fraga | portfólio 2019

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FRAGA

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PORTFÓLIO

MATEUS FRAGA ARQUITETURA + DESIGN + INTERIORES + PAISAGISMO

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CV

MATEUS FRAGA

Arquiteto e Urbanista idade 24 anos estado civil solteiro nacionalidade brasileiro localização são paulo - sp telelefone (43) 99855-8550 email mateusdasilva.fraga@gmail.com

FORMAÇÃO 2011 - 2012 Técnico em Administração formado pela ETEC Dep. Francisco Franco - Rancharia (SP) 2014 - 2019 Arquiteto e Urbanista formado pela Universidade Estadual de Londrina;

SOFTWARES AutoCad Photoshop Illustrator InDesign SketchUp V-Ray Revit

IDIOMAS

2012 - 2014 auxiliar de escrita fiscal na empresa Consultec Contabilidade;

SET 2016 Participação no Congresso Internacional de Arquitetura Paisagística “Cidade Acolhedora”, realizada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo;

JUN - AGO 2017 estagiário no escritório: MZ Arquitetura e Interiores;

2016 Curso de Interiores para Pós-Graduação - UEL;

AGO - NOV 2017 estagiário em projeto paisagístico no órgão CMTU (Companhia Municipal de Transporte e Urbanização), no departamento Coordenadoria de Controle das Praças Públicas;

2016 - 2017 Bolsista da Fundação Araucária no projeto de pesquisa em ensino: “A Linguagem Formal da Arquitetura Moderna de Interiores: Dos Pioneiros: dos Pioneiros do Desenho Moderno à Vigência do Estilo Internacional no Mundo Contemporâneo.” - Orientador: Manfreide Henrique Martinez;

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

MAI - AGO 2018 estagiário no Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da UEL (OCAS)

COMPETÊNCIAS COMPLEMENTARES SET - OUT 2014 Participação no Curso de Biopaisagismo promovido pelo Departamento de Biologia Geral do Centro de Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Londrina; 2014 - 2016 Bolsista da Fundação Araucária no projeto de pesquisa em ensino: “Corpo Humano: Forma e Função. Reflexos na Arquitetura, Escultura e Pintura.” - Orientador: Jorge Marão Carnielo Miguel;

2017 - 2018 Bolsista da Fundação Araucária no projeto de pesquisa em ensino: “Poéticas na Arquitetura de Interiores: 4 estudos. - Orientador: Manfreide Henrique Martinez; 2017 Participação no Curso de Morfologia, Taxonomia e Ecologia: Enfoque em Plantas Ornamentais; 2018 Bolsista da Função Araucária no projeto de extensão: Laboratório de Cultura e Estudos Afro-Brasileiros (LEAFRO) - Orientadora: Jamile Carla Baptista.

Inglês - razoável comunicação e razoável compreensão e escrita.

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conteúdo p. 08 TFGI - O Território Negro - Sede para o NEAB - UEL p. 28 Painel para o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros NEAB p. 34 Sesc Limeira - SP p. 48 Clínica de Reabilitação Motora para Londrina - PR p. 62 Projeto Paisagístico para ARI - UEL p. 74 Interior POP - Eclético p. 82 Artes , Flyers e Logos

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FOTOS: PIERRE VERGER

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O TERRITÓRIO NEGRO - SEDE PARA O NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS (NEAB) DA UEL-PR Trabalho Final de Graduação Interdisciplinar (2018)

Autoria: Mateus Fraga Orientação: Antonio Carlos Zani, Manfreide Henrique Martinez Programas utilizados: AutoCad, SketchUp,V-Ray, Photoshop

Em busca da valorização cultural afro-brasileira, já que existem dificuldades de reconhecimento da contribuição dos negros africanos na formação cultural do país. O projeto para uma nova sede do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros propõe um edifício que traga visibilidade para o órgão na Universidade Estadual de Londrina e que atenda as necessidades requeridas pelos usuários. A ideia é incorporar manifestações culturais e religiosas de matriz africana de Londrina para o campus universitário, visando as trocas culturais e o combate ao racismo. Fundamentado nos estudos realizados pela Raquel Rolnik e Maria Nilza da Silva, no qual abordam a situação dos territórios negros na cidade, nas capitais do Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro) e em Londrina, respectivamente, auxiliarão na justificativa do conceito e partido arquitetônico. Diante dos pressupostos espera-se como resultado do trabalho final de graduação, através da Arquitetura e do Urbanismo, a discussão da inserção do negro na universidade e a preservação da identidade afro-brasileira.

