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portfólio

2021/marina liesegang



portfólio 2021/marina liesegang/CV

MARINA LIESEGANG

CURSOS

EXPERIÊNCIAS E EXPOSIÇÕES

marinaliesegang@gmail.com marinaliesegang.myportfolio.com

2021 DRAWING IT OUT: an exploration into the possibilities of drawing Dagmara Genda - Berlin Art Institute (BAI)

2021 Aluvión SACO1.0 Bienal de Arte Contemporâneo Residência artística com o trabalho TILT - Antofagasta

São Paulo - Brasil

Caderno de desenho: exercícios gráficos a partir de observação Mariana Zanetti - Espaço de Ler

HABILIDADES softwares archicad autocad 2D_3D adobe illustrator adobe indesign adobe lightroom adobe photoshop adobe premiere sketchup pacote office idiomas alemão - fluente inglês - fluente espanhol - intermediário

FORMAÇÃO Associação Escola da Cidade (2016 - hoje) Graduação em Arquitetura e Urbanismo Colégio Visconde de Porto Seguro (2001 - 2014)

2020 Desenhos Feios Helena Obersteiner - CC Espaço Design do livro Bloco Gráfico - Platô Studio Comuns: desvendando processos latinos Laboratório virtual - Centro Cultural Marieta Métodos de impressão clandestinos Brunno Balco - Platô Studio Laboratório de fotografia autoral Maíra Ishida - Escola da Cidade Fica em casa, desenha junto Laura Teixeira - Platô Studio 2019 Estúdio Deriva Japão Viagem de estudo - Escola da Cidade 2018 Estúdio Deriva Escandinávia Viagem de estudo - Escola da Cidade AutoCAD 2D/3D Estúdio Graphite 2017 Oficina de expografia Joaquin Gak - Escola da Cidade Archicad Mateus Almeida - Estúdio Registro

Projektstipendium - NAILS Project Room Pré-seleção para residência artística com o grupo Schwarzweiß Fotolabor - Düsseldorf Lurca Azulejos Criação de ilustrações para conteúdo digital Out of Canvas - The Line Gallery Exposição do trabalho Analógico - Londres 2020 EXPOSEVIVON - Associação Beit Chabad Exposição do trabalho Amarelo - São Paulo Molescola Freiburg - Instituto Alana Desenvolvimento de guia de viagem para o programa Criança e Natureza Bienal de Arquitetura de Quito (BAQ) Artigo premiado sobre Área de Segurança Mínima de Nanterre - Quito Japão à Deriva - Japan House São Paulo Expografia, montagem e apresentação das publicações A Morte e seus substantivos abstratos e Em uma linha só - São Paulo 2019 Japão à Deriva - Galeria da Cidade Expografia, montagem e apresentação das publicações A Morte e seus substantivos abstratos e Em uma linha só - São Paulo Lugar Nenhum - Galeria da Cidade Amostra da publicação Lugar Nenhum para exposição coletiva da Escola da Cidade - São Paulo Flutuante - Galeria da Cidade Remontagem do Flutuante para exposição coletiva da Escola da Cidade - São Paulo


ensimesmismo


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tipo: investigação teórica orientadores: guilherme petrella e anna juni data: 2017

Quando moramos, procuramos um lugar onde, livre dos outros, somos livres a sermos nós mesmos. Procuramos em nossa privacidade um espaço só nosso, que reflita nossos gostos, nossas obrigações, nossos prazeres, nossa intimidade mais íntima, já que estamos livres dos outros. Os animais habitam. Nós moramos. “Morar”, portanto, se resumiria a um apartamento com dimensões e cômodos como quaisquer outros, com o interior, porém, inteiramente espelhado. Paredes espelhadas, chão e teto espelhados. Móveis espelhados, utensílios espelhados. Tudo, tudo espelhado: quando moramos, não buscamos nada além que um ambiente que nos reflita. Logo, não há melhor decoração que nosso próprio reflexo. O entorno pouco importa. A única coisa que se leva em consideração é até que ponto ele nos é reflexo. Custo, vizinhança, equipamento urbano, distâncias de lugares que queremos próximos são o que procuramos no bairro em que moramos. Ao escolhermos nosso bairro, procuramos o entorno que

melhor nos reflita. Ainda assim, escolhemos nos separar dele. Está no radical da palavra: o apartamento é o que aparta. Sendo assim, o entorno nos é essencialmente preto. Ele deve absorver nosso reflexo, enquanto nossa casa deve explicitá-lo. Ao morar, somos egoístas, fazemos questão de criar um ambiente essencialmente nosso. Um ambiente dotado unicamente de nossa personalidade. Quando moramos, nos ensimesmamos no sentido mais literal da palavra. Apesar de extremamente naturalizado e, por isso, quase nunca percebido, morar é o hábito mais ensimesmado do homem. Morar é, por essência, a definição do ensimesmismo.


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representação:

Nos desenhos (planta abai na página posterior), cada t foi representado de uma co ques do projeto, foram repr Os demais foram escalona escala do ensimesmismo e lojas, foi utilizado azul bem são um pouco mais escure tacionais, por sua vez, estã azul bastante escuro, most mais individualista.

ambiente interno: Nos ambientes internos, o ensimesmismo se mostra na relação entre os cômodos. Afinal, cada ambiente tem seu uso. Consequentemente, em cada ambiente é possível se ensimesmar mais ou menos. A sala, por exemplo, é no interior o espaço dedicado ao outro: é na sala que se recebe. O dimensionamento da sala explicita o quão sociáveis são os moradores, qual a importância que dão a visitas externas. No diâmetro oposto se encontram o quarto e o banheiro. No entanto, é neste último onde fazemos o que nos é considerado mais íntimo, mesmo dentro de nosso próprio “apartamento”. O número de banheiros de uma casa explicita, portanto, o quão sociáveis são os moradores em relação a eles mesmos. Um banheiro de uso individual simboliza as atividades íntimas serem feitas de forma escancaradamente privada: o banheiro de um só usuário mostra a necessidade deste usuário ser um só. É por isso que neste projeto se recebe diretamente pelo banheiro: o hall é o banheiro. Além disso, suas paredes são envidraçadas, o cômodo é visto por todo o restante da casa. Também não há quartos: a ausência de quartos previamente delimitados dá à casa caráter rotativo, tornando impossível se fixar


ixo e corte longitudinal tipo de estabelecimento or. Os banheiros, destaresentados em amarelo. ados de acordo com a em seus usos. Para as clarinho. Os escritórios ecidos. As unidades habião representadas de um trando terem uso muito

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ambiente externo: O projeto procura reunir habitações dentro de um shopping-center, outro símbolo do ensimesmismo. Como já é amplamente difundido, um shopping é externo a seu entorno. Uma vez dentro dele, não se vê mais o que se passa em seu exterior. Ele é aberto a si mesmo, mas fechado aos outros. Dentro do shopping, há também certa inversão. A começar, seus usos não são setorizados: tudo acontece ao mesmo tempo no mesmo espaço. Lojas estão misturadas a escritórios que, por sua vez, se misturam às casas. Não à toa, são todas as paredes de vidro: além de tudo ocorrer no mesmo espaço, é possível se ver do espaço tudo o que ocorre. Com as casas, não é diferente: tudo o que ocorre dentro delas é visto do restante do shopping. Com os banheiros a mesma coisa: eles se encontram espalhados pelos corredores, sendo também aquários de vidro transparente. Assim, funde-se o privado ao público, uma vez que o privado é, de certa forma, feito em público. Consequentemen-

te, intimida a falta de intimidade. A união público-privado também se dá pela circulação no complexo. Nele, se circula de forma rizomática. Muitos dos corredores são estreitos demais para a passagem. Assim, para passar, somos forçados a atravessar um estabelecimento, sem necessariamente precisar usá-lo para outra finalidade. A circulação vertical também obedece a essa lógica: para acessar o andar de cima, é preciso entrar em um estabelecimento de dois pavimentos e subir as escadas. Pouco importa qual o seu uso, todos os estabelecimentos devem ser públicos à passagem. Se essa forma de circulação ou as paredes de vidro incomodam, é por estarmos acostumados ao uso ensimesmista dos espaços.


