Boletim Informativo Clube Niteroiense de Montanhismo Ano IX – número 22 Fundado em 20/11/2004
Niterói, Setembro de 2013
Travessia Petrô-Terê
• Croqui: Amigo É Pra Essas Coisas e Falésia do Mau Caminho • • Resultado do Concurso Fotográfico • • Verão: Temporada de trilhas e cobras • • Após uma atividade árdua! • • Segurana acima de tudo •
2
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
MENSAGEM DO PRESIDENTE
SUGESTÃO DE LEITURA
Mais um CBE!
Tenha uma boa leitura!
Por Alex Figueiredo
Por Carlos Penedo
Olá Pessoal! Acabou o CBE 2013 e, com isso, uma nova fase se inicia! Mas primeiramente, cumpramos uma formalidade ... Aos guias que auxiliaram neste CBE, o mais profundo agradecimento não apenas da diretoria do CNM, mas da instituição. Lembremos que uma instituição é formada pelos seus membros e vocês foram incríveis!
More climbing anchors (de John Long): o autor apresenta o que uma boa ancoragem deve ter, tanto aquelas feitas com proteção fixa quanto com as móveis. A descrição de cada cenário é seguida por pontos positivios e negativos.
Aos novos escaladores/membros do CNM, sejam bem vindos! É um prazer recebê-los na instituição e um prazer estar na montanha com vocês. Agradecendo também a familia do sócio Allan Marra, sempre nos recebendo em nossas comemorações! Agora ... o que vocês estão fazendo aqui lendo e-mails? Vamos as rochas e trilhas! A estrada e ao pedal! Entramos agora na Primavera! O que significa que o Sol está na sua maior proximidade da Linha do Equador e caminha, inexoravelmente, em direção a nós, pobres mortais que moram logo abaixo do Trópico de Capricórnio, a 23° 43’ Latitude Sul.
Touching the void (Joe Simpson): é um clássico das histórias de sobrevivência e resitência humana. Relata o perrengue que dois escaladores passaram após um acidente que um deles sofreu nos Andes.
Resumindo, a temporada está no final, as rochas ficarão muito quentes daqui para frente ... Então, se querem um conselho, escalem, escalem, escalem! Curtam e respirem a natureza! Partilhem as fotos e histórias! Se divirtam na rocha, mas sempre com responsabilidade! Uma vez mais, SEJAM BEM VINDOS! Alex Figueiredo, presidente
Climbing Self Rescue: Improvising Solutions for Serious Situation (Andy Tyson). Livro de leitura obrigatória para quem se aventura pelas montanhas. Com várias fotos ao longo do livro, o autor descreve diferentes cenários que podem acontecer numa escalada e ensina o que fazer em cada situração.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
3
SAÚDE
FIQUE DE OLHO
Após atividade árdua!
Guia de Niterói
Por Guilherme Belém
Por Leandro do Carmo
Depois de uma atividade árdua, não precisamos de muito para nos lembrar da atividade. Os músculos e tendões a cada movimento fazem questão de nos dizer. O desconforto acontece na contração de qualquer músculo, estado corporal definido como “moído”. O que fazer? E porque isso acontece?
Segundo publicado no site da Companhia da Escalada (www.companhiadaescalada.com.br), eles irão fazer a nova edição do Guia de Escaladas de Itacoatiara, Niterói. Foi negociado com o Leo Nobre os direitos autorais do Guia de Escaladas de Niterói. Eles estão refazendo croquis, mapas e fotos. A previsão é o início de 2014.
Os mecanismo de proteção do nosso corpo, localizam o microtaumatismo onde já está sendo recuperado. A dor muscular serve para nos movimentarmos menos, afim de auxiliar o processo. Não temos que falar do ácido lático, pois fora comprovado que o mesmo será ressintetizado pelo fígado em até uma hora pós atividade. Então o que realmente acontece?
A região de Itacoatiara está inserida no Parque Estadual da Serra da Tiririca Conta com diversos setores e mais de 100 vias dos mais variados estilos e graduação. Podemos dizer que a região é o principal ponto de escalada da cidade.
