Coordenação: Dra. Karenina Matos e Dra. Wilza Lopes, coordenadoras LUPA/UFPI Ministrante: Mário Pacheco Junior, Mestrando em Arquitetura e Urbanismo (FAU/UnB) Pesquisador LUPA/UFPI e DIMPU/FAU/UnB
Organização
Realização
Produção
Ementa
DATAS
CONTEUDO PROGRAMÁTICO • • •
Quinta-feira Tarde
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Noções de Sustentabilidade Urbana e Resiliência Urbana; Qualidade de Vida, Qualidade Ambiental e Indicadores de Qualidade Ambiental Urbana; Ecologia Urbana e Serviços Ambientais;
Infraestrutura Cinza x Infraestrutura Verde: principais conceitos; Princípios da Infraestrutura Verde; Paisagem como Infraestrutura; História da Infraestrutura Verde: sistema de áreas verdes (parques, jardins e ruas verdejantes): paisagismo inglês e francês;
Ementa
DATAS
Sexta-feira Manhã
CONTEUDO PROGRAMÁTICO •
Intervenções urbanas na história: Estados Unidos e Frederich Law Olmsted; reforma de Paris; Boston e o Emerald Necklace; Cidade Jardim de Ebenezer Howard; Cidade Industrial de Tony Garnier
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Infraestrutura Verde no Planejamento Urbano – modos de aplicação; Ferramentas da infraestrutura verde; Abrangências: regional, municipal, zona e lote; - Unidades de conservação e parques regionais; canais e APPs; cinturões e estradas-parque; parques urbanos, ecológicos e multiuso; trilhas ecológicas, orlas ribeirinhas e marítimas; bulevares e passeios; praças e vias verdejadas; jardins, pátios, estacionamentos, telhados e paredes verdes;
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Ementa
DATAS
Sexta-feira Tarde
CONTEUDO PROGRAMÁTICO •
Infraestrutura Verde e Drenagem Urbana: SUDS e LID; técnicas compensatórias; jardins, valetas, lagoas e bolsões de retenção;
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Aplicações e contribuições da infraestrutura verde para saúde pública, conforto ambiental, preservação patrimonial, proteção ambiental, produção alimentar e marketing urbano; Intervenções Contemporâneas: Corredor Verde de Seul, Planejamento Ambiental em São Paulo e Portland, Plano de Infraestruturas Ecológicas para a Drenagem de Detroit;
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SUSTENTABILIDADE URBANA
Sustentabilidade Urbana
Contexto histórico para concepção do conceito • Revoluções Industriais, urbanização da segunda metade do século XX, degradação ambiental, desigualdades sociais • Relatório Brundtland (1987) – Ecológico > Econômico • “Desenvolvimento Sustentável” ou “Ecodesenvolvimento” • Conferências HABITAT e de Meio Ambiente da ONU • Eficiência econômica + justiça social + prudência energética
Dificuldades em torno da conceituação • • • •
Conceito Amplo – relação com diversos aspectos da sociedade Aspectos: físico, social, econômico, ecológico, produtivo, ambiental... Influência e individualidade do contexto de cada local Formas de produzir e consumir a cidade
Sustentabilidade Urbana
Abordagens da Sustentabilidade Urbana • Esferas natural e antrópica • Meio Ambiente + Economia + Sociedade • Incorporação dos aspectos econômicos e sociais – relação com a Ecologia Urbana e com os serviços e infraestruturas urbanas • Alteração do Metabolismo Urbano
Solução para o conceito de Sustentabilidade Urbana • Capacidade das políticas públicas urbanas de adaptarem a oferta de serviços urbanos à quantidade e qualidade das demandas sociais, provocando um equilíbrio entre necessidades cotidianas da população e os meios de a satisfazer, entre a demanda por serviços urbanos e os investimentos em redes e infraestrutura (ACSELRAD, 2009).
Sustentabilidade Urbana
Metabolismo Linear x Metabolismo Circular
Sustentabilidade Urbana
CARÁTER SUSTENTÁVEL
Ambientalmente adequado Economicamente viável Socialmente aceitável Tecnicamente possível Temporalmente compreensível
Sustentabilidade Urbana
Sustentabilidade no meio urbano • Requer entendimento operativo-aplicável • Incorporação na gestão urbana – recortes da realidade da cidade • Entendimento das reações em cadeia – “ecossistema urbano”
Desenvolvimento Sustentável • “É aquele capaz de atender as necessidades das atuais gerações sem comprometer a capacidade das gerações futuras de também atender suas necessidades” (Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum, 1997).
Sustentabilidade Urbana 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentรกvel (2015)
Resiliência Urbana
Conceito • Capacidade da cidade de resistir, absorver, adaptar-se e recuperar-se da exposição às ameaças, produzindo efeitos de maneira oportuna e eficiente – preservação e restauração das funções básicas da cidade • Vínculo com o desenvolvimento e crescimento urbanos • É um processo, não uma técnica de gestão urbana
Relação com a Sustentabilidade Urbana • Incorporação nos conceitos de sustentabilidade
Qualidade de Vida x Qualidade Ambiental Urbana
Primeiros usos da terminologia “Qualidade de Vida” • Antiguidade, 1930s, 1960s, 1970s, mas, principalmente, o contexto de reconstrução das cidades no pós II Guerra Mundial
Qualidade de Vida • • • •
Estudo multidisciplinar: economia, estatística, ciências sociais, urbanismo, psicologia, medicina, saúde pública, geografia, entre outras. “[...] determinado por fatores socioculturais, onde o grau de satisfação encontra-se estreitamente ligado às relações de consumo, serviços e poder socioeconômico” (SMITH, 1980). Satisfação das necessidades e desejos humanos Conceito puramente antropocêntrico
Qualidade de Vida x Qualidade Ambiental Urbana
Contexto Anos 1980 • Implicâncias da urbanização, discussão da proteção de recursos naturais e do meio ambiente urbano, aspectos econômicos e sociais • Impactos ambientais negativos
Qualidade Urbana • Equilíbrio entre meio físico, usos e satisfação de vida por condições de acesso a serviços e espaços salubres e às interações sociais
Qualidade Ambiental • Trata das dimensões materiais e imateriais do meio ambiente e se relaciona à mediação entre formas de vida, relações ecológicas, ecossistemas, paisagens e recursos naturais (BEZERRA, 2016).
