Revista 14ª edição

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Ano 2 Nº 14 Setembro 2014 ISSN 2318-0145

Entrevista

Tarja preta

Faixa de trânsito

Impondo limites na relação com os filhos

Medicamentos podem trazer risco à saúde

Respeito à sinalização reduz acidentes



Conheça nossos

Colaboradores

ADRIANA PORTUGAL

BIANCO CUNHA

CLEUBER MENDES

CLORES LAGE

INOCÊNCIO MAGELA

JANAÍNA DEPINÉ

Artista notável nos mais variados campos de expressão. É pintora, escultora, escritora, documentarista, cineasta, inventora. Clores é plural.

Formado em Filosofia pelo Seminário São José e em Pedagogia pela UFMG. É diretor da empresa Dialétika e coordenador técnico de cursos de capacitação do Sicoob em 8 estados.

Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br.

Adriana Portugal é graduada em Direito pela Faculdade Milton Campos, pós-graduada em Direito do Trabalho pelo Unicentro Newton Paiva, presidente do Grupo da Fraternidade Martha Figner e diretora do Instituto Nosso Lar

Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.

Psicólogo e consultor, especialista em Saúde Coletiva, Perito em Avaliação Psicológica, Pós-Graduando MBA em Gestão Empresarial. Ministra palestras focadas em desenvolvimento do potencial.

JOÃO PAULO

JOSÉ FRANCISCO

JULIANA TEDESCO

LAURO MORAES

LUCAS PELOSO

TAINÁ COSTA

Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.

Jornalista valadarense, radicada nos EUA há 12 anos. Formada pela Boston University como tradutora e intérprete em 2009, é proprietária da empresa Mass Translations.

Jornalista e especialista em Políticas Públicas pela Univale, com mestrado em Cultura e Turismo. Acumula passagens por três afiliadas Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. É professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing e diretor da Supernova Comunicação.

Graduado em Gastronomia pela Estácio de Sá, Lucas Del Peloso já chefiou grandes empresas como o Grupo Porcão e o La Isla. Atualmente esta à frente das criações do Restaurante Villa Roberti, em BH..

Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. Hoje é estudante de Marketing no Coppead (UFRJ) e é assistente comercial da Rede Globo.

Formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Univale. Especializado em Redação Publicitária pelo Ateliê das Letras. Redator na agência Óbvio Comunicação.

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Índice Especialista fala sobre dificuldades em impor limites na relação com os filhos

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Consumo de medicamentos de tarja preta cresce em Governador Valadares

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Campanha de trânsito em Manhuaçu alerta para o uso da faixa de pedestres

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Aniversário de 239 anos da Polícia Militar é comemorado em Caratinga

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COM A PALAVRA

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LUCAS PELOSO

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JULIANA TEDESCO

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LAURO MORAES

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INOCÊNCIO MAGELA

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GLAMOUR

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TAINÁ COSTA

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CLORES LAGE

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COLUNA JÚLIO AVELAR

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JOÃO PAULO DE OLIVEIRA

43

JANAÍNA DEPINÉ

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JOSÉ FRANCISCO DA COSTA JÚNIOR

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PERSONAS

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ADRIANA PORTUGAL

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BIANCO CUNHA

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COLUNA EDUARDO FRAGA

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CLEUBER MENDES

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Editorial N

inguém casa pensando em separação. Casa-se para ser feliz e idealiza-se, desde o início, uma união duradoura e sólida. E essa solidez não acontece de um dia para o outro. Ela se estabelece com o tempo. Mas até lá, serão muitas estações, e cada uma delas trará consigo oportunidades de amadurecimento. Na cultura ocidental, costuma-se celebrar essas estações dando a elas o nome de bodas, ou boda, palavra que vem do latim vota (plural de votum), que significa promessa e está associada ao fato de fazer os votos matrimoniais. A cada uma das bodas está associado um material, que vai desde o papel, para celebrar um ano de casamento, até o jequitibá, para quem chega aos extraordinários 100 anos de união matrimonial. Há dois anos, começava em Governador Valadares um casamento promissor. De um lado, a Revista Conceito, apadrinhada por um grupo de pessoas competentes e visionárias. Do outro, você, leitor, com quem firmamos o compromisso de ser mais do que uma mera revista informativa. Nos propomos, desde o início dessa união, oferecer uma alternativa que alia entretenimento e conteúdo jornalístico de primeira qualidade. Ao longo dessa relação, amadurecemos. Conquistamos novos territórios com nossa credibilidade e qualidade editorial, como as cidades de Caratinga e Manhuaçu. Consolidamos par-

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cerias e cativamos cada vez mais leitores em várias cidades do leste mineiro. Foram-se as bodas de papel. Comemoramos, agora, as de algodão, que já não é tão frágil quanto seu antecessor. Pelo contrário, suas fibras são, ao mesmo tempo, macias e têm boa resistência. Uma combinação sadia e equilibrada que todo casamento precisa ter. E como acontece em qualquer relacionamento, estamos procurando melhorar sempre. Para isso, é preciso, entre outras coisas, dedicação, que resume de uma só vez um conjunto de palavras como empenho, responsabilidade e amor pelo que se faz. Brindamos, com muito orgulho e satisfação, a realização daquilo que nos propusemos a fazer dois anos atrás. Estabelecermo-nos num mercado editorial tão concorrido e, o mais importante, ter conquistado sua confiança e preferência. Renovamos nossos votos de união, torcendo para seja boa enquanto dure. E que dure por muito e muito tempo.

Um novo contexto em notícias

Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9989-4092 / 9968-7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.

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DIRETORIA Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Dileymárcio de Carvalho – MG 6697JP Sonia Augusta Miranda - MTb MG-18526 REDAÇÃO Jornalista Responsável Franco Dani - MTb MG-09319 JP

Feliz bodas de algodão!

Franco Dani Editor da Revista Conceito

Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga

Designer Gráfico Marlon Estiano

Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP

Projeto Gráfico Andressa Tameirão

FOTOGRAFIA Ramalho Dias - Gov. Valadares Marquinho Silveira - Gov. Valadares

IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG

CAPA Marlon Estiano EDITORIA DE ARTE Diagramação Andressa Tameirão - MTb MG-14994

TIRAGEM 4.000 exemplares Periodicidade bimestral Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9968.7171 Manhuaçu - Ruth Almeida: (33) 8454.4880 Caratinga: (33) 9954.0297


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com a palavra

Por Maria Cinira Netto E-mail: avl.publicacao@ig.com.br

O poder transformador da

educação

Para falar de educação, é preciso entender que ela é a linguagem dos deuses da esperança e da liberdade que nos leva a viver doces momentos, vibra em nossos sentidos com suavidade e nos traz felicidade. Deve ser tratada com dedicação e respeito. Ela é a força do poder transformador. Hoje comemorando, com alegria, 98% de crianças e adolescentes com acesso à escola. Foi uma conquista! Entretanto, mesmo oferecendo educação em tempo integral, ainda não conseguimos vivenciar uma educação de qualidade, não resolvemos questões básicas do ensino oferecido à população para que esta possa exercer sua cidadania. E entre eles, aquilo que a pedagogia moderna nos cobra, as adaptações curriculares atendendo às especificidades de cada um. A inclusão é uma das possibilidades de tornar aquilo que se ensina ao alcance da capacidade cognitiva de todos. O ensino é uma das principais alavancas do desenvolvimento de uma nação. É o que determina a eficiência e o nível do labor executado dentro do território nacional. País que oferece escolaridade pobre, dificilmente alcançará êxito em sua caminhada rumo ao desenvolvimento. A educação do povo é o maior ativo de uma nação e, nesse quesito, ainda temos muito que caminhar. O objetivo maior de uma instituição escolar e do seu quadro de professores deveria ser alcançar o sucesso na aprendizagem de seus discípulos. Entretanto, atualmen-

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te estamos vivenciando esses alunos tendo uma avaliação e uma aprovação sem compromisso com a aprendizagem e o desenvolvimento humano. Problema vivido nas instituições de ensino: aprovação automática. Com essa nova forma de avaliar, temos a certeza de que o direito de aprendizagem está sendo subtraído de nossos estudantes com a conivência do Estado. A sociedade clama por uma educação de qualidade e uma efetiva aprendizagem. A aprovação automática comprometerá o futuro de nossos jovens, que descobrirão que conhecimentos importantes serão necessários para o desempenho eficiente de sua futura profissão e que lhe foram negados com a avaliação automática. Com essa aprovação, sem uma avaliação substancial não conseguiremos dar o salto de desenvolvimento que desejamos. O verdadeiro desenvolvimento virá com a educação de qualidade, que precisa estar voltada para as capacitações exigidas pela sociedade moderna. Um dos maiores desafios que precisamos vencer para alcançar a projeção de país de Primeiro Mundo é melhorar a qualidade de nossa educação. Isso só acontecerá com a valorização dos professores, verdadeiros construtores do país. Profa. Maria Cinira dos Santos Netto Presidente da Academia Valadarense de Letras (AVL) Patrono: Euclides da Cunha


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bon vivant

10 dicas para pre churrasc parar um o perfeito

Por Lucas Peloso E-mail: lucasdelpeloso@hotmail.com

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churrasco é bem mais do que a refeição preferida dos brasileiros. Estamos falando de um ritual. Um evento que une família, amigos e negócios. Por isso, talvez seja tão difícil falar de churrasco em uma coluna de gastronomia. Todo mundo tem noção ou conhece alguém que prepara um churrasco divino. Aquele segredinho de família, o açougueiro de confiança, os temperos. Tudo isso varia muito e deixa o churrasco único e mágico. Pensando nos amantes dessa arte, preparamos uma incrível lista com 10 dicas para deixar seu churrasco ainda mais perfeito: 1 - Nunca utilize álcool líquido para acender a churrasqueira O álcool líquido gera uma chama alta e temporária, demorando a constituir brasas sólidas. Isso significa que você perde uma boa parte do carvão esperando a chama diminuir. Prefira uma pastilha de álcool em gel. Apesar de demorar um pouco mais, o resultado será um braseiro de qualidade e duradouro. 2 - Aprenda a medir a temperatura ideal para começar o churrasco De uma forma bem simples, descubra se já pode

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começar o churrasco, fazendo o teste dos cinco segundos. Basta colocar a mão na altura da grelha e contar até cinco. Se antes dos cinco segundos a mão esquentar muito é porque o fogo está muito forte. Se conseguir ficar mais do que cinco segundos com a mão na altura da grelha, é porque não está quente o suficiente. 3 - Saiba definir a altura da grelha É muito importante definir a altura da grelha de acordo com o tamanho das peças de carne que serão assadas. Use a grelha a 15 centímetros do fogo, caso queira grelhar e selar pedaços pequenos de carne. Para peças médias, frango e linguiças, utilize a grelha a 45 centímetros da brasa por um tempo e depois passe para a altura de 15 centímetros para dourar. No caso das peças grandes, como costela de boi e cupim, use a grelha a 60 centímetros do fogo para assar lentamente. 4 - Escolha a carne sem ser enganado A picanha é a paixão nacional quando o assunto é churrasco. Mas, tome cuidado! Ao comprar, escolha as peças com, no máximo, 1,1 quilo. Uma peça mais pesada do que isso, provavelmente traz um pedaço de coxão duro.


5 - Prepare o sal para o churrasco O melhor sal para o churrasco é o sal grosso moído. Experimente bater no processador um quilo de sal grosso com duas colheres (sopa) de pimenta do reino moída na hora. Esse é o tempero usado nas melhores casas de carne do mundo. 6 - Nunca deixe as carnes vermelhas em marinadas Evite temperar as carnes vermelhas com antecedência. O sal desidrata a carne rapidamente e provavelmente irá deixá-las mais rígidas. Tempere a carne segundos antes de colocar sobre a grelha. Polvilhe um pouco de sal de cada lado e não esfregue. Isso irá garantir a suculência da carne durante o preparo. 7 - Evite espetar a carne Parece loucura, mas espetar a carne não é recomendado pelos maiores especialistas do assunto. Isso, porque o espeto ao perfurar a carne permite que ela perca seu suco ao entrar em contato com o calor da churrasqueira. Prefira uma grelha e use um pegador no lugar do famoso garfão de churrasco. Todo cuidado é pouco! Não fure a carne em hipótese alguma. 8 - Evite ficar virando a carne na grelha em demasia Vire as carnes apenas uma vez. Espere o sangue começar a subir na parte superior da carne e então inverta o lado. Ficar virando a carne toda hora, além de sujar a carne com a gordura da grelha, dificulta a penetração do calor no interior da carne. 9 - Nunca jogue água na churrasqueira O maior pecado que um churrasqueiro pode cometer e jogar água na brasa para apagar o fogo. Isso acaba com o potencial de calor do braseiro, além de destruir o potencial do carvão. O método mais indicado é sempre guardar um pouco das cinzas do churrasco anterior e usá-las por cima do carvão em chama para controlar o fogo quando isso acontecer.

