Ano 2
Nº 12 Março 2014 ISSN 2318-0145
PAREDÃO DA IBITURUNA
Adrenalina ao extremo! Praticantes de rapel e escalada encontram na Pedra Negra maravilhas que vão além do cenário já conhecido
Café em alta
Palco internacional
Entrevista
Produtores de Manhuaçu ganham destaque no mercado brasileiro
Pianista de Caratinga se apresenta no Carneggie Hall, em NY
Senador e pré-candidato a presidente Aécio Neves solta o verbo
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Marรงo 2014
Conheça nossos
Colaboradores
ADRIANA PORTUGAL
BIANCO CUNHA
INOCÊNCIO MAGELA
JANAÍNA DEPINÉ
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA
Adriana Portugal é Psicóloga, Coach e Analista Comportamental. Graduada em Direito com pós-graduação em Direito do Trabalho. Presidente do Grupo da Fraternidade Martha Figner e Conselheira do Instituto Nosso Lar.
Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.
Formado em Filosofia pelo Seminário São José e em Pedagogia pela UFMG. É diretor da empresa Dialétika e coordenador técnico de cursos de capacitação do Sicoob em 8 estados.
Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br
Formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Univale. Especializado em Redação Publicitária pelo Ateliê das Letras. Redator na agência Óbvio Comunicação. Gamer que quer ser pai em breve.
JOSÉ FRANCISCO
JULIANA TEDESCO
LAURO MORAES
LUCAS PELOSO
TAINÁ COSTA
Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.
Jornalista valadarense, radicada nos EUA há 12 anos. Formada pela Boston University como tradutora e intérprete em 2009, é proprietária da empresa Mass Translations.
Jornalista e especialista em Políticas Públicas pela Univale, com mestrado em Cultura e Turismo. Acumula passagens por três afiliadas Rede Globo e jornal O Estado de S. Paulo. É professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing.
Graduado em Gastronomia pela Estácio de Sá, Lucas Del Peloso já chefiou grandes empresas como o Grupo Porcão e o La Isla. Atualmente esta à frente das criações do Restaurante Villa Roberti, em BH.
Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. Hoje é estudante de Marketing no Coppead (UFRJ) e é assistente comercial da Rede Globo.
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Editorial O sociólogo alemão Georg Simmel, que viveu no longínquo período entre 1858 e 1918, conceituava, já no século 19, “atitude blasé” como a “indiferença perante as distinções entre as coisas”. Contextualizando melhor sua teoria, ele sugeria que as pessoas que vivem nas grandes cidades reagem com mais passividade a situações cotidianas, como a violência por exemplo, do que aquelas que vivem longe das metrópoles. Daí a definição de blasé, que significa permanecer indiferente, mesmo diante dos vários estímulos a que um indivíduo está sujeito todos os dias. Mais de um século se passou e a teoria de Simmel não só é comprovada no cotidiano da vida urbana como também ganhou novos contornos. Com a modernidade vieram o telefone, depois o celular, o computador e a internet. O mundo virtual que só podia ser desfrutado em nossos lares ganhou asas e passou a ser acessado também no Shopping, no supermercado, na rua e até na estrada. As redes sociais não são um privilégio só de fim de semana, mas fazem parte da rotina de quem vai trabalhar, passear ou fazer compras. O que diria Simmel se entrasse hoje num Shopping Center e visse dezenas, centenas de pessoas, umas próximas a outras, olhando e dedilhando silenciosamente com seus aparelhinhos? Talvez constatasse que o mundo virtual é mais interessante e divertido que o mundo real, onde os problemas são corriqueiros e a vida é ociosa, ao passo que na internet o poder de seleção permite que se consumam coisas agradáveis e se descartem os problemas apenas pelo comando de um toque. Mas as redes sociais não se tornaram apenas locais de encontros e de diversão. É também um espaço de opinião, de ideias, cujos efeitos são bem mais devastadores do que um grito insano em pleno centro da cidade no horário de
conceito Um novo contexto em notícias
Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9989-4092 / 9968-7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.
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pico. As repercussões da vida real acontecem quase que todas elas no universo virtual. Declarar uma ideia publicamente, nas redes sociais, coloca em evidência a qual grupo cada um pertence e a qual não pertence. Revelar a posição política, social ou qualquer outra que seja acerca de qualquer assunto proporciona a cada sujeito uma participação mais efetiva em seu meio, em seu grupo de amigos, em sua “tribo”. Ao mesmo tempo, confere a cada um todas as intempéries a que está sujeito quem ousa pensar justo no Facebook ou no Twitter. Sustentar uma teoria ou uma simples ideia exige mais obstáculos do que se possa imaginar. Toda a comunidade virtual tem a permissão de pôr em xeque qualquer pensamento que seja. Mesmo com tantos riscos, manter-se comunicável através da internet passou a ser necessidade. Boa ou ruim, é uma ferramenta que faz parte dos avanços tecnológicos e que foi agregada à própria rotina da humanidade. Não é possível mais desvincular a comunicação virtual de uma sociedade, qualquer que seja ela. Há menos de dez anos, falava-se no Brasil da necessidade de se garantir a toda a população o acesso à internet. Hoje, este é um discurso praticamente extinto. Com menos de dez reais por mês, consegue-se acesso por um telefone celular que também está longe de custar uma fortuna. A própria evolução tratou de dar fim a um problema que antes era social. Ao menos a tecnologia veio na hora certa. Quantos teóricos e grandes pensadores da história não teriam abortado suas análises diante dos primeiros pitacos contrários? Para a sorte de todos eles e do próprio pensamento humano, incluindo o de Simmel, “comentar”, “curtir” e “compartilhar” não eram opções facilmente à disposição de quem viveu nos séculos anteriores.
DIRETORIA Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Dileymárcio de Carvalho – MG-6697JP Sonia Augusta Miranda - MTb MG-18526
Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP FOTOGRAFIA Wellington Sarmento- Manhuaçu EDITORIA DE ARTE
REDAÇÃO
Diagramação Andressa Tameirão – MTb-MG-14994
Jornalista Responsável André Manteufel – MTb MG-10456
Designer Gráfico Marlon Estiano
Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga
Projeto Gráfico Andressa Tameirão
IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG TIRAGEM 3.000 exemplares Periodicidade bimestral
Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9968.7171 Manhuaçu - S. J. de Moraes: (33) 9902-7978 Caratinga: (33) 9954-0297
Índice Lucas Peloso traz dicas para preparar saladas saudáveis e deliciosas
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Aécio Neves fala sobre pesquisas eleitorais e candidatura à presidência
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Praticantes de rapel e escalada descobrem novos horizontes na Ibituruna
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COM A PALAVRA
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TAINÁ COSTA
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FRANCISCO COSTA JÚNIOR
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INOCÊNCIO MAGELA
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GLAMOUR
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ADRIANA PORTUGAL
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QUE TAL UM CAFEZINHO?
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COLUNA SOCIAL MANHUAÇU
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Caratinguense encanta o público em apresentação no Carnegie Hall
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Foto: Sebastião Jacinto
com a palavra
Por Luciano Araújo E-mail: luciano@provestuniformes.com.br
BR-381 e MG-760:
o desenvolvimento pede passagem A logística tem sido o foco da FIEMG Regional Vale do Aço nos últimos anos. Tenho reforçado em meus discursos a importância de discutir e cobrar das autoridades esse problema que é um gargalo na atração de investimentos para o Leste de Minas. Não há como discutir o desenvolvimento do Vale do Aço sem tocar nas questões ligadas à infraestrutura e acesso, mas no que depender da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), através de suas Regionais Vale do Aço e Rio Doce, o gargalo da logística que assombra a região está com os seus dias contados. Lançado em 2013, o Movimento Nova 381, uma iniciativa da FIEMG e apoio das 11 federações do estado, visa alinhar as informações acerca da BR 381 Norte através do site www.nova381.org.br, a fim de agilizar e acompanhar a duplicação da rodovia que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. Acredito que novos investimentos na região só serão possíveis com a garantia de capacitação de mão-de-obra, matriz energética e logística. Os dois primeiros pré-requisitos já estão cumpridos. Inauguramos nos últimos seis anos seis novas unidades do SENAI para capacitação profissional. Com a chegada do gasoduto no Vale do Aço – a rede de gás natural – as empresas têm acesso a uma nova alternativa na matriz energética. Já obtivemos grandes avanços com o Movimento Nova 381. Após a liberação da licença ambiental, as empreiteiras se preparam para montar os canteiros de obras e já fazem contato com possíveis fornecedores. Aguardamos ansiosamente que a presidente Dilma Rousseff assine a ordem de serviço para o início das obras, previstas para o mês de março ou abril. É indiscutível que, apesar da descrença de muitos, a expectativa é grande em torno desta grande obra de infraestrutura do país. Em contrapartida, as obras de pavimentação da MG760, que liga o Vale do Aço a Zona da Mata, iniciada em setembro do ano passado em Cava Grande, Distrito de Marliéria – outro trecho importante para o escoamento
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da produção –, continuam suspensas e, devido a alegados impactos ambientais, a juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte deferiu um pedido de liminar formulado pelo Ministério Público de Minas Gerais. Com isso, as obras da MG-760 foram suspensas em dezembro de 2013. O recurso aprovado pelo governo prevê o asfaltamento do trecho de 56,8 quilômetros, alargamento, recuperação e reforço de três pontes, além da construção de uma passagem subterrânea ligando a estrada à BR-262. Construída na década de 1960 sobre traçado aberto por tropeiros, a 381 passou por poucas alterações, mantendo praticamente a mesma capacidade de carga. No mesmo período, o PIB do estado cresceu mais de sete vezes. Esse descompasso prejudica, principalmente, os setores de mineração, siderurgia, metalurgia, material de transportes, máquinas e equipamentos e alimentos e bebidas. Em um momento que precisamos reinventar o Vale do Aço e que a indústria cobra por maior dinamismo e competitividade, as empresas sediadas ao longo da rodovia sofrem com elevados custos com o transporte de produtos, devido ao risco de perda de cargas e o alto valor de manutenção dos veículos. Isso é ainda entrave para a atração de novas indústrias. Nosso objetivo em cobrar melhorias na malha rodoviária é criar um cenário favorável à geração de emprego e renda e, consequentemente, à melhoria da qualidade de vida, oferecendo condições de crescimento e transformando o Vale do Aço no vetor leste de desenvolvimento do Estado. Estamos otimistas e entendemos que agora só falta vontade política para que essa obra saia do papel e se torne realidade, trazendo novas perspectivas para os mineiros. Luciano Araújo é presidente da FIEMG Regional Vale do Aço e Diretor Presidente da Provest Uniformes
bon vivant
Saladas leves
e saudáveis para o verão
Por Lucas Peloso E-mail: lucasdelpeloso@hotmail.com
A melhor escolha gastronômica para o verão são as saladas. Elas são leves, saudáveis, coloridas e melhoram nossa disposição no dia-a-dia. A dica para montar uma salada perfeita é escolher os ingredientes mais frescos possíveis. Nada de usar produtos congelados ou industrializados. Aliás, deveríamos evitar consumir esses produtos o ano inteiro. Então vamos lá, mãos à obra! Primeiro é preciso aprender a escolher os melhores insumos na hora de ir à feira. A primeira dica é ficar atento à sazonalidade de cada produto. Cada mês do ano é mais propício para um grupo determinado de folhas, frutas e legumes. Faça uma pesquisa na internet e monte uma tabela com os meses do ano e os insumos típicos de cada mês. Isso irá evitar que você compre produtos com mais agrotóxicos do que sabor e nutrientes. A segunda dica é na hora de escolher as frutas e verduras, verificar a integridade das mesmas, ou seja, se existem rachaduras, furos, e se está amassada ou escura, por exemplo. Em algumas dessas situações, as toxinas externas passam para o interior da fruta e as vitaminas e minerais ali presentes, por serem formas de defesa contra o meio ambiente, são utilizadas, e consequentemente não estarão mais presentes no momento do consumo. Em relação às folhas, é preciso prestar atenção nos caules - se estão viçosos - e as folhas - bem verdes, sem rachaduras, escurecidas ou amareladas -, pois assim mantém a qualidade nutricional do alimento e a deixa adequada para o consumo. A última dica são as cores e texturas. Ao montar a salada busque variá-las. Uma salada com apenas uma textura fica enjoativa. Acrescente peixe, frango, castanhas ou frutas para quebrar a textura das folhas. Outra dica é cortar pão de forma integral em cubinhos e levar ao forno com um pouco de azeite até que fique crocante. Use para finalizar a salada e dar um contraste. Não se esqueça também de agregar algum molho leve ou azeite. Receitas: Salada Malfitana
Ingredientes: 500g de camarão rosa médio 1 molho de alface romana
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1 talo de erva doce cortado em tirinhas finas 50 gramas de amêndoas laminadas 2 pêras laminadas 500 ml de vinagre balsâmico 50 ml de azeite extra virgem 3 colheres de sopa de mel sal e pimenta do reino a gosto Preparo: Cozinhe em 500 ml de água os camarões temperados com sal e pimenta a gosto. Em outra panela, deixe o vinagre balsâmico reduzir pela metade. Adicione o mel e o azeite. Em uma vasilha misture a erva doce cortada em tirinhas, o camarão cozido, a pêra e as amêndoas. Tempere com o molho e passe para o centro de uma travessa. Coloque as folhas de alface em volta e sirva. Serve 4 pessoas. Caesar Salad Ingredientes: 300 g de filé de frango (grelhado em tiras) 100 g de alface americana rasgada 100 g de pão de forma integral cortado em cubinhos e assados 20 g de parmesão em lascas Ingredientes do molho caesar: 100 g de maionese light 150g de creme de leite light 50 g de azeite 1 xíc. de chá de salsinha 50g de parmesão 1 colher de alho triturado Modo de preparo do molho: Adicione todos os ingredientes em um liquidificador. Bata até adqui-
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rir um creme homogêneo. Modo de preparo da salada: Coloque no meio de um prato a alface, deixando um montinho. Corte o frango grelhado em tiras e acomode-os aleatoriamente em cima da alface. Espalhe o molho caesar em cima do frango. Espalhe levemente o queijo parmesão por cima de tudo. Serve 4 pessoas. Salada de Carpaccio Ingredientes: 8 a 10 fatias de carpaccio congelado Mix de folhas verdes (1 folha de alface crespa verde, 1 folha de alface crespa roxa e 1 folha de alface americano) lavadas, secas e cortadas 50g de parmesão ralado 2 colheres (sopa) de molho de alcaparras Ingredientes molho de alcaparras: 3 colheres (sopa) de azeite extra virgem 1 colher (sopa) cheia de alcaparras Sal e pimenta-do-reino a gosto. Modo de preparo para o molho: Lavar as alcaparras. Colocar no liquidificador as alcaparras e o azeite, bater até misturar tudo. Temperar com pimenta-do-reino a gosto. Lembre que as alcaparras já estão salgadas e são lavadas para perder o excesso de sal. Montagem Colocar num prato 8 a 10 fatias congeladas de carpaccio (até preencher o prato) e esperar descongelar por 5 minutos. Colocar as duas colheres de sopa do molho de alcaparras e espalhar por inteiro pelo carpaccio. Polvilhar o parmesão e colocar no meio do carpaccio as folhas de alface cortadas. Sirva com torradas ou pão sírio. Serve 2 pessoas.
