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Profª Mary Meürer - marymeurer@univali.br | Universidade do Vale do Itajaí | Curso de Design Gráfico

Aula 9 - Arte Moderna e Pós-Moderna 1. Op Art Estilo baseado na óptica, ou seja, no processo físico e psicológico da visão. O período de maior destaque é a metade da década de 1960. Por ser mais voltada a ciência não tem um apelo emocional tão forte como a sua contemporânea, Pop Art. A Op Art explora a ilusão óptica usando imagens distorcidas, que mesmo quando estáticas, transmitem sensação de movimento. Além da pintura, as instalações são muito usadas pois permitem o uso da luz e do movimento para obter efeitos inéditos.

1.1 Victor Vassarely (1908 – 1997) Artista húngaro, radicado na França, um dos principais representantes da Op Art. Grande parte das suas obras são em preto e branco e é pela variação da forma, pura e simples, que ele cria ilusões. Vega (1957) Variação de quadrados P&B que dão a impressão de movimento.

1.2 Josef Albers (1888 – 1976) Ex-professor da Bauhaus, desenvolveu nos EUA uma Op Art mais voltada as variações da cor. O artista envolveu-se também com o estilo Hard Edge.

Sua obra Entrada para o Verde é uma das mais expressivas. A passagem das cores frias para as quentes provoca uma ressonância que intensifica a movimentação visual e produz um efeito hipnótico.

1.4 Bridget Riley (1931 - ) Pintora inglesa que destacou-se nos anos 60 dentro do movimento Op Art. Seus trabalhos foram influenciados pela arte de Vassarely. Movimento em quadrados, 1961

2. Hard Edge Movimento que ocorreu em Nova York na década de 1950, valorizando as formas geométricas e buscando representar simplesmente o que se vê, sem interpretações.

O que você vê é o que você vê. (STELLA) 2.1 Kenneth Noland (1924)

Litogravura, sem título, de 1942

Ex-aluno de Albers, o pintor americano divide o espaço da tela em formas e cores buscando evocar sensações visuais precisamente calculadas.

1.3 Richard Anuszkiewicz (1930) Ex-aluno de Albers, o artista americano segue o mesmo estilo do mestre, enfatizando o uso da cor.

Obra: Inicio, 1958

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2.2 Ellsworth Kelly (1923)

3.2 Jasper Johns (1930 - )

O artista americano combina formas enormes, simples e cores impactantes. Suas telas costumam ter formatos irregulares, geométricos e curvos.

Da mesma forma que seu contemporâneo Rauschenberg, Johns buscava trazer para a arte elementos familiares, “coisas que a mente já conhece”, dizia ele. Porém buscava atribuir-lhes uma nova identidade, despertando a dúvida no observador: “É realidade ou arte?” Azul, Vermelho, Verde 1962-63

2.3 Frank Stella (1936) Réguas e gabaritos são as ferramentas deste artista americano que cria suas composições usando cores constrastantes.

Nesta obra de Johns a rigidez da bandeira é quebrada pela sobreposição e pela textura.

As 3 bandeiras (1958)

4. Pop Art Depois que Rauschenberg e Johns trouxeram as imagens do cotidiano de volta, novos artistas surgiram para reforçar a presença da cultura popular na arte.

Obra de1978

3. Arte Pré-Pop

4.1 Andy Warhol (1930 – 1987)

3.1 Robert Rauschenberg (1925-2008)

Buscava sua inspiração em personalidades, produtos de grande consumo, enfim, no que havia de mais popular no cotidiano dos EUA.

Os artistas que provocaram a ruptura do abstrato e abriram espaço para uma nova arte.

O artista vasculhava as ruas de Nova York em busca de “escultura-esperando-para-ser-descoberta”, segundo ele. Ou seja, a partir de sucata, de materiais recicláveis, ele criava suas obras, valorizando o cotidiano.

Eu queria que as imagens guardassem o sentimento do mundo externo em vez de cultivar o incesto da vida de estúdio. (Rauschenberg) Um bode angorá e um pneu de carro sobre uma base de colagem de tela. Todos os materiais tem o mesmo valor na arte.

Suas obras tornaram-se símbolos de uma época e são reconhecidas até hoje. Porém a fama de Warhol ultrapassou as próprias obras. De personalidade marcante e sempre em busca de publicidade (embora negasse isso algumas vezes), fez diversas declarações provocativas sobre a sociedade e a arte, gerando muita polêmica em torno de si. Além das artes plásticas, Warhol produziu mais de 60 filmes, entre eles Sleep, seis horas capitando imagens de um homem dormindo.