Qualidade de Vida x Qualidade Ambiental Urbana
Qualidade Ambiental Urbana • Conceito possível de discutir fatores antrópicos e naturais dentro do contexto urbano • Qualidade de vida > Qualidade Ambiental e Urbana > Qualidade Ambiental Urbana
Qualidade Ambiental Urbana na Gestão das Cidades • “Quanto mais objetividade se tiver em relação ao entendimento dessas qualidades e de seus atributos, mais objetivo poderá ser o mecanismo de gestão urbana ambiental que garantirá sua presença nas cidades” (BEZERRA, 2016).
Qualidade de Vida x Qualidade Ambiental Urbana Qualidade Ambiental Urbana Santos e Hardt (2013) afirmam que o ambiente urbano é composto por elementos naturais e antrópicos, onde a qualidade ambiental urbana seria “a somatória da qualidade dos ambientes e cenários naturais e antrópicos da cidade” (SANTOS; HARDT, 2013, p. 151), sendo ela imprescindível para a provisão de qualidade de vida. Além disso, os autores conceituam qualidade ambiental urbana como o estado de atendimento aos indivíduos em níveis adequados pelos elementos naturais (clima, ar, água, solo, fauna e flora) e antrópicos do espaço urbano – aspectos territoriais (características de uso do solo, infraestrutura e serviços urbanos) e socioeconômicos (planejamento, gestão e participação igualitária da sociedade nos processos urbanos). (PACHECO JÚNIOR; FERREIRA; CHAVES; UCHÔA, 2018)
Qualidade de Vida x Qualidade Ambiental Urbana
Qualidade Ambiental Urbana Os fatores da QAU possuem maior ou menor presença em distintas áreas do espaço urbano e sua importância deve ser considerada na concepção e avaliação de projetos urbanos, seja para expansão (em que há maior relevância dos aspectos naturais intervindos), ou para requalificação (em que há maior relevância dos aspectos antrópicos). (PACHECO JÚNIOR; FERREIRA; CHAVES; UCHÔA, 2018)
Indicadores de Qualidade Ambiental Urbana
Concepção de Indicadores de QUA • Necessidade de avaliar o estado da QAU para estudos propositivos
O que são? • Os indicadores de qualidade ambiental urbana nada mais são que critérios, categorias, parâmetros, fatores, etc., pelos quais se busca mensurar, categorizar ou, mais precisamente, avaliar as propriedades físicas, ambientais, sociais de um espaço urbano (PACHECO JÚNIOR; FERREIRA; CHAVES; UCHÔA, 2018). • Múltiplas interpretações, diversidade e não padronizáveis • Devem sempre se ater às particularidades do espaço urbano, tanto na escolha, quanto na interpretação.
INDICADORES DE QUALIDADE AMBIENTAL URBANA TIPO DE INDICADOR
COMPONENTE URBANÍSTICO
VARIÁVEL (CAMPO)
FLORA
NATURAL
CLIMA
NATURAL
CLIMA
CONFORTO ACÚSTICO
POLUIÇÃO SONORA
ANTRÓPICO
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
DESENHO URBANO
MORFOLOGIA EDILÍCIA
ANTRÓPICO
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
DESENHO URBANO
MORFOLOGIA LOCAL
ANTRÓPICO
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
DESENHO URBANO
MORFOLOGIA LOCAL
ANTRÓPICO
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
PLANEJAMENTO URBANO
USO DO SOLO
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ENTORNO
ANTRÓPICO
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
PLANEJAMENTO URBANO
USO DO SOLO
DENSIDADE DAS EDIFICAÇÕES DO ENTORNO
TRANSPORTE URBANO PÚBLICO
DISPONIBILIDADE DE TRANSPORTE PÚBLICO
SISTEMA VIÁRIO
PERCURSO DE ACESSO AO LOCAL E OBSTRUÇÕES AO PERCURSO
CONSERVAÇÃO E RAMPAS DE ACESSIBILIDADE
SISTEMA VIÁRIO
PERCURSO DE ACESSO AO LOCAL E OBSTRUÇÕES AO PERCURSO
ANTRÓPICO
ANTRÓPICO
INFRAESTRUTURA
ANTRÓPICO
INFRAESTRUTURA
CONFORTO MICROCLIMÁTICO
SISTEMA DE TRANSPORTES
VEGETAÇÃO
INDICADOR
NATURAL
SISTEMAS DE CIRCULAÇÃO
BIODIVERSIDADE
PARÂMETRO ANALISADO
BARREIRAS À INSOLAÇÃO
ARBORIZAÇÃO
SOMBREAMENTO POLUIÇÃO SONORA GABARITO EDILÍCIO DO ENTORNO DIMENSÕES E EXTENSÕES DO ESPAÇO MOBILIÁRIO URBANO
FECHAMENTOS
Ecologia Urbana
Ecologia • Estuda as atividades de um sistema natural, suas causas e consequências, considerando o meio e a interação (implicâncias) entre as atividades desenvolvidas e seus impactos nesse meio (LIPIETZ, 1989). • Trata do conjunto de relações com seu meio orgânico e inorgânico (HAECKEL, 1868).
Ecologia Urbana • Visão da ecologia aplicada ao meio urbano • Estuda as atividades desenvolvidas na cidade, suas causas e consequências, considerando a urbe e a interação (implicâncias) entre as atividades urbanas desenvolvidas e seus impactos para o meio urbano e circundante.
Ecologia Urbana
Transformação Cultural da Paisagem • Leitura do arranjo dos ecossistemas urbano e entendimento da funcionalidade ambiental dos componentes urbanos – mudança qualitativa dos espaços e manutenção da recuperação da estabilidade ambiental.
Desafio da Ecologia Urbana • Direcionar a forma urbana para um modelo sustentável e resiliente • Propor intervenções que correlacionem o desenvolvimento com o enfrentamento das mudanças climáticas
Serviços Ecossistêmicos Urbanos
Ecossistemas Urbanos • Sistemas complexos, heterogêneos e dinâmicos, que requerem a perspectiva da ecologia da paisagem para investigar a interrelação entre estrutura especial da paisagem e as funções ou processos ecológicos (FORMAN and GORDON, 1986; LOVEL and TAYLOR, 2013).