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NEAB O núcleo tem um papel muito importante para a universidade, pois várias atividades de pesquisa, ensino e extensão são desenvolvidas como: pesquisas relacionadas à população afro-brasileira e os africanos; atuação como extensão promovendo aulas e cursos de formação continuada para os professores de escolas da rede básica de ensino; participações e publicações em convênios nacionais e internacionais com universidades e congressos. O NEAB atua com papel fundamental na manutenção das ações afirmativas da Universidade Estadual de Londrina e participação na avaliação do ingresso de estudante pelo sistema de cotas. TERRITÓRIO NEGRO o território consiste em lugares onde os corpos negros estão (ou estiveram) presentes em sua formação, ou também onde manifesta-se a cultura de matriz-africana. Nas cidades, os territórios negros são transformados em um único corpo através de sua ancestralidade africana. Já que as comunidades negras não eram acolhidas pelo o contexto social, nesses espaços eles criaram ligações de suas raízes simbolizando um lar ideal imaginário, África. Estes espaços podem ser divididos em 4 acontecimentos: lazer (escolas de samba, campos de futebol, bailes funk, quintais de pagode), moradia (cortiços e porões no centro urbano), trabalho (ruas, mercadões, quintandas) e religião (terreiros de candomblé e umbanda).

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ESPAÇO A intenção sobre a escolha do terreno é justificada por conta da história dos territórios negros ao longo dos séculos no Brasil. Estes foram desterritorializados de seu lugar de origem (centros urbanos) e realocados nas margens da cidade, ou na formação das “novas cidades”, onde o lugar do negro estava nas periferias por causa de suas condições socioeconômicas. Desta forma, retoma-se os lugares que os negros ocupavam no centro urbano antes do período higienista (cortiços, terreiros, ruas, fontes, mercados), e nesses espaços eles criaram ligações de suas raízes simbolizando um lar ideal imaginário, a África. O projeto localiza-se em uma área residual fruto da deslocação de um eixoviário, segundo o Plano Diretor Físico de 2010-2015 da UEL. O local, além de ter uma ótima visibilidade ao NEAB por margear o futuro calçadão previsto, reforça também a necessidade de ter espaços negros nos centros urbanos.


COMUNIDADE Desde a diáspora, os africanos passam por um processo de redefinição cultural, por estarem em um contexto diferente de sua raiz, precisando adaptar seus costumes e reinventar suas identidades e costumes. A identificação social entre negros e negras é local e global, a raça transforma-se em pertencimento, resistência e desprovimento. Apesar das diferenças, elas são transformadas em uma única COMUNIDADE, o corpo negro. Expressavam seus sentimentos, rituais e cultura, fugindo do contexto doloroso da estrutura escravista em busca da liberdade.

VISUAIS

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EXISTENTE A atual via de automóveis será desativada de acordo com o Plano Diretor Físico da UEL. O eixo incorporado no projeto dará lugar a novos trajetórias e perspectivas.

NOVOS CAMINHOS Eixos que conceituam nas tranças-nagôs no período colonial e escravista, era através dos penteados trançados que os escravos desenhavam e planejavam as rotas de fuga em suas cabeçtas para direcionar suas trajetórias aos quilombos. Essa tradicional de forma livre transformou-se em linhas sinuosas no desenho do perímetro dos caminhos, ligando as edificações no sentido leste-oeste.

CIRCULARIDADE Os pavilhões seguem a modéstia das casas arquetípicas vernaculares africanas. Uma forma simples, a planta circular foi inspirada nos tradicionais encontros das comunidades negras: rodas de contação de histórias, samba, de fogueira, batuques, danças, capoeira.

