Revista Colorful Tip

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COLORFUL TIP

Número 1 Abril/2012

Alves Editora

DESIGN

Entenda o motivo

A MTV mudou sua identidade visual

ILUSTRAÇÃO ENTRE VISTA Magomed Dovjenko

E muito

mais 1



COLORFUL TIP

Número 1 Abril/2012

Ilustração

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Entrevista com Magomed Dovjenko,um jovem ilustrador que faz trabalhos pra Adidas,Nike dentre outras.

Design

10 EXPEDIENTE Diagramação Marina Alves

Editora Chefe Marina Alves

Saiba mais sobre a MTV! A história da emissora e as mudanças na identidade visual.

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4 Tipografia

Eco Design

Tecnologia

14 Fotografia

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Coordenação Rangel Sales

DISTRIBUIÇÃO Alves Editora 1.000 exemplares

Processos 3


TIPOGRAFIA

Retratos tipográficos Brincando com imagens e fontes Tipografia não é apenas escolher uma fonte bonita, mas a forma como arrumamos as letras no layout, decidindo o tamanho, peso e tipo de fonte adequados para transmitir a mensagem do jeito mais simples. Nossa escolha de palavras e fontes para esta imagem funciona bem com o retrato que desejamos criar, mas encorajamos você a experimentar com suas próprias fontes e palavras para obter resultados únicos relevantes no retrato construído. A hora é de brincar com fontes, fundos texturizados e gradientes. Você pode ser tão detalhado quanto desejar. Experimente estas instruções e deixe voar sua imaginação. Pode ser muito bem aplicada em meios publicitários ou artísticos e é esse ponto o que atrai a atenção. As obras feitas quase que puramente com palavras dispostas formando desenhos, sejam com objetivos de transmissão de idéias ou pela beleza do feito.

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ILUSTRAÇÃO ENTRE VISTA

Magomed Dovjenko Apesar de ser bastante jovem ele já fez trabalhos incríveis para empresas respeitáveis como Reebok, Adidas, Diesel e muitas outras.

Nos fale mais sobre seu background em arte e design e o que fez você se tornar um artista e designer. Desde criança, eu sempre desenhava e rabiscava coisas junto com meu pai. Ele me ensinou a desenhar, até que consegui desenhar meus primeiros personagens, e esse foi o meu começo! Alguns anos depois (3 anos atrás) eu quis levar isso a outro nível por diversão, então tentei fazer meus trabalhos de maneira digital, via Photoshop. Então depois de experimentar por um ano, finalmente me entreguei para a ilustração, o que faço profissionalmente hoje. Seu trabalho é bastante único e criativo. De onde vem sua inspiração? Vem principalmente da música e de artistas ao meu redor, e também de tudo que vejo. Você precisa manter seus olhos sempre abertos para tudo, pois nunca sabe o que vai inspirar você, o importante é estar aberto a inspirações diferentes. Você poderia descrever para nós o seu processo típico de trabalho em um design? Acredito que a primeira parte é fazer um brainstorming sobre as idéias, para depois começar o rascunho no Illustrator e visualizar minhas idéias. Mais tarde eu passo tudo para o

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Photoshop e finalizo. Algumas vezes eu desenho mais elementos no Illustrator para adicioná-los na ilustração principal que está sendo finalizada no Photoshop. Eu também desenho muita coisa com grafite/tinta, que posso scanear e “retouch” para montar na composição. Quais são suas ferramentas de trabalho, em termos de hardware e software? Minhas principais ferramentas são Illustrator e Photoshop, mas a lgumas vezes eu preciso pegar meus lápis e desenhar elementos, eu adoro o look que eles dão quando misturados ao trabalho digital, dá um efeito mais interessante que uma ilustração puramente digital. Na sua opinião, quais são os prós de ser um designer? Se você tiver sorte vai ter oportunidade de trabalhar com as pessoas que gostaria, como músicos ou algo assim, você poderá ver suas camisetas sendo vendidas em grandes lojas, o que dá a você um ótimo nível de orgulho do seu trabalho. Além disso você pode ainda ser contratado por uma agência fora do país, e ganhar experiência, por exemplo, pode aprender a língua do país, socializar com as pessoas, etc. É muito bom quando vemos nosso sucesso, isso nos dá força para seguir em frente.


