais acentuados acontecem em direção ao Córrego Botafogo, mas que não atinge com muita relevância a área de intervenção, que se encontra em uma parte mais plana do terreno, exceto pela fenda ao lado do estacionamento, resultado da estrada de ferro. Quanto à insolação, a maior dimensão da quadra é no sentido
I 21
sudoeste/nordeste, que permite um bom aproveitamento de fachadas norte e sul; Os ventos não encontram barreiras físicas acentuadas, mas pode acontecer, devido ao uso do solo da região que permite a construção de mais edifícios em altura.onadas, apesar de ter muita área construída. Já a arborização na área circundante é pontual e ponto signicativa,
tendo mais destaque na área de intervenção em si. Como já citado anteriormente, a carência por áreas permeáveis, espaços de lazer e ócio é evidente, além do exposto nos percursos percorridos pelos pedestres indicarem a falta de sombreamento nas calçadas. O único ponto com mais arborização é onde ocorre a feira, no atual estacionamento.
AV. EN
Vento Noroeste Período Chuvoso
G. FU
Vento Leste Período Chuvoso e Seco
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FIGURA 8: Mapa de Topograa, Área permeavel e Vegetação
200
Vento Sudeste Período Seco
0
50 100
200m
FIGURA 9: Mapa de Insolação e ventos dominantes
I 22
DIAGNÓSTICOS EQUIPAMENTOS E RAIO DE INFLUÊNCIA CRER
Comercial Serviços Misto Residencial Institucional Abandonado
Marginal Bótafogo
Área da Pecuária
O setor tem caráter predominantemente residencial, mas apresenta diversos usos, a maioria do comércio se localizando na Av. Um e na Av. Fuad R assi, assim, os moradores da área possuem e são atendidos por uma infraestrutura básica. Nota-se a ausência de equipamentos culturais e de lazer.
I 23
FIGURA X : Mapa de Usos
O segundo uso predominante é o misto, com comércio e residência, principalmente nas faixas frontais das quadras. O uso comercial concentra-se no Setor Leste Vila Nova e nas principais avenidas. O uso de serviços, constituído principalmente por bancos e hospitais também é signicativo na área, trazendo novos usuários ao local.
Feira da Marreta
10
9 8 1km Rodoviária de Goiânia.01 Praça do Trabalhador.02 Rua 44.03 Parque Mutirama.04 Secretaria Municipal de Finanças de Goiânia.05 Feira da Marreta.06 Emegê.07 Centro de Reabilitação e Readaptação (CRER).08 ASSESGO.09 Secretária da Fazenda do Estado de Goiás.10
7 6
1 2
5 3
4 N
I 24
DIAGNÓSTICOS MAPA DE POPULAÇÃO POR QUADRA E RENDA POR QUADRA
Entre 307 e 604 Entre 604 e 901 Entre 901 e 1199 Área da Pecuária
FIGURA 10 : Perspectiva Isométrica de População por quadra
R$510 - R$755 R$755 - R$1020 R$1020 - R$1750 Área da Pecuária
I 25
FIGURA 11 : Perspectiva Isométrica de renda por quadra
4.125
8.250
12.375
16.500
0
Nova Vila Criméia Leste N. Ferroviário L. V. Nova Negrão de Lima V. Jaraguá V. Monticelli FIGURA X: Gráco do Numero de habitantes por bairro.
V. Monticelli 11%
Nova Vila 10% Criméia Leste 13%
V. Jaraguá 22%
N. Ferroviário 12%
Vila Froes 16%
L. V. Nova 17%
FIGURA X: Gráco de densidade Demográca por bairro.
0
5.250
10.500
15.750
21.000
Total de 38.760 habitantes na região. FIGURA X: Gráco da destribuição estimada de mulheres e homens nos bairros do entorno.