Acontece que o corpo é uma máquina, que usa a energia química derivada dos alimentos, para transformá-la em energia cinética (movimentos). Dessa atividade resulta algum desgaste muscular, muita função química celular (bioenergética) e seus lixos orgânicos na musculatura. A hipertrofia muscular (aumento da área de secção transversa da fibra muscular) por exemplo pode se dar por reposição protéica e/ou retenção hídrica no sarcoplasma ( essa aguda e aquela crônica). Tais reações deixam seus “lixos” no tecido muscular. Assim, o indicado é trabalhar um treino bem residual. Onde o esforço é mínimo para não prejudicar a regeneração da área microlesionada e remover o “lixo” do músculo. Esse treino irá acelerar o fluxo sanguíneo e atenuará a dor até que cesse . Devo lembrar que a recuperação ativa é nos casos de dor muscular causada por um grande esforço e não a lesão propriamente dita. Temos como exemplo a travessia Terê-petrô (muito intensa), no dia seguinte realizar uma caminhada bem leve e de curta duração. Grande abraço! Guilherme Belém- Consultor e Autor PitbullAventura. Cref: 028167 G/RJ.
Se levarmos em conta o sucesso dos Guias da Urca e Floresta da Tijuca, com certeza teremos uma grande publicação.
4
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
ACONTECEU
Concurso Fotográfico
Carlos Penedo: O Freezer
Por Leandro do Carmo
O concurso fotográfico Entre 4 Paredes chegou ao seu fim Os internautas escolheram suas fotos preferida, por meio de curtidas no grupo do Clube Niteroiense de Montanhismo, no Facebook Agradecemos a todos pela participação Seguem as fotos escolhidas
Carlos Penedo: Vermelho Para Esquentar
Carlos Penedo: Vale do Yosemite
Leandro do Carmo: Os Dedos
Leandro do Carmo: Nosso Caminho e Nosso Obetivo
Leandro do Carmo: Vai Que Dá
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
5
Diogo Grumser: Montanhismo e Futebol, Uma Combinação
Diogo Grumser: Montanhas do Avatar
Diogo Grumser: Rua Sacopâ de Bike
Eny Hertz: Amanhecer em Tores Del Paine
Eny Hertz: Tores Del Paine
Eny Hertz: Lago na Patagônia
6
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
CROQUI
Conquista: Amigo é Pra Essas Coisas Por Leandro do Carmo
A primeira enfiada começa com um grampo bem alto, uma linha reta, sem muita dificuldade. A partir desse grampo, segue em diagonal para a direita, costura mais uma proteção e em seguida vem a primeira parada. Ela fica acima de um pequeno platô, que não foi usado para evitar o desgaste da vegetação. A partir da segunda enfiada a via começa a melhorar. Saindo da parada, segue mais uma diagonal para a direita, até o grampo, no início de um trecho mais íngreme. O primeiro lance de III da via. Boas agarras, mas é preciso escolher a melhor, muitas ainda por quebrar. Mais um grampo e segue para o lance em aderência. Um IVsup, algumas passadas numa parede esfarelando até o próximo grampo. A partir daí a dificuldade diminui até que se chega na segunda parada. Aí começa o trecho mais sujo da via. Toda em diagonal. Para não se perder, mirar um pequeno arbusto, abaixo de um platô, na base de uma parede limpa, quase no topo e seguir em diagonal. Vem dois grampos e um lance exposto até a terceira parada. A quarta enfiada é a mais técnica. Uma saída, num VII sem agarras. Uma passada que dá para artificializar, utilizando o grampo da parada e costurando um grampo logo acima. Dali segue até um pequeno platô, onde tem um grampo e mais um lance técnico, um IVsup. Uma agarra abaixo do grampo para o pé direito e uma do lado esquerdo, mais acima, para o pé esquerdo. Depois segue uma aderência, onde chega num matinho, é cruzá-lo que se chega numa pequena laje de pedra, onde tem um grampo e se faz a quarta e última parada.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
7
CROQUI
Falésia do Mau Caminho Por Luiz Andrade
