Oito Baby Magazine 6

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Magazine

Vamos ter

MAIS UM

12 fatos sobre

A FEBRE

FILHO?

DOSSIÊ

ALERGIA!

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TÍPICOS DA

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O GRANDE DESAFIO DA EDUCAÇÃO revista

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CARBOIDRATOS indispensáveis à gestação!

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revista

olá!

EDITORIAL

B a febre ABY

FATOS SOBRE

limites

E

sta nova edição da Baby traz matérias importantíssimas para ajudar os pais na deliciosa, porém complexa, missão de formar os filhos! Vamos conversar sobre educação financeira, que deve começar cedo, sobre os riscos de superproteger as crianças e sobre limites, castigos e as controversas palmadas. Falaremos sobre saúde, mostrando vários mitos e verdades sobre a febre e o por que algumas crianças são alérgicas (e como tratar este problema casa vez mais comum). Mostraremos também como as gestantes devem ficar atentas a alguns problemas típicos da gestação que, se não controlados, podem oferecer riscos a elas e aos bebês. Nas seções de nutrição, vamos mostrar a importância dos carboidratos e como incentivar as crianças, com gestos simples, a gostarem de uma alimentação equilibrada. Ainda temos deliciosas receitas, dicas de bem-estar, saúde, beleza e cultura e projetos de decoração que acompanham o crescimento das crianças! Um beijo e até a próxima!

Renata Marcondes de Paula

P.S.:

EXPEDIENTE

Participe da Baby! O e-mail contato@revistababy.com.br está à sua disposição. Esperamos seus comentários, dúvidas, sugestões e críticas.

O GRANDE DESAFIO DA EDUCAÇÃO

PAIS

superprotetores

alergia DOSSIÊ

carboidratos INDISPENSÁVEIS

mais um financeira VAMOS TER

FILHO?

EDUCAÇÃO

DIREÇÃO EXECUTIVA: Evandro Rodrigues da Silva, Walter Rodrigues Moço Filho, Tiago Serpentino DIREÇÃO EDITORIAL: Glauco Piccirillo REDAÇÃO: Renata Marcondes de Paula DIREÇÃO DE ARTE: Danuza Yumi de Oliveira ARTE: Gislaine Ferreira, João Paulo Macedo, Juliano Polotto, Marcus Genaro, Raphael Freire REVISÃO: Bárbara Spigolon Loureiro, Mirian Salvestrin JORNALISTA RESPONSÁVEL: João Carlos Rios - MTB 30208 COMERCIAL: Mário Sérgio Soares (comercial2@centralcmn.com.br) MARKETING: Maycon Souza, Bruno Gustavo Tobias ATENDIMENTO: Ellen Rossi, Karina Cavicchia, Renata Girodo ADMINISTRAÇÃO: Edison Lopes Bernardo, Luciana Vinha, Mônica Gonçalves IMPRESSÃO: Quatrocor Gráfica e Editora TIRAGEM: 12 mil exemplares. A Revista Baby não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. A Revista Baby é uma publicação da CM&N Central de Marketing e Negócios - (17) 3229-1940, contato@revistababy.com.br

FILIADA


D I C A S

crianças PARA

ATÉ 4 ANOS PRAIA

Todo cuidado é pouco na hora de levar os bebês à praia! Alguns pediatras defendem, inclusive, que eles só devem brincar na areia ou entrar no mar a partir dos 12 meses de idade. Além de manter os olhos sempre bem abertos, as mães não devem deixar a criança diretamente em contato com a areia, sob o risco de contaminação por bicho geográfico ou mesmo contato com água-viva e caranguejos. O bebê deve ficar sobre uma toalha e sempre usando chinelinhos. O filtro solar deve ser usado somente após o 6º mês e a criança deve ser hidratada pelo menos uma vez a cada hora! Por fim, bebê na praia somente antes das 10h ou após as 16h e depois de cada banho de mar, a pele sensível deve ser enxaguada com água doce, para evitar irritações e alergias.

ORGÂNICOS Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP) não existe uma diferença significativa entre os alimentos orgânicos e aqueles cultivados convencionalmente. Os níveis de minerais, vitaminas, nutrientes, proteínas, lipídios e antioxidantes são os mesmos. A grande diferença, no entanto, é o nível de pesticidas nos alimentos convencionais, já que os orgânicos são cultivados sem o auxílio desses produtos, responsáveis por inibir a proliferação de pragas em plantações. Os agrotóxicos têm sido relacionados a uma série de doenças e muitos pais têm optado, especialmente nos Estados Unidos, por preparar as papinhas dos bebês com vegetais orgânicos. No Brasil, o consumo de alimentos orgânicos é apoiado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

BABY

AUDIÇÃO A audição infantil precisa ser testada e exercitadaa desde cedo. uito dispersas e Crianças que demoram mais para falar, ou são muito distraídas, podem estar com problemas auditivos. Mesmo depois do teste da orelhinha, feito logo após o nascimentoo e obrigatório, os pais devem ficar atentos porque as dificuldades para ouvir podem ocorrer mais tarde devido a diversos fatores, como otites e o uso de medicamentos. Daí a importância de os paiss levarem seus ue suspeitarem filhos a um médico otorrinolaringologista, assim que de algum problema, como dificuldade para aprender la. a falar e troca de fonemas na pré-escola.


CORPO ESTRANHO A asp aspiração de corpo estranho é um acidente grave, que pode ocorrer eem qualquer fase da vida! “Cerca de 80% dos casos ocorrem em cr crianças, com um pico de incidência entre 1 e 3 anos de idade, e p incip pr principalmente entre meninos” diz o pneumologista Ascedio Rodrigues. Amen Amendoim, milho, feijão e sementes em geral são os principais elemento aspirados por crianças, correspondendo a 40% das ocorrênmentos cias. Mas pedaços de brinquedos, brincos, tampas de canetas, entre outros, também são relatados. E o problema se torna mais sério quando os pais não percebem que a criança aspirou um corpo estranho. Por isso, além de manter estes objetos longe dos pequenos, asfixia, enga engasgo seguido de tosse e coloração azul-arroxeada nos lábios são ind indícios de aspiração de corpo estranho. Nessas circunstâncias, a criança deve ser encaminhada imediatamente ao hospital.

SAÚDE BUCAL Além de todos os benefícios conhecidos para o bebê e também para a mãe, a amamentação tem um papel fundamental no desenvolvimento da saúde bucal da criança! Bebês que mamam no peito alcançam amadurecimento e posicionamento adequado dos músculos mastigatórios; desenvolvimento do palato (céu da boca) através da correta posição da língua; crescimento e desenvolvimento da mandíbula, permitindo seu melhor posicionamento e mastigação adequada devido ao fortalecimento do tônus muscular (quando o músculo está pronto para contrair). A amamentação também ajuda a criança a respirar normalmente pelo nariz devido à correta postura dos lábios e da língua, evitando amigdalites, pneumonias, entre outras doenças. Quando os bebês só respiram pela boca, os dentes ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas. Se não bastasse tudo isso, mamar no peito ajuda no desenvolvimento da fala.

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VACINAS Que tal cuidar do calendário de vacinação dos pequenos com um aplicativo simples de usar? A facilidade já está disponível para aparelhos com Windows Phone e ajuda os pais a controlar melhor o momento certo de cada vacina dos filhos e a organizar as que foram tomadas. O aplicativo permite, ainda, que o usuário consiga criar diferentes perfis para cada criança, com dados como nome, data de nascimento e sexo. A partir daí ele mostra, automaticamente, as vacinas que são recomendadas pelo calendário padrão e suas respectivas datas. As vacinas pendentes ficam em vermelho, como lembrete. Há também a possibilidade de registrar o histórico das vacinas que já foram aplicadas em ordem cronológica, inserir uma vacina específica, ler informações sobre o calendário básico de vacinação ou obter mais informações sobre vacinas regulares.


O P I N I Ã O

PAIS

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Saiba quando a proteção excessiva se torna prejudicial e quais os desafios de preparar os filhos para as experiências da vida final, qual o limite da proteção dos pais? Crianças superprotegidas se tornam adultos inseguros? A proteção sempre esconde o medo? Diante de um tema tão polêmico, conversamos com Daniella Freixo de Faria, psicóloga clínica infantil formada pela PUC - Pontifícia Universidade Católica – de São Paulo, e especializada em abordagem jungiana. Ela mostra como a educação é dinâmica e um aprendizado para todos os envolvidos – filhos e pais. Também aborda a necessidade de permitir que as crianças lidem com as naturais frustrações da vida e com as consequências de suas escolhas.

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Qual o papel da proteção dos pais no desenvolvimento da criança? Daniella: O processo de educação é puro movimento. E há a percepção do que meu filho já dá conta de fazer e onde ainda necessita de ajuda, acompanhamento. A proteção se movimenta assim e vai se transformando a cada etapa de desenvolvimento. É muito bom que seja assim, pois proteção de menos ou demais pode trazer prejuízos ao processo como um todo. Nosso grande desafio é estarmos próximos o suficiente para percebermos quais as reais necessidades que ali se encontram, quais as margens que esse rio fluindo ainda precisa e quais competências já foram adquiridas.

