Mar i naPant oj a
@Posti tproverbi os
C r i a ç ã od ei l u s t r a ç õ e s es u ad i v u l g a ç ã on ome i od i g i t a l
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA ARTE FACULDADE DE ARTES VISUAIS CURSO DE BACHARELADO EM ARTES VISUAIS
MARINA COSTA PANTOJA
@Postitproverbios Criação de ilustrações e sua divulgação no meio digital
Belém – PA 2017
MARINA COSTA PANTOJA
@Postitproverbios: Criação de ilustrações e sua divulgação no meio digital
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal do Pará, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Artes Visuais. Orientador: MsC. Bruno Monte de Assis
BANCA EXAMINADORA:
______________________________________________________ Prof. MsC. BRUNO MONTE DE ASSIS (Orientador) ______________________________________________________ Prof. MsC. BRISA CAROLINE GONÇALVES NUNES (Membro) ______________________________________________________ Prof. Dr. ERASMO BORGES DE SOUZA FILHO (Membro)
Belém – PA 2017
AGRADECIMENTOS:
A Deus por ter me permitido ficar viva até este momento e espero que muitos mais. Aos meus pais e irmãos pelo apoio moral e financeiro e por me “aturarem” por tanto tempo. Ao professor-orientador Bruno Assis por ter me apoiado e por conseguir ler todas as páginas deste trabalho. À minha irmã Monique por me ajudar a corrigir erros de português e vícios de linguagem, prometo que vou ajudar na correção do teu Tcc. Aos meus colegas de classe que me incentivaram a seguir com a minha pesquisa. À duas pessoas especiais que me ajudaram emprestando ou dando livros e dicas, Volney Nazareno e João de Castro. Aos profissionais que inventaram os antialérgicos e descongestionantes. Aos artistas produtores de conteúdo da internet e professores pois, muito do que eu aprendi foi graças a eles. E às pessoas que estão lendo isto nesse exato momento.
RESUMO
Esse trabalho é o resultado de uma extensa pesquisa a respeito de ilustração e internet, os quais busquei saber mais profundamente sobre desses dois temas, indo desde uma busca historiográfica da ilustração, quando esta surgiu, seu desenrolar durante a história, e na atualidade. Seguidamente, busco discorrer a respeito da posição do artista nas plataformas digitas que, contrapondo com os antigos meios de divulgação da arte, culmina em um olhar auto reflexivo sobre as minhas produções artísticas na mídia social Instagram através do projeto de ilustrações baseadas em versos bíblicos do livro de Provérbios, denominado “postitproverbios”, por meio de: demonstração do processo de elaboração; da análise dos materiais utilizados na criação de algumas das ilustrações já publicadas; do estudo-crítico das ferramentas utilizadas para a divulgação; e da repercussão entre os usuários do aplicativo, tudo isto, através de um método demonstrativo e explicativo, baseado em autores e ilustradores que falam sobre o assunto assim como experiências como produtora de arte e usuária de mídias sociais. Palavras-chave: História da Ilustração. Mídias Sociais. Instagram. Processo criativo. Materiais artísticos.
ABSTRACT This work is a result of an extensive research of two things that I had been living with; illustration and internet which I’ve been tried to know deeply about, starting from a historiographic search of the illustration, throughout the history until nowadays. Then, I researched and talked about the position of the artist on the digital platforms despite the old ways of spreading art, and as a result, a self- critical study about my artistic productions in the social media Instagram, with a project of illustrations based on biblical verses of the Proverbs’ book which is called “Postitproverbios”, showing the criative process and analysis of the materials used to made some of the illustrations that had already been published as well as a critical-study about the artistic tools used on the dissemination and its feedback between the social media users throughout a demonstrative-explanatory method which is based on authors who talk about this subject as experiences like artist producer on the social media too. Keywords: History of Illustration. Social Media. Instagram. Creative Process. Artistic Materials.
SUMÁRIO
# INDICE DE ILUSTRAÇÕES #INTRODUÇÃO
1
#CAPITULO 1: ILUSTRAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO ARTISTICA
2
1.1 Primeiras formas de Ilustrar
2
1.2 Ilustração Religiosa
4
1.3 Renascimento
5
1.4 Ilustração no Oriente 1.4.1 China 1.4.2 Japão
7 7 9
1.5 Ilustração Publicitária 1.5.1 Europa 1.5.2 Estados Unidos 1.5.3 Brasil 1.5.3.1 Primeiras Publicações 1.5.3.2 Jornal 1.5.3.3 Revistas 1.5.3.4 Cordel
11 11 13 16 16 17 17 19
#CAPITULO 2: O ARTISTA E O MUNDO DIGITAL
20
2.1 Ilustração e Tecnologia 2.2 Ilustração como meio do seu tempo 2.3 Profissão Ilustrador 2.4 Áreas de atuação 2.5 Visibilidade 2.6 Comunidades Virtuais / mídia digital 2.6.1 Pinterest 2.6.1.1 Layout e Ferramentas 2.6.1.2 Procura de imagens no feed do Pinterest 2.6.1.3 Botões de ação rápida nas fotos do Pinterest 2.6.1.4 Aba de Atividades 2.6.1.5 Perfil do usuário do Pinterest 2.6.1.6 Adicionar novo Pin 2.6.1.7 Pagina do Pin 2.6.1.8 Pasta de Pins 2.6.1.9 Experiência do Usuário 2.6.2 Instagram 2.6.2.1 Layout e Ferramentas 2.6.2.2 Feed Home 2.6.2.3 Explorar 2.6.2.4 Adicionar foto ou vídeo 2.6.2.5 Marcações e comentários com Hashtag
20 22 24 26 27 28 28 30 32 33 33 34 35 36 37 37 38 40 40 41 41 43
2.6.2.6 Atividades 2.6.2.7 Perfil do Usuário 2.6.2.8 Publicação e estatísticas 2.6.2.9 Experiência do Usuário #CAPÍTULO 3: PRÁTICA DA CRIAÇÃO
44 44 45 46 46
3.1 Influências estéticas
46
3.2 O processo criativo do @postitproverbios
48
3.3 #Provérbios 3: 18
51
3.3.1 Construção do personagem
51
3.3.2 Cor e finalização
53
3.3.3 Publicação
54
3.3.3.1 Definição do tipo de Feed
54
3.3.3.2 Imagem e Filtros
59
3.3.3.3 Legenda, Hashtags e Marcações
60
3.4 #Provérbios 3:21-22
61
3.4.1 Construção do personagem
62
3.4.2 Cor e finalização
65
3.4.3 Publicação
66
3.4.3.1 Imagem e Filtros
66
3.4.3.2 Legenda, Hashtags e marcações
66
3.5 #Provérbios 6:6
67
3.5.1 Construção do personagem
69
3.5.2 Cor e finalização
70
3.5.2 Publicação
71
3.5.2.1 Imagem e Filtros
71
3.5.2.2 Legenda, Hashtags e marcações
72
3.6 #Provérbios 4:23
72
3.6.1 Construção do personagem
73
3.6.2 Cor e finalização
76
3.6.3 Publicação
78
3.6.3.1 Imagem e Filtros
78
3.6.3.2 Legenda e Hashtags e Marcações
3.7 #Provérbios 6: 16-19 3.7.1 #Provérbios 6: 16-19 [1/7]
78
79 80
3.7.1.1 Construção do personagem
81
3.7.1.2 Cor e finalização
82
3.7.1.3 Publicação
84
3.7.1.3.1 Imagem e Filtros
84
3.7.1.3.2 Legenda, Hashtags e Marcações
84
3.7.2 #Provérbios 6: 16-19 [2/7]
85
3.7.2.1 Construção do personagem
85
3.7.2.2 Cor e finalização
86
3.7.2.3 Publicação
87
3.7.2.3.1 Imagem e Filtros
87
3.7.2.3.2 Legenda, Hashtags e marcações
88
3.7.3 #Provérbios 6: 16-19 [3/7]
89
3.7.3.1 Construção do personagem
89
3.7.3.2 Cor e finalização
92
3.7.3.3 Publicação
93
3.7.3.3.1 Imagem e Filtros
93
3.7.3.3.2 Legenda, Hashtags e marcações
93
3.7.4 #Provérbios 6:16-19 [4/7]
95
3.7.4.1 Construção do personagem
95
3.7.4.2 Cor e finalização
97
3.7.4.3 Publicação
98
3.7.4.3.1 Imagem e Filtros
98
3.7.4.3.2 Legenda, Hashtags e marcações
98
3.7.5 #Provérbios 6:16-19 [5/7]
99
3.7.5.1 Construção do personagem
100
3.7.5.2 Cor e finalização
101
3.7.5.3 Publicação
103
3.7.5.3.1 Imagem e Filtros
103
3.7.5.3.2 Legenda, Hashtags e marcações 3.7.6 #Provérbios 6:16-19 [6/7]
104 105
3.7.6.1 Construção do personagem
105
3.7.6.2 Cor e finalização
107
3.7.6.3 Publicação
108
3.7.6.3.1 Imagem e Filtros
108
3.7.6.3.2 Legenda, Hashtags e marcações
109
3.7.7 #Provérbios 6:16-19 [7/7]
110
3.7.7.1 Construção do personagem
110
3.7.7.2 Cor e finalização
111
3.7.7.3 Publicação
113
3.7.7.3.1 Imagem e Filtros
113
3.7.7.3.2 Legenda, Hashtags e marcações
114
3.8 Curtidas e Comentários do Perfil
114
3.9 #MATERIAIS
115
3.9.1 PIGMENTO
116
3.9.2 PAPEL
119
3.9.2.1 Absorção
120
3.9.2.2 Gramatura
120
3.9.3 LÁPIS
122
3.9.3.1 Tipos de lápis
123
3.9.3.2 Lápis de cor
125
3.9.4 NANQUIM
127
3.9.4.1 Bico de pena
128
3.9.4.2 Caneta nanquim
130
3.9.4.3 Pincel
131
3.9.5 AQUARELA 3.9.5.1 Aquarela em tubo 3.9.5.1.1 Pentel
134 134 135
3.9.5.2 Aquarela em pastilha 3.9.5.2.1 Koh-i-nor
136 137
3.9.6 Experimentações com Tintas
138
3.9.7 PINCEL
140
3.9.7.1 Tipos de pincel
140
3.9.7.1.1 Chato
141
3.9.7.1.1 Redondo
142
3.9.7.2 Tipos de pelo
142
3.9.7.2.1 Cerdas duras
143
3.9.7.2.2 Cerdas macias
143
3.9.7.2.3 Cerdas sintéticas
144
3.9.8 REGISTRO
144
3.9.8.1 Luz
145
3.9.8.2 Foco
146
3.9.8.3 Composição
146
3.9.8.4 Ângulo
147
3.9.8.5 Câmera de celular ou Câmera fotográfica
147
#CONSIDERAÇÕES #BIBLIOGRAFIA
148
#INDICE DE ILUSTRAÇÕES
Imagem 1: Papiro de Hunefer, trecho do Livro dos Mortos (1310-1275 a. C.). 2 Imagem 2: Iluminura da Batalha de Ménfő, no húngaro Chronicon Pictum de 1360. 4 Imagem 3: Detalhe da Gravura sobre A Revelação de São João: 4. Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, 1497-98 de Albrecht Dürer. 5 Imagem 4: Paisagem, Dinastia Tang (detalhe) 7 Imagem 5: Ilustração do período Heian (séc. XII-XIII) do templo budista Kozan-ji em Kyoto. 9 Imagem 6: Ilustração de A Bela e a Fera de Walter Crane 11 Imagem 7: Revista Ilustrada, suplemento ed. 189, janeiro de 1880 16 Imagem 8: Layout Pinterest 2012 30 Imagem 9: Layout Pinterest 2015 30 Imagem 10: Barra de pesquisa, atividades e perfil 31 Imagem 11: Feed de Pins 31 Imagem 12: Busca de imagens no feed do Pinterest (layout aplicativo) 32 Imagem 13: Botões de ação rápida (aplicativo) 33 Imagem 14: Aba de Atividades 33 Imagem 15: Perfil do usuário do Pinterest (web) 34 Imagem 16: Barra de busca de pins no perfil, ícone Novo Pin e Configuração (aplicativo). 34 Imagem 17: Perfil do usuário do Pinterest (aplicativo) 35 Imagem 18: Aba Seguindo (aplicativo) 35 Imagem 19: Adicionar novo Pin (aplicativo) 36 Imagem 20: Página do Pin (aplicativo) 36 Imagem 21: Abas compartilhar, experimentar, salvar (aplicativo) 36 Imagem 22: Criando uma pasta de pins 37 Imagem 23: Instagram para Android em Abril 2012 39 Imagem 24: Versão 6.10 (Android) - Novembro 2014 39 Imagem 25: Android versão 7.5 - Setembro 2015 39 Imagem 26: Layout em Março de 2017 40 Imagem 27: Layout da Feed home 40 Imagem 28: Layout da área Explorar 41 Imagem 29: Layout do Processo de edição da publicação 42 Imagem 30: Layout do Processo de edição da publicação 42 Imagem 31: Layout do Processo de edição e publicação 43 Imagem 32: Publicação marcada e comentários 43 Imagem 33: Layout da Área de Atividades (Você / Seguindo) 44 Imagem 34: Layout do feed do perfil do usuário 44 Imagem 35: Layout da publicação e estatísticas da foto publicada 45 Imagem 36: Layout das estatísticas do Perfil 45 Imagem 37: Ilustração de @postitproverbios 49 Imagem 38: Fotos de referencia do personagem Groot retiradas do Pinterest 52 Imagem 39: Fotos do primeiro rascunho 52 Imagem 40: Processo de finalização à bico de pena 53 Imagem 41: Processo de finalização com aquarela 54 Imagem 42: @ashiyaart 55
Imagem 43: @inconsciente_panda 55 Imagem 44: @prosadecora 56 Imagem 45: @bellapessoa 56 Imagem 46: @dessamore 57 Imagem 47: @lucascordda 57 Imagem 48: @lira201104540006 58 Imagem 49: @marycagnin 58 Imagem 50: @lorazombie 59 Imagem 51: Foto comparativa da imagem original e da imagem da postagem 60 Imagem 52: Print da publicação no Instagram (versão web) 61 Imagem 53: Fotos do primeiro rascunho 62 Imagem 54: Fotos de estudo de referência do filme Big Fish & Begônia no Pinterest 63 Imagem 55:Fotos da série fotográfica Ashes and Snow tiradas do Pinterest 63 Imagem 56: Segundo rascunho 64 Imagem 57: Estudo de cor com lápis de cor Maped 64 Imagem 58: Processo de finalização em aquarela, lápis aquarelável e caneta em gel dourada 65 Imagem 59: Foto original e ao lado foto publicada com ajustes de cor. 66 Imagem 60: Print da publicação no Instagram (versão web) 67 Imagem 61: Fotos das referências retiradas do Pinterest 69 Imagem 62: Fotos do primeiro rascunho 69 Imagem 63: Processo de finalização e contorno com caneta nanquim descartável 70 Imagem 64: Fotos do processo de construção em aquarela 71 Imagem 65: Foto original e ao lado foto publicada com ajustes de cor 71 Imagem 66: Print da publicação no Instagram (versão web) 72 Imagem 67: Fotos das referências tiradas do Pinterest 73 Imagem 68: Fotos das referências tiradas do Pinterest 74 Imagem 69: Fotos das referências tiradas do Pinterest 75 Imagem 70: Fotos das referências tiradas do Pinterest 75 Imagem 71: Primeiro e segundo rascunho 76 Imagem 72: Fotos do processo de finalização feito com caneta nanquim descartável 77 Imagem 73: Fotos do processo de pintura em aquarela 77 Imagem 74: Foto original e ao lado foto publicada com ajustes de cor. 78 Imagem 75: Print da publicação no Instagram (versão web) 79 Imagem 76: Estudo e primeiros rascunhos 80 Imagem 77: Grade de referências tiradas do Pinterest 81 Imagem 78: Estudos e rascunhos da ilustração 82 Imagem 79: Rascunho da ilustração final 82 Imagem 80: Fotos do processo de pintura 83 Imagem 81: Foto original e ao lado foto publicada com ajustes de cor 84 Imagem 82: Print da publicação no Instagram (versão web) 85 Imagem 83: Grade de referências tiradas do Pinterest 86 Imagem 84: Rascunhos da ilustração 86 Imagem 85: Fotos do processo de finalização 87 Imagem 86: Foto original e foto publicada 88 Imagem 87: Print da publicação no Instagram (versão web) 89
Imagem 88: Grade de referências tiradas do Pinterest 90 Imagem 89: Rascunhos do personagem 91 Imagem 90: Fotos do processo de finalização 92 Imagem 91: Imagem original e imagem publicada 93 Imagem 92: Print da publicação no Instagram (versão web) 94 Imagem 93: Grade de referências tiradas do Pinterest 96 Imagem 94: Grade de referências tiradas do Pinterest 96 Imagem 95: Rascunhos da ilustração 97 Imagem 96: Fotos do processo de finalização da ilustração 97 Imagem 97: Imagem original e imagem publicada 98 Imagem 98: Print da publicação no Instagram (versão web) 99 Imagem 99: Grade de referências tiradas do Pinterest 100 Imagem 100: Primeiros estudos da ilustração 101 Imagem 101: Teste de cor da ilustração feito com lápis de cor 102 Imagem 102: Rascunhos da ilustração 102 Imagem 103: Fotos do processo de finalização da ilustração 103 Imagem 104: Imagem original e imagem publicada 103 Imagem 105: Print da publicação no Instagram (versão web) 104 Imagem 106: Grade de referências tiradas do Pinterest 105 Imagem 107: Grade de referências tiradas do Pinterest 106 Imagem 108: Rascunho e teste de cor da ilustração 107 Imagem 109: Processo de ilustração 107 Imagem 110: Fotos do processo de pintura da ilustração 108 Imagem 111: Imagem original e imagem publicada 108 Imagem 112: Print da publicação no Instagram (versão web) 109 Imagem 113: Grade de referências tiradas do Pinterest 111 Imagem 114: Grade de referências tiradas do Pinterest 111 Imagem 115: Rascunhos e teste de cor da ilustração 112 Imagem 116: Processo de produção da ilustração 112 Imagem 117: Pintura e finalização da ilustração 113 Imagem 118: Imagem original e imagem publicada 113 Imagem 119: Print da publicação no Instagram (versão web) 114 Imagem 120: Pigmentos em pó de cor azul. 118 Imagem 121: Papéis de marcas e gramaturas diferentes 121 Imagem 122: Teste de técnicas em papel 200g. 121 Imagem 123: Tipos de lápis e suas durezas 124 Imagem 124: Teste de cor e mescla com lápis aquarelável Faber-Castel 125 Imagem 125: Teste de cor e mescla com lápis de cor Maped 126 Imagem 126: Nanquim em pó e nanquim liquido 127 Imagem 127: Teste de traço em bicos de pena. 129 Imagem 128: Testes de traço com diferentes canetas nanquim 130 Imagem 129: Teste de traço com caneta pincel Sakura Pigma MB 132 Imagem 130: Caneta nanquim, gel e tinta nanquim branca 132 Imagem 131: Teste de traço de canetas nanquim branca e preta e bicos de pena de diferentes espessuras. 133 Imagem 132: Teste de cor da aquarela em tubo da Pentel. 136 Imagem 133: Paleta de cores e estojo da aquarela em pastilha da Koh-i-noh 137 Imagem 134: Estojo da aquarela em pastilha da Koh-i-noh 138
Imagem 135: Teste com tinta de impressora jato de tinta Imagem 136: Diferentes tipos de pincĂŠis chatos
139 141
#INTRODUÇÃO Ilustração palavra originária do latim illustratĭo, segundo alguns dicionários de língua portuguesa1 o termo ilustração é entre alguns conceitos “Ação de esclarecer [...], explicação; Instruir; [...] Ornato de texto com estampas; Adornar com figuras e desenhos; Parte artística de um texto” Nesse conceito a ilustração, primariamente é tida como uma ferramenta artística e pedagógica de se transmitir um conhecimento em conjunto com o texto sendo ela um acessório ou parte essencial do entendimento do texto. ARBACH também relata a respeito da relação do texto e imagem gerada na ilustração: Ilustração e texto são duas linguagens que se valem distintamente de duas materialidades para dar forma às suas ideias. Uma pela imagem desenhada e a outra pela palavra escrita. Equiparando a ilustração com o universo verbal, é como se o desenho fosse uma caligrafia a e a ilustração sua forma literária. Portanto, imagem e palavra estão num mesmo plano, como meios utilizados para veicular ideias. (ARBACH, 2011)
Através desse diálogo entre texto e imagem o qual um depende e independe do outro simultaneamente é que muitos povos, artistas, escritores e até editores utilizaram e ainda utilizam para a disseminação e divulgação de conhecimento seja ele, político, religioso, publicitário, pedagógico, ou até artístico. Com foco nas diversas silhuetas que a ilustração pode demonstrar através o tempo e da produção artística neste trabalho serão abordados três eixos temáticos que norteiam a ilustração e o processo criativo divididos em três capítulos os quais são: O Capítulo 1, a ilustração produzida através de alguns períodos históricos os quais, partindo dos primeiros povos a produzirem imagens com a finalidade de ilustrar acontecimentos, seguindo das primeiras publicações político e religiosas, tanto ocidental como oriental, por conseguinte as produções de cunho publicitário e de entretenimento indo até meados dos anos 2000 e atualidades.
1
AURÉLIO, Ferreira. 2011; WEISZFLOG, 1998-2009.
1
O Capitulo 2, a discussão sobre o papel do ilustrador no contexto das novas tecnologias, como redes sociais, divulgação de sua produção, tipos de careiras, e uso da ferramentas para tanto para a produção como para a divulgação de seus trabalhos. O Capitulo 3, por fim, consiste na análise, sistematização e produção de minhas ilustrações voltadas para a mídia digital, reunindo o processo criativo e publicação de algumas ilustrações na plataforma do Instagram cujo nome do perfil é @postitproverbios, acrescido do estudo sobre os materiais utilizados para a produção das ilustrações.
#CAPITULO 1: ILUSTRAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO ARTISTICA 1.1 Primeiras formas de Ilustrar
Imagem 1: Papiro de
Hunefer, trecho do Livro dos Mortos (1310-1275 a. C.)2.
A expressão por figuras para transmissão de conhecimento surgiu segundo diversos historiadores como Julian Bell3 e Ernest Gombrich4 desde os tempos préhistóricos com as pinturas paleolíticas em paredões e cavernas, contudo a pintura aliada ao texto somente surgiu na civilização egípcia os quais combinavam escrita e imagem para comunicar informações. A sociedade egípcia é conhecida como uma das primeiras a criar um sistema de escrita e ilustração organizado e padronizado, além de uma cultura pautada na representação iconográfica de signos e imagens e na autopreservação dos mesmos. BELL explica que: As placas de argila fluvial recebiam anotações escritas da propriedade e da renda, posteriormente do Gilgamesh, primeira epopéia 2
Fonte:<https://en.wikipedia.org/wiki/Hunefer> Acesso em 10 de agosto de 2017. BELL, Julian. Uma nova história da Arte (2008 p.10). 4 GOMBRICH, Ernest. A história da Arte (2013 p. 39). 3
2
conhecida, recebiam também impressões em cilindros gravados feitos em pedra-sabão e lápis-lazúli, usados como selos de autoridade. Pensava em termos de escalões, hierarquias e espaços emoldurados. Tudo isso determinava que as figuras deveriam nivelar-se no mesmo “registro” ou linha de base. Além disso, suas proporções corpóreas deveriam se sujeitar à “geometria”. (BELL, 2008 p.41)
De acordo com a enciclopédia digital do Museu Nornam Rockwel8: A produção de imagens e escrita da antiga sociedade egípcia acontecia a cargo de uma seleta casta de artesãos e escribas exclusivos para a produção de relatos e eventos relacionados a vida da realeza egípcia, tema principal da arte produzida na sociedade dessa época. As imagens representavam principalmente os reis conduzindo seus negócios do estado, caçando e pescando, sendo honrados com presentes, além da representação das rainhas sendo atendidas por seus empregados e dançarinos. Ilustração com texto de acompanhamento (cuneiforme, hieróglifos) foi considerada um elemento importante da arquitetura monumental, bem como de pequenas placas comemorativas. Além de assuntos relativos ao dia a dia da realeza eram também produzidas imagens referentes a temas da cultura egípcia, como a religiosidade (deuses e mitos), temas fúnebres (vida após a morte), campanhas militares e até documentação de negócios. Segundo MEGGS (2009, p.30) descreve sobre o assunto os egípcios tinham uma forte preocupação sobre os assustes fúnebres e vida posterior. Os Livros dos Mortos, por exemplo, eram documentos necessários que foram criados por artesãos para retratar em texto formal a dignidade de uma alma particular para passar para uma vida após a morte. A arte dessa época era empregada principalmente nas superfícies das paredes dos palácios das cortes reais como uma forma de lembrete e registro para o frequentadores e para as próximas gerações. Sem a ilustração, nosso conhecimento a respeito do mundo antigo seria escasso e incompleto.
3
1.2 Ilustração Religiosa
Imagem 2:
Iluminura da Batalha de Ménfő, no húngaro Chronicon Pictum de 1360 5.