Serviços Ambientais • Benefícios produzidos pelos ecossistemas dos quais o homem se apropria – paisagem, regulação climática e purificação do ar – ou consome – água, madeira, alimentos. Constituem o conjunto de benefícios diretos e indiretos obtidos pela sociedade, originados do funcionamento dos ecossistemas (CAETANO et al., 2016). • Planejamento de cidades resilientes: aumento da resiliência de sistemas aos efeitos das mudanças climáticas.
Serviços Ecossistêmicos Urbanos
Serviços Ecossistêmicos • Benefícios derivados dos ecossistemas, compreendem materiais, energia e informações dos estoques de capital natural, que, combinados ao capital manufaturado e humano, produzem o bemestar humano (LOVEL and TAYLOR, 2013; PERALTA, 2014).
Serviços Ecossistêmicos Urbanos • Serviços ambientais decorrentes da interação entre os processos e funções ecológicas com a paisagem urbana: absorção de poluentes e partículas, aumento da drenagem natural em ocupações urbanas, a prevenção e redução da erosão do solo, a purificação da água e o alívio da poluição sonora, diminuição das ilhas de calor, drenagem urbana, bem estar, lazer, cultura (FORMAN and GORDON, 1986; GILL et al., 2007; MACEDO et al., 2009; LOVEL and TAYLOR, 2013).
Serviços Ecossistêmicos Urbanos
Avaliação Ecossistêmica do Milênio – AEM ONU (2005) • Serviços de Provisões: produtos ou bens tangíveis, com mercado formal estruturado; • Serviços de Regulação: ligados aos processos ecossistêmicos e sua regulação dos processos naturais; • Serviços Culturais: de caráter imaterial, social e cultural; • Serviços de Base (suporte): necessários para o funcionamento dos ecossistemas e produção adequada dos serviços ambientais.
Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos • Transações econômicas (pagamentos) em decorrência de atividades que promovem ou incentivam a preservação e conservação dos serviços providos pelos ecossistemas - Artigo 41 da Lei de Proteção da vegetação Nativa (Lei N 12.651/2012). • Reflexão: custos de implementação x ganho econômico da infraestrutura verde.
Serviços Ecossistêmicos Urbanos
Interpretações dos Serviços Ecossistêmicos Urbanos • Qualidade Ambiental Urbana => Função Ecossitêmica • Espaços verdes simplesmente alocados no meio urbano com função exclusivamente estética não possuem função ou integração ecológica com o meio e, portanto, não implicam elevação da QAU. • Estudos da Ecologia e do Planejamento da Paisagem levaram à discussão do planejamento urbano como regulamentador do uso do solo e dos recursos ambientais, considerando: capacidade dos ecossistemas, potencial recreativo e estético da paisagem, a partir do máximo proveito da vegetação urbana.
• Discussão de formas de implementação no espaço urbano:
Infraestrutura Urbana Verde
CONCEITOS DE INFRAESTRUTURA VERDE
Infraestrutura Cinza x Infraestrutura Verde
Infraestrutura Urbana • Conjunto de obras que constituem, os suportes do funcionamento das cidades e que possibilitam o uso urbano do solo, isto é, o conjunto de redes básicas de condução e distribuição: rede viária, água potável, redes de esgotamento, energia elétrica, gás, telefone, entre outras, que viabilizam a mobilidade das pessoas, o abastecimento e a descarga, a dotação de combustíveis básicos, a condução das águas, a drenagem e a retirada dos despejos urbanos. • É um indicador das condições de desenvolvimento do espaço urbano.
Infraestrutura Cinza x Infraestrutura Verde
Infraestrutura Urbana Cinza • Modelo de urbanização padrão • Degrada o ambiente - sua produção e funcionamento geram resíduos e poluição; • Propaga o metabolismo linear; • Atrelada ao uso de materiais não renováveis e que não retribuem ao espaço urbano um serviço ecossistêmico; • MONOFUNCIONAL; • Necessária e insubstituível.
Infraestrutura Cinza x Infraestrutura Verde Infraestrutura Urbana Verde • “[...] redes multifuncionais de fragmentos permeáveis e vegetados, preferencialmente arborizados (inclui ruas e propriedades públicas e privadas), interconectados que reestruturam o mosaico da paisagem” (Herzog; Rosa, 2010, p. 97) • “[...] propicia a integração da natureza na cidade, de modo a que venha ser mais sustentável. Favorece também a mitigação de impactos ambientais e a adaptação para enfrentar os problemas causados pelas alterações climáticas [...]” (HERZOG; ROSA, 2010, p. 94) • A infraestrutura verde pode ser vista como uma tapeçaria formada por uma variedade de espaços abertos, dentro e ao redor de uma cidade. Na escala regional essa rede de espaços é composta de parques, corredores verdes e espaços naturais preservados [...] (CORMIER; PELLEGRINO, 2008, p. 128).
Infraestrutura Cinza x Infraestrutura Verde
Infraestrutura Urbana Verde • Modelo de urbanização alternativo baseado na articulação de serviços urbanos ecossistêmicos; • Qualidade ao ambiente – ambiental, ecológica, social, econômica; • Propaga o metabolismo circular; • Atrelada ao uso de soluções naturais e das capacidades do ambiental natural urbano; • Desempenho ecológico; • MULTIFUNCIONALIDADE; • Complementar ao processo de urbanização.
Infraestrutura Cinza x Infraestrutura Verde
Infraestrutura Urbana Verde-Azul • “[...] consiste em uma rede multifuncional verde-azul (vegetação sistemas hídrico/drenagem) que incorpora o retrofit (renovação) e adaptação da infraestrutura existente” (HERZOG; ROSA, 2010, p. 92) • Conceito ascendente nos 2010s – reconhecimento do elemento azul na infraestrutura (SANT’ANNA, 2018)
Infraestrutura Verde no meio urbano • A intervenção ou inserção em ambientes urbanos de atividades de caráter ecológico e hidrológico transcendem o campo do paisagismo, em especial, de finalidade estética, e atingem a categoria de infraestrutura urbana, intrínseca ao planejamento e ao projeto de urbanos” (PACHECO JÚNIOR, 2017).