CENTRALIDADE Em cada edificação do conjunto possuem elementos centrais. Aproveitando a vegetação existente, alguns blocos foram dispostos em volta de árvores que fazem referência ao sentimento religioso nos terreiros de candomblé, elementos estruturadores. Em outros espaços o elemento central é o pilar, chamado de ixé nos santuários iorubanos, os postes centrais simbolizam a sustentação do céu na terra.

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LIGAÇÃO Para a ligação entre os blocos o caminho é elevado e materializado por uma marquise com grande liberdade plástica que dinamiza ainda mais os espaços. O pedestre tem o domínio visual percorrendo o projeto por debaixo da cobertura, fazendo um passeio arquitetônico protegido do sol e da chuva. Assemelha-se a um “hall-terreiro”, lugar reservado para a convivência entre os usuários, apresentações especiais, exposições e lugares de estar. PROFANO X SAGRADO A implantação do projeto faz referência ao candomblé afro-brasileiro, existindo dois tipos de espaço, o profano um é qualificado como espaço urbano, no caso do projeto a própria edificação, e o sagrado configurado nas matas existentes na topografia, sendo incorporadas ao projeto. Sendo assim, o projeto buscará uma continuidade da natureza sacralizada com a adoção de elementos naturais em sua espacialidade.

COMPOSIÇÃO A implantação desenvolve-se no sentido leste-oeste longitudinalmente. Os blocos se assemelham a uma aldeia vernacular e se distribuem no terreno com uma malha radial proveniente da floresta-mata ao lado do terreno como princípio compositivo.

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SETORIZAÇÃO E ÁREAS ADMINISTRAÇÃO MARQUISE - 72,80 m2 ADMINISTRAÇÃO - 16,34 m2 REUNIÃO - 17,07 m2 RECEPÇÃO - 23,20 m2 CIRCULAÇÃO - 28,20 m2 BIBLIOTECA - 75,15 m2 INTERNET - 40,13 m2 COPA - 7,40m2 TOTAL - 358,07 m2 I.S.M - 26,95 m2 I.S.F - 26,95 m2 TOTAL - 60,05 m2 MARQUISE-TERREIRO - 474,65 m2 EDUCAÇÃO SALAS DE AULA - 51,03 m2 (3) VÍDEO - 51,03 m2 TOTAL - 322,77 m2 CULTURA PRAÇA MULTIUSO - 334,40 m2 DEPÓSITO - 9,62 m2 RESTAURANTE - 207,81 m2 TOTAL - 551,83 m2 SERVIÇOS COZINHA - 52,87 m2 DEPÓSITO - 4,51 m2 PNE - 5,09 m2 I.S. - 3,80 m2 (2) VESTIÁRIOS FUNC. F. - 9,95 m2 VESTIÁRIOS FUNC. M. - 9,95 m2 COPA - 6 m2 CENTRAL DE GLP - 11,31 m2 DEPÓSITO DE RESÍDUOS - 7,86 m2 TOTAL - 115,14 m2 ÁREA TOTAL PERMEÁVEL 1954,52 m2 ÁREA TOTAL EDIFICADA - 1961,2 m2 TOTAL ÁREA TERRENO - 3915,72 m2

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ESTRUTURA O conjunto se organiza com estrutura independentes de para cada edifício, com os eixos em radial. O sistema utilizado é de laje-viga-pilar; por conta da estética optou-se por usar a viga invertida. Aproveitou-se a configuração dos vãos para ser trabalhada a laje jardim. Já nas salas de aula, como utilizou-se o teto caminhável, utiliza-se o sistema de caixão perdido com laje alveolar pré-moldadas, com armadura protendida, que garantem um maior alcance de vãos, bom desempenho estrutural para uma laje de piso, além da simplicidade e rapidez na montagem. Os pilares são em concreto, como mostra corte tipo esquemático. A laje jardim ajuda na qualidade ambiental proporcionando melhor isolamento térmico e acústico para a edificação, além de ajudar na diminuição da temperatura dos espaços. Faz também referência ao telhado com cobertura vegetal utilizado nas cabanas primitivas africanas (palmeiras e coqueiros), dialogando ainda mais com os componentes naturais do entorno. Na marquise disposta ao longo da obra edificada, propõe-se a laje cogumelo protendida. Uma placa fina de 20 cm é apoiada diretamente sobre os pilares sem o uso de vigas. Este elemento estrutural tem suas extremidades apoiadas nas vigas de bordas dos pavilhões garantido estabilidade necessária.