colaborador
O ano que não Por Tainá Costa Email: tainaacosta@gmail.com
P
existiu
rimeiro de janeiro de 2014. O ano começa. Mas começa numa quarta-feira. Quarta-feira não é dia de começar ano. Então vamos emendar com o final de semana e deixar pra começar na segunda-feira. Porque segunda-feira feira é dia de começar. Começar semana de trabalho, começar dieta... Nada mais justo que também começar o ano. O ano novo começou, então, no dia seis de janeiro. Mas começar, começar mesmo, só começa depois do carnaval. Em ano que carnaval cai em fevereiro dura mais, porque começa mais cedo. Mas em 2014, o carnaval cai em março. Então temos mais uma gordurinha aí pra aproveitar o verão, viajar pra praia e desfrutar do nosso país tropical. Levando isso em consideração, o início oficial do ano cai no dia cinco de março. Mas dia cinco de março também é quarta-feira. É... Vamos emendar mais um pouquinho, porque quarta-feira é dia estranho. Vamos deixar pra começar na segunda-feira, que o pessoal descansa, cura a ressaca e começa mais animado, né?! Deixa pro dia dez de março que é melhor. Só que esse ano tem Copa do Mundo. E pra piorar, ou melhorar, a Copa vai ser no Brasil. Se o país já para quando a Copa é no Japão, imagina sendo aqui! O pessoal vai ser liberado
mais cedo em dia de jogo do Brasil. E se você morar na cidade onde vai ser o jogo, qualquer jogo é jogo. Nem precisa ser do Brasil. Vai ser ponto facultativo na certa. Afinal, os trabalhadores não podem atrapalhar o trânsito dos turistas. Resumindo, junho e julho são meses perdidos. E não podemos esquecer que em maio já começa o aquecimento. Então esse mês também entra no bolo. Nada de dureza. Como abril está aí no meio, perdido, vamos emendar esse mês também que é melhor! Porque, convenhamos, não faz sentido trabalhar um mês só. Não vai dar tempo de entrar no ritmo. É questão de bom senso. Um outro ponto que temos que levar em consideração é que ano par é ano de eleição. A festa da democracia acontece em setembro. Mas em agosto já sentimos mais efetivamente os efeitos, com comícios, debates, inauguração de obras. Ou seja, o foco já vai estar nas campanhas. Passado o pleito, você acha que não tem mais desculpa e o ano vai começar de verdade, já que já é outubro. Ok, temos três meses aí pela frente. Dá pra fazer bastante coisa. Mas, hoje em dia, em outubro já é Natal. É, amigo, quando você se der conta, o ano não vai ter nem começado e já vai estar terminando.
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bola da vez
Aécio Neves
A chama de esperança da oposição Por André Manteufel Tão logo foi decretada nas urnas a vitória esmagadora de Dilma Rousseff, em 2010, sobre o candidato tucano José Serra, partiu do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso alguns alertas para o futuro do seu partido, o PSDB. O primeiro passo para a legenda fazer frente ao PT seria escolher rapidamente o candidato à presidência da República 2014. O segundo, a necessidade de reinventar uma linguagem entre o PSDB e a população brasileira, sobretudo os mais jovens. Imediatamente, sabia-se que o último presidente tucano se referia ao recém-eleito senador Aécio Neves. A reconhecida habilidade política e as conversações com ex-apoiadores do PT que migraram para a oposição, como Eduardo Campos e Marina Silva, fazem do ex-governador de Minas a grande aposta tucana ante o franco favoritismo de Dilma Rousseff à reeleição. Mas Aécio certamente sabe que, para vencer as eleições de outubro, não basta concentrar os votos do eleitorado contrário ao atual governo. Sua maior missão deverá ser a de convencer a maior parte da população brasileira de baixa renda que o projeto do PSDB é melhor que o modelo petista. Na prática, falando de campanha, isto significa tomar votos da presidenta. Tarefa árdua, mas que o senador garante ser possível, como ele diz, com exclusividade e sem abrir mão da polêmica, à REVISTA CONCEITO.
Revista Conceito - O seu nome é tido, hoje, como a grande esperança, pra não dizer a única, do PSDB na luta para reconquistar o comando do Governo Federal. O sr. percebe esta responsabilidade dentro do partido? Aécio Neves - Temos uma responsabilidade enorme com o Brasil. Eu sei que tenho hoje essa responsabilidade como presidente do maior partido de oposição no país. O PSDB não tem a opção, e sim tem a obrigação de apresentar uma alternativa ao atual projeto de poder que temos no Brasil. Estamos prontos para o debate de uma nova agenda, com propostas para os anseios e as mudanças que os brasileiros querem ver em suas vidas. Mudanças verdadeiras que precisam ocorrer na educação, na saúde, no transporte, na segurança, nas condições de quem empreende e gera empregos. Um projeto que passa pela refundação da Federação, com o resgate dos municípios e dos estados, por uma generosidade maior do governo federal no financiamento da saúde, da educação, da segurança e pela eficiência na busca dos investimentos. Queremos que o Brasil dê um salto de qualidade, não os avanços que assistimos hoje apenas na
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propaganda oficial da TV, mas avanços verdadeiros, que mudem o abandono e o descaso que pode ser constatado hoje em qualquer área que dependa da ação do governo federal. O governo do PT é um absoluto fracasso em todas as suas iniciativas. Estou, como sempre estive, à disposição do meu partido e estarei pronto para cumprir o papel que me for atribuído nas próximas eleições, seja ele qual for. RC - Pesquisas recentes, como a do Ibope, indicam que a presidente Dilma Rousseff seria reeleita ainda no primeiro turno, num cenário composto inclusive pelo senhor e pelo Eduardo Campos. A oposição tem cartas na manga para superar o favoritismo da candidata petista? AN - As pesquisas atuais estão longe de definir o quadro em que se darão as próximas eleições. Elas mostram, na verdade ,o grau de conhecimento de cada nome e hoje a presidente Dilma, até pela farta exposição que tem na TV e no rádio, tem esse benefício. O início da campanha eleitoral permitirá efetivamente a exposição de todos os candidatos e de suas ideias. O único dado concreto medido pelas atuais
pesquisas é o que mostra o alto nível de insatisfação dos eleitores. Mais de 60% deles afirmam que querem mudanças. Tenho andado muito pelo Brasil e percebo isso de forma clara. Nos últimos seis meses, fui a 23 estados da Federação e há um sentimento comum em todos eles, de que o governo do PT fracassou. O governo falhou na condução da economia, nos levando a um cenário de crescimento pífio e de inflação alta, além de crescente perda da credibilidade do Brasil frente ao mundo. O governo do PT falhou e foi omisso nos investimentos em infraestrutura, que poderiam ter levado a um crescimento maior da economia brasileira. Falhou também nas áreas mais básicas, como na melhoria dos indicadores de saúde e de segurança pública. E as pesquisas retratam esse sentimento de frustação, de tempo perdido. Digo que o ciclo de governo do PT está perto do fim. O resultado não precisa vir hoje, mas tenho certeza que, no momento da eleição, o sentimento de mudança vai prevalecer. RC - Na sua avaliação, a vitória tucana nas urnas dependerá, necessariamente, de uma aliança com o PSB de Eduardo Campos e Marina Silva? AN - Nas eleições deste ano, nós, do PSDB, não temos dúvidas sobre qual será a nossa postura. Faremos uma campanha permanente de oposição clara ao governo do PT porque, para o bem do Brasil, esse ciclo de onze anos de desgoverno precisa e deve ser interrompido. Dessa forma eu saúdo a chegada do governador Eduardo Campos e da ex-ministra Marina Silva ao campo das oposições. São dois ex-aliados do PT que apontam agora para as graves falhas na gestão do governo. Tenho conversado com o governador de Pernambuco, de quem sou amigo há mais de vinte anos. Recentemente nos encontramos no Recife, e é muito saudável para o Brasil que homens públicos que estão hoje militando em partidos diferentes tenham capacidade de conversar sobre o Brasil. Quanto mais conversamos, maior convergência encontramos em relação à preocupação com o futuro do Brasil. Mas nossas conversas não acontecem em função de eleições; são conversas iniciadas há anos e que continuarão. Afinal, política é isso, é a arte do enten-
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A verdade é que o ex-presidente Lula antecipou o processo eleitoral para tentar fortalecer sua candidata, mas o efeito foi outro. Com essa atitude perdemos todos, mas, sobretudo, e infelizmente, perdem os brasileiros, diariamente. Temos hoje não uma presidente da República preocupada em resolver os problemas do país e dos brasileiros. Temos sim uma candidata full time, em tempo integral, dedicada a cuidar da sua candidatura e dos interesses do seu partido.