cores em preto e branco


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tipo: investigação teórica orientadores: josé paulo gouvêia data: 2018

Este trabalho surgiu do imenso universo que nos representam as cores. É inquestionável que, ao olhá-las, percebemos diferentes sensações. A diferença de um quadrado azul a um quadrado vermelho, ou amarelo, só nos é infinita por conta dessa percepção. A sensação das cores está ligada ao colorido, mas, será que não poderiam ser representadas em preto e branco? Estas colagens se tratam de uma intenção: ver o colorido onde ele não está. Para que isso fosse possível, foi necessário um enorme estudo, cujo resultado está aqui:


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1. amarelo: o amarelo é a mais clara e vibrante das cores. Por isso, é também a mais instável de todas elas (basta um pouquinho de azul para que ele se torne verde, ou de vermelho para se tornar laranja). Não à toa, na maior parte das vezes que vemos amarelo, somos tomados por uma energia tão enérgica que causa até irritabilidade. Resumidamente, estamos falando de tudo aquilo forte, rápido e passageiro (a eletricidade que em fração de segundo pode ser desligada, ou o sol que certamente não brilhará por 24 horas). A representação do amarelo em preto e branco não poderia ser outra que o mais instável dos traços: aquele que nunca fará parte do ângulo reto.

3. verde: dentro do universo artístico, o verde é uma cor secundária (a junção do azul e do amarelo). Porém, tamanha é sua importância para a vida, que, a nossa percepção, o verde sempre será primário. Estamos falando da natureza, de como ela se revela, de seus principais ciclos. Verde é a cor de tudo aquilo que é natural, da vida em sua maior fluidez. As florestas são verdes, porque as folhas são verdes. A fotossíntese é verde: ela combina o amarelo da luz e o azul da água. O verde é aquela certeza de renovação (a esperança e a sorte são verdes também). Em preto e branco, ele só poderia ser um aro circular, sem começo nem fim: o verde é aquele consolo do fim ser um novo começo.

2. azul: azul é a cor do horizonte. Em uma pintura, tudo aquilo que está longe é azulado (névoa, como a ilustramos, é assim). Estamos falando da cor da distância. Ela representa aquilo que podemos confiar e que, consequentemente, nos deixa tranquilos. É a cor daquela amizade verdadeiramente duradoura com que, independente da distância, sempre podemos contar. É a cor do mar, é a cor do céu. Nada é tão pacífico quanto um oceano, tão sereno quanto ele. E, se por acaso, algum dia não existir o mar, ou o céu não amanhecer azul, é sinal de algo muito errado. Instintivamente, sempre confiamos no azul. Por isso, em preto e branco, é um retângulo contínuo, abaixo do horizonte: apesar do céu, azul é o nosso chão.

4. vermelho: o vermelho pulsa. Literalmente, ele pulsa. O sangue é vermelho. Se ele não pulsa em nossas veias, é porque estamos mortos. Vermelho é a cor da vida, de tudo aquilo que, de tão visceral, se torna vital. A cor do calor, da força. O fogo é vermelho. Não importa que sua chama mais quente seja a azul, fogo sempre nos será vermelho porque, sem ele, nos faltaria calor e muitos não conseguiríamos existir. A cor da raiva, de tudo aquilo que, de tão pulsante, nos tira dos eixos, nos ensurdece. Para representar o vermelho em preto e branco, portanto, nada melhor que um retângulo que, de tão próximo, não cabe em nosso campo de visão: quantas vezes já não nos enxergamos cegos de raiva?


flutuante


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tipo: instalação urbana local: memorial da américa latina - barra funda desenvolvido com: estela roca, hiram latorre, julia lara e thiago simbol orientadores: márcio kogan e emiliano homrich data: 2018 trabalho exposto na Galeria da Cidade em fevereiro de 2019

A escalafobia da Barra Funda é bastante notável. Galpões, muros e portões foram construídos sem se considerar a escala do homem. Na Barra Funda, adotou-se a escala do carro. Com isso em mente, resolvemos construir um corpo cabível a sua escala. Quisemos elevar o homem à Barra Funda, tornando possível ocupá-la a pé. Durante 6 meses, realizamos experimentos para possibilitar a construção desse corpo. Concluímos que, para ocupar a Barra Funda, precisaríamos de altura e, para altura, nada melhor gás hélio. O corpo deveria ser um balão. Enchemos 256 embalagens de presente cromadas com hélio, presas com silver tape e fios de nylon. Em um sábado, caminhamos com ele da Pça. da República até o Memorial da América Latina.

Chegando lá, abrimos o flutuante e, surpreendentemente, o corpo que na República nos tinha parecido enorme se tornou, de repente pequeno. O flutuante passou o caminho inteiro compactado. Ele não cabia em nenhum outro lugar que o Memorial da América Latina.


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experiementos: 1. escala humana 2. hélio 3. unidade 4. módulo 5. flutuante I 6. flutuante II 7. flutuante III 8. flutuante IV

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lugar nenhum


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tipo: instalação urbana local: cruzamento entre av. ipiranga e consolação - república desenvolvido com: clara almeida, hiram latorre, julia lara, thiago simbol e noel lima orientadores: márcio kogan, emiliano homrich e pedro motta data: 2019 trabalho exposto na Galeria da Cidade em junho de 2019 a publicação exposta está disponível no link: issuu.com/marinaliesegang/docs/lugar_nenhum

Entre três dos mais icônicos edifícios de São Paulo, está uma pequena calçada por onde centenas de pessoas passam todos os dias. Dela, se vê a frente do Copan, do Hilton e as costas do Itália. Nela, se encontram a Ipiranga e a Consolação. Com esse entorno, não há por que olhar para a baixo. Aquela calçada ninguém percebe. Ela é não é lugar algum. A intervenção procura, justamente, dar visibilidade à ela. Primeiro, buscamos ressaltar sua área. Por isso, a pintamos completamente de azul. Dessa forma, ela se destacaria da rua. Depois, a colorimos com listras rosas: achamos que, com o desenho, a percepção de área seria alterada por uma ilusão de ótica.


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A pintura se deu em cinco dias. As etapas 1 e 2 ocorreram em dois dias diferentes, durante a noite. No segundo dia, porém, fomos parados pela polícia: precisaríamos de uma autorização da CET. Após a autorização, conseguimos pintar durante a tarde. Em um dia, efetuamos as etapas 3 e 4. No dia seguinte, finalizamos a pintura (etapas 5 e 6).