Para se tratar deste novo tipo de imagem religiosa, será preciso falar dos sistemas de significado - iconogravuras. E também da possibilidade de aperfeiçoá-los. Como efeito colateral de sua promessa de salvação do mundo, o budismo gerou um certo progresso social e cultural no mundo. O cristianismo tinha uma dinâmica comparável: Jesus plantara em seus discípulos uma missão e uma visão de história vindoura. O seu “reino” nada tinha a ver com a política mundana. (BELL, 2008 p.94)
Por causa de sua herança judaica que não permitia a materialização de Deus em forma escultórica, a igreja cristã primitiva considerava que estátuas de deuses pagãos eram particularmente perniciosas. Durante o século III, na perseguição dos cristãos pelos imperadores, alguns cristãos de Roma, a fim de preservar seu conhecimento sobre a sua religiosidade, pintavam nas catacumbas onde se abrigavam imagens da história do evangelho. Contudo, com a ascensão do imperador Constantino, 312 a 337 DC, a religião cristã perseguida foi incorporada como religião do oficial Estado consequentemente transformando os símbolos anteriormente característicos da crença romana pagã como sendo da Igreja Cristã apostólica Romana. Meggs (2009, p.67) relata que no início da era cristã São Patrício e outros missionários começaram a converter os celtas ao cristianismo através da combinação de cultura e religião transformando os templos pagãos em igrejas e aplicando ornamentos em itens religiosos.
5
Fonte: <https://en.wikipedia.org/wiki/Illuminated_manuscript> Acesso em 10 de agosto de 2017.
4
De acordo com GOMBRICH6 quando relata a respeito da apreensão de itens icnográficos por parte dos cristãos judeus a adoção de estátuas para a representação de Deus e dos Santos como se conhece atualmente não foi adotada de imediato pois os primeiros cristãos condenavam esse tipo de prática considerada pagã. Mas apesar de os cristãos devotos não concordarem com a reprodução de imagens escultóricas, eles tinham uma opinião diferente com relação à representação figurativa através das pinturas, alguns a consideravam forma didática de ensino dos evangelhos à toda congregação. O Papa Gregório Magno, que viveu no final do século VI d.C. e lembravam aqueles que eram contra toda e qualquer pintura que muitos membros da igreja não sabiam ler nem escrever e que, para fins didáticos, as imagens eram tão úteis quanto as figuras de um livro ilustrado para crianças. “As pinturas podem fazer pelo alfabeto o que a escrita faz pelos leitores”, dizia. (GOMBRICH, 2013 p.104)
Desde então as pinturas e ilustrações desse período possuem, em sua maioria, temas relacionados à religião e seus afluentes. Além de pinturas em telas houve uma grande produção de afrescos e pinturas parietais. Outro tipo de produção que surgiu nesse período foram as iluminuras, que são pequenas pinturas decorativas feitas nas letras capitulares dos pergaminhos e livros.
1.3 Renascimento
Imagem 3: Detalhe da Gravura sobre A Revelação de São João: 4. Os Quatro Cavaleiros do
Apocalipse, 1497-98 de Albrecht Dürer7.
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Gombrich, 2013 p.103 Fonte: <https://www.wga.hu/frames-e.html?/html/d/durer/2/12/2apocaly/index.html> Acesso em 10 de agosto de 2017. 7
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O renascimento marcou o retorno da arte greco-romana clássica adicionada de elementos mais modernos da época juntamente com a ascensão do humanismo na Europa. Foi uma época de grandes transformações políticas, sociais, econômicas, culturais e religiosas marcado pelo fim do feudalismo e início do capitalismo além de causar grandes mudanças no campo da arte, filosofia e ciência. Uma das características marcantes para a arte, literatura e ilustração, principalmente na Alemanha - nessa época é a disseminação em grande escala de impressos (jogos de cartas e textos ilustrados) devido à um aperfeiçoamento de um processo mecânico de tipos móveis por Johannes Gutenberg (1398 -1468) em 1461; houve uma grande produção e distribuição de publicações feitas com xilogravuras, posteriormente calcogravuras, que até as pessoas mais comuns podiam ter acesso. Segundo BELL a respeito da produção de gravuras relata sobre Düher (1471-1528) um dos primeiros gravadores revolucionários dessa época:
Simultaneamente, os artesãos começaram a gravar folhas de cobre para imprimir imagens - técnica logo adotada por artistas alemães e por Andrea Mantegna na Itália. Dürer, filho de um ourives de Nuremberg, ingressou no expansivo campo da impressão e conferiu-lhe um novo glamour notavelmente com suas xilogravuras para uma edição de 1498 do Apocalipse, o último livro da Bíblia. (BELL, 2008 p. 185)
A tecnologia de impressão se espalhou da Alemanha para o resto da Europa e depois para o mundo em um curto período de tempo. De acordo com a enciclopédia digital do Museu Nornam Rockwel8: Durante toda a Idade Média e no período central da Renascença, não houve diferença entre a criação de imagens e qualquer outro ofício ou habilidade. Michelangelo e a maioria dos outros executavam comissões que eram essencialmente ilustrativas (e muitas vezes narrativas) da natureza e serviam ao governo, às empresas, às cortes reais ou ao clero. LINDEN (2011, p.12) aponta que durante esse período a ilustração geralmente era produzida com o “talho-doce”, quando gravura é confeccionada com cinzel ou ácido sobre a placa de cobre. O texto e a imagem eram produzidos em separados por ateliês diferentes. Essa época também coincide com o início da expansão marítima da Europa onde muitos navios foram enviados para explorar novas terras acompanhados 8
Fonte: <http://www.illustrationhistory.org/history/time-periods/the-middle-ages> acesso em 04 de junho de 2017 (Texto adaptado)
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também de ilustradores para o mapeamento do local como Jacques Le Moyne (15331588), John White (1540-1593).
1.4 Ilustração no Oriente 1.4.1 China
Imagem 4: Paisagem,
Dinastia Tang (detalhe)9
A ilustração e a escrita chinesa diferentemente de outros países orientais são como irmãos siameses: nasceram e cresceram juntas, pois a escrita chinesa é tratada pelos chineses como uma forma de arte exatamente igual ao desenho por consistir de caracteres pensados para representar iconograficamente o significado da palavra. Por isso sua forma de arte é considerada por alguns como a mais livre e a mais abrangente. Segundo WERNER:
A caligrafia é uma escrita ornamental, desenhada por especialistas ou por técnicos de arte; [...] a escrita não comporta apenas um alto valor estético: é a expressão e o próprio símbolo da arte humana e até da civilização. Os instrumentos que servem para escrever são os mesmos que servem para pintar, e a que aprende escrever com ajuda do pincel fazse pintar ao mesmo tempo algumas flores ou canas de bambu, afim de formar o seu sentido da composição de caracteres; assim, quem simplesmente aprendeu a escrever domina ao mesmo tempo os utensílios do pintor. (WERNER, 1969, p.12)
Dentre os temas mais utilizados e conhecidos (no ocidente) nas pinturas clássicas chinesas estão aqueles referentes às paisagens da natureza local, como
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Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_da_China> acesso em 11 de agosto de 2017
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montanhas, vales, casas, árvores, e temas relacionados a vida da realeza e cenas do campo em sua maioria acompanhados por poemas ou dizeres inseridos na pintura. A pintura chinesa se desenvolve em diversas dinastias, cada uma com uma característica predominante; as pinturas antigas mais conhecidas historicamente no ocidente são as das dinastias Han e Tang. De acordo com BELL:
O império da dinastia Han (200 a.C até 200 d.C aprox.) pode ter se fragmentado politicamente como seu contemporâneo ocidental, o império Romano, mas economicamente essa região se havia mostrado muito mais robusta. Durante as época dos Han, os aristocratas com responsabilidades públicas podiam se recolher em contemplação privada com objets d’ art como o boshan, a montanha num vaso; [....] A caligrafia era uma prática que unia o refinamento da sensibilidade ao refinamento da técnica. Os deslizamentos, arremetidas e saltos pulsantes do pincel cheio de tinta davam aos bem-educados uma chance de ostentar sua superioridade de espírito em corteses trocas de rolos de seda contendo poemas e letras. (BELL, 2008 p. 106)
No período da dinastia Han as principais produções eram voltadas para a corte imperial e encontrados principalmente em pinturas em tecidos de seda; afrescos imperiais e fúnebres com temas de lendas animais e paisagens, pedras e tijolos pintados com temas semelhantes aos dos afrescos; peças pintadas com laca com temas decorativos; gravuras pintadas e esculpidas em madeira com temas relacionados a mapas astrológicos. Durante a dinastia Tang (618-907) surgiram os primeiros fundamentos da pintura figurativa com cenários e personagens e expressões extremamente trabalhadas e em seus últimos anos e início da dinastia Song ocorreu uma grande produção para pinturas de cunho político e cenas da corte imperial, supervalorizando a riqueza e costumes de seu império, até que este foi derrotado pelos Jurchens (invasores não chineses vindos do norte) acarretando na guerra de Mao no final do século XII e decaindo consideravelmente esse tipo de produção artística. Posterior a dinastia Tang, a dinastia Sung ou Song (960-1279) trabalha, por sua vez, com pinturas de temas relacionados à natureza como montanhas e vales, como resposta as represálias vindas do governo mongol que dominava na época. BELL explica que: Eles demonstravam desdém pelo novo regime mongol. [...] Quanto mais a corte dos “cãs”, como governantes[...], patrocinada retratos pomposos e estátuas budistas ornamentadas, mas os letrados
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cultivavam uma postura de exílio interno, [...] concentrando na autêntica tradição chinesa. [...] {Dedicando seus} pincéis e tintas a rochas ou árvores a denotar uma resistência discreta: meu coração é rústico, pode se curvar os ventos políticos mas recusa-se a partir-se. (BELL, 2008 p.138)
Hobson (1954, p.165) relata que esse é o período de maior produção intelectual do mundo. Pois foi desenvolvido um método logico de pensamento com foco em temas espirituais e da vida diária. Essas pinturas eram atribuídas de um senso poético com a finalidade de reforçar a expressão do sujeito e do artista na pintura gerando assim uma mescla entre pintura, poesia e caligrafia. Um dos artistas proeminentes dessa época é o Ni Zan, autor do Estúdio de Rongxi. Entretanto com a ascensão da dinastia Yuan (12711368) houve uma retomada dos padrões estéticos da dinastia Tang empregando personagens em suas pinturas juntamente com algumas características da dinastia anterior. As dinastias posteriores a essas são a Ming (1368–1644) e a Qing (1644–1911) nas quais surgiram as primeiras escolas e manuais artísticos como também os primeiros livros ilustrados com xilogravura e as primeiras publicações e, posteriormente, os primeiros contatos com o ocidente.
1.4.2 Japão
Imagem 5: Ilustração
do período Heian (séc. XII-XIII) do templo budista Kozan-ji em Kyoto10.
As primeiras produções artísticas japonesas derivam de técnicas de pinturas chinesas, porém diferentemente da arte feita na China, a arte japonesa era mais
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Fonte: <https://br.pinterest.com/> Acesso em 5 de agosto de 2017.
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atrelada à religiosidade budista e se utilizava do papel de arroz para suas pinturas em vez da seda que era utilizada na China. Segundo BELL:
Os padrões de comportamento japoneses, contudo, permaneciam vinculados ao kami - os espíritos que influenciavam os padrões de vida diária e espreitava pela terra, entre seus bosques, colinas e águas. O xintoísmo, como esse corpo de crença, foi propositalmente chamado, fazia do imperador um deus, e todavia permanecia uma espiritualidade dispersa, resistente a doutrinas e guerrilheira. (BELL, 2008 p.129)
Apesar de sua herança chinesa, de usar quase os mesmos instrumentos como os pincéis e o nanquim e da similaridade de alguns temas, a pintura japonesa tem traços mais pesados que a chinesa além de menor detalhamento e mais áreas em branco. Esse tipo de arte surgiu a partir do período Nara (710-794) com a finalidade de decorar templos budistas construídos pelas classes dominantes. Durante os períodos Heian (794–1185) e Kamakura (1185–1333) houve a produção de temas relacionados à figura humana e histórias com temas budistas sendo essas produções feitas principalmente em portas de correr (fusuma) e telas dobráveis (byōbu). Por sua vez, durante o período Muromachi (1333-1573) houve um forte crescimento dos mosteiros Zen, kanamura e Kyoto que influenciaram fortemente a produção artística nesse período, sendo os artistas proeminentes dessa época os sacerdotes pintores Shūbun (considerado o fundador do estilo chinês de aguada nanquim suiboku no Japão) e Sesshū (precursor das técnicas artísticas de pinturas de paisagens utilizadas na dinastia Song) que posteriormente seria conhecido como Sumi-ê. As pinturas dessa época em sua maioria eram de paisagens monocromáticas feitas em papel de arroz. Entretanto, em contraste com o período anterior, o período Azuchi-Momoyama (1573-1615), e o Edo (1603-1868) a pintura se caracterizou por utilizar cores mais vibrantes e vividas com o uso de materiais como papel de ouro e prata além de novas tendências como temas da literatura clássica; estilos estrangeiros chineses e europeus; o gênero Bunjinga (pintura literária) que era uma mescla do estilo monocromático Chinês com o Japonês; além do surgimento da arte de gênero (fūzokuga) que descrevia cenas do cotidiano, teatro Kabuki, paisagens populares entre outros, os quais mais tarde deram origem as pinturas e gravuras em madeira de Ukiyo-e. 10
Nos períodos seguintes, Meiji, Taishō e Shōwa (1868-1945) ocorreu a abertura do Japão para o ocidente (anteriormente sua única fronteira aberta era o porto de Nagasaki) onde ocorreu uma grande apreensão do estilo europeu na arte japonesa como o impressionismo e o neoclassicismo. Foi nessa época também, a partir do período Taishō (1912–1926), que ocorreram grandes problemas políticos e econômicos no Japão os quais ocasionaram as Guerras mundiais; foi nesse período de guerra e pós-guerra que ocorreu a expansão das publicações de quadrinhos japoneses (mangá) como forma de entretenimento tanto dentro do Japão como no exterior. 1.5 Ilustração Publicitária 1.5.1 Europa
Imagem 6: Ilustração
de A Bela e a Fera de Walter Crane11
No século XVII, com a revolução industrial, houve uma grande migração da população que vivia no campo para as cidades industrializadas, essas cidades europeias estavam se tornando cada vez maiores e cada vez mais congestionadas. A arte e a literatura buscaram se popularizar entre as grandes massas. Segundo com a enciclopédia digital do Museu Nornam Rockwel8, o trabalho do pintor e gravador inglês William Hogarth (1697- 1764), no início dos anos 1700, retratou as questões morais e sociais que a vida urbana e industrializada gerou e começou a tradição da gravura, impressa em grande escala12.
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Fonte: <https://oglobo.globo.com/sociedade/historia/a-bela-a-fera-na-idade-do-bronze-18528083> Acesso em 15 de agosto de 2017.
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Como os trabalhadores das fábricas residentes nessas grandes cidades aumentavam cada vez mais o seu padrão de vida econômico, também houve crescente procura por educação e conhecimento destinado em sua maioria aos filhos dos trabalhadores. Nesse período ocorreu uma forte alfabetização do proletariado das fábricas o qual acarretou no aumento da venda de livros, revistas e jornais. Com o aumento da demanda por publicações houve um desenvolvimento da tecnologia de impressão e a ilustração tornou-se mais vista no dia a dia da população; as técnicas de ilustração mais usadas nessa época eram de xilogravura e calcogravura pois possibilitava uma produção em grande escala. Segundo LINDEN:
Diversas técnicas viriam a favorecer a evolução das imagens nos livros. Desenvolvida pelo inglês Thomas Bewick nos anos 1770, a xilografia de topo é feita sobre uma prancha cujo corte transversal às fibras oferece uma superfície muito densa, o que permite gravar com grande precisão. Realizada como gravura em relevo, essa técnica facilita o convívio entre texto e imagem na mesma página (LIDEN, 2011 p.12).
De acordo com enciclopédia digital do Museu Nornam Rockwel12, o Inglês gravador de madeira (xilogravura) e editor Thomas Bewick (1753- 1828) estabeleceu um estúdio na década de 1780 exclusivamente para a criação e impressão de ilustração comercial. Suas gravuras de madeira foram destinadas para muitos fins e temas cobertos como esportes, atividades ao ar livre, música, artes e história natural. Elas variaram de grandes ilustrações de página inteira para livros a pequenos cortes decorativos destinados a livros educacionais, histórias infantis, páginas de título e folhetos. Foi nesse período também que se popularizaram ilustrações com temas satíricos, caricaturas e temas políticos; esses impressos normalmente eram vendidos bancas de ruas de fácil acesso a população. Os ingleses adaptaram as técnicas de impressão de blocos de madeira coloridas japonesas à produção de livros. Edmund Evans (1826- 1905), um gravador, projetou um método de impressão de ilustrações em seis cores e empregou os talentos de Walter Crane (1845-1915), Randolph Caldecott (1846- 1886) e Kate Greenaway (1846- 1901). Perto do final do século XIX, o ilustrador inglês Aubrey Beardsley (1872- 1898) estava criando um trabalho elegante e decadente que também foi, em parte, influenciado pela arte gráfica japonesa12.
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Em contrapartida, na França, um dos nomes da ilustração mais notáveis foi o artista, ilustrador e escultor Gustave Doré (1832-1883) o qual ilustrou para grandes publicações de livros como a Divina Comédia, Don Quixote de la Mancha, Contos de Fada, a Bíblia (Bíblia de Tours) entre outros mais. Sua repercussão foi tão grande que suas produções inspiram ilustradores até hoje. Outro tipo de produção bastante difundida na França foi a confecção de cartazes extremamente estilizados com motivos florais, orgânicos e formas sinuosas, com uma personagem feminina ao centro, a esse tipo de produção foi denominado Arte Nouveau. Segundo a enciclopédia digital do Museu Nornam Rockwel12, na França, os cartazes comerciais do artista checo Alphonse Mucha (1860-1939) foram o epítome no estilo de ilustração Arte Nouveau. A arte foi desenhada em várias placas litográficas de pedra que representavam cores particulares e resultou em um efeito de cor cheia. A litografia de cores, também chamada de "cromolitografia", foi usada para produzir cartazes publicitários, cartões de visita e cartões de saudação e também para capas de revistas. Na Inglaterra, depois de 1900, o mercado de livros infantis que crescia há quase uma geração estimulava a produção de livros com placas de coloridas. Beatrix Potter (1866-1943) publicou seus primeiros livros nesta década e Arthur Rackham (18671939) interpretou contos de fadas e literatura de fantasia.
1.5.2 Estados Unidos Com a grande popularização de publicações vindo da Europa para os Estados Unidos, muitos ilustradores e editores estadunidenses inspirados pelos europeus passaram a produzir também seus trabalhos em grande demanda. Um dos primeiros ilustradores estadunidenses foi Felix O.C. Darley (1822–1888), um aquarelista e artista freelancer que ilustrou os escritores mais famosos do século XIX, como Charles Dickens (1812- 1870), Mary Mapes Dodge (1831- 1905), Donald Grant Mitchell (18221908) e outros escritores. A formação dos ilustradores estadunidenses em sua maioria era autodidata, principalmente devido a poucas escolas de formação artística naquela época. Os ilustradores dessa época costumavam trabalhar em gráficas ou em jornais e muitos se utilizavam da litogravura para a produção de suas ilustrações. 13
Com a integração do sistema ferroviário no país, a partir da segunda metade do século XIX, ocorreu uma grande expansão dos impressos nos Estados Unidos, os jornais revistas e livros eram produzidos e lançados com mais rapidez do que no início do século. A ilustração foi importante para publicações como o jornal ilustrado de Frank Lesliee Harper's Weekly. Artistas, assalariados como repórteres no local, esboçaram os acontecimentos enquanto estavam ocorrendo, enquanto os freelancers eram pagos para fazer desenhos animados políticos, fotos alegóricas e ilustrações de histórias (Enciclopédia digital do Museu Nornam Rockwell12). A partir das décadas de 1850-70, surgiram as primeiras revistas ilustradas como a Scientific American e a Harper's Magazine, a primeira uma revista de cunho científico e a segunda sobre cultura geral (literatura, política, finanças e arte) ambas criadas por artistas e ilustradores, e como resultado, surgiram grupos de ilustradores editoriais com categorias setorizadas, ou seja, cada ilustrador cuidava de uma área específica da revista. Surge então os primeiros cursos, na década de 1890, sobre ilustração. Howard Pyle (1853-1911), um ilustrador de longa data de revistas como a Harper's Magazine e de livros infantis ilustrados decide usar de seus conhecimentos adquiridos com a profissão para o ensino de novos ilustradores. Em aproximadamente 1894 surge um curso de ilustração dirigido por Howard Pyle no Instituto Drexel (Filadélfia, estado da Pensilvânia) que, com o passar dos anos cresceu tanto que Pyle decidiu fundar a própria escola de artes e Ilustração a chamada Howard Pyle School of Illustration Art causando o consequente surgimento de novos ilustradores altamente qualificados. Foi durante as décadas de 1900-1910 que a ilustração estadunidense teve seu grande apogeu no mercado editorial de revistas, havia mais procura por serviços de ilustração do que ilustradores, os editores das revistas viam nas ilustrações uma fonte de atrativo para a ampliação de vendas de suas revistas, ou seja, quanto mais ilustrações bonitas, mais a revista era bem vista pelo público e mais receita a revista gerava. De acordo do a enciclopédia digital do Museu Norman Rockwell12, Charles Dana Gibson (1867- 1944), cartunista e ilustrador, desenhou imagens semanais para
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Fonte: <http://www.illustrationhistory.org/history/time-periods/early-19th-century> Acesso em 10 de agosto de 2017 (Texto adaptado)
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a revista Life e outras revistas, criando uma representação icônica da jovem americana na virada do século. Ela tornou-se conhecida como "The Gibson Girl". Gibson tornou-se o ilustrador mais bem pago na América, quando lhe foi oferecido um contrato da Collier's Weekly em 1904 para produzir 100 imagens em um ano em US $ 1.000 cada, e nos próximos anos lucraria com a venda de suas criações de Gibson Girl e das vendas de "livros de mesa" que foram coleções de seus desenhos animados. Por serem poucos os ilustradores para muita demanda de ilustração, os seus serviços foram supervalorizados criando uma geração de “ilustradores estrelas” que eram reconhecidos tanto no âmbito editorial quanto pelo público geral, ficando no mesmo patamar de atores e cantores famosos com direito até a coluna de fofoca, entrevistas e paparazzi. Dentre os ilustradores mais populares dessa época eram James Montgomery Flagg (1877- 1960) e Howard Chandler Christy (1872-1952). A ilustração de humor foi muito popular entre o público, tanto que três revistas lideraram esse campo na América: Puck, Judge e Life. TS Sullivant (1854-1926) trabalhou para as três, bem como para os jornais de Hearst, e seus desenhos antropomórficos de animais foram inspiradores para futuros animadores como Walt Disney (Enciclopédia digital do Museu Norman Rockwell12). Os anos 1980 foram marcados por uma ilustração mais criativa devido a influências vindas do Neo-expressionismo e ilustradores como Gary Panter (1950-) e Marshall Arisman (1937-) produziram ilustrações com temas mais underground, violentos, além de uma temática Punk Rock e posteriormente Surrealista. De acordo do a enciclopédia digital do Museu Norman Rockwell12, Gary Panter e outros artistas de quadrinhos subiram do subterrâneo para a luz da publicação convencional, já que na época os quadrinhos atraíam um público mais amplo. A narrativa cômica de tramas mais profundas avançou com The Dark Knight Returns por Frank Miller (1957-), uma história que mergulhou na psicologia dos mais problemáticos heróis de combate ao crime, Batman, e liderou o caminho para outras narrativas contentes e complexas que formariam o gênero chamado "Graphic Novel".
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1.5.3 Brasil 1.5.3.1 Primeiras Publicações
Imagem 7: Revista
Ilustrada, suplemento ed. 189, janeiro de 188013
Apesar da maioria das pessoas acreditarem que a história dos impressos começa com a vinda da corte portuguesa ao Brasil juntamente com seu “enorme” conhecimento cultural e bibliográfico, a história é completamente diferente (BRAGANÇA, 2007). Antes da vinda da corte portuguesa já havia consumidores de literatura, apesar de serem poucos (a maioria com maior poder aquisitivo como fazendeiros por exemplo), contudo essa literatura até antes da chegada da corte era considerada ilegal, por isso há poucos, quando não inexistentes, registros dessas publicações. Segundo BRAGANÇA em entrevista: “É claro que o público consumidor de livros já existia, desde antes da transferência da Corte, já com as Minas e o desenvolvimento urbano, de uma classe média e de um aparato burocrático, que vai fazer com que haja um público consumidor de livros, que tinha que comprar os livros que vinham de Portugal, da França, enfim, da Europa e, mais para o final do século XVIII, apesar de toda a censura, o número de livros que vinham para o Brasil era significativo”14.