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dimento, da construção de caminhos. O Brasil precisa urgentemente de novos caminhos e acho que esse é um ponto muito forte também de identidade, de convergência entre o governador Eduardo e eu. RC - Nos últimos meses, o sr. fez críticas contundentes à presidente Dilma no que diz respeito ao uso político da máquina pública e antecipação do debate político. Que atitudes específicas da presidente o sr. mencionaria para justificar tais críticas? AN - A verdade é que o ex-presidente Lula antecipou o processo eleitoral para tentar fortalecer sua candidata, mas o efeito foi outro. Com essa atitude perdemos todos, mas, sobretudo, e infelizmente, perdem os brasileiros, diariamente. Temos hoje não uma presidente da República preocupada em resolver os problemas do país e dos brasileiros. Temos sim uma candidata full time, em tempo integral, dedicada a cuidar da sua candidatura e dos interesses do seu partido. Todas as ações do governo, lamentavelmente, têm sido nessa direção. Em lugar de dar respostas ao enorme fracasso na sua gestão, aos desvios e malfeitos do seu governo, ou dar explicações para o cemitério de obras inacabadas que temos em todas as regiões do país, assistimos à presidente ir à TV atacar adversários! Em Minas, o governo do PT não cumpriu sequer uma das promessas feitas aos mineiros nos últimos anos. Pode escolher qualquer uma delas, que, asseguro, não foi cumprida. A duplicação da BR-381, a expansão do metrô de BH, as obras do PAC nas cidades
históricas, o novo código de mineração, as creches. A presidente Dilma viaja às cidades para entregar retroescavadeira. São máquinas úteis? Claro que são, mas os brasileiros mereciam mais de um partido que está há 12 anos no poder. Não podemos nos contentar com tão pouco. É, na verdade, um enorme desrespeito com a população. RC - O governo federal encontrou no Programa Mais Médicos um dos caminhos para se melhorar o atendimento à saúde básica em todas as regiões do Brasil. Para tanto, uma das estratégias foi a contratação de milhares de médicos cubanos pelo país. Qual sua avaliação sobre esta política? AN- Ninguém pode ser contra ter mais médicos no Brasil. O PSDB não é contra o programa Mais Médicos, nem se opõe a que médicos cubanos sejam contratados pelo programa. Ao contrário. A saúde pública no Brasil vive uma tragédia em todos os níveis. Volto a lembrar que o PT não foi eleito há dois anos. A própria presidente Dilma integra o governo federal há mais de dez anos. O que foi realizado nesses anos para dar qualidade aos serviços médicos e garantir atendimento digno a quem precisa recorrer aos postos e hospitais públicos? O governo federal fechou mais de 13 mil leitos hospitalares apenas nos últimos três anos! Por que motivo? RC - Que medidas faltam, então, na saúde pública no país? AN - O programa Mais Médicos deve ser bem administrado, assim como toda política pública, mas boa capacidade de gestão é justamente o que tem faltado ao PT. Se o PSDB vencer as próximas eleições, os médicos cubanos serão reconhecidos como quaisquer outros médicos estrangeiros que hoje trabalham no Brasil: com respeito e dignidade. Eles terão seus salários pagos diretamente, como qualquer outro trabalhador. Hoje o governo do PT financia e paga a ditadura cubana por meio de um programa de saúde. Os médicos cubanos recebem menos de 10% do valor repassado pelo governo. Em 2002, quando o PT assumiu, o governo federal participava com 56% do conjunto de investimentos que se fazia na saúde pública. Onze anos se passaram. Hoje, o governo federal participa com apenas 45%. E quem vem pagando esta conta? É óbvio que os estados e municípios. RC - Quais são, na sua avaliação, os principais desafios para o presidente da República eleito? AN- As mudanças em um governo comandado pelo PSDB começariam pela gestão pública. Nós não podemos crer que seja razoável para um país ter hoje uma estrutura de governo tão ampla como temos hoje, absurdos 39 ministérios. O governo do PSDB seria um governo mais enxuto e mais eficiente, a exemplo do que ocorre nos 8 estados sob gestão de governadores tucanos. Metade da população brasileira vive em estados administrados pelo PSDB. Defendemos com rigor a questão ética na vida pública. Temos compromisso com o bom uso dos recursos públicos, com a transparência na administração e na garantia de resultados para a população. Em Minas Gerais, em 2004, fomos o primeiro estado brasileiro a implantar o ensino fundamental para crianças a partir dos seis anos de idade. Investimos fortemente na qualificação dos professores e adotamos sistemas de avaliação. Investimentos que hoje dão a Minas a liderança na qualidade da educação fundamental no país, segundo o Ministério da Educação. Na saúde, temos a melhor qualidade no sudeste, segundo o Ministério da Saúde. Tenho
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O PSDB não é contra o programa Mais Médicos, nem se opõe a que médicos cubanos sejam contratados pelo programa. Ao contrário. A saúde pública no Brasil vive uma tragédia em todos os níveis. Volto a lembrar que o PT não foi eleito há dois anos. A própria presidente Dilma integra o governo federal há mais de dez anos. O que foi realizado nesses anos para dar qualidade aos serviços médicos e garantir atendimento digno a quem precisa recorrer aos postos e hospitais públicos?
reafirmado sempre o nosso compromisso com estados e municípios e no desenvolvimento de parcerias que permitam dar soluções na segurança pública, que hoje sofre com a falta de colaboração do governo federal. Para se ter ideia, de tudo que é investido em segurança, 87% saem dos cofres de estados e municípios e apenas 13% do governo federal.
O maior desafio a ser enfrentado é devolver ao país as oportunidades que perdemos nestes dez anos. O Brasil perdeu muito porque o governo não foi capaz de realizar as reformas que deveriam ter sido feitas. O Brasil que era o país do futuro virou o lanterninha na fila. Crescemos em 2013 menos que a Venezuela. Perdemos a confiança dos investidores e o governo não foi capaz de criar a segurança e as condições internas para que nossa economia se modernizasse, tornasse competitiva e nos integrássemos às cadeias produtivas globais. Gosto muito de uma frase que ouvi de produtores rurais do Mato Grosso: da porteira para dentro somos os mais produtivos do mundo. Inovamos, temos hoje uma preocupação do produtor rural em relação à necessidade da preservação ambiental. O problema é da porteira para fora. Da porteira para fora, falta tudo... RC - O governador Antonio Anastasia tem força pra também eleger um sucessor? AN - O que vem garantindo ao PSDB a vitória nas últimas três eleições estaduais é o sucesso de um projeto de governo, reconhecido pela população como um projeto que garantiu a melhoria na qualidade de vida dos mineiros, sobretudo de quem depende dos serviços públicos. O governador Anastasia deu continuidade a esse projeto, iniciado por mim em 2003, e tem, segundo as pesquisas, seu trabalho reconhecido pela grande maioria dos mineiros. Ele será, com certeza, um importante fiador da candidatura de Pimenta da Veiga. Pimenta é pré-candidato a partir de uma grande aliança que vem governando com extraordinários resultados Minas Gerais. É o candidato de consenso dessas pessoas que têm demonstrado enorme responsabilidade para com Minas Gerais. E a caminhada nacional que o PSDB tem a responsabilidade de conduzir ao lado dos nossos aliados precisa ter em Minas o seu bastião mais sólido. Com Pimenta da Veiga, com a presença desse extraordinário homem público, governador Antonio Anastasia, das lideranças dos nossos partidos políticos, tenho absoluta convicção que, mais uma vez, venceremos e agora venceremos também no Brasil.
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Por Francisco Costa Júnior E-mail: costajunior14@yahoo.com.br
Responsabilidade Civil e
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iariamente, várias são as situações em que nos encontramos diante do cometimento de atos ilícitos. Parece que, no Brasil, o direito do outro não tem mais a mínima importância. E não só o direito relativo ao patrimônio material, mas, principalmente, ao direito maior, que é a integridade física, que é a vida. Os assaltos se tornaram corriqueiros. Atos de mera vingança destroem a propriedade alheia. E, pior, por quase nada, uns tiram a vida de outros. Por isso iniciamos, com este, uma série de artigos abordando as várias faces da responsabilidade civil e do dever de indenizar. O que queremos enfocar são os atos da nossa vida corriqueira. Constantemente, acompanhamos processos cujos pedidos, além de reparação de dano material, contêm pedido de indenização por dano moral. E qual é a diferença entre o dano material e o dano moral? A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso V, estabelece que “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”. Também o Código Civil, em seu artigo 927, diz: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” E, para entendermos o que é ato ilícito, o próprio Código Civil nos diz no artigo 186: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Assim, o dano material é aquele que causa um prejuízo ao patrimônio material (bens) da pessoa, sendo possível de ser reparado (indenizado) de acordo com o valor dos bens que foram danificados. Num acidente de carro, por exemplo, não é difícil de se chegar ao valor dos prejuízos, bastando a apresentação das notas fiscais do conserto. Já o dano moral é aquele causado à imagem da pessoa e está ligado intimamente a um sofrimento psicológico, a uma dor, um constrangimento, uma vergonha pela qual determinada pessoa passa, provocada por atos ilícitos de um terceiro. Não tem um valor pré-definido, devendo o juiz examinar todos os elementos apresentados na ação para formar o seu juízo de convencimento e aplicar o valor da indenização. A indenização no dano moral tem a fi-
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A indenização no dano moral tem a finalidade de diminuir o sofrimento causado à vitima, reconfortando-a, já que é difícil de se determinar um valor. Por outro lado, objetiva punir o autor do dano para que ele não mais o faça, respeitando o direito do outro. Não se pode, porém, pedir indenização por dano moral por causa de qualquer aborrecimento. Um eletrodoméstico comprado novo, mas com defeito, por exemplo, normalmente não vai gerar direito a indenização por dano moral.
nalidade de diminuir o sofrimento causado à vitima, reconfortando-a, já que é difícil de se determinar um valor. Por outro lado, objetiva punir o autor do dano para que ele não mais o faça, respeitando o direito do outro. Não se pode, porém, pedir indenização por dano moral por causa de qualquer aborrecimento. Um eletrodoméstico comprado novo, mas com defeito, por exemplo, normalmente não vai gerar direito a indenização por dano moral. No máximo, dano material, com a substituição do bem ou a devolução do valor, monetariamente atualizado. Vale ressaltar que o dano material exige prova do prejuízo. Já o dano moral é, geralmente, presumido, isto é, não depende de prova. Verificado o ato lesivo, já se vislumbra o dever de indenizar.