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PERSPECTIVA FACHADA PRINCIPAL

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FACHADA PRINCIPAL - SEM ESCALA

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CROQUI CONCEITUAL

Algumas paredes externas da Administração e Restaurante são em tijolos comuns vazados, acompanhando a curvatura da obra, garantindo a proteção solar fazendo um desenho da trajetória do 90 sol como uma peneira de luz, além de manter uma boa ventilação. A parede fica dentro de uma estrutura metálica com perfis ligando e travando os tijolos uns nos outros, e depois a estrutura é concretada.

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DETALHE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL - SEM ESCALA


Na praça, o grande telhado com 30% de inclinação possui uma estrutura de “alternativa hexadecágonal” com formato circular, possuindo 16 águas. O madeiramento é feito em forma radial com vigas em madeira laminada colada de 30 cm de altura, apoiadas nos pilares em concreto nas extremidade e no pilar-mastro em madeira roliça no centro. A cobertura é em telha de barro do tipo “colonial”, assentada sobre o engradeamento das ripas de madeira e telha translúcida no meio, marcando com a iluminação zenital o centro.

ESQUEMA ESTRUTURAL GALPÃO - SEM ESCALA

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PERSPECTIVA ADMINISTRAÇÃO

24 PERSPECTIVA RESTAURANTE


PERSPECTIVA SALA DE AULA

PERSPECTIVA TETO JARDIM

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PERSPECTIVA MARQUISE TERREIRO

PERSPECTIVA PRAÇA CENTRAL

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FOTOS MAQUETE FINAL

FOTOS MAQUETE FINAL

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TECIDO KENTE

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PAINEL PARA A SEDE DO NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS (NEAB) UEL (2018)

Autoria: Mateus Fraga Programas utilizados: AutoCad, SketchUp,V-Ray, Photoshop

MODA E TRADIÇÃO AFRICANA Kente, termo que significa “cesta” é um tecido confeccionado por tiras de seda entrelaçadas que ornamentava os reis dos povos mais conhecidos de akan em Gana, os ashantis. Painel idealizado como cartão de visita da nova sede do NEAB - UEL, conta as histórias de Yá Mukumby - Dona Vilma (homenagem a líder do movimento negro londrinense), do NEAB e da Família Kitahara, doadora da casa. O material escolhido foi a madeira em peroba-rosa que são os restos de ripas não utilizadas na reconstrução. O contraste das cores fortes do tecido (azul, vermelho, amarelo e magenta), deram lugar aos cheios e vazios do painel, garantindo a permeabilidade visual do usuário no interior da residência. A estrutura é formada por um “tabuleiro de xadrez” composto de placas em peroba-rosa (32 x 20 cm). Estas são fixadas com pregos na estrutura primária constituida por 6 caibros verticais (228 x 6 x 6 cm) e 2 horizontais (180 x 6 x 6 cm). O painel é fixado no chão e na viga da edificação com caibros, proporcionando a estabilidade necessária.

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Esc.: 1:25 Esc.: 1:25

B

Esc.: 1:25

oevação Hall Elevação NEAB Hall NEAB Hall NEAB

B

Elevação Elevação Painel Elevação PainelPainel

CROQUI CONCEITUAL

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Corte Corte AA AA he Detalhe Prancha Detalhe Prancha Prancha Detalhe Detalhe Fixação Detalhe Fixação Pranchas Fixação Pranchas Fixas Pranchas Fixas FixasCorte AA Esc.: 1:10 Esc.: 1:10

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Esc.: 1:5

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A

Esc.: 1:25

Esc.: 1:25

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Elevação Hall NEAB

Elevação Pai

Detalhe Prancha

Detalhe Fixação Pranchas Fixas

Esc.: 1:10

Esc.: 1:5

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Corte AA Esc.: 1:25

A'

Elevação Painel Esc.: 1:25

B

PÉ METÁLICO METALON

Corte BB Esc.: 1:25

DESENHO TÉCNICO

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3D FINAL APRESENTADO AO NEAB - UEL