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Quando a proteção torna-se prejudicial? Qual o limite entre cuidados naturais e superproteção? Daniella: Proteção demais normalmente costuma ser recheada de medo dos pais. Medo que caia, medo que se machuque, medo que não consiga, medo, medo e mais medo. Esse é um ótimo termômetro para sabermos como anda nosso nível de proteção. Cuidado no sentido de cuidar, ao invés do sentido de perigo, ensina a criança que toda a atenção e contorno recebidos pelos pais agora podem ser exercidos por ela mesma. Imagine que seu filho está aprendendo a andar e necessita de sua mão como apoio. Depois de estar confiante e andando, já é capaz de caminhar com o apoio do seu próprio corpo. Como seria se nós ainda quiséssemos andar de mãos dadas para protegê-los? Ver uma criança con-

quistando algo por si mesma é uma das maiores alegrias. Por isso, nossa atenção, nosso cuidado como os grandes acompanhantes dessa viagem é este eterno movimento de aprendizes também: entendermos em quais momentos expandir e em quais contrair. Adultos que tiveram pais superprotetores podem apresentar dificuldades em lidar com os desafios da vida? Daniella: Existe um viés desta questão que penso ser mais preocupante. Essa superproteção de hoje em dia contempla uma questão bastante perigosa: a de fazermos tudo para que nossos pequenos não fiquem tristes, ou não sofram. Proteção da tristeza ou frustração. Dizer não, deixá-los viver as consequência de suas atitudes é um caminho que gera aprendizado e o desenvolvimento

Dizer não, deixá-los viver as consequência de suas atitudes é um caminho que gera aprendizado e o desenvolvimento de posturas para a vida

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Proteção demais costuma ser recheada de medo dos pais. Medo que caia, medo que se machuque, medo que não consiga

As mulheres estão tendo filhos cada vez mais tarde e as famílias também estão menores, muitas vezes com apenas uma criança. Este cenário predispõe à superproteção? Por que? Daniella: Não necessariamente. Muitos pais que têm seus filhos mais tarde estão também mais maduros para a missão. A superproteção pode esconder uma alta

expectativa quanto ao desenvolvimento da criança? Daniella: Sim, no sentido de que a expectativa alta demais pode ir além da superproteção e levar ao controle, ao desejo de que tudo sempre aconteça do modo esperado. Nesse sentido a criança acaba tendo pouco espaço de experimentação, pouco espaço para errar e descobrir as coisas por si só. Qual a importância dos limites para o desenvolvimento da criança? Daniella: Os limites funcionam como uma grande, firme e importante margem do rio. Este apenas flui porque possui esse direcionamento; sem as margens teríamos uma água espalhada, sem direção. A criança precisa de nossa coerência na forma como colocamos esses limites, necessita de constância. Sempre que tal coisa acontecer ela será corrigida e precisa construir a ideia de consequência de suas atitudes. Nós somos os primeiros nessa apresentação do que é conviver, do que é respeito e do que é a alegria de estar junto. Mas somos também pais aprendizes e isso nos possibi-

lita fluir com eles pelo rio. O limite direciona e garante o aprendizado, além de possibilitar que a criança colha frutos de suas atitudes, porque nessa jornada aprendeu a fazer escolhas.

Em que fase da infância as crianças devem ser estimuladas a terem mais independência? Daniella: Acredito que sempre a criança deva ser estimulada a ser mais independente. E obviamente em cada fase essa independência dá conta de determinadas situações. Podemos estimular as crianças a guardarem e cuidarem de suas coisas, dobrarem suas roupas, levarem seu prato para a cozinha, etc. Desde os 6 meses, quando toda a interação começa, já estamos construindo essa noção. E a cada oportunidade que aparece geramos maturidade, independência, sabedoria, percepção do outro e de si mesmo e a alegria que é dar conta de algo que antes a criança não conseguia.

DANIELLA FREIXO DE FARIA

BABY

de posturas muito bacanas para a vida. Porém, protegê-las de viver as consequências de suas atitudes faz com que as crianças fiquem frágeis. A vida lhes dirá muitos nãos e o fato de não terem experimentado essa situação faz com que muitos jovens adultos funcionem como crianças pequenas, dando ordens a um mundo que não lhe responderá como ela está acostumada desde criança. Além deste aspecto, existe a possibilidade de uma criança que viveu nesse contexto onde tudo é perigoso sentir mesmo medo da vida, do mundo, dos desafios que sempre estiveram e estarão presentes.


D E S E N V O L V I M E N T O

financeira EDUCAÇÃO

Com medidas simples, bons exemplos e estímulos é possível ensinar as crianças a se relacionarem bem com o dinheiro

dinheiro também faz parte da vida das crianças! E quanto mais e melhor elas entenderem alguns conceitos, mais preparadas estarão para lidar com o dinheiro de forma próspera e equilibrada no futuro. Cada idade, porém, necessita de ensinamentos diferentes. Descubra conosco os princípios da educação financeira para crianças!

O BABY

O poder do exemplo Desde muito cedo, os pequenos entram em contato com o dinheiro. Eles sabem que ele serve para comprar coisas e que pode proporcionar

bons momentos, que envolvem diversão e até guloseimas. Esta compreensão deve ser estimulada! Eles precisam entender cada vez mais o que é dinheiro e tudo o que está relacionado a ele, como o fato dele resultar do trabalho dos pais, que há produtos caros e outros baratos, que dinheiro pode e deve ser guardado para se conquistar coisas, etc. Segundo os especialistas, as crianças

observam o comportamento dos pais em relação ao dinheiro desde bem pequenas e tendem a repetir os modelos que têm em casa. Ou seja, pais cuidadosos com os gastos e que têm o hábito de poupar, ensinam, mesmo sem saber, que é importante ser cauteloso. Aqueles que usam o dinheiro com menos cuidado podem ensinar que os prazeres devem ser imediatistas, por exemplo.


Nas diferentes idades da infância, as crianças devem aprender a lidar com o dinheiro através de lições simples. A partir dos 2 anos, elas podem ser levadas às compras para aprender através de exemplos práticos. Pode-se dizer “este produto é muito caro”, “isto é barato”, “vou guardar dinheiro para comprar esta bolsa”, etc. A partir dos 4 anos, a criança pode conhecer notas e cédulas, sempre com supervisão dos pais, e entender que uma vale mais do que a outra. Aos 6 anos, ela já pode receber uma “semanada”, que é mais fácil de controlar. E a partir dos 8 anos, pode passar a receber uma mesada.

Regras Antes de estabelecer as semanadas e mesadas, é importante conversar com a criança e estabelecer regras. Ela deve receber um valor fixo – para que aprenda a se programar caso queira comprar algo – e também deve ter liberdade para gastar como quiser. Se os pais determinam como a criança vai usar seu dinheiro, impedem que ela aprenda a fazer escolhas. Caso ela se arrependa de algum gasto, conversem e descubram juntos escolhas melhores para o futuro. Esclareça a diferença entre querer e precisar de alguma coisa e estimule as crianças a comparar preços e a evitar comprar aquilo que elas considerarem caro, mesmo que possam fazê-lo. Alguns parâmetros também devem ser negociados. Por exemplo, o lanche da cantina será comprado com a mesada? Todos esses detalhes irão ajudar os pais a determinarem o valor da mesada.

Não misture as coisas A mesada não deve ser atrelada ao bom comportamento, às boas notas e nem às tarefas domésticas. A criança deve entender que estudar é necessário e importante, que as obrigações em casa fazem parte do cotidiano da família e que o bom comportamento é esperado para uma vida harmoniosa. Todos esses aspectos devem estar bem separados das questões financeiras! Da mesma forma, ela não deve ser punida com a suspensão da mesada. Se um castigo é necessário, deve ser outro.

DICA AJUDA LÚDICA Alguns jogos são muito úteis na educação financeira das crianças. Além disso, elas aprendem brincando! Confira nossas dicas: Goumi Jogo on-line voltado para educação financeira com o intuito de ensinar o funcionamento do mercado de uma forma simples, lúdica e divertida.

The Sims O participante fica responsável por um personagem criado por ele e que precisa trabalhar para sustentar a casa comprando comida, pagando contas de energia e água, como em qualquer lugar. Dessa forma, o participante toma decisões para que a existência virtual seja sustentável. Indicado para crianças a partir de 8 anos.

Leilão de Arte O jogo ajuda na abordagem de importantes conceitos financeiros como a negociação. Indicado para crianças a partir de 8 anos.

Banco Imobiliário O jogo mais clássico da área de educação financeira. Também conhecido por Monopólio, ganhou diversas versões recentemente quando voltou à moda com força total. Excelente instrumento para introduzir e discutir conceitos de educação financeira. Recomendado para crianças acima de 7 anos.

Administrando seu dinheiro Um jogo simples com as tradicionais corridas baseadas na sorte. Tem como aspecto positivo o fato de as crianças manusearem dinheiro de brinquedo, utilizado para compras, prendas, bônus e penalidades. Os ganhos e perdas financeiras estão associados a diferentes situações do cotidiano. Para crianças a partir de 7 anos, de três a cinco jogadores.

Corrida à Caixa-Forte Jogo infantil tradicional de corrida, baseado na sorte dos dados. Como fundamento de educação financeira aproveita-se basicamente a questão do manuseio de moedas, que formam o tesouro do Tio Patinhas. Ajuda as crianças a aprenderem a contar, dividir e fazer troco. Os prêmios e punições são feitos em dinheiro, aguçando a criançada a prezar pelo seu dinheiro. Um aspecto relevante é que o vencedor do jogo não é o que chega primeiro, como na maioria dos jogos, mas aquele que chega com mais dinheiro à caixa-forte.

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Em cada fase, uma lição


D E S A F I O S

limites

BABY

O Ã Ç A C U D E A D IO F A O GRANDE DES

Educar um filho é, antes de qualquer coisa, ensiná-lo a ter uma relação harmoniosa com o ambiente que o cerca e prepará-lo para a vida. Mas, como fazer isso?


oucos temas estão tão presentes no cotidiano dos pais como os limites necessários à educação e formação da criança. Mas, como impor esses limites de forma eficiente? Motivo de dúvidas, conflitos e até de culpa, os castigos funcionam? E a palmada – enraizada na cultura nacional e hoje tema de lei – deve mesmo ser proibida? Como vencer o desafio de disciplinar sem agredir? Segundo os psicólogos, o diálogo, a autoridade exercida com serenidade e a convivência pacífica são os caminhos para formar crianças cientes dos seus limites e adultos equilibrados, preparados e felizes.

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Limites Impor limites vai muito além de conseguir da criança um comportamento “adequado”. As regras são necessárias para que ela aprenda a viver em uma sociedade que naturalmente tem códigos de conduta e leis. Portanto, educar um filho é, antes de qualquer coisa, ensiná-lo a ter uma relação harmoniosa com o ambiente que o cerca. Além disso, a criança anseia por limites, pois sabe desde muito cedo que pode confiar nos

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pais. Em outras palavras, ela precisa da confirmação e do reforço de que eles não permitirão que ela faça nada prejudicial a si mesma e aos outros. Segundo Rita Romaro, psicoterapeuta de crianças e adolescentes e doutora em psicologia clínica pela USP, para os pais, a forma como as regras são colocadas traz implícitas suas próprias histórias de vida. “A questão do limite passa pela forma como os pais se veem e como eles viveram a sua infância. Muitas vezes, pessoas que tiveram pais muito rigorosos, desejam ter um comportamento contrário, como se dizer ‘não’ para uma criança fosse traumatizá-la. Por outro lado, adultos que tiveram pais muito negligentes e sentiram falta dos limites, podem partir para o outro extremo, sendo muito rigorosos. O desafio é o meio termo, que envolve uma boa autoestima por parte dos pais” explica.

