Relatório Petroflex 2000

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Sede – RJ Rua Marumbi, 600, Campos Elíseos CEP 25221-000 Duque de Caxias – RJ PABX: (21) 677.1241 Fax: (21) 776.1510 / 776.2663 Fábrica de Triunfo – RS BR-386 – Rodovia Tabaí – Canoas, km 419 Pólo Petroquímico Via de Contorno, 920, Complexo Básico CEP 95853-000 Triunfo – RS PABX: (51) 457.1144 Fax: (51) 457.1109 Fábrica de Cabo – PE BR-101, km 99 CEP 54510-900 Cabo – PE PABX: (81) 3521.7300 Fax: (81) 3521.1063 e-mail: petroflex@petroflex.com.br Home page: www.petroflex.com.br

Relatório Anual 2000


Conselho de Administração: Max Feffer – Presidente Otto Vicente Perrone – Vice-Presidente Adhemar Magon Armando Guedes Coelho Isaac Plachta Luiz Mariano de Campos Marco Antonio Ferreira Ebert Maurício Medeiros de Alvarenga Roberto Pinho Dias Garcia Diretoria: Isaac Plachta – Diretor Superintendente Luiz Carlos Lopes – Diretor Financeiro e de Relações com o Mercado

À direita, caixa d’água fotos de 1963 e 2001


A

s instalações da Petroflex, na Fábrica de Caxias, têm a marca do maior gênio da arquitetura brasileira: simplicidade, mobilidade e segurança fazem parte do projeto, saído das pranchetas de Oscar Niemeyer, em 1959. O arquiteto teve a preocupação de aproveitar todo o terreno com sua arquitetura despojada, inconfundível, que lhe daria projeção internacional. A concepção foi entregue na época a Niemeyer, por ele ser um vanguardista. Ao resgatar neste relatório a memória do projeto, a Petroflex mantém-se fiel ao vanguardismo de sua história.

Mensagem da diretoria

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Ambiente de negócios

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Desempenho financeiro

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Desempenho industrial

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Novos negócios

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Meio ambiente

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Recursos humanos

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Demonstrações contábeis

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Principais indicadores

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MENSAGEM DA DIRETORIA

A alta dos preços do petróleo, a desvalorização cambial ocorrida no segundo semestre de 2000 e a superoferta de borracha sintética no mercado internacional impediram que a Petroflex tivesse um melhor resultado no ano. Se essa conjuntura desfavorável frustrou a expectativa de que a companhia iniciasse um ciclo de desenvolvimento sustentável, como alimentávamos no início do exercício, 2000 ficará registrado como o ano em que se equacionaram importantes obstáculos estruturais que a prejudicaram nos últimos anos. O primeiro grande entrave removido foi o descasamento entre a periodicidade dos reajustes de preços dos insumos para fabricação da borracha sintética e os prazos de repactuação dos contratos com os seus clientes. O reajuste dos preços praticados pelos fornecedores de matérias-primas era mensal, enquanto os contratos de venda do produto final eram renovados a cada três meses. Esse descasamento de mercado obrigou a Petroflex a absorver a elevação dos custos de matéria-prima e amargar perdas consecutivas de margem a cada trimestre, até que os contratos fossem renegociados. Uma distorção que perdurou até o fim do primeiro semestre de 2000, com graves efeitos sobre os resultados da companhia. As perdas recorrentes, desde que a empresa foi privatizada em 1992, não constituem novidade. Mas o lado perverso do descasamento de mercado só se tornou mais evidente com o novo choque do petróleo. A explosão dos preços comandada pela OPEP tornou insuportável um problema que já era grave. Como as elevações abruptas dos preços do petróleo eram repassadas a cada mês para a nafta, da qual se originam os principais insumos da borracha sintética, os preços do butadieno e do estireno acompanharam as oscilações com a mesma velocidade. Esse problema só foi resolvido em julho, com o realinhamento internacional dos preços da borracha e com o ajuste de prazos promovido nas duas pontas do mercado, cujos efeitos positivos começaram a ser sentidos no segundo semestre. Outros obstáculos estruturais enfrentados no ano foram o perfil da dívida da companhia e a alta exposição em dólar, apesar do hedge natural decorrente das exportações e do fato de os preços serem referenciados em dólar.. O endividamento líquido da empresa somava, no final de dezembro, R$ 226 milhões, dos quais 66% atrelados à moeda norte-americana. Esse foi, depois da alta do preço do petróleo, nosso principal obstáculo para que não obtivéssemos resultado positivo este ano. Só com a desvalorização do Real, as perdas cambiais chegaram a R$ 16,9 milhões em 2000.

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Nosso objetivo é chegar ao final de 2001 com 10% da dívida em dólar. Recursos negociados com o BNDES e o lançamento de debêntures no mercado interno, realizado no final de 2000, permitiram a redução do custo médio da dívida de 36%, em 1999, para 21%. E a expectativa é que esse custo chegue a 14% ao final de 2001. Conseguimos, também, alongar o perfil da dívida. Em 31 de dezembro de 2000, os débitos a longo prazo já correspondiam a 85% do total. Juntaram-se, portanto, dois fatores extremamente adversos no ano: se no primeiro semestre a empresa experimentou forte estreitamento de margens por conta da alta dos preços do petróleo, no segundo, quando elas se recuperaram, sofreu o impacto da desvalorização cambial sobre a dívida. Embora – e apesar de todas as adversidades – a Petroflex tenha conseguido bater recorde de vendas no mercado interno e aumentar o faturamento em 23% em relação a 1999, o resultado dessa conjugação de fatores foi um prejuízo de R$ 19,6 milhões. O terceiro grande obstáculo que a companhia continuou enfrentando, em 2000, foi a compressão dos preços da borracha sintética, provocada pela superoferta do produto no mercado internacional. A solução definitiva desse problema só virá a longo prazo, mas em 2000 a empresa deu passos importantes nessa direção. Ela passa pelo desenvolvimento de produtos com maior valor agregado, que permitirão diversificar a produção e os mercados, além de aumentar a margem.

Isaac Plachta Diretor Superintendente

Luiz Carlos Lopes Diretor Financeiro e de Relações com o Mercado

A produção de borracha sintética para a indústria de pneumáticos e camelback (recauchutagem) ainda responde por 86% do faturamento e está concentrada em poucos clientes. É importante notar, entretanto, que em 2000 produzimos 62 tipos diferentes de elastômeros, quando em 1994 eram apenas 23. Com isso, estamos diversificando mercados. Para reforçar essa estratégia, no final de 2000 reestruturamos toda a área comercial, reorganizada em núcleos de negócios. Hoje, a produção está perfeitamente integrada com a área comercial. O foco passou a ser o cliente. É a partir das suas necessidades que desenvolveremos os nossos produtos. Em 2000, a área industrial repetiu a pesquisa de benchmark com as melhores empresas do mercado internacional. A análise comparativa mostrou que a Petroflex continua sendo uma das empresas de maior produtividade do seu setor, que seus produtos são de alta qualidade e que os custos de produção estão dentro dos melhores parâmetros mundiais.

Construção da fábrica – 1962

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AMBIENTE DE NEGÓCIOS

O ano 2000 foi particularmente difícil para os produtores de borracha sintética. A escalada dos preços do petróleo no mercado internacional impactou também os preços das matérias-primas, instaurando ambiente competitivo extremamente duro na disputa pelo mercado. Esse ambiente feroz obrigou a Petroflex a vender até mesmo com margem negativa, em alguns casos, para cumprir contratos e não perder clientes. O movimento de alta nas cotações do petróleo começou em fevereiro de 1999, quando o preço do barril oscilava em torno de US$ 10 e a Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) fez o primeiro corte na produção. Em dezembro desse ano, o preço chegava a US$ 25, embora a média nos doze meses tenha ficado em US$ 18. O ano 2000 já começou com cotação média, em janeiro, acima dos US$ 25 o barril, e em setembro atingiu US$ 33, o que determinou, no ano, um preço médio de US$ 28. O resultado dessa escalada foi o repasse imediato do aumento para os preços da nafta, de onde se originam o butadieno e o estireno, matérias-primas da borracha sintética. O butadieno teve seus preços médios reajustados em 61% no ano. O estireno, em 53%. O que se esperava, num mercado de regras equânimes, é que a companhia também conseguisse repassar o aumento de custos para os consumidores de borracha sintética.