Utilizando a mesma trilha de acesso em direção as vias esportivas do Peixotão( apelido carinhoso ), o acesso ao novo setor está localizado no meio dessa trilha. Para chegar lá é simples :logo após a primeira descida da trilha, cruzar a drenagem natural de pedras subindo a esquerda ( antes ainda do pequeno bananal ) por poucos metros antes de acessar o Mau Caminho. O lugar já era conhecido, mas somente no inicio de Junho/13 a comunidade voltou a visitar o Mau Caminho percebendo o potencial de muitas vias interessantes... seguindo as recomendações para aberturas de novas vias dentro do PESET e as regras de mínimo impacto, as primeiras vias começaram a ser abertas. Tivemos muito trabalho pra preparar o local pensando não somente nas conquistas mas também nas futuras repetições... o setor precisou de alguns ajustes : a pequena trilha de acesso, retirada de troncos caídos e blocos duvidosos da própria falésia, etc. Foi muita ralação ! Nascia assim o setor Mau Caminho. A primeira via aberta foi a Via Zero 5 E2/E3 conquistada por Alexandre Langer e Luiz Andrade realizada toda em móvel. A partir dela surgiu um dos clássicos do setor O Crime 5+ aberta pelos mesmos conquistadores e também Rafael Arend. Logo a noticia se espalhou entre a comunidade de conquistadores e escaladores locais e recebeu uma série de
conquistas, primeiras ascensões e muitas cadenas. Daniel Olho, Fabio Gollum, Luna Pombo, Russel Siqueira, Guga Macedo entre outros são alguns dos que contribuíram para a abertura desse setor. O mais interessante do Mau Caminho é que uma boa parte das vias esta abaixo do 6 grau possibilitando aos novos escaladores a possibilidade de guiar linhas esportivas ´fáceis´ - o que faltava em Niterói. Além de O Crime 5+, destacam-se no setor :Invasores 5+, Evidências Ocultas 5+ e Penetras 7a. As vias mais difíceis foram as ultimas a serem conquistadas pois estão localizadas na parte mais negativa da falésia onde algumas agarras receberam o reforço da famosa Sikadur para garantir integridade e longevidade das vias. Trombadinhas 7b/c, Mau Elemento 8a/b e Habeas Corpus ?são alguns exemplos estando essa ultima aguardando ainda sua primeira cadena ( um possível nono grau ). Ainda é possível escalar algumas variantes conectando vias como a Var. Mau Trombadinha 7c, a Var. Intrusos 7b e outras que surgem da criatividade dos que frequentam o local. Parabens a todos os que ajudaram direta e indiretamente o desenvolvimento do Mau Caminho que aguarda a visita de escaladores em busca de vias novas para on-sight, flash e até mesmo os raros firstascents em Niterói.
8
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
AMBIENTE
Verão: temporada de trilhas e cobras Por Luiza Perin*
Fazer trilha para simplesmente caminhar na mata ou para chegar ao cume de uma montanha - ou ainda para chegar à base de uma via de escalada - é uma atividade relaxante. Mesmo quando difícil e árduo para o corpo, a mente se beneficia com os resultados da endorfina produzida por uma caminhada na mata. Mas para quem curte trilhas, escaladas e caminhadas, vale ficar atento: é preciso relaxar a mente, mas se manter sempre alerta à presença de animais peçonhentos. Normalmente, as condições naturais da região, considerando clima e época do ano, são dicas para sinalizar a probabilidade maior ou menor de encontrar serpentes em seu caminho. No verão ocorre a reprodução das serpentes e é nesta época - quando está mais calor - que estes répteis se encontram em maior atividade na mata, circulando com mais freqüência para caçar, para fazer a termorregulação (regulação da temperatura corpórea com exposição ao Sol ou se escondendo dele) e para buscar parceiros para o acasalamento. A reprodução das serpentes envolve interessantes fenômenos biológicos, entre eles o fato de algumas espécies serem ovíparas - que botam ovos - e outras vivíparas - quem fazem o parto de seus filhotes como os mamíferos. No Brasil, a maioria das cobras é ovípara. As serpentes ovíparas fazem a postura em ambientes com muita umidade e pouca variação de temperatura, como tocas no chão, troncos ocos em decomposição e sob pedras, e os ovos demoram entre 40 e 70 dias para eclodir. Vindo de ovos ou não, quando