PRINCÍPIOS DA INFRAESTRUTURA VERDE
Princípios da Infraestrutura Verde
Principais Princípios • Conectividade (de população, de circulação, de meio biótico, etc.) • Relação com o entorno (considera as atividades, funções, dinâmicas preexistentes e é planejada para melhor o desempenho destas); • Embasada no planejamento urbano ambiental – considera as aptidões e capacidades do solo (capacidade de absorção, em especial), buscado sempre melhorá-las; • Tanto conserva quanto desenvolve o meio urbano (conserva os aspectos naturais e desenvolve os aspectos antrópicos); • Deve ser planejada junto ao desenvolvimento urbano (sempre que possível, em conjunto ao planejamento da infraestrutura cinza); • Beneficiar os meios natural e antrópico; • Considera os atores envolvidos no processo de produção do espaço urbano; • Requer um comprometimento a longo prazo.
Princípios da Infraestrutura Verde
Paisagem como infraestrutura Aliar • • • • • • • • • • • •
Conforto nas variadas escalas; Biodiversidade; Saúde pública; Qualidade de vida; Drenagem; Participação social; Resiliência urbana; Proteção ambiental; Desempenho social do espaço; Mobilidade; Produção alimentar; Arquitetura/estética da paisagem.
HISTÓRIA DA INFRAESTRUTURA VERDE
Paisagem Verde na História
Sistemas de Áreas Verdes
Paisagismo Inglês e Francês • Não foram projetos concebidos com o propósito de implantar uma infraestrutura verde • Entendimento das características apenas na contemporaneidade • Primeiros sistemas de áreas verdes (associação entre parques, jardins e ruas verdejadas, visado não somente a estética) • Paisagem, controle de água, sombreamento e controle climático
Paisagismo Frances
Sistemas de Áreas Verdes na Infraestrutura Urbana • • • • • • • • • • • •
Percursos verdejados Franceses Ex: Acessos para Versailhes (Séc. XIX) Bairros Jardins Ingleses Ex: Blenheim, Inglaterra (1764), Belford Square (1775) Associação entre loteamento e Parque Público Ex: Birkenhead Park, Liverpool (1843) Parkways e Greenways nos EUA e Europa Reforma de Paris e seu sistema de parques (1870) Emeral Necklace (Boston, 1890) Cidade Jardim de Enebezer Howard (1898) Plano Urbanístico Copenhagen Finger (1947) Estradas-Parque na Concepção de Brasília
Fonte: http://aldeiatem.com/post/8521/william-kent-10-grandes-nomes-da-historia-do-paisagismo. Acesso em: 31 jul. 2018.
Fonte: https://br.france.fr/pt/agora-na-franca/uma-viagem-inverno-no-palacio-versalhes-epalais-tokyo. Acesso em: 31 jul. 2018.
Fonte: http://multiplosestilos.blogspot.com/2010/04/os-jardins-de-versalhes.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Fonte: http://viverplenamenteparis.blogspot.com/2011/03/os-jardins-de-versailles.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Fonte: http://emailday.blogspot.com/2014/03/wwwkeralitesnet-if-it-is-dream-gardens.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Fonte: http://mapahistoricobh.wixsite.com/historicobh/jardins-ingleses-s-xix. Acesso em: 31 jul. 2018.
INTERVENÇÕES URBANAS NA HISTÓRIA Primeiras Aplicações de Infraestrutura Verde
Estados Unidos e Frederich Law Olmsted (Park Movement) Park Movement • “ [...] motivado pelos males causados pela urbanização crescente e a exploração desenfreada da natureza, principalmente por conta da agricultura e da pecuária.
Park Movement dividido em fases • Primeira fase (1850-1900): paisagismo bucólico - Emerald Necklace
Fonte: Smerald Necklace Conservacy, 2017
Estados Unidos e Frederich Law Olmsted (Park Movement) • Segunda fase (1900-1930): parques de recreação – Seward Park
Fonte: New York, 2017
Estados Unidos e Frederich Law Olmsted (Park Movement) • Terceira fase (1930-1965): sistema de espaços recreativos acessiveis – Corona Park
Fonte: New York, 2017
Estados Unidos e Frederich Law Olmsted (Park Movement) • Quarta fase (1965 em diante): influência para o mundo – Greenways e parques lineares.
Legado de Frederich Law Olmsted • Olmsted e Vaux, segundo Scalise (2002), influenciaram a implantação na Europa, a partir de 1930, de parques similares os feitos nos Estados Unidos, parques que abrangiam serviços a toda a sociedade, um local de coletividade e não mais somente de contemplação burguesia.
Reforma de Paris (1851-1870)
Retorno de Luis Napoleão a França
Haussmann como prefeito • Plano de modernização de Paris
Fonte: Benevolo, 1983
Reforma de Paris (1851-1870)
Service de Promenades et Plantations • Jean Alphonse Alphand • Parques voltados ao público comum: Bois de Vicennes e Bois de Boulogne
Fonte: Google Maps Pro, 2018
Boston e o Emerald Necklace (1878-?)
Expansão de Boston com aterros e sua consequência • Áreas de expansão com aparência asquerosa e fétida
Influencia direta de Olmsted e do Park Movement • Intenção de interligar uma série de parques ao longo de cursos d'água.
Fonte: Bonzi, 2014
Boston e o Emerald Necklace (1878-?) Plano dividido em seis etapas • Cada etapa ou parque se interligaria a outra por corredores verdes e bulevares. Não seguem uma sequencia cronológica.
Primeira etapa: Back Bay Fens • Reforma em 1879 para melhoramento sanitário e estético do espaço.
Fonte: Google Earth Pro, 2018
Boston e o Emerald Necklace (1878-?)
Segunda etapa: Riverway Park • Construído em 1881 para ligar o Back Bay Fens ao Parker Hills e conter as cheias do Rio Muddy. Foi criado a partir da modificação do curso do Rio Muddy
Fonte: Google Earth Pro, 2018
Boston e o Emerald Necklace (1878-?)
Terceira etapa: Olmsted Park • Anteriormente chamado Leverett Park, foi renomeado em 1900, estava bem conservado e pouco foi modificado em sua estrutura
Fonte: Google Earth Pro, 2018
Boston e o Emerald Necklace (1878-?)
Quarta etapa: Jamaica Pound • Tido como uma interligação entre os parques, era uma área de habitação de alto padrão consolidada.
Fonte: Google Earth Pro, 2018
Boston e o Emerald Necklace (1878-?)
Quinta etapa: Arnold Arboretum • Era a Coleção Científica Arbórea da Universidade de Havard, foi incorporado e reformado em 1882
Fonte: Google Earth Pro, 2018
Boston e o Emerald Necklace (1878-?)