Preços do Butadieno e do Estireno (em US$/t) Butadieno

Estireno

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Ocorre que dois fatores de mercado mantinham a companhia numa camisa de força: de um lado, a superoferta de borracha sintética no mercado internacional; de outro, o descasamento dos prazos de reajuste de preços das matérias-primas com os dos contratos de venda aos consumidores. O excesso da oferta de borracha sintética no mercado internacional, que vem desde a crise dos países asiáticos, em 1997, inundou o mercado, impedindo que o preço do produto acompanhasse a elevação de custos das matérias-primas. Enquanto o butadieno e o estireno absorveram a alta de preços da nafta, os preços da borracha sintética cresceram em média 20%. Embora a demanda interna tenha aumentado em 10%, em 2000, comparada a 1999, o ambiente instaurado pela superoferta obrigou a Petroflex a enfrentar concorrência agressiva com fornecedores internacionais, que desde a abertura comercial não encontram barreiras tarifárias para competir no mercado interno. Esse contexto foi desfavorável para os resultados da companhia durante todo o primeiro semestre. A margem bruta caiu de 23% para 13%, no ano. Mesmo com ambiente de negócios adverso, as vendas internas somaram 227 mil toneladas, volume 4,9% superior a 1999, um recorde, apesar do aumento das importações no mercado brasileiro. Por outro lado, as vendas externas registraram queda de 8,6% em relação ao ano anterior. A Petroflex conseguiu, ainda assim, manter praticamente inalterado o market share.

Vendas 1999

2000

Vendas totais

325

326

Mercado interno

216

227

Mercado externo

109

99

Market-share

80%

79% em mil toneladas

O faturamento líquido cresceu 23%, alcançando, no exercício, R$ 566 milhões. É preciso também registrar que, apesar do prejuízo, a empresa investiu R$ 22,6 milhões. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas no ambiente de negócios, 2000 foi um ano de grandes conquistas. Conseguimos manter mercado, aumentamos as vendas e o faturamento, e o acordo fechado com os fornecedores de matérias-primas torna a empresa menos vulnerável às oscilações dos preços das matérias-primas, que consumiam suas margens e influenciavam os resultados.

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DESEMPENHO FINANCEIRO

A desvalorização cambial, concentrada no segundo semestre de 2000, resultou em perdas contábeis no período. O hedge natural, decorrente das exportações da companhia e do fato de os preços serem referenciados em dólar, não foi suficiente para compensar as oscilações da moeda. Se os fundamentos da economia eram bons e mantiveram o otimismo do mercado durante os seis primeiros meses do ano, o segundo semestre foi marcado por constantes oscilações de expectativas, caracterizado por um período de dúvidas e vacilações dos agentes financeiros sobre o futuro imediato da economia brasileira e do mercado internacional. Os preços do petróleo resistiam em patamares elevados, alimentando o temor de uma alta de custos na produção mundial. A economia norte-americana dava os primeiros sinais de desaceleração, obrigando o Federal Reserve a reduzir juros para equilibrar a maior economia do planeta. As ações das empresas de tecnologia despencavam, influenciando as bolsas de todo o mundo. No mercado doméstico, além dos preços do petróleo e da influência das notícias preocupantes sobre a economia internacional, aumentavam as dúvidas sobre o desempenho da balança comercial brasileira, que acumulava déficits mensais por conta do aumento das importações e do comportamento tímido das exportações. A preocupação com o comportamento da balança comercial era que ela pudesse, a médio prazo, agravar o déficit em contas correntes e reverter as expectativas positivas dos primeiros seis meses do ano. O endividamento médio em moeda estrangeira da companhia alcançou 70% da sua dívida líquida, que ao final do ano era de R$ 226 milhões. O impacto da desvalorização cambial custou, no ano, cerca de R$ 16,9 milhões para a empresa. Ao mesmo tempo, a queda de 10 pontos percentuais na margem bruta representou perda de outros R$ 31,6 milhões.

Prédio da Administração - 1970

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Como conseqüência, o resultado líquido da atividade não foi suficiente para cobrir as despesas financeiras líquidas, que chegaram a R$ 48,6 milhões ao final do ano, traduzindo-se num prejuízo de R$ 19,6 milhões, contra um lucro líquido de R$ 1 milhão em 1999. A geração de caixa (EBITDA) da companhia em 2000 foi de R$ 45 milhões, contra R$ 99 milhões no exercício anterior, uma redução de 55%, decorrente da queda da margem bruta. É preciso considerar, nessa comparação, que em 1999 a empresa contabilizou crédito tributário de R$ 23 milhões.. Deduzida essa receita na análise comparativa, a geração de caixa, em 2000, apresentaria redução de 40% em relação ao ano anterior. A principal conquista da área financeira, em 2000, foi o alongamento da dívida e a redução do seu custo de 36% para 21%. Isso foi conseguido através do lançamento de debêntures (R$ 60 milhões) no mercado doméstico e do financiamento do BNDES (R$ 24 milhões).

Dívida Bruta

O alongamento da dívida fará com que, em 2001, a Petroflex dependa menos de crédito bancário. Nosso objetivo é chegar ao final deste ano com 10% dos nossos compromissos em dólar. Significa que pretendemos reduzir a exposição à moeda norte-americana de US$ 76 milhões para algo em torno de US$ 20 milhões.

R$ milhões Moeda estrangeira

1999

2000

259,9

329,3

41%

45%

Moeda nacional

59%

55%

Custo

36%

21%

O ano 2000, apesar de todas as adversidades, preparou a Petroflex para uma nova fase. Menos exposta às flutuações do dólar e dos preços do petróleo, menos dependente de empréstimos bancários e mais diversificada na produção e nos mercados.

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DESEMPENHO INDUSTRIAL

A produção industrial, em 2000, manteve-se praticamente inalterada em relação ao ano anterior. O maior volume comercializado pela fábrica do Cabo refletiu a introdução de novos produtos que atendem a um mercado mais diversificado. Produção Fábrica

1999

2000

Cabo (PE)

82,7

89,8

174,9

171,4

Duque de Caxias (RJ) Triunfo (RS) Total

70,4

67,4

328,0

328,6 em mil toneladas

O maior destaque da área industrial da companhia, no entanto, não deve ser avaliado pelo volume produzido, mas pela gestão de qualidade. A qualidade dos produtos e dos processos de produção da Petroflex, hoje, equipara-se à dos seus maiores e mais sofisticados competidores internacionais. Qualidade Intervalo médio entre reclamações

Fábrica

1999

2000

Cabo (PE)

1.677

3.313

Duque de Caxias (RJ)

5.352

9.071

Triunfo (RS)

2.583

2.693

Intervalo médio total

2.980

4.654 em toneladas

Vista aérea da fábrica - 1979

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Dando continuidade à pesquisa comparativa que a companhia vem promovendo há vários anos com as melhores indústrias do setor, no mundo, em 2000 a Petroflex promoveu dois benchmarks para avaliar a produtividade e quatro na área de qualidade. O benchmark feito nas unidades de Caxias e Triunfo com quatro empresas internacionais, na produção de emulsões, reafirmou a qualidade dos produtos da companhia.. Na pesquisa internacional sobre produtividade, realizada também em 2000 na produção de borracha sintética em solução, a companhia ocupou o segundo lugar produzindo 373 toneladas/empregados, enquanto o primeiro colocado produziu 395 toneladas/empregados.

Portfólio de produtos

A Petroflex, em 2000, aumentou o seu portfolio de produtos em cerca de 48% em relação ao ano anterior, comprovando a flexibilidade e a capacidade tecnológica das suas unidades industriais.

