Uma pequena introdução sobre a História em quadrinhos no Brasil E em Belém-PA Marina Costa Pantoja (UFPA) 2017
fonte: https://quadrinhos.wordpress.com/tag/as-aventuras-de-nho-quim/
A primeira história em quadrinhos brasileira surge alguns anos depois que as revistas passam a adotar ilustrações em suas publicações, mais precisamente em 30 de janeiro de 1869; seu autor foi o Angelo Agostini (1843-1910), um ilustrador, caricaturista e editor italiano radicado no Brasil, fundador da Revista Ilustrada. A primeira história em quadrinhos se chamava As aventuras de Nhô-Quim, publicada na revista periódica A Vida Fluminense (1868 - 1875), com um total de 20 páginas por capítulo, a mesma contava com teor cômico e crítico a estória de um caipira do campo que passa a viver na cidade da então província do Rio de Janeiro e se depara com o choque cultural da vida na cidade.
Em As Aventuras de Nhô-Quim, aproveitava-se das desventuras de um caipira rico, ingênuo, trapalhão e exilado na Corte pela família para tecer uma
sucessão de críticas irreverentes aos problemas urbanos,
modismos, costumes sociais e políticos da época. Comerciantes, imigrantes, artistas, prostitutas de luxo, candidatos, eleitores, autoridades e até um ou outro jornalista e caricaturista, desafeto de Agostini, é censurado nessa série de incidentes jocosos. Tanto na França como na Inglaterra e outros países, criticava-se, de maneira parecida, a pureza e a ingenuidade do homem do campo frente ao impacto do transporte ferroviário, da fria recepção, do isolamento e dos problemas na cidade grande. Nhô-Quim, no seu viés nacionalista, deu origem à figura folclórica do mineiro do interior que, pela primeira vez na capital, é ludibriado e acaba comprando... um bonde. Não deixa de representar o conflito entre a cultura rural e a cultura da cidade emergente. Athos Eichler Cardoso - As Aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora: os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883
Anos mais tarde, em 27 de janeiro 1883, Agostini lança a sua segunda série de quadrinhos denominada As Aventuras de Zé Caipora, lançada em sua própria revista a Revista Ilustrada. As Aventuras de Zé Caipora é considerada a primeira história em quadrinhos aventura no Brasil, além da primeira história com personagem fixo. A história conta das aventuras de José Coimbra, apelidado Zé Caipora, um jovem urbano muito desastrado e azarado, apaixonado por Amélia, a filha do Barão, contudo esse amor não dura e eles acabam se separando. Desiludido, Zé Caipora foge
para o interior, porém o seu azar o persegue e ele enfrenta altas aventuras e perigos, como animais silvestres e tribos indígenas. Apesar de uma periodicidade sujeita a longos intervalos, publicou mais 23 capítulos até 1886. Nesse mesmo ano, face ao sucesso alcançado, imprimiu uma 2a edição de Zé Caipora em fascículos , formato de álbum compreendendo seis capítulos cada um. Athos Eichler Cardoso - As Aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora: os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883
Fonte: https://josecarlosdebritoecunha.wordpress.com/hq-2/hq/
Em 1905, foi lançada a primeira revista de história em quadrinhos voltada para o público infantil, a chamada Tico-Tico, idealizada por Manuel Bonfim e Renato de Castro, essa história seguia o modelo das revistas francesas de publicação na época.