A primeira publicação a ser registrada na história das publicações brasileiras é um relato em 60 páginas sobre a vinda frei Antônio de Desterro Mallheyro de Lisboa, em 1747, ao Rio de Janeiro onde se tornou bispo (evento que na época era considerado um grande acontecimento). Porém, após essa publicação não houveram mais publicações oficiais devido a desentendimentos com o editor, António Isidoro da
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Fonte: CARDOSO. Athos Eichler, As Aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora: os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2013. 14 Aníbal Bragança - Em entrevista à Revista Tema Livre – 2007 disponível em: <http://www.revistatemalivre.com/anibal12.html>
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Fonseca e a corte de Portugal o levou a fechar sua tipografia (nome dado as editoras anteriormente) e consequentemente o Brasil foi proibido de publicar oficialmente pelos próximos anos. Depois desse acontecimento o próximo registro de publicação “brasileira” (pois apesar de ser feita por um brasileiro a sede editorial era em Portugal) é a criação da Casa Literária do Arco do Cego, em 1799, criada pelo frei José Mariano da Conceição Veloso, natural de Minas Gerais, o qual escreveu um livro chamado “Flora Fluminense”, que retrata a flora e a fauna da província do Rio de Janeiro (o mesmo não foi publicado). Criada como apoio de D. Rodrigo, importante prelado português, a Casa Literária do Arco do Cego publicou alguns livros como o Fazendeiro do Brasil que continha temas relacionados a técnicas agrícolas, produtividade e coisas relacionadas a produção agrícola no campo. Além desse foco no desenvolvimento da colônia, a editora igualmente teve várias edições voltadas para a própria arte de imprimir, de ilustrar, de criação de desenhos, de técnicas tipográficas (BRAGANÇA, 200714). A Casa Literária do Arco do Cego durou somente por três anos, pois frei Veloso foi transferido para a Impressão Régia, ele não tendo mesma importância quanto tinha na editora anterior.
1.5.3.2 Jornal Com a Chegada da corte portuguesa ao Brasil e a sua Imprensa Régia (filiada a Portugal), criada com o apoio do ministro de Estado da Marinha e Negócios Ultramarinos e D. Rodrigo de Sousa Coutinho (afiliado do Marquês de Pombal), os primeiros impressos oficiais foram criados. O primeiro deles foi a Gazeta do Rio de Janeiro, um jornal que publicava duas vezes por semana notícias relacionadas a corte real, comunicados e informes sobre a política internacional; No entanto, havia censura a respeito de assuntos não relacionados a corte.
1.5.3.3 Revistas Apesar de a vinda da Imprensa Régia para o Brasil ter possibilitado uma abertura para os editores publicarem no Brasil, a primeira revista só foi publicada em 1812, em Salvador, intitulada As Variedades ou Ensaios de Literatura; era uma revista
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que falava sobre costumes sociais portugueses, além de poemas, novelas de moral, e outros temas que a corte geralmente lia. Posteriormente, surge no Rio de Janeiro, no ano de 1813, a revista O Patriota, a qual foi mais nacionalista, publicando matérias de autores e temas nacionais. Essa revista teve um forte apoio da elite intelectual da época e contribuiu para o crescimento do conhecimento científico do país. E segundo BAPTISTA; ABREU:
Também buscando difundir informações científicas, nasce a primeira publicação segmentada por tema no Brasil: O Propagador das Ciências Médicas, lançada em 1827 pela Academia de Medicina do Rio de Janeiro, com assuntos totalmente voltados aos médicos. (BAPTISTA; ABREU 2010 p. 2)
No mesmo ano (1827), surge uma das primeiras revistas destinada ao público feminino, a Espelho de Diamantino, que como uma linguagem simples abordava temas como literatura, artes, teatro, política, moda e crônicas, temas esses que agradavam muito as leitoras mulheres da época. Também foram feitas revistas para o público masculino como a “O Rio Nu”, que abordava temas sobre política, sociedade, piadas, caricaturas, desenhos, contos e fotos eróticas. Contudo todas essas revistas não duravam muito no mercado, tendo que ser canceladas depois de um ou dois anos. Em 1849, surgem as revistas de variedades no Brasil como a “A Marmota da Corte”, um periódico que usava de ilustrações para atrair o grande público desde os mais intelectuais até os iletrados. Esse modelo de publicação inspirou Henrique Fleiuss (1824-1882) e Ângelo Agostini (1843-1910) a criarem as primeiras revistas com fotos e ilustrações publicadas no Brasil, a revista Semana Ilustrada (1860-1876) e a Revista Ilustrada (1876-1898). Segundo CARDOSO:
A Revista Ilustrada, quando sob sua direção, era o único jornal totalmente independente, o de maior prestígio e o de maior circulação, um recorde de 4.000 assinantes. Ao longo de sua carreira foi aperfeiçoando seu método preferido de reportagens, ilustrando-as como numa história em quadrinhos com texto explicativo abaixo do desenho. Essa técnica, para comunicar as notícias do dia-a-dia, emitir críticas políticas ou sociais. (CARDOSO, 2013 p.21)
A partir dessas revistas que surgiram os primeiros quadrinhos, como “As aventuras de Nhô-quim”, e muitos outros como o quadrinho “A turma da Mônica” de
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Mauricio de Souza que inspirou e inspira muitos quadrinistas e Ilustradores brasileiros a produzirem ilustrações e quadrinhos no Brasil. A partir do século XX, com a crescente evolução industrial no país, começa a surgir um grande quantidade e variedade de revistas como a revista Cruzeiro (19281975) e a revista Diretrizes (1938-1940) ambas com temas relacionados à política e atualidades.
1.5.3.4 Cordel De acordo com Siqueira (2013, p.4) Cordel são pequenas publicações, geralmente de cunho independentes, que contam relatos do cotidiano e mitologias em forma de versos rimados encontrados em forma de folhetim com uma ilustração característica feita de xilogravura como capa. Antes de se difundir no Brasil, o Cordel se originou na península ibérica, provavelmente em Portugal, por volta do século XVII, os quais eram vendidos em um barbante ou cordão, que na língua provençal significava Cordel. Até o século XVIII, o cordel era lido por reis e sábios. Siquera afirma que (2013, p.4) o surgimento do Cordel no Brasil se deve à vinda da corte portuguesa ao Brasil em 1800, além da extensa colonização territorial e cultural portuguesa onde o nordeste teve maior apreço por esse tipo de literatura. Os temas mais recorrentes dessas publicações são relacionados ao cotidiano nordestino como o clima, a economia a sociedade e os grupos de poder como o Cangaceirismo e o Beatismo. O início da xilogravura popular na literatura de cordel se deve, sobretudo, à pobreza dos poetas e editores em encontrar clichês de retícula ou outros recursos gráficos para a ilustração das obras. (ROSADO, 2011 apud Luyten 1983: 257) As ilustrações dos cordéis atualmente são feitas em xilogravura por serem relativamente de baixo custo pois, para a sua confecção, necessita-se de madeira, um instrumento de corte da madeira, tinta e papel, acrescido do fato dessa técnica ser de fácil reprodutibilidade tanto da xilogravura como de suas posteriores cópias em formato de xerox por exemplo. Segundo ROSADO a respeito da produção de xilogravuras para a ilustração dos cordéis: O uso da xilogravura como capa de folheto é recente. Os primeiros exemplares conhecidos são do fim do século XIX, embora seja
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interessante lembrar que a Imprensa Régia imprimiu, em 1815, várias histórias populares, ilustradas com toscas xilogravuras na capa, que até hoje são repetidas como clássicos do cordel, como é o caso da Princesa Magalona. (ROSADO, 2011 apud HERSKOVITS, 1986: 141).
As ilustrações do Cordel podem ser produzidas ou não pelos autores dos poemas de Cordel. Contudo esse tipo de prática é recente na história das publicações de cordel.
#Capitulo 2: O Artista e o Mundo Digital
Fonte: marycagnin.com 2.1 Ilustração e Tecnologia Em meados da década de 1980 [nos Estados Unidos], ocorreu o maior avanço da tecnologia de comunicação desde que Gutenberg inventou a imprensa. O computador desktop foi inventado. Com sua combinação revolucionária de software e hardware, ele alteraria completamente as maneiras pelas quais os designers trabalharam e forneceram a promessa de um novo meio dinâmico para os ilustradores15.
Em meados de 1990 e 2000 nos Estados Unidos - no Brasil isso ocorreu anos 2004 aproximadamente - com a popularização dos computadores de mesa entre a população, os chamados “Computadores do Milhão”
onde se comprava
computadores como consócio e do início da expansão da internet por telefonia -, que os ilustradores começam a experimentar de fato as novas tecnologias a seu favor,
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Fonte: <http://www.illustrationhistory.org/history/time-periods/the-decade-2000-2010> Acesso em 10 de agosto de 2017 (Texto adaptado)
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com o uso de ferramentas digitais para a produção de seus trabalhos chamadas programas de software, como o Photoshop, um software pago não pré-instalado e o Paint, software pré-instalado no computador com sistema Windows. Para RABELO e MATOS: Antes de ser signo da desrazão vaidosa, a moda testemunha o poder dos homens para mudar e inventar sua maneira de aparecer; é uma das faces do artificialismo moderno, do empreendimento dos homens para se tornarem senhores de sua condição de existência. (RABELO; MATOS, 2012 apud LIPOVETSKY, 1989, p. 34)
Com os novos ilustradores cada vez mais migrando para as novas tecnologias começa a surgir um novo grupo de ilustradores, os ilustradores digitais que usam essencialmente a plataforma digital para a produção de seus desenhos. Com essa nova gama de ilustradores, os ilustradores que utilizam as ferramentas tradicionais começam a perder campo de trabalho, pois cada vez mais os clientes, editoras e empresas pedem por trabalhos digitais (ou digitalizados) devido à fácil rapidez de envio e de armazenamento (trabalhos digitais não requerem um cuidado no transporte nem fazem volume físico). Por um tempo, devido a recorrente era digital, ocorreu o debate entre os ilustradores sobre qual tipo de arte é a melhor: se é a produzida inteiramente utilizando as ferramentas digitais ou a com ferramentas tradicionais, como a aquarela, o guache, a acrílica. De acordo com NAKATA:
Alguns ilustradores, vencido o impacto inicial, mantiveram a calma e compraram computadores para utilizá-los sempre que necessário sem jamais dispensar o lápis, o guache, o papel e outros materiais tradicionais. Há, também, a nova geração de ilustradores que, deslumbrados com o computador, estão esquecendo de aprimorar a parte artística. (NAKATA, 2010, p. 41)
Contudo, muitos ilustradores defendem que uma não desmerece a outra: o importante é em qual o artista se identifica mais. Apesar disso, muitos artistas que se utilizam de ferramentas tradicionais, vendo a crescente demanda por ilustrações digitais, começam a aderir ao sistema da digitalização de seus trabalhos físicos, seja por meio de fotos de alta qualidade ou de scanners, para envio para seus clientes ou para divulgação de portfólio digital seja ele online ou offline.
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2.2 Ilustração como meio do seu tempo “A arte sempre foi produzida com os meios do seu tempo.” (MACHADO, 2007 p. 9)
Machado fala que a arte é produzida com os meios de seu tempo, ou seja, com os as ferramentas e possibilidades que o artista está habituado a utilizar de acordo com o que as tecnologias regentes lhe proporcionam em sua vivencia. A partir da expansão dos computadores e da internet em grande parte do mundo, o modo de viver em sociedade se transformou consideravelmente e com os artistas e ilustradores não foi diferente, com a expansão do uso dos computadores e da internet o tempo de produção de alguns ilustradores diminuiu, os veículos de comunicação também mudaram, o que antes necessitava de um intermediador entre o ilustrador e o cliente ou empresa já não é mais tão necessário, claro que indicações de outros sempre são válidas em todos os tempos. Segundo LÉVY o qual fala sobre a respeito da espação do ciberespaço em cunho mundial e a extensa exploração de suas ferramentas e possibilidades:
Em Primeiro lugar, o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. Em segundo lugar, que estamos vivendo uma abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe como foi abordado no final apenas explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano. (LÉVY, 2010)
Muitos ilustradores da geração da Web 2.0, passaram a ficar cada vez mais submersos nas novas ferramentas e com o que elas poderiam fornecer e acabaram por deixar de lado o papel, a tinta, e o lápis, trocando-os por um mouse - ou uma mesa de desenho - e uma tela. Isso, por um lado, possibilitou o surgimento de novos artistas, que antes não se identificavam com esse tipo de arte “analógica”, pois demandavam gastos econômicos e de tempo. No entanto, isto enfraqueceu o mercado dos artistas mais antigos que acabaram ou por ter de se adaptar ao mercado digital ou por aderir ao desenho puramente digital ou pela digitalização dos seus desenhos. 22
Anos mais tarde, surge uma nova leva de artistas/ilustradores, os chamados ilustradores mistos, que usufruem tanto das ferramentas antigas quanto das novas, produzindo tanto pinturas físicas quanto digitais ou até uma mescla de físico com o digital. Para esses ilustradores o importante não é a ferramenta e sim o processo e o resultado. Diferente de épocas anteriores, quando a ilustração era atrelada ao nome do ilustrador, atualmente ela está se tornando cada vez mais dissociada do ilustrador, pois a ilustração se torna um produto de reprodução e divulgação, sendo até reproduzido em outros produtos, como cadernos, mochilas, canecas, adesivos e outros, autorizados pelo autor (as vezes vendido pelo mesmo) ou não, situação que muitos ilustradores enfrentam ao disponibilizarem suas produções na internet, o plágio digital. Segundo RABELO & MATOS: Percebe-se, então, a diluição da importância do papel artista em detrimento da tecnologia em consonância com o tempo. Não é mais o criador quem recebe o mérito pela sua criação, mas a capacidade técnica da sua reprodução; e, assim, não se distingue mais o público apreciador da arte dentre os demais, assim como também se perde a noção do que é original e do que é cópia. (RABELO & MATOS, 2012 p. 6)
“A massa é a matriz de onde brota, atualmente, todo um conjunto de novas atitudes em face da obra de arte. A quantidade tornou-se qualidade”. (BENJAMIN, 2000) Apresar da grande facilidade e disponibilidade da ilustração ser vista por todos
os usuários do globo terrestre a qualquer hora do dia ou da noite, ocorre um fato recorrente em nossos dias a respeito da permanência da imagem e da autoria da imagem, pois quanto mais imagens são produzidas mais o ilustrador é visto, contudo ocorre que, quanto mais a imagem é compartilhada mas ela se desvincula do seu autor, fato que ocorre quando há uma “viralização” da imagem na internet. De acordo com FIGUEIREDO; OLIVEIRA: À medida que se emancipam, as obras de arte tornam-se mais acessíveis a serem expostas. Isso afeta também a qualidade da própria natureza da arte, pois seu valor expositivo lhe empresta funções novas de maneira que a função artística apareça como acessória. Como afirma Brecht, citado por Benjamin, “desde que a obra de arte se torna mercadoria, não mais se lhe pode aplicar a noção de obra de arte” (FIGUEIREDO; OLIVEIRA, 2006 apud BENJAMIN, 2000 p. 232).
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O ilustrador atualmente se torna um artista da mídia digital, pois inicialmente, com o propósito de conseguir visibilidade (artística ou de mercado) ele utiliza das mídias sociais digitais já existentes, como suas redes sociais pessoais, para a divulgação de suas ilustrações. Em decorrência disso o artista se torna mais próximo de seu público, transformando essa relação entre público e autor em quase uma cumplicidade, ou em uma espécie de parceria entre ilustrador e público. De acordo com BENJAMIN a respeito de capacidade de interação entre o artista e o público:
A reprodução técnica pode colocar a cópia do original em situações impossíveis para o próprio original. Ela pode, principalmente, aproximar do indivíduo a obra, seja sob a forma da fotografia, seja do disco. A catedral abandona seu lugar para instalar-se no estúdio de um amador; o coro, executado numa sala ou ao ar livre, pode ser ouvido num quarto. (BENJAMIN, 1955)
Essa interação se deve principalmente ao fato de haver uma conexão virtual entre os dois extremos, através de interações virtuais como comentários e mensagens nas mídias sociais, blogs e afins. LÉVY comenta sobre a interação dos usuários na internet: O ciberespaço, dispositivo de comunicação interativo e comunitário, apresenta-se justamente como um dos instrumentos privilegiados da inteligência coletiva. (...) Os pesquisadores e estudantes do mundo inteiro trocam ideias, artigos, imagens, experiências ou observações em conferências eletrônicas organizadas de acordo com os interesses específicos. (LÉVY, 2010)
2.3 Profissão ilustrador
Fonte: marycagnin.com 24
Não adianta esconder, a carreira de ilustrador, tal como qualquer outra nos dias de hoje, sofre diversos tipos de pressão e dificuldades, no entanto um profissional bem formado terá mais chances de ser bem sucedido, e para isso é necessário que se prepare muito antes de se lançar no mercado. (ANTUNES, 2007 p. 5)
A profissão de um ilustrador, tida por muitos como um hobbie, possui diversos desafios e dificuldades. Entretanto a maior dificuldade de um ilustrador no início de carreira é, antes de qualquer coisa, definir-se a si mesmo como um ilustrador, pois “[...] a partir do momento em que você se define como um ilustrador a coisa muda, as pessoas vão te cobrar por isso você vai se cobrar por isso16” Após esse grande passo, é necessário que as pessoas ao redor do ilustrador reconheçam o trabalho dele. É então que vem o primeiro desafio do ilustrador, a autopromoção, pois assim como está na Bíblia em Mateus 4:4 “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que vem da boca de Deus”, o ilustrador não vive só de desenhar, mas de toda autopromoção que fizer. É nesse ponto de as redes sociais ajudam demasiadamente um ilustrador iniciante, o que no século anterior era caro e dificultoso porque requeria tempo e dinheiro do próprio bolso do ilustrador, hoje, com a facilidade da internet, é possível que as ilustrações possam estar em quase todos os lugares do mundo, ao mesmo tempo, por um custo bem inferior e maior abrangência do que antes da internet, como sugere a ilustradora Clau Sousa: “Use as suas redes pessoais para divulgar o seu trabalho, acredite as pessoas não sabem o que você faz16”. Depois do ilustrador se promover em suas redes sociais pessoais, o próximo passo seria a construção de um portfólio, embora não seja uma regra padrão, pois o ilustrador pode construir um portfólio antes de se promover, por exemplo. O importante é ter um portfólio de produção coerente que pode ser um projeto pessoal com foco em um tema ou a reunião de seus melhores desenhos e ilustrações. Um portfólio consistente é sinal de um profissional sério e equilibrado, além de aumentar e muito as chances de ser contratado por uma empresa, de conseguir um “freela17” ou de fazer parcerias com outros artistas em algum projeto financiado. De acordo com FRAIHA:
Clau Sousa – Curso Carreira Ilustrador Freela: Expressão brasileira para serviços freelancer feitos sobre encomenda ou demanda realizado por um profissional autônomo. 16 17
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A internet oferece diversos sites com os mais variados propósitos, nesse aspecto, que é o de expor e disponibilizar imagens, alguns sites funcionam como comunidade de artistas, outros como blogs mais intimistas e alguns como portfólios para quem procura trabalhos e está procurando por artistas para empregar, em suas empresas ou em projetos remunerados. (FRAIHA, 2017 p.10 - 11)
2.4 Áreas de atuação A indústria criativa, a qual a ilustração está inserida, tem diversas áreas de atuação como editorial, publicidade, projeção gráfica, desenvolvimento de espaços urbanos, criação de conceitos visuais, produção de conteúdo informacional e cultural artístico, entretenimento gráfico e muitas outras áreas que trabalham com conteúdo visual. O ilustrador, ao se deparar com essa grande variedade de possibilidades de mercado, se vê confuso pois acredita que sua produção pode abranger diversas áreas de mercado, e por acreditar nisto, começa a produzir para áreas que são muito distintas entre si, consequentemente resultando em um repertório gráfico amplo porém confuso, fato que, ao englobar várias áreas muitos distintas em um grupo só acaba por prejudicar a visão que a empresa ou cliente tem do ilustrador. Para não se prejudicar com sua ânsia por conseguir um “reconhecimento financeiro” o ideal é que o ilustrador iniciante se foque em uma área principal, como editoração por exemplo, e a medida que vai evoluindo no mercado ele vá aderindo a novas áreas relacionadas a área principal. Atualmente o ilustrador pode trabalhar tanto por conta própria (freelancer) como para uma empresa. Dentre as áreas de mercado que abrangem o trabalho formal do ilustrador em uma empresa, as mais comuns são: na área editorial de livros e revistas como assistente de criação ou ilustrador; em uma agencia de publicidade; em Jornais; e mais recentemente em agências de criação de vídeo games com concept artist ou designer de personagens; ou também em um estúdio de animação ou quadrinhos. Um ilustrador freelancer além de ser capaz de trabalhar em todas as funções citadas no parágrafo anterior, (a nível de contrato de curto período), também pode trabalhar com vendas de suas ilustrações em lojas online, feiras e eventos; pode publicar livros e quadrinhos (através de financiamento coletivo ou não); vender os direitos de uso da ilustração para empresas; encomendas particulares para clientes; ou ministrar cursos e workshops. 26
Porém, qual das milhares de opções o ilustrador deve seguir? Ele deve começar trabalhando em uma empresa ou por conta própria? Isso depende de qual área o ilustrador tem mais afinidade e se ele é disciplinado ou tem noção de mercado. A exemplo de algumas ilustradoras mais experientes, como Clau Sousa por exemplo, em sua maioria sugerem que para um ilustrador iniciante a melhor e mais segura forma de entrar no mercado é por meio de agências, pois o ilustrador passa a conhecer melhor a realidade de seu trabalho, além de conseguir experiência no ramo e contatos para futuros trabalhos, caso ele decida ser freelancer. Apesar de nos últimos anos ser incentivado a liberdade institucional de ser um ilustrador freelancer, pois ele não é preso as exigências e padrões que uma agencia impõem, há de se considerar que essa dita liberdade tem seu preço para com o ilustrador. O Ilustrador freelancer por ser o seu próprio chefe, tem que lidar com várias questões que um ilustrador de agência não lida, como questões financeiras, comunicação com o cliente, envio e transporte e até questões de direitos jurídicos em casos mais extremos. Ser um ilustrador freelancer é na maioria dos casos um caso a ser pensado com bastante cuidado. De acordo com RABELO & MATOS o qual relata sobre uma das maiores dificuldades da carreira de freelancer, a incerteza de um salário fixo: Se, por um lado, o “freelance” liberta o ilustrador do trabalho fixo (com carteira assinada ou contrato) e rotineiro, por outro, deixa-o à mercê de seus clientes. O fluxo de interesse abandona o curso clienteilustrador, e passa a adotar o caminho inverso, gerando a “incerteza do próximo salário”. (RABELO & MATOS, p. 10)
2.5 Visibilidade Como já dito antes, o meio mais rápido e prático do ilustrador obter visibilidade no mercado é através da internet, também já foi citado que o método mais eficaz é através da construção de um portfólio o qual o mesmo o ajuda na tomada de decisão de qual área da ilustração seguir, entretanto, além da divulgação nas redes sociais pessoais em quais outros lugares o artista pode divulgar seu trabalho? Com o número crescente de ilustradores surgindo na internet, houve também o crescimento de sites que comportam esse tipo de nicho, dentre eles os mais comuns são o Behance e o mais recente Adobe Portfólio (site voltado a publicação de portfólios criado pela Adobe) e o DeviantArt (comunidade virtual de artistas que permite a 27
publicação e divulgação), há também os blogs como blogspot, wordpress, wix, tumbrl e o domínio pago, uma vantagem de publicar em blogs é a possibilidade de trabalhar a discursão do processo criativo. Porém, dentre as redes sociais mais utilizadas entre os artistas, o Instagram é a principal por ser mais flexível e por uma característica de pesquisa marcante, as hashtags18.
2.6 Comunidades Virtuais / mídia digital O Ilustrador como produto do meio social, usa quase diariamente de redes sociais, como WhatsApp, Facebook, Instagram e por ser conhecedor dessas plataformas passou a utiliza-las na sua profissão, para publicação de deus desenhos, para divulgação ou para venda. Na produção das ilustrações deste trabalho, me utilizei de duas plataformas geralmente usadas entre os artistas, a primeira o Pinterest, para busca de referências para a criação e a outra o Instagram, para a publicação das ilustrações. Contudo antes de falar do processo criativo das ilustrações creio que seja necessário uma pequena explanação sobre as funcionalidades dessas duas plataformas.
2.6.1 Pinterest
Fonte: business.pinterest.com As pessoas usam Pinterest para descobrir e salvar ideias. As ideias podem assumir muitas formas, desde receitas até projetos de renovação até o par perfeito de sapatos. Toda ideia é representada por um "Pin" que inclui uma imagem, uma descrição e um link de volta Tipo de categorização por conteúdo para buscas rápidas, ele utiliza do símbolo “#” para suas marcações transformando-a em um hiperlink dentro da rede, indexável pelo mecanismo de busca. 18
28
para a fonte da imagem on-line. Quando as pessoas clicam no URL de um Pin, podem descobrir mais sobre a ideia e agir sobre isso19.