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NOVOS NEGÓCIOS

A Petroflex foi estruturada, desde a sua criação em 1962, para produzir borrachas dos tipos BR e SBR, voltadas quase exclusivamente para a indústria de pneumáticos, que não exigiu grandes mudanças tecnológicas por muitos anos. Não é por acaso que 86% da sua produção, ainda hoje, destinam-se a esse segmento industrial. Com a superoferta no mercado internacional e preços deprimidos, a companhia decidiu diversificar seu portfólio, criando produtos de maior valor agregado. O objetivo é transformá-la de uma empresa de produtos básicos no setor de borracha sintética numa empresa provedora de soluções. Embora a diversificação de produtos seja esforço que a companhia vem desenvolvendo desde os primeiros anos de sua passagem para a iniciativa privada, foi em meados de 2000, empurrada pelo estrangulamento do mercado, que de fato ela mudou a estratégia. Toda a área comercial da companhia foi reestruturada, dividida em núcleos de negócios voltados para segmentos específicos de mercado. A produção passou a ser orientada a partir da necessidade dos clientes, identificada por técnicos da companhia que passaram a trabalhar diretamente nas fábricas que consomem nossos produtos. Em última análise, o foco dos negócios deixou de ser o produto. Passou a ser o cliente. O objetivo estratégico, hoje, é garantir escala com as vendas dos produtos tradicionais, nos quais já temos experiência e market share, e buscar margens mais rentáveis em segmentos que demandem maior valor agregado. Hoje produzimos cinco famílias distintas de produtos especiais: Borrachas Nitrílicas (NBR); Liquiflex, usado em selantes, adesivos e combustível de foguete; Borrachas Termoplásticas (TR), empregadas em calçados, na composição de pisos asfálticos e modificação de plásticos; Polibutadieno (BR-GP), usado na modificação e produção de poliestireno de alto impacto, matéria-prima para gabinetes de eletrodomésticos e produtos eletrônicos, copos de café brancos etc; e Masterflex, resina de alto teor de estireno, destinada à indústria de calçados, como endurecedor de solado. Na área específica de pneumáticos, também estamos evoluindo para produtos com maior valor agregado, que aumentarão nossas margens. A inauguração, em 2000, da unidade de produção de polibutadieno Alto Cis com catalisadores de neodímio, na planta do Cabo, em Pernambuco, é o lado mais visível deste posicionamento. Essa borracha é utilizada para fabricação dos chamados “pneumáticos verdes”, os green tires. Esse tipo de pneumático, de baixa resistência ao rolamento, permite que os veículos automotores consumam menos combustível e gerem menos gás carbônico, exigência cada vez maior do mercado. Essas mudanças farão com que, dentro de poucos anos, a Petroflex seja percebida pelo mercado como uma companhia produtora de elastômeros sintéticos variados, menos exposta à superoferta dos produtos básicos do setor.

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MEIO AMBIENTE Instalações industriais – 1974

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O trabalho que a Petroflex vem desenvolvendo na área ambiental, nos últimos anos, tem sido reconhecido por entidades públicas e privadas como exemplo de boa gestão. Este ano, a unidade do Cabo ganhou o Prêmio Regional de Ecologia, conferido pela Confederação Nacional da Indústria, na categoria gerenciamento de resíduos industriais. É importante destacar, também, o avanço obtido pela empresa no tratamento e eliminação de resíduos sólidos e líquidos acumulados durante mais de 35 anos na fábrica de Duque de Caxias. Esses resíduos eram depositados em valas nas dependências da empresa, e, embora não fossem lançados na Baía de Guanabara, não atendiam às exigências da legislação ambiental.


De acordo com nossa reavaliação, a partir de diagnóstico mais preciso, firmamos, em junho, um Termo de Compromisso com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, no qual estabelecemos juridicamente prazo até dezembro de 2001 para que todo o passivo ambiental da companhia seja eliminado. Adotamos ainda, na fábrica de Caxias, o Sistema de Gerenciamento Ambiental, de acordo com as normas estabelecidas pela ISO 14001. Com isso, o impacto das nossas atividades industriais passou a ser tratado sistematicamente, o que foi um avanço ambiental considerável. Os efluentes líquidos das nossas três fábricas estão atualmente abaixo dos limites de controle de carga estabelecidos pelos órgãos ambientais. A parceria formada com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1998, foi de grande importância para que conseguíssemos esse resultado. Outra providência tomada foi a conversão das caldeiras da companhia para operarem com gás natural. Em 2000, cinco das oito caldeiras da Petroflex já tinham sido convertidas, em substituição ao óleo combustível. Hoje, além disso, toda a Petroflex já opera com um sistema integrado de segurança, saúde, meio ambiente e qualidade, com ótimos resultados, não só para os funcionários como também para a produção. Este ano, revalidamos a certificação de todas as atividades industriais da companhia pelas normas ISO 9002 e 14001. Nosso objetivo é sermos uma empresa com a cultura de produzir com qualidade, produtividade, segurança e saúde, tornando-nos uma companhia ambiental e socialmente responsável.

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RECURSOS HUMANOS

O reconhecimento externo da qualidade da Petroflex na gestão de recursos humanos coloca-a em posição privilegiada no cenário nacional. Em 2000, a companhia foi contemplada com três prêmios significativos: foi considerada como uma das melhores empresas para se trabalhar, num universo de 500 grandes corporações avaliadas pela Revista Exame; foi eleita a “empresa do ano” pelo Grupo Executivo de Salários (Grupisa), pela sua gestão de recursos humanos; e as unidades do Cabo e Triunfo ganharam o Prêmio Sesi, na mesma categoria. Esse reconhecimento foi confirmado, internamente, por pesquisa de clima organizacional promovida em 2000, em todas as unidades da companhia. Nessa pesquisa, da qual participaram espontaneamente 60% da força de trabalho, é possível avaliar com precisão o grau de satisfação dos funcionários, uma vez que 82% dos empregados que responderam aos questionários manifestaram-se satisfeitos com a empresa. Na área de saúde ocupacional, a Petroflex conseguiu renovar a certificação pela norma BS 8800, que valida seu padrão de excelência em segurança, higiene e saúde. Um bom indicador dos resultados obtidos na área de segurança ocupacional foi a redução do número de acidentes que resultaram em afastamento do empregado de suas funções. Esse número baixou de 78 casos, em 1997, para 40, em 2000. Por todos esses resultados, podemos garantir que a Petroflex é reconhecida, hoje, interna e externamente, como uma das companhias que mais investem no capital humano.

Balanço Social 1999 Indicadores econômicos Receita líquida (RL) Folha de pagamento (FP)

2000

R$ milhões

R$ milhões

461

566

28

31

Indicadores laborais

% sobre FP

% sobre FP

Alimentação

0,89

3,2

0,96

3,1

Encargos sociais

6,81

24,3

8,42

27,2

Previdência privada

2,08

7,4

2,31

7,4

Saúde

2,06

7,4

2,55

8,2

Educação

0,26

0,9

0,39

1,3

Outros benefícios

1,63

5,8

1,96

6,3

13,73

49,0

16,59

53,5

Total Indicadores sociais Tributos Projetos em meio ambiente Total

% sobre a RL

% sobre a RL

50,38

10,93

40,80

7,21

1,49

0,32

1,05

0,19

51,87

11,25

41,85

7,39

Indicadores do corpo funcional Funcionários

557

11

11

de nível superior (%)

30

30

turnover (%) Treinamento (horas/ano)

14

551

do sexo feminino (%)

4,5

0,9

20.000

30.361


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“... o Plano Diretor da Fábrica de Borracha Sintética, em cuja consecução levamos em consideração as diretrizes apontadas por V. Sas. no sentido de: • maior simplicidade possível no que diz respeito a estruturas, visando menos preço e prazo de execução; • possibilidade de expansões futuras tanto na área industrial como na administração e serviços auxiliares.”

Oscar Niemeyer outubro de 1959

Maquete do complexo industrial da Petroflex


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2000


Principais Indicadores 2000

1999

Legislação societária (R$ milhões ) Demonstração de resultados Receita líquida Lucro (prejuízo) operacional Lucro antes de IR/CSSL Lucro líquido (prejuízo) EBITDA

565,6 31,4 (19,6) (19,6) 44,9

460,8 80,7 7,8 1,0 99,3

Balanço patrimonial (R$ milhões) Disponível Outros ativos circulantes Imobilizado e diferido Outros ativos Total do ativo Financiamentos de curto prazo, inclusive juros Outros passivos circulantes Financiamentos de longo prazo, inclusive juros Outros exigíveis Patrimônio líquido Total do passivo

103,4 121,5 280,7 79,3 584,9 138,1 54,5 161,1 62,0 113,9 584,9

72,5 110,1 273,2 84,7 540,5 110,3 70,0 134,7 42,9 132,0 540,5

Demonstração da evolução da dívida líquida (R$ milhões) Geração total de caixa Investimentos (+) Recursos de terceiros (+) Variação de caixa Caixa final Dívida líquida, início de exercício Dívida líquida, final de exercício