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colaborador
Por Inocêncio Magela E-mail: dialetika@dialetika.com.br
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soma dos fatos sociais acaba promovendo, ao olhar do cidadão brasileiro, uma visão embaçada, como se estivéssemos em meio a brumas. O fato é que há uma riqueza de elementos a serem analisados para que concluamos que é chegada a hora. Afinal, hora de quê? E para quê? Tudo parece ter começado há bem pouco tempo. Em 2011, as pessoas ocuparam as ruas, com atitudes improváveis e inesperadas, enfrentando ditaduras estáveis por dezenas de anos, começando pelo norte da África, como Tunísia, Egito, Líbia, Iêmen e Síria. Parece-nos que tais coragem e ousadia disseminaram-se no mundo, criando então um fato raro. Chegaram aos Estados Unidos, Bósnia, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e Brasil. Cidades importantes como Nova York, Madri, Barcelona e outras foram palco de acampamentos e protestos contra a volúpia dos bancos, que conduziu o mundo à crise de 2008. O movimento expandiu-se para greves na Espanha e Grécia e revolta nos subúr-
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bios de Londres, chegando também ao Chile e a manifestações na Avenida Paulista, em são Paulo. Tais fatos emergiram de uma consciência solidária e recíproca, resultante do uso da multimídia disponível para a grande população com acesso, amplamente compartilhado, às redes sociais e à internet. Tais movimentos têm a curiosidade e a beleza de uma dinâmica que não tem pertencimento. Não há um autor preferencial, uma autoridade centralizante, ou seja, uma liderança responsável pelos acontecimentos, como é próprio de uma rede. Uma rede, no seu mais estrito conceito, é descentralizada, porquanto as mensagens poderão se originar de qualquer “nó”, disparando para a malha, sem caracterizar a autoria. Assim, torna-se difícil, quando não impossível, diagnosticar o ponto de deflagração. O relevante mesmo é que a origem de toda a dinâmica social não é física nem digital. É mental, quase espiritual. Por vezes, inconscientemente,
o movimento nasce de um motivo ingênuo e útil, e de aceitabilidade social e política. A um exame mais acurado pode-se constatar razões mais profundas para explicar toda a força, energia e coragem, com que tais manifestações surgem a ponto de um enfrentamento policial. O exemplo ocorrido em São Paulo há bem pouco tempo, que se justificava por centavos nas tarifas do transporte público, trazia em si uma justificativa social e politicamente aceitável, para explicar o transtorno provocado. O fato é que esta justificativa tomou conta do país. Nas metrópoles, nas cidades médias e pequenas. Estabeleceu-se uma espécie de cultura de reivindicação dos interesses públicos, quer de um bairro, de uma comunidade ou de uma cidade. Expandiu-se inclusive para os interesses de categorias profissionais, quer dos serviços públicos ou da iniciativa privada. As autoridades, por superficialidade ou por esperteza, aceitam e tratam como verdade os argumentos aparentes com que chegam os movimentos. Distorcem os fatos pela sua interpretação. O autoengano parece dar-lhes uma certa tranquilidade, como se tivessem se livrado de mais um fato social. Mal se tranquilizam e um novo fato surge, de natureza diversa, com motivos diferentes e formatos inovadores. À semelhança de um vírus que evolui e se transmuta para se autoproteger, ante os medicamentos aplicados. As autoridades, agora atônitas, dão-se conta de que não podem estabelecer controle sobre os fenômenos emergentes. Mais recentemente surgiram os “rolezinhos”. As autoridades interpretam como sendo a falta de oportunidades de lazer, sobretudo em grandes cidades. Ainda que isso possa acontecer, parece-nos a manifestação de um fenômeno há muito esquecido: “... eu existo!!!” Já não é um pedido. É um grito. É uma exigência, pois deixou de ser “eu existo”, para ser “nós existimos”. Entretanto foi dado ao movimento o se-
guinte significado: é um movimento contra o preconceito e pelo direito de ir e vir dos jovens da periferia. Ainda que o argumento proceda, é insuficiente para explicar o fenômeno. E as autoridades desconcertadas planejam mecanismos de evitação. A questão para as autoridades consiste em descobrir e aplicar estratégias de controle a tudo que está por chegar, mas a situação política e social brasileira não encontrará soluções em curto prazo, podendo tomar decisões de imediato. Stephen R. Covey afirma: “a maioria das pessoas acredita que sua vida seria outra coisa, se a tivesse sob controle. Mas a verdade é que nós não o temos, os princípios são que os têm. Podemos controlar nossas opções, mas não as consequências delas.” Há algum tempo nossos governos não semeiam princípios saudáveis, não dão exemplos notáveis, não criam seguidores a autênticas lideranças. Os fatores aí estão à vista: educação depauperada, a criminalidade infantil, juvenil e adulta disseminada e impune, o tráfico de drogas, a contradição entre o alto índice de corrupção e a alegação de falta de verbas, a degradação de instituições que deveriam ser exemplares e que surgem na mídia com relativa frequência, expondo suas condutas vergonhosas. Essas citações encontram-se sucintas, mas poderiam ser fácil e abundantemente arroladas. Tais movimentos são sintomas de exaustão que encontraram uma forma de vazão mediada por canais de convocação, sem a possibilidade de controle. Como não se pode curar ou reverter tais causas de imediato, o Brasil e seus governos passarão por amargas experiências de descontrole e desobediência. O que nos preocupa são as possibilidades que o caos social possa oferecer, para justificar um governo forte e centralizador, álibi utilizado em diferentes situações passadas. Fato é que são abundantes os sinais de que é chegada a hora do “ponto de mutação”.
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UTI Cardiológica do Bom Samaritano é a primeira da região
Por Ana Paula Teixeira
Foto: Leonardo Morais
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primeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Cardiológica do Vale do Rio Doce já é um sucesso. Inaugurada no último dia 30 de janeiro pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Alexandre Silveira, mais de 30 pessoas já foram atendidas e a primeira cirurgia cardíaca foi realizada no mês de março. A UTI Cardiológica funciona no Hospital Bom Samaritano, referência em serviços de alta complexidade habilitados para atendimentos pelo SUS e por convênios. De acordo com o cardiologista Sérgio de Azevedo Naves, coordenador da unidade, a intenção em criar a UTI Cardiológica é valorizar os pacientes cardíacos, atendendo-os melhor. “Com uma UTI específica para pessoas com problemas de coração conseguimos ter os profissionais treinados exclusivamente para esta finalidade, ou seja, profissionais mais capacitados para atender a esses pacientes”, explicou o médico. Enquanto a UTI convencional já disponibilizava dez leitos, a UTI cardiológica conta com outros novos dez, sendo que as duas unidades ocupam espaços físicos diferentes. Dos vinte leitos, 12 são destinados aos pacientes dos SUS. Levando-se em conta que Governador Valadares tem no total 44 leitos de UTI espalhados pelos hospitais do município, é fácil perceber que quase a metade está localizada no Hospital Bom Samaritano.
Emergência da Macrorregião Leste, que inclui as microrregiões de Valadares e Fabriciano. “As doenças cardiovasculares, especificamente do coração e vascular cerebral, são as que mais matam no Brasil e no mundo; não é a Aids nem um câncer específico. São as doenças cardiovasculares as maiores responsáveis pelas mortes”, alerta Sérgio Naves. “Nossa UTI é totalmente humanizada. Antigamente as UTIs eram ambientes sombrios e fechados, onde parecia que as pessoas entravam para morrer. Já a UTI Cardiológica tem uma ampla visão para a área externa, de forma que existe uma janela grande ao lado de cada leito, boxes amplos e tecnologia de alto padrão, sem deixar a desejar em nada”, explica. Outro ponto importante destacado pelo médico refere-se à equipe multidisciplinar que atua na UTI Cardiológica. “É uma equipe bem preparada, formada por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas.” Dando passos Além de ser destaque na macrorregião (principalmente pela alta complexidade nas cirurgias bariátricas e cardíacas), o Hospital Bom Samaritano prepara mais uma novidade a partir de abril. “Seremos o primeiro hospital do Leste de Minas a oferecer residência médica em cardiologia”, anuncia Naves. “Teremos duas vagas disponíveis para isso e o principal é que temos o reconhecimento do Ministério da Educação (MEC).” O Samaritano é referência em serviços de alta complexidade habilitados para atendimentos pelo SUS: oncologia e radioterapia, UTI, transplantes de córneas, implante coclear (ouvido biônico), hemodiálise, cirurgia bariátrica em pacientes com obesidade grave e UTI Cardiológica.
Conforto Recentemente, o Hospital Samaritano foi classificado pela Secretaria de Estado de Saúde como Hospital de Nível 1 – para atender IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) para a rede de Urgência e
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Dr. Sérgio Naves apresentou tecnicamente a UTI Cardiólogica do Bom Samaritano às autoridades presentes na inauguração em janeiro
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Água engarrafada
a importância do envase adequado
Por Ana Paula Teixeira
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ada vez mais os consumidores de água mineral engarrafada se perguntam se o produto e a embalagem em que ele é vendido são seguros ou, ao menos, mais seguros que a água filtrada. De fato, nomes atraentes e rótulos evocando paisagens inocentes já nos convenceram de que a água mineral é a bebida mais pura oferecida. No entanto, no que se refere ao processo
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de engarrafamento da água adquirida, o que o consumidor deve procurar saber é se está comprando uma água regulamentada e protegida. Quanto ao comércio de água mineral engarrafada, as leis brasileiras são rigorosas. Desde sua captação até o consumidor final, o produto está sujeito à fiscalização. O Departamento Nacional de Produção Mineral
(DNPM) autoriza e monitora a exploração das fontes de água mineral no país. Para comercializá-la, a empresa deve cumprir à risca os padrões de qualidade determinados pelo órgão responsável. Além de explorar somente o que for concedido, a empresa se responsabiliza pela mão-de-obra, pelos recursos e também pela embalagem do produto. Dados da Associação Internacional de Águas Engarrafadas revelam que a demanda brasileira pelas águas engarrafadas cresce mais de 7% ao ano. No entanto, no caso de reprovação de alguma marca, os órgãos competentes adotam medidas legais para prevenir possíveis danos à saúde e impedir a circulação do produto. Fiscalizando O rigor exigido pelo DNPM é ratificado pela empresa Krenak, cuja fonte está situada a 100 quilômetros de Governador Valadares. De acordo com a proprietária da marca, Tábata Sherrer, em março de 2011 foi realizada a última a coleta, estando a próxima coleta agendada para março de 2014, já que o procedimento acontece de 3 em 3 anos. Uma vez que se trata de uma análise obrigatória, de acordo com os resultados é preciso alterar os rótulos de todas as embalagens, conforme a mínima alteração de cada composto químico. Na Krenak, por exemplo, após a última coleta, foram feitas algumas adequações no rótulo. De acordo com esta última análise, foram registrados os seguintes índices: Sódio= 1,49 mg/litro Sulfato= 0,24 mg/litro Potássio= 0,73mg/litro. Na Krenak, o envase é feito na indústria localizada na fonte. “Apesar da riqueza natural do lugar e dos cuidados que o meio ambiente oferece, modernas técnicas de envasamento são utilizadas. A tecnologia está presente desde o nascedouro da água até o carregamento final do caminhão”, explica Tábata. São cinco as etapas entre a coleta e o fornecimento: Etapa 1- Os recipientes são cuidadosamente inspecionados. Etapa 2- Os garrafões são lavados internamente. Etapa 3- Depois disso, os garrafões são lavados e esterilizados. Etapa 4- Envase e fechamento da embalagem. Etapa 5- Os garrafões são rotulados, lavados e levados para o carregamento. A contaminação da água engarrafada, desde a sua fonte, é tema preocupante no Brasil e também em outros países. Portanto, na dúvida, vale a pena ficar de olho e ter acesso a informações referentes ao processo que antecede o produto final, antes mesmo de consumi-lo.
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Iniciativa do deputado Hélio Gomes
vai levar telefonia celular aos distritos mineiros
Deputado propõe que operadoras ampliem sinal de celular para os distritos mineiros Por Ana Paula Teixeira
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deputado Hélio Gomes (PSD) está em constante busca de melhorias para nossa região. Um dos questionamentos dele é quanto ao acesso à telefonia móvel nos distritos. Serviço essencial, que interfere diretamente no comércio, saúde e segurança dessas localidades. Mas os problemas relacionados à falta de comunicação móvel na maioria dos distritos podem estar com os dias contados. Isso porque um projeto de lei do deputado deve acelerar a chegada da telefonia móvel nos distritos que ainda não tem este serviço. Hélio Gomes é autor do Projeto de Lei 1.565/2011, aprovado em 1° turno pela Assembleia Legislativa (ALMG). O PL determina que as empresas de telefonia celular ampliem a área de cobertura para 100% dos distritos mineiros até 31 de dezembro de 2014. Sendo assim, o governo cobraria das empresas a instalação de torres nos distritos com população acima de 700 habitantes. “Não dá para aceitar que em pleno século 21 pessoas ainda estejam isoladas do mundo por falta de comunicação. O serviço é essencial para o desenvolvimento regional e pessoal e gera benefícios para todos.” Questionou. E os primeiros resultados já começaram a surgir. No dia 13 de janeiro deste ano, foi lançada em Belo Horizonte a segunda etapa do programa de universalização do acesso aos serviços de telecomunicações, o “Minas Comunica”. Ao todo 692 distritos vão ser atendidos pelo programa, o que vai beneficiar aproximadamente 1,170 milhão de pessoas. O próximo passo a ser determinado pelo governo é a abertura de uma concorrência pública para a participação das empresas que vão ter concessão antecipada de ICMS. Após a instalação e o funcionamento, a operadora vai ter um crédito futuro que vai ser gerado até o valor da licitação. Hoje se tem como referência R$ 200 mil por torre. Na região de Governador Valadares, 11 distritos vão ser beneficiados. São eles: Alto Santa Helena, Baguari, Brejaubinha, Xonin, Xonin de Baixo, Goiabal, Penha do Cassiano, Santo Antônio do Pontal, São José do Itapinoã, São Vítor e Vila Nova Floresta. Para Hélio Gomes, a chegada do sinal da tele-
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fonia móvel aos distritos é sinônimo de desenvolvimento. Uma oportunidade para estes moradores de usufruir de toda interação que o serviço oferece, seja com a telefonia ou com acesso a internet.