Sexta etapa: Franklin Park • Parque mais a sudoeste do sistema, foi incorporado em 1885 e é dividido em Ante-Park (recreação) e Country Park (contemplação)
Fonte: Google Earth Pro, 2018
Boston e o Emerald Necklace (1878-?)
Bonston Commom e Public Garden • O Boston comom foi criado em 1634, e só era previsto por Olmsted a incorporação ao sistema, foi pouco modificado. Sua ligação com os demais de dá pelo Public Garden
Fonte: Google Earth Pro, 2018
Boston e o Emerald Necklace (1878-?)
Interligação entre os parques • Para interligar os parques foram impantados parkway, bulevares e grandes avenidas arborizadas como a Commonweath Avenue
Fonte: Google Earth Pro, 2018
Cidade-jardim de Ebenezer Howard (1898)
Solução à cidade degradada pós-industrialização • O que leva as pessoas a pensarem em sustentabilidade urbana
Contraponto entre cidade e campo • Howard analisa os pontos positivos e negativos de cada espaço, e propõe alternativas à situação
Proposição da Cidade-Jardim • Limitada a 32 mil moradores em 2400 hectares de área • Fusão entre campo e cidade, áreas vegetadas e industrias • Zoneamento rígido da cidade em zonas dentro de um desenho radial
Cidade-jardim de Ebenezer Howard (1898)
Fonte: Hall, 2012
Cidade-jardim de Ebenezer Howard (1898)
Lógica de expansão das Cidades-Jardim • Após atingir 32 mil habitantes, os excedentes criariam uma nova cidade, separada por uma faixa rural, mas próxima a outra, ligadas por uma ferrovia
Fonte: Hall, 2012
Cidade industrial de Tony Garnier (1901)
Arquitetura pensada para ser atual • Garnier acreditava que a arquitetura antiga era um erro, que somente uma arquitetura e organização de cidade nova, baseada na indústria, seria a solução
Lógica industrial marcante • Localizada próximo a uma fonte de energia, fontes de matéria prima e próxima a uma ferrovia
Cidade socialista • Organização da cidade sem muros e sem propriedade privada, com áreas comuns integrando um sistema de áreas verdes.
Cidade industrial de Tony Garnier (1901)
Locação das edificações • As residências seriam implantadas isoladas no lote, escolas locadas dentro dos bairros residenciais, o hospital locado protegido dos ventos, e armazéns e industrias no limite urbano próximas a ferrovia.
Fonte: Frampton, 1997
INFRAESTRUTURA VERDE NO PLANEJAMENTO URBANO
Planos de Infraestrutura Verde
Aspectos Ambientais no Planejamento Urbano • Planejamento visando a melhoria da qualidade de vida da população e do espaço da cidade
Aspectos Sustentáveis no Planejamento Urbano • “Os objetivos de todos os processos de planejamento urbano, desde os mais tradicionais até os que incorporam conceitos e bases metodológicas de sustentabilidade, se propõem à promoção da melhoria de qualidade de vida da população e, mais recentemente, da melhoria da qualidade ambiental urbana” (BEZERRA, 2016).
Planos de Infraestrutura Verde
Planejamento Ecológico de Caráter Compreensivo • Diagnóstico multidisciplinar interpretado sobre as necessidades humanas • Foca nos sítios de domínio antrópico • Desenvolvimento urbano e natureza urbana • Influenciou: políticas nacionais de meio ambiente, estudos de impacto ambiental, e o Planejamento Urbano Ambiental contemporâneo
Abordagens do Planejamento Urbano Ambiental • Conhecer para decidir como ocupar (Ian McHarg) x Analisar a ocupação e conhecer suas deficiências para definir como recuperar o espaço.
Planos de Infraestrutura Verde
Planejamento de Infraestruturas Verdes no Urbano • O planejamento do território exige conhecimento do solo urbano para que se preveja áreas verdes de interação social que providenciem desempenho e integração ecossistêmicos, prevendo, de acordo com esse conhecimento, a garantia para o desenvolvimento das funções naturais (PACHECO JÚNIOR, 2018). • Desafio-propósito da infraestrutura verde: como trazer os funcionamentos do planejamento ecológico para o meio urbano. • Mapa de Capacidades do Uso do Solo (conhecimento edáfico) – Metodologia de Sobreposição de Mapas de Ian McHarg (Land Capability Maps) (Design with Nature, 1962) • Escolha de sítios possíveis de urbanização • Considerar potencialidades e fragilidades do sítio
Planos de Infraestrutura Verde Método de Avaliação McHarg (1969)
Fonte: Anna Carollina Queiroz Palmeira, 2017
Planos de Infraestrutura Verde Sobreposição de Mapas
Fonte: http://ibd.com.br/Media/img/mapa-geo-2.png. Acesso em: 31 jul. 2018
Planos de Infraestrutura Verde Sobreposição de Mapas
Fonte: http://www.arquitetura.uema.br/wp-content/uploads/2016/08/SLIDE-17.jpg. Acesso em: 31 jul. 2018
Planos de Infraestrutura Verde Sobreposição de Mapas
Fonte: https://helenadegreas.files.wordpress.com/2013/12/ssm1.jpg. Acesso em: 31 jul. 2018
Planos de Infraestrutura Verde
Planos especĂficos de infraestrutura Verde Planos associados Diretrizes incorporadas em Planos UrbanĂsticos
FERRAMENTAS DE INFRAESTRUTURA VERDE
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Quadro de Ferramentas Urbanas TIPOLOGIA
DESCRIÇÃO Também chamadas valetas de biorretenção, são jardins lineares rebaixados ao longo de vias e Biovaleta estacionamentos, que promovem uma filtragem inicial da água contaminada. Depressões topográficas, existentes ou criadas, Jardim de Chuva que recebem as águas da chuva de superfícies impermeáveis adjacentes. Jardim de chuva compactado para pequenos Canteiro Fluvial espaços urbanos. Consiste na combinação de diversas tipologias, em Grade Verde arranjos múltiplos, que podem conformar uma rede em maior escala.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana TIPOLOGIA Lagoa pluvial (Bacia de Retenção) Lagoa seca Alagados construídos Teto verde
Parede Verde
DESCRIÇÃO Lagoa que acomoda o excesso de água das chuvas, contribui para a descontaminação da água, evita inundações e pode se constituir em habitat para diversas espécies e em área de lazer e recreação. Também chamada bacia de detenção, tem a mesma função da pluvial, mas deixa de existir quando seca, adotando novas funções Também chamados “wetlands”, são áreas alagadas que recebem as águas pluviais, promovem a retenção e remoção da poluição. Cobertura vegetal que recobre lajes e telhados, coleta e filtra a água substituindo a área natural de infiltração das águas. Parede com vegetação usada como sombreamento ou incluída em projetos com pouca área verde disponível.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana TIPOLOGIA
