ÍNDICE
1. SUBVERTISING 2. PESQUISA 2.1. JUSTIFICATIVA 2.2. PESQUISA ESTÉTICA 3. PROCESSO 3.1. ESTUDOS 3.2. SLOGANS/FRASES 4. PROJETO COMPLETO 4.1. OS PÔSTERES 4.2. LINGUAGEM
1.subver
rtising
É um tipo de paródia, de subversão à cultura do advertising. Com objetivo de manifestar sua própria posição à respeito de ideologias, corporações e instituições contra a arma ideológica que é o advertising. Este projeto de subvertising é focado em abordar a injustiça e a desigualdade resultadas do CAPITALISMO e da CONCENTRAÇÃO DE CAPITAL. Em especial dos BILIONÁRIOS, que são os responsáveis pela maior concentração de riqueza. É uma contrapublicidade e sabotagem política.
Subvertising em projetos similares que falam de polĂtica
INSPIRAÇÃO A notícia que engatilhou a ideia para este projeto aconteceu quando li uma matéria que anunciava que Jeff Bezos, o dono da Amazon e pessoa mais rica do mundo, ficou 30% mais rico durante a pandemia do novo coronavirus de acordo com a pesquisa do Americans for Tax Fairness e do Programa de Desigualdade do Institute for Political Studies. Além disso, Jeff Bezos está no caminho pra se tornar o primeiro trilionário da história.
O conceito deste projeto de subvertising é expor e explicar porque a mera existência de bilionários é absurda. Comecei a pensar nisso depois que assisti ao episódio de Explained, uma série da Netflix em conjunto com a Vox em que cada episódio é debatido um tema. Um deles é sobre bilionários, e quando assisti essa questão manteve-se na minha cabeça.
2.PESQ
QUISA
2.1 JUSTIFICATIVA • Bilionários são um sinal de falha econômica. • Uma sociedade com pobreza e bilionários é imoral. • Três homens valem o mesmo que a metade de baixo dos norte-americanos. • Os super ricos levam mais do que o justo da “torta”. • Bilionários têm mais do que 4.6 bilhões de pessoas. • A pessoa mais rica do mundo deu 98.5 milhões de dólares para os sem teto. Isso é como doar 45 dólares se fosse uma cidadão comum. É 0.9% da sua riqueza. • Bilionários não vão nos salvar. • Bilionários ficaram ainda mais ricos durante a pandemia. • A Amazon pagou 0 dólares em impostos federais em 2018.
2.2 PESQUISA ESTÉTICA
Assim que recebi o briefing e foi falado em propaganda, pensei no trabalho da Barbara Kruger. Seu trabalho sempre me fascinou. Como imagens visualmente simples conseguem passar tanta carga e impacto visual, problematizações do mundo, impactando o espectador e ao mesmo tempo entregando informações e questionamentos.
PESQUISA ESTÉTICA
3.Proc
cesso
MOODBOARD
3.1 ESTUDOS
Nos primeiros estudos comecei os fazendo com base na minha principal inspiração: o trabalho da Barbara Kruger. Com o uso do vermelho e a tipografia Futura logo percebi que o resultado ficava muito pouco original e decidi ir mais à fundo nas explorações da linguagem.
Continuando a usar o rosto do Jeff Bezos, em um segundo momento explorei outros layouts, outras composiçþes.
Experimentei os elementos desenvolvidos com outras tipografias como Anton, Futura, Univers e Greta Grotesk (uma fonte que simula os cartazes de protesto da Greta Thunberg)
Começaram a surgir ideias que viraram uma série de pôsteres, a série entitulada “Inequality”, em que usei rostos de alguns bilionários para deixar clara a conexão entre eles e a desigualdade.
Últimos estudos com a fonte “Akira” e a “Free Fat Font”. Neste momento, já havia finalizado todo o desenvolvimento da linguagem e dos pôsteres e me foquei em experimentar fontes para os títulos.
3.2 FRASES Busquei utilizar algumas frases de efeito para não abusar de textos longos e tipografias, com frases já conhecidas e usadas na cultura popular e visual.
É uma parte do título que dei ao manifesto que se chama “A MANIFESTO OF (ALMOST) EVERYTHING YOU NEED TO KNOW ABOUT BILLIONAIRES: THEY SHOULDN’T EXIST. É uma frase impactante e que condensa a conclusão final sobre o tema. Eles não deveriam existir.
Tem a ver com a luta de classes. Neste caso, usei a imagem do Trump (o atual presidente norte-americano, de extrema direita e que se auto-declarou um “war president”) para brincar com essa ideia. Ao fundo, as notas de dólares usei o rosto do famoso Karl Marx, que fala sobre isso no Manifesto Comunista.
SÉRIE “JEFF BEZOS” Sendo o número um na lista de pessoas mais ricas, fica fácil de criticá-lo. É dono da Amazon e provavelmente será a primeira pessoa trilionária do mundo.
Foi uma frase que li durante a pesquisa. O sistema não é falho. O sistema foi perfeitamente desenhado para prejudicar os pobres e favorecer quem é rico.
As pessoas precisam entender que se bilionários são imorais, imagina trilionários. É um conceito absurdo. E é real.
O sistema não é falho. O sistema foi perfeitamente desenhado para prejudicar os pobres e favorecer quem é rico.
O capitalismo é o principal problema da sociedade atualmente. É ele que sustenta todas as práticas que oprimem as pessoas. O capitalismo é racista, homofóbito, machista e patriarcal.
Experimentações de diferentes tipografias.
Experimentações de diferentes tipografias.
Subtítulo do manifesto.
4.Pro
ojeto
4.1 OS PÔSTERES
4.2 LINGUAGEM O desenvolvimento da linguagem deste projeto começou com fortes inspirações no trabalho da Barbara Kruger. Apesar disso, consegui desenvolver uma linguagem que vai em outra direção. Com o uso das fotografias preto e branco em halftone e do fundo com notas de dólar no caso do último pôster. As fotografias em halftone são para se adequarem ao processo de serigrafia para impressão dos pôsteres. Quanto ao uso majoritário do vermelho: Vermelho é a cor das revoluções, de grupos com ideias mais extremas, com vontades e desejos de mudar, é forte, aberto, claro, lembra à paixão (tanto para o lado do amor quanto do ódio). O uso do vermelho retoma a um extinto primitivo de poder. Tem tudo a ver com a mensagem anti-capitalista do manifesto e ao mesmo tempo reflete o poder que essas pessoas têm sobre a nossa sociedade. As composições são centradas nas fotografias, o que é especialmente importante quando mostro as faces dos bilionários. O layout e a disposição dos elementos na página é racional e revela uma lógica.
O primeiro pôster é a capa do manifesto, a peça principal. Nesta primeira série com o punho, as frases se encaixam nos retângulos vermelhos de forma centralizada na página.
Na série “Jeff Bezos”, as frases foram colocadas em cima do seu olho direito, com o texto alinhado à esquerda.
Na série Inequality, o título e a legenda é centralizada na página.
No último pôster, a frase está dividida em duas partes mas permanece centralizada na página. O uso da tipografia: Para as frases de efeito optei por tipografias sem serifas, bem bold e exageradas. Thunderhouse Pro simula quase um letterpress e é boa para títulos de destaque em textos curtos e frases, como em slogans. Os traços tem contraste extremo, dando uma estética bem manual e irreverente. A segunda fonte, “Akira”, é usada em subtítulos e é uma fonte sem contrastes, com altura-x baixa.
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