Uma melhor qualidade de vida e saúde para todos Sempre atento às necessidades das pessoas, o deputado Hélio Gomes trouxe para Governador Valadares, por meio de uma emenda parlamentar, 10 academias ao ar livre. Elas estão localizadas em praças dos bairros Altinópolis, Conjunto Sir, Esperança, Vila União, Jardim do Trevo, Lagoa Santa, Penha, Santa Helena, Santa Paula e Santa Rita, e o projeto segue funcionando a todo vapor. Esses espaços são geralmente aproveitados pelos moradores para prática de exercícios e lazer para as famílias. Conseqüentemente promovem mais interação e melhor qualidade de vida para todos. Para o deputado as academias na praça são uma opção prática, divertida e gratuita de se cuidar. “As pessoas que freqüentam as academias fazem seus exercícios ao ar livre tranquilamente, e não tem limite de idade para praticar as atividades”, ressaltou. A ideia é que este benefício se estenda também para os distritos. E os próximos a receberem estas academias por meio do deputado são: São José do Itapinoã, Xonin, Xonin de Baixo, Baguari e São Vitor.
colaborador
O ano da Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com
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opinião‘‘
ano começou com as mídias sociais ocupando um lugar de destaque no noticiário. Os “rolezinhos” tomaram conta das capitais brasileiras, pautando grande parte do mês de janeiro na imprensa. Mais uma vez, grande parte dos encontros foram marcados por redes sociais. Além de acompanharmos diariamente a cobertura pela TV e jornais, ficamos atentos aos debates que se desenvolveram em nossas redes. Talvez seja uma tendência para o ano de 2014, que ainda terá a Copa do Mundo e as eleições presidenciais. Vamos gastar algum tempo opinando e debatendo. O fato neste e em outros movimentos que aconteceram nos últimos anos é que cada vez mais o ambiente digital tem se tornado um ponto de encontro. Um local para troca de ideias que, eventualmente, causam desdobramentos nas ruas. Este é um ponto importan-
te que nos mostra um protagonismo das redes sociais. Neste momento, não apenas como ferramenta de “marketing pessoal”, mas também como um ambiente propício ao debate e para a exposição da opinião. Mas eis a questão: até que ponto um debate na internet pode realmente transformar a realidade? Um exemplo importante foram as manifestações no ano de 2013 que se espalharam pelo país. Se trouxe mudanças efetivas? Acredito que ainda não. Ainda. Mas pelo menos ficou mais fácil de perceber que vivemos em uma era em que é mais fácil juntar pessoas que possuem interesses parecidos. Vivemos uma inevitável aproximação. Um exemplo? Fique distante de uma pessoa conhecida. Se você a tem adicionada em sua rede social, você terá a sensação de que vocês moram na mesma cidade. No próximo encontro, as novidades serão poucas. Você sabe de quase tudo pelo Facebook! Outro exemplo vem da publicidade. A marca de higiene e beleza Dove vem liderando ano após ano a discussão em torno da beleza feminina. Basicamente a marca tem questionado se o padrão de beleza midiático é aquilo que realmente as mulheres procuram. Mulheres da vida real, sem photoshop. E é no ambiente digital que a marca tem construído um diálogo com o público, que opina e participa ativamente fazendo publicidade ao lado da marca. Se você ainda não conhece, vale a pena procurar no Youtube o filme Dove Sketches. São mais de 61 milhões de visualizações. Uma infinidade de pessoas impactadas pela ação e dispostas a dialogar sobre o tema. Paralelamente, o acesso à internet cresce e o brasileiro gasta mais tempo discutindo, debatendo e interagindo não apenas com fotos e cliques de um final de semana ao lado dos amigos. Os três exemplos, do rolezinho, das manifestações e da publicidade mostram que dar a opinião é algo cada vez mais importante. Afinal de contas, quantas vezes você, mesmo sem querer, já não se pegou debatendo com alguém em suas redes sociais?
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Sonia Miranda
glamour Foto: Divulgação
Brunny Gomes Em uma noite superagradável, Brunny Gomes recebeu em sua casa amigos, imprensa, formadores de opinião e equipe de TV para o lançamento do seu programa “Brunny & Vc”, na TV Alterosa. Sempre muito simpática, Brunny atendeu a todos, tirou fotos e fez um breve discurso sobre o projeto do programa que já virou sucesso. O tema de abertura virou um hit entre os convidados. Todos tiveram a oportunidade de assistir trechos dos quadros do programa. Brunny & Vc já é um sucesso em todo o leste de Minas.
Retalhos
Gevê Folia 2014
O grande evento cultural de GV, marcado para 02 e 03 de maio, está de cara nova. Serão dois dias de festa, que já tem presenças confirmadas de Claudia Leitte, Tomate, Bell Marques e a banda Psirico, com o sucesso absoluto “Lepo Lepo”. E também reformulado, o camarote 360 agora será open bar. Além dele, o Gevê Folia terá também o Camarote Real – que nos anos anteriores chamava-se “Camarote Exclusive” – com visão privilegiada para os shows. Já o tradicional bloco É O Bichinho vai dar aos pais a chance de comparecer ao evento com as crianças, com direito a promoção para toda a família e muitas outras novidades.
Cooperativa em festa
A comemoração pelos 55 anos de fundação da Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce, presidida desde 2008 pelos visionários Guilherme Olinto e o vice João Marques, foi superprestigiada com a presença de cooperados, políticos, representantes de classes, amigos, dentre outros. Na ocasião, também foi reinaugurado o armazém matriz. Guilherme e João Marques demonstraram mais uma vez a credibilidade que lhes é peculiar. Foto: Carlos Eller/Diário do Rio Doce
Anfitriões, ao lado do deputado estadual Bonifácio Mourão
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Anfitriões ao lado da prefeita de Valadares, Elisa Costa
Inauguração da UTI Cardiológica
Renato Fraga (secretario Municipal de Saúde de Valadares) com o genro Leonardo Quintão (deputado federal) e Dr. Antônio Jorge de Souza (ex-secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais), na inauguração da UTI Cardiológica do Hospital Bom Samaritano em Valadares.
Novidades
Haifa Feito a Mão, na Rua Belo Horizonte, 475, tem novidades para você presentear, decorar seu escritório, casa e até jardim com móveis exclusivos e decoração pra lá de moderna.
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especial
O caminho das
pedras Por Honofre Souza
Praticantes de escalada em Valadares traçam via para subir da base ao cume do paredão de aproximadamente 600 metros na Ibituruna
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hegar ao Pico da Ibituruna escalando pelo gigantesco paredão existente em sua parte frontal é um antigo sonho dos praticantes desta atividade na região. No local já foram abertas pelo menos três vias (uma espécie de trilha) com proteções fixadas nas pedras, servindo de apoio a eles mesmos em incursões rotineiras ou aos próximos que queiram fazer o trajeto. Em Valadares, um grupo formado, entre outros, pelos amigos Breno Coelho (educador físico), Brunno Denadai (educador físico), Vanderli Júnior (biólogo), Maurício Gomes Torres (educador físico) e Jusivaldo Zuza (educador físico), está prestes registrar este feito inédito:
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concluir uma das vias de escalada - a chamada via do Ralf (que leva este nome em homenagem ao escalador Eduardo Ralf, que a iniciou em 2002), possibilitando a subida da base ao cume. Há pelo menos seis anos a equipe vem explorando cuidadosamente o paredão, optando por abrir uma via de cima para baixo, que parte do pé da santa, fazendo o encontro com a via do Ralf, que já possui cerca de 350 metros protegidos. “A via começa na base da parede principal, que é avistada do Centro de Valadares, indo até o mirante da Santa, localizado no Pico”, diz Denadai, praticante de escalada desde 2004. Para o escalador, a conexão da via existente
ao cume da Ibituruna tem um significado importante. Além de ser um feito inédito, abre novas possibilidades para a prática do esporte no local, agregando a outros já difundidos, tais como voo livre, mountain bike e caminhada. “Uma vez criada esta via, ela pode ser utilizada tanto por atletas experientes como por pessoas que queiram iniciar na prática da escalada, incentivando o esporte e até mesmo o turismo, através dessa atividade”, analisa Denadai. O personal trainner Breno Coelho diz que a Ibituruna já é considerada uma grande referência na escalada. Ele revela que a região da montanha oferece muitas possibilidades para o rapel e uma variedade de subdivisões da escalada, como a esportiva, em boulder e clássica (ver quadro). “A Ibituruna conta, hoje, na comunidade do Brejaúba, até mesmo com um
Campo Escola de Escalada”, revela. Atleta de uma geração anterior de escaladores, Ailton Catão, que nos anos 90 integrava o grupo denominado T.O.P.A., conta que foi responsável pela conquista de pelo menos duas vias no paredão, uma delas exclusivamente para resgate de pilotos de voo livre, em casos de acidentes. A outra via, que teria o intuito de chegar ao cume, está incompleta, mas ele esclarece a intenção de retornar ao local para concluir o objetivo inicial. “Paramos basicamente pela exigência técnica do procedimento de escalada a partir daquele ponto ir aumentando. E o grupo, cada um com sua vida pessoal, não conseguiu espaço e tempo para se organizar para completar a via”, revela Catão, apoiando a iniciativa de novos atletas que buscam a conquista do cume.
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Condições para a prática do rapel e escalada Via de regra, a prática do rapel e da escalada exige preparos físico, técnico e mental do escalador. O grau de exigência de cada atividade (rapel e escalada) é diferente, o que pode limitar algumas pessoas em um desenvolvimento mais aprofundado no esporte. No entanto, o educador físico Breno Coelho garante que, como forma de experimentação e com auxílio profissional, todos podem vivenciar a experiência. “O rapel por si só não exige muito fisicamente. Creio que um preparo mental e uma boa coordenação dos movimentos são os aspectos fundamentais. Já na escalada é preciso condicionamento devido à necessidade de vencer a gravidade, utilizando agarras (saliências nas quais se apóiam os pés e mãos para progredir) onde é preciso força e técnica”, completa Coelho. Para tornar-se praticante de uma das modalidades, é fundamental que se faça um curso básico que varia de R$ 400,00 a R$ 1,2 mil, no qual o iniciante irá apreender todos os procedimentos de segurança. O novato precisa também adquirir um kit de equipamentos básicos contendo corda, cadeirinha, freio, capacete, costuras, sapatilhas, mosquetões e fitas para ancoragem. O investimento fica entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. Entre os benefícios da escalada, segundo os praticantes, estão a melhoria da qualidade de vida através do contato direto com a natureza, autoconfiança, atenção e organização, além de outros, tais como força, flexibilidade, equilíbrio, resistência e condicionamento cardiorrespiratório.
modalidades de escalada escalada em boulder –
Escalada em blocos de até oito metros. A segurança é feita por colchões específicos (crash pads) e o auxílio de colegas de equipe (segurança de corpo). escalada esportiva – São escaladas em vias de até 50 metros, com auxilio
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de equipamentos de segurança, permitindo que sejam realizadas diversas vezes num mesmo dia. Normalmente possuem alto grau de dificuldade. - Escalada em paredões acima de 50 metros nos quais se ganha altura através das “cordadas”. Requer maior esquema logístico e conhecimento técnico. escalada classica
- Escalada em paredões, nos quais os escaladores chegam a pernoitar na parede, demorando dois ou mais dias para concluir a atividade. big wall
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“Passeando pelas pedras” Professora conta como foi a experiência de rapelar e escalar pela primeira vez na Ibituturna Movida pela curiosidade e o desejo de se entregar numa aventura intensa e transformadora, a professora de Direito Melissa Meira de Vasconcellos decidiu participar pela primeira vez da atividade durante o período de férias, no início do ano. Programou então com a equipe da Friends Adventure (grupo especializado em atividades de aventura na natureza) uma incursão pelo paredão da Ibituruna, localizado bem abaixo do mirante da Santa, a uma distância de aproximadamente 50 metros do cume. Sem saber ao certo como funcionava na prática, recebeu todas as orientações do grupo sobre o uso dos equipamentos e as medidas de segurança antes de partir para a descida. “No início, quando me vi dependurada a poucos metros daquele penhasco, senti muita adrenalina. Mas quando retomei a consciência de que estava fazendo tudo cercada de profissionais preparados, passei a experimentar a fascinante euforia que o rapel proporciona”, relata a professora. Ela garante que valeu a pena, sobretudo pelo contato com a natureza e o que fica após a experiência. “É indescritível a emoção de apreciar a cidade e o pôr-do-sol daquele ângulo. Depois de superada a doce euforia, vem a sensação de que você é capaz de controlar seus medos e enfrentar desafios. Isso te deixa em paz e cheio de energia para encarar as verdadeiras batalhas. Momentos assim são gratificantes e fazem a vida valer a pena!”, conclui.
