JT Sempre Número 53

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Número 53 - 28 de novembro de 2019

Seremos - Mário Marinho - Vera Marinho - Miguel Jorge - Charlotte Jorge - Moisés Rabinovici - Gilberto Mansur - Evelyn Schulke - Kassia Caldeira - Heloisa Moreira - Marli Gonçalves - Luiz Carlos Secco - Maria Stella Secco - Luiz Carlos Ramos - Paulo Chedid - Regina Helena - Sergio Rondino - Lena Rondino - Luciano Ornelas - Tão Gomes Pinto - Debora Peres (Gomes Pinto) - Mirian Paglia Costa

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- Ailton Fernandes - Marco Antônio de Rezende - Luiz Veludo - Valdir Sanches - Mônica Sanches - Dena Brandão - Carlos Brickmann - Estela Bagnis - Melchíades Cunha Júnior - Luiz Carlos Lisboa - Rolando Freitas - Laerte Fernandes - Gabriel Manzano - Luiz Henrique Fruet - Teresa Otondo - Castilho de Andrade - Regina Bernardi - César Giobbi - Cláudia Bozzo - Edison Paes de Melo

Será neste sábado, Dia 30. Veja local e horário na Página 2.

E MAIS: A F1 em São Paulo Por Castilho de Andrade

GUGU

Por Carlos Brickmann

O primeiro Jornal da Tarde Por Mário Marinho


Onde?

Quando?

O nosso Encontro de 2019 será no restaurane La Piazza, no Shopping Continental, no bairro do Jaguaré, na Zona Oeste. Endereço: Rua Leão Machado, 100. Telefone: 3768-9452 www.lapiazza.com.br

Anote a data para não esquecer: dia 30 de novembro, um sábado, das 12,30 horas até às 16 horas.Os lugares são limitados. Portanto, faça logo sua reserva enviando e-mail para mariomarinho@uol.com.br

Como? Quanto vou gastar? O restaurante La Piazza tem um excelente e variado buffet de legumes, vegetais, massas etc ao preço de R$ 54,90 por pessoa. Para quem não é vegetariano e quer uma carne para acompanhar o buffet, existem várias opções de grelhados. Exemplos: Buffet + contra filé: R$ 62,90 Buffet + filé mingnon: R$ 64,90 Buffet + filé de frango: R$ 59,90 Buffet + filé de Saint Peter: R$ 62,90 Buffet +Mignon suíno: R$ 59,90 E mais grande variadade de pratos no cardápio. As comandas serão individualizadas. Assim, cada um pagará apenas o que consumir. Uma espécie de pay-per-view. A sobremesa será por conta da casa. Bebidas também serão cobradas de acordo com o consumo, mas haverá a velha e boa Espírito de Minas, como sempre, cortesia do atleticano Gilberto Mansur. O jt Sempre é uma publicação com um único objetivo: manter viva a memória do Jornal da Tarde. É, acredito, a melhor forma de nos manter em contato, trocar informações, promover encontros para o papo agradável de sempre. Você pode participar. Mande sugestão, artigo, matéria, foto, histórias para mariomarinho@uol.com.br No campo “Assunto”, coloque: “JT Sempre”.

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Filhotes do

Jornal da Tarde

Napoleão Saboia, correspondente do JT em Paris por longos anos, lançou seu romance “Senhor da Festa”. À direita ele aparece ao lado da Maria Elisa e Luiz Carlos Ramos, Na oura foto, ele está com Ruy Mesquita Filho, Rolf Kuntz, João Batista Natali e Pedro Cavalcanti que estiveram no lançamento.

Ferdinando Casagrande lançou a versão impressa do seu livro “Jornal da Tarde a ousadia que revolucionou o jornalismo brasieiro”. Antes dos autógrafos, Carmo Chagas e Valdir Sanches falaram sobre o Jornal da Tarde para os presentes. Na foto à esquerda, o autor está ao lado de Mário Marinho.

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Série Deixa ela marca estreia da pa Leandro Haberli Portal Imprensa.

Estreou no último dia 7 de novembro, a série jornalística Deixa ela (sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea), que marca o início de uma nova parceria para exibição de conteúdo entre a TV Cultura e o Estadão. “A parceria de conteúdo prevê a exibição de reportagens em vídeo produzidas pelo Estadão no Jornal da Cultura e em outros jornalísticos da emissora, regularmente, a critério das áreas editoriais”, declarou Leão Serva, diretor de jornalismo da TV Cultura, em entrevista concedida por email ao Portal IMPRENSA. A série jornalística Deixa ela reúne nove reportagens sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea. Fruto de parceria entre o Estadão, o Facebook e o ICFJ (International Center for Journalists), a série aborda assuntos como carreira, política, violência, educação e cultura. Em nota à imprensa, o presidente da TV Cultura, José Roberto Maluf, ressaltou que a iniciativa “propiciará ao público dos dois veículos um conteúdo diversificado e de muita qualidade, em diferentes segmentos, como política, cultura, esporte e