(10,2) (22,6) 26,7 30,9 103,5 187,4 225,9

27,1 (12,2) 27,4 61,4 72,5 187,5 187,4

Produção e vendas (milhares de toneladas) Produção Vendas Estoques (31/12) Preço líquido médio global mi/me (US$/t)

328,6 326,1 16,2 892

328,1 324,9 14,2 732

131,0 671,8 666,3 19,8 (1,5) (12,7) (540,8) (476,0) (64,8)

155,2 546,9 539,0 24,7 (0,2) (16,6) (391,7) (324,5) (67,2)

33,8 40,8 75,9 (19,6)

30,4 14,6 109,2 1,0

Geração do valor adicionado (R$ milhões) Valor adicionado Entradas Vendas de bens e serviços Receitas financeiras Resultado não operacional e PDD Retenções Saídas Matérias-primas e bens de consumo Materiais, serviços de terceiros e outros Distribuição do valor adicionado Remuneração do trabalho Governo (impostos) Terceiros Lucro do exercício

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Demonstrações Contábeis 2000

P ARECER

DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Ao Conselho de Administração e Acionistas da Petroflex Indústria e Comércio S.A. Duque de Caxias - RJ

Examinamos os balanços patrimoniais da Petroflex Indústria e Comércio S.A. e os balanços patrimoniais consolidados dessa Empresa e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2000 e 1999, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria geralmente aplicadas no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Empresa e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Empresa e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Petroflex Indústria e Comércio S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada dessa Empresa e suas controladas, em 31 de dezembro de 2000 e 1999, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira. Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 6, a Empresa está discutindo judicialmente o direito de recuperar contribuições relativas ao PIS efetuadas no período de 1988 a 1995.

10 de janeiro de 2001 KPMG Auditores Independentes CRC-SP-14.428-“S”-RJ José M. Matos Nicolau Contador CRC-RJ-42.216/O-7 Manuel Fernandes Rodrigues de Sousa Contador CRC-RJ-052.428/O-2

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Demonstrações Contábeis 2000

B ALANÇOS

PATRIMONIAIS

Ativo Controladora 2000

1999

Consolidado 2000

1999

Circulante Caixa e bancos

378

2,879

29,242

5,495

103,072

69,639

110,246

69,980

Clientes

24,897

32,647

69,954

61,370

Partes relacionadas - clientes

81,561

32,131

237

24

Provisão para devedores duvidosos

(1,599)

(1,310)

(5,455)

(1,310)

(72,516)

(39,611)

(72,516)

(39,611)

2,420

2,214

-

-

66,813

46,450

76,522

8,678

35,732

8,678

35,732

-

(6,942)

-

(6,942)

Títulos vinculados ao mercado aberto Contas a receber:

Adiantamentos sobre cambiais de exportação Partes relacionadas - mútuo Estoques Direito creditório Provisão para deságio com direito creditório Venda de bens imóveis

-

136

-

136

Impostos a recuperar

7,838

5,145

7,838

5,145

Despesas pagas antecipadamente

2,310

1,529

2,310

1,529

Outros ativos circulantes

1,066

1,935

1,066

1,935

224,918

182,574

228,122

186,347

-

1,500

-

1,500

Realizável a longo prazo Clientes Partes relacionadas - mútuo

52,796

48,303

-

-

Impostos a recuperar

8,571

8,169

8,571

8,169

Depósitos judiciais

6,921

14,258

6,921

14,258 2,517

Imóveis para venda

800

2,517

800

1,208

366

1,208

366

70,296

75,113

17,500

26,810

Participações em controladas

4,504

4,097

-

-

Outros investimentos

4,472

5,488

4,472

5,488

280,669

273,179

280,669

273,179

-

-

466

659

Despesas pagas antecipadamente

Permanente Investimentos:

Imobilizado Diferido

289,645

282,764

285,607

279,326

584,859

540,451

531,229

492,483

Em milhares de reais

20


Demonstrações Contábeis 2000

Passivo Controladora 2000

Consolidado

1999

2000

1999

Circulante Empréstimos e financiamentos

134,848

50,311

134,848

53,935

Fornecedores de materiais e serviços

35,922

47,688

35,922

47,688

Partes relacionadas - fornecedores

10,033

9,060

10,033

9,060

Contrato de mútuo - partes relacionadas

2,420

2,214

-

-

Impostos, taxas e contribuições

3,813

8,311

4,021

8,357

Debêntures

3,290

60,035

3,290

60,035

Outros passivos circulantes

4,767

4,932

5,648

4,932

195,093

182,551

193,762

184,007

Empréstimos e financiamentos

46,312

87,228

46,312

87,228

Partes relacionadas - mútuo

92,914

82,334

40,117

34,031

Debêntures

74,664

13,416

74,664

13,416

Provisão para contingências

50,468

31,366

50,468

31,366

Imposto de renda e contribuição social diferidos

10,904

10,942

10,904

10,942

605

596

605

596

275,867

225,882

223,070

177,579

148,854

148,854

148,854

148,854

5,991

5,991

5,991

5,991

Exigível a longo prazo

Outros débitos

Patrimônio líquido Capital social atualizado Reservas de capital Reserva de reavaliação

24,146

25,097

24,146

25,097

Prejuízos acumulados

(65,092)

(47,924)

(64,594)

(49,045)

113,899

132,018

114,397

130,897

584,859

540,451

531,229

492,483

Em milhares de reais

21


Demonstrações Contábeis 2000

D EMONSTRAÇÕES

DE RESULTADOS Controladora

Consolidado

2000

1999

2000

1999

Receita dos produtos vendidos e serviços prestados Deduções: Impostos sobre as vendas Receita líquida

666,267

538,982

672,943

539,659

(100,616) 565,651

(78,164) 460,818

(100,616) 572,327

(78,164) 461,495

Custos dos produtos vendidos e serviços prestados Lucro bruto

(490,522) 75,129

(354,097) 106,721

(490,522) 81,805

(354,097) 107,398

(35,783) (17,615) 30,584 (79,151) 23 9,704 (92,238)

(30,872) (22,679) 45,180 (122,723) 160 27,576 (103,358)

(41,757) (17,658) 21,577 (70,029) 9,451 (98,416)

(32,086) (22,700) 23,520 (101,085) 27,195 (105,156)

(17,109) (2,447) (19,556) (19,556)

3,363 4,436 7,799 (4,637) (2,166) 996

(16,611) (2,447) (19,058) (19,058)

2,242 4,436 6,678 (4,637) (2,166) (125)

(0.028)

0.001

(0.027)

-

703, 795, 493

703, 795, 493

703, 795, 493

703, 795, 493

Receitas (despesas) operacionais Vendas Gerais e administrativas Receitas financeiras Despesas financeiras Resultado de equivalência patrimonial Outras receitas operacionais Lucro (prejuízo) operacional Resultado não operacional Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social Contribuição social diferida Lucro líquido (prejuízo) do exercício Lucro (prejuízo) por ação do capital no fim do exercício Quantidade de ações ao final do exercício

Em milhares de reais, exceto o lucro (prejuízo) por ação

D EMONSTRAÇÕES

DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social

Reservas de capital Incentivos fiscais

Futuro aumento de capital

Reserva de reavaliação

Prejuízos acumulados

Total

Saldos em 31 de dezembro de 1998 Ajuste de exercícios anteriores - contribuição social Baixa de reserva de reavaliação Realização da reserva de reavaliação Imposto de renda e contribuição social sobre baixa e realização da reserva de reavaliação Lucro líquido do exercício

148,854 -

2,003 -

3,988 -

26,622 (1,384) (893)

(48,684) (834) 893

132,783 (834) (1,384) -

-

-

-

752 -

(295) 996

457 996

Saldos em 31 de dezembro de 1999 Ajuste de exercícios anteriores - contribuição social Baixa de reserva de reavaliação Realização da reserva de reavaliação Imposto de renda e contribuição social sobre baixa e realização da reserva de reavaliação Prejuízo do exercício

148,854 -

2,003 -

3,988 -

25,097 (171) (818)

(47,924) 1,570 818

132,018 1,570 (171) -

-

-

-

38 -

(19,556)

38 (19,556)

Saldos em 31 de dezembro de 2000

148,854

2,003

3,988

24,146

(65,092)

113,899

Em milhares de reais

22


Demonstrações Contábeis 2000

D EMONSTRAÇÕES

DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Controladora

Consolidado

2000

1999

2000

1999

(19,556)

996

(19,058)

(125)

1,570

(834)