principais equipamentos utilizados na escalada: corda dinâmica cadeirinhas freio grigri freio ATC costuras mosquetões fita tubular capacetes saco porta magnésio carbonato de magnésio sapatilhas
“Praticantes de rapel iniciam descida a partir do cume da Ibituruna. Adrenalina proporcionada pelo esporte chamou a atenção da professora Melissa Meira (no centro), que define: “passei a experimentar a fascinante euforia do rapel”
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colaborador
Jesus, cientista por excelência Por Adriana Portugal E-mail: adrianampmportugal@hotmail.com
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ciência objetiva a produção de um conhecimento válido, que possa ser replicado. Busca responder questões que tenham utilidade para a humanidade. Por largo tempo houve um distanciamento entre religião e alguns cientistas que consideraram esta primeira como entorpecente de massas, aniquiladora de vontades, um anestésico gerador da ilusão de bem-estar. Outros a consideraram meio de manipular mentes, de dominação. Não há como negar verdades por detrás de cada argumento. Mas não podemos confundir religião com os ensinos de Jesus. A religião, como tudo o mais que o homem tem acesso, pode ser utilizada para produzir flores ou espinhos, para
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gerar crescimento ou estagnação, para propiciar escravização ou libertação. O mesmo não se dá com os ensinos de Jesus. Destes, nem mesmo os rigorosos padrões da ciência conseguiram se distanciar; ao contrário, como o filho pródigo, percorrem o caminho de volta à casa do Pai. Há uma mensagem que afirmam ter sido lida na cerimônia de formatura do Curso de Medicina da PUC-PR em 2010, onde Jesus é aclamado como o maior e melhor médico que a humanidade já teve. Diz a mensagem que Jesus foi o maior reumatologista, pois curou um homem que tinha mão ressequida – ou osteoartrite das articulações interfalangeanas. Foi o primeiro oftalmologista,
pois curou cegos de nascença. Foi o primeiro emergencista ao realizar uma ressuscitação cardiopulmonar, utilizando como desfibrilador sua palavra: “Lázaro, vem para fora!” Foi o maior psiquiatra da história, pois curou um jovem com graves distúrbios de pensamento e comportamento. Foi o maior ortopedista que já existiu, pois disse a um homem coxo: “levanta, toma a tua maca e anda”, e o homem andou. Foi o dermatologista mais sábio, pois curou, instantaneamente, 10 homens que sofriam de hanseníase. Foi, ainda, o primeiro hematologista, pois com apenas um toque curou a coagulopatia de uma mulher que sofria de hemorragia havia mais de 12 anos. Jesus não esteve entre nós para deixar um legado de frases de efeito para serem repetidas em momentos de dor, angústia ou alegria, mas um código de conduta para alcançar a paz, a serenidade, a felicidade, a saúde, melhoria na qualidade de vida, como vem comprovando inúmeros estudos científicos. O apóstolo Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?” O Mestre das Ciências respondeu: “Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.” (Mt. 18:21-22). O Mestre ensinou que deveríamos perdoar quantas vezes fossem necessárias. Um estudo realizado na Universidade de Duke mostrou que pessoas com dores crônicas nas costas, quando conseguiram perdoar os que os magoaram, passaram a sentir menos dores, além de experimentarem menos problemas psicológicos como ódio e depressão do que pessoas que não perdoaram. Outro estudo da Universidade de Michigan com pacientes tetraplégicos mostrou que os que conseguiram exercitar o perdão a si ou a terceiros apresentaram melhoria na qualidade de vida, mostrando-se mais satisfeitos, com mais saúde e hábitos mais saudáveis. Pesquisadores de Stanford realizaram estudo sobre perdão e concluíram que perdoar aumenta a saúde física, mental e a vitalidade. Eles pesquisaram um grupo que ti-
nha conflitos e mágoas não resolvidos e, através de palestras, apresentação de imagens e debates, treinou o grupo a perdoar. Os pacientes tiveram uma diminuição de 70% nos sentimentos de dor, de 13% no grau de ódio que sentiam, 27% nos sintomas físicos (dores nas costas, tontura, dor de cabeça e de estômago, entre outros), 15% menos estresse emocional e um aumento de 34% na vontade de perdoar as pessoas que as tinham ferido. Vemos que perdoar não é um gesto de bondade, caridade ou exigência religiosa pura e simplesmente, mas uma atitude que proporciona saúde, bem-estar, equilíbrio emocional, melhoria na qualidade de vida e satisfação pessoal. Existem também pesquisas realizadas que afirmam ser um dos maiores desejos do ser humano o da “importância”, o desejo de ser reconhecido. O cientista Jesus, diante da disputa entre os seus discípulos para saber quem era o maior, sentenciou que o maior é o que serve. Que “se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos” (Mc 9:35). Ser aquele que serve, afirma a ciência, traz benefícios. Um estudo coordenado pela Escola de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, publicado na revista “BMC Public Health”, afirma que o trabalho voluntário faz bem para a saúde. Conclui que aqueles que servem vivem mais tempo, têm uma mortalidade 20% menor aos não-voluntários, têm menores índices de depressão, maior satisfação com a vida e bem-estar. Até para conseguir emprego, ser aquele que serve traz benefícios, pois o exercício de trabalho voluntário conta ponto a favor do candidato que, via de regra, é uma pessoa pró-ativa, tem facilidade para trabalhar em equipe e tem uma tendência a ser mais flexível. Quer ser o maior? Sirva. Afirmou o cientista Jesus. Jesus é Mestre, Guia e Modelo. Veio para ser seguido. É caminho. É verdade. É vida. Quando assim o considerarmos e passarmos a viver com os seus ensinamentos orientando nossos passos, teremos vida, e a teremos em abundância.
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colaborador
Brasil
A Copa é sua,
Por João Paulo de Oliveira Site: http://apontadordelapis.wordpress.com Três amigos – Adoilson, Alexandre e Gutemberg – juntaram-se para assistir a melhor partida da Copa do Mundo 2014, uma semifinal entre Brasil e Argentina, bem no Mineirão. Os três assalariados vinham juntando dinheiro desde 2009 para assistir aos melhores jogos. Mas, como emergências são exceções que viram regras, a “Poupança Copa” dos rapazes não rendeu muito e acabaram tendo que recorrer a empréstimos com juros abusivos para assistir a um único jogo, o mais importante de todos. Chegou o tão esperado dia e os três entraram no ônibus com 8 horas de antecedência. - Brasil! – gritou Gutemberg. - Nem acredito, isso é histórico! – disse Alexandre, agarrado inutilmente em um apoio do ônibus que estava tão lotado que, se caso tivesse largado o apoio não daria um passo sequer. - Eu sei, tive que vender meu carro para conseguir pagar por isso – reclamou Adoilson. - Para de reclamar e agradece de não ter precisado vender um rim – cortou Alexandre. O ônibus estava tão lotado quanto lento e quente. Quarenta minutos depois e 350 metros à frente, Adoilson cedeu: - Chega! Alô, motorista, para esse troço que eu vou descer aqui mesmo! - É isso aí! – disse Alexandre, apoiando e rindo muito da revolta do amigo. - Brasil! – completou Gutemberg. E assim os três desceram, o ônibus começou a andar normalmente, ultrapassando-os e sumindo no fim da avenida. - É bom que a gente caminha um pouco – comentou Adoilson – deve ter
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um boteco adiante. A caminhada foi bem interessante. Depararam com três ônibus queimados, duas manifestações, 10 bombas de efeito moral, quatro esguichos de spray de pimenta e incontáveis balas de borracha. Só não foram assaltados porque isso já tinha acontecido dias atrás, quando compraram os ingressos. Uma coisa linda, ficaram emocionados. Assalto padrão Fifa. Depois de duas horas e meia andando pela capital mineira, o caminho estava aberto até o Mineirão. Nos últimos 300 metros, recusaram algumas ofertas de cocaína que vinham em papelotes com o rosto dos jogadores das duas seleções: - E “aê”, patrão. Vai de Messi ou Neymar? – ofereceu o estranho comerciante. - Não vou nem de Bernard, meu chapa! Quero não, obrigado! – respondeu Adoilson. - Vamos gente! – apressou Alexandre. - BRASIIIIIIIIIIIIIIL! – festejou Gutemberg. Logo na entrada aconteceu mais um problema. Os ingressos eram clonados e a catraca eletrônica acusou. Resultado: depois de mais uma hora e 900 reais de suborno, finalmente conseguiram avistar o tapete verde. Sim, estavam ali. Aquilo realmente estava acontecendo. Apesar dos percalços, este era o dia mais feliz da vida dos três. - BRAAAAAAASIIIIIIL! – gritou novamente Gutemberg. A felicidade não durou muito. A Seleção Canarinho entrou em campo apática. Depois de 90 minutos de decepções, o Brasil perdeu na semifinal para a Argentina por 3 a 0. A tristeza tomou conta do Brasil. Foi então que, na saída do estádio, Gutemberg quebrou o silêncio: - Eu sabia que ia dar nisso! Vamos logo que eu tenho que trabalhar amanhã.
Vereadora Iracy de Matos: Um mandato a serviço da cidadania
Fazer um mandato a serviço da cidadania. Com esse objetivo, a Vereadora Iracy de Matos, do Partido Solidariedade, foi eleita com 1.857 votos para a Legislatura 2013-2016. Assistente social há quase 30 anos, mantém o compromisso com as causas sociais, evidenciado no posicionamento para efetiva estruturação das políticas públicas sustentáveis. Em seu primeiro ano como vereadora, levou importantes debates e proposições à Câmara Municipal de Governador Valadares. “Nesse intuito, criamos a Lei nº 6.368, de 2013, que garante a gratuidade do transporte coletivo urbano aos usuários de bolsa de colostomia e impede a suspensão do passe livre durante o período de férias para pessoas com deficiência mental que frequentam instituições especializadas”, enfatiza Iracy. Já em 2014, foram apresentados seis pedidos
de audiência pública para discutir políticas voltadas para o idoso, pessoa em situação de rua, afrodescendentes, criança e adolescente, incentivo à leitura e esporte para a juventude. Apresentou também dois importantes projetos de lei que irão à votação na Câmara: o PL que pede a obrigatoriedade da presença de ascensorista em elevadores de prédios com consultórios médicos e serviços de saúde; e o PL que propõe a criação do Prêmio de Literatura Cidade de Governador Valadares, que visa fomentar a produção literária local. “Acredito que a justiça social é garantia de cidadania. Portanto, só será possível pelo acesso às políticas públicas. Reconheço que o Legislativo é um espaço de poder legítimo que, aliado à vontade política, possibilita a transformação de uma sociedade”, destaca a vereadora.
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Que tal um
cafezinho?