nascem, os filhotes de serpente já tem capacidade de sobreviver sozinho, não necessitando de cuidados parentais. O instinto de caça e defesa é natural no neonato da serpente. No caso das venenosas, o filhote já é dotado de veneno suficiente para capturar seu alimento. Desvendando mitos: Existe o mito de que, no caso de cobras venenosas, os filhotes são mais perigosos que adultos, mas isto não é uma verdade. Independente da composição química do veneno ao longo da vida, o indivíduo adulto pode injetar muito mais veneno que um filhote, tornando um acidente muito mais grave. Nas florestas urbanas do Rio e Niterói a serpente venenosa mais comum é a jararaca. As jararacas são vivíparas e seus filhotes nascem com cerca de 20 centímetros de comprimento entre os meses de fevereiro e março em ninhadas de 3 a 35 filhotes. Tão logo nascem
se espalham pela mata à procura de alimento e, neste momento, aumentam as chances de algum caminhante descalço ser picado ao pisar acidentalmente em um filhote. Vale lembrar: O uso de calçado apropriado para caminhar na mata pode prevenir os acidentes com animais peçonhentos. Fique atento aos locais onde pisa e coloca suas mãos. Não mexa ou sente em folhas, gravetos e pedras sem antes averiguar o terreno vistoriando a presença de cobras. Depois de todas estas informações, continue relaxando ao caminhar na mata... Mas sempre atento!
*Luiza é bióloga do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Trabalhou no Instituto Vital Brazil por oito anos com educação ambiental e manejo de serpentes.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
9
RELATO
Travessia Petrô-Terê Por Leandro do Carmo
Primeiro dia Portaria de Petrópolis (Bonfim) – Abrigo do Açú Distância: 7 Km Desnível: 1.100 m Tempo: 04 h 25 min Características: 1ª parte – forte subida; 2ª parte – misto de lafes e trilhas, a orientação pode ficar comprometida caso não tenha visibilidade; um ponto de água (Ajax). Decidimos sair de Niterói às 06:30 h do dia 12, sexta-feira. Queríamos chegar cedo para curtir bastante o local e o caminho até o Açu. Fomos de carro até a sede de Petrópolis, no Bonfim, onde combinamos com o Edson, vigilante do Parque, para levar o carro até a sede de Teresópolis no domingo, nosso tão esperado destino. Decisão acertada! Não tem preço o conforto. Iríamos perder muito tempo pegando ônibus... Já na sede, reverti os valores pagos pelo meu irmão em serviços nos abrigos, como banho quente e uso de cozinha, apesar de estar levando fogareiro. Batemos algumas fotos e iniciamos a subida. O começo é um passeio. Caminhamos sempre ouvindo o barulho do rio à nossa esquerda. Ultrapassamos alguns grandes grupos. Por cerca de 45 minutos, seguimos até encontrarmos a bifurcação que indicava o caminho para a Cachoeira do Véu da Noiva e Gruta do Presidente e a subida para o Açu. Uma parada rápida. A partir daí, a
coisa começa a apertar. Fomos subindo sem dar trégua. Já podíamos avistar de perto o Alicate e todo o vale do Bonfim. Chegamos à conhecida Pedra do Queijo. Agora, uma pausa maior. Um lanchinho para recarregar as baterias e algumas fotos! Dali já dava para ver o que tínhamos que subir. Mas para que pensar no fim, se não chegamos nem a metade? Nascer do sol no EcoCamping em Torres del Paine Mochila nas costas, seguimos em direção ao nosso segundo ponto de referência: O Ajax. Lugar onde existia um ponto de acampamento, o que não é mais permitido, e o último ponto de captação de água antes do Açu. Passamos por ele paramos um pouco mais a frente, numa sombra. A partir do Ajax, era com a gente. O Collares só conhecia o caminho até ali. Seguimos subindo um pouco e depois descemos para subir a tão esperada “Subida da Isabeloca”, última subida forte antes das lajes de pedra. Seguimos... O peso da mochila já dava seus sinais de boas vindas... Em pequenos passos fomos vencendo a subida metro por metro... um visual fantástico, por vezes levava o cansaço embora, mas logo ele estava de volta! Enfim, chegamos nas lajes de pedra. Primeiro