I 26 Fonte dos grácos: SEPLAN
A PECUÁRIA ANÁLISE DA ÁREA
EIXO PRINCIPAL
Vegetação Área Permeável Edifícios
N
0
50
100
ACESSO PRINCIPAL
FIGURA 12 : Implantação
1 1
I 27
1
Poste
Som
Luminária
Lixeira
N
0
50
100
FIGURA 13 : Levantamento do Mobiliário
I 28
ESTUDO DE CASO
CENTRO PARAOLÍMPICO BRASILEIRO
I 29
I 30
ESTUDO DE CASO
EXPANSÃO DO PARQUE DA EMANCIPAÇÃO
I 31
I 32
ESTUDO DE CASO
COMPLEXO AQUÁTICO ALMENDLI
I 33
PARTIDO QUADRO SÍNTESE
Problemas(-) e Potencialidades(+)
Macro:
- Grandes vias que dão acesso ao local (+); - Grande quan dade de linhas de ônibus passam pelo local (+); - Área u lizada em seu potencial poucas vezes (-);
Meso:
- Área que está entre vários bairros mas não os conecta nem fisicamente nem visualmente (+/-); - Pouca ou nenhuma via para pedestres e ciclistas (-); - Não acrescenta para a paisagem urbana (-);
Micro:
- Espaço muito grande para abrigar uma grande diversidade de a vidades (+); - Arborização abundante (+); - Estruturas existentes subu lizadas (+/-); - Acessibilidade deficitária (-); - Elementos constru vos que criam uma iden dade ao local (+);
I 35
PECUÁRIA Diretrizes do projeto
PROJETOS URBANOS ii
Princípio de projeto
ALUNOS:
- Propor linha de transporte público que passe na área;
ANA REIS LARISSA FLEURY LUCCAS CHAVES MARIA EDUARDA ALVES PRISCILLA FREIRE RAFAELA LOBO RONEY H MOREIRA
- Criar espaço para suprir o déficit de lugares em Goiânia para grandes eventos; Paisagem Urbana
-Criar eixos de circulação para pedestres e ciclistas que conectem os bairros da região; - Desenvolver um projeto paisagís co que seja agradável sensorialmente;
- Definir a vidades que serão contempladas no espaço (Ex.: equinoterapia, esportes de quadra e pista, etc.);
Conexão
Permeabilidade
- Aproveitar das árvores existentes e aumentar a quan dade para criar um espaço de extremo conforto térmico e visual; - Selecionar algumas estruturas existentes, que possua iden dade do local, para atribuir usos diversos (Ex.: áreas de recreação infan l, espaço para pilates, alongamento, etc.); - Desenvolver percursos acessíveis e confortáveis para idosos e PCD; - Propor elemento constru vo que fique na memória das pessoas como iden dade do local (Ex.: barra dos corredores do eixo Anhanguera);
FAV-UFG Goiânia, 2018
Convivência
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SÍNTESE DE DIAGNÓSTICO PREMISSAS DE PROJETO
MARGINAL BOTAFOGO
FLUXO DA 44 E RODOVIÁRIA
5ª AVENIDA
AV. ARAGUAIA
Criação de Eixos de Conexão: A área de intervenção constui um elemento de interrupção na malha viária, uma barreira síca e visual que diculta a mobilidade urbana. As diretrizes para esses eixos priorizam a escala da cidade, com a mobilidade do pedestre e do ciclista a partir de vias de
I 37
acesso exclusivo para eles, além de infraestrutura para passeio e ciclovias propondo, também, a inserção de tais elementos ao longo das ruas próximas.Equipamentos Urbanos e Lazer: Propõe-se a criação de uma área exclusiva para o pedestre e ciclista, fora do Parque de Exposições, onde
hoje é o estacionamento, trabalhando o paisagismo de modo a oferecer espaços de lazer e convívio, local próprio pra realização de feiras, quiosques e equipamentos de apoio ao ciclista.