Produtores das Matas de Minas melhoram café da região e ganham reconhecimento mundial em produção e qualidade Por Carlos Henrique Cruz E-mail: carloshcruz@uol.com.br
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egunda maior produtora de café do Estado, a região das Matas de Minas é a prova de que a cafeicultura, quando melhor organizada, provoca significativas transformações e grandes melhorias que vão além das porteiras das fazendas cafeeiras. Nas últimas duas décadas, a região tradicionalmente conhecida por produzir grãos de baixa qualidade se transformou num polo de cafés de qualidade superior. Os cafés exportados a partir de Manhuaçu receberam o título de Rio Zona (originários da Zona da Mata e exportados pelo Rio de Janeiro). Eram considerados de péssima qualidade e, por consequência, tinham os piores preços. Depois de enfrentar o descaso na história, a região foi atrás de informação e investiu tecnologia para produção e beneficiamento e assim a
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construir uma nova reputação com a produção de qualidade reconhecida. Diretor da Associação de Cafés Especiais de Minas Gerais (SCAMG), Alexandre Junqueira Leitão conta que a entidade surgiu há treze anos e foi um dos frutos da mudança de perfil da região. “Éramos um grupo de produtores com o intuito de mostrar que a região não é só produtora de café Rio. Toda vida tivemos o produto, mas nunca tivemos uma história para contar. Depois da mudança de perfil, com investimentos em tecnologia e novas práticas, a região começou a ganhar prêmios importantes reconhecidos pelo mercado, e a situação está mudando para melhor”, comemora Alexandre Leitão. A pretensão é consolidar sua posição no
Foto: Carlos Henrique Cruz
Encontros setoriais fortalecem a cafeicultura das Matas de Minas: diretor da SCAMG, Alexandre Leitão, e presidente da Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Manhuaçu (Aciam), Antônio Carlos Xavier da Gama.
alto patamar de qualidade dos melhores cafés gourmets brasileiros. A analista do Sebrae-MG em Manhuaçu, Ereni Emerick, que coordena um projeto sobre os cafés das Matas de Minas, ressalta que a mudança começou no ano 2000, quando produtores venceram o concurso nacional da Associação de Cafés Especiais. Em seguida, vieram prêmios em diversos concursos, como da Illy Coffee – uma das mais importantes torrefadoras de todo o mundo. As Matas de Minas nunca mais saíram dos melhores resultados. “Esse reconhecimento vem abrindo portas para os produtores locais e mudando a imagem que a região tinha”, afirma Ereni.
nal. É também por causa do café que a cidade é a segunda na avaliação do PIB total (2011), de acordo com o IBGE, superando outras 140 cidades da Zona da Mata e ficando atrás apenas de Juiz de Fora. A região das Matas de Minas, formada pelos polos cafeeiros de Manhuaçu, Muriaé e Viçosa, produz aproximadamente 6 milhões de sacas, sendo que somente a área de Manhuaçu corresponde a 3,3 milhões de sacas. Esse volume, somado ao das regiões do Rio Doce e Central, representa cerca de 24% da produção mineira e 12% do Brasil. A principal característica, que impacta fortemente no custo de produção, é o terreno montanhoso em que o café é cultivado. Se por um lado isso oferece atrativos de aroma e sabor diferenciados, o processo de plantio e colheita é praticamente todo manual. Fotos: Carlos Henrique Cruz/Rossevelt Póvoa.
Importância O café é a base da economia da Zona da Mata mineira desde os tempos da colonização pela Coroa Portuguesa. O produto é tão importante que 10% do PIB da região depende dele. E isso se reflete no Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, que, em 1991, era de 0,64 e, em 2000, subiu para 0,72. No PIB agropecuário, Manhuaçu lidera o ranking regio-
Criado há 18 anos, o Simpósio de Cafeicultura, realizado em Manhuaçu, consolidou-se como polo disseminador de negócios, informações e novidades para o setor cafeeiro, tornando-se espaço privilegiado de lançamento dos concursos de qualidade. Fotos: Wellington Sarmento
Café nas montanhas: apesar dos avanços, lidar com o terreno acidentado é um dos principais desafios da cafeicultura na região.
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O resultado é uma cafeicultura com forte apelo social. É o segmento que mais emprega e distribui renda na região. Outra característica marcante é a divisão fundiária que aconteceu naturalmente nas Matas de Minas. A produção de café é realizada em pequenas propriedades da agricultura familiar. As áreas são resultados da divisão natural ao longo dos anos entre os primeiros cafeicultores e seus herdeiros. Em 1995, os pequenos produtores representavam 40% de todos os produtores. Em 2006, 80%. A produção também tem crescido. Em 1995, esse grupo de agricultores familiares, que têm propriedades de até 10 hectares, era responsável por 15% da produção de café na região. Em 2006, 45% da produção já vinha dos pequenos cafeicultores. José Luís Rufino, superintendente do Centro de Excelência do Café das Matas de Minas, sediado na Universidade Federal de Viçosa, explica que apenas 6% dos cafés da região são comercializados como especiais, enquanto 27,5% ainda são negociados como “tipo rio”, nas suas várias subclasses, todas consideradas como cafés de qualidade inferior. Os demais (65%) são comercializados como produtos de qualidade intermediária. O exercício, segundo ele, é justamente mudar essa balança para alcançar melhores preços. “As perspectivas de aumentar o percentual dos cafés de melhor qualidade são muito positivas. As tecnologias para sustentar essa conquista já estão disponíveis. Portanto, precisamos trabalhar o binômio qualidade e produtividade”, diz Rufino. Mercado Aproximar a qualidade do mercado, aliás, é tarefa executada com empenho na região. Pelo segundo ano, o Sebrae-MG promove a Rodada de Negócios do Café das Matas de Minas para aproximar produtores e o mercado comprador. Em 2013, a ação contou com a presença de sete comprado-
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Foto: Carlos Henrique Cruz
“Buscar novos mercados é uma de nossas missões”, afirma o diretorpresidente da Coocafé.
res e 37 estabelecimentos ofertantes. Para os representantes da SCAMG, a estratégia deu certo para o setor de cafés especiais. “Nosso trabalho envolve processos e tecnologias diferentes dos usados no plantio, na colheita, no beneficiamento e no armazenamento do café comum. Tivemos a oportunidade de apresentar essas características para um público específico, que busca um produto diferenciado e com qualidade garantida”, relata Sérgio D’Alessandro, diretor de comercialização da SCAMG. Com um total de 76 reuniões, o evento arrecadou mais de R$ 315 mil em negociações efetivas e R$ 17,5 milhões em expectativas de venda e compra. Apenas a SCAMG garantiu três negócios efetivos que geraram R$ 500 mil. Diretor-presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha (Coocafé), Fernando Romeiro de Cerqueira também colheu frutos para a cooperativa. “Recebemos a visita de dois clientes norte-americanos interessados na compra das sementes. Temos a consciência de que, sem o encontro setorial, provavelmente não teríamos conhecido esses empresários. É uma iniciativa que abre possibilidades para fora do nosso eixo, e essa é uma das missões da cooperativa: buscar novos mercados”, explica.
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Etiqueta à mesa Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br
sem complicação
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odos sabem que à mesa as situações embaraçosas podem ser ainda mais constrangedoras. Afinal, a proximidade física com o outro, várias pessoas observando e os pratos nem sempre tão simples podem gerar situações difíceis. Muita calma nessa hora. Seja numa refeição na casa de amigos ou no restaurante, algumas dicas simples fazem toda a diferença: 1) O segredo está na montagem da mesa. Se houver dois copos haverá dois tipos de bebida. Uma colher e um prato fundo sinalizam que uma sopa ou Consommé (tipo de sopa francesa) estarão na entrada. 2) Nunca interrompa a refeição das pessoas. Acene à distância ou, se forem muito amigos, cumprimente rapidamente, mas sem pegar na mão ou fazer as pessoas se levantarem (questão de higiene e educação). 3) O guardanapo de pano é aberto e colocado no colo. Após a refeição, coloque-o sobre a mesa, do lado esquerdo do prato. Guardanapos de papel ficam na mesa mesmo. 4) Seja delicado(a) e fale baixo. Jamais ges-
ticule com os talheres na mão. 5) Se for espirrar, coloque a mão em concha sobre o nariz e os lábios e tente fazer o mínimo de barulho (questão de higiene básica). 6) Se as folhas da salada estiverem inteiras lembre-se de dobrá-las e não cortá-las. Para facilitar, faça uma trouxinha com a ajuda dos talheres. 7) Quando o frango for servido em pedaços grandes você pode comê-lo com a mão, mas use um guardanapo para segurá-lo. Já se ele for servido inteiro, corte um pedaço e coloque no seu prato. 8) Tudo que entra com o garfo, sai com o garfo. Essa dica serve para quando aparecer um caroço de azeitona. Solte-o no garfo e então coloque no prato. O mesmo vale para espinha de peixes e outros. 9) Ao terminar de comer, coloque os talheres paralelamente sobre o prato (não ao lado). Pode ser na horizontal, diagonal ou na vertical, mas a faca fica com o corte virado para dentro e em frente ao garfo.
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A N O \z Glob al
Por Juliana Tedesco E-mail: julited@gmail.com
O
s dias horrorosamente frios deste inverno nos Estados Unidos me deixam nostálgica, mas ao mesmo tempo não sentindo nenhuma saudade do Brasil quando ligo para meus amigos, que, num desabafo, soltam o mesmo o coro: “Estamos derretendo aqui, amiga”. Isso me deixa um pouco apreensiva porque, de certa forma, o que se falava há dez, quinze anos sobre aquecimento global, está acontecendo hoje. A grande mudança climática, com altas
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temperaturas, descongelamento de icebergs, enchentes, tsunamis e outras tragédias, são consequências do que antigamente chamávamos de “buraco da camada de ozônio”, para as quais agora deram um nome em inglês: “global warming”. Talvez porque seja mais impactante ou mais chique. Mas independente do nome, a importância é a mesma e a cada ano que passa se agrava mais. Talvez não tenhamos ideia do que isso realmente possa ser. Não tomamos
conhecimento porque achamos que isso é uma responsabilidade governamental. O fato é que muita gente não tem nem ideia de que isso existe. Essa alienação proposital pode ter tudo a ver com o fato de que, pra nós, dias melhores virão. Não, não e não. Os estudos existem, mas a escassez de um programa informativo e de ação talvez seja o motivo pelo qual ainda não tomamos a consciência necessária para tentar amenizar o problema. Mas tem ainda a questão da alienação governamental: uns dez anos atrás, através da Nasa, um cientista fez um estudo minucioso sobre condições climáticas, furacões e Global Warming. Na ocasião foi discutido em reunião aberta porque o assunto nunca havia sido discutido com seriedade. Ora, francamente! Acharíamos nós que George Bush, então presidente dos Estados Unidos, trocaria a guerra do Iraque por meia dúzia de baboseiras – baboseiras estas que matam devagar, como catástrofe climática? O brinquedo de guerra dele era muito mais interessante na época. Tudo que desviasse a atenção do governo da guerra do Iraque era carta fora do baralho. Os artigos, nunca publicados, falam de coisas importantes para o nosso dia-a-dia. Falam sobre a seriedade de programas de conscientização. Pesquisas daquela época informam que em 2098 metade do planeta passará sede, falta de água. E por aqui, o poderoso Bush preocupado em matar mais meia dúzia por dia na guerra. Por que então não esperar para morrermos todos juntos? Seria um tanto quanto poético. Dá pra imaginar uma situação dessas? Parece filme futurístico, mas de um futuro bem próximo. A conscientização tem que ser geral, mundial, no coração e na cabeça de cada cidadão. Ficamos às vezes na frente da televisão lastimando tragédias acontecidas, e não fazemos absolutamente nada contra os desmatamentos, agro-
tóxicos, doenças e outras consequências. Tudo isso pode ser pequeno, mas somando-se a um todo nos torna vulneráveis. Nossa adaptação ao dia-a-dia vai se tornando cada vez mais difícil e o nosso ecossistema, nossa fauna e nossa flora, vão desaparecendo. Estou falando isso, mas eu mesma faço parte desse monte de desinformados. Já fui vítima e vilã de um exemplo vivo: um amigo, me visitando em minha casa, me fez uma pergunta direta ao me ver jogar um recipiente de plástico no lixo. Ele tinha uma cara assustadora: “Amiga, você não recicla?” Mais que depressa tentei explicar o inexplicável. Eu não tinha nenhuma desculpa. Dias depois, visito o mesmo amigo no seu estabelecimento comercial. E aí foi a minha vez de ficar assustada e perguntar: “Amigo, você não recicla?” Existe um ditado grotesco que vale muito para um momento como esse: “O sujo falando do mal lavado”. Se essa mentalidade persistir, não teremos mais futuro daqui a um tempo. Catástrofes, tsunamis, furacões fora de época e loucas enchentes pelo Brasil e mundo afora já são resultados do nosso descaso. O balé de “sobe e desce” móveis por uma enchente que nunca vem faz centenas de pessoas ficarem cansadas e muitos perderem entes queridos por não acreditarem que vai acontecer. De certa forma, dá até para entender por que no Brasil, quando ligo para falar com amigos e parentes, eles me dão até aula de meteorologia. Mas deixa estar. Esse é o grande barato do caro que ainda vamos pagar se não acordarmos logo. Só peço a Deus uma coisa: que me deixe estar presente quando nevar em Governador Valadares pela primeira vez. Afinal de contas, descer o Pico da Ibituruna de “Ski Bumbum” deve ser a coisa mais gostosa do mundo, até porque, quando chegar lá embaixo, sei que minha mãe vai estar me esperando com o cafezinho pronto. Mãe, não demora muito eu estou indo!