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comportamento”. Produzida pelo Estadão, série jornalística Deixa ela tem nove episódios e será exibida no Jornal da Cultura Também em material oficial de divulgação, o diretor de Jornalismo do Grupo Estado, João Caminoto, afirmou que quem mais ganha com essa união é o público. “O Estadão tem fortalecido sua produção audiovisual e levará à emissora o melhor de nossas reportagens especiais”, ressaltou. Leão Serva afirmou que o critério de escolha das reportagens “se dará, principalmente, pela relevância jornalística”. “Queremos que o público dos dois veículos, TV Cultura e Estadão, disponha de um conteúdo ainda mais aprofundado, com base na pluralidade e isenção jornalística”, comentou. Serva também informou que, inicialmente, as matérias feitas pelo Estadão serão levadas ao ar semanalmente no Jornal da Cultura, às quintas-feiras. Questionado se a parceria pode ser ampliada, inclusive fazendo o caminho inverso, o diretor de jornalismo da TV Cultura declarou: “Este é apenas o início da parceria. Nossa intenção é que a ação conjunta entre esses dois importantes veículos resulte em outros bons projetos.”


arceria de conteúdo entre

TV Cultura e Estadão

Do Jornalistas & Cia Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, repudiou o artigo da Medida Provisória (MP) do Programa Verde Amarelo que retira a exigência de registro profissional para jornalistas e outras profissões. A informação é de Aldo Rebelo, jornalista e ex-deputado federal, que conversou com Maia. No Twitter, Rebelo disse que o presidente da Câmara classificou a medida como “inaceitável”: Segundo a Fenaj, em entrevista a jornalistas na Câmara Federal, Maia afirmou que a MP deverá ser aprovada, mas sem interferir no registro profissional do jornalista, e que esse artigo deve ser retirado da MP.

Cláudio Amaral (ex-Estadão e Comunic) começou a trabalhar com o filho Mauro na divulgação das vantagens da prática do xadrez para pessoas de todas as idades. Segundo ele, o jogo aumenta a capacidade de concentração e, por consequência, facilita a tomada de decisão, de fazer cálculos, de memorização e, além de tudo, previne o surgimento e desenvolvimento de doenças como o Alzheimer. Mauro, enxadrista, árbitro internacional, organizador de competições, é gestor da Xadrez Total. Os contatos deles são 11-998-819-630 / 999-957-621 xadrez@gmail.com

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Max Verstappen cruz a linha de chegada em Interlagos

Por que a Fórmula 1 deve

Castilho de Andrade O Mundial de F1 – evento caro e complexo – tem duas vertentes claras: os GPs tradicionais – Inglaterra, Mônaco, Bélgica, Mônaco, Brasil – e os novos, com circuitos mais pasteurizados, que ajudam a fechar a conta. Interlagos faz parte do primeiro grupo. É uma das pistas que não permite ‘programações’ para a corrida já que a diferença entre os setores é grande. É sempre um desafio para as equipes. O GP do Brasil de Fórmula 1 tem contrato com a Formula One Management (o

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braço comercial) e com a Prefeitura Municipal de São Paulo até 2020. Além de São Paulo, há um projeto para levar a corrida para o Rio. Por enquanto um circuito ‘virtual’ já que ele envolve a construção de um autódromo em área de reserva ambiental no bairro de Deodoro e, por esta razão, está embargado na justiça. Há vários motivos para defender a permanência da prova em São Paulo. A primeira é que o autódromo terminou uma longa reforma iniciada em 2014 e que consumiu R$ 160 milhões do governo federal; 2 – Interlagos é uma unanimidade entre os pilotos


Castilho em pleno trabalho cercado de um grupo de garotas de diversos estados brasileiros que formam o fã clube de Sebstian Vettel e se encntram todos os anos em Interlagos

e ficar em

Interlagos

que gostam de seu traçado; 3 – São Paulo tem um público garantido (158 mil pessoas, nos três dias, este ano, é recorde desde 2001); 4 – a maioria dos patrocinadores globais da F1 – Pirelli, Heineken, Mercedes, Rolex , Honda, Ferrari, Red Bull – tem grandes interesses comerciais na cidade; 5 – a Fórmula 1 anunciou na semana passada uma nova era, a partir de 2021, com defesa do meio ambiente (substituição gradativa dos combustíveis fósseis, redução do uso de plástico, limitação no uso de geradores, entre outras), redução de custos. Como poderia justificar a construção de um

autódromo de R$ 800 milhões que implicaria no corte de cerca 200 mil árvores? Argumentos não faltam. Resta acertar os valores e bater o martelo em um novo contrato até 2030.

