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MODELO NACIONAL DE ESCOLAS PÚBLICAS
Universidade de Brasília - UnB Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU Trabalho Final de Graduação Caderno de projeto (diplomação 02) 1º semestre do ano de 2017
Matheus D’Olival Professor Orientador: Cláudio Queiroz Banca avaliadora: Eliel Américo Marcia Troncoso Oscar Ferreira
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ÍNDICE PREFÁCIO JUSTIFICATIVA
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PERSONALIDADES ANÍSIO TEIXEIRA DARCY RIBEIRO PAULO FREIRE
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ESTUDOS DE CASO CIEP CAIC CEU
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PROPOSTA APRESENTAÇÃO PROGRAMA DIRETRIZES SISTEMA CONFORTO SIGNIFICAÇÃO ANTROPOMETRIA ESCOLHA DO TERRENNO ANÁLISES
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PROJETO
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PARTIDO IMPLANTAÇÃO FACHADAS AUDITÓRIO GINÁSIO BLOCO DE CLASSES
46 48 50 52 56 64
CROQUÍS
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ILUSTRAÇÕES
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BIBLIOGRAFIA
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PREFÁCIO Chegada a hora de definir o que será minha proposta para o trabalho de graduação em arquitetura e urbanismo, me vejo muito jovem e inexperiente, mas com a obrigação de produzir algo que demostre preocupação com interesses coletivos e não apenas contemplar minhas ambições particulares. Acredito que o universo que se criou aqui na Universidade de Brasília nos inspira a pensar de uma forma
nobre, acredito também que aqui se plantou gradativamente a semente que germinou e que se demostra por meio do meu interesse em pensar a arquitetura da educação Brasileira. Diariamente frequentei, durante os últimos anos, o campus Darcy Ribeiro e em certas oportunidades assisti a aulas nos pavilhões João Calmon e Anísio Teixeira, nomes que se tornaram
familiares, mas que para mim naquele momento pueril nada significavam. Iniciado este processo de investigação, apesar do profundo desconhecimento de grande parte das questões que apresentarei aqui e das muitas dúvidas que me consumiam, havia em meu intimo uma certeza: arquitetar uma escola pública que servisse aos mais carentes e que comunicasse, por meio de sua arquitetura, o grandioso valor da Educação.
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JUSTIFICATIVA De acordo com os dados do relatório “Pesquisa Mundial Econômica e Social 2013”, pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA), no nosso planeta, vivem mais de 7 bilhões de pessoas. Dessas 1 bilhão de pessoas vivem em locais conhecidos por nós como favela. Favela é um assentamento urbano informal densamente povoado caracterizado por moradias precárias e miséria. Apesar das favelas diferirem em tamanho e em outras características de país para país, a maioria delas carece de serviços básicos, como saneamento, abastecimento de água potável, eletricidade além da falta de infraestrutura em geral e de regularização fundiária, entre outros problemas. As residências desse tipo de assentamento urbano variam de barracos mal construídos até edifícios deteriorados. No Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que 133.556 brasilienses vivem em favelas, distribuídos em 36,5 mil domicílios. Em média, 3,7 pessoas dividem um barraco. Uma Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), divulgou em 2013 pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) que os condomínios Sol Nascente e o Por do Sol, em Ceilândia, possuem juntas 78.912 moradores, passando
a ser a maior favela do Brasil. O estudo também constatou que as duas localidades detêm os piores indicadores de infraestrutura de toda a capital. Apenas 6,1% das residências são ligadas à rede de esgoto. Os caminhões de lixo não atendem 54,15% dos domicílios, 94% das ruas não são pavimentadas, não há escolas e nem hospitais. Entre as diversas estratégias que tentaram reduzir, transformar e melhorar favelas em diferentes países, estão uma combinação de processos de remoção e políticas públicas de urbanização de favelas com planejamento urbano, desenvolvimento de infraestruturas, construção de hospitais e escolas, acesso a transporte público e projetos de habitação social. Devido à grande densidade demográfica da favela formada pelos condomínios Sol Nascente e Por do Sol e pensando do ponto de vista estratégico de políticas públicas, cabendo ao estado garantir a população o direito básico à educação, proponho a construção de uma unidade escolar próximo as duas localidades com estrutura para atender a Educação Básica Ensino Fundamental (Anos Iniciais (do 1º ao 5º ano) / Anos Finais (do 6º ao 9º ano) e Ensino Médio, visando contemplar o maior número possível de moradores dessas localidades.
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Anísio Teixeira (1900-1971) Foi um jurista, intelectual, educador e escritor brasileiro. Personagem central na história da educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, difundiu os pressupostos do movimento da Escola Nova, que tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, em preferência à memorização. Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, exercendo vários cargos executivos. Foi um dos mais destacados signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório,
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Foto 01 - Anísio Teixeira sentado a mesa.
divulgado em 1932. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Na ideia de uma educação integral e uma educação para todos, expressa por Anísio Teixeira foi a concepção de educação que permeou os escritos e a obra de Anísio Teixeira, está a base de sua atuação como educador e sua contribuição para a educação no Brasil, que alguns consideram importante até hoje. De sua obra em Salvador, destaca-se o Centro Educacional Carneiro Ribeiro
(mais conhecido por Escola Parque), de 1950, situado no populoso e pobre bairro da Liberdade, no qual buscou inspiração Darcy Ribeiro para, na década de 1980, criar os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública). Na década de 1990, foi a vez do Governo Federal criar os CIACs (Centros Integrados de Atendimento à Criança) e , início do século XXI, os mais de 21 CEUs (Centros Educacionais Unificados), construídos na cidade de São Paulo, tiveram em seus projetos fortes influências da Escola Parque de Anísio.