3 - Tempere a carne a gosto com o sal preparado e leve à grelha. 4 - Com o auxílio de um pegador, vire a carne apenas uma vez após sete minutos de calor. Deixe mais sete minutos do outro lado. Sirva com molho chimichurri. Molho Chimichurri Ingredientes: ½ cebola 1 molho de salsinha 2 dentes de alho 1 ramo pequeno de alecrim 1 colher (sopa) de orégano 1 colher (café) de pimenta calabresa 2 limões 1 colher (café) de sal 200 ml de azeite Preparo: Pique todos os ingredientes o menor possível e passe para uma vasilha junto com a pimenta calabresa e o orégano. Acrescente o sal, em seguida o suco dos dois limões e o azeite. Misture bem e deixe tampado na geladeira por 24 horas antes de servir.

10 - Quantidade por pessoa Na hora de comprar as carnes para preparar o churrasco, utilize a seguinte proporção. Para as crianças, calcule 150 gramas de carnes, em geral, para cada uma delas. Para mulheres, a quantidade recomendada é de 300 gramas. E por fim, para os homens, calcule uma média de 450 gramas para cada. Receita: T-bone ao Chimichurri Ingredientes: 2 kg de bisteca bovina cortada com 2,5 cm de espessura. 3 colheres (sopa) de sal grosso batido no liquidificador com uma colher (café) de pimenta do reino moída na hora. Preparo: 1 - Acenda a churrasqueira utilizando pastilhas de álcool em gel. Aguarde todo o fogo ser extinto, sobrando apenas as brasas com uma leve camada branca por cima. 2 - Disponha a grelha a uma altura aproximada de 15 centímetros das brasas. Faça o teste dos cinco segundos para saber se o fogo está ideal.

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bola da vez

Novos tempos, velhos problemas:

a difícil tarefa de estabelecer limites para os filhos Agenda concorrida, o psicólogo Sérgio Fonseca é referência em Governador Valadares e região. Especialista emPsicologia Educacional pela PUCMinas e mestrando em Terapia Comportamental Cognitiva e Linguagem pela UFMG, Fonseca recebeu a equipe da Conceito para a entrevista que aborda um assunto do cotidiano do consultório: é cada vez mais comum a procura de orientação de pais com dificuldades em impor limites na relação com os filhos. E se crianças e adolescentes vão precisar conviver com regras, a fala do psicólogo é um alerta: limite começa ainda na amamentação.

Por Dileymárcio de Carvalho Sonia Miranda Revista Conceito - Nos dias de hoje é difícil pensar realmente em limites. Por que as pessoas têm tanta dificuldade em tratar essa questão? Sérgio Fonseca - Que é um problema geral, isso é. Nos casais novos, os dois já estão trabalhando fora e o que acontece? O tempo é muito escasso, a paciência também é muito escassa e então, se vê hoje os pais na educação do “vai pra lá!”. Chegam em casa cansados e querem pegar um jornal ou uma revista ou ver um noticiário na televisão. Qual a educação que o pai vai dar? “Ah, não! Toma aqui, vai pra lá!”. É dado com muita facilidade o que é pedido e não se tem mais a educação de pai e de mãe. A verdade é que os filhos estão sendo educados por quem? Pela internet, pelas professoras ou pelas babás e avós. RC - Então, o limite é uma questão de educação? SF- Para mim, é. Principalmente no Brasil. Lá fora, eu não sei falar. Não tenho esse contato e não sei como está por lá, mas no Brasil sim. Então, o que acontece? O limite é a base da socialização, é a maneira de aprender a se frustrar na vida, a adiar o desejo. Para mim, um conceito pequeno e moderno de maturidade é “saber se frustrar”. Aprende-se a se frustrar adiando desejo. Onde se aprende isso? Ainda na amamentação. O neném chora, dá mamá. O limite é aí. Não se ensina esperar. Reforça-se a satisfação imediata.

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RC - E vão ter que repetir isso sempre? SF - Aí, você está condicionando. Satisfação imediata. A vida é assim para quem? A criança vai querer isso o tempo todo. É o pequeno tirano de Freud e se você deixa o tirano mandar, aí vai querer colocar limite aos 12, 14 anos? RC - Quando os pais constatam que tentaram colocar limites muito tarde e dizem “Fiz tudo errado!”, o que fazer? SF- Sou um positivista e prefiro buscar exemplos de bem, como o contador de histórias ex-Febem resgatado pela professora inglesa [referindo-se ao pedagogo mineiro Roberto Carlos Ramos]. Isso prova que há uma chance. Eu não acredito que as coisas não tenham jeito. Quando há o querer e quando há motivação para mudar, é possível uma mudança. Mas, as chances vão ficando cada vez mais restritas e você tem de achar alguém que tenha mais paciência e amor para te dar. Para mim, só não tem jeito para a morte. RC - Como essas pessoas chegam ao consultório psicológico? Que tipo de situação familiar é mais comum? SF - Infelizmente, os pais chegam até aqui querendo adaptar os seus filhos sem levar em conta o jeito de ser deles e sem olhar para o próprio jeito de ser. Querem que os filhos sejam um prolongamento de si mes-


mos ou sejam aquilo que eles não foram. O pedido geral que os pais vêm fazendo para nós, profissionais de psicologia, é adaptação. Muitas vezes, o necessário é uma terapia familiar. E muitas coisas estão em jogo, entre elas a repetição de histórias da própria família.

sorver e sofremos as consequências disso. É preciso viver mais e de uma forma mais natural. Com menos correria e com mais tempo, teremos mais tempo também para ver e educar nossos filhos e colocar os limites na hora certa, porque isso é fundamental.

RC - Visando a questão mais prática, como o uso de internet, redes sociais e afins, é possível impor limites nessa área? SF - Tem que colocar limite. Uma hora por dia, no máximo.

RC - É possível acreditar no limite em qualquer tempo, mesmo diante de todas essas dificuldades? SF- Sim, mesmo que mais tarde seja mais difícil.

RC - E como é possível negociar isso? Ou não há a possibilidade? SF - É negociando mesmo. Você é estudante e tem notas boas? Então, terá uma hora por dia de internet. Caso contrário, menos tempo ou o corte total do uso da internet até a recuperação. Tem de haver a negociação e uma negociação que seja, na medida do possível, explicativa. É importante também não ameaçar o filho. É basicamente isso: não ameaçar, pensar antes de falar e ter um consenso entre pai e mãe. Não impor, e sim, sugerir.

RC - Então, o quanto antes, melhor? SF- O quanto antes, melhor. Aos dois anos já é possível haver negociação. O filho não querer ir à escola não é negociável, mas a preferência entre aulas de balé e jazz, sim. Como adulto e com experiência, o pai tem que orientar e para isso é preciso ter tempo para educar.

RC - A organização desse próprio ambiente de debate com os filhos ajuda na organização dos limites? SF- Penso que sim. Isso e a participação dos pais na vida dos filhos. É preciso tirar um tempo para educar, parar de correr tanto, viver de uma forma mais simples, de uma forma mais introjetada. Nós somos, a todo o momento, convidados a olhar para fora. São muitos estímulos externos. Absorvemos muito mais coisas do que temos condições de ab-

RC - Você mencionou a questão das trocas e recompensas. Existe algum outro tipo de limite, como a palmada, por exemplo? SF - A orientação dada pelos psicólogos é a seguinte: uma palmada bem dada, na hora certa e no lugar certo, não tem problema. Mas, nós temos que lidar com a “Lei da Palmada” [referindo-se ao projeto de lei federal 7.672/2010]. Então, qualquer violência física acaba sendo a cada dia maior. Por isso, não sou a favor da violência e sim do esclarecimento, do diálogo. Prefiro esse tipo de educação, esse estímulo à reflexão que podemos sugerir aos filhos. O ato de bater, não.

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colaborador

o d a d i u Ccom o O H L GU

BA

Por Juliana Tedesco E-mail: julited@gmail.com

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ãe é mãe, mas a minha é um espetáculo! Nas gírias, posso dizer que ela é “maneira” ou “cool”. Adora uma festa, uma boa cerveja, um bom papo e não dispensa uma boa noitada numa mesa de baralho com amigos. Mesmo tendo três dos quatro filhos morando nos Estados Unidos, nunca nos preocupamos com a “velha” (no bom sentido). Nossos amigos a consideram quase uma mãe para eles e a levam para todos os lugares. A agenda dela é muito ocupada e falar com ela nos fins de semana em casa é algo quase impossível. Ter a companhia dela é um privilégio e é bom demais. Outro dia, liguei para Suzetinha e pelo telefone ela me contou uma história da qual até agora estou rindo sozinha. Falávamos sobre compras e ela me contou que em uma das vezes que estava de férias em Porto Seguro (BA) e sentada na mesa de um bar, um dos nossos amigos disse que ia “ali” comprar umas lembrancinhas, bagulhos de uma tribo indígena para levar de presente para Governador Valadares. Então, ela estava conversando com os donos do bar e, papo vai, papo vem... O rapaz perguntou:

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A senhora não repara eu comentar, mas bagulho, principalmente aqui em Porto Seguro, é sinônimo de droga. E quando a senhora me disse, na maior, que o rapaz estava atrás de bagulho e que ainda estava tendo dificuldades para encontrar, eu fiquei na minha, mas confesso que fiquei surpreso, afinal, a senhora não me pareceu uma pessoa do ramo.

— O rapaz que estava com a senhora é seu filho? — É como se fosse. É amigo dos meus filhos. — Minha mãe respondeu: — Ele vai demorar? Se a senhora precisar de transporte é só falar. — Emendou o rapaz. — Não, muito obrigada! Ele só foi ali comprar um bagulho e já volta, deve estar demorando porque está com dificuldades de encontrar. — Disse ela.

O rapaz arregalou os olhos e ficou olhando para aquela senhora de setenta e poucos anos de idade. Minha mãe percebeu que o cara ficou um pouco espantado, mas como ela não tinha falado nada demais, continuou sentada. Já passado um bom tempo, o tal amigo, quase filho da mãe (sem trocadilhos), demorava muito mesmo e minha mãe perguntou ao rapaz do bar: — Essa feira de artesanatos indígena fica muito longe daqui? Acho que ele tá demorando mesmo. Vai ver que ao invés de comprar presentinhos para a namorada, arrumou logo uma índia. — brincou. O rapaz, mais que depressa, entendeu que o tal bagulho eram as lembrancinhas e ele educadamente foi explicar para minha mãe: — A senhora não repara eu comentar, mas bagulho, principalmente aqui em Porto Seguro, é sinônimo de droga. E quando a senhora me disse, na maior, que o rapaz estava atrás de bagulho e que ainda estava tendo dificuldades para encontrar, eu fiquei na minha, mas confesso que fiquei surpreso, afinal, a senhora não me pareceu uma pessoa do ramo. Dessa vez, foi minha mãe quem arregalou os olhos e graças ao bom Deus, Tulupa, o causador daquele constrangimento, apareceu e salvou minha pobre mãezinha. Hoje em dia, quando volta a Porto Seguro, ela vai ao tal bar e dá boas gargalhadas com os novos amigos. Pelo menos, para isso o tal bagulho serviu!


colaborador

A dinâmica da retórica política Por Lauro Moraes E-mail: lauro.jornalismo@gmail.com

E

stamos iniciando mais um período eleitoral e mais uma vez vamos ouvir, rotineiramente, frases do tipo: “comigo na presidência, o Brasil seguirá avançando” ou “quando eu for eleito, este país vai mudar”. Faz parte do jogo. Porém, no fundo, todos sabem – sobretudo os que proferem o discurso – que não há garantia inequívoca de que propostas lançadas serão, de fato, concretizadas. A retórica política guarda verossimilhança com dados da realidade, mas é de natureza ficcional. Como demonstrou o cientista político norte-americano William Riker, no debate eleitoral há um “mundo” atual possível, igual ou pouco diferente do real, e com base nele projeta-se um novo e bom futuro possível. No caso da situação, as estratégias de persuasão sustentam a ideia de um presente bem sucedido, que pode ficar ainda melhor, desde que se mantenha no poder. Já a oposição, pinta um quadro ruim, mas que, sob os efeitos da sua aquarela, pode ficar bom. Destarte, trata-se de uma argumentação que busca persuadir o eleitor a partir de interpretações feitas sobre a realidade. O desafio é convencer o público de que determinada lei ou política trará maiores benefícios do que qualquer outra. Nesse aspecto, independe da verdade lógica que possa ser evocada para sustentar as alternativas em disputa, pois a evidência empírica cede lugar à crença. No fim das contas, é uma aposta, com o resultado sendo o desejável ou indesejável, inferência feita de acordo com a posição assumida no embate eleitoral.