Elaborado em 2009 pelos desenvolvedores Ben Silbermann, Evan Sharp, e Paul Sciarra, o Pinterest é uma plataforma digital para web e dispositivo móvel que visa a busca e coleção de imagens chamadas Pin (do inglês Pino), de diferentes sites da internet e de arquivos de computador gerando uma coleção ou pasta de imagens Pins que podem ser compartilhadas, visualizadas, pinadas e salvas pelos demais usuários do Pinterest. Contudo, nos primeiros anos o Pinterest não foi aberto ao público geral da internet, a versão beta da plataforma foi lançada primeiro para apenas um grupo seleto via convite de usuários (esse tipo de cadastro perdurou até meados de 2012). Mas dois anos mais tarde, após pedidos e investidores recusados e outros aceitos o Pinterest lança o aplicativo para iPhone onde o mesmo traz um número de downloads maior que o esperado. O crescimento foi tão grande que no mesmo ano a plataforma foi noticiada pela revista americana Time como um dos “50 melhores sites de 2011”. Em 2012, o Pinterest cresce exponencialmente e cria uma nova política de privacidade permitindo que os usuários denunciem e bloqueiem conteúdos impróprios e ofensivos, nesse mesmo ano ele lança uma versão de aplicativo para dispositivos com sistema Android e ultrapassa o número de visitantes do microblogging Tumbrl. Em 2015 é lançado oficialmente os Pins Compráveis, em que permite que os usuários comprem os produtos dos sites parceiros direto do Pinterest sem custo adicional. Já em 2016 ele adquire uma outra funcionalidade a “Pinagem” de vídeos e em 2017 ele retira o botão de Curtir Pins. Com o passar dos anos o layout do Pinterest sobre poucas mudanças bruscas, há só um arredondamento dos ícones e bordas além da simplificação da Logo do site de “Pinterest” para somente a letra “P” em um círculo vermelho. Também não há muitas diferenças entre o aplicativo e o site exceto que no aplicativo os botões de ação são mais simplificados contendo só o ícone e no site alguns botões são acompanhados da palavra da ação como o botão “Salvar”, o botão “Mais” e a organização de alguns botões na área do perfil do usuário. Nas imagens seguintes (08 e 09) vemos a evolução de layout do Pinterest: 19
Fonte: < https://business.pinterest.com> Acesso em 5 de agosto de 2017
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Imagem 8: Layout
Imagem 9:
Pinterest 201220
Layout Pinterest 201521
2.6.1.1 Layout e Ferramentas
Fonte: business.pinterest.com 20
Fonte: < http://www.business2community.com/pinterest/how-to-use-pinterest0153529#emvCcm0XLFI8d751.97> Acesso em 27 de julho de 2017. 21 Fonte: Acervo pessoal
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O Pinterest propõe um layout com ícones simplificados deixando o aplicativo/ site mais intuitivo e leve. Ao abrirmos o aplicativo/site vemos uma barra de pesquisa (Imagem 10) com o Logo do Pinterest a esquerda e os demais “ícones de pesquisa”, representado por uma lupa; “atividades”, representado por um balão com reticencias; e o “ícone de perfil”, representado pelo ícone que simboliza o perfil de uma pessoa.
Imagem 10: Barra
de pesquisa, atividades e perfil21
Inferior à barra de pesquisa está localizado o “feed de Pins” com suas respectivas legendas, legendas essas que são retiradas do título da página ou post original de onde a imagem foi “pinada”, ou url original da imagem. No canto inferior direito encontra-se um ícone em forma de círculo branco (funcionalidade adicionada recentemente), ao selecionar surgem cinco imagens com temas relacionados a imagem, ou seja, se selecionarmos um círculo de um pin em que o tema é desenho anatômico no feed vão aparecer outros pins com o mesmo tema.
Imagem 11: Feed
de Pins21
Diferente das demais redes sociais, as imagens do Pinterest não são dispostas em forma de grade simétrica e sim assimétrica, com imagens dispostas com a mesma largura porém com comprimentos diferentes, possibilitando um maior número de imagens e uma leitura vertical mais dinâmica e fluida, outro diferencial do layout é os cantos arredondados das imagens (Imagem 11).
31
2.6.1.2 Procura de imagens no feed do Pinterest Em termos de encontrar os pins desejados, o site/aplicativo trabalha um pouco melhor do que outras redes sociais e sites, como Instagram, Deviantart, Google, pois ele trabalha na busca de termos ou categorias isoladas que se complementam (Imagem 12), ou seja, ao pesquisar “Arte” no Pinterest ele lhe mostra os possíveis subcategorias contidas na pesquisa “Arte”, como “Desenho” por exemplo, e da categoria “Arte” “Desenho” outra subcategoria e assim por diante, afunilando os resultados até um específico.
Imagem 12: Busca
de imagens no feed do Pinterest (layout aplicativo)21
Outra possibilidade que a plataforma permite é a pesquisa por uma lista de categorias pré-selecionadas por eles, que vai dos mais pesquisados, como a categoria popular, e outros como arte, animais, artesanato, comida, esportes, produtos, e outras categorias pesquisadas entre os usuários. (ver imagem 12) Entretanto, apesar dessas facilidades para a procura de imagens as primeiras pesquisas por um pin específico são mais trabalhosas gerando alguns resultados que não são o desejado, só depois de algumas pesquisas mais frequentes que a plataforma, ao que parece, entende qual pin se está procurando. Outro fato é que apesar da possibilidade de se pesquisar por pins em português a chance de achar mais pins sobre o tema da busca ainda é procurando em inglês.
32
2.6.1.3 Botões de ação rápida nas fotos do Pinterest
Imagem 13: Botões
de ação rápida (aplicativo)21
Uma outra funcionalidade são os “botões de ação rápida” (imagem 13) que possibilitam salvar, compartilhar, enviar e demais funcionalidades na miniatura do pin, diminuindo o número de cliques e carregamento da imagem. Na versão do aplicativo do Pinterest as opções de ação rápida aparecem quando o pin é pressionado já na versão web aparece quando se posiciona o cursor sobre o pin. Contudo um ponto negativo na versão do aplicativo é o tamanho da fonte usada que parece não conversar com os ícones que são menores.
2.6.1.4 Aba de Atividades
Imagem 14: Aba
de Atividades21
O Pinterest também disponibiliza que os usuários vejam as atividades dos outros usuários que o perfil segue, além de indicar possíveis pins ou pastas de pins baseados nas pesquisas recentes dos usuários, nas pastas de pins e afins (imagem 33
14). Também há uma seção chamada “caixa de entrada” onde ficam armazenadas as mensagens, comentários que outros perfis de usuários.
2.6.1.5 Perfil do usuário do Pinterest
Imagem 15:
Perfil do usuário do Pinterest (web)21
O Perfil do Usuário (Imagem 15) tem vários setores como, barra de pesquisa, ícone de configurações, (engrenagem), ícone de compartilhamento em outras redes sociais (seta saindo de uma caixa) e o ícone de demais configurações e ajuda (reticencias). Em seguida, no perfil do usuário, temos o nome do usuário (em destaque), ao lado o número de seguidores e de seguindo ao lado da imagem do perfil, seguido da Url do site do perfil (se houver) juntamente com a descrição do perfil. Além das informações há uma área para os pins, em que os mesmos são setorizados em três abas, a de “Pastas”, contendo os pins setorizados em pastas; a de “Pins”, contendo os pins curtidos, e a “Experimentou”, contendo uma lista os pins que o perfil experimentou juntamente com os comentários.
Imagem 16: Barra de busca de pins no perfil, ícone Novo Pin e Configuração (aplicativo).21
No aplicativo do Pinterest, entretanto, a função da barra de pesquisa (Imagem 16) é restringida a pesquisa somente de “pins do perfil”, diferentemente da web que é de todos os pins, e há na sua lateral os botões de adicionar pin e de configuração. 34
Imagem 17:
Perfil do usuário do Pinterest (aplicativo)21
Outra funcionalidade da plataforma é na aba “Seguindo” (Imagem 18), onde estão contidos os tópicos, as pessoas e as pastas que o perfil está seguindo, o diferencial é que o perfil pode seguir a pasta ou tópico de um outro usuário sem estar necessariamente segundo todas as pastas do usuário.
Imagem 18: Aba
Seguindo (aplicativo)21
2.6.1.6 Adicionar novo Pin Outra característica que diferencia o aplicativo do site é a opção de tirar uma foto e adicionar como pin (Imagem 19), no site só é possível adicionar um arquivo já existente no computador.
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Imagem 19: Adicionar
novo Pin (aplicativo)21
2.6.1.7 Pagina do Pin
Imagem 20: Página
do Pin (aplicativo)21
Ao abrir o pin em uma outra janela, se pode ver as informações detalhadas do Pin, como a origem do pin (de qual site/blog ele foi retirado), quem “pinou”, o botão Leia para redirecinonar para a pagina de onde o pin foi tirado, comentários e as opções salvar, compartilhar, experimentar (Imagem 20). Há a ferramenta da busca visual em que a plataforma procura imagens semelhantes ao pin.
Imagem 21: Abas
compartilhar, experimentar, salvar (aplicativo)21
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2.6.1.8 Pasta de Pins Ao se criar uma pasta de pins é mostrado um pequeno formulário (imagem 22) onde tem o nome da pasta, se a pasta é secreta ou não (visível ao público), também pode adicionar em qual tema do Pinterest ela se encaixa, qual o colaborador (se um ou vários perfis).
Imagem 22: Criando
uma pasta de pins21
Apesar da plataforma não possibilitar a criação de subpastas de pins no aplicativo é mostrado uma subcategorização dos pins por temas, facilitando a busca de imagens nas pastas, entretanto essa ferramenta só é disponível até o momento no aplicativo. 2.6.1.9 Experiência do Usuário Considero o Pinterest uma ótima ferramenta para busca de imagens para referência artística (também pode ser usado para divulgação de trabalhos) pela facilidade da pesquisa e por não se desviar tanto do foco da pesquisa de imagens, fato que ocorre muito em buscas no Google imagens. Outro ponto positivo é possiblidade de salvar as imagens no próprio site, isso alivia a memória do computador em muitos megabytes ou até gigabytes. Entretanto, uma desvantagem é das pastas do site não possibilitar uma subpasta ou uma subcategorização (a subcategorização só acontece no aplicativo).
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2.6.2 Instagram
Fonte: lifewire.com Criado por Kevin Systrom e Mike Krieger o Instagram surgiu em outubro de 2010, e atualmente é considerado a maior rede social de fotos e vídeos da internet. Aplicativo elaborado com fins de ser uma plataforma para o smartphone, é uma rede social para compartilhamento de imagens, mais tarde de vídeos também, surgiu com a premissa de compartilhamento de imagens com o padrão de imagens tiradas em uma câmera Polaroid, fotos em formato quadrado, com filtros de edição incorporados em seu aplicativo para que o usuário possa alterar os tons de cor das fotos antes de compartilha-las no aplicativo e em seus agregados (facebook, tumblr, twitter). Diferente do Pinterest o layout do Instagram é bem simples contendo somente no “corpo de rolagem” somente uma imagem, ao invés de um trio de imagens como é visto no Pinterest. Ao longo dos anos o Instagram cresceu intensamente tendo diversas atualizações a cada ano, contudo o aplicativo avançou mesmo quando o Facebook comprou os direitos do Instagram em abril de 2012. Nos anos seguintes, o Instagram passou por adoção de diversas funcionalidades como novos “filtros”, marcações de usuários, mensagens diretas, novas opções de “layout de fotos” (estender a foto, layout, boomerang), adoção de vídeos em 50 segundos de duração, a criação do “Historias” (área de publicação de fotos, vídeos e recentemente vídeos Ao Vivo que permanecem por 24 na rede) e recentemente a opção de salvar/arquivar publicações do feed de outros usuários no aplicativo, além da função conta negócio que fornece estatísticas ao usuário e também a opção de criar anúncios no aplicativo. Além do aplicativo o Instagram também possui uma “versão web” contudo esta é mais limitada, somente para interação entre os usuários, como seguir, curtir, 38
comentar e visualizar o feed, não é possível o upload de imagens pelo site nem a visualizar as “Histórias” de outros usuários, com também enviar “mensagens diretas”.
Imagem 23: Instagram
para Android em Abril 201222
Imagem 24: Versão
6.10 (Android) - Novembro 201422
Imagem 25: Android
versão 7.5 - Setembro 201522
22
Fonte: <https://instagram-press.com/our-story/> Acesso em 25 de julho de 2017
39
Imagem 26: Layout
em Março de 201722
2.6.2.1 Layout e Ferramentas Atualmente o Instagram comporta múltiplas funcionalidades relacionadas a foto e vídeo mas sem perder a essência do layout funcional e limpo do início do aplicativo. O aplicativo do Instagram é separado em cinco grandes áreas, “feed” (ícone de casinha), “explorar” (ícone de lupa), “adicionar foto ou vídeo” (ícone de câmera/quadrado com um +), “atividades” (ícone de coração) e “perfil” (ícone de um busto). 2.6.2.2 Feed Home
Imagem 27:
Layout da Feed home23
Na área do feed (Imagem 27) pode se encontrar ao topo o ícone de câmera, para adicionar uma nova foto ou vídeo na área de “Histórias” (publicações que permanecem por 24 horas) e do lado oposto o ícone de um avião de papel para “mensagens diretas” a outros usuários. Logo a baixo se localiza a área das “histórias 40
do perfil” e do perfil dos usuários que o perfil “segue”, “seguindo” a ordem de perfil mais visto ao menos visto. Em seguida, temos o feed de fotos e vídeos dos perfis que o usuário segue, com o “ícone do perfil” e nome, foto publicada, “ícones de ação” (curtir, comentar enviar e salvar respectivamente), número de curtidas, legenda e comentários.
2.6.2.3 Explorar
Imagem 28:
Layout da área Explorar23
Área que comporta uma barra de pesquisa de pessoas, hashtag, locais ou qualquer um desses; Uma área de “Histórias” (Imagem 28), assim como no “feed home”, contudo de usuários que o “perfil” não segue (perfil sugerido de acordo com os perfis que o usuário segue), abaixo há um vídeo sugerido pelo Instagram e logo abaixo o feed de fotos sugeridas baseadas nas ações do “perfil” do usuário.
2.6.2.4 Adicionar foto ou vídeo Ao selecionar o icone ao centro da barra inferior, simbolizado por um quadrado com um simbolo de adição, abre uma area para adicionar fotos ou videos no aplicativo, seja ele da galeria do smartphome, pela camera de foto do instagram ou camera de video do mesmo.
41
Imagem 29:
Layout do Processo de edição da publicação23
Após selecionada a foto ou vídeo o aplicativo mostra as possíveis alterações e ajustes na imagem a ser publicada (Imagem 29), como “filtros” prontos ou “ajustes de cor” mais detalhados (somente para fotos), como ajuste de contraste, brilho, temperatura, nitidez, cor, desfoque (Imagem 30), e outros. Para os vídeos é possível colocar “filtro”, cortar o vídeo e selecionar a “capa” do vídeo.
Imagem 30:
Layout do Processo de edição da publicação23
Após os ajustes da foto ou vídeo é mostrado as “opções de publicação” (Imagem 31), se para os “seguidores” ou via “direct” (mensagem direta), há uma prévia da imagem a ser publicada e ao lado uma área para legenda da imagem (podendo ser preenchida ou não), logo abaixo a opção de “adicionar uma localização” para a publicação e mais abaixo “marcar pessoas”. Nessa mesma área também pode-se “compartilhar” a publicação em outras redes sociais como Facebook, Twitter e Tumbrl.
42
Imagem 31:
Layout do Processo de edição e publicação23
2.6.2.5 Marcações e comentários com Hashtag
Imagem 32:
Publicação marcada e comentários23
A área de “marcações” e de “legendas” (ou comentários) é de extrema importância para o ilustrador iniciante, pois ela possibilita que o mesmo tenha maior visibilidade no aplicativo. Ao “marcar” na publicação usuários relacionados a publicação, no caso da ilustração as marcas dos materiais utilizados por exemplo, a publicação entra no nicho das publicações com a mesma marcação otimizando a busca de outros usuários e aumentando as chances de visibilidade no aplicativo, o mesmo acontece com as hashtags, as quais são um dos principais veículos de procura rápida no aplicativo. As hashtags desempenham um papel fundamental que permite aos usuários pesquisar imagens marcadas com um hash-tag específico. Os usuários fornecem hashtags para as imagens para que elas possam aparecer na pesquisa de linha de tempo pública. Isso também aumenta a chance de identificar pessoas com interesses semelhantes e fazer mais conexões. As hashtags publicadas com frequência pelos usuários podem
43
fornecer informações indiretas sobre os interesses dos usuários. (MANIKONDA; KAMBHAMPATI, 2014 p. 4 (tradução nossa))
2.6.2.6 Atividades
Imagem 33:
Layout da Área de Atividades (Você / Seguindo)23
É a área que abrange as suas interações no aplicativo (Imagem 33) e as interações dos usuários que você segue, tais como, seguidores, curtidas de fotos e de comentários, comentários e recorde de visualizações. 2.6.2.7 Perfil do Usuário
Imagem 34:
Layout do feed do perfil do usuário 23
A última e não menos importante área do Instagram, a área do “perfil” do usuário (Imagem 34), na qual contém em primeira instancia na “barra superior” o nome do “perfil” e ao lado, se for uma conta pessoal o ícone de “arquivo morto” (fotos armazenadas fora do feed do perfil), “encontrar novas pessoas”, e “configurações”; se for “perfil comercial” há o acréscimo do ícone das “estatísticas do perfil”. Abaixo da barra superior encontra-se as informações do perfil como foto, número de publicações, de seguidores e de seguindo e abaixo uma descrição do perfil, 44
url, e localização. No “perfil” comercial há uma seção extra com informações de contato, que são o “Email”, “como chegar” e “ligar” ou “texto”. A seguir das informações do “perfil” há uma sub-área onde se localiza o “feed das publicações” as quais são dispostas em grupos de três, sendo elas: em lista; fotos com você (marcações); salvo (publicações salvas pelo usuário) essa última somente pode ser vista pelo proprietário do perfil.
2.6.2.8 Publicação e estatísticas
Imagem 35:
Layout da publicação e estatísticas da foto publicada23
Uma das vantagens de uma conta comercial no Instagram é o acesso as estatísticas do aplicativo (Imagens 35 e 36), seja relacionado a publicações do “perfil”, como número de curtidas, comentários, salvos, impressões, alcance e envolvimento; assim como estatísticas do “perfil” do usuário comercial como, alcance, impressões e visualizações do “perfil”, além de um gráfico estatístico sobre em quais cidades os perfil é mais visto, qual gênero mais vê, em quais dia da semana ou horas e a faixa etária média. No mais também a criação de promoções no feed do aplicativo.
Imagem 36:
23
Layout das estatísticas do Perfil23
Fonte: Acervo Pessoal.
45
2.6.2.9 Experiência do Usuário Instagram é uma plataforma simples e abrangente que permite que muitos artistas e ilustradores se destacarem na internet, com suas pinturas e desenhos, apesar de ser uma rede social de fotos, há muitos e muitos ilustradores que usufrui desse aplicativo pelo fato dele destacar primeiramente uma única imagem em frente ao texto (muitas publicações por vezes não possuem texto na legenda). Frente a isso muitos começam a se destacar e começam a produzir o seu negócio dentro do Instagram, seja por commission (encomenda) ou por produtos pré-fabricados por eles. Contudo, com o grande aumento diário de usuários no aplicativo, muitas vezes os usuários se perdem, ou seja, há pouca visualização de usuários pouco frequentes.
#CAPÍTULO 3: CRIAÇÃO E SEU PROCESSO CRIATIVO
Neste capítulo pretendo abordar de forma mais clara possível de como foi e está sendo o meu processo de criação de ilustrações que vão desde influencias estéticas minhas, escolha dos materiais, registros, estudos de referências para a produção das ilustrações e a publicação e modos de divulgação das mesmas no aplicativo Instagram. Neste capítulo também busco descrever o processo de cada uma das ilustrações, pois cada uma teve um processo e resultado diferente e único.
3.1 Influências estéticas Criar é, basicamente, formar. É poder dar uma forma a algo novo, Em qualquer que seja o campo de atividade, trata-se, nesse ‘novo’, de novas coerências que se estabelecem para a
46
mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e compreendidos em termos novos. O ato criador abrange, portanto, a capacidade de compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar.24
Todo artista teve e tem um estilo de traço que foi influenciado por algo anterior a ele, um estilo de desenho que o cativa, algo que ele começou a copiar, copiar e copiar até que depois de muito absorver ele o transformou em algo seu, algo que mesmo que o transforme em algo mais, sempre haverá um resquício dos primeiros traços. Assim como muitos artistas das vanguardas em que um se inspirou do outro e transformou em outra vertente artística, assim como Picasso foi influenciado pelas pinturas de Cézanne, ou Delaunay nos trabalhos de Michel Eugène Chevreul, ou também os artistas do Futurismo na estética cubista, e tantos outros artistas das vanguardas e da história da arte25. Comigo não foge à regra, como muitas crianças da década de 1990 cresci assistindo filmes e desenhos da Disney e vendo desenhos animados japoneses como Sakura Card Captors, Dragonball, Cavaleiros do Zodíaco, Hantaro, Inu Yasha, entre outros que passavam na televisão naquela época, e como algumas crianças tentei imitar o que via, nesse caso, desenhava o que assistia. E assim se criaram as primeiras referências estéticas, que perduraram por muitos anos fortemente no meu traço. De acordo com Ostrower: “O homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim por que precisa; ele só pode crescer, enquanto ser humano, coerente, ordenado, dando forma, criando. 26” Outra característica muito forte foi a estética vinda dos mangás japoneses para garotas, os chamados mangás Shōjo27, com seus traços leves e finos, com pouco detalhamento facial, olhos grandes e expressivos, nariz e boca pequenos e pouco detalhamento nos fios de cabelo, anatomia corporal pouco estruturada, ou seja, não há detalhamento na estrutura muscular dos personagens, principalmente masculinos, 24
OSTROWER, Fayga - Criatividade e processos de criação Pag. 9 GOMPERTZ,Will – Isto é arte? 26 OSTROWER, Fayga - Criatividade e processos de criação Pag. 10 27 É um tipo de mangá comercializado para um público feminino, normalmente entre as idades de 12 e 18 anos. O nome latinizado de 少女 (shōjo), literalmente significa "pequena garota". O mangá shojo abrange muitos assuntos em uma variedade de estilos narrativos e gráficos, desde dramas históricos a ficção científica — muitas vezes com um forte foco em relacionamentos românticos e emoções humanas. 25
47
e sem volumetria de corpos o que com o passar dos anos dificultou a minha evolução no desenho. Contudo, ao me ver estagnada em traços simples e rígidos de garotinhas kawaii (do japonês fofa) busquei um curso de figura humana a fim de melhorar meus desenhos para uma estética mais volumétrica. Em minha cidade, Belém-PA, há uma fundação que trabalha com oficinas de cunho artístico chamada Fundação Curro Velho, a qual existem cursos diversos que abrangem,
desenho,
fotografia,
cerâmica,
música e demais
manualidades
direcionadas a alunos de escola pública e comunidade em geral. Lá fiz dois cursos um de desenho básico, onde aprendi diversas técnicas e materiais de desenho e pintura, como o carvão e a aquarela ministrado pelo cartunista Paulo Emmanuel e a oficina de desenho de figura humana onde aprendi mais sobre luz e sombra, anatomia realista e desenho de observação o qual foi ministrado pelo quadrinista Alex Barros. Além de algumas artistas e ilustradoras da internet como a Mary Cagnin, Sabrina Eras, Isabela Flores e artistas de outros países como a Lora Zombi, Laura Brouwers (Cyarine), Paula Bonet e tantos outros, desde então meu traço tem ficado no intermediário entre traços oriundos da estética japonesa e detalhes do desenho realista os quais se podem observar nas ilustrações deste projeto.
3.2 O processo criativo do @postitproverbios Inicialmente foram escolhidos os versos do livro de Provérbios, que é um dos 66 livros escritos na bíblia o qual foi originalmente escrito pelo Rei Salomão que reinava sobre o povo de Israel na antiguidade (o qual ele dá conselhos aos seus descendentes sobre costumes da sociedade aprovando ou desaprovando certos tipos de práticas que ele havia vivenciado em sua vida) para a elaboração das Ilustrações, pois nem todos os versos eram passíveis de serem ilustrados devido a forma em que eram escritos no livro. Após uma leitura atenta de parte do livro de Provérbios foram escolhidos 40 versos a partindo do capítulo 2 ao capítulo 14 do livro (destas foram produzidas 15 ilustrações até o momento). Os versos escolhidos foram transcritos em letra cursiva em pequenos papéis auto colantes, Post it, e fixados em um caderno de rascunhos, eles foram dispostos dessa maneira de modo a facilitar a disposição no caderno e 48
também para dar destaque aos versos. Partindo do layout do caderno de rascunhos é que foi dado o nome da conta do Instagram @postitproverbios, a qual fora a junção de dois conceitos aparentemente distintos mas que conversam, pois os Post it comumente são usados para marcar e transcrever lembretes importantes e o livro de provérbios foi escrito com o intuito de ensinar e lembrar os mais jovens a respeito das coisas que podem acontecer. Acredito que um complemente o outro pois é como se os Post it fossem os lembretes de alguém que esteja anotando o que o sábio diz em seu caderno de anotações. A premissa geral de layout das ilustrações é de ter um diálogo entre o desenho em primeiro plano e os versos transcritos nos Post it em segundo plano sendo um o complemento do outro.