Darcy Ribeiro (1922-1997) Foi um antropólogo, escritor e político brasileiro, conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no país. Suas ideias de identidade latino-americana influenciaram vários estudiosos latinoamericanos posteriores. Como Ministro da Educação do Brasil, realizou profundas reformas que o levou a ser convidado a participar de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e Uruguai, depois de deixar o Brasil devido ao golpe militar de 1964. Conhecido fundamentalmente por trabalhos desenvolvidos nas
Foto 02 - Darcy Ribeiro escrevendo.
áreas de educação, sociologia e antropologia, tendo sido, ao lado do amigo Anísio Teixeira, a quem admirava Anísio, um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília, elaborada no início da década de 1960, ficando também na história desta instituição por ter sido seu primeiro reitor. Darcy Ribeiro foi ministro da Educação durante Regime Parlamentarista do Governo do presidente João Goulart (18 de setembro de 1962 a 24 de janeiro de 1963) e chefe da Casa Civil entre 18 de junho de 1963 e 31 de março de 1964. Durante a ditadura militar brasileira, como muitos
outros intelectuais brasileiros, teve seus direitos políticos cassados e foi obrigado a se exilar, vivendo durante alguns anos no Uruguai. Durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987), Darcy Ribeiro, como vice-governador, criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), um projeto pedagógico visionário e revolucionário no Brasil, de assistência em tempo integral a crianças, incluindo atividades recreativas e culturais para além do ensino formal - dando concretude aos projetos idealizados décadas antes por Anísio.
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Paulo Freire (1921-1997) Pedagogo e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política. Sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático. Desta maneira todos teriam acesso à capacitação.
A Pedagogia crítica é uma filosofia educacional descrita por Henry Giroux como um “movimento educacional, guiado por paixão e princípio, para ajudar estudantes a desenvolverem consciência de liberdade, reconhecer tendências autoritárias, e conectar o conhecimento ao poder e à habilidade de tomar atitudes construtivas.” Baseada na teoria marxista, a pedagogia crítica é ligada à democracia radical, ao anarquismo, ao feminismo, e a outros movimentos que lutam pelo que descrevem como justiça social. O pedagogista crítico Ira Shor,
14 Foto 03 - Paulo Freire em frente a um quadro negro.
define pedagogia crítica como: “Hábitos de pensamento, leitura, escrita e fala que vão além do significado superficial, primeiras impressões, mitos dominantes, pronunciamentos oficiais, clichês tradicionais, sabedoria recebida e meras opiniões, para entender o significado profundo, causas radicais, contexto social, ideologia e consequências pessoais de qualquer ação, evento, objeto, processo, organizações, experiência, texto, assunto subjetivo, política, mídia de massa ou discurso.” (Empowering Education, p. 129)
A Pedagogia Crítica inclui relações entre ensinar e aprender. Seus defensores afirmam que é um processo contínuo do que eles chamam de “desaprender, aprender, reaprender, refletir, avaliar”, e do impacto que essas ações têm sobre os próprios alunos. A pedagogia crítica foi fortemente influenciada pelos trabalhos de Freire, um dos mais aclamados educadores críticos. De acordo com seus textos, Freire defende a habilidade dos estudantes de pensar criticamente sobre sua situação educacional; esta forma de pensar os permite “reconhecer conexões entre
seus problemas individuais, experiências e o contexto social em que eles estão imersos. ” Perceber sua consciência (“conscientização”) é um primeiro passo requerido da “Práxis,” que é definida como o poder e a habilidade de tomar atitude contra a opressão ao mesmo tempo em que se enfatiza a importância da educação libertadora. “A práxis envolve o engajamento em um ciclo de teoria, aplicação, avaliação, reflexão, e de volta à teoria. Transformação social é o produto da práxis em nível coletivo.”
Considerar que o homem é sujeito de sua história, Freire propõe a difusão da cultura humanista e filosófica no âmbito da classe operária e dos “subalternos” de um modo geral, a valorização da vontade moral.
“Verdades da Profissão de Professor Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossasatitudes,poiscomelasdemonstramosocompromissocomaeducaçãoquequeremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem“águias”e não apenas“galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.” (Paulo Freire, declaração dada em referência ao dia do professor.)