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Com frequência, exatamente o indesejável recebe ênfase. Como as pessoas oscilam entre elevar o ganho ou minimizar as perdas, muitas vezes o eleitor é levado a fazer sua escolha sob a hipótese de algum risco. Enfatizar os apelos negativos torna-se, então, a tática mais racional e apropriada, em especial para cidadãos indiferentes ou indecisos. O destaque de infortúnios futuros encoraja esses eleitores a pensar sobre a escolha a ser feita, bem como se adéqua para convencer aqueles que maximizam a utilidade do sufrágio – concepção sintetizada pela velha frase “eu não vou perder o meu voto”. Um dos recursos recorrentes, portanto, é colocar o programa do opositor como um desastre. Todas essas variáveis compõem uma eleição. Mas, evidentemente, não há uma fórmula discursiva mágica para conquistá-la. Por isso, candidatos desconhecidos do eleitorado surpreendem e até sagram-se vencedores, enquanto outros, conhecidos e bem avaliados, perdem. A retórica de sucesso tende a ser a que controla a agenda durante o processo eleitoral, que, em suma, se baseia numa “troca” de intenções elementar: eleitores anseiam que seus desejos, interesses e demandas sejam implementados; políticos querem ser eleitos.


Todo cuidado é pouco! A pneumonia, doença típica do inverno, é contagiosa e pode matar

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asta o inverno chegar e com ele as baixas temperaturas, que aumentam as ocorrências de doenças respiratórias nos hospitais. Uma dessas doenças é a pneumonia, responsável por quase 30% das internações nesta época do ano. A pneumonia é uma doença que atinge os pulmões. Pode se apresentar de forma bem amena ou mais severa, caso em que pode ser fatal. A maioria das pneumonias é causada por bactérias. Em pessoas idosas, a pneumonia pode ser uma complicação da gripe ou de um simples resfriado. Os principais sinais e sintomas são tosse com catarro amarelo ou esverdeado e, ocasionalmente, com sangue; dificuldade para respirar; aumento da frequência respiratória; dor no peito; febre e calafrios. Se a causa for bacteriana, o tratamento é feito à

base de antibióticos. Se a causa for viral, o antibiótico não vai resolver. Seguir o calendário de vacinação é uma das maneiras de prevenir a pneumonia, principalmente em crianças. A poluição do ambiente também pode deixar o indivíduo mais suscetível às doenças no pulmão, por isso, é importante evitar lugares com muita fumaça, inclusive a do cigarro. Para as pessoas com doenças que atingem o sistema imunológico como a Aids ou com idade avançada, podem ser administradas as vacinas específicas contra as duas bactérias que causam a maior parte das pneumonias. Adaptado do texto de Mariana Mesquita, tendo como fontes o Portal AllRefer Health, o livro “A saúde de nossos filhos”, do Hospital Israelita Albert Einstein, e o Manual Merck de Medicina. (Fonte: Portal Unimed)

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O espaço dos

gênios!

Por George Gonçalves

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m 10 anos de Sistema de Ensino Genoma, foram mais de 10 mil aprovações em universidades federais. Resultado do empenho e da competência de alunos e colaboradores. O principal diferencial do Genoma já é bastante conhecido: a excelência no ensino. Tamanha qualidade se reflete em resultados. Genoma é o colégio de Governador Valadares e região que mais aprova alunos nos grandes ves-

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tibulares do país. Nas Universidades públicas e também nas particulares. Uma equipe de colaboradores empenhada em lapidar talentos garante que as vagas mais disputadas sejam conquistadas por quem decide ter sua história transformada pelo Genoma. Mas, qual o segredo de tanto sucesso? A proposta inicial dos irmãos empreendedores Nilson e Rodrigo Cunha, há 10 anos, foi montar


“Os resultados superaram as nossas expectativas. São fruto de um trabalho contínuo e de qualidade, que prepara nossos alunos para as melhores universidades brasileiras

des: Governador Valadares, Teófilo Otoni, Caratinga e Ipatinga. E a partir de 2015, o Genoma estará também em Timóteo, potencializando o atendimento no Vale do Aço. Os resultados de aprovação do Genoma têm chamado a atenção dos jovens estudantes. “Os resultados superaram as nossas expectativas. São fruto de um trabalho contínuo e de qualidade, que prepara nossos alunos para as melhores universidades brasileiras”. A alegria se estende, sobretudo, a quem teve a vida transformada pelo conhecimento adquirido no Genoma. Por de trás dos números, há também histórias de superação e realização acadêmica e profissional. Como a de Warley Figueiredo, de 23 anos, que sempre estudou em escola pública. “Cheguei ao cursinho pré-vestibular do Genoma com muitas dificuldades em matérias como Química e Biologia, essenciais para a profissão que almejo. Aprendi praticamente tudo lá. Hoje me sinto realizado”, conta o estudante de Medicina, que foi aprovado em 2º lugar na cota para alunos de escola pública, no último vestibular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Juiz de Fora. Estrutura

um cursinho pré-vestibular. Mas, a ideia deu tão certo que o empreendimento ganhou novas proporções. Aos poucos, foi sendo ampliado e hoje já se prepara para ter uma nova sede em Governador Valadares. “Quando começamos, o principal desafio foi mudar a realidade de inserção dos estudantes de Governador Valadares nas universidades federais do país”, conta o sócio proprietário Nilson Cunha. Os números fazem parte da história do Genoma. São mais de 1.6 mil alunos espalhados pelas seis unidades em quatro cida-

O sucesso é resultado de muito esforço e de projetos bem estruturados que visam a formação do estudante em vários aspectos. Entre eles, se destaca a Atenção Integrada ao Adolescente, que neste ano de 2014 completa três anos. Assuntos como a conscientização dos malefícios das drogas à saúde são abordados com os alunos. Há, também, projetos de apoio a instituições de caridade em Governador Valadares, como o “Genoma Solidário”, que desde 2007 atendeu a várias instituições com doações de alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal. Outros projetos, como o “Escritor Mirim”, ajudam na motivação dos alunos do Ensino fundamental a tomarem gosto pela leitura e pela escrita. No projeto, inclusive, os alunos-escritores se empenham na elaboração de um livro, que depois é publicado em edição limitada para os pais. A previsão é de que os projetos continuem crescendo. Uma nova sede do Genoma será inaugurada em Governador Valadares no início de 2016. Com a construção, o atendimento que já é de excelência vai ser ampliado para atender a um número ainda maior de mentes brilhantes. “A nova sede será mais moderna, com 4.200 mª de área construída. E deve oferecer ainda mais conforto para os nossos alunos”, comemora Rodrigo Cunha, sócio proprietário do Genoma.

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Dez anos de sucesso, credibilidade e reconhecimento do público. O trabalho do Genoma é resultado de aprovações nas principais universidades do país e na formação de estudantes desde o ensino fundamental. O Sistema Genoma mudou o cenário educacional de Valadares e de todo o leste mineiro. Para comemorar os 10 anos, o Genoma trouxe Nando Reis. Fotos: Renato Alcântara e Bruno Trindade

Thiago, Suelen, Rodrigo, Nando Reis, Zilma, Janaína, Nilson Cunha

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especial

: A T E R P A J R A T moda ou

necessidade? Consumo de medicamentos de tarja preta, como a Ritalina, cresce em todo o país. Governador Valadares acompanha a tendência nacional. Conceito foi em busca de explicações para esse aumento e faz um alerta para os perigos de quem faz o uso contínuo ou sem orientação médica

Por George Gonçalves

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les são velhos conhecidos do público que uma vez ou outra vai à farmácia. E também daqueles que são sócios de carteirinha do universo dos medicamentos. Há alguns anos, falar de remédios como o Rivotril ou Frempoporex poderia até soar estranho para algumas pessoas. O uso era, salvas proporções, mais restrito. Há até quem virasse o rosto, desconfiado, ao ouvir a sonoridade dessas palavras. Mas parece que isso tem mudado, já que a saída desses medicamentos dos balcões das farmácias brasileiras cresce vertiginosamente a cada ano. Pesquisa recente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou que a venda do metilfenidato, popularmente conhecido como Ritalina, aumentou 800% em 10 anos. O medicamento, indicado para Tratamento de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), é também usado por pessoas que querem melhorar o desempenho no trabalho ou nos estudos.

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A realidade brasileira também se revela aqui na região. A farmacêutica Nayara Lopes trabalha em uma rede de farmácias bastante conhecida em Governador Valadares. Ela conta que se mudou de Campanário, no Vale do Mucuri, há cinco anos. Logo nos primeiros meses, percebeu que a demanda por medicamentos de tarja preta é bastante alta na cidade. “De remédios para hiperatividade a inibidores de apetite. A saída desse tipo de medicamento aqui na empresa é muito grande. E tem aumentado de um tempo pra cá”, afirma. Dono de uma farmácia de manipulação em Governador Valadares, o empresário Mauri Silveira conta que percebeu aumento também na saída de medicamentos tarja vermelha, que só podem se vendidos mediante receita médica, como os antibióticos. A grande vantagem da manipulação, segundo ele, é a economia de preço. “Há medicamentos, por exemplo, que o cliente paga, em média, R$ 80 por 30 comprimidos industrializados. No manipulado, esse valor muda significativamente: com R$ 20 é possível comprar 60 comprimidos”. Vida remediada Não bastassem os oito compridos diários que a secretária Mariângela precisa tomar todos os dias por causa de uma hipertensão diagnosticada há dois anos, ela agora se prepara para aumentar a

A dif os ris erença na t e o g cos que o arja dos m Conc rau de inte consumo edicame de ca eito explic nsidade d pode traz ntos sinaliz o a aba da um ixo a s efeitos er à saúde a a: d iferen colater Sem ça e a ais finalid . receittarja: São ade a r e m m édica há ne édio ou fa cessidade para a cos que não rmac êutic de orientmpra. Ma precisam o ant d s Tarja es de ação de u , lembre- e m mé se: inicia pode vermelha d r ic o uso o Pode m ser com : são med . m cau ic p sar ef rados comamentos eitos q Tarja colate receita m ue só éd rais e comp vermelha s pecífi ica. branc rá-los é n com rete cos. da na a, em duaecessária nção de r u e f s a m c v r e ia m a i pode m ser ácia. Os e s, já que u receita mta: Para éd feitos ma d mais e agres colate las fic ica Tarja s iv r a p o is s. espec a retisome reta: Po íficos ou amnte com r dem ser c o e a m c r e e p na fa la, am ita de rado ou tê rmácia. Ag bas ficam cor azul s m e r m sistem efeitos com etidas Por is a nervos estimulano sedativo s o so co o, são su . Podem tes sobre s ntrole b c o da Vigmetidos a ausar vício . ilância um rig o Sanit ária. ro-