Imagem 37: Ilustração
de @postitproverbios
A ordem de posição dos Post it não segue um padrão fixo, podendo estar acima da imagem, ao lado esquerdo ou direito ou até mesmo inserido na própria imagem, isto depende de como a ilustração se comporta na folha pois o Post it só é acrescentado ao final da confecção do desenho. Os
primeiros
rascunhos
de
ilustrações
foram
desenhados
sem
necessariamente uma pesquisa profunda do assunto em que o verso abordava, ou 49
com uma preocupação em como ia ficar o resultado final do desenho, era só pra registrar as ideias iniciais do que o verso proposto me transmitia pra depois revisar se essas primeiras ideias são válidas ou não para o resultados final. Como Stephen King conta em seu livro Sobre a Escrita (2015), não encontre ideias, mas reconheça quando elas aparecerem. Sendo assim essa etapa fora essencial para um primeiro olhar de captura e reconhecimento. Nesse primeiro momento alguns rascunhos foram aproveitados e trabalhados mais profundamente e outros reformulados para um segundo rascunhos, a intenção é trabalhar até esgotar as possibilidades do momento. “As intenções que se estruturam junto a memória. São importantes para o criar.28” Inicialmente as ilustrações, ou o rascunho delas, não seguiam a linha de inspiração em produtos do entretenimento, filmes, séries, desenhos animados, animações, novelas, vídeo games ou coisas do tipo, mas sim na representação mais fiel possível do que acontecia no verso, partindo do que eu imaginava visualmente quando o verso era lido, contudo com o passar do tempo e devido ao grau de dificuldade que os versos seguintes buscavam do apelo visual, foi adotado o método de relacionar o verso com uma característica de um personagem já criado pela mídia, que fora um alívio criativo como uma forma de agregar mais força ao trabalho e também atrair mais visualidade do público da internet. As ilustrações criadas na para o @postiprovebios nesse primeiro momento foram produzidas com ferramentas tradicionais, em aquarela, utilizando de materiais de fácil acesso financeiro, além de demonstrar a mescla entre o trabalho físico e o digital. "Roube qualquer coisa que ressoe em você que inspire ou abasteça a sua imaginação." - Jim Jarmusch 29
28 29
Faiga ostrower - Criatividade e processos de criação Pag. 18 KLEON – Roube como um artista
50
3.3 #Provérbios 3: 18 > A sabedoria é a árvore que dá a vida a quem a abraça. <
As palavras protagonistas deste verso são sabedoria, árvore, vida e abraçar, e ao pesquisar sobre algum personagem com características de árvore e que tenha feito esse gesto de salvar com um abraço protetor chega-se à conclusão que o personagem chamado Groot30 do HQ e filme Guardiões da Galáxia31 realizou esse mesmo gesto de proteção no clímax do primeiro filme live action32 produzido. Acredito que essa composição foi muito bem vinda para a ilustração do verso. Apesar do personagem Groot ser o personagem de apoio e alívio cômico da trama ele demonstra em momentos específicos a voz da sabedoria em um clima de caos na trama. 3.3.1 Construção do personagem. Definido o personagem que inspiraria a ilustração do verso (Groot) começa-se uma busca por referências iconográficas e pra isso utilizo de um site/aplicativo específico de coleção de imagens usadas para inspiração e estudo, o Pinterest, e para
30
Criado por Stan Lee, Jack Kirby e Dick Ayers, Groot era um ser extraterrestre que tinha a aparência de uma árvore, e sua raça era considerada extinta. Groot apareceu originalmente como um invasor que pretendia capturar os seres humanos para experimentos científicos. Groot possui um vocabulário restrito à frase "Eu sou Groot", mais tarde explicado como uma linguagem restrita pelas limitações vocais de sua espécie. O personagem foi reformulado em 2006 para ser um nobre herói. Apareceu no crossover de quadrinhos do enredo da saga "Aniquilação: A Conquista". Ele passou a estrelar em sua série spin-off, Guardiões da Galáxia juntando-se a equipe de mesmo nome. O personagem apareceu pela primeira vez em Tales to Astonish # 13 (novembro de 1960). 31
Os Guardiões da Galáxia são uma equipe de aventureiros sobre-humanos e extraterrestres fictícios do universo Marvel Comics dedicados à salvaguarda da Via Láctea de qualquer força que ameace a segurança ou a liberdade de seus vários povos. 32
Filme que apresenta uma combinação de atores reais (live-action) juntamente com elementos criados por meio de animações ou computação gráfica interagindo normalmente.
51
que não haja uma perda de registros de referência cria-se uma para somente para referências do projeto em geral. Feito isto, iniciei a busca e apreensão do máximo de imagens referentes ao personagem central o Groot além da cena em que ele se sacrifica pelos seus companheiros, pois quanto mais referências e mais leitura visual se tem mais você tem capacidade de produzir. Após essa apreensão de imagens referências, é iniciado o primeiro estudo sobre as possibilidades de produção da ilustração.
Imagem 38: Fotos
de referencia do personagem Groot retiradas do Pinterest23
Imagem 39: Fotos
do primeiro rascunho23
52
Como se pode ver na imagem acima (imagem 39) a cena de uma figura em forma de árvore abraçando uma garota assim como na referência.
Imagem 40: Processo
de finalização à bico de pena23
3.3.2 Cor e finalização. Terminado o rascunho para a versão final, comecei a finalização da ilustração utilizando de uma Caneta Nanquim da Unipin de número 07 e 05 para cobrir o desenho em lápis. Após isso, iniciei o processo de colorir a ilustração, porém essa ordem de primeiro o contorno em caneta nanquim e depois colorir é variável, pode se fazer o inverso colorir primeiro e depois contornar ou até mesmo deixar sem contorno tudo depende do detalhamento que se quer. As cores usadas nessa ilustração são o verde e o amarelo primariamente e detalhes em marrom, roxo e branco. O material foi usado Aquarela em bisnaga da Pentel e lápis aquarelável da Faber Castell em uma folha A4 de cor creme com gramatura 200g.
53
Imagem 41: Processo
de finalização com aquarela23
3.3.3 Publicação: 3.3.3.1 Definição do tipo de Feed Terminado o processo de criação da ilustração, começo a analisar como espero que o público veja minha ilustração, inicia-se assim uma análise de contas do Instagram que tenham como foco a publicação de desenhos autorais. Após ver diversos perfis do Instagram constato que há dois tipos de publicação, publicação que tem somente o desenho e a publicação que tem uma composição de desenho e objetos, em sua maioria materiais de arte que o artista usou para fazer o desenho. A exemplo os perfis @ashiyaart, designer/ilustradora coreana residente em Moscou-Rússia, @inconsciente_panda da ilustradora Brasileira, Belenense residente em Salvador-BA Aylana Canto, @prosadecora da Ilustradora Brasileira, Baiana, formada em Pedagogia Malena Flores (as contas mencionadas são de divulgação de produtos artísticos, as contas pessoais são separadas).
54
Imagem 42: @ashiyaart33
Imagem 43: @inconsciente_panda33
33
Prints tirados em meados de abril de 2017
55
Imagem 44: @prosadecora33
O Perfil da @bellapessoa artista brasileira, residente em Campina Grande-PB, em que ela faz uma composição de seus materiais de desenho e o desenho, @dessamore da ilustradora Andressa Silva de João Pessoa-PB que por vezes posta desenhos solo e outras com materiais de desenho.
Imagem 45: @bellapessoa33
56
Imagem 46: @dessamore33
Dos perfis em que há um padrão de somente a ilustração sem composição de fundo ou de materiais temos: @lucascordda, artista ilustrador digital de Belém-PA Lucas Corda; @lira201104540006, Artista visual de Belém-PA Diogo Lira o qual se utiliza de aquarelas, desenhos à nanquim e à lápis;
Imagem 47: @lucascordda33
57
Imagem 48: @lira20110454000633
Há também perfis que mesclam postagens de suas ilustrações com fotos suas, de pessoas e de animais de estimação como é o caso da @marycagnin, ilustradora, quadrinista, formada em artes visuais, residente de São Paulo - Brasil, @lorazombie Artista Russa residente nos EUA.
Imagem 49: @marycagnin33
58
Imagem 50: @lorazombie33
Levando em consideração os padrões já existentes de contas de conteúdo artístico e como a ilustração é composta optei por publicar as ilustrações sem fundo e materiais de composição, resultando somente no desenho e na frase em post it e elementos de identificação da conta, como uma forma de deixar o feed mais limpo possível. 3.3.3.2 Imagem e Filtros Determinado como a ilustração será publicada, eis o momento de digitalizar a imagem que pode ser tanto por meio de scanner ou por fotografia de celular ou câmera.
O tipo de digitalização da ilustração escolhido foi por meio de fotografia,
pois se fosse por em um scanner a sombra que post it projeta sobre o papel não apareceria e por não ter sombra não haveria noção de que era um post it sobre papel mas sim um retângulo pintado no papel. Na hora da postagem de imagens, o aplicativo Instagram previamente mostra uma interface para edição de imagens contendo filtros prontos e uma opção de edição mais elaborada, contendo ajustes de ângulo de tamanho da imagem, ajustes de brilho, contraste, estrutura, temperatura, saturação entre outros. Para essa ilustração em questão não me utilizei de um filtro pronto, pois ao testa-lo notei que distorceu muito as cores da imagem original então optei pelo ajuste manual, adicionando mais brilho, contraste e saturação à imagem e diminuindo um pouco a temperatura deixando assim com cores mais vivas e com o fundo em um tom azul esverdeado.
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Imagem 51: Foto
comparativa da imagem original e da imagem da postagem 21
3.3.3.3 Legenda, Hashtags e Marcações Após o ajuste de cores da imagem o aplicativo mostra um pequeno formulário onde se pode adicionar legenda, marcações, localização e outras formas de compartilhamento o qual podem ser preenchidos ou não, o aplicativo não exige que seja preenchidos para se postar a imagem. Com relação a legenda, foi inserido o mesmo verso escrito no Post it da ilustração pois a imagem ficou pouco nítida na área do post it sendo difícil a leitura do verso necessitando assim um reforço com a legenda da imagem. Um dos principais meios de busca de imagens feitos pelo Instagram é através das hashtags colocadas ou nas legendas das fotos ou nos comentários, que podem ser feitas pelo autor ou pelo público que comenta na foto, e tê-las no “post” do Instagram é primordial para novos usuários ou usuários em ascensão que não tem um público fixo de seguidores no “perfil”. Para isso fez-se necessário uma pesquisa prévia sobre quais hashtags são as mais usadas na área em que quero postar a ilustração e feito isso as hashtags foram: #ilustração #ink #watercolor #proverbs #proverbios #aquarela #postit #reflecçao #ilustracion #arvore #sabedoria #hug #life #projetoilustra #projetoilustra1x2 As Hashtags usadas foram referentes ao tipo de técnica, material usado, tema da ilustração, personagens, temas referentes ao verso, além da utilização de outros idiomas além do português como o inglês e o espanhol para dar uma abrangência 60
maior de curtidas, comentários, seguidores e visualizações a imagem. Não foram adicionados marcações na imagem.
Imagem 52: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
3.4 #Provérbios 3:21-22 > Guarde contigo a sensatez e o equilíbrio, e será um enfeite para o seu pescoço. <
Quando lemos este verso as palavras que mais chamam a nossa atenção são a palavra “sensatez” e a palavra “equilíbrio” em que o autor dita com que as duas características caminhem juntas, sendo uma complementar a outra, pois segundo o verso uma pessoa sensata tem o equilíbrio de si. Outra questão que se pode extrair são questões mais universais a despeito da sensatez e equilíbrio do ser humano diante do meio em que ele vive, questões de convivência em sociedade e equilíbrio entre o humano e o ambiente seja ele animal ou vegetal, questões que estão em sério desequilíbrio na atualidade e são essas mesmas questões que busquei explorar nessa ilustração.
61
3.4.1 Construção do personagem O primeiro estudo sobre as possibilidades de ilustrar esse verso foi o busto de uma garota com um sorriso discreto onde ela carrega em seu pescoço dois colares, um com uma lâmpada que simboliza a sensatez e o segundo colar com o símbolo de uma balança que é um dos símbolos internacionais do equilíbrio. Essa premissa inicial não foi totalmente descartada mas houve modificações juntamente com a inserção das referências posteriores relacionadas ao tema do verso.
Imagem 53: Fotos
do primeiro rascunho21
Até o momento essa ilustração é a que tem poucas referências relacionadas ao conteúdo de mídia de massa, pra não dizer somente uma que é de um filme recente de animação chinesa chamado Big Fish & Begônia34 (O grande peixe e a begônia, em tradução livre) em que trabalha o equilíbrio entre o homem e a natureza uma das filosofias de origem oriental que é o yin yang. Contudo a referência mais forte neste trabalho é o trabalho de um fotógrafo Gregory Colbert 35 em que ele realizou uma série
34
Big Fish & Begonia (título original: Da Yu Hai Tang), é uma animação cinematográfica de fantasia épica chinesa de 2016, produzida e dirigida por Liang Xuan e Zhang Chun. Inspirado por um antigo mito do Taoísta chinês Zhuangzi. O filme também integra muitas histórias de outros clássicos chineses como as estórias de Montanhas e Mares e Em busca do sobrenatural. Em um reino místico que existe abaixo do mundo humano, povoado por seres de poderes mágicos, uma menina chamada Chun participa de um ritual de puberdade onde ela é transportada através de um portal de água para experimentar o mundo humano na forma de um golfinho vermelho. (adaptado do en.wikipedia) 35 O fotógrafo e cineasta Gregory Colbert, nascido em Toronto, CA, é o criador da exposição Ashes and Snow, uma experiência imersiva da natureza que combina obras de arte fotográfica, filmes e paisagens sonoras,
62
fotográfica que aborda o equilíbrio e a intimidade entre o ser humano e os animais selvagens intitulado Ashes and Snow.
Imagem 54: Fotos
de estudo de referência do filme Big Fish & Begônia no Pinterest21
Imagem 55:Fotos
da série fotográfica Ashes and Snow tiradas do Pinterest21
Partindo das referências básicas busquei colocá-lo em um âmbito mais regional, pois as referências são de cenários muito distantes da realidade da região em que vivo, para tanto que escolhi como um dos personagens o peixe-boi que é um
alojadas numa estrutura itinerante construída especificamente, denominada Museu Nomadic. (em bio Gregory colbert)
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dos animais em risco de extinção na Amazônia em contraste com um personagem humano acrescido também de sua forte presença volumétrica quando de perfil, diferentemente de outros animais em risco de extinção como a arara azul por exemplo. Para a construção da ilustração busquei também a referência da joia, abordada no primeiro rascunho, contudo com uma abordagem diferente, como se a joia representasse o limite circular do equilíbrio do yin yang, e ao centro dessa grande joia estão os dois contrapontos opostos, o humano e o animal, no limite do toque, no limite da sensatez, inseridos dentro da grande joia.
Imagem 56: Segundo
Imagem 57: Estudo
rascunho21
de cor com lápis de cor Maped21
Porém o verso também fala que essas qualidades enfeitam o pescoço e com base nesse parte do verso me permiti criar na ilustração a ideia de um universo looping 64
onde o que está representado no que podemos ver também está inserido na joia do pescoço da garota que está dentro da joia.
3.4.2 Cor e finalização Durante o processo de finalização de cor dessa tive alguns problemas com a absorção do papel na hora de fazer uma pintura que tenha alusão de transparência, pois para conseguir transparência precisei molhar um pouco mais o papel para pintar com a aquarela, e como esse papel não suporta muita água ele absorveu rápido demais e não espalhou a tinta como eu queria, por isso aconselho a quando for usar técnicas que necessariamente precisem que o efeito seja de transparência escolha um papel com gramatura maior de preferência 300g. Contudo, para contornar essa situação e ainda sim obter um efeito de transparência, sem ter que trocar de papel, optei por colorir com lápis de cor aquarelável, pois ele não necessita de muita água quanto a aquarela. Outro recurso usado para a produção dessa ilustração foi a caneta nanquim branca em gel, para adicionar pontos de luz a joia e uma caneta em gel de dourado cintilante na área da corrente da joia.
Imagem 58: Processo
de finalização em aquarela, lápis aquarelável e caneta em gel dourada 21
65
3.4.3 Publicação: 3.4.3.1 Imagem e Filtros Na publicação dessa ilustração utilizei poucos recursos de ajuste do Instagram, pois o resultado da fotografia da ilustração estava quase satisfatório, os únicos retoques que dei foi com relação ao brilho em + 20% e ao contraste em +30%.
Imagem 59: Foto
original e ao lado foto publicada com ajustes de cor.21
3.4.3.2 Legenda, Hashtags e marcações Na legenda desta publicação não coloquei o verso em português mas sim o verso em espanhol para atrair um público de origem latina e falante da língua espanhola. As hashtags usadas foram as mesma em sua maioria do verso anterior com acréscimo das Hashtags, #nature #peixeboi #equilibrio que são os temas chave abordados nessa ilustração.
66
Imagem 60: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
3.5 #Provérbios 6:6 >Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio. <
O verso de provérbios 6:6 é um dos versos mais conhecidos, entre as pessoas que gostam desse livro, acredito, pois fala diretamente e de maneira bem incisiva com o leitor aplicando uma lição de moral através de um dos animais mais pequenos, as formigas, que apesar de seu tamanho elas são as mais fortes, podendo carregar 20 vezes o seu peso, trabalhadoras e organizadas, a maioria das formigas funcionam sob um sistema organizado de castas, existentes na natureza. Esse verso faz também uma comparação de extremos opostos, tanto em atitude como, se me permitem dizer, em tamanho, pois acredito que a palavra “preguiçoso” seja referente a uma pessoa preguiçosa. Levando esses conceitos em consideração, os personagens que melhor exploram essa temática seriam de 67
universos diferentes, como o Homem Formiga (Ant Man)36 e o Chapolin Colorado 37 representando a formiga, o primeiro por ter características físicas das formigas e o segundo, apesar de seu temores, ter o espírito proativo das formigas. Para representar o preguiçoso, foi escolhido o personagem urso mais preguiçoso já visto, o Zé Colméia38, personagem que em vez de caçar seu próprio alimento, prefere pegar comida dos turista do parque onde mora, julgando se mais “esperto” que a maioria dos ursos.
36
O Homem-Formiga (Scott Lang) é um personagem fictício que aparece nas histórias em quadrinhos publicadas pela Marvel Comics. Foi criado por David Michelinie e John Byrne e sua primeira aparição foi em Avengers #181 (1979). (Wiki) Scott Lang era um engenheiro eletrônico que era incapaz de sustentar sua família, e decidiu recorrer ao crime. Ele foi pego e condenado a 5 anos de prisão, mas saiu cedo por bom comportamento. Depois de libertado, começou a trabalhar no departamento de design da Stark International. (Marvel universe) 37 El Chapulín Colorado (Chapolin Colorado no Brasil) é uma série de televisão mexicana exibida originalmente entre 1970 e 1979. Criado e estrelado pelo ator e escritor Roberto Gómez Bolaños, a série parodiava os heróis norte-americanos e fazia constantemente críticas sociais em relação à América Latina. (Wikipedia) 38 Yogi Bear, conhecido como Zé Colmeia no Brasil, é um personagem de desenho animado. Um urso antropomórfico (animal com características humanas), que estrelou várias séries animadas criada por William Hanna e Joseph Barbera, foi criado em 1958 como um personagem secundário, num dos segmentos do programa de desenho animado The Huckleberry Hound Show (Dom Pixote). Zé Colmeia fez tanto sucesso que ganhou sua própria série em 1961. (Wikipedia)
68
Imagem 61: Fotos
das referências retiradas do Pinterest21
3.5.1 Construção do personagem Como rascunho inicial, pensei numa imagem muito simples que não abrangia completamente o verso, em que era o desenho de uma formiga de fato segurando uma folha sendo esta observada sobre a lente de uma lupa, o problema desse desenho seria que ela não fala do personagem preguiçoso, somente do personagem trabalhador, a formiga. Contudo ao escolher dois personagens que ilustrariam o verso, Homem formiga com Chapolin colorado e em contraponto o Zé Colméia trouxe mais abrangência ao verso.
Imagem 62: Fotos
do primeiro rascunho21
Vale esclarecer que na construção do personagem que representa a formiga 69
ocorreu uma combinação (crossover) de dois personagens em um só personagem, características do Homem Formiga juntamente com as do Chapolin Colorado na criação de um só personagem.
Imagem 63: Processo
de finalização e contorno com caneta nanquim descartável21
A ilustração foi formulada na perspectiva do personagem formiga que ocupa o centro da ilustração carregando um grande pote de mel que está prestes a ser roubado por uma grande pata de urso, a pata do Zé Colméia. Contudo tive algumas dificuldades para ilustrar que essa grande pata era a pata do personagem do Zé Colméia, até que, ao analisar melhor as características do personagem o que o diferencia dos ursos normais é a presença do chapéu e da gravata verde, os quais posteriormente foram inseridos como detalhe sobre a pata e parte do fundo da ilustração. 3.5.2 Cor e finalização A paleta de cores usada nesta ilustração foi de cores quentes, como o vermelho, o amarelo, tons de violeta e o marrom em contraste com o verde do chapéu e a gravata do Zé Colméia, coloridos com lápis aquarelável de forma mais rabiscada diferentemente do resto dos outros componentes da ilustração. Outro contraste que ficou evidente na hora da finalização é a diferença de técnica do personagem formiga que foi construído com características de quadrinho japonês e a pata do Zé Colméia que aparece de forma realista e detalhada. 70
Imagem 64: Fotos
do processo de construção em aquarela23
3.5.2 Publicação: 3.5.2.1 Imagem e Filtros Diferente das publicações anteriores, a partir desta comecei a usar uma câmera fotográfica profissional para o registro das ilustrações resultando em imagens mais nítidas, possibilitando maior qualidade de fotos para o perfil, por isso os ajustes nessa publicação foram mínimos, foram usados ajustes de brilho de +10, contraste de + 14 e uma leve totalização azulada com alteração na temperatura da foto.
Imagem 65: Foto
original e ao lado foto publicada com ajustes de cor23
71
3.5.2.2 Legenda, Hashtags e marcações Como o verso escrito ficou nítido na imagem, coloquei somente a versão em inglês na legenda da publicação. Além das hashtags padrão, acresci hashtags dos personagens que continham e inspiraram essa ilustração que foram, #zecolmeia #chapolin #antman #homemformiga #yogibear. Na área das “marcações”, adicionei a esquerda os perfis dos estúdios e emissoras criadores dos personagens, o @hannabarberatv, @marvel e o @televisa e a direita as marcas dos materiais usados, pentel, post it, faber castel, posca, uniball, nikon.
Imagem 66:
Print da publicação no Instagram (versão web)23
3.6 #Provérbios 4:23 >Acima de tudo guarde o seu coração pois dele depende toda a sua vida. <
72
Este verso fala sobre guardar o seu coração, ter amor a si mesmo, cuidado e carinho com a própria vida com o próprio corpo pois a sua vida e o seu corpo são um só, cabe a própria pessoa saber o que colocar e o que tirar de seu corpo de sua vida para que ambos, corpo e coração vivam em harmonia entre si e o mundo ao seu redor. Isto é algo que muitos seres humanos almejam, contudo poucos conseguem alcançar ou alcançam mas logo perdem, uma busca constante e incessante, pois cada a dia uma vida acorda e uma vida dorme. Muitos médicos, xamãs, curandeiros, monges, mestres, filósofos, padres, pastores, tentam ajudar no caminho para o descobrimento do equilíbrio de si com diagnósticos, prognósticos, pregações, adivinhações, palestras, filosofias, livros, contudo… quem decide é o coração.
3.6.1 Construção do personagem O rascunho inicial dessa ilustração foi um esquema de um corpo humano visto por dentro, seus órgãos e ossos e no lugar do coração um cofre fechado, de certa forma para um rascunho, ele estava muito bem trabalhado, mas precisava de mais um pouco de conteúdo. Em busca de referências sobre anatomia e coisas relacionadas me deparei com os trabalhos de colagem em ilustração científica de anatomia de Michelle Parliament artista residente de Winsconsin - EUA, em que ela mescla elementos da natureza e objetos criando um “Universo anatômico”.
Imagem 67: Fotos
das referências tiradas do Pinterest23
Outro artista que também trabalha com anatomia interna que encontrei foi o 73
Fernando Vicente, ilustrador e artista residente em Madri - Espanha, com o trabalho intitulado Vanitas que são uma série de pinturas em acrílica em que “retrata a beleza transitória do corpo de uma mulher, justapondo uma atitude aristocrática em suas belezas semelhantes a Hepburn, com os vermelhos e amarelos da carne, todos enquadrados em um fundo ciano bem texturizado. Ou em palavras menores: por baixo, somos todos iguais.” 39
Imagem 68: Fotos
das referências tiradas do Pinterest23
Acompanhando a mesma vertente trabalhada por esses artistas, em principal o Fernando Vicente, busquei referências de personagens na área dos quadrinhos e mangás de personagens femininas que de alguma forma superaram seus problemas. Uma das personagens for a Supergirl (Kara Zor-El) dos quadrinhos da DC, que é uma super heroína, de um planeta chamado Crypto que foi totalmente destruído, que no princípio teve um grande choque de realidade pois ao acordar na Terra ela se viu em um mundo completamente diferente do seu e uma realidade completamente diferente, isso a deixou confusa e desorientada, pois na fuga de seu país natal ela perdeu algumas lembranças. Contudo, com o passar do tempo e após ter descoberto o que tinha acontecido com sua terra natal a Supergirl superou seus problemas.
39
http://artboom.info/painting/fernando-vicente-vanitas.html
74
Imagem 69: Fotos
das referências tiradas do Pinterest23
Outra personagem que encontrei que tem características semelhantes a essa é Fate Testarossa uma garota com poderes mágicos do animê Magical Girl Lyrical Nanoha, em que na primeira temporada do animê ela é primeiramente apresentada como vilã da série, porém com o passar dos episódios descobre-se ela só é uma garota que tenta agradar a sua mãe, Presea Testarossa, uma super cientista que perdeu sua primeira filha em um grande acidente e que criou a Fate para suprir o vazio da falta de sua falecida filha, no entanto ao perceber que Fate é diferente de sua falecida filha a mãe passa a trata-la mal, obrigando a fazer trabalhos indignos em prol de um projeto secreto. Mas ao decorrer da trama Fate descobre os verdadeiros motivos de sua mãe e se desvincula dela.