Pontos extremos Quando os pais assumem os pontos extremos da educação – rigorosos demais ou muito permis-

BABY

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“O ‘sim’ e o ‘não’ vão ensinar a criança a entrar em contato com o mundo e entender o que é perigoso e o que não é, o que é admissível e o que não é”


D E S A F I O S sivos – podem obter um resultado semelhante: filhos despreparados para lidar com os desafios da vida. Crianças que nunca conheceram a frustração de um “não” tornam-se adolescentes e adultos frágeis, com grande dificuldade para lidar com percalços e problemas. Por outro lado, quando as regras são rigorosas demais, podemos formar jovens que não estão preparados para a realidade, que têm dificuldade em dar uma resposta adequada aos obstáculos naturais do dia a dia. A solução, portanto, parece estar no equilíbrio entre impedir que a criança aja de forma prejudicial e, ao mesmo tempo, permitir que

EM CADA FASE, UMA ATITUDE! A partir dos 2 anos: nesta fase a criança começa a ter consciência do outro e podem surgir briguinhas e mordidas nos amiguinhos. Ela pode ser fisicamente contida até se acalmar, uma vez que ainda não tem condições de avaliar o próprio comportamento. É importante, porém, que ela ouça que o que fez está errado. Quanto às manhas, o melhor é ignorar. “Criança só faz birra se percebe que ela dá certo”, diz Rita. Vale a pena, entretanto, avaliar o cenário. “Birras precisam ser analisadas. A criança está bem? A birra seria uma expressão de angústia? É preciso verificar se há algo por trás, algum desconforto”, completa a psicóloga.

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Entre 3 e 4 anos: os castigos e conversas já começam a surtir efeito nessa idade. Deixá-las sozinhas para pensar, porém, não é indicado. Elas podem ficar assustadas e amedrontadas, desviando o foco do que importa e causando muita ansiedade. É melhor privá-las de algo que gostem. A partir dos 5 anos: a criança já tem total consciência dos seus atos e os diálogos devem ganhar cada vez mais espaço! A firmeza, com afeto, também se faz cada vez mais necessária. “Os filhos não são tão frágeis e a melhor forma de colocar limites é sendo consistente. Desta forma, quando os pais ou educadores dizem ‘sim’ ou ‘não’, o fazem sem culpa e com naturalidade”, orienta Rita.

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Após o fim do castigo, outra conversa é bem-vinda. Desta forma, ele deixa de ser apenas uma punição, para se tornar educação e orientação para a vida

ela vivencie desafios. “A criança necessita do ‘não’, do limite, da mesma forma que necessita do ‘sim’, que também é um limite. São estes parâmetros que vão ensiná-la a entrar em contato com o mundo e entender o que é perigoso e o que não é; o que é admissível e o que não é” completa Rita Romaro.

A importância do diálogo Os especialistas são unânimes: o primeiro recurso para mostrar às crianças o que elas podem ou não fazer, e para mudar um comportamento, é o diálogo. Explicar os motivos de um “não” é essencial para que elas entendam o que há por trás das proibições e normas, que pode ser a sua segurança física, um comportamento social adequado, uma obrigação no dia a dia da família, etc. O diálogo, porém, deve seguir algumas regras para ser eficaz: “A conversa com a criança deve acontecer quando os pais estão calmos e sem chantagem emocional. Frases como ‘se você gostasse da mamãe não faria isso’ não devem ser usadas”, orienta Rita. Muitas famílias, entretanto, se deparam com uma situação difícil de lidar: a ineficiência dos diálogos, especialmente em algumas fases da infância.

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Segundo Rita, “há crianças que obedecem apenas com uma boa conversa. Outras, não”. Diante disso, em geral, entra em cena o famoso castigo.

Já para o quarto! Privar a criança de algo que ela goste, como o videogame ou as brincadeiras no play do prédio, é uma das formas mais comuns de castigo, que alguns especialistas preferem chamar de “responsabilização”. O objetivo é fazer a criança entender, através da privação, que seu comportamento foi errado e que ela não deve repeti-lo. E pode funcionar se alguns parâmetros estiverem presentes como coerência e firmeza. “Castigo funciona se o pai e a mãe concordarem com ele, se não voltarem atrás no que foi determinado e se ele for compatível com o que a criança pode compreender na sua idade. Isso é consistência” alerta Rita. Manter o que foi determinado e não interromper o castigo antes da hora é mais importante do que parece! “Quando o castigo é suspenso antes do tempo determinado, a criança não aprende que tudo na vida tem uma consequência, positiva ou negativa”, completa a psicóloga. Além disso, a anistia ensina aos pequenos que eles podem repetir o

“Os pais são modelos. Se dão uma palmada, ensinam que conflitos podem ser resolvidos de forma física, no tapa e na violência”

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tipo de resposta, por exemplo. Dessa forma, o castigo deixa de ser apenas uma punição, para se tornar educação e orientação para a vida. Veja o que conta Cecília, mãe do Bruno, de 5 anos: “Bruno ficou de castigo uma semana porque bateu em um coleguinha do condomínio que quebrou um brinquedo seu. Depois do castigo buscamos, durante nossa conversa, encontrar alternativas mais legais para esse tipo de situação. E ele decidiu, sozinho, que não queria mais a amizade dessa criança, que provocava nele muita irritação. Percebi que ele encontrou uma saída saudável, que não envolvia a violência que eu e seu pai não aceitamos”.

As polêmicas palmadas Elas têm forte apelo cultural e encontram nos educadores e psicólogos seus mais

ferrenhos inimigos. Além disso, são tema de legislação: a famosa Lei da Palmada está transitando no senado brasileiro e pode determinar punição para pais agressores. Um dos principais argumentos contra a lei é a intervenção do Estado em assuntos privados, como a educação dos filhos. Ela tem, porém, outro objetivo: “a Lei da Palmada visa coibir a violência doméstica”, explica Rita Romaro. Independente de questões políticas e jurídicas, Rita é enfática: “A palmada implica em humilhação para a criança, ocorre em momentos de descontrole e pode gerar muita culpa nos pais. Além disso, não podemos nos esquecer de que eles são modelos. Se dão uma palmada, ensinam que conflitos podem ser resolvidos de forma física, no tapa e na violência”. Para a psicóloga, a contenção física só é aceitável quando a criança é bem pequena e em determinadas situações: “Se a criança está correndo algum risco ou oferecendo risco, é preciso contê-la fisicamente. Isto vale, por exemplo, para uma briga entre irmãos, se a criança vai machucar um animal e se está perto de algo que possa feri-la”. Resumidamente: se há autoridade, limites bem colocados e diálogo, a palmada perde espaço. E todos ganham!

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comportamento indesejado, que nada de sério vai ocorrer. Ela reforça precisamente o comportamento que se quer evitar! Por isso, os psicólogos aconselham que o castigo não seja determinado na hora do desequilíbrio, do ne rvosismo ou da raiva. É preciso ponderar, conversar com o pai ou a mãe e decidir por algo compatível com a idade da criança e que possa ser cumprido até o final. A privação também deve ser coerente com os gostos da criança. Se ela não gosta de videogame, de nada vai adiantar retirar o aparelho. Por fim, vale lembrar que após o fim do castigo, outra conversa é bem-vinda e que ela deve ser curta e objetiva, para que a criança não se disperse. Ela deve entender muito bem porque determinada ação foi castigada e os pais podem usar exemplos e propor outro


D I C A S

crianças PARA

DE 5 A 8 ANOS RONCO

Nem sempre percebido pelos pais, o ronco infantil é extremamente comum e pode indicar uma série de problemas. Presente principalmente em crianças de 2 a 9 anos que sofrem de obstrução das vias aéreas por motivos como alergias e infecções respiratórias prolongadas, ele pode representar perda na qualidade do sono e consequente aumento nos níveis de stress da criança. Chupetas, mamadeiras e o hábito de chupar o dedo também podem estar diretamente relacionados ao ronco, uma vez que alteram a arcada bucal, a estrutura óssea e dentária, a musculatura e a posição da língua. Se os pais perceberem o ronco, o pediatra deve ser consultado.

CUIDADOS

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Um projeto chamado Atenção Brasil, que contou com a participação de pesquisadores de várias universidades brasileiras, além de estrangeiras como Albert Einstein College of Medicine e Universidade de Roma, mostrou que 7,9% das crianças brasileiras sofrem com enxaqueca! Usando como base os números do Censo de 2010, realizado pelo IBGE, é possível dizer que existem 2,1 milhões de crianças passando por esse mal, que pode causar até problemas psicológicos nos pequenos. A dica dos pesquisadores é nunca negligenciar as queixas de dor de cabeça. Enxaqueca infantil tem tratamento.

ESTRADA Seu filho vai viajar com os avós, tios, amigos da família ou mesmo para um acampamento? Algumas dicas fazem o período ainda mais gostoso para ele e para você! Segundo os psicólogos, não há idade certa para que a criança viaje sem os pais. O que importa é o comportamento dela: se adapta-se bem às novas situações e não é excessivamente dependente, por exemplo. Vale se certificar de que ela estará em total segurança, desde o transporte até a hospedagem e atividades, e se terá atendimento pediátrico se precisar. Em condições normais, telefonar a todo instante também não é uma boa ideia. A criança deve sentir a liberdade das férias e a sua confiança! Um telefonema diário é suficiente.


DIVERSÃO Numa época em que os videogames, notebooks e smartphones fazem parte do dia a dia das crianças, ensinar antigas brincadeiras de rua é uma excelente ideia! Elas adoram, interagem entre si e, “de quebra”, ficam longe do sedentarismo. “Cabra cega”, “lencinho atrás”, “amarelinha”, “cabo de guerra”, “coelhinho sai da toca” e “corrida de saco” são deliciosas opções. Muitos sites também ensinam experiências científicas para os pequenos! Elas são inofensivas, simples de executar e ensinam princípios básicos da química e física, por exemplo. Reunir uma turminha de amigos e apresentar estas novas opções de diversão é sucesso garantido entre as crianças!