1,570

(834)

Depreciação e amortização

13,453

18,593

13,707

18,825

Variação monetária líquida

3,279

8,001

4,722

9,365

546

317

546

317

1,015

50

1,015

50

(23)

(160)

-

-

284

26,963

2,502

27,598

Empréstimos e financiamentos

49,010

100,492

49,010

100,492

Emissão de debêntures

60,000

60,732

60,000

60,732

Aumento líquido em outros exigíveis a longo prazo

19,559

16,598

19,559

16,685

9,310

-

9,310

-

137,879

177,822

137,879

177,909

138,163

204,785

140,381

205,507

Origens dos recursos Lucro líquido (prejuízo) do exercício Ajuste de exercícios anteriores Itens que não afetam o capital circulante:

Valor residual dos bens baixados do ativo permanente Provisão para desvalorização de investimentos Equivalência patrimonial Recursos originados das operações

Redução no realizável a longo prazo De terceiros

Aplicações de recursos Transferência de empréstimos e financiamentos para o passivo circulante

86,254

15,140

86,254

15,140

Transferência de debêntures para o passivo circulante

-

71,021

-

71,021

Aumento no realizável a longo prazo

-

519

-

577

21,660

13,692

21,660

13,692

-

1,479

-

1,479

447

1,794

447

1,794

108,361

103,645

108,361

103,703

29,802

101,140

32,020

101,804

42,344

114,727

41,775

118,324

(12,542)

(13,587)

(9,755)

(16,520)

29,802

101,140

32,020

101,804

Adições do imobilizado Adição no diferido Transferência de outros exigíveis a longo prazo para o passivo circulante

Aumento do capital circulante líquido Variações do capital circulante Ativo circulante Passivo circulante Aumento do capital circulante

Em milhares de reais

23


Demonstrações Contábeis 2000

1 C ONTEXTO

OPERACIONAL

A Petroflex Indústria e Comércio S.A. é uma sociedade anônima de capital aberto que tem como objetivo a produção de elastômeros e de petroquímicos diversos, a comercialização dos produtos de sua fabricação ou de terceiros, inclusive importação e exportação, a prestação de serviços técnicos e administrativos e a participação em outras sociedades. Dando continuidade à estratégia de alongamento da sua dívida, a Empresa realizou, no exercício, as seguintes operações: • Emissão de debêntures não conversíveis, no montante de R$60.000; • Operação com o BNDES para investimentos no valor de R$34.000; • Operação com o BNDES-EXIM no valor de US$5.000.

2 A PRESENTAÇÃO

DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

Descrição das principais práticas contábeis • Títulos vinculados ao mercado aberto Registrados ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, que não supera o valor de mercado e estão representados basicamente por fundos de renda fixa e Certificados de Depósito Bancário - CDB. • Provisão para devedores duvidosos Constituída sobre os créditos que envolvem riscos e em montante suficiente para a cobertura de possíveis perdas. • Adiantamentos de contratos de câmbio e sobre cambiais de exportação Demonstrados pelo valor original dos contratos acrescido da variação cambial até a data do balanço. • Estoques Avaliados ao custo médio de aquisição ou custo de produção, inferior ao valor de mercado. • Investimentos As participações acionárias permanentes relevantes em controladas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. Os demais saldos estão apresentados ao custo de aquisição, acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995, líquido de provisão para desvalorização para cobertura de perdas prováveis ou quando o custo for superior ao valor de mercado. • Imobilizado A Empresa, em janeiro de 1998, adotou o valor de mercado para a avaliação do ativo imobilizado existente. As adições, a partir de janeiro de 1998, estão avaliadas pelo custo de aquisição ou construção. As depreciações são computadas pelo método linear, tomando-se por base a estimativa de vida útil-econômica dos bens. • Imposto de renda e contribuição social Em 2000, a Empresa não apurou lucro tributável para fins de imposto de renda ou base positiva de contribuição social. Em 1999, o imposto de renda foi calculado à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescido do adicional de 10%, e a contribuição social, à alíquota de 12% sobre o lucro contábil ajustado. O imposto de renda e a contribuição social não são proporcionais ao resultado em função de diferenças temporárias. O imposto de renda diferido em 2000 e 1999, incidente sobre a reserva de reavaliação, foi calculado à alíquota de 15%, acrescido do adicional de 10%, e a contribuição social diferida, à alíquota de 9% (12% em 1999). • Reserva de reavaliação Decorrente de ativos próprios, cujo imposto de renda e contribuição social correspondentes estão classificados no exigível a longo prazo. A reserva de reavaliação está sendo realizada na mesma proporção da depreciação ou baixa dos ativos que a geraram. • Saldos das operações em moeda estrangeira Os saldos das operações em moeda estrangeira foram atualizados pela taxa de câmbio vigente na data do balanço.

24


Demonstrações Contábeis 2000

3 D EMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS CONSOLIDADAS

As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações da Petroflex Indústria e Comércio S.A. e suas controladas, Aranos S.A. e Petroflex International Ltd., cujos percentuais de participação estão divulgados na Nota 9.

Descrição dos principais procedimentos de consolidação • As demonstrações contábeis das controladas apresentam a mesma data-base da controladora e observam as mesmas práticas contábeis para sua elaboração. • Na consolidação foram eliminadas as participações da Petroflex Indústria e Comércio S.A. no patrimônio líquido das controladas, bem como saldos ativos e passivos, receitas, custos, despesas e lucros não realizados decorrentes de transações efetuadas entre a controladora e as controladas. A conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido está demonstrada a seguir: Resultado do exercício Controladora Eliminação do (lucro)/prejuízo auferido pela controladora em transações com a controlada Consolidado

Patrimônio líquido

2000

1999

2000

1999

(19.556)

996

113.899

132.018

498 (19.058)

(1.121) (125)

498 114.397

(1.121) 130.897

em milhares de reais

4 C ONTAS

A RECEBER

• Os três maiores clientes da Empresa representam aproximadamente 50% do faturamento no mercado interno, sendo o saldo em 2000 e 1999 de R$11.568 e R$3.518, respectivamente. • O faturamento para o mercado externo a partir de 2000 foi centralizado através da controlada Aranos S.A. • A Petroflex efetuou operações de pré-financiamento de exportação no valor total de R$89.942 (correspondentes a US$50.000), com vencimento em dezembro de 2001 ao custo de 11,9% a.a., oferecendo em garantia as exportações de sua subsidiária Aranos S.A. O saldo de R$52.668 encontra-se registrado na rubrica adiantamento sobre cambiais de exportação. • Também possui R$19.848 referentes a adiantamento sobre cambiais de exportação com outras instituições financeiras, ao custo de 10,7% a.a. com diversas datas de vencimento. • A Petroflex mantém operações de Vendor com alguns de seus principais clientes. O custo médio dessas operações no exercício situou-se, em média, em 1,73% ao mês, totalizando em 31 de dezembro de 2000 R$9.767 (R$8.151 em 1999) na controladora e no consolidado.

5 E STOQUES Controladora Produtos acabados Matérias-primas e produtos químicos (inclui importações em andamento e produtos em elaboração) Materiais de embalagem e de suprimento para manutenção Materiais em poder de terceiros Outros

Consolidado

2000

1999

2000

999

22.029

17.321

31.738

23.735

31.984 6.900 4.937 963

21.743 6.316 859 211

31.984 6.900 4.937 963

21.743 6.316 859 211

66.813

46.450

76.522

52.864

em milhares de reais

25


Demonstrações Contábeis 2000

6 D IREITO

CREDITÓRIO

Baseada em despacho decisório emitido pelo delegado da Receita Federal, que reconheceu o direito creditório relativo a indébito tributário, a Empresa contabilizou no exercício de 1999 o direito creditório referente ao diferencial dos valores pagos a título de Contribuições ao PIS/PASEP, feitos com base nos Decretos-Leis nºs 2.445/88 e 2.449/88, cuja execução foi suspensa por meio da Resolução nº 49/95 do Senado Federal, e aqueles devidos de acordo com a Lei Complementar nº 7/70. Este direito creditório pode ser utilizado na compensação de débitos vencidos ou vincendos, de tributos administrados pela Receita Federal e/ou transferidos a terceiros, para compensação de seus débitos tributários. Em 21 de março de 2000, o delegado da Receita Federal emitiu novo despacho decisório considerando que o referido direito está parcialmente prescrito e, em 8 de junho de 2000, emitiu despacho decisório autorizando a compensação dos créditos até o limite de R$740, atualizado até 30 de setembro de 1999. A Administração, consubstanciada em parecer de seus advogados, que são de opinião de que o prazo de prescrição é de 10 anos contados das datas dos respectivos fatos geradores, o que está amparado por jurisprudência favorável do Superior Tribunal de Justiça, entende que o direito à utilização dos créditos, inicialmente autorizados pelo delegado da Receita Federal no montante de R$34.236, é líquido e certo e compensou até 31 de dezembro de 2000 R$28.050 devidos a título de imposto de renda sobre o lucro, PIS e IPI. Para fazer face a possíveis perdas na transferência destes créditos, baseada nas condições de mercado, foi contabilizada, inicialmente, uma provisão para perdas com direito creditório de R$6.942, revertida em 2000, com a decisão da Empresa de compensar os referidos créditos, e contabilizada na rubrica Outras receitas operacionais.