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e hoje são 10”. Aconselhada pelo neurologista, Eliane explica que tem ansiedade e não consegue dormir sem uso do remédio. “Pego no sono em 10 minutos com o medicamento”. O alerta O neurologista Geraldo Abdala levanta possíveis causas do aumento na demanda que chega diariamente aos consultórios médicos. “O atendimento em massa e muitas consultas em pouco tempo acabam gerando isso. Muitos pacientes, também, já procuram o médico em uso de medicação. Muitos já são dependentes”, revela. O neurologista também alerta para as consequências à saúde de uma pessoa que se submete ao uso contínuo de medicamentos tarja preta. “O maior problema é a dependência. Após algum tempo o paciente não consegue ficar sem a medicação. Existe, também, a questão da tolerância àquele medicamento, que faz a pessoa usar uma dosagem cada vez maior para obter o mesmo efeito até atingir superdosagem ou dosagem tóxica”. Somam-se a esses problemas um risco ainda maior quando o paciente decide se automedicar. Em alguns casos sem receita, o que é ilegal. Para o médico, neste caso a automedicação é mais perigosa. “O paciente corre todos os riscos naturais sem sequer ter conhecimento deles, uma vez que o balconista da farmácia não está preparado para orientar o paciente a respeito disso”.

cartela de medicamentos. Aos 44 anos, mãe de duas filhas, usou Rivotril por cinco anos para garantir a qualidade do sono. Mas por causa do problema de pressão, foi aconselhada pelo médico a interromper o uso. “O doutor receitou outro remédio para a ansiedade que não é tarja preta, mas que só posso usar de vez em quando, em último caso”, adianta. Mariângela gasta todo mês, em média, R$ 140 com os remédios. Muitos de tarja vermelha. E admite que prefere evitar os manipulados. “Confio mais nos industrializados. E até consigo um bom desconto nas farmácias”, conta. O jornalista Diego Souza, 31, usou por 12 anos um inibidor de apetite tarja preta, o Frempoporex. “Foi dos 8 aos 20 anos. Parei de usar por causa da cirurgia para redução de estômago que fiz”. Passados 11 anos desde que tomou a última dose do remédio, ele conta que tem sequelas no corpo que são resultado do uso do medicamento. “De vez em quando tenho tremores, taquicardia, minha visão turva, fica um pouco embaçada”, pontua. Atualmente, Diego faz o uso de Rivotril por causa de uma insônia. Problema que acredita também ser uma sequela do inibidor de apetite. “Mas não faço uso contínuo. Só em algumas noites, por causa do meu ritmo de trabalho. Pra mim, o mais importante é manter hábitos que proporcionem uma melhora na minha qualidade de vida, sem precisar necessariamente do remédio pra isso”. Já a telefonista Eliane Oliveira, 37, não dorme sem tomar o Clonazepam receitado pelo médico, hábito que cultiva há cinco anos. “No começo, eram cinco gotas. Depois, passaram para sete

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Veja as consequências do uso contínuo dos tarja preta sem um acompanhamento médico correto:

1ª Dependência: após algum tempo, com uso contínuo, o paciente não consegue ficar sem a medicação. 2ª Tolerância: o paciente usa uma dosagem cada vez maior para obter o mesmo efeito, até atingir superdosagem ou dosagem tóxica. 3ª Dano cognitivo: há diminuição da capacidade de memorização, do rendimento intelectual, da capacidade de raciocínio e da velocidade de raciocínio. 4ª Acidentes: o risco de se envolver em acidentes de trânsito aumenta 5ª Qualidade do sono: há piora significativa da qualidade do sono, com supressão ou redução de estágios importantes do sono fisiológico.


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colaborador

z i l e f er

S a escolha

é um Por Inocêncio Magela E-mail: dialetika@dialetika.com.br

G

raças à minha atuação como consultor organizacional e facilitador em dinâmicas de grupo, tenho conhecido testemunhos de vida de muitas pessoas. Faço aqui registro de um deles, que muito me impactou, bem como a todo o grupo do qual o protagonista participava, como fonte de aprendizado de vida. Aos 19 anos, P.P.B. era surfista e “curtidor” de sua vida. Tendo por nível de escolaridade o correspondente ao 9º ano do ensino fundamental, frequentava as praias do Guarujá, no litoral paulista, residindo numa casa de veraneio de seus pais. Seu pai lhe permitia ocupar a casa, mas não contribuía com sua sobrevivência, alegando discordar daquele estilo de vida, que classificava como vadiagem. Dedicava-se, então, à venda de tabletes de parafina para outros surfistas, que a aplicavam nas pranchas para torná-las menos escorregadias. Frequentemente, e por contingências econômicas, fazia as refeições na casa de colegas. Assim levava a vida e assim sobrevivia. Como é próprio do destino nos reservar surpresas, num determinado dia de temporal e ressaca, ele sofreu uma queda de uma onda de cinco ou mais metros, caindo com os olhos abertos na própria água. Rompendo as córneas, ficou cego. Foi resgata-

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do pelos companheiros através de códigos de alerta, erguendo uma das mãos para o alto. Desenganado pelos médicos, que lhe diziam não haver solução, estes sugeriam-lhe que colocasse dois olhos de vidro para melhorar seu visual, dado que mostravam-se esbranquiçados, criando constrangimento àqueles que com ele se relacionava. Seu pai não admitiu tal procedimento. Um dos médicos sugeriu-lhe um enxerto, sem nenhuma garantia de sucesso ao retorno da visão. Deveria arriscar? Antes mesmo de tentar o enxerto, ocorreu-lhe mais uma desventura. Certo dia, ao chegar às proximidades do escritório de seu pai, tomou consciência de um corpo caído, vítima de assassinato, rodeado por várias pessoas. Não tendo mais a sua capacidade visual, tateando o corpo reconheceu-o em função dos detalhes em couro dos sapatos que seu pai frequentemente usava. Caiu em desespero. Com o pai assassinado e cego dos dois olhos, entrou em depressão e permanentemente lastimava a vida que levava e a malfadada sorte que o perseguia. Certo dia, diante de sua irmã mais velha, em prantos, repetia as queixas como em centenas de outras vezes fizera. Sua irmã, provavelmente na expectativa, assim reagiu: — P.P.B., você precisa tomar uma das duas atitudes: Ou você aceita as condições as quais


sua vida chegou ou então reaja da forma que lhe sugiro. Estenda sua mão, que a solução encontra-se sobre esta mesa, ao seu lado. P.P.B. estendeu a mão e, para sua surpresa, encontrou um revólver. Caiu em estupefação e sua reação foi de êxtase. Desprezando as duas alternativas da irmã, assumiu a seguinte atitude: nem aceitação, nem suicídio. Decidiu, então, mudar sua vida para melhor, formulando um plano estratégico de sua revisão: • Arriscar o enxerto para voltar a enxergar, conforme sugestão do médico; • Fazer e concluir o curso supletivo. Prestar o vestibular. Concluir a Faculdade de Administração. Estando com sua irmã, perguntou-lhe: — Com que idade meu pai chegou a ser o Diretor Controller de uma multinacional? Ao que ela respondeu: — Ele chegou aos 41 anos. Você está querendo se comparar ao meu pai? Você está longe dessa possibilidade. Respondeu ele à sua irmã: — Chegarei a essas condições aos 40 anos. Em 1971, fez o enxerto de um dos olhos, passando a enxergar razoavelmente com o uso de óculos, ainda aos 19 anos. Dedicou-se incansavelmente ao supletivo e depois ao vestibular, tendo sido aprovado em 50º lugar, de 150 vagas ofertadas. Aos 29 anos, realizou a segunda cirurgia, com sucesso, nas condições de sua primeira. No ano de 1991, trabalhava na Texas Instruments, no Brasil,

empresa de Tecnologia da Informação (TI) com sede em Dallas, no Texas (EUA), que atua na área de semicondutores, microcontroladores e conversores. Neste mesmo ano, quando completou 40 anos de idade no mês de agosto, recebeu uma carta do presidente da empresa nomeando-o Diretor Controller. Diante da nomeação, solicitou ao presidente que lhe concedesse dois dias de folga. Em tom de surpresa, o presidente lhe indagou: — No momento em que lhe ofereço uma promoção, você me solicita dois dias de folga? Ao que ele respondeu: — Eu tenho uma missão e um compromisso pela frente. Foram-lhe concedidos os dois dias de folga. Dirigiu-se para uma fazenda em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde morava sua irmã. A ela entregou a carta que o nomeara Diretor Controller da Texas Instruments, aos 40 anos. Em prantos, sua irmã pediu-lhe perdão pela atitude que tivera no passado. P.P.B. assim se manifestou: — Não há que me pedir perdão. Venho trazer-lhe o certificado do mérito que teve a ajuda que de você recebi. Sua irmã tomou a decisão de colocar a carta em um quadro, dependurando-o em uma parede. Meus leitores, provavelmente vocês desconhecem o quanto um facilitador pode aprender com aqueles a quem ele ajuda. A partir daí, aprendi que a felicidade é uma escolha. Tenho decidido por ela.

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Sonia Miranda

glamour

Fotos: Marquinho Silveira

Mara e Alberto

Alberto Cantídio, Isadora Esteves, Yasminne Esteves, Mara e Alberto, Ludmila Ferreira e Gustavo Arruda, Ana Carolina Ferreira e Fabrízio Barbosa

Marcela e Celso Mol, Karine e Marcel Sebastian

Jonas Ribas, Claudia Ali e Ricardo Coelho, Mara, Alberto e Juliana Ribas

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Mara & Alberto

O grande dia de Mara e Alberto foi marcado de muito amor e ternura. Amigos, filhos e familiares desejavam bênçãos a essa nova etapa na vida dos apaixonados. Depois do brinde dos recémcasados, a noiva levou os convidados e o esposo para a pista de dança que era só descontração e puro agito.

Carmen Ferreira, Aldinha e Newton Ferreira, Mara e Alberto, Neuza Ferreira, Elísio e Moema Ferreira, Celso Ferreira e Adélia Ferreira

Mara, Isadora e Ludmila

Silas e Silvana Dias, Eduardo Almeida e Flavia


Socorro Braga, os noivos, Valquíria Mello, Marcos e Emilia Machado e Sonia Miranda

Penha, Dr. José Lucca e Wellington Braga

Paulo e Marcia Francez, Marlene Esteves, Mara e Alberto, Marilene Esteves, Francisco Menta, Marília e Daniel Amorim

Claudia Coelho, Alberto e Mara, Rogério Coelho

Ronaldo Scucato e noivos

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Retalhos EB Escolar Brasil

Há 10 anos no mercado, a EB Escolar Brasil, dirigida pelo empresário Anselmo Rodrigues, atende a escolas, prefeituras e empresas em toda região de Minas Gerais e parte da Bahia, com móveis, computadores, impressoras e suprimentos, brinquedos pedagógicos, papelaria e livros em geral. O atendimento pode ser feito pelo site www. escolarbrasil.com.br, pelo telefone (33) 3271-8480 ou na avenida Minas Gerais, nº 2521, bairro Grã-Duquesa.

Blogueira Vivi Ribeiro

Ela arrasa no look! Formada em Direito, mas apaixonada por moda, Vivi Ribeiro leva para seu blog (viviribeiro.com.br), um mix de estilo, glamour e luxo. Com bom gosto indiscutível, a blogueira divide com suas seguidoras as inspirações e tendências do mundo fashion. Dicas de moda, maquiagem, cabelo, tudo que a mulher moderna precisa para estar bem vestida e informada em qualquer ocasião. Redes sociais: Instagram: @blogviviribeiro Facebook: Facebook.com/Viviane ribeiro

Etiqueta com Janína Depiné

Serenidade e bom senso no falar e escrever. Assim são os artigos de Janaína Depiné em suas dicas de etiquetas em todas as edições da Revista Conceito. Para que você, leitor, saiba como lidar como algumas situações, como: “Ih, esqueci seu nome”, “luto nas redes sociais”, “selfie tem hora”, “10 dicas para cuidar da imagem no trabalho” e muito mais, é só acessar o site www.elegantesempre.com.br. Na foto, Janaína no estúdio do programa “Encontro”, apresentado por Fátima Bernardes.