ponto da travessia onde é possível se perder. Mas com esse tempo aberto, muito difícil. Além dos tradicionais totens, a linha esbranquiçada na pedra, o caminho está marcado com setas de metal presas a laje. As amarelas, indicando Teresópolis e as brancas, Petrópolis. Foi assim até o lance do mergulho, antes do cavalinho... Dali, já dava para ver a Baía de Guanabara, o Mourão, Pão-deAçúcar, Pedra da Gávea, São João de Rio das Ostras.... A vista estava impressionante. Uma sensação única, difícil de descrever... Seguimos o caminho sem erro, ou melhor, quase sem erro. Eu e o Michael seguimos um pouco mais rápido e perdemos contato visual com o Collares, que saiu um pouco da trilha. Decidimos que nunca mais nos distanciaríamos. Pequenas subidas, descidas, zig-zags, e avistamos os Castelos do Açú . Não tinha mais erro. Contornamos o Morro do Acú a direita e seguimos em direção aos castelos, onde fica o Abrigo 1. Caminhamos com cuidado, o chão estava muito molhado, meio brejo, onde se pode afundar o pé na lama com facilidade. Com cuidado, seguimos e já avistamos o Abrigo do Açú a nossa esquerda. Ao chegar no Abrigo do Açú, fomos muito bem recebidos pelo Hamilton, guarda parque de plantão. Impecável organização! Entramos e ouvimos as regras e fui
10
para o quarto do bivaque, me preparar para o banho quente. Fomos super bem, até mais rápido do que esperávamos, fizemos em 04 h 25 min essa primeira parte da travessia. Estava muito tranquilo e não senti tanto, talvez porque fosse o primeiro dia... Tinha que esperar o dia seguinte. Como ainda estava cedo, tínhamos tempo para fazer tudo bem devagar. Essa é a vantagem de fazer a travessia em três dias e saindo bem cedo, também no primeiro dia. O banho quente reanimou! O vento frio deu lugar a uma agradável temperatura dentro do abrigo. Vesti roupas secas e fui preparar o meu almoço. Comida liofilizada é um luxo. Nesse primeiro dia comi macarrão a bolonhesa com feijão. Um almoço de primeira! O pessoal que já estava no abrigo e os que chegaram, ajudaram a completar o bom clima no local. Tudo muito agradável. Uma rápida descansada e fomos dar um volta pelo Açú. Conhecemos os Castelos, o Abrigo 1, feito rusticamente com pedras empilhadas uma a uma. Subimos até um mirante por uma corda para apreciar um pouco a vista. Por dentro dos Castelos, já dava para perceber o porque desse nome... Como já estava dando a hora, subimos até o cume do Açú, onde tem a cruz em homenagem a montanhistas mortos por um raio tempos atrás, queríamos ver o por do sol. Estava tudo Geleira Greyfechado, um vento forte. Ainda bem que estava com o anorak, meu companheiro de travessia! Por um instante, o tempo abriu! A vista era algo impressionante! De um lado dava para ver o Sino, Garrafão e até os Três Picos!!! Pelo outro, Região dos Lagos, Baía de Guanabara, Pedra da Gávea, Ilha Grande e até o Pico do Frade, em Angra dos Reis! 360º de pura beleza. Fiquei impressionado! Mas foi só o sol se por que o frio aumentou drasticamente. Mesmo com toda aquela roupa, estava ficando impossível estar ali. Descemos até o abrigo, fizemos um lanche reforçado,
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
conversamos um pouco e fomos dormir. Era concentrar para acordar bem no dia mais importante da travessia! Segundo dia Abrigo do Açú – Abrigo 4 (Pedra do Sino) Distância: 10 Km Desnível: subidas e descidas, com altura máxima de 2.205 m (Morro da Luva) e mínima de 1.957 m (Vale das Antas) Tempo: 05 h 54 min Características: misto de fortes subidas e descidas; difícil orientação; a parte mais exigente da travessia; alguns lances técnicos e expostos; vários pontos de água; É difícil dormir com um entra e sai no quarto, mas é fácil acordar de manhã. Estava de pé por volta das seis. Tomei um café e fui arrumar a mochila. O Michael já havia saído para ver o nascer do sol. Tudo pronto, fiquei esperando o Collares. Enquanto isso fui batendo um papo com o pessoal que iria para a travessia também. Eu e o Michael demos uma alongada enquanto vigiava o tempo. Muito encoberto pela forte serração, mas quando abrisse... Hoje prometia!!! E assim começamos a caminhada, eram 08h10min. Seguimos pela área de camping que fica ao lado do Abrigo do Açu, em direção ao Morro do Marco. Uma trilha bem marcada, não tem erro. Descemos por um misto de laje e trilha e depois subimos até chegarmos na crista do Morro do Marco, seguimos à direita e começamos a descer para a esquerda. O totens e as setas de metal no chão, vão marcado o caminho. A descida também é um misto de laje de pedra e pequenas Torres trilhas. del Fomos Paineassim até chegar