Como o seu trabalho como artista e designer influencia sua vida? Você sente que vê as coisas ao seu redor de maneira diferente? Com certeza tem algumas coisas fluindo de maneira diferente agora! Você vê a maioria das coisas de maneira diferente, por exemplo, antes de eu começar a fazer Ilustrações/Design Gráfico/etc., eu adorava todos aqueles anúncios que as pessoas faziam para seus clientes, mas hoje em dia eles parecem muito diferentes aos meus olhos, na maioria das vezes de maneira negativa. E quando você tenta explicar a seus amigos o que está errado em alguma coisa eles acham que você é louco,haha. Você tem uma sensação diferente das coisas que vê ao seu redor, você não se impressiona tão facilmente como antes pois é mais experiente e mais crítico que antes, então você julga as coisas de maneira diferente.

meses do ano, essa é a época onde as coisas ficam mais ocupadas para mim. Esperem projetos interessantes para 2010 de mim, até lá, fique ligado. Para encerrar, você tem alguma dica para novos artistas e designers? Nunca deixe de querer mais, de melhorar e de alcançar objetivos. Busque fazer o melhor sempre, assim as outras coisas não serão tão difíceis comparadas a seu grande objetivo. E se chegar ao ponto de atingir seu grande objetivo, siga em frente. Simples. Obrigado pela oportunidade!

Quais são seus projetos futuros? Estou atualmente trabalhando em uma série de ilustrações para a Nike football,, também estou fazendo algumas camisetas para a Nike que serão vendidas na Footlocker da Europa. Estou trabalhando também em 3 camisetas para a Lamar Odom’s Clothing label “ Rich Soil “ e tenho outras coisas secretas em progresso... Eu realmente fiquei mais produtivo nesses últimos

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ECO DESIGN

Por uma

mais verde Um jovem estudante universitário inglês, propôs-se reinventar a garrafa de Coca-Cola.

Antes de estranhar o formato quadradinho, que lembra uma tetra-pak, preste atenção nos detalhes. A boca foi colocada em um canto, o que facilita para quem quer tomar direto do gargalo e a quantidade de refrigerante dentro continua a mesma. No entanto, essas garrafas transformam a estrutura curvilínea da Coca-Cola (e da maioria dos refrigerantes) em cúbicas, permitindo um ganho de espaço em armazenamento e em transporte. Sendo 25% mais “magras” do que a garrafa comum, elas acabam sendo 27% mais eficientes já que todo o transporte, inclusive para a reci-

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clagem, é mais fácil. Ela é 100% feita de subprodutos da cana de açúcar (nada de petróleo) e, ao ser amassada, fica 66% menor que as garrafas normais (ou seja, cabem mais garrafas no veículo de coleta). Todas as medidas da nova garrafa também foram pensadas para se encaixarem nas máquinas de venda de refrigerante e geladeiras já existentes. Boa surpresa também é saber que um projeto bem pensado (e bonito) como esse surgiu como trabalho de faculdade do designer Andrew Seunghyun Kim. Será que a Coca Cola teria interesse em investir nesse tipo de mudança?


Por quê mudar? O impacto ao meio ambiente

A cada cinco minutos são utilizados dois milhões de garrafas de plástico apenas nos Estados Unidos. Não será difícil ou errado deduzir que uma grande parte dessas garrafas pertencem à Coca-Cola, e não estariam apenas cheias da bebida homônima, já que a famosa e poderosa marca comercializa outras, como é o caso da Sprite. Tal quantidade de plástico acarreta emissões de carbono consideráveis e o prezado design das garrafas PET em pouco ou nada ajuda. Pela observação, lógi ca e simplicidade, o jovem estudante universitário inglês, Andrew Kim, propôs-se reinventar a garrafa de CocaCola, com bastante sucesso, deve dizer-se. As garrafas de plástico ocupam demasiado espaço, não o aproveitando convenientemente, cheias ou vazias, e apesar de 100% recicláveis, apenas 50% das garrafas distribuídas chega a ser reciclada. Se pensarmos no transporte: camiões, contentores de navio, entre outros, são rectangulares… Porque não dar essa mesma forma às garrafas?