É uma publicação com diferentes personagens mas o mais popular era o Chiquinho, que mais tarde em 1950 descobriu-se que era uma cópia do personagem estadunidense Buster Brown do ilustrador Richard Felton Outcault. Outros personagens que se destacaram na revista em quadrinhos foram os personagens criados pelo caricaturista brasileiro Luiz de Sá (1907-1979) chamados Reco-Reco, Bolão e Azeitona. Outros artistas que participaram da revista em quadrinhos foram Alfredo Storni (1881-1966), J.Carlos (1884-1950) e muitos outros. Por muitos anos foi a única publicação dedicada somente às crianças, formou-se uma geração de quadrinistas como, por exemplo, Alfred e Osvaldo Storni, Max Yantok, Luis Sá e J. Carlos. O humor era a principal característica das histórias em quadrinhos dessa revista. Enciclopédia de Quadrinhos - L&PM Editores
Em 1937, foi lançado a revista em quadrinhos O Globo Juvenil do editor Roberto Marinho como concorrente da revista em quadrinhos Suplemento Juvenil (1934) de Adolfo Aizen, ambas responsáveis pela inserção dos quadrinhos estadunidenses no Brasil, como Flash Gordon e Tarzan pela Suplemento Juvenil, e Super Homem e O Fantasma pela O Globo Juvenil. Adolfo Aizen, depois de uma visita aos Estados Unidos, criou o Suplemento Juvenil. Nessa publicação, em formato de tabloide, que circulava três vezes por semana, apareceram os grandes heróis das daily strips norte-americanas. A garotada vibrou com Tarzan, Flash Gordon, Brick Bradford, Mandrake, o Mágico, O Rei da Polícia Montada, Jim das Selvas, X-9, Dick Tracy e muitos outros. Ao mesmo tempo, Aizen abriu espaço para novos desenhistas brasileiros, revelando, depois de 1937,
Fernando Dias da Silva, Carlos A. Thiré, Monteiro Filho, Rodolfo Iltzcke e Antonio Euzébio. Enciclopédia de Quadrinhos - L&PM Editores
fonte: http://www.robertomarinho.com.br/mobile/obra/editora-globo.htm
Anos mais tarde, em 1939, é lançado a revista O Gibi pela editora Globo sendo o mesmo idealizador e editor Roberto Marinho. A Revista O Gibi ficou tão popular que mudou a nomeação das histórias em quadrinhos brasileiras passando a se chamar de Gibi. Em 1943, é lançada pela revista O Cruzeiro, a história em quadrinhos Amigo da Onça, uma história de caráter satírico e com piadas politicamente incorretas, criada pelo caricaturista e cartunista Péricles de Andrade Maranhão. Já em 1951, nasce a primeira tira em quadrinhos, no jornal Folha de São Paulo, de um dos desenhistas mais consagrados do Brasil até hoje, Mauricio de Sousa, com sua tirinha em quadrinhos chamada O cãozinho Bidu. Anos depois, em 1970, Mauricio
de Sousa, firma parceria com a Editora Abril e lança o gibi da Mônica, um sucesso de vendas até hoje. Com o passar dos anos, os quadrinhos de Mauricio de Sousa passam a ser mais populares que ele passa a investir na sua criação de forma independente, criando a Estúdios Mauricio de Sousa, onde contratou uma equipe de desenhistas para trabalhar com os personagens criados por ele, e posteriormente a criação da Mauricio de Sousa Produções, responsável pela fabricação de produtos dos personagens da Turma da mônica. No ano de 1987, os direitos das publicações permanecem na editora Globo por 20 anos até que Mauricio de Sousa muda para a multinacional Panini.