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algum lugar: No final, acabamos movimentando uma grande quantidade de pessoas. Bastou que alguém intervisse na calçada para que, de repente, ela se tornasse algum lugar. Depois da pintura, o ponto foi notado, até fotografado e divulgado. As listras o tornaram interessante, instagramável. Além de olhar para cima, é bom também notar que pisamos em algum lugar.


bom retiro


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tipo: instalação urbana desenvolvido com: hiram latorre orientadores: fábio valentim, luís mauro freire e beatriz marques data: 2019 dedicado à annabel melo, por ter nos feito olhar com tanto carinho para o edifício anabela

A intervenção no Bom Retiro surgiu de uma tentativa de se aproximar do bairro, em um primeiro momento, desconhecido. Começamos por uma caminhada, uma deriva. O que víamos dela, fotografávamos. Foi uma série de fotografias de elementos que, por não conhecê-los, não nos pareciam fazer sentido. O principal deles foi a Prince Tower: um clube de golfe coreano, quase que fechado aos demais frequentadores do bairro. A partir dele, começamos nossa leitura. A intervenção no Bom Retiro se baseia, portanto, em como se interpretar aquilo que não conhecemos cotidianamente.


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A Prince Tower nos chamou atenção por suas barreiras. Primeiro, as redes que, apesar de transparentes, criavam toda uma nova atmosfera. Depois, seu desconhecimento em toda a região: ninguém no bairro sabia o que acontecia ali, nem onde seria sua entrada. Foi o ponto final de nossa deriva o interior da Prince Tower, o clube de tacadas onde só se falava coreano. Ele não queria ser entendido por mais ninguém. Desenvolvemos uma cartografia guiando nossa deriva e localizando, por meio de cores e palavras, os pequenos estranhamentos que tivemos. O final do percurso era, logicamente, a Prince Tower, o ponto de estranhamento máximo. etapa desenvolvida com annick matalon e octávio zazzera


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Procuramos, então, transmitir o que entendemos da Prince Tower em outro ponto do Bom Retiro. Fomos pelo raciocínio oposto: se a torre é fechada e reclusa, precisávamos de um lugar extremamente frequentado: o cruzamento entre as R. da Graça, Silva Pinto e Três Rios. Por ele, passam inúmeras pessoas todos os dias, para as mais diversas finalidades. Para trazer o Prince às esquinas, o traduzimos em um vestido (o Bom Retiro é também conhecido por sua produção têxtil, afinal). Assim como a torre, ele também está envolto por uma capa transparente, que o destaca. A capa, porém, é bastante fácil de ser removida: basta abrir seu único botão. Com o Prince, a mesma coisa: sua atmosfera parece intransponível, até ser transposta. É a capa, o involacro, que os faz serem percebidos imediatamente. Sem ela, o vestido não passa de uma roupa comum. Sem ela, o Prince não passaria de mais uma torre.


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A próxima ideia era fazer uma intervenção própria ao cruzamento, pensada diretamente para ele. Para isso, se fez necessário estudá-lo por uma série de desenhos, todos analisando suas 5 esquinas.

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1. estudo geral: do mesmo ponto em que foi colocado o vestido, tentei desenhar cada esquina. Com tamanho movimento, não me consegui me concentrar em um só aspecto. Era preciso decodificá-las. 2. análise de escritos: para cada esquina foram feitos 2 desenhos, um representando a fachada com os nomes de cada estabelecimento, outro com suas cores e anúncios. 3. estudo de esquinas: desenho individual da perspectiva de cada esquina, se observadas do centro do cruzamrnto. 4. estudo de edifício: desenho do Edifício Anabela para entender as proporções e pontos de anúncios.

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conceituação: Após todos os experimentos com desenhos, ficou ainda mais evidente a enorme diferença entre o cruzamento e a Prince Tower. Ela procura o tempo todo se esconder, enquanto aquele precisa ser o mais óbvio possível. Muitas pessoas passam pelo cruzamento principalmente por estarem a caminho de algum lugar. Ele se localiza a menos de 10min da estação São Joaquim do metrô e, na R. Três Rios, há centros culturais e escolas. Além disso, inúmeras pessoas trabalham no local (bares, restaurantes e lojas). Afinal, o Bom Retiro é também muito conhecido por seu aspecto comercial. Nele, há muitissíma oferta dos mais variados produtos (refeições, aparelhos domésticos, aviamentos e roupas). Majoritariamente, ele não trabalha com marcas específicas. Por isso, é extremamente importante que cada estabelecimento anuncie, na rua, o máximo que conseguir. Em cada uma das 5 esquinas, as fachadas são, antes de mais nada, um importantíssimo elemento de comunicação.

A começar, por não poder contar muito com o nome de marcas, não se entende o que exatamente está sendo vendido em uma loja só pelo seu nome. Não à toa, no letreiro está sempre anunciado o material nele comercializado (“Belissíma Aviamentos”, por exemplo). Outro fator é que, no bairro, a concorrência é imensa (só nas esquinas, existiam mais de 5 lojas de roupa diferentes). O diferencial entre elas está, principalmente, nos preços. Toda e cada promoção, ou oferta, deve ser anunciada. Assim, chamará a atenção de quem passa, atraindo possíveis clientes. A intervenção, portanto, deveria partir do ponto de que o cruzamento era visualmente caótico. Por isso, optamos por um “cavalete humano” Com sua angulação, ele mudaria completamente a perspectiva de observação dos anúncios e ofereceria um ponto para se deitar em um ambiente tão movimentado.


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experimentação: Experimentar o cavalete no cruzamento foi bastante interessante. Ele era estranho demais, alheio demais a qualquer necessidade funcional. As pessoas só estão lá por uma obrigação. Não há tempo, nem disposição, para contemplá-lo. O cavalete causou bastante estranhamento, pouquissímas pessoas o utilizaram. E, se o fizeram, foi só depois de bastante insistência. A baixa aceitação, no entanto, não foi uma surpresa. Quando levamos o vestido, ou desenhamos, ninguém parou para ver. O ponto é funcional demais, usado demais, conhecido demais. É o verdadeiro oposto do Prince. Isso é bastante bom.


exposição japão à deriva


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tipo: projeto e montagem de exposição desenvolvido com: fernanda galloni, julia villaça, lia soares, luigi franco e marina saboya local: galeria da cidade e japan house são paulo data: 2019/2020

Projeto de expografia e monatagem da exposição dos trabalhos realizados durante o Estúdio Deriva Japão. A exposição foi primeiro realizada na Galeria da Cidade (nov/2019 - jan/2020) e, posteriomente, na Japan House de São Paulo (fev/2020). Além de participar do desenho e montagem, fui responsável por fazer a comunicação da exposição nas plataformas da Escola da Cidade. Expus duas publicações autorais desenvolvidas ao longo de todo o ano de 2019: A Morte e seus substantivos abstratos e o livro de retratos Em uma linha só.


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trabalhos dos alunos no estúdio deriva japão — julho 19

26.11.19

exposição deriva

DIVULGAÇÃO

+ info @estudioderiva fotografia manoela ambrósio

poster impresso A1

story instagram (1080x1920px)

post instagram (1080x

fotografia: manoela ambrósio

fotografia: rafael baumer

fotografia: rafael baumer


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EXPOSIÇÃO

japan house são paulo fotografia: julia villaça e sebastian beck


a morte e seus substantiv


vos abstratos

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tipo: publicação papel: pólen 80g/mg2 fonte: times new roman tamanho: 26x34cm data: 2019 publicação exposta na Galeria da Cidade (nov/2019 - jan/ 2020) e na Japan House São Paulo (fev/2020) a versão digital está disponível no link: issuu.com/marinaliesegang/docs/a_morte_e_seus_substantivos_ abstratos

A publicação resulta de uma pesquisa de realizada por todo 2019: como lidarmos com a morte. O primeiro resultado foi que só verdadeiramente lidamos com ela quando não temos mais nenhuma opção. É preciso viver a morte para entender o que é sentí-la. Ao tentar definir a morte, lidamos sempre com o abstrato. Ela nunca vem sozinha, está sempre acompanhada das mais diversas ideias que criamos quando a confrontamos. A Morte carrega, por si só, uma enorme quantidade de substantivos abstratos. Isto foi decifrado em um mapa conceitual, com a Morte como centro. Todos os substantivos estavam, consequentemente, ligados entre si. Nesta publicação, relaciono conceitos ligados à morte com as vivências de uma viagem ao Japão. Para não ter uma interpretação única e mostrar o quão subjetivas, portanto abstratas, são nossas experiências, contei com a interpretação de mais duas amigas (Beatriz Oliveira e Júlia Mireno). Afinal, pela Morte e pela viagem, passamos juntas.