7 D EPÓSITOS

JUDICIAIS

Tendo em vista a existência de dúvidas quanto à legalidade e constitucionalidade da cobrança de determinados tributos e encargos trabalhistas, foram ajuizados recursos judiciais efetuando-se depósitos em juízo dos valores questionados, para a Taxa de Organização e Regulamentação do Mercado da Borracha - TORMB, no valor de R$6.317, cujo andamento da causa está descrito na Nota 21.3, e Outros no valor de R$604.

8 I MPOSTOS

A RECUPERAR Controladora e consolidado

AIRE Finsocial - recuperação

2000

1999

1.287

1.287

629

629

IR sobre TORMB

1.867

1.867

Imposto de renda e contribuição social antecipados

2.267

2.805

ICMS a recuperar

7.838

4.468

IRRF a recuperar

2.520

1.501

IPI a recuperar

-

677

Outros

1

80

16.409

13.314

Curto prazo

7.838

5.145

Longo prazo

8.571

8.169

em milhares de reais

26


Demonstrações Contábeis 2000

9 I NVESTIMENTOS 9.1 Participações em controladas 2000 % de participação no capital

Capital social

Patrimônio líquido

Aranos S.A.

100

1.072

Petroflex International Ltd.

100

-

1999

Resultado do exercício

Resultado de equivalência patrimonial

Investimento pela equival. patrimonial

Resultado de equivalência patrimonial

Investimento pela equival. patrimonial

4.284

26

23

4.284

171

3.896

220

-

-

220

(11)

201

23

4.504

160

4.097

em milhares de reais

• As controladas estão localizadas no exterior e têm seus livros registrados em dólares norte-americanos. Os saldos apresentados em reais referem-se à conversão dos valores originais (dólares norte-americanos) pela taxa de câmbio em 31 de dezembro de 2000 e 31 de dezembro de 1999, respectivamente. • O capital aprovado (US$50 mil) para a Petroflex International Ltd. não foi integralizado até 31 de dezembro de 2000. • Em 25 de junho de 1997, em reunião do Conselho de Administração, foi deliberada a criação da Petroflex International Ltd., subsidiária integral da Petroflex Indústria e Comércio S.A., com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. Sua criação teve como objetivo básico a operacionalização do lançamento do Programa de Euro Commercial Papers, no montante de US$100 milhões.

9.2 Outros investimentos Estão representados em 2000 por obrigações da Eletrobrás R$4.868, deduzidos da Provisão para desvalorização de R$396. Em 1999, por obrigações da Eletrobrás R$4.868, Finor R$2.707 e Outros R$969, deduzidos da provisão para desvalorização de R$3.056.

10 I MOBILIZADO Custo Edificações e benfeitorias Equipamentos

Terrenos Projetos de expansão: Obras e instalações em andamento Direitos, concessões e outros

Depreciação

Controladora e consolidado líquido

2000

1999

2000

1999

2000

1999

85.844

82.312

(7.967)

(5.983)

77.877

76.329

226.684

206.002

(47.592)

(37.293)

179.092

168.709

312.528

288.314

(55.559)

(43.276)

256.969

245.038

9.406

9.406

-

-

9.406

9.406

13.333

17.750

-

-

13.333

17.750

1.946

1.901

(985)

(916)

961

985

24.685

29.057

(985)

(916)

23.700

28.141

337.213

317.371

(56.544)

(44.192)

280.669

273.179

em milhares de reais

O imobilizado é depreciado à taxa média anual de 2,6% para edifícios e benfeitorias e 5,6% para os demais equipamentos.

27


Demonstrações Contábeis 2000

11 E MPRÉSTIMOS

E FINANCIAMENTOS Curto prazo

Longo prazo

Curto prazo

2000 Financiamento ativo fixo: Moeda nacional:

Financiamento capital de giro: Moeda estrangeira: Importações

Juros sobre adiantamento de contrato de exportação Financiamento de exportação Pré-financiamento sobre exportação Adiantamento contrato de câmbio Moeda nacional: COMPOR Controladora Financiamento de capital de giro na controlada Aranos S.A. Consolidado

Longo prazo

Encargos

1999

7.440 7.440 84 5.932 1.054 370 127.408 127.408 54.368

39.956 39.956 24.761 15.195 6.356 6.356 -

13.975 13.975 6.649 5.882 1.354 90 36.336 27.083 24.630

21.035 21.035 20.037 998 66.193 66.193 -

725 27.213 45.102 134.848

6.356 46.312

1.792 196 123 342 9.253 9.253 50.311

21.468 44.725 87.228

134.848

46.312

3.624 53.935

87.228

TJLP + juros de 3,5% a.a. a 5,00% a.a. URTJLP + 12% a.a. Variação da TR + 7,33% a.a. TJLP + juros de 3% a.a. Juros de 10,87% a.a. a 15,20% a.a URTJ 15 + 10,5% a.a.

Variação cambial + LIBOR + spread de 0,5% a 2,45% a.a. + comissão de 0,30% a 3,0% a.a. + IR sobre juros de 12,50% a 15,0%

Variação cambial + 10,30% a 11,05% Variação cambial + juros de 11% a.a. a 11,79% Variação cambial + juros de 9,50% a 11,50% Juros de 20,5% a.a. + 1,5% de IOF

Juros de 12,00% a 12,50% em milhares de reais

Os vencimentos dos saldos a longo prazo estão assim divididos: Controladora e consolidado 2002 2003 2004

36.400 4.965 4.947 46.312 em milhares de reais

Como garantia dos empréstimos e financiamentos, são oferecidas securitização das exportações da Aranos, hipoteca em 1º grau dos imóveis onde estão implantados os conjuntos industriais, no Pólo Petroquímico de Triunfo - RS, Cabo - PE e Duque de Caxias - RJ, com alienação fiduciária dos equipamentos financiados e Notas Promissórias.

12 F ORNECEDORES

DE MATERIAIS E SERVIÇOS

As principais matérias-primas utilizadas pela Petroflex no processo produtivo são o butadieno e estireno, que representam na controladora e no consolidado 40% e 18% respectivamente do custo de produtos vendidos. As matérias-primas são adquiridas das centrais petroquímicas brasileiras (butadieno) e estrangeiras (estireno). O saldo de fornecedores com estas centrais em 2000 e 1999 é de R$45.955 e R$56.748, respectivamente.

28


Demonstrações Contábeis 2000

13 D EBÊNTURES Em 2000, com aprovação da AGE realizada em 21 de setembro de 2000 e registrada junto à Comissão de Valores Mobiliários - CVM sob o nº CVM/SER/DEB-00/37 de 13 de dezembro de 2000, foram emitidas 6.000 debêntures não conversíveis. Em 1999, com aprovação da AGE realizada em 23 de novembro de 1998 e registrada junto à Comissão de Valores Mobiliários - CVM sob o nº CVM/SER/DEB-99/01 de 27 de janeiro de 1999, foram emitidas 6.000 debêntures não conversíveis. Características

1ª emissão 1ª série

1ª emissão 2ª série

1ª emissão 3ª série

2ª emissão Série Única

3ª emissão Série Única

18.000 R$22.064 19/06/95

3.150 R$3.698 19/06/95

5.795 US$7.499 10/05/96

6.000 R$60.000 15/12/00

12% a.a., pagos anualmente a partir da emissão Prêmio Diferença positiva, se houver, entre TJPL + 10% a.a. e valor nominal + 12% a.a. Atualização monetária INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amortização do principal 30% no final do 3º ano, 30% no final do 4º ano, 40% no final do 5o ano Conversibilidade 4.000 ações pref. “A” até 28/02/98 por debêntures 2.800 ações pref. “A” de 1º/03/98 a 28/02/99 1.600 ações pref. “A” de 1º/03/99 a 1º/03/2000 Destinação dos títulos emitidos: Em circulação 18.000 Em tesouraria -

7,5% a.a. pagos semestralmente a partir da subscrição -

LIBOR + 1,5% a.a. pagos semestralmente a partir da subscrição -

6.000 R$60.000 25/03/99 - 782 26/03/99 - 100 27/04/99 - 1.130 02/07/99 - 1.200 02/09/99 - 946 08/09/99 - 566 21/10/99 - 1.276 Variação ANBID + 2,5% a.a.

INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor 8 anos

Quantidade Valor histórico da subscrição Data de subscrição

Juros

CDI + 1% a.a.

-

-

US$

Variação da ANBID

-

8 anos em uma única parcela em 2004

2 anos 30% - 01/12/99 30% - 01/06/00 40% - 01/12/00 Não conversíveis

25% 01/03/02 25% 01/09/02 25% 01/03/03 25% 01/09/03 Não conversíveis

6.000 -

6.000 -

4.000 ações pref. “A” durante a vigência do papel 4.000 ações por debêntures

4.000 ações pref. “A” durante a vigência do papel 4.000 ações por debêntures

3.150

5.795 -

Os valores atuais são a seguir demonstrados: 2000 Moeda estrangeira 1ª emissão: (3ª série) Principal Juros Moeda nacional 1ª emissão: (1ª e 2ª séries) Principal Juros 2ª emissão: (série única) Principal Juros 3ª emissão: (série única) Principal Juros

1999

Curto prazo 121

Longo prazo 14.664

Total 4.785

Curto prazo 147

Longo prazo 13.416

Total 13.563

121 3.169

14.664 60.000

14.664 121 63.169

147 59.888

13.416 -

13.416 147 59.888

-

-

-

11.874 5.296

-

11.874 5.296

-

-

-

42.000 718

-

42.000 718

3.169 3.290

60.000 74.664

60.000 3.169 77.954

60.035

13.416

73.451

em milhares de reais

Como garantia das debêntures, são oferecidos duplicatas a receber, garantia flutuante sobre debêntures, que poderão ser convertidas em ações preferenciais classe “A”, e Contratos de Fornecimento.

29


Demonstrações Contábeis 2000

14 T RANSAÇÕES

COM PARTES RELACIONADAS

As transações da Petroflex Indústria e Comércio S.A. com partes relacionadas ocorridas durante os exercícios foram efetuadas em condições usuais de mercado e compõem-se como se segue:

COPENE - Petroquímica do Nordeste SUZANO Aranos S.A. Unipar Comércio e Distribuidora S.A. Unipar Commerce & Distribution Inc. CEMAN - Central de Manutenção de Camaçari Petroflex International Ltd.

Contas a receber Curto prazo 81,324 237 81,561

Fornecedores Curto prazo 10,033 10,033

Contrato de mútuo ativo Curto prazo 2,420 2,420

Contrato de mútuo ativo Longo prazo 52,796 52,796

Contrato de mútuo passivo Curto prazo 2,420 2,420

Contrato de mútuo passivo Longo prazo 20,059 20,059 52,796 92,914

2000 Contas a receber Curto prazo 237 237

COPENE - Petroquímica do Nordeste SUZANO Aranos S.A. Unipar Comércio e Distribuidora S.A. Unipar Commerce & Distribution Inc. CEMAN - Central de Manutenção de Camaçari

15 P ATRIMÔNIO

Fornecedores Curto prazo 10,033 10,033

Contrato de mútuo passivo Longo prazo 20,059 20,058 40,117

Compras/ serviços

Vendas/ serviços

142,075 210 142,285

8,683 8,683

LÍQUIDO

Capital O capital subscrito e integralizado está representado por 472.591.080 ações ordinárias e 231.204.413 ações preferenciais, num total de 703.795.493 ações.

Dividendos Aos acionistas, é garantido um dividendo obrigatório de, pelo menos, 25% do lucro líquido do exercício, calculado nos termos da Lei das Empresas por Ações (Lei nº 6.404/76). Considerando a existência de prejuízos, não houve proposição de distribuição de dividendos.

16 A JUSTE

DE EXERCÍCIO ANTERIOR

-

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

O valor da contribuição social apurada em 1999 não foi compensado com um terço da COFINS conforme determina a Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, artigo 8º, e portanto foi revertido no exercício de 2000.

30


Demonstrações Contábeis 2000

Controladora 2000 Compras/ serviços

Vendas/ serviços

142,075 210 142,285

136,578 8,683 145,261

1999 Contas a receber Curto prazo 32,108 23 32,131

Fornecedores Curto prazo 9,060 9,060

Contrato de mútuo ativo Curto prazo 2,214 2,214

Contrato de mútuo ativo Longo prazo 48,303 48,303

Contrato de mútuo passivo Curto prazo 2,214 2,214

Contrato de mútuo passivo Longo prazo 17,015 17,016 48,303 82,334

Compras/ serviços

Vendas/ serviços

81,258 1,061 1,885 84,204

45,864 8,053 13 53,930

Consolidado 1999 Contas a receber Curto prazo 24 24

Fornecedores Curto prazo 9,060 9,060

Contrato de mútuo passivo Longo prazo 17,015 17,016 34,031

Compras/ serviços

Vendas/ serviços

81,258 1,061 1,885 84,204

8,053 13 8,066

Sobre os contratos de mútuo incidem juros de 16,5% a.a.

17 V ENDAS As vendas efetuadas pela Empresa estão distribuídas geograficamente como segue:

Brasil América do Sul América do Norte Europa Ásia/Oceania África Oriente Médio

18 R ESULTADO

2000

1999

69,5% 11,3% 4,0% 6,4% 8,5% 0,3% 100,0%

66,5% 11,1% 2,0% 11,7% 6,0% 1,7% 1,0% 100,0%

NÃO OPERACIONAL

Em 2000, refere-se a baixa de equipamentos desativados R$501, provisão para desvalorização de bens colocados à venda R$1.717, provisão para desvalorização de outros investimentos R$809, ganhos de investimentos em controladas no exterior R$383, e outros ganhos R$197. Em 1999, refere-se, basicamente, a indenização de seguro relativo a acidente ocorrido em um tanque de armazenamento de produtos químicos no valor de R$3.356 e ganho de capital decorrente de investimentos em controladas no exterior no valor de R$1.364.

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Demonstrações Contábeis 2000

19 C ONTRIBUIÇÃO

SOCIAL DIFERIDA

Com base na Deliberação CVM nº 273, de 20 de agosto de 1998 e em decorrência da Lei nº 9.779 de 19 de janeiro de 1999, artigo 14, que instituiu a indedutibilidade das despesas financeiras para fins de contribuição social, a Empresa, baseada em suas previsões orçamentárias para 1999, constituiu ativo de contribuição social diferida no valor de R$3.000, sendo R$2.166 relativos ao resultado do exercício e R$834 a resultado de exercícios anteriores. Com o advento da Medida Provisória nº 1807-1 de 25 de fevereiro de 1999 que revogou aquele artigo, o ativo constituído foi estornado no trimestre findo em 31 de março de 1999.

20 P LANOS

DE PREVIDÊNCIA

A Petroflex Indústria e Comércio S.A. (controladora) é patrocinadora da Fundação PETROBRÁS de Seguridade Social - PETROS e da PREVINOR - Associação de Previdência Privada. A PETROS vem discutindo judicialmente a exigibilidade do imposto de renda sobre os rendimentos das aplicações financeiras auferidos até 31 de dezembro de 1997. O valor sobre os citados rendimentos foi estimado em R$368 milhões, acrescido dos encargos moratórios até 30 de junho de 2000, e a PETROS não constituiu qualquer provisão por dispor de decisão judicial de primeira e segunda instâncias, em mandado de segurança, reconhecendo sua condição de entidade imune à incidência de todos os impostos. Embora o processo judicial esteja em fase de recursos da União ao Supremo Tribunal Federal, a PETROS entende como provável o reconhecimento dessa imunidade. As empresas mantenedoras da PETROS, de acordo com o Estatuto e a legislação vigente, se obrigam a proporcionar, se necessário, recursos financeiros adicionais caso se verifique insuficiência acentuada de reservas técnicas do plano. Até a presente data, a Petroflex Indústria e Comércio S.A. não foi solicitada a efetuar complementação para suprir as reservas técnicas. O superávit da PETROS, em junho de 2000, foi de R$114.224 mil (R$134.655 em junho de 1999) e o da PREVINOR (não auditado), R$37.949, em novembro de 2000 (R$15.684 em dezembro de 1999).