TECIDO KENTE UTILIZADO POR REI AFRICANO

<<< PAINEL FINALIZADO E EXECUTADO>>>

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FACHADA DO TEATRO

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SESC LIMEIRA - SP

Projeto desenvolvido para a disciplina de Projeto IV (2017)

Autoria: Mateus Fraga, Patricia Vieira, Priscila Amorim Orientação: Oigres Macedo, Sidnei Jr. Guadanhim Programas utilizados: AutoCad, SketchUp,V-Ray, Photoshop

A proposta arquitetônica parte da relação entre as atividades a serem desenvolvidas na futura unidade do SESC Limeira e o espaços e usos existentes no entorno do terreno, visando possíveis contribuições. A face norte, que possui como limite a Praça Francisco de Paula Lopes, juntamente com a face Leste, configurada basicamente por uma área residencial, com a presença de conjuntos habitacionais, conferem ao lugar uma transição entre público e privado. A implantação proposta, predominantemente linear, encaixa-se entre os dois taludes laterais, a leste e a oeste, no sentido longitudinal do terreno.

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PARTIDO ARQUITETÔNICO O partido arquitetônico deriva do cruzamento de dois eixos ortogonais, um longitudinal (de norte a sul) e outro transversal (de leste a oeste), criando na interseção deles um grande átrio de articulação e integração entre as partes do conjunto. O edifício proposto foi idealizado pensando na associação entre um pátio linear, para o qual convergem as atividades, e as ruas circundantes, como uma tentativa de definir um elemento arquitetônico e urbano ao mesmo tempo. Do ponto de vista urbano, sugere-se a possibilidade de conexão entre a Via Luiz Varga e a rua João Ciarrochi, incrementando a permeabilidade urbana e reforçando assim o caráter democrático da instituição que o edifício abriga. Desde modo, o eixo transversal proposto torna-se o elemento mais importante do partido arquitetônico, por promover uma legibilidade muito franca na distribuição do programa, desempenhar a função de conexão do tecido urbano com o equipamento do Sesc e, sobretudo, por ser uma estrutura que propicia a dinâmica urbana numa escala local. A praça livre de convivência, no térreo, localiza-se ao longo deste eixo transversal, na área central do terreno. No eixo longitudinal, um edifício metálico suspenso sobre um vão livre de 30 ESQUEMAS FLUXOS E ACESSOS metros, implantado na frente do terreno e paralelo à Avenida Luiz Varga, funciona como pórtico de entrada ao conjunto, conferindo ao átrio um aspecto acolhedor.

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PERSPECTIVA - QUADRA POLIESPORTIVA

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PLANTA DE COBERTURA E IMPLANTAÇÃO PLANTA IMPLANTAÇÃO - COBERTURA

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MAQUETEFLUXOS FINAL E ACESSOS ESQUEMAS


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PLANTA BAIXA PAV. TÉRREO

CORTE LONGITUDINAL AA

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PLANTA BAIXA 1° PAV

CORTE LONGITUDINAL BB

PLANTA BAIXA ESTACIONAMENTO

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CORTE TRANSVERSAL CC

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PLANTA BAIXA 2° PAV

FACHADA OESTE

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FACHADA PRINCIPAL 46


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PERSPECTIVA CIRCULAÇÃO

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CLÍNICA DE REABILITAÇÃO MOTORA Projeto desenvolvido para a disciplina de Projeto IV (2017)

Autoria: Mateus Fraga Orientação: Pedro Palma, Nelson Giacomo Programas utilizados: AutoCad, SketchUp,V-Ray, Photoshop

Projeto de Arquitetura Hospitalar com foco em Reabilitação Motora (Fisioterapia). Busca-se uma boa relação entre os edifícios com a cidade e sua paisagem, avaliando das implicações construtivas ambientais, estéticas, culturais e econômico – financeiras da edificação.