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CIEP (1983) No Brasil para a experiência de escolarização em tempo integral, voltadas para as crianças das classes populares, tentando atender as suas necessidades e interesses. Os CIEPs foram criados na década de 80 por Darcy Ribeiro, quando era Secretário da Educação no Rio de Janeiro, no governo de Leonel Brizola. O objetivo era proporcionar educação, esportes, assistência médica, alimentos e atividades culturais variadas, em instituições colocadas fora da rede educacional regular. Além disso, estas escolas deveriam obedecer a um projeto arquitetônico uniforme. Alguns estudiosos acreditam que, para criar os CIEPs, Darcy Ribeiro havia se inspirado no projeto
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Escola-Parque de Salvador, de Anísio Teixeira, datado de 1950. A idéia dos CIEPs considerava que todas as unidades deveriam funcionar de acordo com um projeto pedagógico único e com uma organização escolar padronizada, para evitar a diferença de qualidade entre as escolas. No entanto, o projeto dos CIEPs recebeu muitas críticas, entre elas algumas referentes ao custo dos prédios, à qualidade de sua arquitetura, sua localização, e até sobre o sentido de um período letivo de oito horas. Muitos acreditam que o projeto arquitetônico tinha primazia sobre o pedagógico, sobretudo pela ausência de equipes de
Foto 04 - vista aérea de um CIEP projetado por Oscar Niemeyer.
educadores qualificados para esse projeto educacional. Os CIEPs ainda existem com este nome mas, no governo de Fernando Collor de Melo, novas unidades passaram a se chamar CIACs (Centros Integrados de Atendimento à Criança). A partir de 1992, estes últimos passaram a ter novo nome – CAICs (Centros de Atenção Integral à Criança). Ao todo, foram construídos cerca de 500 CIEPs e 400 CIACs.
“Toda a proposta curricular visava a educação integral. O homem na sua integralidade, de sentimentos, afetos e cognição. Procurava-se também a integração dos conhecimentos. Havia uma parte da grade voltada para artes e esportes, além de estudo dirigido, para que os alunos que tivessem dificuldadesasvencessem.Todoseram acompanhados. A ideia era dar estrutura para essas crianças. Todas tinham direito”, (Laurinda Barboza junho/2015)
CIEP - Desenho de Oscar Niemeyer
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CAIC (1991) Os CIACs foram instituídos em 1991 pelo governo Collor como parte do “Projeto Minha Gente”, inspirados no modelo dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), do Rio de Janeiro, implantados na gestão de Leonel Brizola. O objetivo era prover a atenção à criança e ao adolescente, envolvendo a educação fundamental em tempo integral, programas de assistência à saúde, lazer e iniciação ao trabalho, entre outros. Sofreu as mesmas críticas dos CIEPs, inclusive a do potencial de clientelismo político implícito em um projeto de construir 5 mil escolas em todo o país a um custo de dois mil-
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hões de dólares por unidade, sem que o governo federal dispusesse de meios financeiros e humanos para operá-las. Alguns educadores criticaram esse tipo de projeto (CIEPs e CAICs) dizendo que seria mais eficaz gastar-se recursos no modelo de rede escolar já existente, atendendo-se um maior número de crianças. O fim do governo Collor não significou o fim do projeto dos CIACS. Para não perder os investimentos já realizados, da ordem de um bilhão de dólares, o ministro Murílio Hingel decidiu dar continuidade ao programa em outros termos, inclusive pela alteração de sua sigla, com gastos previs-
Foto 05 - imagem aérea de um CAIC projetado por Lelé.
tos de 3 bilhões de dólares para o período 1993-1995. A partir de 1992 passaram a se chamar Centros de Atenção Integral à Criança (CAICs). (TAKUNO, EBENEZER ,2001) O projeto arquitetônico é de autoria de João Filgueiras Lima, e apresenta como características fundamentais a racionalização do processo construtivo através da utilização de peças pré-fabricadas de argamassa armada e de componentes metálicos.
“... estruturas que sempre me fascinaram pelo inusitado de serem como um Lego gigante, peças que se encaixavam, que podiam ser montadas e desmontadas. Em qualquer lugar, se poderiam fazer escolas, postos de saúde, parques, equipamentos comunitários ...” (Menezes, Cynara 2004 em entrevista sobre a obra de Lelé)
Escola pré-fabricada de Abadiânia, experiência anterior em concreto e argamassa armada. Desenho de Lelé
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CEU (2003) Centros Educacionais Unificados – CEU, gigantescas intervenções educacionais da Prefeitura da cidade de São Paulo nos seus bairros periféricos, constituem o capítulo mais recente de uma série de ações para o reverter o quadro da desigualdade social no Brasil. O amplo reconhecimento dos grandes feitos da arquitetura moderna brasileira pode levar ao equívoco de considerá-la ausente do enfrentamento das demandas sociais existentes no país. É comum o estereótipo da arquitetura excepcional, dos monumentos projetados pela ação de alguns poucos arquitetos geniais. Pesquisas
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historiográficas revelam que a generalização da arquitetura moderna no Brasil passou por sua destacada atuação na ação social do Estado, inclusive na educação, desde meados dos anos 1940. O atual projeto dos CEU constitui mais um passo em uma longa história de interação entre arquitetos e educadores no desenvolvimento de propostas para enfrentar a perversidade do processo de urbanização das nossas cidades. Um personagem chave para entendermos essa interação é o educador Anísio Teixeira que desenvolveu e aplicou políticas educacionais nas quais a escola
Foto 06 - Imagem aérea de um CUE Jambeiro.