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lista de substantivos: capítulo ajuda ideia rompimento perigo tempo perda saudade futuro natureza retorno religião conversa explicação dor coletivo solidão existência sentimento sonho crença memória luz energia ciência ideal burocracia lembraça gótico espera movimento lar motivo continuação espiritualidade presente processo nascimento amor banalidade suicídio carinho luto

inatingência tristeza obrigação vertente conforto fim inércia vida paralelismo transformação patrimônio esquecimento morbidez saída cura eternidade matéria passado família amizade pertencimento realidade medo


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em uma linha só


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tipo: desenhos de observação formato: nanquim sob pólen 70 g/m2 em cadernos A5 (13x21 cm) data: 2017 - hoje alguns retratos integraram a publicação “em uma linha só”, exposta na galeria da cidade (nov/2019 jan/2020) e na japan house são paulo (fev/2020). a versão digital está disponível no link: issuu.com/marinaliesegang/docs/retratos

Sempre me senti estranha em aulas e seminários, até realizar, um dia, que estava cercada de pessoas que, assim como eu, poderiam estar em universos outros. Um pouco desses universos se revelava sempre com uma frase que, sem o contexto, não parecia fazer sentido algum. Por isso, comecei a desenhar meus colegas com algumas das frases que eles diziam. O que antes não passava de um passatempo acabou se tornando, de 2017 até hoje, 4 cadernos repletos de retratos de uma linha só.


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coreopalavra


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tipo: inserção digital desenvolvido com: izabela moraes e hiram latorre orientador: marta moreira data: 2020

A quarentena transformou nosso espaço de forma bastante inesperada : se antes fazíamos tudo longe de casa, tudo o que não é em casa se tornou muito mais longe. Começamos a participar de uma performance não voluntária. Nesta chave, surgiu o coreopalavra: uma performance que somos obrigados a seguir se quisermos ler o que está escrito. Se trata de um cartaz em PDF, feito exclusivamente para o celular. Na conformação original, conseguimos identificar e ler algumas palavras, mas reconhecemos letras que estão pequenas demais para serem lidas. Damos zoom. Algumas frases estão viradas para outro lado. Viramos o celular. Antes de nos darmos conta, estamos participando de uma coreografia das palavras.


se TEM

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TEMPO

se se se

se se se se passar 1 dia inteiro lendo o antigo testamento, entender e compreender onde e como eram esses espaços;

< DEVERIAM DEIXAR DE CIRCULAR PELA CIDADE >

A HISTÓRIA DO POVO QUE DURANTE QUATRO DIAS SE ARRASTOU PELAS RUAS USANDO SUA PELE COMO TECIDO DA FESTA E DA CIDADE E, COM O PASSAR DE TRÊS SEGUNDOS, FOI SURPREENDIDO POR UM NOVO ACORDO SOCIAL, RADICALMENTE OPOSTO AO DELÍRIO COLETIVO VIVIDO ATÉ ENTÃO.

TEMPO

TEM

TE

TEMPO

Durante 1 hr, pensar no isolamento. entrar no quarto com as luzes prendidas, ficar de pé, sem se mover e permanecer durante 20 minutos; Repetir novamente, agora com as luzes apagadas. Repetir, agora, em um armario, entrar e permanecer durante 20 min

ESPERA/TEMPO

Não é raro esperar que o tempo passe. Raro é que ele se torne uma eterna espera que, de tão constante, é constantemente esquecida. Há quanto tempo estamos assim? Por quanto tempo ainda ficaremos? A pergunta é: do que importa quanto tempo já passou, se o importante é que ele passe? E o que faremos com ele enquanto ele passa, mesmo que imperceptivelmente? Se antes a Espera performava no Tempo, ela agora se tornou seu maior programa: a necessidade de passatempo.

vários eu por eu mesmo

SACRIFICAR

TEMPO

TEM

TEMPO

TEMPO

< isolamento >

TEMPO

RALOSI

< isolamento>

Usando dez folhas de papel sulfite A3 e duas canetas de cores diferentes desenhei o contorno de partes diversas do meu corpo

se TEM

TEMPO

TEM

dois quilos 5 dias. Emagreci nutricional por com um cálculo precisa de acordo amente o que Comerás exat-

TEM

TEM

DENTRO-FORA/CASA

Assistir continuamente a versão estendida de “Retorno do Rei”

TEMPO

REFLETIR idade na minha formatura de escola mim quando tinha quatorze anos de Vesti o vestido que foi usado por

TEM

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TEM

TEMPO

Eu to aqui com as roupas do meu irmão e eu não achei que fosse tão desconfortável ficar com as roupas de outra pessoa que não fosse eu, mas, realmente, é bem desconfortável. Primeiro porque a roupa tá muito grande, tá realmente muito grande. Então, eu não consigo transitar livremente assim, porque parece que a minha calça vai cair e a camiseta parece um vestido. E aí o que no Pedro fica bom em mim só tá gigantesco: o que no Pedro é de cintura baixa, a minha tá uma calça quase assim, quase no meu peito. E, sem falar que eu tenho que usar um cinto, pra apertar ela na minha cintura assim, e eu não uso cinto, é muito desconfortável, o tempo todo eu sinto uma coisa me puxando pra baixo. Só que, apesar de tudo isso, a coisa mais desconfortável de todas é que eu to, tive que mudar a risca do meu cabelo que tá sempre no meio e eu tive que deixar ele de lado. Eu fico com uma franja caindo que sempre cai na cara do meu irmão, mas fica caindo o tempo inteiro em mim agora, e eu tenho que ficar tirando ela da minha cara o tempo todo. Isso tá sendo a coisa mais desconfortável. E o óculos também eu não acho desconfortável porque eu peguei o meu próprio óculos pra eu conseguir enxergar, só que ler com o óculos fora do computador foi muito estranho, doeu a vista e aí eu confesso que ei tirei o óculos. Mas eu não vejo a hora de tomar banho e eu colocar o meu pijama porque tá me dando até dor nas costas.

TEMPO

TEMPO

ENTRE/LIMITE

Usando o padrão do piso de taco da sala da minha casa, desenhei a marca que o sol faz no chão em dois momentos do dia, às 13 horas e às 15h

TEMPO

passar 1 dia inteiro lendo o antigo testamento, entender e compreender onde e como eram esses espaços;

vários eu por eu mesmo

TEMPO

Tá com: a minha camiseta branca que tem um bolsinho com um desenho do Keith Herring, minha calça de linho cinza escuro, eu acho que é linho. É... um cinto que mal tá dando pra ver porque a camiseta tá imensa, vai até a metade da coxa. E o cabelo tá, a calça tá com a cintura em cima do umbigo, mas tá com o cabelo preso bem meio bagunçado.