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LOCALIZAÇÃO Com uma área de 3660 m2, o terreno de esquina localizado na cidade de Londrina - PR, no bairro Res. do Lago é acessado pelas ruas Eurico Hummig e Rua Bento Munhoz da Rocha Neto, esta liga duas importantes avenidas do tecido urbano londrinense. O entorno é caracterizado por vários contrastes: a verticalização acentuada do bairro a sul, os terrenos vizinhos ao lote ainda não ocupados e o fundo de vale ao norte do terreno, uma condicionante para a decisão projetual e integração com esse espaço público. Por sua proximidade com o Aterro do Igapó, o terreno tem uma acentuada declividade, caindo 13 metros aproximadamente, tornando o projeto da Clínica um verdadeiro desafio, em vista da caminhabilidade e acessibilidade.

SETORIZAÇÃO

CIRCULAÇÃO

EXPANSÃO É proposto a futura expansão do complexo no primeiro cilindro onde está o Administração e Atendimento, no qual possui pé-direito duplo. O acesso para essa área se tornaria possível através de uma circulação vertical (elevador), disposto no jardim interno.

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ACESSOS


PERSPECTIVA ILUMINAÇÃO ZENITAL CIRCULAÇÃO

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CONCEITO Refletindo sobre qual seria o resultado buscado por um paciente na clínica de reabilitação motora, encontrou-se o termo EQUILÍBRIO, ou seja, o paciente sempre busca tanto equilíbrio corporal quanto emocional. Por ser um conceito multidisciplinar foi realizado pesquisas que redescobriu-se o significado em outras áreas como: o, equilíbrio na natureza, física, corpo e forma.

PARTIDO A proposta arquitetônica partiu da definição de EQUILÍBRIO formal. Através de pesquisas encontrou-se o pensamento do teórico Platão. Este menciona o círculo como uma forma perfeita, harmônica e EQUILIBRADA. Por isso, a decisão foi adotar os 3 círculos - cilindros para organizar o programa da Clínica de reabilitação motora. Estes cilindros estão dispostos em 3 platôs cada um, em cotas distintas do terreno, do desnível é vencido por rampas acessíveis. A setorização é bem clara: no 1° bloco, encontra-se o Atendimento e Administração, no 2° bloco: Tratamento e diagnóstico e no 3° cilindro o Apoio.

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PLANTA BAIXA PAV. TÉRREO

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PLANTA BAIXA 1° PAV


PLANTA BAIXA 2° PAV

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E COBERTURA

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PERSPECTIVA FACHADA PRINCIPAL

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CORTE LONGITUDINAL AA

ELEVAÇÃO/CORTE - FACHADA OESTE

CORTE TRANSVERSAL BB

ELEVAÇÃO 2 - FACHADA NORTE

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PERSPECTIVA - ESQUEMA ESTRUTURAL

PERSPECTIVA PISCINA

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PERSPECTIVA - ACESSO PEDESTRES

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PERSPECTIVA - ÁREA DE CONVIVÊNCIA

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PERSPECTIVA - ZONA DE INTERVENÇÃO/ EXPOSIÇÃO

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PROJETO PAISAGÍSTICO PARA ARI (ASSESSORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS) - UEL Projeto desenvolvido para a disciplina de Paisagismo (2017)

Autoria: Mateus Fraga, Isabela Maricatto, Patricia Vieira, Priscila Amorim Orientação: Eloisa Ramos Ribeiro Rodrigues, Denise de Cassia R. Januzzi Programas utilizados: AutoCad, SketchUp,V-Ray, Photoshop

O objeto de estudo do projeto paisagístico é a área em que se insere a Assessoria de Relações Internacionais da Universidade Estadual de Londrina. Esta área localiza-se no Campus Universitário, mais precisamente ao lado das agências bancárias. Por ser considerada uma área que proporciona pouca visibilidade a ARI, em virtude de questões físicas e espaciais, o projeto visa, principalmente, garantir maior identidade à Assessoria.