pública deveria ser estendida a todas as classes sociais e ser capaz de cumprir um papel formador do cidadão. (ANELLI, RENATO 2004) O CEU Jambeiro [imagem abaixo] teve seu Projeto iniciado no ano de 2002 e a Conclusão da obra se deu no ano de 2003, Área do terreno é de 70 000 m2 e sua Área construída é igual a 13 400 m2. (MELENDEZ, ADILSON Arcoweb nª284)
“a arquitetura dos CEU procura gerar uma nova urbanidade onde forma e programa se encontram em um projeto de sociabilidade. Hoje vemos que as experiências do Convênio dos anos 1950 em São Paulo tiveram bom resultado urbanístico e social, sendo que muitas daquelas escolas auxiliaram a estruturação dos seus bairros. A perspectiva de sucesso desta iniciativa contemporâneapodesermedida pelos primeiros meses, mas também aqui apenas o longo prazo revelará sua eficiência social e urbanística. “ (Anelli, Renato Luiz Sobral Dez/2004 )
CEU- Desenhos de projeto arquitetos: Alexandre Delijaicov, André Takiya e Wanderley Ariza.
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APRESENTAÇÃO O presente trabalho tem como objetivo central o desenvolvimento de um projeto arquitetônico que possa ser utilizado como modelo para centros educacionais em todo o território nacional. Em um primeiro momento imaginou-se um modelo arquitetônico constituído por módulos pré-fabricados estes teriam os objetivos principais de reduzir custo, tempo e criar identidade visual. O projeto tem como objetivo principal a construção de um conjunto arquitetônico belo e capaz de comunicar aos usuários o valor da educação, obviamente aliado a este objetivo principal estão relacionados outras características que compõem
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a boa arquitetura, o edifício pretende além de belo ser durável, funcional, de custo plausível e de fácil construção. O sistema de modulação aliado ao conceito de pré-fabricação de peças fora do canteiro de obras, traz uma série de vantagens do ponto de vista construtivo, além disso, tende a reduzir custos e suas usinas têm o potencial de movimentar a economia nas localidades onde estão instaladas gerando riqueza através da criação de empregos. É interessante não pensar apenas a construção de peças que irão constituir o edifício como vigas, pilares, lajes e vedações; é possível pensar também na fabricação de todo o mobiliário utilizado
nessas escolas, mobiliário de interiores ( como cadeiras, mesas, carteiras, lousas, armários, etc.) e mobiliários exteriores (como bancos, lixeiras, bicicletários, placas, etc.). A implantação de um sistema pré-concebido para condições ideais tende a possibilitar falhas graves. Buscando minimizar tais consequências devastadoras, partimos da premissa de considerar o conjunto de edifícios de maneira setorizada e que possibilite diferentes composições em topografias e perímetros variados. O conforto, assim como a implantação, exige que se possibilite ao conjunto arquitetônico adaptações a
fim de garantir satisfação nas mais variadas localidades. Partindo desse pressuposto, é objetivo deste trabalho a consideração de que estratégias para a proteção solar, estas devem possuir adaptabilidade e possibilitar condições ideais nas mais diversas situações e orientações. Questões de ventilação acústica e estanqueidade à água são requisitos que devem ser contemplados em seu máximo grau de exigência e se colocam necessários em todo o território nacional. A integração com a comunidade também é um dos fatores considerados importantes na concepção deste projeto, tomando como exemplo os CIEP’S que se
abrem à comunidade aos finais de semana e possibilitam que atividades culturais e políticas da comunidade Próxima se desenvolva em seus ambientes. Além disso, semanalmente, ao modelo CIEP, o projeto terá o intuito de fornecer à comunidade atendimento médico. Partindo deste principio, considerou-se necessário que se contemplasse tal conceito de integração comunitária no desenvolvimento deste projeto. A arte, uma manifestação cultural importante e que embeleza e enriquece os espaços arquitetônicos foi incorporada as escolas Parque idealizadas por Anízio Teixeira, onde em suas paredes eram feitos
belíssimos murais, desse mesmo modo relembramos a importancia de se implementar ao projeto paredes e murais destinadas a pinturas e espaços destinados à instalação de esculturas. O esporte tem seu local de destaque no desenvolvimento deste projeto, partindo do pressuposto de um sistema de ensino integral, no qual o jovem passa o dia inteiro na escola e tem atividades de ensino intercalada em turnos com a prática de esportes. Para tal ideal, fez-se necessário a incorporação de equipamentos esportivos mais completos ao programa de necessidades.
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PROGRAMA
Recreativo
Pedagógico
Ambiente
Serviços
O programa visa a atender a 3000 alunos em período integral, tem o objetivo de contemplar o programa de ensino pedagógico básico e, além disso, oferecer espaços de convivência, auditório e ambientes específicos para a prática de esportes e atividades culturais diversas, partindo do conceito de permanência do aluno na escola durante dois turnos.