Fonte: http://fqce.blogspot.com.br/2012/01/ceara-no-msp50.html
Recentemente, em meados de 2009 como comemoração aos 50 anos de carreira, lança o projeto Msp-50 uma série de 4 quadrinhos produzidos por diferentes artistas brasileiros com os personagens de Mauricio de Sousa, desse projeto surgiu a
Graphic MSP (2012) um projeto de publicações de diferentes Graphic Novels de artistas independentes com os personagens da Turma da Mônica. Outro grande quadrinista (além de chargista, jornalista, teatrólogo e escritor) no cenário brasileiro foi Ziraldo, com sua primeira grande obra O Pererê (1959-1976) (Turma do Pererê), o primeiro quadrinho totalmente brasileiro, tendo um Saci como protagonista, com personagens do mitologia brasileira e temas do cotidiano brasileiro. “Comecei a fazer em 1960 e terminou justamente em abril de 1964 (logo após o golpe militar). O Pererê era muito nacionalista, tinha a coisa do socialismo, era contra o imperialismo. Quer dizer, essas eram as palavras de ordem da época, a gente estava procurando um caminho novo para o país, queria ver o Brasil andar com os próprios pés”. Ziraldo em entrevista para o G1 em 2016
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/2012-10-24/criador-do-menino-maluquinho-ziraldo-co mpleta-80-anos.html
Durante a ditadura Militar (1964-1984) Ziraldo também produziu juntamente com outros artistas chargistas um jornal contracultura militar, O Pasquim (1969). Anos mais tarde, em 1980, ele publica o seu segundo sucesso: a série de quadrinhos O Menino Maluquinho (1980-2007), história das aventuras e trapalhadas de um garoto com um panelão em sua cabeça. O Menino maluquinho se tornou um sucesso em meados dos anos 1990 e 2000, além de ser adaptado também para filmes, séries, desenho animado e até CD de músicas inspiradas no filme. Também no fim do século XX, surgiram outros quadrinhos como o Graúna do Cartunista Henfil, em 1970, que contava sobre os problemas políticos do nordeste brasileiro. O quadrinho Capitão 7, em 1959 de Ayres Campos e Jayme Cortez, considerado o um dos primeiros super heróis brasileiros. Chiclete com Banana (1985) coordenada por Angeli, uma revista em quadrinho para adultos considerada uma das mais importantes do gênero além de muitas outras. Com a vinda da internet para o Brasil, em meados dos anos 2007 ou 2010, surgem quadrinhos mais diversificados, produzidos por artistas independentes ou grupos
de
artistas,
inspirados
por
ícones e personagens tanto das HQ’s
estadunidenses como dos Mangás Japoneses, criando estórias totalmente autorais que são ou para divulgação na internet ou como financiamento coletivo online.
1.5.3.5.1 A evolução dos Quadrinhos em Belém-PA
Fonte: http://aturmadoacai.blogspot.com.br/2013/02/
A histórias dos quadrinhos em Belém são bem recentes comparada ao resto do país, e existem poucos registros históricos datados dos mesmos. Recentemente foi produzida uma pequena cronologia contada pelos próprios artistas que vivenciaram o surgimento dos quadrinhos em Belém, documentada em um vídeo documentário chamado VHQ - História do Quadrinho Paraense, relatos que tomei por base para a construção desse texto. A primeira tira em quadrinhos de Belém surgiu, assim como a primeira tira em quadrinhos no Brasil, através de um jornal chamado Folha do Norte no final de 1972, o qual por meio de um concurso de quadrinhos realizado pelo então editor da época Bichara Gaby, sendo
o vencedor o artista Onofre Arcleidy Pereira. O projeto do
concurso do quadrinhos foi tão aceito que anos mais tarde surgiu o O Liberalzinho, uma seção no jornal dedicada a quadrinhos. Com o O Liberalzinho, surge um dos quadrinistas destaque de Belém, o então quadrinista Bené Nascimento, ou Joe Bennett (primeiro quadrinista paraense a