Castilho com Dino Altmann, diretor médico da F1

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GUGU Por Carlos Brickmann

Conhecia o Gugu como todos o conheciam: um bom animador de programas de auditório, que cantava a música do Pintinho Amarelinho junto com o público. Como não sou fã de programas de auditório, só sabia de Gugu o que aparecia nas colunas de TV. Fã de Sílvio Santos, lutou para que o Silvio lhe desse uma chance, conquistou-o com sua capacidade, muito aprendeu com ele e tudo indicava que algum dia seria seu sucessor. Ponto final. Um dia, escolhemos o Gugu, astro em ascensão, para uma entrevista especial da Folha da Tarde. Jornalistas e não-jornalistas se juntavam para perguntar, a entrevista era gravada e publicada sem edição. Como editor-chefe, fiquei preocupado: aquela entrevista especial era uma das maiores atrações do jornal, não podia deixar de ser boa. Mas como fazer uma boa entrevista com

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um rapaz tão fraquinho? Fácil: buscando entrevistadores de altíssimo nível, que segurassem a barra do apresentador. Liguei para a Hebe Camargo, convidando-a – ela concordou em acordar cedo para participar, justo ela, que costumava dormir tarde – e expliquei o que esperava: que não deixasse cair o nível da entrevista. Hebe riu muito: “O Gugu, fraquinho? Ele é um avião!” Continuei preocupado: a Hebe certamente era amiga dele, por isso o valorizava tanto. Mas a Hebe não tinha se tornado a Grande Dama da TV brasileira por ser ingênua. Como de hábito, estava certa. A entrevista durou mais tempo do que o previsto – pois Gugu, como dizia Hebe, era um avião. Inteligente, ágil, bem preparado, nenhum dos entrevistadores queria encerrar aquela ótima conversa. E nós, que não o conhecíamos


direito, nem exploramos um de seus lados mais interessantes: era doutor em Sílvio Santos. Mais tarde, tivemos a oportunidade de ouvi-lo contar algumas excentricidades de seu mestre. Gugu era respeitoso, valorizava seu aprendizado com Sílvio, era seu admirador, mas a maneira como contava os fatos, sem resvalar para a inconfidência nem chegar perto do deboche, era divertidíssima. Gugu era um grande apresentador. Fez também um bom trabalho na área de entretenimento. Sua produtora, a GPP, sempre teve ótimos equipamentos e funcionou com eficiência, dirigida por gente do ramo. Entrou em outras áreas de negócios, postos de gasolina à beira de rodovias, brinquedos, franquias, até uma padaria, sempre escolhendo gente de

primeira para acompanhá-lo. Seus contratos com o pessoal eram impecáveis, preparados por advogados reconhecidos pela correção e competência. Quando o negócio não o agradava, saía rapidamente, buscando novas alternativas. Manteve permanentemente uma assessoria pessoal, amigos de total confiança, com quem avaliava o que e como fazer. Gugu tinha talento, mas não era só talento: era trabalho, era conhecimento do mercado, era capacidade de escolher com quem trabalhar. Fausto Silva, outro grande apresentador, costuma dizer que quem sabe faz ao vivo. Hebe fazia ao vivo. Sílvio Santos passou anos apresentando ao vivo um programa de dia inteiro. Não é para todos: é só para quem sabe. Gugu sabia.

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O primeiro A sala do diretor de redação do Diário da Tarde estava gelada. Era a segunda vez que eu estava ali, mas o ar condicionado não me incomodava. Na verdade, estava muito nervoso para sentir frio. Uma semana antes, eu havia entrado naquela sala pela primeira vez. Levava comigo alguns contos pois, afinal, todo mineiro é contista. O diretor, Fábio Doyle, me recebeu com cordialidade. - Então, Você quer ser jornalista? - Sim. Falei rapidamente sobre mim e passei-lhe os textos que havia levado. - Nós não temos seção de literatura, disse-me ele. Mas deixa comigo e vou ver o que posso fazer. Aparentemente, gostou dos meus textos. Abriu uma das gavetas de sua mesa, tirou um exemplar de um jornal e me perguntou: - Você conhece esse jornal? Dei uma olhada: era um exemplar do Jornal da Tarde. - Não, não conheço. Ele tirou outros exemplares de sua gaveta e disse: - Leva e leia todos eles. Assim, Você vai aprender como se faz jornal. E não se esqueça de me trazer de volta. Foi o meu primeiro contato com o Jornal da Tarde, naquela tarde de setembro de 1966. Minha primeira – e provavelmente a mais importante – lição de jornalismo. Voltei daí uma semana e comecei a trabalhar no Diário da Tarde, de Belo Horizonte. Um ano e meio depois, eu estava no Jornal da Tarde.

Mário Marinho

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