Setor
Administrativo
O programa de necessidades de um edifício escolar pode ser bastante extenso, no entanto se divide basicamente em quatro grandes setores são eles: o setor pedagógico, recreativo, setor de serviços e administrativo. Cada um possui suas particularidades e seu grau de complexidade para o desenvolvimento deste programa. Foi utilizado como base recomendações do FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Salas de aula Salas multi uso Laboratório de informatica Laboratório de Física Laboratório de Química Laboratório de Biologia Sala de Artes Quadras esportivas Sala de dança Sala de ginástica Parque Pátio Sanitários alunos Sanitários Professores Sanitários Servidores Vestiários Cozinha Depósito Refeitório Lavanderia Guarita Área técnica Secretaria Espera Atendimento Pedagógico Sala dos Professores Copa Direção Vide direção Coordenadora Supervisão Coordenação Detenção Arquivo Sanitários
Quant.
M²
40 2 2 1 1 1 1 3 1 1 1 1 8 2 2 4 1 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2
8000 80 80 40 40 40 40 1800 80 80 80 80 160 40 40 160 100 60 200 40 8 50 16 20 16 30 16 16 16 16 30 16 30 50 10
Metragem Total Estimada
= 11.340,00m² 25
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DIRETRIZES O projeto tem por princípio a contemplação de uma serie de diretrizes básicas no que diz respeito a seus aspectos geométricos, compositivos e quanto a seu dimensionamento. O primeiro aspecto é o da modulação a partir da dimensão equivalente a 1,75m esta medida é tomada como fundamental, estipula-se que as medidas menores devem respeitar a razão de 5 ou seja 1,75/5 = 0,25m. (diagrama 01) O segundo aspecto diz respeito a intenção desejada de se obter através das configurações dos elementos desta arquitetura ritmo interessante e agradável para tal resultado estipulou-se que as variações do projeto obedeça a relações presentes da sequencia de Fibonacci*. (diagrama 02) O terceiro aspecto que deve ser comtemplado por este projeto e o princípio de simetria a fim de se obter estética agradável e racionalizar o processo de fabricação e de montagem. (diagrama 03) Tendo em vista a possibilidade de se obter terrenos onde sua dimensão não comporte o programa de necessidades lançamos partido da sobreposição de volumes a fim de se obter uma arquitetura verticalizada. (diagrama 04) O raciocínio de composição radial atribui versatilidade ao conjunto arquitetonico, a partir de uma curva sutíl pode se articular alas e adaptar o partido a terrenos de dimensões variadas e topografias diversas. (diagrama 05)
1,75
0,25
1 1 1
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3
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ainda sobre a lógica compositiva radial verifica-se melhor através dos desenhos expostos no diagrama 6 sua capacidade articuladora de dois blocos retangulares, o arco central funciona como um “joelho” e tem a capacidade de flexibilizar a implantação. Tal lógica associada ao conceito de sobreposição possibilita também novas resoluções para diferentes tipos de terreno. Outra diretriz fundamental que norteia o projeto é o principio da repetição, partindo desse conceito presume-se a criação de elementos idênticos que se inter-relacionam de maneira a formar um todo, pode-se construir a partir de dois componentes simples um sistema de arcada elaborado, como demonstra o (diagrama 8). A construção de volumes lineares como as alas de classes pode ser conseguida a partir da repetição de um pórtico como ilustra o (diagrama 9). A organização dos diferentes volumes no terreno parte do conceito de composição em linha, o grande volume linear central dita a ordenação de seus volumes secundários que como “ramais” organizam-se em sua função. (diagrama 10) A determinação adequada da composição deve contemplar as questões que dizem respeito ao perímetro do terreno, sua topografia e questões climáticas.
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SISTEMA Assim como verificado nos CIEP’S E CAIC’S, esta proposta tem o objetivo de contemplar questões que dizem respeito ao sistema construtivo que faz uso de elementos pré-moldados. Tal definição tem o intuito de racionalizar o processo construtivo, reduzir custos e garantir a replicabilidade do conjunto arquitetônico. A fim de se garantir a contemplação deste conceito, o projeto se define sendo constituído de elementos pré-moldados em concreto armado e aço, materiais que possibilitam a configuração das mais diversas geometrias e tem auto índice de resistência e durabilidade, além disso, são matéria prima abundante, encontrados em grande parte do território nacional. O sistema de montagem deve obedecer a uma lógica linear em que seus elementos são dispostos e configurados de um lado para o outro, a fim de se configurar uma “linha de montagem” da edificação. Outro aspecto fundamental a ser alcançado é a simplificação máxima do conjunto a fim de se garantir a realização da arquitetura com o menor número de peças possível. Tal fator tende a simplificar a construção e facilitar o entendimento dos profissionais que irão realizar a montagem dos elementos. Este sistema torna-se assim executável em qualquer lugar, e por qualquer um que queira fazer uso de seu método construtivo e tem como
objetivo fundamental resolver as necessidades arquitetônicas específicas da obra em questão.