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LOCALIZAÇÃO O terreno possui em sua face norte uma rotatória, o que configura uma área de grande fluxo de automóveis. Circundada por duas ruas, Guapuruvu e Manacá, estas direcionam o fluxo em direção ao Estacionamento do CTU, Biblioteca Central e Agências Bancárias e ao Restaurante Universitário respectivamente. Na face sul, o que vemos é uma grande área de estacionamento. Em seus canteiros centrais, as Sibipirunas garantem sobra aos veículos e proporcionam uma sensação mais agradável a um espaço quase que totalmente impermeável. À Leste, o LABESC (Laboratório Escola de Pós-Graduação) não se caracteriza como um gerador de fluxo de pedestres na área, fator significativo para o desenvolvimento do projeto. Ao contrário disso, à Oeste encontra-se o Restaurante Universitário, espaço de concentração de pessoas e que possui, entre seus tantos caminhos de acesso, um que direciona os pedestres diretamente à área da proposta. Todos esses fatores nortearam as diretrizes do projeto e sem dúvida foram significativos para a determinação das zonas e dos espaços de transição. Além disso, as evidentes potencialidades da área também foram essenciais, assim como a topografia e a paisagem. ARI é um órgão que desempenha o importante papel de intermédio entre as instituições estrangeiras e a UEL, estabelece parcerias e viabiliza a cooperação acadêmica internacional de intercâmbios. Além disso, é articuladora de ações que visa a internacionalização da UEL.

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MAPA DA UEL - ZONA DE INTERVENÇÃO (SEM ESCALA)

PERSPECTIVA - ZONA DE PERMANÊNCIA


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PERSPECTIVA - ZONA DE CONTEMPLAÇÃO

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A busca pela identidade da ARI se desenvolveu a partir da procura de uma forma de expressão e manifestação universal, que está ligada principalmente a sensibilidade e a imaginação do ser. A Arte como representação da diversidade dos povos, etnias e nações estabelece o fio condutor do projeto paisagístico em questão. O paisagismo proposto é visto como forma disseminadora de arte, por englobar e representar diferentes tipos da mesma. No percurso proposto, são explorados diferentes tipos de arte: música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura e cinema. A música pode ser observada no projeto paisagístico através do som emitido pelas fontes d’água; a dança representada a partir da sinuosidade das formas que compõem o projeto, caracteriza o movimento do ser no espaço; a pintura é evidenciada e definida por formas diferenciadas e pela presença de cores que se contrastam com as diferentes tonalidades de verde, utilizando o paisagismo proposto por Burle Marx como referência; as esculturas são percebidas através do volume, assim, o emprego de diferentes materiais revela a pluralidade e diversidade encontrada nas relações estabelecidas internacionalmente; o teatro como representação viva de uma cultura é encontrado na interação do ser com o espaço, a criação de um pátio de convivência para a partilha de vivências e experiências individuais auxiliam nessas interações; a literatura é encontrada nos caminhos estabelecidos pelo projeto e encantam o percurso do transeunte através de poesias e poemas, do mesmo modo que reserva um pátio de convivência estabelecido pelo projeto paisagístico; a arte cenográfica tem a intenção de compor paisagens, criar cenários para reforçar a imagem e identidade da ARI dentro do Campus da UEL. A intenção era criar um ambiente acolhedor em que os espaços se caracterizassem por expressar ideias de receptividade e unidade de todos as nações do mundo, de acordo com a proposta principal regida pela valorização da arte e do patrimônio histórico e cultural, aspectos essenciais e indispensáveis para elaboração do conceito e partido paisagístico. 67


PLANTA BAIXA EXECUTIVA - ESCALA 1:500

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Zona de passagem Ligação entre as Zonas de Permanência e de Exposição/Intervenção tendo como elemento principal o espelho d’água, que convida e conduz o pedestre a transitar sobre a área. A alternância entre áreas permeáveis e pavimentadas em Petit Pavet, remetendo o centro da cidade de Londrina, valorizando a história local. Zona de Intervenção e Exposição A Zona buscou explorar a Arte da da Escultura através dos volumes, instalações podem ser dispostas na área projetada com a finalidade de despertar o interesse do indivíduo quando o mesmo caminha pelos percursos projetados. Esta possui uma forma sinuosa e é contornada por um jardim de pedras, ao centro teatros, apresentações e performances são desenvolvidas em qualquer horário do dia. Logo mais a frente, uma obra de Hélio Oiticica inspira o espectador e oferece áreas de permanência e convívio, realçadas pelos materiais, cores e formas presentes nos planos coloridos que compõem a instalação.