PAIXONITE Não se engane! Crianças muito novas também podem sofrer por amor! Distração, grande motivação para ir à escola e melancolia nos finais de semana podem indicar que o menino ou menina se encantou por um(a) coleguinha. Segundo os psicólogos, esse comportamento é normal e deve ser respeitado. Cabe aos pais dar espaço para a criança conversar, se ela assim desejar, e nunca criticar ou reprimir os sentimentos. Em caso de “desilusão” vale a pena reforçar a autoestima dos pequenos, mostrando o quanto são especiais. Eles naturalmente se recuperam.

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RECEITA Que tem criança em casa deve contar com uma farmacinha básica Quem para curativos, por exemplo, mas a automedicação nunca é indicada! Rem Remédios consumidos sem a orientação do pediatra podem causar sério problemas como mascarar doenças mais graves. As interações sérios me medicamentosas – que só os médicos conhecem –, são igualmente peri perigosas: além de efeitos colaterais, um remédio pode potencializar an ou anular o efeito de outro. As doses dos remédios também devem ser sem sempre prescritas, porque cada criança tem um metabolismo e cada apres apresentação medicamentosa tem um tempo de absorção. Por fim, vale lemb que remédios “naturais” ou fitoterápicos não são inofensivos e lembrar que a criança que recebe medicação sem orientação do pediatra, especi cialmente antibióticos, pode desenvolver resistência microbiana.


S A Ú D E

alergia DOSSIÊ

Reação exacerbada do sistema imunológico, as alergias acometem cada vez mais as crianças. Fique por dentro e saiba como agir stima-se que 30% das crianças tenham algum tipo de alergia. Infelizmente, este cenário tende a piorar e, segundo os médicos, nos próximos anos as alergias – respiratórias, de pele ou alimentares – podem acometer até 40% das crianças. A informação é uma das mais importantes armas para lidar com o problema.

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O que é?

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Resumidamente, a alergia é uma manifestação exacerbada do sistema imunológico que identifica um agente inofensivo – como pó, morango ou amendoim, por exemplo – como extremamente perigoso. Os anticorpos, então, reagem de forma exagerada e causam sintomas como espirros, inchaços, coceiras, vermelhidão, náuseas, etc. Está instalada a crise alérgica. De forma geral, existe um componente hereditário nas alergias. Embora elas não sejam iguais e variem de pessoa para pessoa, filhos de pais alérgicos têm mais propensão ao problema. Vale lembrar que a alergia pode surgir a qualquer momento. Uma criança que sempre comeu chocolate, por exemplo, pode passar a ter problemas com o alimento.


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5 RESPOSTAS SOBRE AS ALERGIAS Criança que tem uma alergia tem mais chances de desenvolver outras? Sim. Isso ocorre devido ao perfil do sistema de defesa do organismo, que é mais reativo e propenso às alergias.

Alergias melhoram com o tempo? As alimentares, sim. As demais, com menor frequência.

Tipos de alergia As alergias podem se manifestar no sistema respiratório, na pele e no sistema gastrointestinal. As alergias respiratórias são causadas por ácaros, fungos, poeira, pólen, pelos de animais, produtos químicos ou de limpeza e se manifestam através de coriza, espirros, inchaço no rosto, coceira nos olhos. É a famosa rinite. As alergias respiratórias também podem desencadear quadros de asma. As cutâneas podem ser causadas por alimentos, picadas de insetos, por mudanças bruscas de temperatura e até contato da pele com algum tipo de tecido. Em geral elas causam coceiras, vermelhidão e inchaços na pele. Já as alergias do sistema gastrointestinal são causadas por alimentos e têm como principais sintomas náuseas, vômitos, diarreia, abdômen distendido e má digestão. Alguns tipos de alergia, mais severos, podem apresentar sintomas respiratórios, gástricos e cutâneos simultaneamente.

Tratamentos e controle O primeiro cuidado com as crianças alérgicas é mantê-las afastadas do que causa o problema, os alérgenos. No caso das alergias alimentares, esse processo é mais simples. Nas alergias respiratórias, é preciso evitar o pó e os ácaros, mantendo os ambientes limpos e ventilados e não tendo tapetes, cortinas, cobertores e bichos de pelúcia. Os tratamentos podem ser feitos com imunoterapia, que primeiro descobre os alérgenos e então cria tolerância no organismo através da aplicação de vacinas com pequenas quantidades do extrato da substância que causa a reação alérgica. O procedimento é semanal e dura de dois a cinco anos. Em geral os resultados são positivos, mas sem garantias. A chamada

Como saber se é alergia, resfriado ou gripe? Alergia respiratória não dá febre, nem deixa a criança sem apetite ou cansada. Em geral, ela também surge de repente, ao contrário dos resfriados e gripes.

Stress piora a alergia? Sim. Se a criança é alérgica, tem mais chances de ter crises em momentos de ansiedade.

Animais de estimação devem ser evitados? Ao contrário: há estudos recentes que mostram que esse contato aumenta a tolerância de crianças sensíveis ao pelo do animal, reduzindo os sintomas da alergia. Se ela é alérgica, o animal não deve dormir no mesmo quarto, por exemplo. Esse tipo de alergia tende a diminuir com o tempo.

“indução de tolerância” ainda está em estudos, mas promete bons frutos. Ela consiste em expor o bebê, desde muito cedo, a pequenas doses de um alérgeno que possa ter causado problemas nos irmãos, por exemplo. A indução de tolerância é especialmente indicada para alergias a leite e a animais domésticos. Além dos tratamentos, em momentos de crise devem ser usados, sempre com orientação do pediatra, medicamentos como anti-histamínicos e até cortisona, em casos mais graves.

A importância da amamentação Um estudo divulgado pela respeitadíssima revista Pediatrics, mostrou que bebês que mamavam no peito, em comparação com os que tomavam fórmulas industrializadas, eram mais protegidos de alergias ao leite e de pele nos primeiros dois anos de vida. O parto normal também parece ter um efeito protetor contra as alergias. O canal


S A Ú D E

Intolerância à lactose e alergia à proteína do leite não são a mesma coisa!

vaginal é colonizado por bactérias benéficas, que farão parte do corpo do bebê e naturalmente aumentarão sua tolerância imunológica. Já alimentos industrializados, cheios de aditivos, corantes e conservantes, e o uso indiscriminado de medicamentos podem sensibilizar ainda mais as crianças.

Higiene demais

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Vários estudos apontam o excesso de higiene e de cuidados como um dos principais culpados pelo aumento das alergias. O mecanismo é fácil de entender: nas últimas décadas, houve um imenso avanço nas condições de saneamento básico, controle de doenças e vacinação em massa, além de medicamentos cada vez mais eficazes. Desta forma, as crianças deixaram de ter contato com inúmeros micro-organismos, especialmente nos centros urbanos. Resultado? Uma grande sensibilidade do sistema imunológico, que não reconhece agentes estranhos e tem reações aguçadas. A solução passa por permitir que a criança brinque, se suje e tenha contato com inúmeros objetos e superfícies.

“A alergia à proteína do leite é uma reação do organismo quando entra em contato com as proteínas do leite; uma delas, a globulina é a principal. Ela faz com que o sistema imunológico do alérgico a reconheça como agressora, o que gera uma reação que tem como objetivo combater esse agente estranho”, explica a nutricionista Fátima Corradini Domingues. Já a intolerância à lactose surge quando há dificuldade na digestão do açúcar presente no leite: a lactose. Isso ocorre devido à ausência ou pouca produção da enzima lactase, responsável por digerir a lactose. As duas complicações têm sintomas parecidos, mas perfis distintos. A alergia à proteína do leite costuma afetar apenas bebês, pois está associada à substituição do leite materno pelo leite de vaca, principalmente antes do primeiro ano de vida da criança. “Nesta fase, o intestino ainda não está preparado para receber e digerir a proteína do leite, entendendo-a como estranha e invasora, o que provoca uma reação contra ela e em defesa do organismo”, esclarece a profissional. De acordo com Fabiana Raucci, também nutricionista, a complicação não persiste por toda a vida da criança. “Em 80% dos casos, as crianças voltam a consumir o leite por volta dos três aos cinco anos de idade, pois é quando o sistema imunológico cria maturidade, tornando-se tolerante às proteínas presentes no leite de vaca e seus derivados”. Por outro lado, a intolerância à lactose, quando não genética, pode surgir em qualquer momento da vida, já que se dá devido à diminuição ou ausência de produção da enzima lactase, ocasionada por lesões intestinais, quimioterapia, radioterapia ou até mesmo pelo processo natural de envelhecimento. Os principais sintomas da intolerância à lactose são dores abdominais, gases, sensação de inchaço, cólicas abdominais, diarreia. A alergia à proteína do leite provoca os mesmos sintomas da intolerância à lactose, além de outros como dificuldades respiratórias, edema, lesões na pele (coceira, vermelhidão, dermatite) e vômitos, dependendo do grau da alergia. Os tratamentos também são distintos: para a proteína do leite, é necessária a exclusão total do leite de vaca e seus derivados por um período variável de meses ou anos, dependendo da maturidade do sistema imunológico. Para a intolerância à lactose, o tratamento é feito por controle da dieta e medicamentos. O leite e seus derivados podem ser consumidos, porém em quantidades reduzidas, de acordo com a tolerância do organismo, ou substituídos por derivados da soja.






A L M A N A Q U E “A criança tem duas autonomias: para dormir e para brincar. E nós temos roubado as duas, neste mundo contemporâneo. Não é preciso que nenhum adulto durma junto com o bebê” Rosely Sayão

pai! Eles não são o centro das atenções, mas têm muito a dizer sobre a

gestação e os primeiros meses de vida do bebê. Com a palavra, os pais!