Imagem 70: Fotos
das referências tiradas do Pinterest23
75
Agrupando todas essas referências, fora criada uma ilustração de uma garota com características físicas de ambas as personagens, Kara e Fate, com o peito aberto, literalmente, olhando para si e assim como no primeiro rascunho há um cofre na região do coração onde ela guarda o seu coração. Nessa ilustração tentei trabalhar com a realidade e a ficção ao mostrar uma super heroína por dentro e por fora.
Imagem 71: Primeiro
e segundo rascunho23
3.6.2 Cor e finalização As cores usadas foram primariamente das cores vermelho, azul e amarelo, cores usadas na personagem Supergirl, além de cores referentes a cor dos órgãos humanos, como o cinza, o azul, vermelho, roxo, violeta o verde a fim de deixar o mais realista possível. Nessa ilustração tentei trabalhar um pouco com a luz e sombra na região da vestimenta e um pouco no cabelo e rosto usando aquarela e lápis aquarelável, buscando fazer uma diluição da aquarela.
76
Imagem 72: Fotos
do processo de finalização feito com caneta nanquim descartável23
Durante o processo de pintura e finalização da ilustração, notei que houve um pequeno equívoco na anatomia de um dos braços do desenho ficando uma diferença grande entre ambos. Na tentativa de corrigir a situação, optei por todas as tintas brancas ao meu alcance partindo da tinta nanquim branca, como se pode ver na imagem 73, contudo sem muito resultado, após algumas tentativas com outros tipos de tintas, passei uma mão de tinta acrílica branca que velou o traço do desenho. Por já ter pintado a parte do fundo da capa na cor vermelho, optei escurecer o fundo da capa com tinta roxa, disfarçando assim a diferença de cor que tinha ficado.
Imagem 73: Fotos
do processo de pintura em aquarela23
77
3.6.3 Publicação: 3.6.3.1 Imagem e Filtros O registro dessa ilustração foi feito com câmera fotográfica sob luz amarela, por consequência o fundo da ilustração ficou extremamente amarelado, porém no momento em que publiquei não me incomodei com essa tonalidade, atualmente me pergunto o porquê fiz isso, porque o amarelado alterou as cores originais da ilustração principalmente o vermelho e o amarelo que são cores quentes. Nesta publicação não foram usados recursos de correção de cor mas foi usado um recorte nas bordas da imagem.
Imagem 74: Foto
original e ao lado foto publicada com ajustes de cor.21
3.6.3.2 Legenda e Hashtags e Marcações A legenda usada nesta publicação foi da versão em inglês do verso. As Hashtags usadas foram #inktober e #inktober2016 pois na época que foi publicada a ilustração era outubro e neste mês nas redes sociais acontece o desafio InkTober em que os artistas de todo o mundo postam seus desenhos todos os dias durante o mês de outubro; #proverbs #proverbios e #proverbios4 referentes a origem da ilustração; #heart #takecareofme #outubrorosa #lovemyself #seamesecuide a respeito tanto do tema do verso quanto também da campanha do outubro rosa de cuidados que a mulher deve ter em sempre fazer exames periódicos de saúde para evitar câncer; #supergirl e #fatetestarossa que são as personagens que inspiraram essa ilustração; 78
#inked #ink #wartercolor #aquarela #aquarelapentel #aquarelle #draw #dibujo #ilustract #ilustração #ilustration que são para os materiais e técnicas usadas. As marcações foram dos produtos usados e do perfil do desafio o @inktober.
Imagem 75: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
3.7 #Provérbios 6: 16-19 >Existem sete coisas que o senhor detesta: O olhar orgulhoso, língua mentirosa, Mãos que matam gente inocente, mente que faz planos perversos, Pés que se apressam em fazer o mal, testemunha falsa que diz mentiras e o que semeia intriga entre irmãos.< O verso acima fala sobre sete atos que Deus detesta, e grande parte da humanidade também, ações que são por vezes a origem de guerras, discussões, brigas e separações entre as pessoas e grupo de pessoas, como se fosse a raiz dos males, os sete pecados captais. Diferentemente dos versos anteriores esse verso além de ser maior que os outros ele abrange mais informações que os outros, por esse motivo, e também após algumas pesquisa de referências iconográficas que poderiam ilustrar o verso, considerei a fragmentação dele em uma série de ilustrações cada uma abordando uma personalidade de um personagem, totalizando uma série de 7 ilustrações publicadas em dias diferentes. 79
Imagem 76: Estudo
e primeiros rascunhos23
3.7.1 #Provérbios 6: 16-19 [1/7]
A primeira parte do verso cita sobre “o olhar orgulhoso” acredito que não existe algum ser humano que já não experimentou o sentimento de orgulho alguma vez em sua vida. Contudo, o excesso de orgulho ou o orgulho cego (não saudável) por vezes pode transformar uma pessoa em uma pessoa arrogante e ignorante com as demais em que na maioria dos casos afasta as demais além de causar danos a própria pessoa orgulhosa. Ao procurar sobre algumas referências iconográficas sobre temas que abordavam sobre temas relacionados ao orgulho, um dos termos achados foram as ilustrações do livro Divina Comédia de Dante Alighieri produzidas pelo pintor, desenhista e ilustrador francês Gustav Doré, contudo não utilizei das ilustrações dele em especifico mas de uma das adaptações baseadas na premissa da estória do livro divina comédia, a série animada e quadrinho japonês chamado Fullmetal Alchemist. 80
Fullmetal Alchemist é um quadrinho japonês (mangá) criado pela artista Hiromu Arakawa onde ela aborda em boa parte da trama sobre os chamados pecados capitais, descritos também na obra Divina comédia, os quais esses pecados capitais são representados em Fullmetal como seres do submundo, os chamados Homúnculos onde cada um representa um dos pecados capitais, ou seja, o orgulho é um personagem, a ira outro personagem, a luxuria outro e assim por diante, com características próprias.
Imagem 77: Grade
de referências tiradas do Pinterest23
3.7.1.1 Construção do personagem Com base nessa premissa, fiz um estudo sobre as características visuais mais marcantes do personagem Orgulho (Pride no original) correlacionando com o texto da ilustração. O personagem Pride na obra foi caracterizado como uma aparente criança pré-adolescente de mais de 300 anos de idade, sendo o homúnculo mais antigo de todos pois foi o primeiro homúnculo criado, ele aparentemente age como uma pessoa atenciosa e normal contudo no decorrer da trama ele mostra a sua verdadeira personalidade “Ele tenta atuar superior aos humanos fingindo que eles são insetos para ele, preenchendo-se com falsa dignidade”40. Quando ele libera sua verdadeira forma seus olhos se tornam avermelhados e de sua sombra surgem olhos enormes e bocas sorridentes, foi com base nessas caraterísticas visuais desse personagem que me inspirei na construção da ilustração
40
Fonte: Orgulho <http://pt-br.fma.wikia.com/g00/wiki/Orgulho?i10c.encReferrer=aHR0cHM6Ly 93d3cuZ29vZ2xlLmNvb S5ici8%3D> Acesso em 15 de maio de 2017.
81
Imagem 78: Estudos
e rascunhos da ilustração23
Outro aspecto importante na construção da ilustração foi o estudo sobre qual cor que melhor representava o orgulho ou que repassava um clima de violência e obscuridade, foi então que após algumas pesquisas vi que as cores que mais transmitiam esse clima eram o contraste da cor violeta, representando a violência e a cor amarela representando os sentimentos derivados do orgulho, como a inveja e hipocrisia.
Imagem 79: Rascunho
da ilustração final23
3.7.1.2 Cor e finalização Após um breve rascunho do desenho sobre o papel, preparei um fundo violeta com uma mistura das cores azul e ciano das tintas de impressora, contudo antes de 82
pintar o fundo velei o papel com fita crepe nas margens pois não queria que a tinta fosse até os limites do papel. Antes de pintar a ilustração com a tinta de impressora fiz alguns testes de cor e absorção da tinta no papel e notei que a tinta, se muito concentrada, pode manchar o papel e os demais abaixo dele, mas se usado em pouca quantidade o papel suporta. Pintei o fundo a aquarela com leves e rápidas pinceladas de tinta com um pincel chato de cerdas duras e o efeito da tinta sobre o papel ficou como se tivesse riscos brancos e algumas áreas, e ficou um efeito bem interessante e vivido.
Imagem 80: Fotos
do processo de pintura23
Como queria uma clima soturno para essa ilustração e queria destacar somente os olhos do personagem fiz o desenho com uma Brush Pen (caneta pincel) por cima do fundo violeta e acrescentei algumas linhas com a caneta Posca branca para destacar algumas áreas em que o preto não aparecia. Além dessas cores também usei uma caneta tinteiro azul contornando a área externa dos olhos e a gravata e outra caneta vermelha para a área interna dos olhos, na íris e na boca, após isso acrescentei pingos de tinta amarela de impressora iluminando a região do olhos e fazendo um contraste com o fundo violeta, causando assim um efeito soturno na região dos olhos além de destaca-los.
83
3.7.1.3 Publicação: 3.7.1.3.1 Imagem e Filtros Para a publicação foram utilizados poucos recursos de edição do painel de edição do Instagram, foi usado somente o recurso de brilho da imagem (+15) e o recurso de contraste (+15) para acentuar as cores da imagem.
Imagem 81: Foto
original e ao lado foto publicada com ajustes de cor23
3.7.1.3.2 Legenda, Hashtags e Marcações Na legenda da foto foi colocado entre chaves onde se localizava o verso bíblico e ao lado “part 1” sinalizando que haveriam mais de uma ilustração sobre o verso. Para essa série foi “criada” a hashtag #seventhings como forma de diferenciar ela das demais publicações, pois até o momento era a única que seria uma série e a tradução para o inglês de parte do verso, no caso, Pride Eye que significa Olhar orgulhoso. As demais hashtags eram #inktober e #inktober2016, referentes ao período de publicação de desenhos do desafio inktober realizado todo mês de outubro; #ilustration e #ilustração, uma em inglês e outra em português para abranger tanto o público mundial como o do Brasil; #proverbs #proverbios #proverbios6 referente a origem
do
verso
bíblico
em
que
se
baseou
a
ilustração;
#pride
#prideeyes #orgulho relacionado ao tema do verso tanto no âmbito nacional quanto internacional; #ink
(naquim) referente a técnica usada; #fullmetalalchemist
#homunculus #7pecadoscapitales referentes ao personagem e a referência 84
iconográfica e por fim #draw #drawing #dibujo caracterizando como um desenho.
Imagem 82: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
3.7.2 #Provérbios 6: 16-19 [2/7]
O próximo tema a ser abordado nesse verso é a língua mentirosa, tema bastante usado em alguns filmes e séries de comédia romântica e intrigas entre garotas do colegial, como o filme As garotas malvadas ou a série Pretty Little Lies onde a trama se desenrola em torno de uma fofoca ou de calunias sobre as personagens que culminam em uma grande bola de neve de mentiras. 3.7.2.1 Construção do personagem Para elaboração do personagem que ilustraria essa ilustração, busquei por filmes e séries que abordavam sobre fofoca e mentiras, e os que mais se relacionavam com o tema eram a série televisiva estadunidense Pretty Little Lies e o filme Garotas 85
Malvadas, e após analisar essas duas referências iconográficas, tracei uma perfil para como o personagem de comportaria na ilustração.
Imagem 83: Grade
de referências tiradas do Pinterest23
A personagem da ilustração foi construída com uma pose de sensualidade e provocação, característica visual bastante utilizada nessas duas referências. O torso levemente inclinado para frente, as mãos postas abaixo do queixo demonstrando uma ligeiro interesse, contudo os olhos desviados para outra direção como se fosse dizer algo que outras pessoas não devessem ouvir e a língua para fora umedecendo os lábios, recurso que me utilizei para evidenciar, mesmo que sutilmente, o tema central do verso a língua.
Imagem 84: Rascunhos
da ilustração23
3.7.2.2 Cor e finalização Como queria que a língua da personagem ficasse em evidencia, me utilizei de 86
poucos tons fortes para colorir o personagem, para o cabelo alguns contornos de cor amarela e para a pele um bege claro somente nas áreas onde ocorria algum tipo de sombreado. Para a boca, colori com um contorno de azul nos lábios e um vermelho bem vivo na língua para ser o foco central da ilustração.
Imagem 85: Fotos
do processo de finalização23
3.7.2.3 Publicação: 3.7.2.3.1 Imagem e Filtros Durante a publicação da imagem ocorreram ajustes mínimos da foto como cortes de altura e nível de contraste (+10) e um pouco de brilho (+10) pois o desenho tinha poucos detalhes de cor e se muito ajustado algumas partes coloridas se perdiam. Como a ilustração foi tirada sob uma luz amarela a foto ficou com um tom amarelado.
87
Imagem 86: Foto
original e foto publicada23
3.7.2.3.2 Legenda, Hashtags e marcações A legenda da foto foi sucinta como as demais ficando um padrão de referência entre colchetes ([Prov. 6: 16-19]) acrescido de qual parte do verso é (Parte 2), a hashtag #seventhings e logo em seguida a tradução da parte do verso para o inglês (LYING TONGUE). As demais Hashtags da publicação foram colocadas em forma de comentário, acredito que assim setoriza e não polui a publicação com muitas hashtags, as quais foram: #inktober2016 #inktober referentes ao mês que estava ocorrendo o desafio inktober; #ilustration #ilustração #illustragirl relativo à tipo de publicação no Instagram, no caso, uma ilustração; #proverbs #proverbios #biblia para marcar a origem do verso, de onde ele advém; #lie relativo ao tema do verso em inglês para possíveis pesquisas à imagem
de
cunho
internacional;
#dibujo
#drawing
#inked
#wartercolor
#aquarelle #aquarela relacionados ao tipo de técnica usada na produção da ilustração; #aquarelapentel
referente
a
marca
do
material
utilizado;
#easyamovie
#meninasmalvadas #meangirls #prettylittleliars #movie pertinente à referência iconográfica utilizada na produção das ilustrações; e por fim #art #artstagram também referentes ao tipo de publicação só que em maior âmbito. Com relação as marcações na publicação foram marcados as seguintes contas @uniballbrasil, @faber_castell_br, @Pentel_brasil, @sakuraofamerica e @postit 88
pertencentes as marcas dos materiais utilizados na produção da ilustração e o @inktober, conta oficial do desafio de desenho.
Imagem 87: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
3.7.3 #Provérbios 6: 16-19 [3/7]
Que o mundo é cruel, todos sabemos, e pessoas cruéis existem aos montes, o que difere é o nível de maldade e crueldade da pessoa e quais são os atos que ela faz, muitos reis e governadores da história já mataram (mandaram matar) muita gente que consideram ser contrárias ao seus propósitos, muitos bandidos, traficantes, e outras pessoas corruptas e corruptíveis matam pessoas, sejam elas culpadas ou inocentes todos os dias, alimentando a indústria sangrenta da morte. 3.7.3.1 Construção do personagem O tema abordado nessa ilustração, “Mãos que matam gente inocente”, esse tipo de tema é bastante abordado em séries e filmes sobre guerra, super heróis e 89
filmes de ação de classificação +14 à +18, com lutas bastantes impactantes e com movimentos rápidos, dependendo da classificação podem ser mais cruéis e sangrentas que as outras. Buscando por referencias vindas desses temas, escolhi alguns personagens que se encaixavam com o tema do verso, como o personagem Dio Brando do anime e mangá Jojo Bizarre Adventure41, Dead Shot (Pistoleiro)42 da Dc Comics e o Justiceiro (The Punisher)43 da Marvel Comics.
Imagem 88: Grade
de referências tiradas do Pinterest23
41
Jojo's Bizzarre Adventure e uma série de mangás e anime escrita e ilustrada por Hirohiko Araki em 1987. Conta a história da família Joestar, uma família cujos vários membros descobrem que estão destinados a derrubar inimigos sobrenaturais usando poderes únicos que possuem. Dio Brando é o antagonista da série. 42 Criado por David Vern Reed, Lew Schwartz e Bob Kane em 1950, Deadshot um personagem dos quadrinhos da DC. Excelente atirador que se orgulha de nunca perder um tiro, e muitas vezes é considerado um dos assassinos mais mortíferos no Universo DC. Deadshot é um adversário do super herói Batman, e participou do Esquadrão Suicida. 43 O Justiceiro é um personagem dos quadrinhos Marvel criado pelo escritor Gerry Conway e pelos artistas John Romita Sr. e Ross Andru, com o editor Stan Lee em 1974. É um vigilante que emprega assassinato, sequestro, extorsão, coerção, ameaças de violência e tortura em sua guerra contra o crime.
90
Contudo, por esses personagens terem características anatômicas de porte musculoso, tive que previamente fazer estudos de anatomia masculina, em específico sobre os músculos de homens mais musculosos pois ainda não tinha desenhado personagens de porte mais elaborado, além de também expressões de personagens masculinos. Para a composição final da ilustração foram incorporadas característica do personagem Dio Brando, no rosto e partes da vestimenta, do Dead Shot, em partes da vestimenta e acessórios, e a estrutura anatômica e pose e parte do cenário inspirados no Justiceiro, este último mostrava uma pose que imponência diante da morte.
Imagem 89: Rascunhos
91
do personagem23
Após um primeiro rascunho da ilustração, notei que precisava de mais alguns elementos para compor o cenário da ilustração, foi então que após algumas pesquisas de referências no Pinterest, encontrei algumas ilustrações de Game of Thrones44 que se encaixavam com o tema proposto, e com base em algumas ilustrações do trono de Game of Thrones que adicionei o arco de espadas ao redor do personagem da ilustração como alusão ao escoto do trono de Game of Thrones, pois o mesmo é composto de diversas espadas.
3.7.3.2 Cor e finalização Foram usados nessa ilustração cores como vermelho, Roxo/Violeta, azul e cinza a fim de denotar um ar de violência e ao mesmo tempo crueldade e frieza. Durante o processo de finalização, me utilizei de uma técnica de pintura que escutei de uma ilustradora da internet, que consta em antes de colorir a imagem com aquarela fazer os pontos de sombra com uma nina de grafite ou um lápis 6B para fazer uma prévia camada escura para facilitar na hora do contraste de claro e escuro e em tons mais acinzentados.
Imagem 90: Fotos
do processo de finalização23
44
Game of Thrones é uma série de televisão norte-americana criada em 2011 por David Benioff e D. B. Weiss e produzida pelo canal HBO, e baseada na série de livros A Song of Ice and Fire, de George R. R. Martin.
92
Outra técnica e material utilizado na finalização dessa ilustração foi a caneta pincel de traço mais grosso no contorno do personagem o que fez com que a figura se destacasse sobre o papel fazendo como se fosse uma “pequena sombra”, dando profundidade ao desenho, além de ser um recurso utilizado por alguns mangakás45 de mangá Shounem46 para dar mais expressividade.
3.7.3.3 Publicação: 3.7.3.3.1 Imagem e Filtros Diferentemente da ilustração anterior essa foi fotografada sob luz natural por consequência não alterou muito as cores originais da ilustração além da foto ter uma tonalidade mais fria com relação à anterior. Os ajustes da foto foram somente com relação a Brilho (+5) e contraste (+15) para evidenciar um pouco mais o tons mais vivos, como o vermelho e o violeta, foi ajustado também a temperatura da imagem para um tom mais azulado (-20).
Imagem 91: Imagem
original e imagem publicada23
3.7.3.3.2 Legenda, Hashtags e marcações
45
É a palavra usada para um quadrinista no Japão. É um mangá destinado a um público jovem masculino, contendo geralmente diversas cenas de heroicas e de ação. 46
93
A legenda foi feita como as demais anteriores da sÊrie com a referência acrescido de qual parte da sÊrie Ê a ilustração ([Prov. 6: 16-19] Parte 3), acrescido tambÊm da tradução do verso em inglês (HANDS THAT KILL INNOCENT PEOPLE), alÊm das hashtags #seventhings e #proverbiosilustrados este último foi acrescentando
recentemente, em junho de 2017, e atĂŠ o momento uma hashtag exclusiva dessa conta. As demais hashtags foram colocadas, assim como as demais publicaçþes, em um comentĂĄrio abaixo da legenda, sendo eles: #ilustração #ilustration #ilustracao #dibujo #draw #artđ&#x;&#x17D;¨ #wartercolor #aquarelle #aquarela #ink relativos ao tipo de postagem e a tĂŠcnica utilizada na produção; #proverbs
#proverbios #biblia referentes a de onde fora retirado o verso central da
ilustração; #inktober para as publicaçþes de desenhos que foram realizadas em outubro;
#killer
#death
termos
em
inglĂŞs
referentes
ao
tema
da
ilustração;
#aquarelapentel #uniball para as marcas dos materiais utilizados na
produção
da
ilustração;
#jojosbizarreadventure
#diobrando
#deadshot
#gameofthrones #justiceiro #mangå #comic referentes às referências iconogråficas utilizadas para a produção da ilustração.
Imagem 92: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
94
3.7.4 #Provérbios 6:16-19 [4/7]
O que ocorre na mente das pessoas? Pensamentos que ninguém sabe mas por vezes muitos queriam saber ou ao menos decifrar. Pensamentos que pensamos ser bons, contudo podem não ser, pensamos que uma pessoa só pensa coisas boas, felizes e alegres, contudo pode não ser o que se aparenta, podemos transmitir algo discordante daquilo que pensamos, podemos ter pensamentos e planos perversos sobre alguém, algo ou situação contudo até o momento em que isso for mostrado à tona, até lá, será secreto, pois só se pode ver o que a pessoa decide mostrar.
3.7.4.1 Construção do personagem O tema central do verso em questão é Mente Perversa, se tratando de mente havia na mídia do entretenimento duas estórias que trabalhavam com personagem classificados como pessoas inteligentes que se utilizavam de planos complexos para resolver seus dilemas, contudo os ditos “problemas” se observados de fora, são planos egocêntricos, perversos e extremistas, esses personagens são o Célebro da série animada estadunidense Pinky e Célebro produzida pela Warner Bros. e o personagem Light Yagami (Kira) da série animada japonesa Death Note baseada no mangá de mesmo nome escrito por Tsugumi Ohba e ilustrado por Takeshi Obata. Celebro é um pequeno e cabeçudo rato branco de laboratório que possui uma super inteligência e tem planos de dominar o mundo, contudo nunca consegue por causas de algumas trapalhadas de seu amigo rato Pinky.
95
Imagem 93: Grade de referências tiradas do Pinterest23
Light Yagami, por conseguinte, é um estudante japonês do ensino médio que também é super inteligente e tem uma grande capacidade de dedução, porém é inseguro e entediado até o momento que o Death Note (Caderno da Morte), um caderno que pode matar as pessoas que estiverem seus nomes escritos neles, e por ele ter esse caderno ele se torna uma pessoa justiceira, orgulhosa e prepotente, se transformando de herói para vilão durante o decorrer da estória.
Imagem 94: Grade de referências tiradas do Pinterest23
Levando em consideração esses dois personagens e suas personalidades semelhantes, tracei a linha de pensamento que poderia cruzar essas estórias, aquilo que diferencia o destino de um personagem do outro, o Death Note, e levando em consideração o que esse objeto fez com a estória de Light Yagami, tracei uma prerrogativa de como seria se o Death Note existisse no universo de Célebro, o que 96
ele faria com esse caderno? Ele usaria? Ou deixaria de lado e continuaria com seus planos de todas as noites? É o que essa ilustração procura retratar, o se o Death Note existisse no mundo de Pinky e Célebro.
Imagem 95: Rascunhos
da ilustração23
3.7.4.2 Cor e finalização Fiz um rascunho do Célebro, e depois contornei com caneta descartável, segurando o Death Note nas mãos dele a frente ao rosto dele como se estivesse lendo as instruções do caderno. Como o traço do personagem é simples e curvilíneo (para facilitar na hora da animação acredito eu) adicionei mais linhas de pêlo no desenho, uma característica dos desenhos japoneses que adquiri em meus desenhos, para detalhar um pouco mais o personagem.
Imagem 96: Fotos
do processo de finalização da ilustração 23
97
Pôr o personagem ser uma rato branco foram usados poucas cores para colorilo, tons de vermelho claro para pele das orelhas patas e rabo e um pouco de amarelo na região dos pés, ficando um efeito dégradé do laranja pro avermelhado, o Death Note como é uma caderno preto ele foi pintado da cor respectiva e destacando a palavra “Dearth” (escrito de maneira errada por assim dizer) com caneta vermelha. Para colorir a ilustração me utilizei somente da aquarela da marca Pentel. 3.7.4.3 Publicação: 3.7.4.3.1 Imagem e Filtros Antes de publicar a ilustração foram feitos ajustes de ângulo e margem a adicionado brilho e contraste à foto, como a estava muito amarelada foi adicionado o filtro chamado Clarendon em 47% de força na foto tirando o amarelado da foto, além do filtro foi adicionado mais contraste (+20) e mais brilho (+12) na publicação.
Imagem 97: Imagem
original e imagem publicada23
3.7.4.3.2 Legenda, Hashtags e marcações Assim como os demais anteriores da série na área da legenda foi colocado a referência do verso bíblico e a sua respectiva parte, [Prov. 6: 16-19] Parte 4/7, e logo em seguida a tradução em inglês do verso HEART (Mind) THAT DEVISETH WICKED IMAGINATIONS e também a Hashtag #seventhings. Separadamente em um comentário foi colocado as demais hashtags as quais 98
sĂŁo: #art #draw #drawing #ilustração #ilustration #ilustracion para categorizar o tipo de publicação como uma publicação de cunho artĂstico; #proverbiosilustrados #proverbios6 #proverbios #proverbs para categorizar de onde foi tirada os textos que inspiraram
a
ilustração;
#brain
#pinkyycerebro
#pinkyecerebro
#pinkyandthebrain #deathnote para categorizar quais foram as referĂŞncias iconogrĂĄficas utilizadas; #perverseplains #mouseđ&#x;? para categorizar a respeito do tema
da
ilustração
e
tipo
de
personagem;
#watercolor
#aquarela
#aquarelle #ink #nanquim #pentel para categorizar os materiais utilizados para a produção da ilustração.