“... estruturas que sempre me fascinaram pelo inusitado de serem como um Lego gigante...” (Menezes, Cynara 2004 em entrevista sobre a obra de Lelé)
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CONFORTO A natureza estabelece ao homem diversas condições climáticas, condições que se verificam bastante variadas quando analisadas em diferentes localidades do território nacional, de certo modo este projeto deve possibilitar adaptações a estas condições diversificadas a fim de proporcionar conforto aos usuários em situações climáticas extremas seja de calor, frio ou chuva. Quanto aos quesitos referentes à aclimatação da arquitetura, partimos do pressuposto de que, a partir de janelas e fechamentos adequados que possibilitem a troca de ar quando abertas e garantam a vedação quando fechadas aliadas ao uso de brises modulares dispostos externamente na fachada do edifício de acordo com
a insolação atuante, devem juntos resolver de maneira satisfatória as questões de conforto térmico na edificação. Questões de acústicas se apresentam universais em qualquer localidade e, partindo do pressuposto de que são imprevisíveis as fontes de ruídos que estarão próximas ao edifício, uma vez que não se tem determinado todas as suas possíveis localidades, torna-se estratégico a consideração de condições máximas de ruído a fim de se garantir o conforto acústico até mesmo na pior das situações. A iluminação deve priorizar o aproveitamento máximo da luz solar a fim de se garantir conforto e proporcionar redução nos custos de manutenção. Há aqui verificado o primeiro paradigma a ser confortado pelo projeto: deve -se evitar a insolação direta em certos casos e ainda assim se aproveitar de seu potencial luminotécnico. Novamente os brises se colocam como uma solução eficiente também do ponto de vista de conforto luminotécnico. Tais questões de conforto físico devem ser atingidas a fim de se garantir conforto a nível psicológico. A arquitetura, além de satisfatória aos sentidos, deve se apresentar satisfatória ao espírito. Desse modo coloca-se como objetivo fundamental a busca por um ambiente considerado aconchegante, agradável.
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SIGNIFICAÇÃO “...elementos marcantes do partido arquitetônico como pórticos, volumes, molduras, que destaquem a edificação no contextocircundante,revelando sua importância e significado como edifício destinado à educação,comimagemreconhecida e compartilhada pela comunidade. Alguns elementos visuais podem ser trabalhados para despertar os sentidos, tendo papel na educação dos alunos e exercitando o imaginário individual e coletivo.” (MANUAL FNDE 2013)
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O projeto tem grande intenção simbólica. Podemos começar tratando da ideia de se implementar junto a sua fachada três mastros, que deverão servir para o hasteamento das bandeiras do Estado, da bandeira nacional e da bandeira do município onde está implantado, logo na entrada. Junto à via de acesso, também se prevê a instalação de uma estatueta de uma professora oferecendo um livro. Tal escultura tem o objetivo de valorizar a figura do educador e de seu ato de generosidade. Outro aspecto que se coloca de maneira importante é a configuração do edifício principal com uma sutil curvatura que cria uma praça e ao mesmo tempo marca seu acesso de maneira convidativa. Sua volumetria inicial remete a ao urbanismo de Brasília e consequentemente ao ICC. O uso de tal geometria carrega em si uma carga simbólica significante. Entender a capital de um país como centro irradiador de manifestações fortalece o significado do partido que, ao ser implantado nas mais diversas localidades, levará consigo um punhado de história, seja da belíssima história de Brasília, seja da revolucionária história da UnB.
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ANTROPOMETRIA O conceito de antropometria é antigo e recorrente ao longo da história, apresenta-se muitas vezes relacionado à arquitetura. Vitruvio recomendou, em seus antigos tratados, que a arquitetura dos templos fosse baseada nas proporções de um corpo humano ideal. Partindo deste conceito e com o objetivo de relacionar a arquitetura de maneira direta a proporções humanas, coloca-se como um aspecto importante a consideração de aspectos antropométricos relacionados à arquitetura. Tendo em vista que uma escola serve a crianças e que estes ainda não estão no desenvolvimento máximo de estatura, buscouse entender suas dimensões médias possíveis a fim de se possibilitar uma experiência completa e agradável aos jovens que são nesse caso o publico alvo do projeto. A partir da construção de um diagrama básico que contenha algumas das principais dimensões de um jovem, pode se tomar decisões mais acertadas quanta à altura de janelas, bancadas etc.