< isolamento >

TEM

TEM

Assistir continuamente a versão estendida de “Retorno do Rei”

TEM

TE

Sair de casa por 25 minutos. não consegui subir uma ladeira

“Estar no limite” é estar próximo da explosão. É quase quantitativo: depois de determinada quantidade de ar, um balão explode, seu volume tem um limite. A realidade não se dá exatamente assim. Sair ou não? Encontrar ou não? Pedir ou não? Informar ou não? O limite nunca é claro. E como poderia ser se não conhece o quanto se aguenta? Só cabe a performance, entre inúmeros limites que, provavelmente, jamais serão completamente compreendidos.

se TEMPO

Sair de casa por 25 minutos. não consegui subir uma ladeira

TEMPO

Me tornar um hóspede na minha própria casa

TE

TEMPO

TEMPO

Me tornar um hóspede na minha própria casa

TEMPO

DOMESTICAR

TEM

sinto um meio tempo quase inteiro já tem dobrado de tamanho antes pequeno, agora gigantesco e quanto mais tenho imaginado descubro que viver ocupa espaço

TEM

Durante 2 horas agir como um cachorro.

Durante 2 horas agir como um cachorro.

TEMPO

TE

TEM

posicionei uma escada móvel na quina de encontro entre duas paredes do meu quarto. subi até seu último degrau. posicionei minhas mãos no teto.

Durante 2 hrs agir como um cachorro. adotei hábitos rotineiros dos meus cachorros. 08h acordar e comer, 14h dormir, 18h acordar e comer. passar tempo acordada esperando na porta

acho que já deu

bom lembrar que estamos sempre em trânsito, logo a gente volta

DO

TEM

< isolamento >

TEMPO

TE

TEMPO

TEM

TEMPO

acho que já deu

TEM

TEM

o tempo é um atrás do outro, tão atrás mas tão atrás que vira um

< isolamento >

SACRIFICAR

Usando o padrão do piso de taco da sala da minha casa, desenhei a marca que o sol faz no chão em dois momentos do dia, às 13 horas e às 15h

TEM

A partir do momento que a rua está proibida, a noção de casa é completamente alterada. O que antes era considerado “estar dentro”, de repente, torna-se “estar fora”. O quarto é o espaço de dentro; a sala o de fora. Afinal, é nela que se tem hoje a máxima noção de “espaço público”.

TE

e eracniks rezaf ,said 2 etnarud ”rabaca odnum o rev“

TEM

TEM

TEM

dormirás 14 horas ao dia, das 10h às 24h por 4 dias nos quatro dias falei com três

TE

Com tato, se tem toque. Com toque, se tem calor. Com calor, se tem presença. Sem o tato, o contato presente se perde. A partir do momento que não há mais o toque, há algo entre aqueles que se veem. Se deixa de se encontrar para se contatar, sempre que preciso. E o que faz esse contato raras vezes é visível. Ele se baseia em redes, tecidas sempre por milhões de pessoas, mas, que se antes era necessária, agora se tornou indispensável. Faz parte de uma performance tecê-las, se quisermos ver alguém.

TEM

Tá com: a minha camiseta branca que tem um bolsinho com um desenho do Keith Herring, minha calça de linho cinza escuro, eu acho que é linho. É... um cinto que mal tá dando pra ver porque a camiseta tá imensa, vai até a metade da coxa. E o cabelo tá, a calça tá com a cintura em cima do umbigo, mas tá com o cabelo preso bem meio bagunçado.

TEMPO

REDE/CONTATO

s

s

a camiseta parece um vestido. E aí o que no Pedro fica bom em mim só tá gigantesco: o que no Pedro é de cintura baixa, a minha tá uma calça quase assim, quase no meu peito. E, sem falar que eu tenho que usar um cinto, pra apertar ela na minha cintura assim, e eu não uso cinto, é muito desconfortável, o tempo todo eu sinto uma coisa me puxando pra baixo. Só que, apesar de tudo isso, a coisa mais desconfortável de todas é que eu to, tive que mudar a risca do meu cabelo que tá sempre no meio e eu tive que deixar ele de lado. Eu fico com uma franja caindo que sempre cai na cara do meu irmão, mas fica caindo o tempo inteiro em mim agora, e eu tenho que ficar tirando ela da minha cara o tempo todo. Isso tá sendo a coisa mais desconfortável. E o óculos também eu não acho desconfortável porque eu peguei o meu próprio óculos pra eu conseguir enxergar, só que ler com o óculos fora do computador foi muito estranho, doeu a vista e aí eu confesso que ei tirei o óculos. Mas eu não vejo a hora de tomar banho e eu colocar o meu pijama porque tá me dando até dor nas costas.

sinto um meio tempo quase inteiro já tem dobrado de tamanho antes pequeno, agora gigantesco e quanto mais tenho imaginado descubro que viver ocupa espaço

TEM

Durante 2 horas agir como um cachorro.

Durante 2 horas agir como um cachorro.

TE

Durante 2 h um cachorr rotineiros d 08h acorda dormir, 18h passar tem rando na p


TEM

TEMPO

Eu to aqui com as roupas do meu irmão e eu não achei que fosse tão desconfortável ficar com as roupas de outra pessoa que não fosse eu, mas, realmente, é bem desconfortável. Primeiro porque a roupa tá muito grande, tá realmente muito grande. Então, eu não consigo transitar livremente assim, porque parece que a minha calça vai cair e

dormirás 14 horas ao dia, das 10h às 24h por 4 dias nos quatro dias falei com três

REDE/CONTATO

TEMPO

TEM

ESPERA/TEMPO

TEMPO

TE

TEM

TEMPO

TEM

TEMPO

TEMPO

“Estar no limite” é estar próximo da explosão. É quase quantitativo: depois de determinada quantidade de ar, um balão explode, seu volume tem um limite. A realidade não se dá exatamente assim. Sair ou não? Encontrar ou não? Pedir ou não? Informar ou não? O limite nunca é claro. E como poderia ser se não conhece o quanto se aguenta? Só cabe a performance, entre inúmeros limites que, provavelmente, jamais serão completamente compreendidos.

ENTRE/LIMITE

TEM

TEMPO

< isolamento>

TE

TEM

TEM

< isolamento >

TEM

-taxe sáremoC euq o etnema odroca ed asicerp oluclác mu moc rop lanoicirtun icergamE .said 5 soliuq siod

TE

RITELFER

rop odasu iof euq oditsev o itseV ed sona ezrotauq ahnit odnauq mim alocse ed arutamrof ahnim an edadi

e eracniks rezaf ,said 2 etnarud ”rabaca odnum o rev“

REDE/CONTATO

o tempo é um atrás do outro, tão atrás mas tão atrás que vira um

TE

TEMPO

TEM

A partir do momento que a rua está proibida, a noção de casa é completamente alterada. O que antes era considerado “estar dentro”, de repente, torna-se “estar fora”. O quarto é o espaço de dentro; a sala o de fora. Afinal, é nela que se tem hoje a máxima noção de “espaço público”.

DENTRO-FORA/CASA

TEM

RITELFER

TE

vários eu por eu mesmo

TEMPO

Usando dez folhas de papel sulfite A3 e duas canetas de cores diferentes desenhei o contorno de partes diversas do meu corpo

TEM

rop odasu iof euq oditsev o itseV ed sona ezrotauq ahnit odnauq mim alocse ed arutamrof ahnim an edadi

e eracniks rezaf ,said 2 etnarud ”rabaca odnum o rev“

TEM

-taxe sáremoC euq o etnema odroca ed asicerp oluclác mu moc rop lanoicirtun icergamE .said 5 soliuq siod

TEMPO

TEMPO

Durante 1 hr, pensar no isolamento. entrar no quarto com as luzes prendidas, ficar de pé, sem se mover e permanecer durante 20 minutos; Repetir novamente, agora com as luzes apagadas. Repetir, agora, em um armario, entrar e permanecer durante 20 min

TEMPO

< isolamento >

Tá com: a minha camiseta branca que tem um bolsinho com um desenho do Keith Herring, minha calça de linho cinza escuro, eu acho que é linho. É... um cinto que mal tá dando pra ver porque a camiseta tá imensa, vai até a metade da coxa. E o cabelo tá, a calça tá com a cintura em cima do umbigo, mas tá com o cabelo preso bem meio bagunçado.