ZONEAMENTO Zona de Permanência Com uma vista privilegiada para a cidade de Londrina, a Zona abrange o espaço de integração dos intercambistas com a comunidade acadêmica. Ambiente de convergência entre pessoas de diversas culturas. O local dispõe de uma pavimentação em Petit Pavet, revestimento que remete a tradição do calçadão de Londrina. Nele, organiza-se uma área aberta para a realização de eventos externos, como: cafés, piqueniques e apresentações de dança e teatro. A pavimentação mescla-se à vegetação exuberante e contrastante da flora brasileira na entrada da ARI, demarcada por um painel de azulejos. Além desses elementos, um espelho d’água inicia-se no local e se estende à Zona de Exposição, conduzindo o pedestre e convidando-o a adentrar e percorrer o local. 70

Zona de Contemplação Localizada entre as edificações existentes no terreno e a rotatória, foi projetada com a intenção de proporcionar identidade a ARI, como meio de transição suave entre a área em análise e o entorno da UEL. A criação de focos visuais é percebida a partir dessa zona em direção a cidade, a imagem de um novo espaço é construído na cabeça das pessoas, a legibilidade e a identidade própria da ARI. A variação de alturas entre as diferentes espécies, a noção de figura e fundo com a sobreposição de plantas mais ou menos densas e vibrantes em meio dos gramados da universidade. Zona de Transição Área de ligação entre o Sul e o Norte do terreno, o local conta com características de vegetação rasteira para manter e valorizar a vista da paisagem. Com pisos com placas de concretos, a área convida o pedestre a transpor as Zonas e a usufruir de uma paisagem enquadrada pelas paredes dos blocos.


CORTE AA

CORTE BB - ESCALA

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TABELA DE ESPÉCIES

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PERSPECTIVA - ESTAR

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INTERIOR POP - ECLÉTICO

Projeto desenvolvido para finalização do Curso de Interiores para Pós-Graduação UEL (2016) Autoria: Mateus Fraga Orientação: Manfreide Henrique Martinez Programas utilizados: SketchUp,V-Ray, Photoshop

Para o processo de criação do Interior, foi desenvolvido estudos baseados nas cenas do clipe original da cantora Rihann - “S&M”, tentando reproduzir os cenários no loft. - 3° single do álbum LOUD; - Dirigido por Melina Matsoukas; - Uso de cores vibrantes nos cenários e figurinos; - Vídeo mostra a rivalidade entre popstar x jornalistas - Relação de sadomasoquismo com a imprensa - VÍDEO - O fotógrafo David Lachapelle processou a cantora e sua gravada, pela semelhança das cenas do clipe com suas fotos.

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O exercício da criação do interior POP foi estabelicida a partir do loft de Brian da série estaduniense e canadense “Queer As Folk”, produzida pelo canal Showtime e Temple Street Productions. O espaço interior possui todas os ambientes de forma integrada, com peças modernas e clássicas.

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Para o projeto foram utilizados as cenas do clipe da cantora: paleta de cores, planos de fundo, símbolos, mobiliários, equipamentos, acessórios e texturas. Além disso, os signos do interior-pop e interior-eclético foram adicionados nos ambientes para dar identidade no projeto.

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PLANTA BAIXA PERSPECTIVADA - SEM ESCALA

PERSPECTIVA LOFT

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PERSPECTIVA COZINHA - ESCRITÓRIO

PERSPECTIVA - JANTAR

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PERSPECTIVA - COZINHA

PERSPECTIVA - ESTAR

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PERSPECTIVA - QUARTO

PERSPECTIVA - BANHEIRO

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FLYER - TERÇA TILT 26.09.17

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DESIGN GRĂ FICO Autoria: Mateus Fraga Programas utilizados: Photoshop, Illustrator

Flyers; Identidade Visual; Artes; Logos.

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FLYER - TERÇA TILT 27.03.18

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FLYER - TERÇA TILT 27.03.18

ARTE FROOTARIA

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FLYER - TERÇA TILT 09.05.17

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FLYER - PECADORAS DO POP


ID VISUAL - ÓTICAS PERENE

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obrigado.

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MATEUS


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