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DESIGN

Identidade visual A MTV não é mais só sobre música e dispensa, em seu novo logotipo, a descrição “Music Television.”

Um corte na base, a eliminação da Music Television, uma esticada na horizontal e uma simplificação dos traços do TV. Essa é a mudança VISUAL do logotipo, que aliás foi feito pela equipe de design da própria MTV americana. E, indo diretamente contra o projeto feito pela Universal Everthing, o logo sofrerá sim intervenções. Bem, na verdade o logo irá interferir em imagens.

Necessário. Essa é a palavra que uso para definir essa mudança. Principalmente quando se trata da retirada do MUSIC TELEVISON (que aliás, já havia acontecido na MTV Brasil, que tem uma administração a parte da matriz americana, segundo artigo do André Sens do blog Televisual. A anos que a MTV, como um todo, não é mais um canal musical, como em suas origens. Hoje se trata de um canal (uma rede) de entretenimento e cultura pop para adolescentes. E não existe problema nenhum nisso visto do ponto de

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vista empresarial. Eles simplesmente expandiram o foco de atuação e evoluiram na oferta de conteúdo da MTV. Como manter uma tagline como aquela se a empresa havia mudado, há anos, sua atuação? Isso já era perceptível, já que segundo Tina Exharos, vice presidente de marketing da MTV, essa mudança vinha sendo discutida há 10 anos, e somente agora resolveram adotá-la. Mexer num dos maiores ícones da cultura musical, simbolo de uma revolução que marcou uma geração, que quebrou paradigmas, sendo uma das maiores influências de uma década toda (impossível pensar anos 80 sem pensar em MTV) é, no mínimo, uma baita responsa. Isso porque é uma faca de dois cortes: ou você será aclamado pelo trabalho ou será sempre lembrado como o cara que ferrou com o logo da MTV. Acredito que, por saber disso, a empresa convocou o próprio setor de design para o trabalho. Esses caras trabalham diariamente com a marca e eles, melhor que ninguém, conhecem o que ela significa e o desastre que seria tentar um novo projeto. Por isso estou certo que manter o logotipo da Manhattan Design com pequenos ajustes no TV e o crop, que traz a menção ao padrão widescreen, foi uma decisão acertada. O restante é estética.


O começo A MTV nasceu em 1 de agosto de 1981, com investimentos de um conglomerado formado pela Warner e a American Express como o primeiro canal (a cabo) do mundo com 24 horas de videoclipes musicais. Fred Seibert foi chamado para ser o primeiro Diretor de Criação do canal, que convidou seus amigos Alan Goodman, para ajudar na estratégia e nos esforços promocionais, e o jovem Frank Olinsky e seu pequeno estudio Manhattan Design para a elaboração da identidade do canal. Após alguns desenhos, chegaram a algumas sugestões. A primeira delas é essa que vocês podem ver abaixo.

Após verem que esse logo era um desastre, todos voltaram as mesas para novos desenhos.

Foi então que alguém desenhou o grande, bold e largo “M”. Após estudos, refinamentos e muito tráfego entre Manhattan Design – Escritório de Seibert – Manhattan Design, o projeto estava aprovado (não pela Warner Amex mas pelo diretor da futura MTV). O mais revolucionário desse projeto veio depois da aprovação. “O logo é legal mas não tem nada que o faça saltar entre o mais de 30 canais que irão concorrer com a MTV pela audiência.” – frase de Seibert sobre o logo. Foi quando surgiram as variações. Em setembro de 1980, Saibert apresentou o projeto aos chefões da Warner Amex, que de The Music Channel passou para MTV: Music Television. Quando os executivos lhe perguntaram sobre qual das opções de cores seria usada, Saibert respondeu um sonoro “todas elas e muitas outras”. Era lançado o primeiro logo mutante (bem familiar isso não?).

A identidade visual e o logo da MTV receberam o prêmio de design excellence da Clio Awards e do New York Art Director’s Club e o título de (um dos) Produto do Ano da revista Fortune.