Fátima Bernardes e Janaína Depiné

Blogueira Juliana Rangel A bloqueira Juliana Rangel vem a cada dia oferecendo aos seus leitores posts atualizados com dicas de look do dia a dia, beleza, produtos. Vale a pena conferir o site www.julianarangel.com.br e seguir o perfil no instagram: @juhrangel. 32 conceito

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Madeleste

Madeleste, 25 anos dirigida pelos empresários Jairo Paradella e João Bosco, oferecendo qualidade, conforto, praticidade e elegância para deixar sua casa ainda mais bonita. Venha nos visitar e conhecer nossos móveis direto da fábrica. Na foto, a gerente de vendas Natália Ribeiro.

Way Consultoria

Chegou a Governador Valadares um novo conceito quando o assunto é gestão empresarial. A Way Consultoria, liderada pelas sócias Raphaela Ferreira e Kamille Souto, oferece treinamentos, palestras, workshops preparados de acordo com a necessidade de cada cliente. Além de oferecer aos profissionais de Valadares e região sessões de coaching para ajudá-los a atingir metas e ascensão na carreira. Pensou em gestão, pensou Way Consultoria! Ligue: (33) 3016-8282 ou tire suas dúvidas pelo e-mail wayconsultoriagv@gmail.com.

Glitz by Regina Bragatto

Regina Bragatto com novidades encantadoras na Glitz. Roupas e acessórios para mulheres de bom gosto e elegante. Confira as tendências da estação na Av. Eng. Roberto Lassance, nº 1556, Vila Isa. Telefone: (33) 3083-4075.

Os pratos saborosos de Miriam

Jornalista Milton Boechat

Ele provoca seus seguidores nas redes sociais com pratos saborosos feito por sua mãe, Miriam. E sempre demonstra o seu carinho, respeito e amor por essa guerreira, que é sua mãe. Sei de uma lista de pessoas que já foram e confirmaram as delícias postadas. 33 conceito

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Minas na terceira pessoa

Por Tainá Costa Email: tainaacosta@gmail.com

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u sou nascida e criada em Minas Gerais, onde morei 23 dos 25 anos da minha vida – mesmo que desses 23 anos, cinco tenham sido em Juiz de Fora, cidade que alguns consideram estar em Minas por um erro geográfico, já que tem alma carioca. Mas, ó, Juiz de Fora tem muito mais de Minas que de Rio de Janeiro, tá? Ainda que lá eu já convivesse com alguns hábitos cariocas, eu ainda me sentia em casa. Quando me mudei de fato para o Rio de Janeiro, aí sim, foi um choque cultural. Pessoas expansivas, que falam alto e usam palavrão como forma de pontuar as frases, te dão um

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apelido já no mesmo dia que te conheceram e depois te convidam para um “chopinho” qualquer dia desses. “Chopinho” que pode ser cerveja, mas que na maioria das vezes é chope mesmo, num “qualquer dia desses” que raramente acontece. As diferenças culturais, essas a gente vai se acostumando. E com um ano de Rio, eu já estava adaptada aos chopes, aos palavrões no meio de uma reunião no trabalho, aos apelidos... Mas vou te contar que uma coisa que até hoje eu tenho certa dificuldade é preencher formulários na internet que pedem endereço. A parte da rua, do número, do bairro


Mas, o mais esquisito de tudo é me referir a Minas na terceira pessoa. Falar que “no final de semana eu vou para Minas” é muito estranho. Eu sempre vivi em Minas. Mesmo quando eu saí da casa dos meus pais e fui para Juiz de Fora, ainda estava em Minas. Então, eu não precisava me referir a Minas como “Minas”. Bastava falar “aqui” ou “ali” (aquele “ali” de mineiro) quando eu queria me referir a Governador Valadares, cidade onde moram meus pais.

e até da cidade é fácil. Mas, na hora de escolher o estado, eu sempre vou em “M”, de MG. Não tem jeito. Eu acabo de colocar a cidade Rio de Janeiro, mas o estado é MG, de Minas Gerais. Por sorte, eu sempre corrijo o meu ato impulsivo e desço mais um pouco a barra de rolagem até chegar no “R”, de RJ. Mas, Freud deve saber explicar. Imagino que essa é a minha forma de externalizar a minha vontade de que o Rio de Janeiro faça parte de Minas Gerais. Ou de deixar claro que, por mais que eu ame o Rio de Janeiro, Minas estará sempre no meu coração, mesmo anos após o meu êxodo. Mas, o mais esquisito de tudo é me referir a Minas na terceira pessoa. Falar que “no final de semana eu vou para Minas” é muito estranho. Eu sempre vivi em Minas. Mesmo quando eu saí da casa dos meus pais e fui para Juiz de Fora, ainda estava em Minas. Então, eu não precisava me referir a Minas como “Minas”. Bastava falar “aqui” ou “ali” (aquele “ali” de mineiro) quando eu queria me referir a Governador Valadares, cidade onde moram meus pais. Hoje, como o “aqui” se refere à outra unidade federativa, eu sou obrigada a falar “lá em Minas”. E, toda vez que eu me refiro ao meu estado na terceira pessoa, me dá vontade de anexar o Rio de Janeiro só pra eu poder falar “aqui em Minas”, mesmo estando aqui no Rio.

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Clores com escultura na Casa Cor

colaborador A obra Gota na Casa Cor

A artista plástica ao lado da Gota

Clores com obras do corredor do Living Alex Maymone, Clores Lages e Ruy Ohtake

Encantos em cantos diversos Por Clores de Andrade Lage E-mail: cloresalage@hotmail.com

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stampas, listras, motivos étnicos e cores. Esses são os trunfos dos layouts de interiores apresentados em celebração anual de grande estilo Casa Cor que, queiramos ou não, dita a moda e as tendências do próximo ano. A Casa Cor se transformou no segundo maior evento de decoração mundial e agrega a tecnologia que tende a facilitar e a propiciar momentos de bem-estar nos ambientes. Hoje, ela inspira o artista, levando-o a criar novas obras, pois somos apaixonados por cultura, por tudo o que é novo e faz pulsar. Sem abrir mão do nosso estilo, conseguimos nos adaptar às novas tendências e nos mantermos no mercado, pois o arquiteto ou decorador

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coloca o ambiente do cliente em sintonia com a época em que estamos vivendo. Casa Cor e GV Shopping Este ano, estou participando da Casa Cor de Campo Grande (MS) e de Vitória (ES). Minhas peças refletem meus desejos no momento da criação em sintonia com as tendências atuais. Minha maturidade artística permite fazer essa leitura e mistura do clássico com o moderno. O valadarense também vai poder entender do que estou falando e enxergar esse novo olhar em uma exposição individual minha, na Praça de Eventos do GV Shopping. Será de 16 a 28 de setembro. Vale a pena conferir!



Coluna Júlio Avelar

“ “

ENTÃO, FICAMOS ASSIM... A convite de Sônia Augusta Miranda, aqui estou, até quando? Até quando ela quiser tolerar... Sempre livre e solto, sem nenhum compromisso e nem empreguismo.

MAIS UMA O TEMPLO DA IGREJA UNIVERSAL da Vila Isa é igual ou, se não, maior do que a atual da Avenida Brasil. Fica na Roberto Lassance e é imponente.

CRESCENDO LILÃO MACIEL plantou a semente. Hoje, o filho Marconi Benetti de Freitas Maciel moderniza, amplia e agiganta o Grupo CACIQUE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO. Já no domínio do Shopping Feira, abre uma nova Cacique na Avenida Brasil, ocupando o espaço não aproveitado pela Dadalto. Parabéns, Marconi!

POR QUE NÃO?

JÁ É PRECISO pensar seriamente em voltar com a matéria OSPB, que foi eliminada pelo então presidente FHC do currículo escolar. OSPB significava Organização Social e Política Brasileira. Com isso, poderemos ensinar aos jovens estudantes o que é política e como nela deve se comportar. Outra matéria interessante também eliminada no governo de FHC era Educação, Moral e Cívica.

FALANDO NO AR SAYONARA CALHAU, conhecida colunista de Valadares, anos e anos assinava no Jornal Hoje em Dia, e mais tarde na Revista da TV a Cabo, está agora como colaboradora e ganhou espaço de 10 minutos ao vivo, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, no Programa Julio Avelar/TV Rio Doce, a partir das 10h30. Pela sua tradicional festa e por ela mesma, com certeza muito “aplauso”.

BLÁ-BLÁ-BLÁ

É SÓ OUVIR E ENXERGAR COM TODA CERTEZA a indefinição do eleitorado brasileiro marca o momento político nas eleições; Dilma só é ameaçada nas pesquisas de segundo turno. Contra ela, está o fato de que tanto Marina quanto Aécio estão se beneficiando do tratamento equânime dado pelas redes de televisão. Dilma sempre se isolou da imprensa que sempre que noticias.

POIS É! Muita coisa para ler a aprender, são muitos blá-blá-blás e a política urbana precisa entrar em debate para as eleições municipais que, aqui em Valadares, tem ameaça de segundo turno se não transferirem votos para outras cidades vizinhas.

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AINDA FUNCIONANDO

GRAÇAS A DEUS a mais antiga indústria de Valadares, a MASSAS PERIQUITO, não fechou e nem deve fechar, como imaginavam muitos. Continua operando na fabricação de massa para lasanha e um só biscoito. Esperamos que com a Justiça Divina, e em especial à do homem, ela volte a dar os mais de 500 empregos e levar o nome de nossa cidade para todo o Brasil com seus deliciosos produtos.

Empresário Moacyr Soalheiro comemorando seus 90 anos rodeado dos netos Marcos, Fabrício, Hugo, Renato, Yuri, Pedro, Henrique e Marcela.

Borbulhantes...

U

m dos mais belos trabalhos em bocas humanas quem tem feito para o Brasil afora é a equipe da competente Dra. Ruty Leila França. E aí, entra Gilberto Hott e sua esposa Tandresse *** Reny Ramos passou por cirurgia na coluna. Em recuperação *** Médico Augusto Barbosa deixou todos assustados com seu estado de saúde, que ainda requer cuidados, mas está sendo bem tratado *** Leandro José fazendo cursinho preparatório no Clóvis Salgado para vestibular e Enem para Fisioterapia *** Maurício Serpa tirou férias e voou para o Caribe. Depois, passa pelo Sul do Brasil muito bem acompanhado *** Renato Fraga é como um furacão (no bom sentido). Onde passa, destrói, constrói e está fazendo bonito na Associação Comercial *** PROCON de São Paulo multou em R$ 1,1 mil a fabricante dos cigarros da marca Marlboro por abuso de propaganda. Será que a multa será paga? *** Não pague para ver, porque você pode até chorar *** Bruno Henrique da Silva e Ana Carolina Avelar fazendo Direito na Univale *** Advogado Renato Nascimento advogando e defendendo prefeituras e câmaras municipais junto ao Ministério Público. Competente o cara! *** Não gostei da frente do Parque Natural Municipal, presente da Vale para Valadares: frente lisa, sem vida, feia, sem vegetação *** Hospital Bom Samaritano deve ser o maior hospital num raio de 300 quilômetros. Incrível como tem crescido em todos os sentidos. Hoje, credenciado nas cirurgias bariátricas *** Shubert Dornelas Cunha Filho fazendo Educação Física na Unipac. Ao terminar o curso, muda-se para Colatina *** Vira-e-mexe, a gente sente. Quem não sente? *** Professora Cinira Santos Neto, com todo o seu jeitão, vem dando uma nova dinâmica na Academia Valadarense de Letras. A entidade está indo onde o povo está.