DESCRIÇÃO Pavimentos que permitem a infiltração das águas, Pavimentos fazem filtragem e reduzem o escoamento porosos superficial: asfalto poroso, concreto permeável, blocos intertravados, brita e pedriscos, etc. Ilha de distribuição de trânsito viário com áreas vegetadas em seu interior que coleta águas das Interseção viária chuvas, melhora o visual estético e dá segurança para o pedestre. Rua arborizada e com canteiros pluviais que reduzem a poluição e o escoamento. Com circulação Rua verde viária restrita, permite dar visibilidade ao funcionamento da infraestrutura verde. São vias arborizadas e dotadas de mobiliário, que Ruas completas conciliam usos diversos. Combinam diversas (vias de uso tipologias, priorizam o pedestre, criam recuos para múltiplo) o transporte público e ciclovias seguras.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana
TIPOLOGIA Woonerf
DESCRIÇÃO
Tipo de rua interna para pedestres. São escolas onde se incorporam diversas tipologias e integram os alunos através da educação, a fim Escolas verdes de habilitá-los a participar e dar visibilidade aos processos sustentáveis. Hortas, agroflorestas e outros espaços que unem Agricultura a atividade produtiva à conservação da urbana biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, favorecendo a educação acerca da produção. Corredores verdes multifuncionais ao longo dos Parques lineares rios, com vegetação nativa e adequada às condições variáveis de umidade.
APLICAÇÕES DE FERRAMENTAS DA INFRAESTRUTURA VERDE NO MEIO URBANO
Escalas de aplicação
Abrangência regional, municipal, zona e lote.
Elementos urbanos • • • • • • • • •
Unidades de Conservação e parques ragionais; Canais e APPs; Cinturões e Estradas-parque Parques Urbanos, Ecológicos e Multiuso; Trilhas ecológicas, orlas ribeirinhas e marítimas; Bulevares e passeios; Praças e vias verdejadas; Jardins, pátios, estacionamentos; Telhados e paredes verdes.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Teto Verde (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: CORMIER; PELLERGRINO. Infraestrutura Verde: Uma estratégia Paisagística para a Água Urbana. Revista Paisagem & Ambiente, São Paulo, n. 25, p. 125-142, 2008.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Canteiro Pluvial (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: http://infraverde.com.br/drenagem/jardim-de-chuva/. Acesso em: 31 jul. 2018
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Canteiro Pluvial (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: http://infraverde.com.br/drenagem/jardim-de-chuva/. Acesso em: 31 jul. 2018
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Canteiro Pluvial (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: http://infraverde.com.br/drenagem/jardim-de-chuva/. Acesso em: 31 jul. 2018
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Canteiro Pluvial (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: http://infraverde.com.br/drenagem/jardim-de-chuva/. Acesso em: 31 jul. 2018
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Canteiro Pluvial (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: CORMIER; PELLERGRINO. Infraestrutura Verde: Uma estratégia Paisagística para a Água Urbana. Revista Paisagem & Ambiente, São Paulo, n. 25, p. 125-142, 2008.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Jardim de Chuva (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: CORMIER; PELLERGRINO. Infraestrutura Verde: Uma estratégia Paisagística para a Água Urbana. Revista Paisagem & Ambiente, São Paulo, n. 25, p. 125-142, 2008.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Biovaleta (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: CORMIER; PELLERGRINO. Infraestrutura Verde: Uma estratégia Paisagística para a Água Urbana. Revista Paisagem & Ambiente, São Paulo, n. 25, p. 125-142, 2008.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Biovaleta (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: CORMIER; PELLERGRINO. Infraestrutura Verde: Uma estratégia Paisagística para a Água Urbana. Revista Paisagem & Ambiente, São Paulo, n. 25, p. 125-142, 2008.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Biovaleta (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: CORMIER; PELLERGRINO. Infraestrutura Verde: Uma estratégia Paisagística para a Água Urbana. Revista Paisagem & Ambiente, São Paulo, n. 25, p. 125-142, 2008.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Biovaletas (Bergen, Holanda)
Fonte: https://ocw.tudelft.nl/course-readings/water-sensitive-urban-design/. Acesso em: 31 jul. 2018
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Biovaletas (Bergen, Holanda)
Fonte: https://ocw.tudelft.nl/course-readings/water-sensitive-urban-design/. Acesso em: 31 jul. 2018
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Biovaletas (Bergen, Holanda)
Fonte: https://ocw.tudelft.nl/course-readings/water-sensitive-urban-design/. Acesso em: 31 jul. 2018
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Biovaletas (Bergen, Holanda)
Fonte: https://ocw.tudelft.nl/course-readings/water-sensitive-urban-design/. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Lagoa Pluvial (Portland, Oregon, EUA)
Fonte: CORMIER; PELLERGRINO. Infraestrutura Verde: Uma estratégia Paisagística para a Água Urbana. Revista Paisagem & Ambiente, São Paulo, n. 25, p. 125-142, 2008.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Lagoa pluvial (Freiberg, Alemanha)
Fonte: Herzog, C. P. & Rosa, L. Z. (2010). Infraestrutura verde: sustentabilidade e resiliĂŞncia para a paisagem urbana. Revista Labverde, 0(1), p. 92-115, 2010. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Lagoa pluvial (Freiberg, Alemanha)
Fonte: Herzog, C. P. & Rosa, L. Z. (2010). Infraestrutura verde: sustentabilidade e resiliĂŞncia para a paisagem urbana. Revista Labverde, 0(1), p. 92-115, 2010. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Lagoa pluvial (Freiberg, Alemanha)