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1- Sobradinho 2- Ceilândia 3- Gama 38
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3 N 39
ESCOLHA DO TERRENO A partir de uma análise cuidadosa do território que abrange o Distrito Federal e cidades de entorno, observamos um elevado crescimento demográfico e consequentemente ocupação do solo que se mostra de maneira visivelmente clara no mapa anterior. É importante destacar o fato de que estas cidades pertencem ao estado vizinho do Goiás, no entanto essas cidades participam ativamente da dinâmica cotidiana no Distrito Federal. Essa grande população utiliza em grande parte equipamentos públicos das cidades mais próximas ao centro de Brasília e que por sua vez possuem maior grau de desenvolvimento e infraestrutura. Partindo do conceito apresentado na justificativa deste projeto, o de se atender regiões periféricas e a pessoas em situação de carência, identificamos três localidades estrategicamente posicionadas próximas às fronteiras do Distrito Federal e que poderiam fazer uma conexão eficiente entre o centro urbano e seu entorno. As cidades assinaladas no mapa anterior são Ceilândia, Sobradinho e Gama. Tendo em vista que a Ceilândia é a mais populosa, como aponta a lista de dados populacionais fornecida pela CODEPLAN no ano de 2013, e que ela estabelece conexões geográficas com grande parte das cidades satélites (como por exemplo Taguatinga, Samambaia, Aguas Claras, 40
Brasilândia e Aguas lindas de GO) e que atualmente, como aponta estudos do IBGE. está localizada ali a maior das favelas horizontais da América Latina, optou-se pela identificação de um terreno que comportasse a implantação deste projeto na Cidade de Ceilândia. Verificamos, junto ao PDOT (Plano de Ordenamento Territorial) da cidade, terrenos que fossem destinados à construção de equipamentos Públicos. Estes deveriam estar vazios, possuir o dimensionamento adequado e apresentar vantagens do ponto de vista estratégico. Identificou-se, a partir dos terrenos selecionados, um que contemplava aos aspectos desejados. Sua topografia apresentava caimento suave, seu dimensionamento poderia comportar confortavelmente ao programa estipulado e, do ponto de vista estratégico, o terreno está imediatamente próximo à favela Sol Nascente e também apresenta vantagens estando localizado logo ao final da avenida Hélio Prates e no centro da avenida N1, possibilitando conexões diretas com cidades próximas como: Águas Claras, Samambaia, Taguatinga, Brasilândia e até mesmo Águas Linda de GO.
Lista de regiões administrativas do Distrito Federal por população
Região Administrativa
Ceilândia Taguatinga Samambaia Brasília Planaltina Águas Claras Recanto das Emas Gama Guará Santa Maria São Sebastião Sobradinho Sobradinho II Vicente Pires Cruzeiro Riacho Fundo Itapoã Brazlândia Sudoeste/Octogonal Paranoá SIA Riacho Fundo II Lago Norte Núcleo Bandeirante SCIA Park Way Jardim Botânico Lago Sul Candangolândia Fercal Varjão
habitantes
489 735 221 909 220 806 214 529 200 000 160 000 160 000 141 911 132 685 125 123 100 000 85 491 72 000 70 000 63 883 52 404 50 339 49 418 46 829 46 527 45 460 38 936 29 505 26 089 25 732 25 000 25 000 24 406 16 196 8 746 5 371 (CODEPLAN*, 2013)
N
1
2
3
4
1- Taguatinga 2- Samambaia 3- Ceilândia 4- Sol Nascente 41
Cota Máxima - 1232m acima do nível do mar Cota Mínima - 1217m acima do nível do mar
* A TOPOGRAFIA DO TERRENO APRESENTA UM DESNÍVEL TOTAL IGUAL A 15M NO ESTANDO DEVIDO A SUAS GRANDES DIMENSÕES SEU CAIMENTO É CONSIDERADO SUAVE
* O SOMBREAMENTO CAUSADO PELAS EDIFICAÇÕES PERIFÉRICAS NÃO CAUSAM IMPACTOS SIGNIFICANTES NO TERRENO MESMO EM HORÁRIOS MAIS CRÍTICOS DE INSOLAÇÃO.
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ANÁLISES Como já colocado anteriormente, é importante para a implantação bemsucedida do projeto a consideração de algumas características básicas do terreno: topografia, orientação solar e ventilação natural predominante. Com o intuito de apresentar de maneira mais clara tais características, elaborou-se mapas da região e posteriormente diagramas que indicam cada uma das condições do terreno. O diagrama 01 demonstra as curvas de nível do terreno e indica o sentido de seu caimento. O terreno tem cota máxima de 1.232 m e cota mínima de 1.217 m. A topografia do terreno apresenta um desnível total igual a 15
verificar a predominância m, no entanto, devido a suas dos ventos no sentido Leste, grandes dimensões (390 fato que nos induz a pensar x 220m), seu caimento é considerado suave. O diagrama a arquitetura de uma forma a se obter maiores índices de 02 ilustra a insolação atuante ventilação natural. em cada uma das quatro faces do lote, demonstra a Região ad9 curvatura desenvolvida pelo ministrativa trajeto do sol e conclui que o Setor N norte sombreamento causado pelas Quadra QNN 27 edificações periféricas não D causam impactos significativos Lote no terreno mesmo em horários NGB 38/88 mais críticos de insolação, fato PDL LC314/00 que nos sugere a importância Endereço Setor N do uso de elementos que Cartorial Norte QNN protejam os ambientes internos 27 LT D da arquitetura a fim de se Endereço Setor N promover o conforto térmico QNN 27 LT de seus usuários. Por fim, D o diagrama três demonstra (Informações sobre o terreno Retia ocorrência dos ventos na radas do Site da CAP* SEGETH** região. A partir dele, podemos em Outubro de 2016)