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Educação no trânsito: exemplo de Manhuaçu para o Brasil Por Ana Paula Teixeira

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s vésperas das comemorações pela Semana Nacional de Trânsito em todo o Brasil, o Ministério da Saúde (MS) divulgou dados de um levantamento que revela que no país o trânsito mata mais de cinco pessoas por hora. Em termos absolutos, estamos em 4º lugar no ranking mundial de mortes no trânsito, ficando atrás somente da China, Índia e Nigéria. Esse mesmo levantamento do MS, que considera os anos de 2003 a 2012, revelou um dado alentador: na Região Sudeste, onde está abrigada a maior parte da população e da frota de veículos do Brasil e, consequentemente, concentrada a maior parte dos acidentes, houve uma redução no número de mortes no trânsito nos dois últimos anos da pesquisa. A redução é de apenas 1,20%, mas representa muitas vítimas a menos. A cidade mineira de Manhuaçu é uma das que têm feito sua parte para contribuir com a redução do número de mortes no trânsito. O princípio adotado é o da conscientização popular junto aos órgãos fiscalizadores de trânsito, como as polícias Militar e Rodoviária, e os conselhos municipais. Um bom exemplo é a campanha “Olho Vivo na Faixa”, lançada há 8 anos no município e que tem colhido resultados significativos. A iniciativa buscava a solução efetiva para um problema que cada vez mais afetava a população: o desrespeito à faixa de pedestres, o que, aliás, até então era uma das situações que mais provocava acidentes na cidade. Um dos locais onde havia muita reclamação de acidentes por desrespeito à faixa de pedestres era em frente à Escola Estadual Monsenhor Gonzalez. Um acidente ocorrido no local é que motivou a comunidade a se mobilizar. A partir desse posiciona-


Fotos: Eduardo Satil

Uma solenidade, que contou com a presença da Polícia Militar e autoridades civis de Manhuaçu...

...marcou o relançamento da Campanha Olho Vivo na Faixa.

A campanha contou ainda com a participação de estudantes de Manhuaçu

mento popular, a campanha em Manhuaçu foi criada em parceria com o Conselho Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Consep), polícias Militar e Civil, Câmara de Vereadores, Prefeitura, Ministério Público e Maçonaria, além de entidades civis e religiosas. Membro do Consep de Manhuaçu, S.J. de Moraes presidia o conselho quando a campanha em prol da educação no trânsito foi lançada, há oito anos. “O que houve foi realmente uma atitude de cidadania, onde o tripé básico da ação era formado pela PM, Prefeitura e Consep”, conta Moraes. Atualmente, a cidade conta com 75 faixas nas principais ruas. De acordo com SJ, anualmente é solicitado ao Poder Executivo a devida revitalização das faixas. “Hoje brigamos por faixas elevadas em vez de quebra-molas, o que irá oferecer mais acessibilidade ao cadeirante e aos carrinhos de bebê, por exemplo”, afirmou. Trânsito educado Para a professora aposentada Lilia Ruth da Cunha, que na época do lançamento da campanha trabalhava na Escola Estadual Monsenhor Gonzalez, o trabalho em conjunto pela melhoria no trânsito teve resultados muito satisfatórios. “Houve uma grande melhora e foi importante, porque várias pessoas entraram no projeto. A faixa em frente à escola era uma necessidade urgente, pois de vez em quando uma criança era atropelada”, recorda a educadora. Para o tenente-coronel da PM, Geraldo Henrique Guimarães da Silva, “os frutos positivos colhidos pela campanha venceram o ceticismo de muitos que duvidavam da eficácia do trabalho de conscientização popular”. Hoje no quadro de Reserva da PM, ele conta que na época do lançamento da campanha “Olho Vivo na Faixa”, uma professora solicitou a presença de um policial na porta da Escola Monsenhor Gonzalez para ajudar a controlar o trânsito por causa do atropelamento de crianças que vinha acontecendo no local por desrespeito do motorista à faixa de pedestres. O militar conta que a solução proposta pela professora era inviável na época. “Tínhamos cerca de 10 outras escolas em situação idêntica. Então, disse que a real solução seria a reeducação e mobilização da sociedade. Todos julgaram esta solução como muito simples. Porém, era este o caminho, pois tratava-se de uma questão que envolvia mudanças culturais”, explicou. “Assim, foi lançado o projeto em que a escola era o piloto. Criamos, logomarca, cartazes... Foi um processo que durou entre três e quatro meses de intensas atividades. Eu mesmo me reuni com cerca de 40 pessoas, destacando condutores da cidade, como motoristas de ônibus e taxistas, além dos pais dos alunos e promotores de Justiça”, contou o coronel. Basta analisar os números de acidentes de trânsito em Manhuaçu nos últimos anos para perceber que a campanha deu certo. Segundo dados da Polícia Militar, em 2012 foram registrados na cidade 1013 acidentes de trânsito, com 59 atropelamentos. Em 2013, o número de acidentes caiu para 922, com 57 atropelamentos. Os números não parecem tão expressivos até compararmos esses dados com o do aumento da frota de veículos em Manhuaçu

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nesse período. Segundo dados da Receita Federal, em 2012 a cidade tinha 23.121 veículos. Um ano depois, havia 2 mil veículos a mais em Manhuaçu. Uma média de crescimento que vem sendo registrada desde 2008 na cidade. Ou seja, proporcionalmente, enquanto o número de veículos aumenta, em média, em 2 mil, o número de acidentes e atropelamentos tem sofrido redução. Semana de Trânsito

Com a Semana Nacional de Trânsito se aproximando, a campanha da faixa de pedestres voltou. Agora, com novas peças gráficas e atividades para relembrar aos pedestres e motoristas a importância de respeitar a travessia, novas ações estão programadas para este mês de setembro. A diferença é que desta vez a campanha não terá um foco específico. Segundo o tenente da PM Luiz Hott, o objetivo é mostrar a responsabilidade dos condutores e das pessoas que estão transitando na faixa. “O motorista tem que parar, mas os pedestres também devem esperar”, alertou. Para o tenente-coronel Henrique, o resultado da campanha tornou-se até hoje um grande motivo de orgulho entre para todos os envolvidos, principalmente a população de Manhuaçu. “Esta foi uma das experiências mais ricas de toda minha carreira. Vencemos o ceticismo com um trabalho de convencimento a várias autoridades. O objetivo foi conquistado: a humaniza-

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ção do trânsito. Hoje, ainda existem questões a serem melhoradas no trânsito de Manhuaçu, como o congestionamento, por exemplo, mas a parte mais vulnerável do trânsito, que é o pedestre, conseguimos resolver”, completou.

Os panfletos educativos da nova campanha dão orientações específicas para pedestres e motoristas.


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colabora A Feiticeira

Por João Paulo de Oliveira Site: http://apontadordelapis.wordpress.com

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uando alguém faz parte da sua vida, você passa a conhecer aspectos únicos dessa pessoa, características e pensamentos que só a intimidade traz à tona. Pois bem, revelarei aqui uma dessas intimidades para que o título faça algum sentido. Até conhecer essa pessoa, desconhecia uma menininha que não quisesse ser a princesa encantada dos contos quase sempre encantados da Disney. Quando pequena, essa pessoa queria ser a bruxa. Sim, a bruxa chegou a me dizer que a delicadeza, fragilidade e beleza intocável das princesas a irritava, já as grandes feiticeiras, além de deterem o poder das poções, podiam voar em suas vassoras, transformar-se em animais ou outras figuras e que, se no fim da história se davam mal, era por culpa delas mesmas, por se deixarem tomar pela inveja ou outro sentimento ruim. — Vê lá se eu, com todos os poderes, vou ter inveja de uma branquela que canta para bichinhos e arruma a casa para sete anões. — Disse ela uma vez. Hoje, essa pessoa tem grande poder sobre a magia da culinária. Afinal, uma poção não é muito diferente de uma receita. No alimento, coloca-se ternura ou ódio, amor ou descaso, assim como em um encanto. Considero um privilégio estar presente nessas etapas mágicas. Adoro ver a sua cara de felicidade em uma prateleira repleta de temperos finos. Uma loja de especiarias é mais encantadora para ela que uma manhã de Natal. Na hora de preparar, pica uma coisa aqui, refoga algo ali, cheira outra acolá... Um golinho de cerveja ou vinho, prova um pouquinho, bate com a língua no céu da boca umas três vezes e sorri pra mim. Eu fico como um bicho de estimação dessa bruxa, observando a certa distância como um corvo falante. Durante a semana, tenho que dividir a atenção dela com Claude Troisgros, Rodrigo Hilbert, Jamie Oliver e outros. Se eu ciúmo? Lógico que não, acho ótimo! Morro de rir da discórdia causada entre nossos amigos que ainda não tiveram chance de provar seus pratos ou daqueles que provaram e perguntam quando vamos abrir um bistrô.

Quando chega o fim de semana, diz pra mim: — Quero fazer algo diferente! E eu pergunto: — Na cozinha? Ela dá uma risada e lá vamos nós de novo. Final feliz? Não é o fim. É só um pouco da história da menina que virou feiticeira e vive com um cara que nunca foi um príncipe, mas que vive encantado com suas receitas.

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Etiqueta na hora das

Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br

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Compras

er elegante na hora de fazer compras não é uma questão de ter um cartão de crédito com limite alto. Sem dúvida, o comportamento diz muito sobre o comprador. Vamos às dicas válidas para qualquer lugar do mundo? 1) Veja, mas não toque Peças delicadas exigem cuidado. Por isso, ao ver o aviso “Favor não tocar”, simplesmente respeite. Tome cuidado extra com as crianças. Elas são mais curiosas e geralmente gostam de “ver com as mãos”. Oriente-as bem antes de entrar

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numa loja dessas. É sempre bom usar essas oportunidades para ensinar aos filhos regras de boas maneiras. Porém, se eles ainda forem muito pequenos, é melhor nem levá-los junto. 2) Cuidado com a inveja Se outra cliente selecionou alguma peça, nem pense em mexer nela. Caso tenha gostado muito, com discrição peça à vendedora para lhe mostrar uma similar. Se for a última peça, jamais tente convencer a cliente rival a desistir da compra. A regra é clara: quem viu primeiro, leva.


3) Personal vendedora ainda não existe Se a vendedora que sempre lhe atende está ocupada, dê uma chance à outra ou volte mais tarde, mas evite ficar parada na loja esperando a pessoa desocupar. Lembre-se, também, que é seu direito dizer “não” aos vendedores com ar de superioridade. Não tenha vergonha de ir em direção ao que é mais solícito e deixar o arrogante para trás. 4) Só uma olhadinha Se o objetivo da sua entrada na loja é só curiosidade em ver lançamentos, fique à vontade e diga isso claramente. Um bom vendedor deverá respeitar seu espaço e fazê-la se sentir confortável apenas dando aquela olhadinha básica. 5) A pressa é do cliente Se você está fazendo uma compra às pressas, não se acanhe em dizer isso ao vendedor. Ele poderá facilitar sua vida agilizando embrulho, pagamento... Muito melhor dizer que está com o horário contado do que se irritar com a morosidade do funcionário.

6) Perguntar não ofende Fique à vontade para perguntar sobre o prazo de troca das mercadorias, valor do produto, condições de pagamento e cartões de crédito que a loja aceita. Aliás, muito melhor perguntar tudo isso antes mesmo de provar a roupa, pois se você demonstrar claramente que vai levar a peça, fica bem mais difícil negociar um bom desconto. 7) Negocie, mas saiba a hora de parar É justo pedir desconto, mas não insista. Se a resposta foi negativa, repense a compra ou pesquise mais. Também não force a barra para levar um brinde ou obter qualquer outra vantagem. Os vendedores costumam ter regras fixas de negociação. Já se a compra for num valor muito alto, você pode tentar aquele desconto do gerente. Peça ajuda ao vendedor para tê-lo como aliado. Por fim, uma boa dica para quem não gosta de perder tempo é pesquisar na internet. Com os valores em mãos você tem bons argumentos para negociar. Além disso, as boas lojas costumam cobrir o valor para manter o cliente. Seja inteligente!