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TECNOLOGIA

Retrô high-tec

Novo Fiat 500 : charme e tecnologia. Depois de 50 anos de estrada, o Fiat 500 desembarca no Brasil. O visual lembra os anos 50, mas o carrinho tem muita tecnologia. Por trás do design retrô e do motor 1.4 16V (que desenvolve 100 cavalos de potência), é a tecnologia que chama atenção no compacto Fiat 500. Ao sentar no carro, já possível observar no volante os botões para ativar os comandos do Blue&MeTM. Com eles, o motorista atende e faz ligações do celular. E pode ainda consultar a agenda de números de telefone. Além disso, a tecnologia alerta, com um sinal sonoro, para os recados SMS que chegam . Deslizando o olhar pelo painel do carro, chegase ao sistema de som, compatível com CDs comuns ou de MP3. Um olhar mais apurado e os olhos atingem uma porta USB para conectar pen drives com músicas da discoteca do PC. No painel do carro, uma tela se destaca: é o controle do ar-condicionado. Neste local, mora um sistema de climatização avançado, com sensores espalhados do lado interno e externo do

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carro. Com os dados obtidos por eles, o sistema avalia se a temperatura e a distribuição do ar internamente estão agradáveis para o corpo humano. Caso não, o Fiat 500 ajusta o ar climatizado para deixar a temperatura de acordo com a necessidade motorista.


O novo já nasce velho

Designer cria celular para Samsung com discador giratório. A cada ano, os celulares evoluem, incorporando novos recursos tecnológicos. Mas o designer Raymond Bessemer resolveu inovar, inserindo o passado no presente. Esse é o Jot, uma espécie de celular que substitui o teclado digital pelo giratório dos telefones antigos. A princípio, a ideia pode soar insólita e do outro mundo, mas o projeto foi desenvolvido para a Samsung. O designer incluiu no projeto um touchpad e uma caneta, já prevendo que não seria muito fácil mandar uma mensagem de texto através do teclado giratório. De acordo com um blog de design estrangeiro, que divulgou a inovação, o celular possui um display OLED capacitivo e foi projetado para ser produzido em 2015. Resta aguardar para ver se esse novo tipo de celular vai realmente para frente e se vai encontrar público no mercado.

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FOTOGRAFIA

Dicas para fotografar shows O objetivo aqui é somente dar uma clareada para os iniciantes que desejam se aventurar nesse ramo que, pra mim, é um dos mais divertidos da fotografia.

Por Amanda Almeida Objetiva Muita gente acha que não vai se dar bem fotografando um show por não ter uma objetiva potente, preferencialmente uma tele. É óbvio que quanto melhor e mais qualidade ótica sua lente tiver, mais fácil e satisfatório será o resultado final. Mas isso não é obrigatório. Possuo apenas 3 objetivas, todas básicas: a28-105mm f/3.5; a 75-300mm e a famosa cinquentinha, a 50mm f/1.8, a única ‘clara’ que tenho. Esta última sim, tem uma qualidade ótica bem superior às outras. Nenhuma delas possui estabilizador de imagem. Ou seja, tirando a 50mm, elas não são objetivas claras, não tem um alcance muito poderoso e não são as top do mercado. Mas sim, consigo fotos muito boas com ela! Como? O fotógrafo contratado sempre tem acesso livre e área reservada bem em frente ao palco e antes da platéia. Por isso ele não precisa de uma tele! No meu caso, eu nem era a fotógrafa contratada, fotografei no meio do público mesmo, mas cheguei cedo e escolhi um local privilegiado. Essa é a grande sacada! É preciso escolher um local onde você tenha uma boa visão do palco e, se possível, te permita andar e fotografar ângulos, posições e enquadramentos diferentes. 1.1- ABERTURA Como minhas lentes são escuras, normalmente preciso usar o máximo abertura disponível. Como o ambiente de shows é escuro, é necessário fazer um verdadeiro cálculo, relacionando a abertura com velocidade e ISO. Deixando a maior abertura possível, uma maior quantidade de luz vai penetrar o sensor, fazendo com que se consiga utilizar ISOs menores.

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Velocidade Shows normalmente são agitados, por isso a velocidade não pode se muito baixa. Suas fotos ficariam todas borradas e tremidas. Tente não usar velocidade menor do que 1/60. O que vai determinar a melhor velocidade é se você está num show de metal ou num voz e violão. Brincadeiras a parte, a escolha certa do ISO e da abertura lhe dá uma maior gama de velocidades adequadas a se usar.