SENTIDO PREDOMINANTE DOS VENTOS (LESTE) VENTOS SECUNDÁRIOS (SUDESTE E NOROESTE)
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PROJETO
44
45
PARTIDO
46
47
IMPLANTAÇÃO
Bloco de classes
Veículos
Ginásio
48
Restaurante
Arena
Pedestres
Auditรณrio
1:1250 49
FACHADAS
50
Fachada Norte Fachada Norte
Fachada Sul Fachada Sul
Fachada Oeste - Principal Fachada Oeste - Principal
Fachada Leste Fachada Leste
51
1:1000
1:
Conferencionistas
A
A
AUDITÓRIO
1:500 WC'S
52
Café / Projeção
Corte AA
A
i=3%
A
i=3%
Fachada
53
Arquibancada
Cena 1
2
3
Boca de cena
Arena externa
Salas para conferecionistas 4
54
Rampa para subsolo Café
5
Sala de projeção
6
WC'S
7
8 55
A
GINĂ SIO
Cobertura
i=3%
B
A
B
56
1:500
B
A
B
Corte AA
Fachada
A
Fachada
Corte BB
57
B
B
Depรณsitos
Vestiรกrios
58
1:500
Sheeds Para escoamento de água e iluminação natural
Empenas de sustentação Apois destacados para isolamento termico
Túnel de acesso Quadras Poliesportivas
Quadra oficial de Futsal Apoios da Arquibancada
59
Corredor
60
Vestiรกrio
Depรณsito
2,50 m
4,00 m 1,50 m
4,75 m
11,45 m
2,73 m
Sheed de iluminação Calha Pluvial i=3%
8,75 m
Muro de arrimo
Túnel de acesso
Guarda corpo em vidro temperado
Arquibancada destacada do piso CORTE BB
1:50 1:50 61
ENGATE EMPENA / APOIO
Chapa de Aço Roletes de Aço Neoprene
Isométrica
Chapa de Aço Roletes de Aço
12 40
40 168
12
6
14
30
Neoprene
1:25 62
JUNTA DE DILATAÇÃO Cabeça Barra Metálica Mastique Batente Tubo
Isométrica
Barra Metálica
Batente
Mastique
Cabeça
110
8
4
100
7
13
17
Tubo
100
310
1:25 63
Corte AA
A
BLOCO DE CLASSES
ADM
WC'S
SAGUÃO
WC'S
SAGUÃO
A
64
1:500
Módulo 6x12m
Repetição 10x
Sobreposição 20x
Módulos de WC´S + Circ. Vertical
Estrutura Metálica Pilotís +2
65
MÓDULO DE CLASSE tela metálica Manutenção
15,00
10,00
0,75
Janela
3,00
0,50
SALA DE AULA
Corredor Janela
0,75
Manutenção tela metálica
6,00
66
1:75
Quadro negro em toda extensão da parede
1
Espaço para 40 alunos
2
Divisória com aberturas para ventilação
Armários 3
67
MÓDULO DE WC’S tela metálica
0,75
Janela com vidro jateado
Manutenção
PNE
15,00
10,00
120
3,00
0,50
WC'S
Corredor Janela
0,75
Manutenção tela metálica
6,00 68
1:75
Sanitários acoplados na parede
1
Feminino Masculino
2
Armários Parede "molhada"
Divisórias com aberturas para ventilação
3 69
Mร DULO DE ESTRUTURA Pilares laminados perfil "H" Mรณdulo de 6x15
1
Vigas Casteladas (Principais)
2
Vigas Casteladas (Secundรกrias) 3 70
4
Chapas metรกlicas
5
Laje de cobertura i=3%
Laje de piso
6 71
B
72
B
C
Dutos de instalações
A
A - Pilar laminado perfil "H" B - Viga castelada principal C - Viga castelada secundária
C
1:50 73
MÓDULOS DE PAINÉIS DA FACHADA
74
15
859
99
C A
B
Fechamento com painĂŠis metĂĄlicos vazados malha de 10x10
75
MÓDULO DE PASSARELA
Laje pré-moldada
Pilar Pré-moldado
Inclinação de 5% Acompanha o caimento do terreno
Escoamento Pluvial
Iluminação artificial indireta
1:150 76
Mร DULO DE CERCAMENTO Barras Maciรงas chanfradas
Travamento
150 5
190
35
Canaleta de concretagem
1:25 77
CROQUÍS
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
ILUSTRAÇÕES
Figura 01
Figura 02
Figura 01 - Ilustração autoral computadorizada - fachada principal Figura 02 - Foto montagem autoral - implantação e entorno
91
92
BIBLIOGRAFIA http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/estadic/estadic2013/ default.shtm http://www.educabrasil.com.br/cieps-centros-integrados-de-educacao-publica/ http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/criados-por-darcy-ribeirocieps-completam-30-anos/ http://www.educabrasil.com.br/ciacs-centros-integrados-de-atendimen to-a-crianca/ http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/175/architekton-lele-omestre-da-arte-de-construir-104932-1.aspx http://ceus.cultura.gov.br/ http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.055/517 https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/alexandre-delijaicov-andre-takiya-e-wanderley-ariza-centros-educacionais-23-10-2003 https://pt.wikipedia.org/wiki/Darcy_Ribeiro https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADsio_Teixeira https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire ftp://ftp.fnde.gov.br/web/fundescola/publicacoes_manuais_tecnicos/escola. pdf Manual para elaboração de projetos proprios – volume 02 - FNDE http://www.geoportal.segeth.df.gov.br/ http://www.segeth.df.gov.br/preservacao-e-planejamento-urbano/lei-complementar-de-uso-e-ocupacao-do-solo-do-df.html
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