Fonte: Herzog, C. P. & Rosa, L. Z. (2010). Infraestrutura verde: sustentabilidade e resiliĂŞncia para a paisagem urbana. Revista Labverde, 0(1), p. 92-115, 2010. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Lagoa pluvial (Freiberg, Alemanha)
Fonte: Herzog, C. P. & Rosa, L. Z. (2010). Infraestrutura verde: sustentabilidade e resiliĂŞncia para a paisagem urbana. Revista Labverde, 0(1), p. 92-115, 2010. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Bacias de retenção (Champaign, Illinois, EUA)
Fonte: http://www.hitchcockdesigngroup.com/B-3-Profile-4-URB-4-1-BurnhamBoneyard.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Bacias de retenção (Champaign, Illinois, EUA)
Fonte: http://www.hitchcockdesigngroup.com/B-3-Profile-4-URB-4-1-BurnhamBoneyard.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Bacias de retenção (Champaign, Illinois, EUA)
Fonte: http://www.hitchcockdesigngroup.com/B-3-Profile-4-URB-4-1-BurnhamBoneyard.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Bacias de retenção (Champaign, Illinois, EUA)
Fonte: http://www.hitchcockdesigngroup.com/B-3-Profile-4-URB-4-1-BurnhamBoneyard.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Bacias de retenção (Champaign, Illinois, EUA)
Fonte: http://www.hitchcockdesigngroup.com/B-3-Profile-4-URB-4-1-BurnhamBoneyard.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Bacias de retenção (Champaign, Illinois, EUA)
Fonte: http://www.hitchcockdesigngroup.com/B-3-Profile-4-URB-4-1-BurnhamBoneyard.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Bacias de retenção (Champaign, Illinois, EUA)
Fonte: http://www.hitchcockdesigngroup.com/B-3-Profile-4-URB-4-1-BurnhamBoneyard.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
Ferramentas da Infraestrutura Verde para Drenagem Urbana Bacias de retenção (Champaign, Illinois, EUA)
Fonte: http://www.hitchcockdesigngroup.com/B-3-Profile-4-URB-4-1-BurnhamBoneyard.html. Acesso em: 31 jul. 2018.
INFRAESTRUTURA VERDE E DRENAGEM URBANA
Drenagem na Infraestrutura Verde
Contexto Histórico • Drenagem sanitarista e higienista (esgotos pluviais e cloacais) • Difusão do sistema de drenagem separador (pluvial e saneamento) • Sistema separador: sobrecarga de lençóis, inundações e deslizamentos de terra
Sustentabilidade para águas pluviais • Controle do volume, frequência e qualidade da água • Aproximar o comportamento da água pluvial às condições de escoamento prévias à ocupação • Associação à arborização: aumento da biodiversidade e melhorias climáticas
Drenagem na Infraestrutura Verde
Principais Propósitos • • • •
Minimizar custo de gestão de águas pluviais Planos diretores com princípios ecológicos Elevado e valorizado uso do paisagismo Estratégias empregadas para evitar ou amenizar os efeitos da urbanização, a curto ou longo prazo • Diminuir o escoamento superficial – áreas de retenção da água pluvial • Aumentar a infiltração no solo – aumento de áreas permeáveis • Pavimentos permeáveis; reservatórios de retenção ou detenção; trincheiras, valas e poços de infiltração; microrreservatórios; telhado reservatório; lagoas de retenção; faixas gramadas; jardins de chuva; bacias subterrâneas.
Sustainable Drainage Systems (SUDS)
• • • • • •
Origem na Inglaterra, hoje exigido por lei Variedade de técnicas para reconstituir os ciclos hidrológicos Prima por um desenho urbano que valorize a paisagem Atua com foco na escala macrourbana Uma espécie de planejamento da drenagem Gerenciamento sustentável do ciclo da água urbana
• Layout para estradas e grandes edificações • Mínima impermeabilização e preservação da vegetação nativa • Ganho paisagístico, ambiental, econômico e social
Low Impact Development (LID)
• • • • • • •
Origem nos EUA (2007) e Canadá (2010) Exigido por lei, de acordo com tipo/escala do projeto Práticas de reuso, infiltração, detenções e retenções Prima pela adequação do meio à contenção dos escoamentos Atua com foco na escala microurbana Uma espécie de planejamento edilício e seu contexto Gerenciamento sustentável do ciclo da água na edificação
• Telhados verdes, valas de infiltração e faixas gramadas
Técnicas Compensatórias
Princípios • Desenvolvidas para o controle de cheias urbanas • Neutralizar efeitos da urbanização provendo qualidade de vida e preservação ambiental • Conhecimento da bacia hidrográfica • Uso de infiltração e armazenamento temporário • Ex: fundo de vale, bacia de detenção, pavimento poroso, valas, etc. • Continuidade do desenvolvimento urbano associado às técnicas compensatórias, sem geração de custos extras e com um sistema de drenagem complementar modulado
Técnicas Compensatórias
Técnicas para Controle na Fonte • Implantados nos lotes – aplicado a pequenas áreas • Valas, valetas, trincheiras e poços de infiltração, reservatórios
Técnicas para Controle no Sistema Viário • Implantadas junto aos sistemas existentes • Asfalto e concreto permeáveis, blocos vazados ou intertravados, alvenaria poliédrica
Técnicas para Controle à Jusante • Drenagem de grandes áreas • Bacias de detenção (tipos: gramadas, revestidas em concreto; enterradas) • Bacias de infiltração
Técnicas Compensatórias
Aspectos Físicos
Aspectos Urbanísticos e de Infraestrutura
Aspectos Sanitários e Ambientais
Aspectos Socioeconômicos
Topografia Infiltração do solo Estabilidade do subsolo Nível do Lençol Freático
Disponibilidade de espaço Redes de distribuição existentes Inclinação/forma dos telhados
Riscos de poluição e contaminação de lençóis e entorno Proliferação de doenças
Percepção da população e relação com a área de implantação
Demais Aplicações da Infraestrutura Verdes para a Cidade
• • • • • • •
Conforto Ambiental Saúde pública; Preservação patrimonial; Proteção ambiental; Transporte sustentável; Produção alimentar; Marketing urbano;
INTERVENÇÕES URBANAS CONTEMPORÂNEAS
Corredor Verde de Seul
Riacho Cheong-Gye • Importância histórica como fonte de água; • Crescimento da cidade afetando diretamente o curso d’água.
Transformação de Seul em Cidade Global • Expansão do perímetro da cidade; • Cobertura do Cheong-Gye e transformação em avenida.