Iso O ISO nada mais é que a sensibilidade que o sensor de uma câmera tem à quantidade de luz que ele recebe. Quanto mais escuro o local, mais necessário se faz aumentar o ISO. Mas aí temos um grande problema: ISOs altos causam granulação (ruído) na imagem. E então, o que fazer? Testes. Coloque um ISO intermediário e veja como sua foto ficou. Se depois de tudo ajustado adequadamente a foto ainda ficar escura, vá aumentando o ISO até chegar a um bom resultado. Para nossa sorte, a tecnologia neste quesito está muito avançada e mesmo as câmeras mais simples que estão sendo lançadas no mercado permitem a utilização de ISO’s altos, tendo níveis muito baixo de granulação! Isso é uma belezura e um dos meus sonhos fotográficos.

Flash De maneira alguma use flash! A não ser que o show seja no bar da esquina ou no quintal de casa, totalmente sem iluminação especial. A banda contrata um iluminador e passa uma

parte do seu tempo escolhendo a sequencia de luzes não é atoa. É porque essas luzes dão uma beleza incrível ao espetáculo. São as luzes que dão o clima, o tom, a energia e o astral arrepiante de um show. Jogar um flash ali vai sumir o jogo de cores, deixando tudo muito sem graça. Conhecer a banda e tentar memorizar a ordem da iluminação ajuda e muito no resultado. Se não tiver essa oportunidade, no começo de cada música observe como as luzes se comportam. Veja como elas interagem com os integrantes da banda e com os instrumentos. Como o jogo de luz costuma se repetir no desenrolar da música, você conseguirá pegar efeitos interessantes.

Não use flash!

Expressões O último tópico das dicas, mas não menos importante. Costumo brincar que fotografia é diferente de foto. Foto todo mundo faz, basta apertar o botãozinho e pronto. Essas fotos que vemos em orkut e facebook são exemplos disso. Galera vai no show, tira umas fotos, registra o momento e pronto. A fotografia é diferente. Além de todos os conceitos descritos acima, o essencial para registrar perfeitamente um show é captar a emoção proporcionada por ele. Para isso, nada melhor do que conseguir capturar a feição emocionada dos seus integrantes. Seja cantando uma música romântica, seja liberando toda a energia do rock pesado, são as expressões que mostrarão a todos o quão interessante foi aquele show. E aqui talvez seja um dos únicos momentos (para fotos de shows) que ter um teleobjetiva vai te deixar realmente muito mais feliz.

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PORTFÓLIO

Gabriel Wickbold Cor, energia, luz e texturas são as ferramentas deste jovem fotógrafo brasileiro que faz do corpo humano a sua matéria-prima.

Gabriel Wickbold é um fotógrafo brasileiro com um portfólio invejável. Natural de São Paulo, é um autodidacta que nunca estudou fotografia especificamente, mas confessa sempre ter tido contacto com diferentes expressões artísticas, sendo a sua mãe uma artista plástica, e tendo já trabalhado com poesia e como produtor musical. O fotógrafo de 25 anos formou-se em Rádio e TV na Faculdade de Comunicação e Marketing da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), o que desde cedo o colocou

gabrielwickbold.carbonmade.com

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em contacto com a edição de vídeo, iluminação para televisão, direcção de actores e toda uma mistura de linguagens que lhe permitem agora compor o seu trabalho. No que à fotografia diz respeito, tudo o que aprendeu foi através da leitura, testes por todo o Brasil, contacto com outros fotógrafos e um acumular de referências, culminando no desenvolvimento progressivo do seu modus operandi em estúdio e fora dele. Empirista, a experimentação e a experiência são a sua motivação, e não tendo medo de

tentar coisas novas, assume ser essa a sua busca constante. O trabalho de Gabriel é multifacetado, provocativo, evidenciando cores e detalhes, em imagens emocionantes e cativantes, o que lhe imprime uma identidade forte. A sua fotografia de eleição é o retrato, a base da sua obra é o Homem. Das encenadas e complexas fotografias de estúdio à simplicidade das fotografias de viagem, são as pessoas o denominador comum na criação de imagens que dizem mais do que mil palavras poderiam dizer.