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Arquitetura contemporânea e de muito bom gosto

Por Franco Dani

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os últimos anos, segundo dados no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), uma das bases da economia brasileira tem sido a construção civil, que está a todo o vapor. Muito desse crescimento no setor se deve aos grandes eventos esportivos em nosso país, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016. Mas não é só nos grandes centros que isso vem ocorrendo. O “boom” na construção civil já chegou às cidades de porte médio, como Manhuaçu. É lá que recentemente se estabeleceu o arquiteto paulista João Natal Previero Filho, atraído pela possibilidade de contribuir com suas técnicas e conhecimentos num mercado que tem expandido ano após ano. João Previero, que também é formado em Design de Produtos e Interiores, está no ramo da arquitetura há 20 anos. Natural de Campinas (SP), ele conta que é adepto do estilo mais contemporâneo. “Gosto muito de trabalhar com me-

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tal e concreto armado. Vidro também é uma coisa com a qual gosto de trabalhar, procurando sempre mesclar com o metal e com o concreto. E a aplicação dele em um país tropical, como o nosso, requer técnica”, ressalta. Como todo artista - atributo que pode ser concedido aos arquitetos pela capacidade desses profissionais de criar e recriar -, João se inspirou em outros grandes nomes da arquitetura contemporânea para assinar seus projetos. Entre eles, João Armentano, um dos mais conceituados e premiados arquitetos brasileiros. Expansão imobiliária Mas, afinal, o que levou um respeitado profissional como João Previero a deixar São Paulo para se instalar em uma cidade do interior de Minas Gerais? Segundo ele, foram vários os fatores: “Cheguei em definitivo há duas semanas, mas já conhecia Manhuaçu há cerca de 10 anos, pois fre-


Além de assinar projetos de arquitetura, João Previero também é design de interiores.

quentava muito a cidade. Vários fatores me atraíram, entre os quais os vínculos de amizade que fiz aqui e a vida tranquila, pacata e hospitaleira da cidade”, conta o arquiteto. Outro fator motivador, segundo ele, é a expansão do mercado imobiliário em Manhuaçu. O surgimento de loteamentos planejados e prédios modernos tem dado nova cara ao município. Hoje, Manhuaçu possui mais de 20 empresas que comercializam imóveis e mais de 70 corretores credenciados pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) em toda região. Essa expansão imobiliária está alterando, também, o perfil das construções e das localidades mais valorizadas. Condomínios de luxo e loteamentos mais afastados surgem como a nova tendência para impulsionar o consumo de imóveis das classes A e B. Além disso, a cidade está, visivelmente, em processo de verticalização, com edifícios comerciais e residenciais “surgindo” a todo instante. Este é o cenário encontrado por João Previero, que apesar dessas mudanças, afirma ser adepto do conceito de que o antigo e o novo podem seguir juntos na história do lugar. Além de assinar projetos de arquitetura, João Previero também é design de interiores e tem um extenso portfólio na área de decoração de ambientes. Seu escritório em Manhuaçu está em fase de montagem e a expectativa é que já esteja pronto para atendimento ao público em algumas semanas. Ele fica na rua Monsenhor Gonzalez, nº 373, sala 5.

O paulista João Previero disse que o mercado imobiliário e hospitalidade de Manhuaçu o atraíram para o interior mineiro.

Para entrar em contato com João Previero e comprovar a qualidade de seus projetos, basta ligar para o telefone (33) 3331-3364 ou (33) 8862-3364. Ou ainda por e-mail. O endereço é: joaopreviero@jp.arq.com.br.

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Inventário

pela via extrajudicial Por José Francisco da Costa Júnior E-mail: costajunior14@yahoo.com.br

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legislação civil brasileira, desde 2007, possibilita o processamento do inventário em cartório. Antes, o procedimento somente poderia ser realizado judicialmente, o que acarretava enorme atraso, já que nossa Justiça é bastante morosa. A Lei 11.441, de 04 de janeiro de 2007, que trata do assunto, veio simplificar e agilizar o procedimento. Contudo, há a necessidade de se verificar a presença de alguns requisitos legais, os quais veremos abaixo. Gramaticalmente, inventário pode ser definido como sendo: a) Relação dos bens deixados por alguém que morreu; b) Ação de pôr em inventário esses bens para sua posterior partilha entre os herdeiros e sucessores do falecido; c) Lista discriminada de mercadorias, bens etc.; d) Descrição minuciosa de algo; ou e) Levantamento do Ativo e do Passivo de uma empresa comercial. Trataremos

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apenas dos dois primeiros significados. Inventário é o processo que se abre [...] para a descrição e partilha de todos os bens do De Cujus (falecido) ao tempo de sua morte, individualizando-os com precisão e clareza para o fim especial de proceder à partilha e à divisão que resultará na legalização e transferência do patrimônio aos seus sucessores, atribuindo a cada um deles o que lhe couber . Assim, toda vez que uma pessoa morre, deixando bens, necessária será a abertura do inventário, o que deverá ocorrer até o prazo de 60 (sessenta) dias após o óbito, sob pena de pagamento de multa ao Estado. É que, com a morte, os bens deixados pela pessoa que morreu são transmitidos aos herdeiros. Isso implica em alteração nos registros de propriedade desses bens, ou seja, tais bens deixam de ser propriedade de alguém para ser propriedade de outrem.


E o que deve ser levado a inventário? Todos os bens (móveis, imóveis, semoventes ), todos os direitos creditórios (ações em bolsas de valores, títulos de crédito etc.), bem como as dívidas (obrigações em geral). Se os bens e direitos não forem suficientes para pagamento das dívidas, não haverá bens a serem partilhados com os herdeiros. Assim, só existe herança se houver um saldo positivo na operação matemática, ou seja, os bens e direitos menos dívidas. Importante ressaltar que a responsabilidade pelo pagamento das dívidas de quem morreu é do “espólio”, ou seja, dos bens e direitos deixados pelo falecido. Os herdeiros, em geral, não são responsáveis diretamente pelo pagamento de dívidas de quem morreu. Para que o inventário possa se realizar em cartório, porém, é necessário que: a) O falecido não tenha deixado testamento; b) Sucessor e herdeiros têm de ser capazes e estarem de acordo com a partilha (se houver discordância, não pode ser feito em cartório; se houver herdeiro menor de idade ou incapaz, também não poderá o inventário ser feito em cartório). c) As partes interessadas têm de estar assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas, cuja qualificação e assinatura constarão da escritura. A escritura pública do inventário e partilha constituirá título hábil para o registro imobiliário. Se na Justiça o inventário pode demorar anos (há casos em que demoram mais de dez anos), no cartório o procedimento é muito rápido. Vai depender da quantidade e localização dos bens, mas normalmente em três meses (ou até menos) é possível que o procedimento esteja encerrado. Finalmente, o Direito brasileiro, ao possibilitar inventários e divórcios por escritura pública, trouxe rapidez, opção de livre escolha do lugar para abertura da sucessão, redução de números de processos no Judiciário e desburocratização ao procedimento extrajudicial, entre outros ganhos.

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J.B. Coelho Glamour no enlace de Mariana e Diogo Aconteceu na Matriz de São Lourenço o enlace matrimonial de Marina Espósito Satler e Diogo Heitor Umann. Após a cerimônia, realizada pelo Padre Júnior, os noivos receberam os convidados em uma belíssima festa no Estância Gourmet do Alto Caparaó. Foi um evento inesquecível para o casal e convidados, com todos os detalhes checados pelo maître Aliace Fernandes e cerimonial de Patrícia Ferreira. Os pais do noivo, Nelson Theonolfo Umann e Noeli Terezinha Umann, e os da noiva, Valdécio Ferreira Satler e Michelina Espósito Satler, deram suas bênçãos à união. Os noivos repletos de alegria e amor curtem lua de mel em Nova Iorque. O casal comemora o início de uma vida juntos. E que ela seja repleta de alegria. Parabéns ao casal!

Os pais da noiva, Valdécio e Lina

Os pais do noivo, Nelson e Noeli

Os noivos com Gilda e Giovanni

Os noivos com Kamila e Roberto

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Dr. Wagner Pereira

Querido entre os colegas de profissão e clientes, Wagner Pereira Rodrigues vem colhendo bons frutos pelo reconhecimento de seu trabalho. O médico é dono de um talento e competência comprovados na área da cirurgia plástica.

Debut Millena Albuquerque Sampaio esbanjando charme, beleza e elegância na plenitude de seus 15 anos, posando para esta coluna.

Rainha do Café MG 2014

Cabeleireira Carla Dhartyla; colunista do Diário do Aço, Francisco Neto; JB Coelho; Suzy Rego e Domingos Neto, coordenador do concurso. 51 conceito

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Inauguração da Carmen Steffens Caratinga Tudo impecável e de muito bom gosto o coquetel de inauguração da loja Carmen Steffens em Caratinga. Os anfitriões Cynthia e Weverton Nascimento receberam seus convidados, que conferiram a coleção Primavera Verão 2015 da linha de roupa CS Maison e da linha masculina Raphael Steffens. A grife conta com 300 lojas em 18 países.

Weverton Ferreira e Cynthia

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Weverton e Cynthia com Eduardo Fraga

Em Caratinga, você pode conferir na Avenida Olegário Maciel, nº 236, loja 01, Centro. Telefone: (33) 3322-4852.


Camila Damião e Cynthia Ferreira

Laís Rocinski e Luíza Sena

Silvana, Auxiliadora, Hyngred Grossi, Fátima, Luiza, Andreza Lucas e Camila

Equipe Carmen Steffens Caratinga

Angelita Lelis, Cynthia Ferreira e Julimara Pessine

Juliana e Nathália Coutinho com Luiza Salim

Mário Eber e Auxiliadora com Cynthia Ferreira

Cláudia Sabadini e Alexssandro Almeida com a filha Camila

Os anfitriões com o gerente nacional de relacionamento e a supervisora de varejo da CS, Fransérgio Martins e Mari Duque

Swellen Batista

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Cláudia Sabadini e Sarah Silva

Irene Genelhu, Eduardo Fraga e Mariclay Ramos

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Hyngred Grossi, Fátima e Lucrécia Gonçalves


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Ter ou ser, eis a questão!

Por Adriana Portugal E-mail: adrianampmportugal@hotmail.com

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ivemos, em maioria, nos embalos dos modismos. Até ideias se transformam em objetos de tendência. Uns defendem que para alcançarmos a felicidade, precisamos “ter”, outros afirmam que é preciso “ser”. Ter ou ser? Eis a questão. Felicidade, entre tantos significados possíveis, pode ser definida como uma sensação de bem-estar, de satisfação, de contentamento, de alegria. Algumas pessoas trabalham incansavelmente para conquistar a casa própria, o veículo e uma quantia de dinheiro para eventualidades, e acreditam que no final desta estrada, quando tiverem a casa, o carro e o dinheiro, serão felizes. Outras pessoas dizem que quando conseguirem alcançar determinadas virtudes, como a castidade, a generosidade, a paciência, a caridade, a temperança, a humildade, a diligência, serão felizes. Quanto àqueles que sustentam a aquisição da felicidade no “ter”, podemos indagá-los se acreditam ou conhecem pessoas que têm casa, carro e dinheiro e não são felizes, ou não se consideram felizes. E, nessas mesmas condições, pessoas que são felizes? Se respondermos afirmativamente aos questionamentos, podemos concluir que este não é o caminho da felicidade acertado para “todo mundo”.