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
11
ao Vale da Luva, nos pés do Morro da Luva. Passamos por um riacho e subimos forte até o cume do Morro da Luva. Essa subida foi chata. Muito íngreme no começo e muito molhada, dificultando bastante. Demos uma parada numa pequena pedra, uma espécie de mirante, onde observávamos os outros grupos em fila indiana descendo o Morro do Marco. Um belo visual. Aproveitamos para fazer um lanche rápido. Mais um pouco de subida, outra pedra e seguimos a trilha para direita, em direção ao cume, também molhada e com muita lama, que por sinal nos acompanhou até o final da travessia! No cume do Morro da Luva, seguimos um pouco para a direita e começamos a descer para a esquerda. A trilha continua bem marcada, é só seguir o totens e setas de metal. Na descida já dá para ver a trilha seguindo reto para a direita no fundo do vale. Já no fundo do vale, cruzamos um terreno com lama e água e seguimos à direita, reto, até umas lajes de pedra, com pequenas quedinhas d’água. Considerei esse ponto e a descida antes do dinossauro como os pontos mais difíceis de orientação. Isso se você não estiver enxergando nada! Pois fora isso, é um passeio! Quando chegamos nas quedinhas d’água, viramos levemente para a esquerda e fomos em direção ao fundo do vale, sempre na cola dos totens e setas! O caminho é por uma laje, seguindo o rio sempre a esquerda. Dali já dava para ver, no fundo e a esquerda, o lance do elevador. No final, viramos a esquerda, cruzando alguns corrimões e pequenas pontes e estávamos de frente para a grande escada
mais um grupo passando pelas pequenas pontes que antecedem o lance do elevador. De frente já dava para ver o Morro do Dinossauro, teríamos que chegar ao cume dele, para então descer até o Vale das Antas... Aí é um ponto onde dizem para ter cuidado. E assim fomos, seguindo os totens e setas até a passagem para o Morro do Dinossauro. Fomos contornando essa pedra, nunca descendo muito, pois no final havia um vale imenso. Chegamos tranquilos, mas não achamos os grampos que podem ser usados na descida. Acho que no começo descemos um pouco e não vimos essa grande descida, mas sem problemas... Estávamos certos e seguindo para o ponto onde víamos a divisão, muito sutil, de duas cristas, sempre seguindo a trilha bem marcada, totens e setas... Quando ultrapassamos o cume, já vendo o garrafão a nossa frente, foi uma sensação fantástica.... Tivemos que parar para bater fotos, foi instantâneo!!! Dali de cima vimos o Vale das Antas, numa diagonal para a esquerda e ficou fácil achar o caminho e chegar ao fundo do Vale. Até chegarmos ao local onde se acampava, passamos por enormes poças d’água e lama. Uma verdadeira aventura desviar disso tudo! Dei uma rápida olhada no entorno, enquanto esperava o Michael e o Collares. É impressionante como as pessoas largam suas fezes de qualquer jeito, nem para terem o cuidado de enterrar! Uns verdadeiros animais! Mais uma pausa para um lanche e água.
de vergalhão fincado na rocha: o famoso elevador! Vencemos as dezenas de degraus numa parede bem íngreme e molhada. Mais acima fizemos outra breve parada e vimos
Já tínhamos percorrido mais da metade e estávamos muito bem. Estávamos tranquilos em todos os aspectos. Sem nenhum contratempo! Ah! Esqueci de falar que ligamos o GPS umas 3 vezes só para ver se ele estava funcionando e se marcava bem os pontos de orientação!