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Lauro Moraes Garota Conceito A bela modelo manhuaçuense Luana Bastos posou para as lentes do fotógrafo Wellington Sarmento. E a CONCEITO deste mês destaca registros deste elegante ensaio fotográfico.
Cidadão manhuaçuense Natural de Caputira e radicado há vários anos em Manhuaçu, onde atua como médico e também já foi secretário de Saúde, Fábio Sá celebrou com familiares e amigos o recebimento do Título Honorário de Cidadão Manhuaçuense.
Andrea e Adline
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Elias Neto e Kenia
Fábio com os empresários Adriano e Marcela (Wizard Manhuaçu)
Viva os noivos! Felicidades, paz e bem aos recém-casados.
Adriele e Clint Paolo
Fotos: Andréa Rosemberg
Thaís e Plínio
Fotos: Klasstudio
Marcela anhuaçu)
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“Retalhos” Dança das cadeiras
Foto: Wellington Sarmento
A primeira reforma do primeiro escalão de 2014 acirrou os ânimos dentro e fora do Paço Municipal de Manhuaçu. A escolha de João Amâncio para a Secretaria de Obras, a princípio, teve a simpatia da população, funcionários e vereadores. Mas, nem o próprio nomeado para a chefia de gabinete, o jornalista Senisi Rocha (foto), encarou bem a mudança, depois de ser “fritado” internamente e pela Câmara. Aliás, complicado mesmo é entender como a pasta da Comunicação, que era ocupada por Rocha, foi parar nas mãos de um advogado sem qualquer histórico ou formação na área. Isso é que é dançar conforme a música – desafinada.
Procuradoria Municipal
O advogado Dângelo Maurício está prestigiado. Eleito presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública e Defesa Social no fim do ano passado, ele assumiu também a Subprocuradoria do município, depois de muito “namoro”. Isso é que é gostar de apagar incêndio.
Aniversário
A cerimonialista Patrícia Ferreira comemorou, no tradicional Buonna Tavola, mais um ano de vida na companhia de amigos e das filhas Letícia e Débora.
Formatura
Movimentação pré-eleitoral
Tem novos contabilistas, administradores e tecnólogos em marketing no mercado. A solenidade de formatura dos egressos da Facig foi realizada no último dia 12 de fevereiro, no Salão Nobre da AABB.
Mário Assad Júnior reuniu-se, reservadamente, com um grupo de comunicadores e vereadores de Manhuaçu nos últimos dias. Entre eles, o presidente da Câmara, Maurício Júnior. Em pauta, as eleições deste ano. Candidatura(s) em curso? Vale acompanhar os próximos passos. 42 conceito
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Nem tudo que reluz é ouro,
nem tudo que informa é jornalismo Por Lauro Moraes E-mail: lauro.jornalismo@gmail.com
A
ideia de uma extensa teia colaborativa define bem o momento atual. Conectados pela rede mundial de computadores, colaboradores de diversas partes do mundo podem integrar uma mesma equipe, o que mudou, definitivamente, a forma como se produz e dissemina a informação. Obviamente, isso trouxe implicações diretas também para as atividades relacionadas ao universo informativo, como o jornalismo. Anteriormente, os conteúdos jornalísticos, além de privilégio quase que exclusivo dos jornalistas e dos veículos de comunicação, eram criados em uma única mídia. Agora, uma informação pode ser difundida de diversas formas, multiplicando-se em vários meios, versões e formatos. Contudo, a
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profusão e acesso facilitado a tantas possibilidades também deram margem a uma concepção errônea e temerária: a de que qualquer pessoa pode ser repórter, produtor, editor – um jornalista. Ora, não é o simples fato de ter caneta e papel ou um computador à minha frente que me transforma em um escritor, cartunista, designer gráfico ou qualquer outro profissional que dependa, essencialmente, dessas ferramentas. Tampouco uma coleção de códigos e leis debaixo do braço e algum conhecimento jurídico vão tornar-me um jurista. Da mesma forma, não é tão somente por ter acesso a um dado e a possibilidade de divulgá-lo nas redes sociais, em um blog ou até mesmo na grande imprensa que alguém é creditado como profissional
do jornalismo. Em vez de contribuir com o setor, a falsa noção de domínio das habilidades jornalísticas tende a causar embaraços, a começar pelo excesso de conteúdo duvidoso e tendencioso na internet. Recentemente, uma montagem feita a partir de uma reportagem da TV Globo sobre estudantes que se preparavam para o Enem foi espalhada na internet. Acrescentaram-se ao material original entrevistas de jovens cujos depoimentos e imagens sugeriam que estes estavam sob efeito de drogas e álcool. Provavelmente, muitas pessoas ainda acreditam que essa versão falseada foi a efetivamente exibida no telejornal. Lembro sempre também de uma fotomontagem sobre a tragédia com um avião da TAM no Aeroporto de Congonhas, em 2007, publicada por um dos maiores portais de notícias do país. A imagem, em que uma pessoa aparecia em meio às chamas prestes a pular do prédio atingido pela aeronave, foi enviada por alguém como se tratasse de uma foto verdadeira. A equipe do UOL embarcou na farsa, mas os próprios internautas ajudaram a identificar a fraude e não houve alternativa a não ser assumir a falha. A internet deve ser considerada algo recente no Brasil, afinal popularizou-se aqui nos últimos dez anos e, a despeito do importante crescimento registrado a cada nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), quase 60% dos lares do país
ainda não possuem um computador conectado à rede. Ademais, como toda novidade, leva algum tempo até que seja totalmente assimilada, bem como regulamentada. Infelizmente, muitas pessoas, por falta de conhecimento, esclarecimento ou má-fé, aproveitam-se dessa fase “purgatória” para publicar o que vem à cabeça, sem medir as consequências do que é feito diante do monitor no mundo real. Não, a web não é um reino do “tudo pode”, uma arena livre sem fronteiras ou punições, nem o jornalismo que se faz nela ou fora dela. Se, por um lado, as fontes de informação ampliaram-se exponencialmente e estão a poucos cliques de distância, por outro, é preciso mais atenção com dois fatores: as ‘barrigas’ (informações erradas) e os relatos pretensamente ‘neutros’ ou ‘objetivos’. Uma citação do célebre jornalista Joseph Pulitzer diz que “o jornalismo é a profissão que requer o conhecimento mais largo e profundo e os mais firmes fundamentos de caráter”. O contexto presente da atividade exige, justamente, profissionais ainda mais qualificados, além de habilitados, com capacidade criativa para interpretar e mixar informações, checar fontes, dados disponíveis na web ou fornecidos por colaboradores. É este ‘intérprete da notícia’ que tem a incumbência de contextualizar, de forma ética e responsável, o conteúdo informativo “bruto” ou parcialmente “lapidado”, com as demandas em áreas como saúde, agricultura, economia, infraestrutura, educação, política e cultura.
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Maior sala de espetáculos do mundo é palco para pianista caratinguense Carnegie Hall em festa para Simone Leitão
Por Diane Andrade Assessoria de Comunicação Rede de Ensino Doctum
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ntre as mais famosas salas de espetáculos dos Estados Unidos, o Carnegie Hall, localizado no Midtown Manhattan – um dos maiores pontos turísticos de Nova York –, apresentou na última temporada do programa de concertos para música clássica a pianista e recitalista brasileira de Caratinga Simone Leitão. O concerto foi construído em parceria com a Brasil Classical – organização criada para divulgar a música sinfônica de compositores brasileiros. No repertório cuidadosamente planejado, Suite Inglesa, de Bach – com ornamentos criados pela própria pianista nas aulas de Cravo e Sonata de Beethoven. Ainda na relação da noite, destaque para dois grandes nomes da música clássica sul-americana: Ginastera, seu maior sucesso de crítica, e Mehmari, que pela primeira vez teve uma obra executada na casa de shows – reconhecida mundialmente pela beleza e acústica. A versatilidade da pianista foi revelada a cada peça, quando demonstrou total intimidade com os ícones da música. E quando a platéia exigiu o bis, a
e Petróleo m a oitava do Estado
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artista aduziu, com maestria, Alma Brasileira, de Villa-Lobos – uma de suas favoritas. “Quis levar grandes amigos para uma festa. Por isso escolhi essas obras”, ressalta a pianista, orgulhosa. Entre o seleto público da noite estavam músicos, jornalistas, representantes da embaixada brasileira no país, artistas da teledramaturgia brasileira e alunos de piano da Juilliard – escola de música e artes cênicas de Nova Iorque. “Foi realmente emocionante chegar
Simone (à esq.) foi prestigiada na apresentação pela famosa irmã Miriam Leitão, jornalista da Rede Globo
lá. A Casa estava cheia. Muitas palmas. Eu estava um pouco nervosa, mas confiante”, não esconde a pianista, que não deixou de comentar também a emoção de elevar o nome da sua cidade-natal para o mais destacado lugar do cenário da música. “Fico feliz porque Caratinga representa o Brasil profundo, o interior. Quando vi o cartaz com minha foto do lado de fora do Carnegie Hall, as pessoas passando, olhando, comprando ingresso em um frio de -10ºC, eu não tive coragem nem de chegar perto. Fiquei do outro lado da Rua 57 com a 6ª Avenida só admirando. Quase chorei. Lembrei da minha mãe que queria uma filha pianista e do meu pai Uriel, que sempre me incentivou. Saí de Caratinga há tantos anos com esse sonho”, recorda sensibilizada.
Jorge Winter, Miriam, Simone e Sérgio Abranches: casais reunidos para apresentação da pianista em NY
Projetos Para setembro, Simone Leitão tem dois concertos agendados para Caratinga. Os eventos contarão com a participação de convidados internacionais, quando a pianista levará parte de seu festival, intitulado 3ª Semana Internacional de Música de Câmara do Rio de Janeiro para a cidade. Nesse ano, a artista lança novo CD e o primeiro DVD da carreira. A pianista também vai a China para a segunda turnê e já tem shows marcados na Inglaterra, Grécia e em várias cidades do Brasil.
Simone Leitão foi prestigiada por gente famosa, como o ator global Henri Castelli
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Março 2014
Eduardo Fraga 15 anos de Helena Um momento inesquecível foi o debut de Helena Junqueira, filha do casal Lia e Márcio Heleno Junqueira. Foi uma reunião íntima entre familiares e amigos próximos, onde predominou requinte e bom gosto.
Helena entre os pais Lia e Márcio Heleno e a irmã Lívia
Com os tios Aloísio Mauro e Marise e o primo André
Helena com os avós maternos Pedro e Arlete
Com os tios Paulo Cezar e Cristiane e filhos
Com o casal Patrícia Ferraz e Alessandro Pires e filhos
Em grande estilo
Congestionamento de personas no baile de formatura do curso de Medicina da Unec. O ginásio poliesportivo no Bairro da Graça superlotou de gente bonita. Dentre os formandos Sabrina Guerson, que era puro sorriso entre os convivas.
Sabrina com o tio José Maria Azevedo e o pai Darcy Guerson
Rogério Azevedo, Guilherme Teixeira, Sabrina e Lindaura Teixeira
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Março 2014
Vitor Vieira e Sabrina Guerson com Flavinho Breder e Rafaella
Ednilson Soares e Polyanna
Leonardo Breder e Edmara Andrade
Sabrina com as primas Viviane e Simone Azevedo
João Lucas O casal Rivanne Grossi e Alércio Moreira recebem no salão de festas do Condomínio Morada do Lago para comemorar os seis anos do herdeiro João Lucas.
João Lucas com os papais
Com avó chiquérrima Maria Armanda
Andrade
Azevedo
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Março 2014
Noivando
Lene Menenguci e Aquiles Campagnaro ficaram noivos na presença de amigos íntimos e familiares.
Lene e Aquiles
Taciane Timóteo, Lene, Aquiles, Adriana Patrício e Adriana Ferreira
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Março 2014
Os noivos com o casal Lagilda e Márcio Pena
Janaína Majeste, Lene Menenguci, Juliana Camargo e Rogério Frade
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Marรงo 2014
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Marรงo 2014