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Quanto àqueles que sustentam a aquisição da felicidade no alcance das virtudes mencionadas, podemos fazer o mesmo questionamento: se acreditam ou conhecem pessoas possuidoras de tais virtudes e que não se consideram felizes, e outras, em condições idênticas, que se consideram felizes. Também aqui, caso respondamos afirmativamente, podemos concluir que, igualmente, não é o caminho para a felicidade acertado para todas as pessoas. Jesus, o Mestre do Amor, falando acerca do “ter”, indagou-nos sobre “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou o que o homem poderia dar em troca de sua alma?” (Mc. 8:36-37). Lembra-nos, ainda, que “[...] a vida de qualquer homem não consiste na abundância do que ele possui” (Lc. 12:15). É certo que conquistas acarretam sensação de bem-estar, de satisfação, afinal, são frutos de esforços inúmeros, seja no tangente à aquisição do “ter” ou do “ser”. Igualmente, num e noutro caso, parece-nos que é passageira, efêmera. Ainda assim, poderíamos dizer que houve uma experiência de felicidade. Questão intrigante surge não quando se busca a felicidade via “ter” ou “ser”, mas através do “parecer ser” ou “parecer ter”. Assim, aquele que acha que


é preciso ter para ser feliz e não possui, dá um “jeitinho” de “ter”, ainda que de aparência. Descomplicando o raciocínio, vamos a um exemplo: vemos hoje uma infinidade de produtos fabricados como cópia de originais, de alto valor de mercado. Daí, a pessoa compra essa mercadoria, que não é a verdadeira, desfila por aí com ela, como se verdadeira fosse, para “parecer ter”. Como fica a sensação de bem-estar desses que apostam no “ter” e sabem que não “têm”, que apenas aparentam “ter”? O mesmo raciocínio das aparências podemos adotar para o “parecer ser”. Pessoas agem com demasiada agressividade no âmbito doméstico e, em sociedade, aparentam mansidão. Como fica, também para este que sabe “não ser”, mas apenas “aparenta ser”, a sensação de satisfação? Talvez ouçam a voz do Mestre em alerta: “[...] vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície” (Mt. 23:27). Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Franco, afirmando no livro Momentos Enriquecedores que felicidade é conquista íntima, nos brinda com os parágrafos a seguir transcritos: “Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de

uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto. Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão”. Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador. As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz. A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção. Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti. Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão. Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução”. O reino de Deus, a verdadeira felicidade, não vem com aparências exteriores. Não está aqui, ou acolá, mas dentro de cada um de nós (Lc. 20:21). Deixemos os modismos, deixemos de viver, exclusivamente, para satisfação de um corpo perecível e aprendamos a viver em espírito e em verdade, esta que nos libertará e garantirá a plena felicidade.

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A Copa do Mundo

da internet Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com

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copa passou e infelizmente o Brasil não trouxe o caneco. Ficou para a edição 2018 que acontecerá na Rússia. Se dentro de campo o nosso país não foi bem, podemos dizer que protagonizamos uma das grandes copas em termos de acontecimentos. Fora das quatro linhas, comentamos, compartilhamos, brigamos e até xingamos a performance dos nossos jogadores. Facebook, Twitter e outras redes sociais se tornaram uma grande arquibancada para os quase 200 milhões de técnicos brasileiros. Cada um a sua maneira estudou os adversários, armou a nossa seleção e se desesperou com o domínio alemão em pleno Mineirão. Foi a copa das redes sociais. Um dos grandes fenômenos da web se fez presente em muitos jogos e foi alvo de críticas por parte dos torcedores mais fervorosos. O “selfies”, fotos feitas em celulares e smartphones correram o Brasil inteiro em cada um dos estádios. Marcar presença e publicar em seu perfil foi um ritual necessário. O que aconteceu dentro de campo se transformou em assunto e acabou pautando cada dia da copa. O jogo Brasil e Chile por exemplo bateu o recorde histórico de menções no Twitter. O número de mensagens relacionadas ao assunto superou outros grandes eventos como a final do futebol americano e a entrega do Oscar. A performance dos jogadores foi transformada em imagens engraçadas chamadas de memes. A mordida do jogador uruguaio Suárez no zagueiro italiano Chiellini , por exemplo, rendeu imagens muito compartilhadas. Uma delas relacionava o astro do time uruguaio a série de TV The Walking Dead, que tem como principais personagens os zumbis. Outro jogador que foi alvo de muitas

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montagens foi o atacante Fred. O jogador constantemente foi retratado como um “cone”, uma crítica da torcida a sua pouca mobilidade em campo. Durante a copa, o show das torcidas criou uma crise de identidade na torcida brasileira. O grito “eu sou brasileiro com muito orgulho” foi alvo de muitas críticas por se o único entoado nas arquibancadas. Pela internet, grupos de torcedores se mobilizaram para aumentar o repertório e a partir das oitavas de final foi possível notar que novas opções já estavam na boca da torcida. Antes do início da Copa, a hashtag #nãovaitercopa, termo usado para marcar um assunto nas redes sociais foi uma das mais compartilhadas. Alguns em tom de brincadeira, mas uma boa parte com críticas a preparação do evento por parte do governo. Durante a disputa do torneio foi possível perceber o crescimento da hashtag oposta #vaitercopasim. Os bons jogos em campo e a surpreendente avaliação principalmente dos gringos com relação a organização da copa fizeram com que a aprovação nas redes sociais aumentasse. O jornalismo também participou ativamente do evento. Algumas notícias se tornaram verdadeiros sucessos. Um exemplo foi o inglês fantasiado de cavaleiro durante três dias e completamente perdido antes da partida entre Inglaterra x Itália. A matéria foi muito compartilhada nas redes sociais. Agora o Brasil irá se preparar para outro grande desafio: receber os Jogos Olímpicos. Mais uma vez a arena virtual será palco para um intenso debate. E é provável que em 2016, mais pessoas se envolvam nas discussões depois do sucesso virtual da Copa. Já podemos começar desde já a acompanhar!


Casamento Maria Alice Bramussi e Tiago Dalperio Entre os mais badalados casamentos do ano, está o de Maria Alice Bramussi e Tiago Dalperio, que disseram o “sim” em uma cerimônia na Catedral de São João Batista, em Caratinga. A noiva, com vestido na cor branca, todo bordado em pedrarias e cristais, usava joias exclusivas. Ela foi levada ao altar pelo pai, Osvaldo. A mãe, Asenete, era só emoção. O noivo estava elegantérrimo e era perceptível que havia encontrado sua alma gêmea. Após a cerimônia, o casal e seus convidados celebraram o casamento do sonhos.

Os noivos com o estilista Alexandre Dutra

Sebastiao Dalperio, Osvaldo Martins, Tiago, Maria Alice, Asenete Bramussi Martins, Sirlene Dalperio

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Polícia Militar de Caratinga

comemora os 239 anos da corporação Fotos: Soldado Vívian - 22ª Cia PM Ind

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Polícia Militar de Minas Gerais completou em junho 239 anos de fundação. Em várias unidades do estado houve comemorações pela data. Uma delas aconteceu na cidade de Caratinga (MG), no Auditório Professor Celso Simões Caldeira, na UNEC I. Na ocasião, também foi comemorado o Dia dos Militares da Reserva e Reformados da corporação. O comandante da 22ª Companhia da PM Independente, major Sérgio Renato da Silva, presidiu a cerimônia militar, que contou com a presença de autoridades e personalidades das 22 cidades que compõem a Companhia. No decorrer da solenidade foram entregues medalhas e certificados para militares e civis que colabora-

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ram com as ações da PM na cidade e região. Ao todo, foram homenageadas 50 pessoas, entre militares e autoridades civis. Entre os militares homenageados, num total de 43, foram lembrados os que estão se transferindo para o Quadro de Reserva da PM; os que tiveram destaque profissional nas modalidades operacional e administrativa; os que receberam a Medalha do Mérito Militar pelos últimos 10 ou 20 anos de bons serviços prestados à corporação; e os que receberam condecoração de Mérito Profissional e Medalha Alferes Tiradentes. As autoridades civis homenageadas, entre as quais um prefeito, dois juízes e dois promotores de Justiça, receberam diplomas de Colaboradores Beneméritos da PM.


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Eduardo Fraga Stillo Entretenimento A Stillo Entretenimento está presente nos principais eventos que acontecem nas Gerais. Foi a responsável pelos shows do MC Guimê, em Ipatinga, Valadares e Caratinga, entre os dias 08 e 09 de agosto. Em julho, o Camarote Stillo, na Expoagro de Valadares, foi o ponto de encontro dos belos e belas do leste de Minas. Confira alguns momentos dos dois eventos em fotos de Gabriel Brandão Salazar e Milton Boechat.

Camarote Stillo - Expoagro

Diogenes Lana, Pedro Paulo e Raiana Faria

Cláudia Sabadine e Sara Soares Não faltou gente bonita e alegre no Camarote Stillo

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Show MC Guimê

Ludmilla Paiva, Juliana Freitas, Rayane Soares, Juliana Ribeiro e Nelson Andrade O rapper MC Guimê

Bianca Pereira, Clovis Macedo, Victor Teixeira, Victoria Schetino, Luiza Carraro e Tarcísio Martins

Felipe Xavier ladeado de amigas: Dianey, Lívia, Thaís, Isabela, Luiza e Dhamares

Soninha Cardoso, Mauro e amiga

Alexandre Siman e Felipe Fabri

Camila Cortes, Mariany Pires, Paula Cortes, Débora Barbosa, Thais Martins, Luiza Sena e Laís Rocinski

Larissa Nunes, Samuel Prado, Samara Gomes, Karina Chaves, Tercio Lima, Hudson Dutra, Erika Costa e Hermindo Neto

Diogenes ladeado de amigos

Rivanne Grossi e Alercio Moreira Pedro Paulo, Raiana Faria, Alessandra Oliveira, Candce Melo e amigos


Luciane Gonçalves comemora em grande estilo a chegada dos 40 anos Fotos: Back

Janaina Cardoso, Daniela Rust, Renata Ribeiro e Clarisse Luttembarck Jordan Soares e Luciane Gonçalves com os filhos

Luciane com a amiga Leticia Carvalho

Gicelia e Adilson, anfitriões da festa que marcou o primeiro aninho de Valentina Fotos: Daniele Soares

Valentina com os papais Gicelia Carvalho e Adilson Rodrigues e o irmão Otavio

O casal anfitrião com Flavinho Breder e Rafaella D´Castro

Gicelia e Valentina com Rogerio Frade e este colunista


colaborador

É

muito pouco provável que se depare com uma coluna destinada a tratar de aspectos relacionados ao empreendedorismo, gestão, potencial ou outros elementos corporativos sugerindo o que faço aqui: um convite a uma viagem reflexiva e poética, o que potencializa a criatividade, percepção e inteligência. Como justificativa, posso respaldar-me na premissa de que pessoas dotadas de inteligência emocional, intra e interpessoal desenvolvidas têm maior propensão ao sucesso e à felicidade por serem capazes de perceberem elementos implícitos da vida, do outro, contemplando nas experiências e momentos simples do cotidiano, preciosidades ocultas aos demais. Nesse sentido, sendo você um empresário de sucesso, um magistrado, uma universitária, um produtor rural ou ainda que não exerça nenhuma atividade laborativa, pode agora se permitir passear pelo campo da reflexão e extrair algo que lhe edifique. O texto a seguir pode fazer alusão à vida, à idade, à oportunidade ou a nada, depende do leitor. Por isso é nomeado de “Sem forma”, ao menos até que o leia. Boa viagem!

Por Cleuber Mendes E-mail: cleubermendes@gmail.com Sabia que chegaria, Não esperava que viesse antes da aurora. De tão tênue, quase imperceptível que é, Alastrou-se pela existência. Planejou sorrateiramente sua estreia, E num espetáculo fortuito, Declarou sua majestade e domínio. Como combatê-la? Como conter sua trajetória? Não há o que fazer. Por um instante, extasiado, Além do momento, embriagado. Rendido ao seu esplendor e glória, Majestosa. Sabia que chegaria, Não esperava que viesse antes da aurora.

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Setembro 2014

Sem forma

Trouxe consigo saudades De um tempo, de outrora. O que fazer? Pra onde ir? Se nas trincheiras, espinhos E no caminho, vales intransponíveis. De contemplação coberta por sua formosura. Por um instante, silêncio. É, ela chegou! Trazendo consigo uma porção de Esperança. Desvelando novos trajetos, Suscitando destinos. Cobrindo a percepção com sua Magnificência. Um apelo quase que irrecusável Ecoa do desconhecido.

Era ela. Sabia que chegaria, Não esperava que viesse antes da aurora. O que sei agora, É que o lamento de outrora, Já não vigora com tanta força. Suspiro sim pelo que está por vir. Num relance contemplativo, Encantei-me com o desenlace próprio, Que ela já havia se revelado outras vezes. Não chegou antes, Mas apenas diferente. Agora sei que quando retornar, De uma viagem sem partida. Trará consigo o vislumbre, De uma longa trajetória a ser vivida.


AnĂşncio Alphaville

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Setembro 2014


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Setembro 2014


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