Imagem 98: Print da publicação no Instagram (versão web)23
3.7.5 #ProvĂŠrbios 6:16-19 [5/7]
PĂŠs que se apressam em fazer o mal, que existem pessoas mĂĄs todos 99
sabemos mas tem aqueles que estão tão arraigados no mal que o quanto mais rápido aquilo se realiza melhor e mais prazeroso para ele, quanto mais rápido o mal se espalhar melhor. 3.7.5.1 Construção do personagem Ao pesquisar sobre personagens que tem características de fazer o mal e serem rápidos os primeiros das pesquisas foram os vilões do HQ The Flash, da DC comics originalmente criado pelo escritor Gardner Fox e o artista Harry Lampert. O HQ conta a história de um ser humano que adquire poderes de super velocidade ultrapassando as regras da física e luta para proteger sua cidade de outros super vilões que no fim das contas alguns dos seus super vilões eram na verdade versões más dele no futuro que voltaram para o passado a fim de destrui-lo, ou impedir que ele salve a mãe de morrer ou algo relacionado ao passado de flash e sua mãe. O vilão de Flash que considerei mais coeso com o tema dessa parte do verso foi o Black Racer (Flash Negro) que é considerado a encarnação da Morte no Universo do Flash e da DC Universe, sua função é perseguir e capturar os velocistas da Força da Aceleração (Speed Force) se utilizando de poderes como imortalidade, voo, super velocidade, possessão e foice da morte. Por ele ser caracterizado como a maldade encarnada e por ser um velocista acredito que se encaixa bem com o tema desta parte do verso.
Imagem 99: Grade
de referências tiradas do Pinterest23
Essa foi com certeza a ilustração mais trabalhosa, castigante e difícil que eu fiz 100
até então, pois minha experiência em desenho de personagens masculinos em poses de ação era praticamente nula e o personagem da ilustração requeria obrigatoriamente uma pose de ação, que no caso era a ação de correr. Personagens com ângulos de ação ou combate são aparentemente distorcidos anatomicamente por isso em um primeiro momento é bem difícil fazer um ângulo de ação corretamente, isso requer muita prática não só de anatomia como um estudo sobre músculos do corpo humano e muita prática de ângulos de luta, dança ou corrida, posições que as pessoas não fazem diariamente ou com muita facilidade.
Imagem 100: Primeiros
estudos da ilustração23
Contudo após muitos, estressantes e exaustivos, dias de exercícios de possíveis poses de como ficaria o personagem correndo perguntei para alguém de fora mostrando alguns dos meus inúmeros rascunhos qual era menos estranho e que mais parecia alguém correndo, foi então que cheguei ao modelo estrutural definitivo para a ilustração. 3.7.5.2 Cor e finalização Após a definição da pose do personagem, elaborei previamente um teste de cor com lápis de cor para ver quais cores seriam utilizadas na versão final da aquarela além de ter uma noção de como ficaria o desenho colorido.
101
Imagem 101: Teste
de cor da ilustração feito com lápis de cor23
Diferentemente das ilustrações anteriores da série nessa não foi utilizado a caneta nanquim como contorno pois queria nessa ilustração quis transpassar mais fluidez de cor e movimento, acredito que a linha preta do nanquim iria prejudicar quando fossem adicionados os efeitos de luz e sombra e os raios de velocidade ao redor do personagem.
Imagem 102: Rascunhos
da ilustração23
Nessa ilustração além de tinta aquarela foi utilizado lápis de cor em algumas áreas para enfatizar o efeito de luz, sombra e volumetria além de alguns raios ao redor do personagem. 102
Imagem 103: Fotos
do processo de finalização da ilustração 23
3.7.5.3 Publicação: 3.7.5.3.1 Imagem e Filtros Como a luz em que a foto da ilustração era branca e a imagem estava bem nítida, os ajustes da imagem foram mínimos como adicionar um pouco de brilho (+65), contraste (+25) e temperatura (+20).
Imagem 104: Imagem
original e imagem publicada23
103
3.7.5.3.2 Legenda, Hashtags e marcações Fora colocado o padrão de legenda antes adicionado nas demais que é a referência do verso e qual parte da série, [Prov. 6: 16-19] Parte 5/7, acrescido da tradução do verso em inglês, The FEET that be Swift in running to MISCHIEF, e as primeiras hashtags #seventhings #proverbiosilustrados, e as demais hashtags em forma de comentário logo abaixo da legenda, os quais foram: #art #ilusración #ilustração #ilustract #drawing #paint #dibujo para classificar o tipo de post no Instagram sendo eles em 3 línguas diferentes, português, inglês e espanhol, para maior abrangência de pesquisa; #watercolor #aquarela #aquarelle para
o
tipo
de
técnica
utilizada
nas
ilustrações;
#fabercastell
#pentelwatercolor #mapedpencils para os tipos de materiais utilizados;
#comics
#theflash #dearhflash #dccomics para as referências iconográficas utilizadas para a produção
da
ilustração;
#speed
#feet
para
o
tema
central
do
verso;
#proverbs #bible #bibleverse #proverbs3 #proverbios #proverbios6 para as referências dos textos que originaram as ilustrações.
Imagem 105: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
104
3.7.6 #Provérbios 6:16-19 [6/7]
Testemunha Falsa que diz mentiras, quem nunca disse mentiras? Seja ela por ter que encobertar um segredo precioso de outra pessoa, ou pra não ser castigado pelos pais e responsáveis ou aquela mentira do dia da mentira? Contudo, e se a mentira se tornar algo que põe em questão a liberdade de outra pessoa? 3.7.6.1 Construção do personagem Apesar de muitos filmes e séries que tenham cenas sobre interrogatório de testemunhas são poucos que abordam uma trama em que o foco central da trama é essencialmente desvendar se a testemunha está mentindo o não. Após muita pesquisa sobre séries e filmes que tenham uma trama e personagens que condiziam com o tema proposto, encontrei uma série estadunidense chamada Lie to Me que abordava sobre a investigação de casos se utilizando de análise de micro expressões de testemunhas e criminosos para a resolução dos casos, porém por ser uma série com casos diferentes em cada episódio não havia um vilão permanente na série, uma testemunha falsa permanente na série, fato que era essencial para abordagem do tema proposto.
Imagem 106: Grade
de referências tiradas do Pinterest23
105
Foi então que ao olhar para a ilustração anterior, percebi que o personagem Light Yagami (Kira) de Death Note, que inspirou a produção da ilustração anterior, adquire características de uma testemunha mentirosa pois para encobrir seus atos ele, no decorrer da história se infiltra na própria polícia que investiga o seu caso a fim de tanto encobertar sua identidade como saber dos planos de captura antecipadamente, fingindo-se de pessoa inocente quando em realidade é o contrário. A partir dessa leitura, crio um cenário entre essas duas estórias envolvendo o personagem principal de Lie to Me, Dr. Cal Lightman, especialista em micro expressões e o personagem Light Yagami (Kira) de Death Note, o grande enganador, mentiroso, calculista e anti-herói de Death Note.
Imagem 107: Grade
de referências tiradas do Pinterest23
A ilustração foi construída, diferentemente das anteriores, com alguns recursos dos quadrinhos, que são a divisão de quadros e um balão de fala, que acredito que foi necessário para maior compreensão do público, que constituiu em um plano geral no centro da ilustração e retângulos com detalhes do rosto e expressões dos personagens em um cenário de uma sala de interrogatório.
106
Imagem 108: Rascunho
e teste de cor da ilustração23
3.7.6.2 Cor e finalização Para transportar um clima de sobriedade cobri o fundo da ilustração com cores frias como o azul escuro e lilás e violeta, contudo antes de colorir fiz uma prévia camada de cinza com o lápis de mina grafite para que o fundo ficasse mais escuro.
Imagem 109: Processo
de ilustração23
Pôr o papel absorver a aquarela rápido demais optei por colorir o fundo com lápis aquarelável pois ele requer menos água do que a aquarela mas não surtiu o efeito desejado, ficando evidente ranhuras de lápis que mesmo com a pequena camada de água não se uniformizaram ou borraram o desenho, como aconteceu no retângulo de cima que evidenciava o rosto do personagem Light Yagami. Para remediar as manchas passei ao redor do retângulo uma caneta Posca branca contornando e fazendo alguns pontos de brilho na extremidade do retângulo, o mesmo 107
fiz no retângulo da extremidade de baixo.
Imagem 110: Fotos
do processo de pintura da ilustração 23
Durante o processo de finalização do desenho percebi que o tipo de papel já começava a não responder satisfatoriamente aos materiais que eu colocava nele, fazendo aparecer ranhuras de lápis de cor que não era exatamente o desejado, contudo continuei com o mesmo papel para observar em que resultado ficaria. 3.7.6.3 Publicação: 3.7.6.3.1 Imagem e Filtros Os ajustes na foto da ilustração para publicação foram somente de brilho (+20) e de contraste (+25) para deixar a foto um pouco mais clara.
Imagem 111: Imagem
original e imagem publicada23
108
3.7.6.3.2 Legenda, Hashtags e marcações A legenda seguiu o padrão das demais legendas anteriores, [Prov. 6:16-19] Parte 6/7, sendo o local onde se encontra o verso da ilustração na bíblia e, FALSE WITNESS THAT SPEAKETH LIES, que corresponde à tradução do verso para a língua inglesa acompanhado das duas hashtags #seventhings #proverbiosilustrados. Em
forma
de
comentário
separado
seguem
as
demais
hashtags
correspondentes à publicação, sendo elas: #illustrationoftheday #ilustation #ilustração #draw #drawing #dibujo #desenho para classificar o tipo de post no instagram sendo eles em 3 línguas diferentes; #liar #lietome #deathnote correspondente ao tema da ilustração e às referências iconográficas; #watercolorpainting #watercolor #watercolorpencil #ink #inkpen para o tipo
de
#biblestudy
técnica
utilizada
#bibliasagrada
#biblia
nas
ilustrações;
#proverbios
#bible
#proverbs
#bibleverse
#proverbiosbiblicos
#bibleproverbs #proverbs6 correspondente a referência do tema da ilustração.
Imagem 112: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
3.7.6.3.3 Curtidas e Comentários Até o momento a publicação obteve 43 curtidas (Julho de 2017), decaiu com relação à publicação anterior. A publicação recebeu um comentário contudo era um 109
comentário spam do Instagram.
3.7.7 #Provérbios 6:16-19 [7/7]
Pessoa que provoca a briga entre amigos, esse é tema do verso que a ilustração propõe. É uma situação que pode acontecer “nas melhores famílias” pois mesmo que por mais que uma comunidade, um grupo familiar ou de amigos e colegas seja unido sempre tem aquela pessoa que tá lá no meio só pra provocar discórdia, ou por ter algum desentendimento com alguma pessoa do grupo ou por que ela gosta de ver as pessoas brigando mesmo, o que na linguagem popular chamamos de “barraqueiro”. 3.7.7.1 Construção do personagem O personagem que interpreta muito bem o papel de “instigador” tanto na literatura infanto juvenil (?) quanto no filme e na série é o personagem chamado Conde Olaf, da série de livros Desventuras em Série do escritor Lemony Snicket. Nesta série o Conde Olaf representa o principal vilão da trama o mesmo faz de tudo para separar os irmãos (órfãos) Boudelarie de seus tutores depois de ser destituído da função de tutor devido a sua ganancia e mais tratos aos órfãos Baudelarie.
110
Imagem 113: Grade
de referências tiradas do Pinterest23
A fim de ambientar a ilustração com o tema inseri mais dois personagens a ilustração a primeira Violet Baudelarie e em contraponto com Anne Shirley, que tem uma estória semelhante ao dos Baudelarie, do livro e série Anne de Green Gables ou Anne com E, no qual ambas são influenciadas a discutirem devido a uma situação que o Conde Olaf produziu.
Imagem 114: Grade
de referências tiradas do Pinterest23
3.7.7.2 Cor e finalização Foi feito alguns rascunhos com a feição facial dos personagens e possíveis disposições dos mesmos na ilustração até chegar no resultado final. Contudo antes de passar para o papel definitivo da ilustração foi feito um rascunho para estudo de cores dos personagens e do fundo com lápis de cor.
111
Imagem 115: Rascunhos
e teste de cor da ilustração23
Essa ilustração foi produzida com a aquarela em pastilha da Koh-i-noh que por ser mais pigmentada produziu alguns efeitos de dispersão da aguada da aquarela em alguns pontos da ilustração criando um efeito interessante na ilustração, contudo nas áreas que apliquei mais água o papel não suportou e a tinta traspassou para o outro papel.
Imagem 116: Processo
de produção da ilustração23
Diferentemente de algumas ilustrações anteriores que tinham o fundo totalmente preenchido nesta pintei somente a parte central do fundo com um retângulo em vermelho, método também usado por alguns desenhistas, para destacar a parte central da ilustração. Foi também utilizado a caneta de gel branca para alguns efeitos de luz e também para as listras horizontais da roupa do Conde Olaf. 112
Imagem 117: Pintura
e finalização da ilustração23
Assim como a ilustração anterior foi adicionado características dos quadrinhos/mangás como algumas onomatopeias a cada um dos personagens a fim de transmitir o sentimento de cada um. 3.7.7.3 Publicação: 3.7.7.3.1 Imagem e Filtros Durante o processo de publicação foi usado um filtro chamado Gingham em 66%, esse filtro faz com que a imagem fique azulada. Foi utilizado também outros recursos como Brilho (+62), Contraste (+14), Sombras (+15), Saturação (+9).
Imagem 118: Imagem
original e imagem publicada23
113
3.7.7.3.2 Legenda, Hashtags e marcações Seguindo o padrão das publicações anteriores na legenda foi colocado a origem do verso acrescido da parte correspondente do verso, [Provérbios 6:16-19] Parte 7/7; E a tradução do verso em inglês, HE THAT SOWETH DISCORD AMONG BRETHREN. As hashtags colocadas na publicação foram: #seventhings #netflix
#proverbiosilustrados
#desventurasemserie
correspondentes
as
criadas
para
#annewithane referências
as
postagens
no
perfil;
#aseriesofunfortunateevents iconográficas
usadas;
#draw #drawing #art #arte#dibujo #desenho #ilustração #illustration #ilustracion classificando o tipo de post; #aquarela #aquarelle #acuarela #watercolor #수채화 #kohinoorwatercolorwheel para o tipo de técnica e material usado na produção da ilustração; #bible #biblia #proverbios#proverbiosbiblicos #proverbs #proverbios6 correspondente a origem do tema da ilustração. Nas marcações foram marcados cinco perfis dentre eles, perfis dos materiais ultilizados
como
@kohinoor_hardtmuth,
@uniballbrasil,
@faber_castell_br,
@fabercastellglobal, @postit e dois relacionados ao personagens da ilustração.
Imagem 119: Print
da publicação no Instagram (versão web)23
3.8 Curtidas e Comentários do Perfil A respeito da interação e receptividade dos usuários do Instagram obtive um resultado bastante promissor, as primeiras publicações tiveram alguns comentários e 114
um grande número de curtidas considerando que o perfil é novo, contudo o número de interatividade teve seus picos altos e baixos, notei que o maior pico de interação dura aproximadamente 3 dias após esse período a interação cai bastante. Com relação aos seguidores o perfil está com um crescimento lento e gradual e atualmente conta com uma variação de 180 a 190 seguidores, sendo que em junho de 2017 o perfil alcançou 100 seguidores, fato importante pois a partir de 100 seguidores que o aplicativo permite que o perfil possa ter acesso às estatísticas que o mesmo fornece.
3.9 #MATERIAIS
Fonte: Acervo Pessoal “Formar importa em transformar. Todo processo de elaboração e desenvolvimento abrange um processo dinâmico de transformação, em que a matéria que orienta a ação criativa, é transformada pela mesma ação. Transformando-se, a matéria não é destruída de seu caráter. Pelo contrário, ela é mais diferenciada e, ao mesmo tempo, é definida como um modo de ser. Transformando-se e adquirindo forma nova, a matéria é configurada, matéria-e-forma, essa síntese entre o geral e o único é impregnada de significações.” (OSTROWER, 1987 p. 51)
De acordo com a OSTROWER todo o artista necessita de materiais para externar o que há em sua mente, instrumentos para confeccionar seus projetos, ideias, pensamentos. Nesta seção abordo a respeito dos materiais pelos quais eu utilizei para a confecção das ilustrações do capitulo 3 que compõem o 115
@postitproverbios, no caso a aquarela, o nanquim e seus instrumentos. Os temas abordados seguem desde os pigmentos, passando pelos papéis, tintas, pincéis, indo até os materiais de registro da ilustração, buscando abordar suas características além de análises sobre prós e contras de alguns materiais utilizados nas ilustrações. Segundo SMITH:
A maioria dos artistas lembra-se bem da emoção experimentada ao defrontar-se pela primeira vez, qualquer que tenha sido a idade ou etapa da vida, com os materiais do seu ofício. Havia algo de muito especial nas formas, odores e cores dos pelos dos pincéis e das tintas a óleo, por exemplo, e uma sensação de antecipação das possibilidades e oportunidades que esse material encerra. A excitação mesclava-se em geral de alguma apreensão sobre os resultados a serem obtidos.” (SMITH, 2008 p. 6)
Acredito que todo o ser humano sabe desenhar, contudo, o que difere uns dos outros é como uma pessoa consegue materializar aquilo que vê, ou seja, a prática da percepção visual. Uns conseguem transmitir mais detalhadamente o que veem para o papel, e isto é o que difere um artista de outra pessoa. Contudo, acredito que qualquer ser humano já tenha experimentado, nem que seja somente quando criança, o ato de criar, riscar, pintar, moldar algo e também já teve a sensação de sentir a textura, o cheiro e como as cores e formas se comportam à medida em que se cria.
3.9.1 PIGMENTO
Fonte: Bloglovin
116
O primeiro material registrado pela história a ser manipulado pelo homem foi o pigmento, onde ele descobriu que, utilizando de um material de coloração diferente sobre a superfície de uma parede, ele podia formar uma imagem. “Na História temos relatos que os homens retiravam pigmentos das plantas para reproduzir as cores da natureza. Como exemplo temos os índios, os quais desde os tempos remotos já pintavam o corpo com urucum, e até os chiques europeus usavam legumes para dar cor às suas roupas47.” O pigmento é a base de toda a tinta, seja ela, aquarela, óleo, acrílica entre outros, o qual sem ele não há tinta. O Pigmento por assim dizer pode ser produzido através de materiais de origem animal, vegetal ou mineral. O aspecto do pigmento pode modificar-se pela natureza do diluente em que as partículas se acham suspensas e que as fixa ao suporte ou da superfície a que este adere, e pela ação variável da luz. (Smith, 2008 p.9)
Fonte: followthecolours A cor do pigmento depende do tipo de luz que ele absorve, ou seja, um pigmento é vermelho porque absorve uma determinada quantidade de luz referente à cor vermelha. Outra característica do pigmento é sua relação de resistência e luz, pois dependendo da natureza química do elemento, sua concentração, e o diluente empregado, ele pode ser mais vívido e resistente ou não quando exposto à luz. Segundo SMITH o qual aborda sobre a concentração do pigmento em diferentes tipos de tintas: “À exemplo na aquarela, a concentração do pigmento é menor do que no óleo, de modo que a camada de tinta é mais fina. Além disso, o próprio diluente aquoso protege menos do que o óleo e é importante não expor uma aquarela a luz direta.” (Smith, 2008 p.10)
47
Disponível em <http://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/pigmentos-uma-aulaarte.htm>
117
Imagem 120: Pigmentos em pó de cor azul.
Fonte: Pinterest
À respeito da origem química dos pigmentos podemos dizer que os pigmentos podem ser constituídos de materiais inorgânicos, naturais e sintéticos, sendo que inorgânicos são feitos com elementos isentos de carbono como: Terras: ocre, cinábrio (vermelhão), castanho vandyke; Minerais: Lápis-azuli (ultramarino), brancos (caulim, cré, gesso) Sintético: Brancos (branco de chumbo, branco de zinco, branco de titânio), amarelos e vermelhos (Amarelo de Nápoles), azuis (azul prússia, azul cobalto, azul cerúleo), verdes (verde cobalto, viridian). Os pigmentos orgânicos por sua vez, derivam de componentes do carbono os quais podem ser de origem animal ou vegetal. Por conseguinte SMITH também relata sobre a origem de alguns pigmentos: Um pigmento vermelho de origem vegetal ainda hoje usado é o laca de garança, feito de tons alizarin e purpurino extraídos da raiz da garança, [árvore de origem mediterrânica]. O Carmim, familiar na Europa desde meados do século XVI, é obtido da cochonilha [inseto que se alimenta da seiva de cactos]. Ainda se usa como pigmento de aquarela a resina de guteria, embora sua resistência a luz seja fraca. (SMITH,2008 p.12)
Os pigmentos sintéticos correspondem a complexos compostos de carvão criados por laboratório. “Os pigmentos orgânicos sintéticos permanentes existem desde 1935 com a invenção do Azul Ftalo e o Verde Ftalo, os quais são de produção relativamente barata e extremamente intensos e resistentes e a luz.” (SMITH, 2008 p.12) 118
3.9.2 PAPEL
Fonte: weddingsparrow
Se tratando de suporte um dos suportes mais flexíveis e acessíveis para os artistas na atualidade, sobretudo pela sua praticidade, o papel é o ideal para técnicas de desenho e pintura em aquarela, pois no caso da aquarela, dependendo de sua gramatura e absorção, ele pode suportar técnicas tanto secas como molhadas. O Papel, palavra de origem latina oriunda da palavra papyrus, faz referência ao papiro, uma planta que cresce nas margens do rio Nilo no Egito, “[...] é uma invenção Turca-oriental que passou ao extremo Oriente e para o Oriente Médio durante a Idade Média. Na Europa, primeiro ele apareceu no século XIII Espanha muçulmana, onde foi fabricado e importado. Mais ou menos na mesma época em que foi conhecida no sul da Itália. O papel branco foi fabricado na Inglaterra pela primeira vez em 1495 (antes era de cor creme claro), mas até o século XVIII não era grande escala. Até que em 1800, as fábricas europeias produziram uma máquina de pasta de papel apenas panos molhados em um moinho de água48”.
Atualmente, grande parte dos papéis são fabricados à base de fibra celulósica, oriunda de uma grande variedade de plantas. Dentre as matérias primas utilizadas na produção do papel para fins artísticos, anteriormente “no ocidente, os melhores papéis para artista têm sido tradicionalmente feitos de trapos de linho.” (SMITH, 2008 p.48) fibra de linho é mais forte do que a de algodão e as outras fibras vegetais, contudo, esse tipo de papel entrou em desuso devido à dificuldade na obtenção do material, sendo substituído por fibra de algodão. Outra matéria prima utilizada para a confecção do papel artístico também é a polpa de madeira.
48
Disponível em <http://www.arts4x.com/spa/d/papel/papel.htm>
119
3.9.2.1 Absorção
Fonte: Canson e Acervo Uma das diferenças de um papel sulfite normal e de uma papel para técnicas artísticas como a aquarela é a forma como ele absorve a tinta aplicada sobre ele, pois o “papel para aquarela possui uma trama que reduz a absorção da tinta para que os pigmentos fiquem na superfície dele, permitindo que as cores mantenham o brilho. 49” A absorção ou não de tinta depende se o papel foi engomado externamente no seu processo de confecção pois isso afeta no processo de absorção da tinta da aquarela.
3.9.2.2 Gramatura
Fonte: Etsy.com Outra característica que difere os tipos de papéis é também a gramatura do papel, ou seja, o seu peso de superfície, sua grossura, que é padronizadamente expressa em gramas por metro quadrado, variando de 12 gramas, (por exemplo, papel japonês de amoreira), para 300 gramas num papel de aquarela ou até 640 gramas.
49
Disponível em <http://pt.wikihow.com/Escolher-Papel-Para-Aquarela> Acesso em Abril de 2017
120
O papel mais recomendado pelos artistas para a utilização da aquarela é o de 300g, porém, podem ser usados papéis com gramatura a partir de 200g, o qual foi utilizado na produção das ilustrações do @postiporverbios, com ressalvas na qualidade do papel e na quantidade de água utilizada. Imagem 121: Papéis de marcas e gramaturas diferentes
Fonte: Acervo Pessoal A despeito do papel inicialmente utilizado na produção das ilustrações do @postitproverbios, o papel de 200g de nome Debret Profissional Acervo na cor creme, o qual em sua capa diz que é indicado para técnicas úmidas e secas, o considero um papel de qualidade mediana para menos, pois em momentos em que tive que utilizar de alguns recursos da aquarela ele não suportou a quantidade de água e tinta aplicadas, absorvendo rápido demais causando assim uma mancha. Contudo se utilizar uma quantidade de água reduzida ele consegue suportar. Considero não ser um material propriamente feito para técnicas aguadas como a aquarela, mas ele é uma alternativa para quem quer iniciar estudos em aquarela, pelo preço acessível, só com a ressalva de tomar cuidado com a quantidade de água. Imagem 122: Teste de técnicas em papel 200g.