21 C ONTINGÊNCIAS Controladora e consolidado IPI tutela antecipada Salário educação tutela antecipada Taxa de Organização e Regulamentação do Mercado de Borracha - TORMB Autos de infração - IRPJ, ICMS e II Processos trabalhistas

2000 21.957 8.496 14.154 3.961 1.900 50.468

1999 12.310 2.580 12.321 3.451 704 31.366 em milhares de reais

A situação jurídica da Empresa engloba diversas ações judiciais envolvendo questões fiscais, trabalhistas e cíveis, decorrentes do curso normal de suas operações. A seguir estão descritos os principais processos em andamento:

21.1 IPI A Empresa, em litisconsórcio com outras empresas, ingressou com ação ordinária contra a União Federal, com o objetivo de assegurar o direito de se creditar do imposto sobre produtos industrializados - IPI, gerado na aquisição de produtos, isentos ou não incidentes, compensando-o com o próprio IPI gerado na saída de produtos e com outros tributos administrados e cobrados pela Receita Federal (Lei nº 9.430/96; Medida Provisória nº 1.788 e Instrução Normativa nº 21/79). Em agosto de 1999, o Poder Judiciário concedeu a antecipação dos efeitos da referida tutela, na forma requerida, para que se abstenha a União Federal, por qualquer de seus agentes e autoridades públicas, de eventual e precipitada execução fiscal das parcelas que serão compensadas, no curso da lide, de créditos de IPI, assim como a imposição de penalidades por realizar essa compensação, a inscrição indevida em “Cadastro de inadimplentes” ou recusar a obtenção de certidões negativas em relação às parcelas compensadas dos créditos de IPI com parcelas vincendas desse e demais tributos e contribuições da mesma espécie. Em 29 de março de 2000 o Tribunal Regional Federal declarou suspensa a referida tutela antecipada. A Empresa, a partir dessa data, deixou de efetuar compensações com esses créditos, permanecendo aquelas já efetuadas sub-júdice até decisão final.

32


Demonstrações Contábeis 2000

Em 11 de julho de 2000, foi publicada no Diário Oficial decisão de primeira instância na ação ordinária ajuizada contra a União Federal, julgando procedente em parte a ação, acolhendo quase que integralmente o valor postulado pela Empresa. Em 27 de novembro de 2000, foi julgado o Agravo Regimental interposto pela Empresa contra o efeito suspensivo dado ao Agravo de Instrumento interposto pela União Federal que havia suspendido os efeitos da tutela antecipada concedida. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, proveu o Agravo Regimental restabelecendo os efeitos da tutela antecipada, bem como julgou prejudicado o agravo de Instrumento interposto pela União Federal.

21.2 Salário educação tutela antecipada Em junho de 1999, foi concedida pela Justiça Federal a tutela antecipada do salário educação que trata de pedido de inexigibilidade da referida contribuição. Por conta desta decisão, a Empresa vem compensando o INSS parte Empresa e o próprio salário educação. Em 7 de junho de 2000, foi publicada no Diário Oficial decisão de primeira instância na ação ordinária ajuizada contra a União Federal, julgando procedente em parte a ação, acolhendo quase que integralmente o valor postulado pela Empresa.

21.3 Taxa de Organização e Regulamentação do Mercado da Borracha - TORMB Refere-se à provisão referente aos depósitos judiciais citados na Nota 7. Esta causa foi julgada em primeira instância favoravelmente à Empresa. Em 14 de novembro de 2000, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região julgou recurso de ofício em ação cautelar, dando parcial provimento ao apelo. O mesmo Tribunal autorizou o levantamento de 75% das importâncias depositadas pela Petroflex no curso da ação.

21.4 Autos de infração - IRPJ, ICMS, II e trabalhistas A Empresa está se defendendo de diversos autos de infração, lavrados pelas autoridades fiscais, relacionados a questionamentos do IRPJ, ICMS e Imposto de Importação bem como de causas relacionadas a assuntos trabalhistas, no montante aproximado de R$8.661. A administração, consubstanciada na opinião de seus consultores jurídicos, entende que, para a data-base de 31 de dezembro de 2000, em função de incerteza inerente a matéria tributária, torna-se difícil prever os resultados dos processos que envolvem a Petroflex Indústria e Comércio S.A., face ao estágio atual, à complexidade e à diversidade do conteúdo dos mesmos. A administração entende, também, que os encaminhamentos e providências legais cabíveis que já foram tomados em cada situação são suficientes para preservar o patrimônio da Empresa, não existindo indicação de necessidade de reconhecer quaisquer provisões para contingências adicionais em relação às contabilizadas no montante de R$3.961.

22 P REJUÍZOS

FISCAIS E BASE NEGATIVA DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

A Empresa apresenta prejuízos e créditos fiscais no montante de R$73.731 em 2000 (R$73.395 em 1999) e base negativa de contribuição social de R$66.056 em 2000 (R$66.137 em 1999), cujos créditos fiscais para futura compensação de imposto de renda e contribuição social não foram contabilizados em virtude do histórico de resultados da Empresa.

23 I NSTRUMENTOS

FINANCEIROS

Os valores contábeis, referentes aos instrumentos financeiros constantes no balanço patrimonial, quando comparados com valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo, ou na ausência deste, com o valor presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado, se aproximam, substancialmente, de seus correspondentes valores de mercado.

24 C OBERTURA

DE SEGUROS

Em 31 de dezembro de 2000, a Empresa possui cobertura de seguros contra incêndio e riscos diversos para os bens do ativo imobilizado e para os estoques, por valores considerados suficientes para cobrir eventuais perdas.

25 A RRENDAMENTO

MERCANTIL

A Empresa é arrendatária de equipamentos de computação, com opção de compra mediante contratos de arrendamento mercantil.

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Coordenação: Gerência de Relações Institucionais - Petroflex Edição: FSB Comunicações Textos: Thelmo Wambier - Wambier Comunicações Ltda. Projeto Gráfico: Mais Programação Visual Fotos: Beto Felício (fotos externas cor) Cláudia Dantas (foto diretor Luiz Carlos Lopes) Acervo Petroflex Fotolitos: Ace Digital Impressão: J.Sholna Reproduções Gráficas Ltda. Papel: impresso em Couché Reflex Matte L2 150 e 240 g/m2 e Vergé Drummond Classic 120 g/m2 da Cia. Suzano, produzido com recursos renováveis. Cada árvore foi plantada para este fim. Agradecimento: aos arquitetos, Ana Paula Colizzo e Gustavo de Oliveira Martins, ex-estagiários da Petroflex, que contribuíram para resgatar a história da construção da fábrica de Caxias.


Conselho de Administração: Max Feffer – Presidente Otto Vicente Perrone – Vice-Presidente Adhemar Magon Armando Guedes Coelho Isaac Plachta Luiz Mariano de Campos Marco Antonio Ferreira Ebert Maurício Medeiros de Alvarenga Roberto Pinho Dias Garcia Diretoria: Isaac Plachta – Diretor Superintendente Luiz Carlos Lopes – Diretor Financeiro e de Relações com o Mercado

À direita, caixa d’água fotos de 1963 e 2001


Sede – RJ Rua Marumbi, 600, Campos Elíseos CEP 25221-000 Duque de Caxias – RJ PABX: (21) 677.1241 Fax: (21) 776.1510 / 776.2663 Fábrica de Triunfo – RS BR-386 – Rodovia Tabaí – Canoas, km 419 Pólo Petroquímico Via de Contorno, 920, Complexo Básico CEP 95853-000 Triunfo – RS PABX: (51) 457.1144 Fax: (51) 457.1109 Fábrica de Cabo – PE BR-101, km 99 CEP 54510-900 Cabo – PE PABX: (81) 3521.7300 Fax: (81) 3521.1063 e-mail: petroflex@petroflex.com.br Home page: www.petroflex.com.br

Relatório Anual 2000


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