Aprendi a comprar comida congelada Ignácio, pai do Tomas Entendi o significado da expressão ‘pai coruja’. Durante 3 meses não consegui dormir uma noite inteira sequer Carlos Eduardo, pai do Gustavo Aprendi que é muito importante planejar financeiramente a chegada dos filhos Eduardo, pai da Mia e do Breno

Descobri que por maior que sua casa seja, ela sempre será pequena Ewerton, pai do Lucas Descobri que o remédio mais eficaz contra as cólicas é o calor do corpo. Colocar os bebês de bruços sobre a minha barriga acabava com as dores Ricardo, pai da Luiza, do Arthur e da Elaine Entendi que é preciso tomar muito cuidado com nossas atitudes. Elas serão imitadas Fernando, pai da Lígia e da Maria Eduarda

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Aprendi a lidar com a carência me envolvendo ainda mais com o trabalho. Durante meses, minha mulher só teve olhos e ouvidos para o bebê Luiz, pai da Ana

Fotografar a barriga e a evolução da gravidez é uma das coisas mais gostosas dessa fase tão especial. Os registros ficam lindos no quarto do bebê e também espalhados pela casa. Reunimos algumas dicas para deixar as fotos ainda mais bonitas! Fotos caseiras podem ser tão lindas quanto àquelas feitas em estúdio. A luz da manhã rende fotos mais vivas e o pôr do sol, um clima mais poético. Inclua os outros filhos e o marido nas fotos! O clima familiar garante um charme extra. A presença do pai é muito importante e às vezes negligenciada nas fotos da gestante. Romance e afeto deixam tudo mais bonito. Roupas neutras e em tons clássicos como preto, branco e nude destacam o que deve ser destacado: a barriga! Dica para descontrair: coloque uma música alegre e dance enquanto é fotografada. O resultado fica natural e divertido. Capriche nos detalhes e seja original. Sapatinhos, nome do bebê ou chupetas sobre a barriga ficam uma graça! A melhor época para fotografar a barriga é entre o 6º e 7º meses. Ela já está grande, mas a mulher continua bem disposta e com menos inchaços. Fotos nuas ou com lingerie são lindas, mas só devem ser feitas se a gestante se sentir à vontade. Para registros eternos, dignos de porta-retratos, aposte nas fotos em preto e branco!

Aprendi que não há amor maior no mundo Lúcio, pai da Roberta

Nos séculos 18 e 19 os padrinhos tinham uma crucial importância: com a baixa expectat iva de vida, muitas vezes assum iam a criação dos afilhados órfãos . Hoje, a escolha dos padrinhos deve se na capacidade deles r baseada de participar da vida da criança, acrescentando afeto e vínculos.

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ÁLBUM


S A Ú D E

12 a febre FATOS SOBRE

Fique por dentro dos mitos e verdades sobre um problema muito comum na infância e que causa grande preocupação nos pais la causa ansiedade em 10 de cada 10 pais e é cercada por muita falta de informação. Para esclarecer as causas, os melhores procedimentos e os riscos reais da febre infantil, conversamos com o médico Yechiel Moises Chencinski, pediatra pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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Febre é uma doença. MITO. Ela é um aumento fisiológico (normal e esperado) da temperatura corporal em reação a

algum estímulo infeccioso ou não, que “agride” o organismo. Muitos estudos mostram que determinados vírus e bactérias têm sua ação prejudicada quando se aumenta a temperatura. Assim, a febre é um sintoma de uma doença, é um sinal de que nosso organismo pode estar se defendendo de alguma infecção.

A temperatura normal do corpo é 36º. EM TERMOS. A temperatura considerada adequada para o ser humano varia entre 35,5º e 37,5º e esta variação pode depender de vários fatores, como horário do dia, sono, atividade física, etc.

A febre tem mais sintomas do que somente o aumento da temperatura. VERDADE. Há outras formas de se suspeitar que a criança possa estar com febre, mes-


(as tão faladas viroses) são responsáveis por cerca de 90% desses quadros infecciosos na infância. Doenças como os resfriados, gripes, sarampo, caxumba, rubéola, gastroenterites, faringites, laringites e até meningites e pneumonias podem ser algumas das doenças provocadas por vírus e acompanhadas de febre. Já as infecções bacterianas são sempre acompanhadas por quadros febris. As amigdalites, otites, infecções urinárias, broncopneumonias, meningites (do tipo bacteriana), evoluem com febre.

Infecção sem febre pode ser sinal de risco. VERDADE. Isso significa que ou a infecção é “muito forte” ou as defesas da criança estão “muito fracas” e o organismo pode estar perdendo a batalha contra a infecção. Nesses casos, após a avaliação do pediatra, pode haver necessidade de medicações mais potentes ou até internações para ajudar no combate à doença.

Febre alta significa infecção grave. MITO. Cada criança tem uma característica reativa. Elas apresentam febre baixa ou febre alta e isso não significa uma infecção mais grave ou mais leve.

A febre deve ser sempre medicada.

Termômetros de mercúrio são melhores para aferir a febre. MITO. Há termômetros de vários modelos: digitais, de contato, para serem colocados na boca, na região axilar, no reto, na orelha. O mais importante é que, independente do modelo, sigam-se as especificações do fabricante quanto ao modo de uso e tempo de medição e que haja qualificação por algum órgão competente (INMETRO, por exemplo).

A febre costuma ter origem infecciosa. VERDADE. Os quadros virais

EM TERMOS. Em um importante artigo publicado no “Pediatrics”, o Jornal Oficial da Academia Americana de Pediatria, os autores explicam que a febre é um mecanismo fisiológico que tem efeitos positivos quando o organismo tenta combater uma infecção. Ao contrário da preocupação dos pais, a febre, por si só, não agrava a doença, não determina a gravidade dela e não causa consequências neurológicas a longo prazo. Baixar a febre, portanto, tem como objetivo melhorar o conforto geral da criança, mais do que normalizar a temperatura. Medicar o quadro febril é uma decisão que deve ficar a critério do pediatra. A febre é apenas um indicativo de um processo em andamento que deve ser pesquisado, diagnosticado e tratado.

Febre alta sempre causa convulsões graves. MITO. Embora muito temida pelos pais, a convulsão febril acomete somente 4%

das crianças, tem uma forte tendência familiar e é uma complicação benigna. Por uma questão de imaturidade do sistema termorregulador, em crianças entre 6 meses e 3 anos, a rápida velocidade de subida ou queda de temperatura pode levar às convulsões. Neste caso, elas devem ser atendidas rapidamente pelo médico ou encaminhadas ao pronto-socorro.

Compressas e banhos devem ser usados para baixar a febre. EM TERMOS. Os banhos e compressas nunca devem ser gelados, pois uma queda muito rápida da temperatura aumenta o risco de convulsões. Se a água está morna, ela pode sim aumentar o conforto térmico da criança, mas não dispensa as orientações do pediatra.

O medicamento antitérmico deve fazer efeito em até 2 horas. VERDADE. Espera-se que a febre ceda em até 2 horas após a administração do medicamento e não volte antes de 5 horas.

Se o antitérmico não baixar a febre, a dose deve ser repetida. MITO. Se após a administração adequada do tratamento receitado não ocorrer a evolução esperada, o médico deve ser contatado novamente para reavaliar sua orientação. Em algumas situações pode ser necessário administrar o antitérmico via retal (supositórios) ou injetável (com receita e normalmente em serviços de urgência, como pronto-socorro).

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mo sem medir a temperatura corporal. Mudança de humor, agitação, sonolência, rosto avermelhado, transpiração e calor irradiante – que pode ser sentido chegando perto da criança – também são sinais de febre. Porém, apesar destes sintomas, a febre deve ser sempre aferida com termômetro.


R E L A C I O N A M E N T O

mais um VAMOS TER

Conheça os desafios e as alegrias de aumentar a família

exemplo do que acontece nos países desenvolvidos, a natalidade está caindo no Brasil. Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o último Censo Demográfico mostrou que a taxa de fecundidade registrou uma queda de 20,1% nos últimos anos ao passar de 2,38 filhos por mulher em 2000 para 1,9 em 2010. As mulheres também estão tendo filhos mais tarde: a idade média de fecundidade passou de 26,3 anos em 2000 para 26,8 anos em 2010. Entre as causas desse cenário estão a presença da mulher no mercado de trabalho, as novas composições familiares e modelos de relacionamento, as mudanças culturais e as condições financeiras. Hoje, não é incomum encontrar famílias que optam por ter apenas um filho no intuito de poder oferecer melhores condições de vida, que incluem, principalmente, os gastos com educação. Com tantas variáveis, vale a pena ter outro filho? E em que momento?

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Investimento Segundo o economista Mauro Halfed, da Universidade Federal do Paraná, criar um filho em uma família

FILHO?


reduzi meu ritmo de trabalho. Agora estou concluindo meu mestrado e sei que novas oportunidades profissionais irão surgir. O momento, para mim, é de dedicação à carreira. Mesmo com a ajuda do pai, eu não conseguiria dar a atenção que um novo filho merece”, conta Glaucia, 34 anos, administradora de empresas. A dificuldade em encontrar quem cuide das crianças também pesa, especialmente se levarmos em conta que é

} } Criar um filho em uma família de classe média, do berçário até o diploma universitário, custa para os pais cerca de 320 mil reais

possa ter um bom futuro profissional, precisamos ter gastos com escola particular, aulas de inglês e espanhol e, daqui alguns anos, um intercâmbio. Diante disso, optamos por ter apenas a Júlia”. Rubens, que tem cinco irmãos, completa: “antigamente os pais pareciam não ter as preocupações financeiras que temos. Os filhos nasciam e tudo se ajeitava. Nós temos outra postura. Já poupávamos antes mesmo da Júlia nascer e hoje continuamos investindo para que ela possa cursar uma boa universidade”.

As conquistas femininas A presença da mulher no mercado de trabalho é, indiscutivelmente, um dos motivos para que um casal opte por ter menos filhos. O tempo fica mais escasso, as responsabilidades maiores e muitas vezes a mulher sente que não vai conseguir conciliar todas as obrigações. “Quando engravidei do Gabriel, naturalmente

cada vez mais difícil (e caro) ter uma funcionária em casa. A professora universitária Rose, de 29 anos, vive isso na pele. “Meu filho Lucca, de 1 ano e 4 meses, passa o dia com meus pais para eu poder dar minhas aulas. Estamos comprando nossa primeira casa e optamos por economizar com babá e escola. Não podemos ter outro filho agora, iria sobrecarregar muito a minha família”.