121
Fonte: Acervo Pessoal 3.9.3 LĂ PIS
Fonte: Etsy.com
122
O mais versátil instrumento, tanto para escrita quanto para o desenho, composto de materiais simples como madeira e o principal, grafite. O lápis é considerado o instrumento universal da alfabetização de crianças, da criação de desenhos e rascunhos de desenhos para pinturas. O grafite, matéria prima riscável do lápis por sua vez é uma forma de carbono, criado pela pressão da terra sobre as florestas mortas. A primeira mina de grafite foi descoberta em Cumberland, Inglaterra, inicialmente utilizada para a fabricação de balas de canhão, mas, anos mais tarde, verificou-se que possuía excelentes características de marcador passando a ser utilizada como usamos hoje. O grafite utilizado nos lápis e lapiseiras é uma mistura de grafite e argila onde a grafite é reduzida a um pó finíssimo antes de ser fornecida aos fabricantes de lápis que misturam a grafite com a argila. A argila por sua vez tem duas funções na confecção do lápis, a de garantir a aderência da mistura com o grafite antes do aquecimento e a de atuar como matéria rígida, ou transportadora, pois quanto mais argila mais duro será o lápis, mantendo assim o grafite em seu lugar.
3.9.3.1Tipos de lápis
Fonte: penciltalk.org Existem diversos tipos de lápis que diferem na dureza e maciez do traço, eles são classificados em diversos níveis que vão do “9H” ao “9B” (ver imagem 123), incluindo o “F”, “HB” e “FG” como lápis de dureza média, sendo considerado que, "H" entende-se "Hard", para uma mina dura e "B" entende-se "Bland" ou "Black", uma mina macia ou preta.
123
Imagem 123: Tipos de lápis e suas durezas50
Os lápis de dureza “H” são em geral utilizados para a escrita, desenhos simples ou para confecção de rascunhos, pois por ser mais duro menos pigmento de grafite ele solta, quanto mais duro menos grafite. Já os lápis de dureza “B” são recomendados para desenhos com técnicas de sombreado e esfumaço, pois soltam uma grande quantidade de grafite causando um acúmulo de pigmento cobrindo uma área maior do papel. Os lápis e lapiseiras utilizados na produção das ilustrações são de em sua maioria de natureza “HB”, para o rascunho das pinturas em aquarela, e alguns “3B” sendo no máximo “6B” em algumas ocasiões para efeitos de sombreamento em alguns desenhos.
50
Fonte: <https://br.pinterest.com/> Acesso em 27 de julho de 2017
124
3.9.3.2 Lápis de cor
Fonte: Acervo Pessoal “Os lápis de cor são fabricados como os de grafite, exceto pelo fato de não serem aquecidos no forno, uma vez de isso destrói os pigmentos. A mistura compreende pigmento, recheio (gesso cré, caulim) um elemento de ligação (uma goma de celulose).” (SMITH, 2008 p. 18)
Os lápis de cor geralmente são em formato padrão existindo também os que são solúveis em água (aquareláveis). Em sua maioria foram utilizados lápis aquareláveis, da marca Faber-Castell, para a produção de alguns detalhes em que a tinta aquarela não pode alcançar, como detalhes pequenos e texturas de cabelo, sendo utilizado ou não a diluição em água. Apesar de não possuir outra marca para comparação de pigmentação acredito que seja um bom lápis para iniciantes quem não tenham muito em seu orçamento e queiram testar a técnica, além de ser mais macio que os lápis que não são aquareláveis produzindo uma textura semelhante ao do grafite “3B”. Imagem 124: Teste de cor e mescla com lápis aquarelável Faber-Castel
125
Fonte: Acervo Pessoal Outros tipos de lรกpis de cor utilizados foram os lรกpis da marca Maped, que considero bem pigmentados, e esfarelam menos do que os aquarelรกveis da FaberCastell, contudo certas cores nรฃo mesclam visivelmente entre elas, como por exemplo as cores mais claras, como o amarelo e laranja e azul claro com o azul escuro. Imagem 125: Teste de cor e mescla com lรกpis de cor Maped
Fonte: Acervo Pessoal 126
3.9.4 NANQUIM
Fonte: Pinterest.com
Tinta de origem chinesa, também chamada tinta da china, o nanquim é usado para escrita, desenho ou pintura. Inicialmente os artistas e escritores chineses aplicavam a tinta em pedaços de seda usando pincéis de madeira ou bambu para fazer seus poemas e ilustrações. Durante muito tempo a substância utilizada para a fabricação da tinta nanquim era vinda da tinta preta liberada pelas lulas e polvos. Porém, atualmente a tinta é fabricada com uma mistura de cânfora, gelatina e pó de sapato (fuligem ou negro de fumo) um tipo de carvão composto de acetileno e o metano, componente também usado na pigmentação de graxa para sapatos, pneus, artefatos leves de borracha, tintas para impressão, entre outros. Imagem 126: Nanquim em pó e nanquim liquido
127
Fonte: bilder299.bloguez e Pinterest O nanquim pode ser encontrado em duas formas, o nanquim sólido, vendido em barra, utilizado principalmente para técnicas de pintura japonesas de Sumi-ê, e o nanquim líquido, que pode ser encontrado em potes reservatórios, canetas recarregáveis e canetas descartáveis e canetas pincel (Brush Pen). Os materiais mas utilizados para pintura com nanquim são: 3.9.4.1 Bico de pena
Fonte: browndresswithwhitedots.tumblr Feito geralmente com uma haste em madeira (há também a versão em plástico) sua ponta é feita de metal, que pode ser removível ou não, geralmente pontiaguda com canais capilares que transportam a tinta nanquim. Os bicos de pena existem em diferentes tamanhos e formatos, e cada forma produz um traço diferente, seja ele pela variação de espessura, ou na liberdade curvilínea do traço pois alguns possibilitam um traço mais curvilíneo que os outros.
128
Quando se faz a emersão do bico dentro de pote contendo nanquim, uma pequena quantidade de tinta fica armazenada no bico e ao se aplicar pressão sobre uma superfície plana, a tinta contida no bico escorre para a ponta e, por conseguinte, para o papel. A força aplicada nessa pressão da ponta do bico é que determina a largura da linha, podendo ser mais fina ou mais grossa. Imagem 127: Teste de traço em bicos de pena.
Fonte: Acervo Pessoal O uso do bico de pena deixa o trabalho com traço mais artístico e irregular, podendo variar a largura do traço sem precisar variar de instrumento. Contudo é extremamente necessário o domínio de técnica para evitar deixar que a tinta armazenada derrame acidentalmente sobre o trabalho ou possíveis dores de cabeça de não sair a tinta. Pôr o bico de pena e acumular pouca tinta faz-se necessário constantemente durante o ato do desenho. Durante a construção das ilustrações foi utilizado o bico de pena somente na primeira ilustração, o qual por minha pouca experiência com o instrumento tive algumas dificuldades ao manusear o bico de pena com a tinta sobre o papel, onde por vezes saía pouca tinta ou tinta de mais. Outra dificuldade foi com relação à demora 129
na finalização em contrapartida ao uso da caneta nanquim descartável, pois tive que carregar o bico diversas vezes para finalizar o desenho.
3.9.4.2 Caneta nanquim
Fonte: Acervo
Outro instrumento que é utilizado para manipulação do nanquim é a caneta nanquim, que pode ser de dois tipos a caneta recarregável e a caneta descartável. A caneta recarregável contém em seu interior um compartimento que armazena tinta e que pode ser desmontado e inserido uma nova tinta quando necessário, contudo pelo alto poder secativo do nanquim a caneta pode facilmente ficar entupida de tinta. A caneta descartável, por sua vez, armazena também tinta nanquim em seu interior, mas não pode ser adicionada mais tinta, por ser vedada, e por essa mesma razão a mesma não tem o risco de entupimento. A desvantagem desta para outra é o fato de ser descartável, ou seja, ao término da tinta não poderá ser utilizada novamente. Imagem 128: Testes de traço com diferentes canetas nanquim
130
Fonte: Acervo Pessoal A respeito das canetas nanquim, utilizada na maioria dos desenhos, foram utilizadas duas canetas de números diferentes uma de número 0.7 para contornos mais grossos e outra de número 0.5 para detalhes mais finos e delicados como fios de cabelo e pequenos detalhes.
3.9.4.2 Pincel
Fonte: Artpadcolne
Outro instrumento que é utilizado para a manipulação do nanquim são os pincéis, tanto os de cerdas macias quanto os de cerdas mais duras, os quais que será abordado mais profundamente a frente. Uma das características da utilização dos pincéis para com os demais instrumentos é a possibilidade de preencher tanto áreas pequenas com tinta quanto áreas maiores do papel. Recentemente há no mercado as canetas com ponta de pincel, também conhecidas como Brush Pen, que permitem uma experiência semelhante ao do pincel com nanquim.
131
Imagem 129: Teste de traço com caneta pincel Sakura Pigma MB
Fonte: Acervo Pessoal A caneta pincel Pigma de classificação MB da marca Sakura, foi outro material usado, em dois personagens da série de desenhos sobre Provérbios 6:16-19, nos personagens que representam o orgulho e o que mata inocentes, sendo que no primeiro foi utilizado na totalidade da ilustração e no segundo somente como contorno de cenário. A grossura do traço dessa caneta é de tamanho médio comparado às demais canetas da linha “Pigma”, sendo a “FB” a fina e a “BB” a grossa. Por sua grossura moderada considero uma caneta versátil, pois pode ser usada tanto em finalização de alguns desenhos como o preenchimento de áreas maiores de nanquim como se fosse um pincel de fato. Imagem 130: Caneta nanquim, gel e tinta nanquim branca
132
Fonte: Acervo Pessoal Outro material usado, em especial, foram as canetas de nanquim branco da Posca e da Unipin, assim como o nanquim líquido da Acrilex, que foram de grande ajuda no preenchimento das áreas de luz do desenho, pois se destacam diante da tinta de aquarela fazendo um contraste de claro e escuro. Imagem 131: Teste de traço de canetas nanquim branca e preta e bicos de pena de diferentes espessuras.
Fonte: Acervo
Diferentemente do tradicional de cor escura, o nanquim branco é composto de resina acrílica e pigmentos que formam a cor branca (o mesmo ocorre para tintas nanquim de outras cores diferentes do preto).
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3.9.5 AQUARELA
Fonte: thealisonshow Técnica de pintura que utiliza como solvente a água, é considerada uma das técnicas mais antigas e menos tóxicas se comparadas a outros tipos de tinta como a óleo e têmpera, contudo esse tipo de pintura só foi amplamente utilizado pelos artistas no século XVIII. “Entre os pioneiros do século XVIII, contava-se Paul Sandby (1731-1809), que combinava técnicas transparentes com opacas, J.R. Cozens (1752-97), utilizou principalmente técnicas transparente para pinturas de grande escala, com profundidade e atmosfera.” (SMITH, 2008 p.126)
A técnica em aquarela se utiliza essencialmente de sobreposições camadas de tintas aguadas leves proporcionando tons transparentes e suaves na pintura, proporcionando mais fluidez à pintura. Diferente da tinta óleo ou acrílica a tinta de aquarela quando seca muda sua tonalização podendo ficar mais opaca. Há dois tipos mais comuns de aquarela que são a aquarela em tubo e a aquarela em pastilha, porém há também a aquarela líquida.
3.9.5.1 Aquarela em tubo
Fonte: Acervo Pessoal 134
São tintas em forma de pasta armazenadas em pequenos tubos, o que possibilita a “não sujeira” das tintas entre si, que pode ocorrer nas tintas em pastilhas, contudo para a sua utilização é necessário o uso de um suporte de mistura de água e tinta e um godê. Uma desvantagem é na hora da extração do produto do tubo, pois sai tinta mais que o necessário.
3.9.5.1.1 Pentel
Fonte: Acervo Pessoal
As aquarelas em tubo da linha Pentel, são por muitos artistas consideradas de uma classe escolar, pois comparadas a outras marcas pois ela não possui uma pigmentação forte e com o tempo desbotam com facilidade, contudo para iniciantes na técnica é um material razoável para testes com aguadas e um primeiro contato com a técnica, pois seu custo é acessível. Um fator que considero positivo na aquarela da Pentel é o fato dela ser armazenada em tubo, fator que protege mais o produto, pois não permite que ela sofra a ação do clima, não gerando fungos por exemplo, outro fator considerável é o fato de ter mais facilidade de produzir uma nova cor sem sujar das cores que se utilizou, fato que pode ocorrer, e ocorre, em uma aquarela em pastilha, além do fato de poder ser utilizada como se fosse aquarela em pastilha depois da tinta seca.
135
Imagem 132: Teste de cor da aquarela em tubo da Pentel.
Fonte: Acervo Pessoal Grande parte das ilustrações deste projeto foram coloridas com as tintas em tubo da Pentel, com respeito a sua pigmentação, acredito que por minha paleta de cores não ser com cores muito fortes e por serem ilustrações voltadas para a internet, que não sofre diretamente a ação do tempo, ela cumpriu bem seu papel.
3.9.5.2 Aquarela em pastilha
Fonte: instagram/mishwooderson Outro tipo de aquarela é a aquarela em pastilha, em estado sólido condicionada geralmente pequenos bloquinhos ou rodinhas distribuídos lado a lado em um estojo de aquarela. É de fácil transporte, podendo ser utilizada ao ar livre sem auxílio de um godê extra, pois seu estojo já lhe serve como tal. Para a utilização é preferencial umedecer a tinta contida na pastilha para então utilizá-la. Em contrapartida pode 136
facilmente contaminada por outras tintas ao redor, principalmente ao formar uma mistura de tintas para criação de outra cor. 3.9.5.2.1 Koh-i-nor
Fonte: Acervo Pessoal É uma aquarela em pastilha em um estojo compacto de forma arredondada de formato rosqueável contendo quatro discos e em cada disco seis cores de aquarela totalizando 24 cores. Sua pigmentação é bem forte em relação a das aquarelas da Pentel e a sua diluição na aguada é bem mais espaçada, proporcionando o efeito mais espalhado da tinta no papel. Contudo a forma em que o estojo condiciona a tinta é problemática, pois tende a manchar e grudar a tinta no disco a cima, algumas pastilhas do estojo não secam facilmente, ficando ainda pastosa e úmida. Imagem 133: Paleta de cores e estojo da aquarela em pastilha da Koh-i-noh
137
Fonte: Acervo Pessoal Outra problemática foi o fato dela facilmente acumular mofo e pequenos insetos, de um dia para o outro, durante o “inverno amazônico”, quando ocorrem mais chuvas frequentes e o clima fica extremamente úmido, além do fato das cores não serem nomeadas e algumas serem muito parecidas umas com as outras no estojo, em que algumas vezes causavam dúvida em qual tinta é qual, a pastilha da azul no estojo é parecida com a verde, por exemplo. Imagem 134: Estojo da aquarela em pastilha da Koh-i-noh
Fonte: Acervo Pessoal 3.9.6 Experimentações com Tintas
Fonte: Acervo Pessoal 138
Além do uso da aquarela e do lápis de cor para a finalização das ilustrações, utilizei uma tinta não convencional para experimentação, a tinta de impressora. Havia alguns recipientes de tinta de uma impressora antiga há muito tempo guardados, foi então que decidi utilizá-los como se fosse uma aquarela líquida, com certo cuidado, pois ao testar no papel vi que ele é rapidamente absorvido pelo mesmo e se em grande quantidade pode transpassar para os papéis abaixo ao papel. Imagem 135: Teste com tinta de impressora jato de tinta
Fonte: Acervo Pessoal Como resultado, visto na ilustração da série de desenhos sobre Provérbios 6:16-19 que me utilizei dela na produção da pessoa orgulhosa, usando um pincel de cerdas mais duras para pintar o fundo da ilustração, obtive cores mais vibrantes do que a aquarela com uma secagem mais rápida que a mesma, tendo um efeito de impressão falhada nas bordas e em algumas partes do desenho.
139
3.9.6 PINCEL
Fonte: Acervo Pessoal Do latim penicillus, “pincel”, literalmente “pequena cauda”. Quando pensamos em pincel logo nos vem à mente os chineses e sua técnica de caligrafia com pincel, ou o “sumi-ê” dos japoneses, contudo pouco se sabe sobre a origem exata de como surgiram os primeiros pincéis. O pincel é basicamente composto de: Cerdas, Virola (parte metálica que fixa as cerdas ao cabo) e cabo, que pode ser de madeira ou de plástico. 3.9.6.1 Tipos de pincel
Fonte: Acervo Pessoal
Os pincéis podem ser compostos de cerdas pelos de animais ou de cerdas sintéticas, podendo ser de diferentes tamanhos e de formatos de cerdas diferentes, sendo elas redondas ou chatas, outra característica do pincel é quanto à dureza de suas cerdas, sendo elas duras ou macias.
140
3.9.6.1.1 Chato
Fonte: Acervo Pessoal Esses tipos de pincel tem ao final de suas cerdas um corte reto com os pelos alinhados lado a lado horizontalmente e a virola achatada, geralmente esse pincéis são usados com o objetivo de cobrir uma grande área de tinta ou para pinceladas mais retas e geométricas. A maioria dos pincéis chatos são de cerdas duras, mas também existem de cerdas macias, eles podem ser de pelo natural ou sintético. Há também os pincéis que são chatos com ponta arredondada (língua de gato) ou chanfrada que geralmente são de cerdas macias. Imagem 136: Diferentes tipos de pincéis chatos
Fonte: Acervo Pessoal
141
3.9.6.1.2 Redondo
Fonte: Acervo Os pincéis redondos são aqueles que são alinhados em forma circular, pois não possui a virola achatada, onde começa volumoso e vai afunilando até formar uma pontinha, ou não, geralmente tem forma de cone ou copo. Esses pincéis geralmente são usados para pintar linhas e pequenas áreas. Todos os pincéis redondos são de cerdas macias e podem ter pelo natural e sintético.
3.9.6.2 Tipos de pelo
Fonte: Acervo Pessoal Como foi dito anteriormente, os pincéis são classificados em pincéis de pelo natural e de pelo sintético, sendo os de pelo natural feito de diferentes tipos. Dependendo do pelo a cerda pode ser mais rígida o mais mole, pode carregar mais água/tinta ou menos.
142
3.9.6.2.1 Cerdas duras
Fonte: Acervo Pessoal Os pincéis de cerdas duras são geralmente produzidos com o que os fabricantes chamam de cerda Chinesa e geralmente são encontrados em pincéis chatos, esse tipo de pelo é mais rígido e por consequência não carrega muita água. Esse tipo de pincel é ideal para tintas mais espessas como a tinta acrílica, a óleo ou a PVA.
3.9.6.2.2 Cerdas macias
Fonte: Acervo Pessoal Existem diversos tipos de pelos para os pincéis de cerdas macias, os mais comuns são os de Pônei, Marta e Orelha de boi podendo ser redondos ou chatos. Esses tipos de pincel são indicados para tintas como a aquarela, pois tem maior capacidade de retenção de água no pincel possibilitando um melhor resultado na hora de pintar, além de tinta óleo para pinturas mais delicadas.
143
3.9.6.2.3 Cerdas sintéticas
Fonte: Acervo Pessoal Esse tipo de cerda é recente no mercado dos pincéis, é uma alternativa para os pincéis de pelos de animais, dependendo do tipo de material ele pode ser de cerdas duras e chatas ou macias e arredondadas, geralmente são feitos de “filamento sintético Konex”.
3.9.7 REGISTRO
Fonte: Acervo Fonte: Acervo Pessoal Quando se vai divulgar um produto, desenho, pintura, ilustração, e outros via internet a forma de como se vai registrar, é de extrema importância, pois um registro mal feito pode prejudicar todo o trabalho feito anteriormente e para essas ilustrações foram usados dois tipos de dispositivos o celular smartphone e a câmera, contudo para um bom registro em ambos faz-se necessário de alguns conceitos fundamentais em fotografia.
144
3.9.7.1 Luz
Fonte: Acervo Pessoal
Com tantos celulares e câmeras há uma facilidade de registro imediato, contudo um fator crucial é deixado de lado, de que a base da fotografia é o registro da luz (do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", "pincel") ou γραφη grafê, e significa "desenhar com luz e contraste"), pois sem luz não há fotografia. Para um bom registro fotográfico de qualidade é necessário uma determinada quantidade de luz boa, ou seja, fotos tiradas em ambientes com pouca iluminação ou com iluminação excessiva irão prejudicar a leitura da imagem, podendo então a foto ficar ou muito escura e com granulados ou muito clara e com poucos detalhes (estourada). Segundo os especialistas em fotografia para se fotografar com a luz ambiente o ideal é no início da manhã, quando há bastante incidência de luz solar amarela, e no final do dia. Segundo HEDGECOE o qual aborda sobre a importância da luz na fotografia: As condições atmosféricas também desempenham um papel crucial, podendo variar de minuto a minuto. As nuvens por exemplo, não só obscurecem o sol, mas como os filtros e difusores, alterando a qualidade da luz - uma foto que poderia ser tirada num determinado momento, no outro já não estará lá.” (HEDGECOE, 2013 p.132)
Outro modo de tirar uma boa fotografia é através do controle da luz indireta no local onde se está tirando a foto. “Um fotógrafo precisa aprender a ver (...) antes do obturador ser disparado, as condições de iluminação que vão criar as melhores fotografias.” (HEDGECOE, 2013 p.132) 145
3.9.7.2 Foco
Fonte: Acervo Pessoal Outro fator importante em uma foto é o foco, pois sem ele não há definição do assunto da fotografia. “O sucesso da maioria dos fotógrafos depende do fato de a imagem estar em foco ou não.” (HEDGECOE, 2013 p.68) Toda imagem depende do assunto que a pessoa quer focar ou que ela não quer focar, deixar nítido ou não, a exemplo da primeira imagem acima em que o foco está no segundo plano (fundo) e não no primeiro destacando a imagem ao fundo e não o assunto antes dela, a contrapartida a imagem abaixo destaca o foco no primeiro plano (o pincel) e desfoca o fundo. 3.9.7.3 Composição
Fonte: Acervo Pessoal
146
Independente de qual tipo de câmera tenha seja ela uma câmera de um celular, ou uma câmera básica ou até uma semiprofissional ou profissional o que difere uma boa foto das demais é o que a pessoa decide colocar na foto, não falo só do “assunto principal”, mas também dos coadjuvantes, os elementos de fundo ou a ausência deles, como eles estão dispostos, de forma assimétrica ou não, suas cores e formas em relação ao “assunto principal”. HEDGECOE também fala um pouco sobre a composição na fotografia: Composição é a transferência do mundo real para uma tela estática, bidimensional. Tão importante quanto o que se inclui na imagem é momento exato em que se dispara o obturador - e o que o fotógrafo deixa de fora da foto. (HEDGECOE, 2013 p.176)
3.9.7.4 Ângulo Assim como na composição a direção que o fotógrafo posiciona a câmera, pode mudar a forma de como a foto é lida, por exemplo, um mesmo assunto pode ser visto de outra maneira se fotografado com a câmera baixa, alta ou frontal ao assunto. “Compreender bem o que é composição lhe permite tirar muitas fotos diferentes da mesma cena.” (HEDGECOE, 2013 p.176)
3.9.7.5 Câmera de celular ou Câmera fotográfica
Fonte: Acervo Pessoal Muitas fotos das ilustrações aqui mostradas foram registradas por meio de uma câmera de celular smartphone normal e acredito que na leitura geral da imagem não foi muito afetada, exceto por um ponto em evidência, a câmera de celular apreende 147
menos luz do que a câmera fotográfica, perdendo um pouco na qualidade da foto em certos momentos em que não há muita luz. A câmera fotográfica por sua vez tem muitos fatores a seu favor com relação a uma câmera de celular, como maior nitidez, um controle mais minucioso do foco e outras funcionalidades, contudo suas fotos são muito grandes e pesadas para serem postadas na internet, causando certa lentidão no carregamento da imagem para a internet. Levando em consideração todos os pontos, acredito que a escolha de qual veículo se utilizar para o registro fotográfico depende de fatores como o que se vai fazer com a foto, qual resultado você quer ver na foto e principalmente o quanto se tem para investir no equipamento.
#CONSIDERAÇÕES Com a elaboração desse trabalho pude perceber que através dos tempos os ilustradores vem se adaptando às tecnologias que vão surgindo a fim de buscar a melhor maneira de transmitir a sua mensagem, assim também de alguma forma transformar o mundo ao seu redor, transmitindo sua arte em diversos veículos de informação, jornais, revistas, livros, pôsters, e atualmente no meio digital, com banners, headers, avatar, ilustração digital, prints, produzindo seu próprio produto sem intermediadores, se utilizando e re-ultilizando dos meios do seu tempo. Outro ponto importante é o valor da pesquisa para com os conhecimentos que adquiri durante produção das ilustrações sem muitos dos quais não seria possível realizar um terço do meu processo criativo, além da própria reflecção do artístico enquanto processo, do modo de utilizar os materiais disponíveis e a que ponto utilizar ou não determinada quantidade ou valor, além de ter ao mínimo a noção do mercado da ilustração e as possibilidades de trabalho de um ilustrador. Após realizar essa pesquisa percebi as inúmeras possibilidades do ser ilustrador tanto enquanto processo criativo como mercado de atuação e divulgação e como uma dos muitos recentes ilustradores compreendo que tenho um longo caminho artístico pela frente e espero que esse caminho seja “ilustre”.
148
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