Paisagem Urbana: Através da retirada do muro que envolve o perímetro da área de intervenção, propõe-se fechamentos alternativos, que permitam que a área funcione como ponto de encontro e não segregação. Considerando a concentração de famílias nos bairros do entorno e que o espaço estudado não conta
pecuária seja o mais novo centro de convívio e interação dos moradores e das pessoas que transitam por ali, sem que isto aumente diretamente o uxo de transito.
com atrativos de lazer para estas pessoas, a proposta se resume em criar um Centro Poliesportivo público, com áreas de transições entre o que possui acesso controlado e o que é de livre acesso, contando com bares e restaurantes que conectam a proposta externa do parque com a interna, fazendo com que a região da
N
0
50
100
Rua para pedestres
Restaurante
Atividades indoor
Vegetação
Complexo aquático
Esportes de areia
Espaço de lazer em potencial
Esportes de quadra e grama
200m
I 38
PARTIDO COMPLEXO ESPORTIVO E DE LAZER
ESTRUTURAS RETIRADAS Edifícios/estruturas mantidas adaptadas Edifícios/estruturas a serem removidos
Retirada do envoltório (muro)
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Paisagem Urbana
Conexão
Permeabilidade
O primeiro passo no processo prático do projeto, foi a retirada do infame muro branco que caracteriza o espaço da pecuária como uma grande barreira física e visual. Foi feita uma seleção entre as estruturas existes na pecuária a m de permanecer com aquilo que mantêm a história do local e o
laço com o batismo cultural de Goiânia. Além de aproveitar estruturas de qualidade já existentes. Com base nesses preceitos, as baias, o espaço de rodeios e o edifício da SGPA foram mantidos pensando em readaptá-los para novos usos dentro do complexo de esporte e lazer.
I40
PARTIDO COMPLEXO ESPORTIVO E DE LAZER
EIXOS DE CONEXÃO Rua pedonal Principais eixos de conexão - Para pedestres, ciclistas e transporte público
Eixos de conexão secundários Vias a serem conectadas
2
1
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Conexão
Permeabilidade
1
RU
A2
50
2
A partir do traçado das vias principais do entorno surgiu a necessidade de conectar os bairros que circundam a pecuária. A partir desses eixos o desenho do projeto começa a tomar forma. Os espaços de conexão entre eixos tem potencial como nódulos de atração.
Através da análise de uxos, decidiu-se fechar a Rua 250, fazendo um largo passeio pedonal com espaços de permanência e ciclofaixas.
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PARTIDO COMPLEXO ESPORTIVO E DE LAZER
NOVAS ESTRUTURAS Cobertura que integra espaços de esporte indoor Espaço para esportes aquáticos Áreas de comércio e serviços Espaços de auxílio para arquibancada, quadras abertas, atletismo e campo Cobertura que integra os espaços de esportes de quadra
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Paisagem Urbana
Permeabilidade
Convivência
Para abrigar o programa de complexo esportivo a estrutura mantida precisa ser adaptada e novas edicações construídas. Foi pensando que os ambientes de mesmo uso podem compartilhar de uma mesma cobertura para dar unidade e identidade para os diferentes setores.
A intenção é chegar em uma arquitetura de sombra, que se aproveita da vegetação e das coberturas para oferecer espaços urbanos adequados para o clima de Goiânia.
I 44
PARTIDO COMPLEXO ESPORTIVO E DE LAZER
NÓDULOS E CONCENTRAÇÕES Estruturas novas Nódulos de atração Critérios: - encontro entre eixos de conexão - espaços de sombra - proximidade com edifícios de uso comercial e serviços
Concentração de áreas verdes Critérios: - conexão com área verde existente - Bosque Botafogo e Parque Mutirama - barreira física menos agressiva
Via Pedonal
- espaços de permanência e lazer - estação de apoio ao ciclista
playground e lazer
permanência descanso
Barreiras físicas para pedestre - posicionada em áreas próximas a vias de grande fluxo e/ou necessitam de maior fechamento e controle
I 45
Paisagem Urbana
Conexão
Permeabilidade
alimentação, permanência, descanso, eventos noturnos
Convivência
Para atender a diferentes públicos foi pensado um conjunto de nódulos atrativos com diferentes características. A diversidade de espacialidade pretende fomentar a vivência do local de forma contínua e permanente. Como alterativas para a hostilidade do muro foram
propostos barreiras através de massa vegetativa e painéis perfurados de forma a estabelecer limites sem causar prejuízos à paisagem urbana.
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