O outro lado Apesar dos desafios, muitas famílias desejam ter mais de um filho! Por motivos variados, elas se programam, se esforçam e se organizam para ter a casa cheia ou, pelo menos, para não parar no filho único. Este é o caso de Eduardo, pai da Clara, da Luiza e do Fernando, que tem apenas 04 meses. “Sempre sonhamos em ter muitos filhos, desde a época do namoro. Gostamos da bagunça do dia a dia e queríamos que as crianças soubessem o que é ter irmãos, este vínculo eterno. Não é

TEMPO AO TEMPO Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association mostrou que o intervalo mínimo entre um filho e outro deve ser de 18 meses. Segundo os pesquisadores, intervalos menores aumentam as chances de partos prematuros e bebês com baixo peso. Isto provavelmente ocorre porque a gravidez e o parto alteram o metabolismo feminino e podem causar carência de nutrientes como sais minerais e ferro, além de enfraquecimento muscular, especialmente em mulheres sedentárias. No caso de gestação de gêmeos, a espera deve ser de 24 meses. fácil, mas estamos felizes assim. Além disso, o segundo e terceiro filhos são mais ‘fáceis’! Você reaproveita coisas – de roupas a móveis – e não fica tão desesperado com aquela febrinha ou cólica da madrugada”.

Quando aumentar a família? Não há regras ou receitas quando se trata de aumentar ou não a família. Porém, a decisão de ter mais um filho deve ser baseada na análise de importantes aspectos. O relacionamento do casal vai bem? Há planejamento financeiro? Existe espaço físico e estrutura disponível como avós, berçário, babá, escolinha? O momento profissional da mãe é favorável? E a situação física? Muitas vezes, depois de complicações em uma gravidez ou parto, um novo filho não é indicado. Levando em conta todas essas variáveis, o casal pode fazer uma opção consciente e responsável.

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de classe média, do berçário até o diploma universitário, custa para os pais cerca de 320 mil reais. Para a classe média alta, este custo pode chegar a 600 mil reais. Não é de se espantar, portanto, que as famílias estejam cada vez mais reduzidas. Foi pensando na formação educacional que o casal Estela e Rubens optou por ter apenas um filho: “Eu estudei em escola pública e tive uma excelente educação formal. Infelizmente, hoje, para que minha filha


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previna-se! Alguns problemas de saúde são típicos da gravidez. Conheça três deles e saiba como evitá-los e tratá-los pesar de todas as delícias, das expectativas e das emoções, a gravidez pode vir acompanhada de problemas de saúde típicos da condição física de estar gerando outro ser humano. Alguns são mais sérios, outros não. O que importa é que todos eles podem ser controlados ou evitados com um bom pré-natal e com cuidados diários e muita responsabilidade.

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Diabetes gestacional As causas do diabetes gestacional ainda não são totalmente conhecidas. Sabe-se que predisposição genética, ter mais de 35 anos e já ter tido um bebê com mais de 4kg podem favorecer o surgimento do problema. Além disso, acredita-se que certos hormônios produzidos pela placenta possam bloquear a produção de insulina, substância que equilibra o açúcar no organismo. Quando o quadro se instala, a falta de insulina impede a eliminação do açúcar e eleva o nível de glicose no sangue. Entre os riscos estão aborto, bebês com alto peso e pré-eclâmpsia.


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Os sinais do diabetes gestacional podem ser leves e até inexistentes! Porém, sangramento na gengiva; visão borrada; cansaço excessivo; aumento da sede e da vontade de fazer xixi; perda de peso; infecções frequentes, especialmente de urina e pele; além de náuseas e vômitos devem der investigados. O tratamento inclui dieta balanceada e com ênfase no consumo de proteínas, controle do stress e exercícios físicos. Para casos mais graves, que são incomuns, pode-se utilizar insulina diariamente. O pré-natal também deve ser mais rigoroso, com consultas e exames frequentes. Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, mostrou que mulheres com diabetes leve, que receberam cuidados especiais, tinham 50% menos chance de ter um bebê com excesso de peso, menos risco de ter pré-eclâmpsia ou parto cesárea do que aquelas que seguiram um pré-natal comum. Após a gestação, o acompanhamento da saúde da mulher deve continuar, porque há maior probabilidade dela se tornar diabética.

Hipertensão As doenças hipertensivas merecem muita atenção durante a gestação. Elas são classificadas de 4 formas: hipertensão crônica, quando a mulher já tinha pressão alta antes de engravidar; pré-eclâmpsia; hipertensão crônica com pré-eclâmpsia e hipertensão gestacional, quando há aumento da pressão arterial durante a gravidez, mas sem risco de pré-eclâmpsia. Neste caso, a pressão tende a se estabilizar logo após o parto. A pré-eclâmpsia atinge de 5% a 7% das grávidas brasileiras e, segundo o Ministério da Saúde, é a principal causa de morte entre as gestantes. Ela surge, em geral, a partir da 20ª semana de gestação e acomete principalmente quem está esperando o primeiro filho. Inchaço nos pés, per-

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As doenças hipertensivas podem complicar as gestações, interferindo no crescimento do feto e alterando a função renal da mulher

chega à bexiga. Segundo os médicos, isto acontece com frequência porque os hormônios da gravidez relaxam os músculos da uretra, fazendo com que o fluxo da urina dos rins para a bexiga fique mais lento. E também, por conta do crescimento do útero que comprime o canal da uretra, dificultando a eliminação da urina. Ao parar na bexiga, a bactéria provoca a infecção que tem como principais sintomas dor ou ardência ao urinar e necessidade de ir ao banheiro mais vezes. As complicações começam a ocorrer se as bactérias chegam ao útero! Ele pode começar a se contrair, levando a um trabalho de parto prematuro. Se a infecção alcançar os rins, os cuidados médicos também precisam ser urgentes. Chamada de pielo-

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Para evitar as infecções urinárias, os médicos aconselham que as gestantes façam o exame de urina tipo 1 a cada 2 ou 3 meses, que consumam muita água durante a gravidez e que procurem sempre urinar após as relações sexuais

para monitoramento também costumam ser recomendados às gestantes que têm pré-eclâmpsia, especialmente no fim da gravidez. O uso de medicamentos também é necessário para os casos mais complicados.

Infecção de urina Ela atinge de 10% a 12% das gestantes, é a infecção bacteriana mais comum na gravidez e merece muita atenção, pois há riscos para a mãe e também de parto prematuro. A vagina da mulher normalmente abriga centenas de milhares de colônias da bactéria causadora da infecção, a Escherichia coli. O problema ocorre quando ela sobe pela uretra e

nefrite, esta infecção oferece outro risco: pode prejudicar o funcionamento do órgão até a sua paralisação. Os principais sintomas são febre, calafrios, dor lombar, náusea e vômito. O tratamento para esses casos é feito com antibióticos que não oferecem risco ao feto. Para evitar as infecções urinárias, os médicos aconselham que as gestantes façam o exame de urina tipo 1 a cada 2 ou 3 meses, que consumam muita água durante a gravidez e que procurem sempre urinar após as relações sexuais. Boa alimentação, exercícios físicos e controle da ansiedade também são importantes, porque mantêm o sistema imunológico funcionando adequadamente.

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Entre os riscos da diabetes gestacional estão aborto, bebês com alto peso e pré-eclâmpsia

nas, mãos e no rosto e fortes dores de cabeça estão entre os sintomas da pré-eclâmpsia, que não tem causa conhecida. O excesso de espuma na urina pode ser um indício de eliminação de proteína, outro fator comum nesse caso. As doenças hipertensivas podem complicar as gestações, interferindo no crescimento do feto e alterando a função renal da mulher. Por isso, o pré-natal deve ser ainda mais rigoroso, incluindo exames mais frequentes para acompanhar o desenvolvimento do bebê. Os demais cuidados incluem controle da alimentação, com redução do consumo de sal e gorduras, e exercícios físicos de baixo impacto. Em casos mais graves, a mulher pode ser orientada a reduzir o ritmo de trabalho a até a ficar de repouso. Internações


D I C A S

gestantes PARA

IOGURTE Recomendado pela maioria dos obstetras, o iogurte é um dos alimentos essenciais para uma dieta equilibrada durante a gravidez. “Ele ajuda a combater os incômodos da gestação, como a prisão de ventre, além de enriquecer a alimentação da gestante”, diz a nutricionista Graziela Yang. Entre os benefícios também estão o consumo de cálcio, a prevenção da obesidade e a regularização da flora intestinal. O alimento também é fonte de vitaminas A, do complexo B e zinco, nutrientes que, além de contribuírem na formação ou reparação de tecidos corporais, ossos e dentes, fornecem energia, equilibram a flora intestinal, combatem os radicais livres e reforçam a imunidade. Além disso, o iogurte natural auxilia no controle do peso durante a gravidez, já que seu valor calórico é baixo.

CORTE

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ALERTA De acordo com um estudo publicado no The Sun, comer junk food durante a gravidez pode ser tão perigoso quanto fumar! A acrilamida, substância encontrada em alimentos processados como batata chips, por exemplo, limita o tamanho do crescimento do bebê e de seu cérebro, enquanto ele ainda está no útero. Na pesquisa, as mães que comeram esses alimentos diariamente durante a gestação tiveram bebês mais leves e com uma circunferência craniana menor. Já cientistas de Barcelona, na Espanha, estudaram a dieta de 1,1 mil mulheres, cujo principal alimento ingerido foi chips. O Professor John Wright, responsável pelo estudo, disse que o impacto de acrilamida foi semelhante ao “efeito adverso do tabagismo”.

Para a grande maioria das mulheres, gravidez é sinônimo de rosto cheinho. O corte de cabelo nessa fase, se torna aliado da beleza, harmonizando a face. A primeira dica é evitar exageros, como cabelos muito curtos ou muito longos. Os longos “achatam” e os muito curtos realçam ainda mais as bochechas. Comprimento médio e franjas longas e repicadas dão movimento e afinam o rosto. No dia a dia, evite prender totalmente o cabelo e em ocasiões especiais, opte por algo não totalmente preso, com uma parte do cabelo cobrindo as laterais do rosto ou coques despojados. Fios soltos no contorno do rosto também ajudam a deixar o visual mais leve!


PESO

LIMPEZA

FUNCIONAIS

A limpeza de pele deve fazer parte da agenda de beleza da gestante, que em geral, fica com o rosto mais oleoso e predisposto à acne. Alguns cuidados, porém, são necessários, como evitar esfoliantes que contenham ácidos na formulação. Outros ativos bastante usados nas limpezas de pele, como ácido salicílico, despigmentantes e antibióticos precisam ser evitados para não fazer nenhum mal ao bebê. Por fim, muitas mulheres relatam maior sensibilidade à dor e a limpeza deve ser feita de forma delicada e com uso de substâncias naturais e calmantes para a pele.