TEM

TEMPO

o tempo é um atrás do outro, tão atrás mas tão atrás que vira um

TE

DENTRO-FORA/CASA

A partir do momento que a rua está proibida, a noção de casa é completamente alterada. O que antes era considerado “estar dentro”, de repente, torna-se “estar fora”. O quarto é o espaço de dentro; a sala o de fora. Afinal, é nela que se tem hoje a máxima noção de “espaço público”.

TEM

se

TEM

TEM

TEMPO

TEMPO

TEM

TEMPO

< DEVERI DEIXAR DE CI CULAR PELA DAD

TEMPO

passar 1 dia inteiro lendo o antigo testamento, entender e compreender onde e como eram esses espaços;

TE

TEM

TEMPO

TEM

TE

A HISTÓRIA DO POVO QUE DURANTE QUATRO DIAS SE ARRASTOU PELAS RUAS USANDO SUA PELE COMO TECIDO DA FESTA E DA CIDADE E, COM O PASSAR DE TRÊS SEGUNDOS, FOI SURPREENDIDO POR UM NOVO ACORDO SOCIAL, RADICALMENTE OPOSTO AO DELÍRIO COLETIVO VIVI

ESPERA/TEMPO

TEMPO

Me tornar um hóspede na minha própria casa

< isolamento >

DOMESTICAR

posicionei uma escada móvel na quina de encontro entre duas paredes do meu quar-

ar 1 dia o lendo o o testao, entender mpreender e como eram espaços;

Sair de casa por 25 minutos. não consegui subir uma ladeira

TEM

TEM

Usando o padrão do piso de taco da sala da minha

m tato, se tem toque. Com toque, se tem calor. Com calor, casa, desenhei a marca que o sol em presença. faz no chão em m o tato, o contato presente se perde. A partir do momento dois momentos do não há mais o toque, há algo entre aqueles que se veem. dia, às 13 horas e deixa de se encontrar para se contatar, sempre queàspreciso. 15h que faz esse contato raras vezes é visível. Ele se baseia redes, tecidas sempre por milhões de pessoas, mas, que se es era necessária, agora se tornou indispensável. Faz parte uma performance tecê-las, se quisermos ver alguém.

TEM

Tá com: a minha camiseta branca que tem um bolsinho com um desenho do Keith Herring, minha calça de linho cinza escuro, eu acho que é linho. É... um cinto que mal tá dando pra ver porque a camiseta tá imensa, vai até a metade da coxa. E o cabelo tá, a calça tá com a cintura em cima do umbigo, mas tá com o cabelo preso bem meio bagunçado.

Com tato, se tem toque. Com toque, se tem calor. Com calor, se tem presença. Sem o tato, o contato presente se perde. A partir do momento que não há mais o toque, há algo entre aqueles que se veem. Se deixa de se encontrar para se contatar, sempre que preciso. E o que faz esse contato raras vezes é visível. Ele se baseia em redes, tecidas sempre por milhões de pessoas, mas, que se antes era necessária, agora se tornou indispensável. Faz parte de uma performance tecê-las, se quisermos ver alguém.

TEM

< isolamento >

TEM

TEMPO

Eu to aqui com as roupas do meu irmão e eu não achei que fosse tão desconfortável ficar com as roupas de outra pessoa que não fosse eu, mas, realmente, é bem desconfortável. Primeiro porque a roupa tá muito grande, tá realmente muito grande. Então, eu não consigo transitar livremente assim, porque parece que a minha calça vai cair e a camiseta parece um vestido. E aí o que no Pedro fica bom em mim só tá gigantesco: o que no Pedro é de cintura baixa, a minha tá uma calça quase assim, quase no meu peito. E, sem falar que eu tenho que usar um cinto, pra apertar ela na minha cintura assim, e eu não uso cinto, é muito desconfortável, o tempo todo eu sinto uma coisa me puxando pra baixo. Só que, apesar de tudo isso, a coisa mais desconfortável de todas é que eu to, tive que mudar a risca do meu cabelo que tá sempre no meio e eu tive que deixar ele de lado. Eu fico com uma franja caindo que sempre cai na cara do meu irmão, mas fica caindo o tempo inteiro em mim agora, e eu tenho que ficar tirando ela da minha cara o tempo todo. Isso tá sendo a coisa mais desconfortável. E o óculos também eu não acho desconfortável porque eu peguei o meu próprio óculos pra eu conseguir enxergar, só que ler com o óculos fora do computador foi muito estranho, doeu a vista e aí eu confesso que ei tirei o óculos. Mas eu não vejo a hora de tomar banho e eu colocar o meu pijama porque tá me dando até dor nas costas.

TEMPO

TEM

TEM

TEMPO

se

TEMPO

DENTRO-FORA/CASA

dormirás 14 horas ao dia, das 10h às 24h por 4 dias nos quatro dias falei com três

TEM

TE

dormirás 14 horas ao dia, das 10h às 24h por 4 dias nos quatro dias falei com três

Com tato, se tem toque. Com toque, se tem calor. Com calor, se tem presença. Sem o tato, o contato presente se perde. A partir do momento que não há mais o toque, há algo entre aqueles que se veem. Se deixa de se encontrar para se contatar, sempre que preciso. E o que faz esse contato raras vezes é visível. Ele se baseia em redes, tecidas sempre por milhões de pessoas, mas, que se antes era necessária, agora se tornou indispensável. Faz parte de uma performance tecê-las, se quisermos ver alguém.

Eu to aqui com as roupas do meu irmão e eu não achei que fosse tão desconfortável ficar com as roupas de outra pessoa que não fosse eu, mas, realmente, é bem desconfortável. Primeiro porque a roupa tá muito grande, tá realmente muito grande. Então, eu não consigo transitar livremente assim, porque parece que a minha calça vai cair e a camiseta parece um vestido. E aí o que no Pedro fica bom em mim só tá gigantesco: o que no Pedro é de cintura baixa, a minha tá uma calça quase assim, quase no meu peito. E, sem falar que eu tenho que usar um cinto, pra apertar ela na minha cintura assim, e eu não uso cinto, é muito desconfortável, o tempo todo eu sinto uma coisa me puxando pra baixo. Só que, apesar de tudo isso, a coisa mais desconfortável de todas é que eu to, tive que mudar a risca do meu cabelo que tá sempre no meio e eu tive que deixar ele de lado. Eu fico com uma franja caindo que sempre cai na cara do meu irmão, mas fica caindo o tempo inteiro em mim agora, e eu tenho que ficar tirando ela da minha cara o tempo todo. Isso tá sendo a coisa mais desconfortável. E o óculos também eu não acho desconfortável porque eu peguei o meu próprio óculos pra eu conseguir enxergar, só que ler com o óculos fora do computador foi muito estranho, doeu a vista e aí eu confesso que ei tirei o óculos. Mas eu não vejo a hora de tomar banho e eu colocar o meu pijama porque tá me dando até dor nas costas.

A partir do momento que a rua está proibida, a noção de casa é completamente alterada. O que antes era considerado “estar dentro”, de repente, torna-se “estar fora”. O quarto é o espaço de dentro; a sala o de fora. Afinal, é nela que se tem hoje a máxima noção de “espaço público”.