trabalhar com a Marvel) onde ele desenhava quadrinhos para a O Liberalzinho em meados de 1974 ou 76, segundo ele. Em meados de 1985 ou 86 surge no cenário dos quadrinhos, o cartunista Paulo Emmanuel que lança, em Belém, quadrinhos estilo cartoon, desenhos mais humorísticos e sátiros. Também nessa mesma época passa a produzir no cenário dos quadrinhos, Branco Medeiros, um artista gráfico que elaborou os primeiros quadrinhos no computador. Em 1988, é lançado o primeiro edital de concurso de quadrinhos financiado pela Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur), edital esse idealizado por Paulo Emmanuel e Branco Medeiros a fim de descobrir as produções de quadrinhos existentes no estado. Com este edital surgem novas publicações de quadrinhos à exemplo do quadrinho Vero Peixe de Luiz Paulo Jacob e Gabriel de Jesus em 1989, o quadrinho Jesus Cristo Super Star por Paulo Emmanuel em 1988, Quando eu esquecer do teu beijo em 1989 por Branco medeiros e o quadrinho Olha a Maria Igarapé de Mauro Miranda Monteiro além de outros. No fim da década de 1980 para 1990, com o Governo Collor, a população paraense passa por uma grande crise econômica e os quadrinistas passam a ministrar oficinas de quadrinhos para manter seus sustento. Foi então que Gian Dantom e Bené Nascimento decidem criar a primeira oficina de quadrinhos em Belém; dessa oficina se reuniu um grupo de quadrinhistas que mais tarde seria o coletivo de quadrinhos Ponto de Fuga. O grupo Ponto de Fuga era um grupo de jovens ávidos por quadrinhos que trocavam idéias sobre seus desenhos no hall do Centur, até que um dia decidiram se
reunir para criar o que seria um dos primeiros quadrinhos estilo fanzine coletivo chamado Ponto de Fuga e a primeira exposição de quadrinhos de Belém. Com a propagação das oficinas de quadrinhos, surge também um outro coletivo de zines chamado Boca no Mundo (como resultado da oficina de quadrinhos ministrada pelo artista Luiz Paulo Jaccob (Lupa)), uma zine de formato underground, que falava sobre bandidos, prostitutas e marginais da cidade de Belém. Coordenada pelo quadrinista Eduardo Barbier, esse zine ainda está em produção porém agora é publicado na França, com a tradução para “La bouche du monde”. Foi com a extensa produção desses dois grupos de quadrinistas que se popularizou no meio artístico a produção de zines de quadrinhos e consequentemente a criação de uma nova seção na Biblioteca Pública Arthur Viana (Centur), o setor chamado Gibiteca, que reúne tanto os zines paraenses como outros quadrinhos, HQ’s e mangás doados pelos artistas e colecionadores e leitores. Com o passar dos anos alguns artistas tentam se organizar oficialmente em grupos e surge a idéia da criação da AQC-PA, uma Associação de cartunistas do Pará, mas esse projeto não vigorou; outro grupo que teve uma organização estruturada foi o grupo Ponto de Fuga, onde os desenhistas e quadrinistas se reuniram em uma casa abandonada pelo poder público para produzirem e discutirem seus projetos e produções, essa Sede do Ponto de Fuga durou por cerca de 5 anos até o governo exigir que se retirarem do local. Apesar desses contratempos, ainda há uma grande produção de zines em Belém, como: Morte Land, Girls Germs, The Science Fiction Fan, Zicalo (1995), A mula, Bem, Pesadelo zine, Quadrinho Norte, Zine Número Único (1999). Em 1998 o quadrinista e animador Rosinaldo Pinheiro produz uma das primeiras histórias em
quadrinhos com temática regional voltada para o público infantil, chamada A turma do Açaí que é atualmente é publicada via internet. Mas foi no início dos anos 2000 que os quadrinhos e as zines passaram a se tornar revistas em quadrinhos independentes, com um projeto gráfico mais elaborado e impressos com mais qualidade; dessa época surgiram os quadrinhos O Inquilino, de Marcelo Marat e Emanuel Tomaz, roteiro baseado nas interpretações de letras de músicas de artistas paraenses como a música Descontrolado do Clepsidra , Brechot do Brega da banda A Eutepia.