As lingeries para gestantes e mamães recentes têm funções específicas! Muitas cintas, por exemplo, agem para que o útero e os órgãos retornem com maior rapidez à posição original. Elas também transferem o peso do abdômen para a coluna, o que ajuda a aliviar a tensão sobre os músculos e ligamentos, auxiliando a circulação sanguínea e diminuindo o desconforto das pernas e costas. As faixas abdominais sustentam a barriga sem comprimir o abdômen e reduzem a pressão sobre a pelve e o nervo ciático. Já o sutiã deve proporcionar sustentação no centro das costas e ao mesmo tempo, manter a região dos ombros relaxada. O fecho com 3 regulagens, garante conforto e flexibilidade para as diversas medidas de tórax e os bojos forrados internamento com algodão antialérgico devem ter abertura anatômica frontal para amamentação.

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Uma pesquisa realizada em Israel indica que grávidas com excesso de peso podem transmitir aos filhos o problema, bem como outros fatores de risco como pressão alta e diabetes. De acordo com os cientistas, filhos de mães que ganharam mais de 14 quilos durante a gravidez tiveram um Índice de Massa Corporal maior do que aqueles que nasceram de mães que ganharam até 9 quilos. Além disso, os filhos adultos de mães grávidas obesas tinham larguras de quadril quase 10 cm a mais do que aqueles que nasceram de mães que não tinham sobrepeso. “Sabemos que os eventos que ocorrem cedo na vida do feto têm consequências no longo prazo para a saúde da pessoa adulta”, diz o Dr. Hagit Hochner, chefe da pesquisa.


N U T R I Ç Ã O

acerte! Descubra o que pode estar por trás da falta de interesse de seu filho pelas refeições saudáveis ocê prepara comidinhas balanceadas e saudáveis e as serve com todo o carinho. Na mesa, as crianças parecem não se interessar ou se recusam a consumir vegetais, por exemplo. O que fazer diante desses impasses tão comuns nas famílias? A solução pode estar em pequenos detalhes.

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Diga a verdade Evite criar fantasias na cabecinha dos pequenos. Ao invés de dizer que elas ficarão fortes como o Popeye se comerem espinafre, explique os benefícios do vegetal para a saúde, em uma linguagem que elas compreendam. Alguns estudos mostram que a longo prazo, as conversas francas sobre os alimentos são muito mais eficientes.

Permita que ela frequente a cozinha Manter a criança por perto enquanto você cozinha, pode fazer toda a diferença! Deixe que ela toque e cheire os alimentos, mostre as transformações que ocorrem no cozimento e permita até que ela brinque com massinhas, por exemplo. Lembre-se, porém, de tomar alguns cuidados, uma vez que a cozinha é o local da casa que mais oferece riscos de acidentes para os pequenos.

Respeite os horários

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Crianças devem fazer 5 ou 6 refeições balanceadas por dia, com intervalos de 2 ou 3 horas entre elas. Por isso, se ela tomou um lanche há pouco tempo, não terá fome e possivelmente vai recusar o almoço ou jantar.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa Os problemas de comportamento não devem

ser relacionados à alimentação. Se a criança receber um castigo por não comer legumes, por exemplo, vai associar a comida à punição.

Não faça chantagem As crianças devem ser incentivadas de inúmeras formas a se alimentarem corretamente. Chantagem emocional, porém, não deve fazer parte do repertório. Dizer que vai ficar “muito triste” se ela não comer, ou que “existem muitas crianças famintas no mundo” só serve para deixá-la confusa e culpada.

Tenha paciência O paladar da criança vai amadurecendo com o tempo. Compreenda isso e evite um ambiente tenso. O afeto, com firmeza e segurança, é um dos melhores caminhos para

entrar em um acordo e fazê-la entender a importância de uma boa alimentação.

Estabeleça regras A vida sem guloseimas pode ser muito chata para uma criança. Além disso, ela vai, invariavelmente, ter acesso à doces e refrigerantes em algum momento. A melhor solução é oferecer essas delícias com moderação e em momentos combinados, como finais de semana.

Varie De forma geral, há muitas formas de preparar um alimento. Se a criança não aprecia determinado prato, respeite seu gosto e ofereça o item de outra forma. Ela pode não gostar de molho de tomate, mas talvez adore uma boa salada com o vegetal!


HAMBÚRGUER DE LEGUMES Rendimento: 10 unidades

Ingredientes 3 folhas de repolho branco cortado em tiras finas • 3 folhas de repolho roxo cortado em tiras finas • 1 batata grande ralada no ralo grosso • 1 cenoura pequena ralada no ralo grosso • 1 ovo • 1 colher (chá) de sal • 8 colheres (sopa) de farinha de rosca • 8 colheres (sopa) de farinha de trigo • 1 xícara (chá) de maionese HELLMANN’S • óleo para untar • farinha de trigo e de rosca para empanar

KIBE NO PALITO

Ingredientes meia xícara (chá) de trigo para quibe • 3 xícaras (chá) de água fervente • 300 g de carne moída • 1 cebola pequena picada • 2 colheres (sopa) de hortelã fresca picada • 1 batata média cozida e amassada • meia xícara (chá) de maionese HELLMANN’S • óleo para untar

Modo de preparo Preaqueça o forno em temperatura média (180ºC). Unte uma assadeira retangular grande ( 40 x 28cm ). Reserve. Em uma tigela média, coloque o trigo e cubra com a água fervente. Reserve por 30 minutos. Escorra, coloque em um guardanapo de pano e esprema até sair toda a água. Reserve. Em uma tigela média, junte o trigo reservado, metade da carne, metade da cebola, a hortelã, a batata e 3 colheres (sopa) de maionese HELLMANN’S. Misture e amasse com a ponta dos dedos até obter uma mistura homogênea. Reserve. Em uma panela pequena, coloque o restante da carne e da cebola. Refogue mexendo sempre até perder a cor avermelhada da carne. Misture o restante da maionese HELLMANN’S e reserve. Divida a carne e o recheio em 15 porções. Reserve. Abra cada porção de carne na palma da mão e coloque no centro uma porção do recheio reservado. Enrole o quibe e coloque um ao lado do outro na assadeira reservada. Repita o mesmo até terminar a carne e o recheio. Leve ao forno por 15 minutos ou até assar. Retire do forno, e coloque em cada um, um palito de sorvete ou um palito pequeno de churrasco. Sirva em seguida. Variação: Se preferir misture ao recheio 1 colher (sopa) de queijo ralado. Dica: Peça para moer a carne no momento da compra.

Modo de preparo: Preaqueça o forno em temperatura média (180°C). Unte um refratário grande (40 x 29 cm). Reserve. Em uma tigela média, junte o repolho branco, o repolho roxo, a batata, a cenoura, o ovo, o sal, a farinha de rosca e a farinha de trigo. Acrescente a maionese HELLMANN’S e misture. Divida em 10 porções e modele os hambúrgueres. Passe pela farinha de trigo e em seguida pela farinha de rosca. Coloque no refratário reservado e leve ao forno por 15 minutos, vire os hambúrgueres e asse-os por mais 5 minutos ou até dourarem. Retire do forno e sirva em seguida. Se preferir, junte 1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado. Dica: Enfarinhe as mãos com farinha de trigo para modelar os hambúrgueres.

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Rendimento: 15 unidades

Receitas: Studio Gourmet Unilever/ HELLMANN’S

sugestões nutritivas

COM MUITO SABOR E CRIATIVIDADE

´ C A R D A P I O


N U T R I Ç Ã O

Eles fornecem energia e são imprescindíveis às funções metabólicas das futuras mamães

carboidratos INDISPENSÁVEIS À GESTAÇÃO! ontrolar o peso durante a gestação garante o bem-estar, a mobilidade, reduz o cansaço, as dores nas costas e o risco de diabetes gestacional e hipertensão. Alguns grupos de alimentos, porém, não podem ficar de fora da dieta! Os carboidratos – responsáveis pelo fornecimento de energia ao organismo – fazem parte dos nutrientes indispensáveis à saúde da mãe e do bebê. Entre 50% e 60% das calorias ingeridas diariamente devem ser provenientes deles, que fornecem disposição, retardam a fadiga, participam da regeneração muscular, mantêm estáveis os níveis de glicose e “de quebra”, reduzem o acúmulo de gordura localizada.

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Diferenças Os carboidratos são divididos em três grupos principais, com características diferentes: simples, complexos processados e complexos não processados. Os carboidratos simples possuem alto índice glicêmico e são absorvidos rapidamente pelo organismo. Eles estão nos açúcares, doces, refrigerantes, etc. Os complexos processados foram submetidos a procedimentos de refinamento, possuem alto teor de açúcar simples e pouca quantidade de fibras, vitaminas e minerais. Sua digestão também é rápida e eles são encontrados no arroz branco, por exemplo. Os carboidratos complexos não processados são os mais saudáveis. Eles mantêm os índices de glicose estáveis, são ricos em vitaminas, fibras e minerais, possuem pouca quantidade de açúcar simples e podem ser encontrados nos cereais integrais, na batata

doce, inhame, aveia, etc. As gestantes, devem consumir os carboidratos simples e complexos processados com grande moderação e apostar nos complexos não processados!

Índice glicêmico e insulina O índice glicêmico é a velocidade com a qual o carboidrato irá aumentar os níveis de glicose no sangue. Os carboidratos de alto índice glicêmico como os simples e complexos processados, atravessam o sistema digestivo e chegam rapidamente à corrente sanguínea. Essa situação eleva os níveis de glicose, aumentando a secreção de insulina. Este excesso de insulina, segundo vários estudos, poupa nossa gordura corporal, contribuindo para manter o excesso de peso, e faz com que tenhamos fome mais rápido. Já os carboidratos complexos não processados têm baixo índice glicêmico (lenta digestão e absorção) passam sem pressa pelo sistema digestivo e chegam aos poucos na corrente sanguínea, mantendo baixos os níveis de insulina. Eles garantem maior saciedade. Para as grávidas, isto significa ajuda no controle do peso e mais nutrientes para o bebê.