SEXUAL COLOR

Uma releitura do sexo por meio das cores

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PORTFÓLIO

Sexual Color é o mais recente trabalho e, provavelmente, o expoente máximo da sua expressão artística. Nele se conjugam todos os elementos que tem vindo a preservar e a desenvolver com uma nova interpretação da individualidade. Mantém-se a energia e a loucura. A escolha de pessoas diferentes e exóticas recai sobre figuras públicas, e o factor de reinvenção de si próprio é a cor, o abuso desta, da luz e das texturas. Adriane Galisteu, Adriana Bombom, Didi Wagner e Fernanda Paes

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Leme são apenas algumas das personalidades que despiram a roupa, para depois cobrir a pele, sem adereços ou protecção, com camadas garridas de guache, tinta de aerógrafo, chocolate e maquilhagem, numa “releitura do sexo por meio das cores”. Cor e nudez, simplesmente, fundem seios, lábios, cabelos... sob a luz pop, o orgânico confunde-se com o inorgânico, a beleza é redefinida, ao mesmo tempo que a caracterização esconde e despe, revelando novas formas e personagens.


Gabriel fotografou beldades nuas “decoradas” com chocolate, guache, tinta de aerógrafo, areia, urucum etc.

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Processos

CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO

Rotogravura

O princípio da impressão de rotogravura consiste na gravação de pequenos alvéolos na superfície de um cilindro metálico revestido com cromo. Esse cilindro gira dentro de uma banheira com tinta líquida. A tinta então é raspada da superfície do cilindro deixando uma quantidade suficiente dentro desses minúsculos furos ou alvéolos. O substrato a ser impresso (papel, alumínio ou plásticos) é pressionado por um rolo de borracha contra a superfício do cilindro. Então a tinta sai de dentro dos alvéolos e é transferida para a superfície do material que está sendo impresso. A secagem é quase que instantânea da tinta.

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Tinta líquida de secagem rápida por evaporação dos solventes; Fôrma durável para altas tiragens (cerca de 10 milhões de cópias); Imprime sobre qualquer tipo de substrato desde que seja flexível (papel/cartão, alumínio e toda tipo de plástico flexível) Campo de aplicação: Embalagens em geral e Editoria (revistas e alguns livros) Impressão direta.


MERCADO DE ATUAÇÃO

É muito utilizado para embalagens de produtos vendidos em estabelecimentos de autoserviço, graças a uniformidade do entintamento do suporte. Os impressos parecerão ter tonalidades idênticas ao serem expostos lado-a-lado, já que há estabilidade em toda a impressão (ao contrário do offset e da flexo). A opção pela rotogravura é mais comum em rótulos e embalagens (inclusive lataria), revistas coloridas, livros e outros impressos com alta tiragem, que necessitam de alta qualidade de impressão, tenham profusão de fotos e ilustrações e utilizem papéis de qualidade. Também é utilizada para displays plásticos com alta tiragem e, ainda, para livros de luxo.

No Brasil, há grandes empresas dedicadas à Rotogravura para embalagens como: Dixie-Toga, Inapel, Empax, Converplast, Embalagens Diadema, Santa Rosa, Felinto e Zaraplast para se mencionar apenas algumas. Já no mercado editorial há apenas a Editora Abril que tem como principal produto impresso em rotogravura a revista Veja.

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CUIDADOS PARA EVITAR ERROS

Processos

A qualidade da impressão e o alto custo da produção exigem alguns cuidados na preparação dos layouts. Fotos e imagens em meios-tons não devem ser excessivamente contrastadas, mas preferencialmente com nuances ricas de tons – em contrapartida, grafismos muito detalhados, com uso de linhas muito finas não devem conter nuances. Os arquivos de imagem devem ter sempre uma alta resolução (2400 DPI, se possível). Estas providências visam

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diminuir os riscos de perda de definição quando da gravação do cilindro. Também recomenda-se cuidado no uso da tipologia: evitar corpos abaixo de 8 pontos, a fim de não haver serrilhados provocados pela reticulagem, e principalmente quando serifados. Tipos vazados em corpos de texto devem necessariamente utilizar negrito – precaução, aliás, que deve ser tomada em praticamente qualquer processo de impressão.


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O seu novo veículo de

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