fonte: http://www.guiart.com.br/posts/semana-do-quadrinho-nacional-homenageia-belem/
Surge também um novo grupo de quadrinistas, O Casa Velha, um grupo de quadrinistas amigos que moram no distrito de Icoaraci-PA, dentre eles participavam
Fernando Carvalho, Carlos Paul, Volney Nazareno e Alan Patrick. Uma das produções resultantes desse grupo foi o quadrinho Belém Imaginária que teve grande repercussão. Outra produção do grupo Casa Velha foi o quadrinho Encantarias, lançada em 2006. A história em quadrinhos conta a origem da noite, segundo a tradição indígena. Com uma premissa dessas, o caminho mais fácil seria fazer uma narrativa tradicional, mas o grupo mistura a tradição com o novo, ao apresentar inovações narrativas de autores mais recentes (entre eles autores britânicos como Alan Moore, os europeus da escola franco-belga, e os brasileiros Gian Danton e Bené Nascimento). Burburinho.com por Gian Danton
Esse quadrinho teve tanta repercussão que teve duas indicações ao troféu nacional do 19º HQ-Mix em 2007 como Roteirista Revelação e Roteirista Nacional para Volney Nazareno, e consequentemente na participação de alguns desenhistas do grupo na produção de uma história para o MSP-50 do Maurício de Souza. Outro grupo de quadrinistas foi o Grupo Catarse (2007), composto por Adnilson Gomes, Cláudio Adriano, Eliezer França, Everton Leão, Marcio da Silva, Michael Rocha, e outros. Os mesmos produziram a revista em quadrinhos chamada Catarse quadrinhos (lançada da Feira Pan-Amazônica do Livro em 2009), Quadrinorte: Quadrinhos do Pará e Zines independentes, também com uma temática folclórica e regionalista.
Referencias: 'Resposta ao imperialismo', Pererê de Ziraldo é tema de mostra em Brasília In: G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/09/resposta-aoimperialismo-perere-deziraldo-e-tema-de-mostra-em-brasilia.html>Acesso em: 9 de julho de 2017 Revista Ilustrada In: Wikipédia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Revista_Illustrada> Acesso em: 8 de julho de 2017 Zé Caipora (José Coimbra) quadrinho In: Guia dos Quadrinhos. Disponível em: <http://www.guiadosquadrinhos.com/personagem/ze-caipora-(josecorimba)/34202> Acesso em: 8 de julho de 2017 VHQ - História do Quadrinho Paraense. IAP, 2014. Dur. 51:13 mim. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=xcfxWvri7Uc>. Acesso em: 12 de Julho 2017. Primeira história em quadrinhos no Brasil completa 145 anos In: Cultura Estadão. Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,primeira-historiaem-quadrinhos-no-brasil-c ompleta-145-anos,1124792> Acesso em: 8 de julho de 2017
Matéria: A história dos quadrinhos no brasil - Parte 2 In: HQ Maniacs. Disponível Em: <http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=materias&cod_materia=558> Acesso em: 9 de julho de 2017
Encantarias evita armadilhas do indianismo In: Esquadrinhando Quadrinhos. Disponível
em: <http://esquadrinhandoquadrinhos.blogspot.com.br/2011/04/encantarias-evitaarmadilha s-do.html> Acesso em: 11 de julho de 2017 Encantarias: A Lenda da Noite In: Burburinho. Disponível em: <http://www.burburinho.com/20060305.html> Acesso em: 11 de julho de 2017 As Aventuras de Nho-Quim In: Quadrinhos. Disponível em: <https://quadrinhos.wordpress.com/tag/as-aventuras-de-nho-quim/> Acesso em: 8 de julho de 2017 Ângelo Agostini, pioneiro dos quadrinhos In: Omelete. Disponível em: <https://omelete.uol.com.br/quadrinhos/artigo/angelo-agostini-pioneiro-dosquadrinhos/> Acesso em: 9 de julho de 2017 A importância dos quadrinhos na trajetória de sucesso da Editora Globo In: Universo HQ. Disponível em: <http://www.universohq.com/materias/incriveltrajetoria-da-editora-globo-esta-no-livro-u m-mundo-de-impressoes/> Acesso em: 9 de julho de 2017