Crise ideológica de Seul • A cidade modelo de modernidade estava presa a uma lógica de urbanismo obsoleta
Corredor Verde de Seul Cheong-Gye Expressway • Resposta da cidade ao problema de mobilidade para a região central. • Nunca funcionou como planejado e segregou bairros. • Demolição proposta por Lee Myung Bak como resposta ao erro.
Fonte: Reis e Silva, 2016
Corredor Verde de Seul Proposta • • • •
Renaturalizar o córrego (perenização, limpeza, ecossistemas); Construir reservatórios para as enchentes casuais; Passeios próximos ao curso d’água; Valorização da cultura e do entorno com apelo histórico.
Fonte: Reis e Silva, 2016
Planejamento Ambiental de São Paulo
Metrópole colossal • 11 milhões de habitantes; • 100 habitantes por hectare; • Crescimento desordenado.
Soluções da prefeitura de São Paulo as problemáticas • Operações Urbanas Consorciadas; • Energias renováveis • Plano de Drenagem da cidade de São Paulo.
Planejamento Ambiental de São Paulo
Operações Urbanas Consorciadas • Aplicação em áreas centrais, ou degradadas, visando a qualidade ambiental através do incentivo a habitação, melhoria da mobilidade urbana e aproveitamento dos áreas livres para qualificação da área. OUC Agua Branca
Fonte: Reis e Silva, 2016
Planejamento Ambiental de São Paulo
Aproveitamento do biogás como fonte de energia • Aterro Bandeirantes: funcional de 1979 a 2007; • Aterro São João: funcional de 1992 a 2009; • Em ambos entre 2003 e 2005 passaram a funcionar 40 geradores a biogás. Aterro São João
Fonte: Pini, 2013
Planejamento Ambiental de São Paulo
Programas para áreas específicas • Urbanização de favelas, limpeza de córregos, proteção às águas e conscientização da população sobre a importancia dessas ações. • Mapeamento das áreas de risco prioritárias Cantinho do céu
Fonte: ArchDaily, 2013
Plano de Infraestruturas Ecológicas de Detroit
Contexto Histórico • Cidade em completa crise • Aproximadamente 78 mil edificações vazias/abandonadas em 2014 • Degradação urbana – mínima qualidade ambiental urbana
Propostas de Intervenção Urbana • Objetivo: líder nacional em implementação de infraestrutura verde • Reduzir águas pluviais no sistema de esgoto e evitar transbordamento • Regulamentação e taxação de áreas mínimas permeáveis – cobrança por excesso de impermeabilização (Drainage Credit System) • Inserir infraestrutura verde nos lotes (reforma/construção) • Alteração de áreas impermeáveis – demolição de edificações • Plano para implementação, avaliação e controle
Plano de Infraestruturas Ecológicas de Detroit 1. Políticas e Procedimentos Padrões • Águas pluviais e Infraestrutura Verde • Códigos, manuais, modelos de projeto/gestão/manutenção
2. Projetos Protótipos • Verdejamento em pequena e larga escala • Implementação de parques municipais e corredores verdes
3. Projetos/Ações de Implementação Continuada • Demolições, plantio de árvores e obstrução de calhas
4. Projetos/Ações de Longo Prazo • A.P.O., avaliação dos sistemas, acordos para projetos
5. Engajamento da Comunidade e demais Interessados • Fóruns, campanhas, demonstração de projetos e linhas de crédito
Plano de Infraestruturas Ecolรณgicas de Detroit
Fonte: City of Detroit, Water & Sewerage Department, Green Infrastructure Progress Report, 2017.
Plano de Infraestruturas Ecolรณgicas de Detroit
Fonte: City of Detroit, Water & Sewerage Department, Green Infrastructure Progress Report, 2017.
Plano de Infraestruturas Ecolรณgicas de Detroit
Fonte: City of Detroit, Water & Sewerage Department, Green Infrastructure Progress Report, 2017.
Plano de Infraestruturas Ecolรณgicas de Detroit
Fonte: City of Detroit, Water & Sewerage Department, Green Infrastructure Progress Report, 2017.
Plano de Infraestruturas Ecolรณgicas de Detroit
Fonte: City of Detroit, Water & Sewerage Department, Green Infrastructure Progress Report, 2017.
Plano de Infraestruturas Ecolรณgicas de Detroit
Fonte: City of Detroit, Water & Sewerage Department, Green Infrastructure Progress Report, 2017.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Características do Projeto • • • •
Une a linha do trem com mais seis parques urbanos 4 parques já existiam e foram requalificados 2 parques foram implantados Articulação para concepção do projeto: escritório, ONGs, associações de bairro e a comunidade • Financiamento: prefeitura + ONG + doações e campanhas • Eventos culturais, intervenções e murais
História do Projeto • • • • •
Linha férrea como barreira urbana Desativação da linha e abandono Apropriação da linha para caminhada e andar de bicicleta Associação: Friends of Bloomingdale Trail Requisito para a conversão em um espaço verde
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5712/67c3/e58e/ce98/2a00/0077/large_jpg/mapa-the606.jpg?1460823992. Acesso em: 31 jul. 2018.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5712/67cf/e58e/ce5c/6f00/000d/large_jpg/foto-porthe606chicago-en-flickr-3.jpg?1460824008. Acesso em: 31 jul. 2018.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5712/67db/e58e/ce98/2a00/0078/large_jpg/foto-porthe606chicago-en-flickr-4.jpg?1460824020. Acesso em: 31 jul. 2018.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5712/67a7/e58e/ce98/2a00/0076/large_jpg/foto-porthe606chicago-en-flickr-1.jpg?1460823968. Acesso em: 31 jul. 2018.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/5712/67b2/e58e/ce5c/6f00/000c/large_jpg/foto-porthe606chicago-en-flickr-2.jpg?1460823980. Acesso em: 31 jul. 2018.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: Mario Pacheco, acervo pessoal. 2014.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: Mario Pacheco, acervo pessoal. 2014.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: Mario Pacheco, acervo pessoal. 2014.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: Mario Pacheco, acervo pessoal. 2014.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: Mario Pacheco, acervo pessoal. 2014.
Bloomingdale’s Trail Chicago – The 606
Fonte: Mario Pacheco, acervo pessoal. 2014.
Obrigado! thank you! | gracias! | merci! | danke! | grazie!
Organização
Realização
Produção