SACRIFICAR TEM

ET

Assistir continuamente a versão estendida de “Retorno do Rei”

TEM

vários eu por eu mesmo

o tempo é um atrás do outro, tão atrás mas tão atrás que vira um

REFLETIR e eracniks rezaf ,said 2 etnarud ”rabaca odnum o rev“

ISOLAR

Não é raro esperar que o tempo passe. Raro é que ele se torne uma eterna espera que, de tão constante, é constantemente esquecida. Há quanto tempo estamos assim? Por quanto tempo ainda ficaremos? A pergunta é: do que importa quanto tempo já passou, se o importante é que ele passe? E o que faremos com ele enquanto ele passa, mesmo que imperceptivelmente? Se antes a Espera performava no Tempo, ela agora se tornou seu maior programa: a necessidade de passatempo.

se

idade na minha formatura de escola mim quando tinha quatorze anos de Vesti o vestido que foi usado por

Usando dez folhas de papel sulfite A3 e duas canetas de cores diferentes desenhei o contorno de partes diversas do meu corpo

TE

TEMPO

TEMPO

RALOSI

< isolamento>

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ENTRE

“Estar no limite” é es se quantitativo: depo ar, um balão explode A realidade não se d não? Encontrar ou nã não? O limite nunca não conhece o quant mance, entre inúmer jamais serão complet

TEM

Não é raro esperar que o tempo passe. Raro é que ele se torne uma eterna espera que, de tão constante, é constantemente esquecida. Há quanto tempo estamos assim? Por quanto tempo ainda ficaremos? A pergunta é: do que importa quanto tempo já passou, se o importante é que ele passe? E o que faremos com ele enquanto ele passa, mesmo que imperceptivelmente? Se antes a Espera performava no Tempo, ela agora se tornou seu maior programa: a necessidade de passatempo.

TE

se se

s se e Durante 1 hr, pensar no is amento. entrar no quarto com as l prendidas, ficar de pé, sem mover e permanecer dur 20 minutos; Repetir nova agora com as luzes apaga Repetir, agora, em um arm entrar e permanecer dura 20 min

TEMPO

TEM

se se dois quilos 5 dias. Emagreci nutricional por com um cálculo precisa de acordo amente o que Comerás exat-

TE

< isolamento >

portfólio 2021/marina liesegang/coreopalavra

TEM


analógico


portfólio 2021/marina liesegang/analógico

tipo: ensaio fotográfico tamanho: 08 colagens de papel fotográfico brilhante sobre papel off-set milimetrado A4 (297x210mm), 70g/m2 fotos tiradas em seul com kodak descartável 36 poses data: 2020 trabalho selecionado pela exposição mixing identities - out of canvas international art fair (the line gallery, londres), prevista para abr-mai/2021 trabalho pré-selecionado pelo grupo schwarzweiß fotolabor para o projektstipendium (nails project room, düsseldorf)

Analogia é a junção duas palavras gregas: ana, referente à proporção, e logos, termo frequentemente traduzido por “estudo”. Reconhecer dois objetos como análogos é identificar, entre eles, uma semelhança: a mesma proporção. Por exemplo, o relógio digital nos mostra dígitos explícitos. O relógio analógico, por sua vez, nos permite ver as horas por ser análogo a um círculo. Apesar de usarmos cada vez mais a tecnologias digitais, é estranho pensar no tempo em dígitos (raramente nos lembramos de algum horário específico). Nossa memória é analógica: nos lembramos de um momento e, por meio de proporções bastante subjetivas, o encaixamos em um tempo igualmente particular. Um mês pode passar em questão de anos ou segundos dependendo de quem o interpreta: 2020 não parece funcionar no mesmo ritmo de 2019. Depois de março o ano parou. O trabalho se articula em duas séries:

Seul: 2020 não parece funcionar no mesmo ritmo de 2019. Depois de março o ano parou. Se em julho de 2019, eu podia estar no outro lado do mundo, em julho de 2020, não pude sair da minha casa. Fiquei sozinha com um monte de fotos que, analogicamente, me lembravam do tempo que passei em Seul um ano antes, mas que minha memória analógica não me permite organizar. São Paulo: 2020 não parece funcionar no mesmo ritmo de 2019. Depois de março o ano parou. Consequentemente, parei também. Deixei de sair por São Paulo e, de repente, os lugares aonde ia tornaram vazios. Passar por eles me faz lembrar de inúmeros momentos em um espaço que só consigo organizar por meio de analogias.​​​​​​​ Para este trabalho, fotografei pontos por onde passava todos os dias. Depois de quase 10 meses, foi a primeira vez que passei por eles a pé. Para mim, São Paulo é desenhada por eles.


portfólio 2021/marina liesegang/analógico seul:

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portfólio 2021/marina liesegang/analógico

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1. seul, 05/07/2019B 2. seul, 02/07/2019A 3. seul, 04/03/2019A 4. seul, 02/07/2019B 5. seul, 03/07/2019A 6. seul, 05/07/2019A 7. seul, 04/07/2019B 8. são paulo, 31/07/2020

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portfólio 2021/marina liesegang/analógico são paulo:

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portfólio 2021/marina liesegang/analógico

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1. av. brigadeiro faria lima, itaim bibi 2. ponte cidade jardim, pinheiros 3. r. bela cintra/r. oscar freire, jardim paulista 4.av.paulista, bela vista 5. r. major sertório, república 6. r. major sertório/r. bento freitas, vila buarque 7. r. major sertório/r. cesário mota júnior, vila buarque 8. esquema são paulo 8


pano de fundo


portfólio 2021/marina liesegang/pano de fundo

tipo: desenhos de observação orientador: yuri quevedo data: 2020

Entre tudo o que existe, tem um espaço. Entre uma cidade e outra, existe uma distância. Entre um dia e outro, existe certo período de tempo. Entre o corpo e a roupa existe um espaço, que, apesar de sutil, nunca passa despercebido: é ele que molda a parte do que escolhemos ser. Ao nos mexermos, nos expressamos. O espaço construído pelo movimento é espelhado naquilo que nos envolve mais diretamente, o tecido. Ele se transforma a qualquer mínima alteração, fazer uma prega no tecido é transformar completamente seu formato. Por isso, existem tantas formas de representá-lo, e sua representação vai ser sempre discutida. O tecido no corpo conta uma história, ajuda a criar a narrativa de quem somos. Essa ideia, porém, não se molda somente no tecido quando vestido. Ela está também no tecido depois de usado: parte de nós se encontra na forma em que organizamos as roupas que usamos. O tecido se molda também à forma que o penduramos no armário, que o larga-

mos em cima da cama, ou que apoiamos no encosto da cadeira. O pano é o espaço que serve de fundo ao pequeno espetáculo de ser quem somos. Por isso, resolvi representar roupas da forma que elas se apresentam a mim todos os dias: ordenadas no armário.


portfólio 2021/marina liesegang/pano de fundo 01. desenhos formato: grafite 2B sob canson A4, 120 g/m2 Primeira aproximação, se deixava levar pelo conhecimento prévio de minhas roupas. Mesmo não as vendo por completo, sabia exatamente a forma de cada uma e, por isso, conseguia delineá-las, imaginando as partes que estavam escondidas. Ilustra meu armário por meio de seus contornos.


portfólio 2021/marina liesegang/pano de fundo


portfólio 2021/marina liesegang/pano de fundo 02. pinturas formato: tinta acrílica sob tecido de molde Segunda fase que procurava representar o espaço como o estava vendo. Ou seja, ao invés de retratar as roupas, retrata os tecidos como se mostram no armário, em sua desordem. Por isso, têm como suporte o próprio tecido, material muito mais maleável que o papel. Não foi à toa que, nas pinturas, consegui representar o que não havia conseguido nos desenhos anteriores: a estrutura do armário, que serve como pano de fundo a todas as narrativas dos tecidos.