“A fama é como amendoin. Quando você começa não consegue parar.”

Monograma (1956/57)

“Um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama .”

Sopas Campbell’s - 1965

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4.2 Roy Lichtenstein (1923 – 1997) A inspiração do artista americano vem das histórias em quadrinhos convencionais, que tinham como tema principais a violência e o amor.

Os balões de diálogo, os desenhos com contorno preto e os pontos mecânicos de impressão (benday) foram trazidos para tela.

Uma e três cadeiras, 1965

5.2 Cildo Meireles (1948 - ) Ohhh...Alright... - 1964

Lichtenstein fazia parte de uma geração que ia contra os princípios do Expressionismo Abstrato, e enfatizava a mídia, a comunicação de massa. Segundo registros o artista produziu quase 3 mil desenhos durante os 50 anos de sua carreira. A colagem foi um recurso bastante usado por ele.

5. Arte Conceitual O termo “Arte Conceitual” foi usado pela primeira vez em 1961, pelo músico Henry Flynt, ligado às atividades do Grupo Fluxus de Nova York. Na Europa o movimento se torna conhecido através da publicação da revista Art-Language, em 1969, que busca uma nova forma de atuação da arte, mais crítica e filosófica. De um modo geral a Arte Conceitual inspirou-se nos ready-mades de Marcel Duchamp, onde objetos retirados do cotidiano eram representados como elementos do processo criativo. Esse é o grande diferencial do movimento. O conceito, é mais importante do que a obra em si, que pode nem mesmo ser executada pelo artista.

5.1 Joseph Kosuth (1945)

Artista americano de grande destaque no movimento. Uma de suas obras mais famosas é a Uma e três cadeiras, onde apresenta o objeto cadeira, uma fotografia dela e uma definição do dicionário de cadeira impressa sobre papel.

O artista brasileiro participou da exposição Information, realizada no Museu de Arte Moderna de Nova York em 1970, considerada como um dos marcos da arte conceitual. Na ocasião apresentou a a série Inserções em Circuitos Ideológicos, uma interferência em sistemas de circulação de notas de dinheiro ou garrafas de Coca-Cola, para difundir anonimamente mensagens políticas durante a ditadura militar.

6. Minimalismo Artistas como Sol LeWitt, Frank Stella (artista do Hard Edge), Donald Judd e Robert Smithson estudam as possibilidades estéticas de composição, não através de pinturas ou esculturas, mas a partir de estruturas bi ou tridimesionais que podem ser chamadas de “objetos” e eventualmente de instalações.

6.1 Sol LeWitt (1928 - 2007) Artista americano, considerado um dos mais importantes do movimento minimalista. Obra de 1968: estruturas compostas de elementos cúbicos ou derivadas do cubo, em variações organizadas sobre uma grade.

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Profª Mary Meürer - marymeurer@univali.br | Universidade do Vale do Itajaí | Curso de Design Gráfico O ideário minimalista, que pode ser resumido pela expressão “menos é mais” (Mies Van der Rohe), inspira projetos na área de arquitetura, moda e design até hoje.

7. Hiperrealismo O movimento surge como reação a arte conceitual, valorizando a pintura e a escultura realista.

8. Maurits Cornelis Escher (1898 - 1972) O artista é apresentado aqui, sem referência direta a qualquer movimento, pois a classificação de sua arte é variável, sendo ora relacionada a Op Art, ora relacionado ao Surrealismo. Nascido na Holanda, filho de engenheiro, estudou arquitetura, mas foi nas artes gráficas, sob a orientação do professor de gravura Samuel Jesserun de Mesquita que desenvolveu seu talento.

O realismo das obras é ampliado pelo uso de peças de roupa, acessórios, cabelo, maquiagem, enfim, tudo que pudesse remeter a realidade. “Mais verdadeiro que o real” ou “tudo é como é, e no entanto é distinto no modo como nos aparece”, são dois dos lemas deste movimento. Compradora de Flores de Duane Hanson

(1973)

7. 1 Ron Mueck (1958)

Escultor australiano contemporâneo que usa técnicas cinematográficas para criar obras hiperrealistas em escalas variadas, valorizando sempre a expressão corporal.

Cascata, 1961

Usando técnicas de lito e xilogravura criou obras que tem como tema principal as “perspectivas impossíveis”. Faleceu em 1972 na Casa de Rosa Spier, um lar para artistas idosos.

9. Referências Bibliográficas ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999 STRICKLAND, Carol. BOSWELL, John. Arte comentada da pré-história ao pós-moderno. 13. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004

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