12
No Vale das Antas, tem a maior nascente do Rio Soberbo. Uma água cristalina e gelada! Cruzamos o rio por uma pequena ponte de madeira e tocamos para cima. Mais uma subida! A essa altura, tudo vai ficando difícil. Mais uma curta descida, e chegamos num verdadeiro atoleiro. Passei pendurado numa pequena árvore, para evitar que afundasse o pé na lama. E deu certo! Cruzamos mais um riacho que passa por baixo de uma raiz e começamos a subir forte novamente. Mais acima, chegamos na Pedra da Baleia e depois a mais uma pedra, um pouco menor que ela. Subimos mais um pouco e seguimos descendo para o Vale dos Sete Ecos, numa óbvia trilha para a esquerda. O paredão do Sino Impressiona nesse ponto. A serração as vezes ficava forte. O vento não dava trégua! Rapidamente descemos e vencemos o lance do mergulho. Fui na frente e pequei as mochilas para facilitar. A partir daí não tinha mais erro!
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
Ali, verifiquei que tinha sinal de celular. Aproveitei para ligar para casa, pois havia dois dias que não falava com ninguém! Já estava com saudade da minha esposa e do meu filho. Mandei algumas mensagens para o pessoal do Clube que ficou e seguimos até o Abrigo 4. Na chegada, o Abrigo ainda estava vazio. Como ficaria na barraca com o Collares, deixei logo a mochila lá e fui tomar aquele banho! Depois de estar aquecido, limpo e seco, descansei um pouco na varanda do Abrigo e ficamos batendo um papo! Chegou um grupo de CET que veio rápido e leve direto do Bonfim, perguntei sobre o Alfredo, pois estaria com eles. Me disseram que ele vinha bem atrás. Fui preparar o almoço. Fiz um arroz, feijão e strogonoff de frango. Comi ferozmente!!! Depois da
Faltava pouco! Mais uma subida forte. Depois de horas subindo e descendo... A prova final! Em passos curtos, fui vencendo a única passagem para a Pedra do Sino. Finalmente chegamos ao lance do Cavalinho! Um pedra atravessada na trilha, onde para vencê-la, tem que literalmente montá-la! Deixei a mochila na base e venci o lance. Já no alto, o Collares me passou as mochilas para facilitar a subida dele e do Michael. Vencido o lance do Cavalinho, seguimos subindo até uma escada
de ferro. Passamos por ela e foi só contornar o Sino até ver a formação de pedras que parecem uma miniatura dos Castelos do Açú. A Travessia estava vencida! Teoricamente, ainda faltava a descida do Sino, mas a descida do dia seguinte era como passear no parque! Uma grande emoção!!! Depois de 05:30 estávamos lá!
barriga cheia, aproveitamos para ir a Pedra da Baleia. O tempo estava bem fechado. As nuvens impediam a gente de ver alguma coisa. Achava que o pôr-do-sol tinha ido por água a baixo... Mas não desista nunca! Fomos em direção ao cume do Sino e aguardamos um pouco. Quando o tempo ameaçou abrir... Não só ameaçou como abriu espetacularmente! Nos brindou com um belo pôr do sol!!!! Muitas fotos para coroar nossa vitória! Pode até parecer fácil para uns, mas para fim foi um grande desafio estar ali. A vista mais comum da Ruta 40 Assim que o sol foi embora, descemos rapidamente, pois veio o frio! Voltamos para o Abrigo 4. Preparei um chocolate quente, comi alguns pães e fui dormir. Agora era só esperar a noite passar para voltarmos para casa... Terceiro dia Abrigo 4 (Pedra do Sino) – Barragem (Sede Teresópolis) Distância: 11 Km
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