portfólio 2021/marina liesegang/pano de fundo


cabe no bolso: a arquitetu


ura de uma roupa

portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso

tipo: investigação de projeto orientador: yuri quevedo co-orientadores: vinicius alencar e vitor césar data: 2021 publicação online disponível no link: issuu.com/marinaliesegang/docs/cabe_no_bolso

Este trabalho surgiu dos espaços entre o nosso corpo e a roupa: ele é fundamental a toda e qualquer apresentação que fazemos e, mesmo se escolhemos anulá-lo, essa escolha nunca é acidental. Roupas são um dos objetos com os quais nos relacionamos mais intimamente, elas nos vestem de espaço todos os dias. Em novas palavras, tanto um edifício quanto um vestido procuram articular o corpo a um espaço externo a ele e, por isso, podem os dois se considerar diferentes formas de arquitetura. Comecei investigando minhas próprias roupas, silhuetas e imagens que poderia criar com elas. Foi assim que cheguei ao espaço do bolso: são incontáveis as formas que cabem dentro dele. O resto do trabalho inteiro se desenvolveu da tentativa de adentrar esse espaço de diferentes formas e, até agora, se divide em dois produtos: uma publicação e protótipo de roupas.


portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso

Vestidos vestidos

Maquetes de bols

Na primeira etapa (bastante analítica), vesti dois vestidos, um com bolsos e outro sem. Comparei as duas silhuetas e, principalmente, os diferentes movimentos que elas possibilitavam. Enquanto um brincava com o imaginário “clássico” de um vestido, o outro brincava com a transparência que revela e movimenta parte do espaço entre, enquanto o outro convidava nossa mão a adentrá-lo.

O primeiro experi um pouco mais pr partiu da análise d calças: uma jeans tante tradicional e um pouco mais pr da alfaiataria. O je nha bolsos muito profundos e apare na outra, eles esta muito mais discre A posição da mão pulso era muito di em cada um deles Pensando nisso, fi esquema de cada dos bolsos e os in posicionando os d calça de alfaiatari calça jeans e vice O resultado está a foi fundamental p resto do trabalho vou mostrar a seg


so

imento rático de duas s base outra róxima eans timenos rentes, avam etos. o e do iferente s. fiz um a um nverti, da ia na e versa. aqui e para o que guir.

portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso


portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso 01. modelo

A

B


portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso

C

Até agora, foram feitos 3 diferentes protótipos: um vestido sem bolsos, um vestido com bolsos e uma saia. A. Croquis dos vestidos: no primeiro, estava ainda testando os materiais. Optei pelo tecido transparente e, depois , vi que a silhueta ganharia muito com bolsos. Poderíamos cobrir o corpo com o próprio corpo. B. Croquis da saia: ao ocupar o espaço entre roupa e corpo, a mão cobriria as partes do nosso corpo que, via de regra, a roupa tenta mascarar. A saia e seus bolsos foram pensados nesta chave. C. Croquis de posição: a ideia é que juntos vestido e saia criassem toda uma gama de movimentos, silhuetas e coberturas que tentei rascunhar aqui.


portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso

A. Vestidos 1 e 2: na primeira imagem, com o vestido sem bolsos, não tenho o que fazer com a mão. Na segunda, é quase instintivo colocá-la no bolso. É toda uma nova gama de movimentos que torna a silhueta muito mais interessante.

A

B. Saia: a saia tem 5 bolsos. 2 são laterais e bem altos, para preenchê-los precisamos colocar as mãos na cintura. 2 estão na parte de trás e cobrem o bumbum. É o centralizado que é o mais interessante. Gostaria de explorá-lo um pouco mais. C. Vestido 2: o modelo apresenta 4 bolsos. Gosto mais dos dois primeiros que são como um bolso de camisa, só que tombados para o lado. As peças foram planejadas para revelar o corpo, mas, para fotografá-las, quis cobrir o meu. A transparência foi ousada demais e acabei me vestindo com meu próprio incômodo. D. Os diferentes movimentos ocasionados pela roupa. Olhando essas imagens agora, sinto que poderia tê-los explorado muito mais.

C

B


portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso

D


portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso 02. publicação Com a publicação, procurei também explorar o bolso: ela se baseia inteira na importância desse espaço. As imagens citadas estão no final de cada capítulo. A legenda está no verso de cada uma. Dessa forma, o leitor pode ter a imagem na mão conforme lê o texto, sem precisar procurá-la nas folhas. Afinal, bolsos também servem para transportar objetos e é um surpresa ver tudo o que ele pode carregar.


portfólio 2021/marina liesegang/cabe no bolso


amarelo


portfólio 2021/marina liesegang/sevivon

tipo: tinta acrílica sob material impresso em 3D formato: sevivon de 20cm de altura data: 2020 trabalho feito em parceria com a associação israelita de beneficência beit chabad exposto na exposevivon em dez/2020

O Sevivon, um tipo de peão, é um importante símbolo da cultura judaica. Quando foram escravizados pelos gregos, os judeus se utilizaram do Sevivon para continuar estudando o hebraico, uma língua proibida. Por isso, ele representa a transformação: a necessidade que temos de nos movimentar para nos reinventar e continuarmos vivos.


portfólio 2021/marina liesegang/sevivon


portfólio 2021/marina liesegang/sevivon

O ser humano vai ser sempre o amarelo, a mais clara de todas as cores: não pode receber um pouquinho de azul que vira verde, nem um pouquinho de vermelho, que aí já é laranja. Azul com vermelho só dá roxo porque algum ser humano os movimentou. É o movimento que nos transforma, é o movimento que nos seduz: temos que estar sempre mexendo para nos reinventar vezes e vezes seguidas. Imagina o que seria do mundo com só três cores primárias. Por isso, este Sevivon foi dividido em duas partes. A primeira foi pintada somente com as três cores primárias (azul, amarelo e magenta). Na segunda, localizada na base do peão, foram utilizadas laranja, roxo e verde, as cores secundárias.


desenhos, colagens e fot


tografias

portfólio 2021/marina liesegang/desenhos, colagens e fotografias

galerias do centro 1

2

colagens 2017 1. galeria califórnia 2. galeria do rock 3. copan 4. galeria 7 de abril

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portfólio 2021/marina liesegang/desenhos, colagens e fotografias

bangalô nanquim e aquarela sob canson 70 g/m2 tamanho: 13x21 cm 2018


portfólio 2021/marina liesegang/desenhos, colagens e fotografias

rio de santa teresa

praia do farol da barra

fotos tiradas com praktica MTL3 2017

fotos tiradas com praktica MTL3 2018


portfólio 2021/marina liesegang/desenhos, colagens e fotografias

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cadernos de viagem nanquim e lápis colorido sob canson 200 g/m2 tamanho: 21x13 cm

1. tivoli - copenhagen (2018) 2. marrakech - marrocos (2019)


portfólio 2021/marina liesegang/desenhos, colagens e fotografias

jardim botânico nanquim e aquarela sob canson 220 g/m2 tamanho: 13x21 cm 2020


portfólio 2021/marina liesegang/desenhos, colagens e fotografias

seoul kodak descartável 2019


portfólio 2021/marina liesegang/desenhos, colagens e fotografias

tóquio nanquim 0.05 sobre papel para carimbo 2019


marina liesegang marinaliesegang@gmail.com são paulo 2021


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