DE S O L P M EXE RATOS D I O B R A C SIMPLES: Açúcar Batata Bolos Doces Frutas secas Mel Milho Pão branco Pudins Refrigerantes Sorvetes Sucos de frutas

COMPLEXOS PROCESSADOS: Arroz branco

COMPLEXOS NÃO PROCESSADOS: Abóbora Amaranto Arroz integral Aveia Batata doce Cevadinha Ervilhas Feijões Inhame Iogurte ão integral Pão Quinua Vegetais


RECEITAS PARA GARANTIR A ENERGIA!

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SALADA DE TRIGO E FRANGO COM ESPECIARIAS Rendimento: 8 porções

Ingredientes

Studio Gourmet Unilever / MAIZENA® / BECEL PRO.ACTIV

SOBREMESA QUENTE DE MAÇÃ Rendimento: 6 porções

Ingredientes 6 discos grandes de massa para pastel • 1 maçã vermelha ralada • 3 colheres (sopa) de amido de milho MAIZENA® • 2 xícaras (chá) de iogurte BECEL PRO.ACTIV sabor ameixa • meia xícara (chá) de uva passa branca sem sementes

Modo de preparo Preaqueça o forno em temperatura média (180ºC). Forre 6 tigelas pequenas para suflê com um disco de massa, deixando um pouco de massa sobrando em forma de babado. Leve ao forno por 15 minutos somente para preassar. Reserve até esfriar. Dissolva o amido de milho MAIZENA® no iogurte BECEL sabor ameixa e coloque em uma panela pequena. Junte a maçã e a uva-passa. Misture e cozinhe em fogo médio, mexendo sempre até ferver e engrossar. Reserve até esfriar. Divida o recheio reservado entre as massas reservadas e leve ao forno por 15 minutos ou até as bordas ficarem douradas. Retire do forno em seguida. Variação: Se preferir acrescente ao recheio 1 banana nanica pequena amassada. Dica: Se preferir substitua as tigelas para suflê por forminhas de empada.

Modo de preparo: Em uma panela grande, ferva a água. Junte o trigo e cozinhe por 45 minutos ou até ficar macio, sem desmanchar. Retire do fogo, escorra e reserve até esfriar. Passe para uma tigela e junte o peito de frango desfiado, a cebola e o pimentão. Tempere com o sal. Acrescente a maionese HELLMANN’S e a hortelã. Misture até ficar homogêneo. Reserve. Forre o fundo de uma saladeira ou prato grande com as folhas de rúcula. Cubra com a mistura e sirva em seguida, ou mantenha na geladeira até o momento de servir. Variação: Se preferir, substitua o pimentão por 10 tomates-cereja cortados em rodelas. Se desejar, substitua a rúcula por alface crespa ou alface frise. Dicas: Para reduzir o tempo de cozimento do trigo, coloque na panela de pressão e tampe a panela. Cozinhe por 20 minutos, contados a partir do início da pressão. Apague o fogo, aguarde sair todo o vapor e verifique o cozimento. Se necessário, cozinhe por mais 10 minutos ou até o trigo ficar macio. Para o cozimento do frango, utilize 300 g de peito de frango cru. Cozinhe em panela comum ou de pressão até ficar macio. Se desejar, junte seus temperos preferidos durante o cozimento como alho, cebolinha, pimenta e sal.

Studio Gourmet Unilever/ HELLMANN’S

carboidratos complexos

6 xícaras (chá) de água • 1 xícara (chá) de trigo em grãos • 300 g de peito de frango cozido e desfiado • 1 cebola roxa cortada em tiras • 4 colheres (sopa) de pimentão vermelho cortado em cubos pequenos • meia colher (chá) de sal • 1 xícara (chá) de maionese HELLMANN’S • 1 colher (sopa) de hortelã fresca picada • meio maço de rúcula para decorar


D E C O R A Ç Ã O

as fases

PARA TODAS

Como criar quartos infantis com características que não se percam com o crescimento dos filhos? Profissionais da arquitetura e decoração ensinam! ecorar o quarto para uma criança é um trabalho que oferece mil e uma possibilidades. O mercado está atento a esse nicho e investe em novidades voltadas a esses pequenos consumidores que sabem o que querem e já fazem suas exigências. Aos pais cabe contar com a ajuda de um profissional para conciliar os desejos da criança de terem um quartinho lindo e personalizado, com a necessidade de que seja funcional o bastante para que não precise ser reformado a cada nova fase da vida. De acordo com as designers de interiores Ana Karina Chaves e Klazina Norden, da AK Interiores, tudo começa na hora do planejamento do quarto, que precisa ser pensando para atender tanto a uma criança quanto a um adolescente. “Recomendamos que se planeje um guarda-roupa adequado prevendo as necessidades futuras, com os espaços e alturas devidos. Uma bancada de estudo que possa regular a altura da mesa também é importante. Para os eletrônicos, sempre deixar tomadas a mais para futuras instalações. Móveis de qualidade, com linhas contemporâneas e tamanho padrão são ótimas pedidas porque podem ser utilizadas por mais tempo”, enumeram. Uma característica muito comum nos quar-

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“Até quatro anos, o ideal é que a cama seja baixa, próxima ao chão, ou que tenha proteção para a criança não cair. Depois dessa idade, a medida da cama pode ser a mesma da de um adolescente”

tos infantis é o uso de cores fortes, em relação a isso, a arquiteta Flávia Soares orienta: “O ideal é usar cores pastel e não abusar de tons infantis como rosa e azul”. A criança, porém, pode ser insistente, já que as cores fazem parte do universo delas. Para contornar isso, as profissionais da AK Interiores dão a dica: “Adesivos e papel de parede são opções de custo bom que podem ser modificadas com facilidade nesse período de transição, alterando as cores

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do ambiente. Outra ideia é laquear ou patinar um móvel com uma cor diferente e alterá-la depois”. Com relação aos adornos, Flávia garante que não há muito com o que se preocupar: “Hoje em dia, essa distinção entre quarto de criança e adolescente está cada dia mais sutil. As crianças estão tão ligadas em tecnologia que nem mesmo o uso do computador, que normalmente pensamos ser algo mais usual ao adolescente, pode servir de parâmetro.


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“Quando a criança cresce, talvez queira ter no quarto um espelho maior para se vestir e o nicho para bichos de pelúcia pode se transformar em um espaço para livros. As redes de proteção das janelas e os protetores de quinas podem ser dispensados”, dizem as designers. Já sobre a medida da cama, que é um assunto que costuma

“Quando a criança cresce, talvez queira ter no quarto um espelho maior para se vestir. Já o nicho para bichos de pelúcia pode se transformar em um espaço para livros”

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preocupar os pais, Flávia explica que pode ser a mesma e que essa escolha pode levar em conta fatores pessoais. “Até quatro anos, o ideal é que a cama seja baixa, próxima ao chão, ou que tenha proteção para a criança não cair. Depois dessa idade, a medida da cama pode ser a mesma da de um adolescente”.

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E nem mesmo os brinquedos! Muitos adolescentes se rendem aos encantos dos brinquedos. A diferença está somente na forma que eles usam esse objeto. Enquanto os adolescentes usam as peças para adornar, as crianças usam para brincar”. Segundo as profissionais da AK Interiores, o que vai ser modificado é um elemento ou outro.


D I C A S

BOA

MITOLOGIA Dedicado às crianças e jovens, “A Mitologia e Suas Sabedorias”, de Pedro Acquaroni Neto, é ideal para ser lido e curtido com os pais, aumentando vínculos e fortalecendo o gosto pela leitura! Usando uma narrativa simples e clara, Pedro Acquaroni se propõe a provocar a curiosidade de jovens leitores pelas fascinantes histórias da mitologia e explicando a origem e significado de expressões como:: bacana, dionisíaco, “as paredes têm ouvi-idos”, “vou te comerr o fígado”, “calcanharr de Aquiles”, “cavalo de Troia”, “presente de grego”, entre outras. Da HN Editora.

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SACI Como seria a vida de uma centopeia? Ela não deve sentir calor, aposta o autor, pois basta o sol ficar mais quente e lá vai ela sacando cem leques para se abanar. Se errar o tamanho de seus sapatos, não se aguentará de tanta dor, porém, se errar apenas um, difícil vai ser saber qual foi... E se der o pé na bunda de um namorado, coitado, serão cem pés no seu traseiro – e se o namorado for o saci, pior, pois “da bunda ele só tem um lado”! São com essas e outras considerações superdivertidas que o premiado autor Walter Moreira Santos embarca em uma viagem maluca de rimas no livro “Quem vai subir no trem do Saci?”. Com seu universo lúdico, animado e colorido, o livro convida as crianças a mergulhar no mundo da imaginação e completar elas mesmas o livro com outras ideias. Da Geração Editorial.

leitura DEU POSITIVO O livro “Deu Positivo”, de Juliana Rosenthal K., é um guia bem humorado para as futuras mamães e aborda o período da gravidez desde a notícia inicial até a hora do parto: suas dúvidas e inquietações, não só da grávida como do homem, assunto que rende um ótimo capítulo. No “Deu Positivo”, tem de tudo! Os exames indispensáveis, as mudanças físicas e de humor, os r relacionamentos, os mitos e os preparativos para o parto são tratados sob a ótica da autora, mãe d primeira viagem. “Deu Positivo!” ainda conta de com a colaboração de um expert no assunto: D Carlos Eduardo Czeresnia, médico ginecoloDr. g gista e obstetra, mestre com formação nos EUA. Escrito de uma maneira leve e direta, com ilustraç trações bem humoradas do com competente Bruno Di Chico, o llivro esclarece dúvidas ao m mesmo tempo em que traz lev leveza, conforto e diversão aos pais de primeira viagem. Da Editora Aleph.

E POR QUE NÃO? Ilustradas com delicadeza a por Cláudio Martins, as históriass em versos de Maria Elisa Alves no livro “E por que não?” opõem e aproximam dois mundos: o feminino, doméstico; e o masculino, externo. Três meninas e suas três bonecas brincam de casinha, preparam o chá acompanhado de bolachinhas. Juntas, as “faladeiras” se divertem a tarde inteira. Do outro lado do muro, no campinho da escola, os garotos, é claro, jogam bola. Competem, falam mal, gritam gol, brigam pela vitória. Em vez de uma, o livro tem duas capas, cada história começa de um lado e ao terminar elas se encontram no meio do volume. Da Geração Editorial.




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