Desnível: -1.000 m Tempo: 03 h 35 min Característica: descida longa e tranquila pelas curvas de nível; muito ponto de captação de água; impossível se perder! No terceiro dia, acordei cedo e fui sozinho a Pedra da Baleia ver o sol nascer, mas não dava para ver nada... Uma forte neblina cobria tudo. Voltei meio desapontado e preparei o café da manhã. Um café com leite e alguns pães deram uma aquecida. Na madrugada, choveu um pouco e o dia amanheceu muito fechado, mas tinha a sensação de que o tempo iria abrir. Começamos a levantar acampamento... Foi um final de semana que ficará na lembrança... A todo momento comentávamos como havíamos ido bem na Travessia. Tudo dentro do programado, sem problemas. Fomos até mais rápido do que esperávamos. É claro que o tempo ajudou! Mas estávamos lá... indo embora, deixando saudades... A vontade de ficar era muita, mas começamos a descer... De vez em quando olhava para trás e via o abrigo meio escondido pela neblina... Na altura da Cota 2000, aproveitamos para sair da trilha e seguir até um ponto onde dava para ver o Mirante do Inferno e a ponta da Agulha do Diabo... Só para dar água na boca! O céu já estava aberto, nenhuma nuvem no céu. A vista estava fantástica! Voltamos ao caminho normal e fizemos nossa parada no mirante do antigo Abrigo 3, onde aproveitamos para fazer um lanche. Seguimos descendo... Passamos pela Cachoeira do Papel e fizemos nossa última parada na Cachoeira do Véu da Noiva. Dali, seguimos descendo até a barragem. Foi um alívio ver o carro ali parado! O Edson caprichou e deixou o carro lá em cima! Nos cumprimentamos e batemos a tradicional foto de chegada!!!! Depois de três dias, duas noites, muita caminhada e muito frio, estávamos lá. Tínhamos completado um de nossos grandes sonhos: Travessia Petrópolis – Teresópolis! E como se diz: MISSÃO DADA, É MISSÃO CUMPRIDA!!!!
13
14
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
SEGURANÇA
Segurança acima de tudo! Por Eny Hertz
O esporte de escalada popularizou-se bastante nos últimos anos, e com isto a quantidade de acidentes vem crescendo assustadoramente. Sempre tivemos o escalador que ensina os amigos e estes ensinam outros tantos. Isso é válido desde que o primeiro a ensinar tenha total consciência que acidentes em escaladas podem matar e explique isto com todas as palavras possíveis. E que perceba que os alunos não negligenciarão na segurança. Um acidente muitas vezes é a somatória de decisões, muitas vezes não tão convenientes naquele momento. Algumas recomendações baseadas em acidentes nos últimos anos. 1 - Incentivar outros procedimentos mais modernos ou que se tornaram populares, pode promover uma dinâmica não segura e acidentes podem acontecer. Por exemplo: a localização do aparelho de freio na cadeirinha, e o back up em relação a este aparelho; a colocação de fitas em grampos mal batidos para que não haja efeito alavanca. O outro pode quere experimentar este procedimento naquele momento e se expor a uma situação de risco. Espere o final da escalada para dar toques de outros métodos, ou marque uma ida a um campo escola para o treinamento de mudanças de procedimentos. Sempre fique no que você se sente mais seguro. 2 - Ao final de uma escalada com duas cordadas, alguns escaladores acreditam que rapelar unindo as duas cordas fará que cheguem mais rápido à base. É aí que mora o perigo: qual nó usar? Oito? Pescador duplo? Nó de montanha? Ou...? Puxar 60 metros com um nó que pode prender numa fenda, num grampo mal batido, numa planta deve ser levado em consideração na opção. Rapelar com uma corda te dará a segurança de que com qualquer problema, haverá outra para continuar a descer e ou subir para resgatar a corda presa. Caso resolva unir as cordas no “tudo bem, sei o que estou fazendo”, não rapele à francesa, pois cordas emendadas continuam sendo para um escalador. Caso resolva rapelar à francesa no “tudo bem, sei o que estou fazendo”, cada um deve ter um back up (utilize em qualquer situação de rapel) e estarem ligados entre si por uma solteira(assim estarão sempre juntos) e nunca esqueça o nó em cada ponta da corda (a falta deste procedimento é responsável
por 20% dos acidentes em estudo na cidade de Boulder, EUA) 1 . 3 - O hábito de deixar o aparelho do freio na alça do rack mais de trás obriga o escalador no ato de dar segurança a colocar o aparelho no loop. Há alguns relatos de que o participante iniciou a segurança para o guia com o freio na alça da frente do rack, porque a cadeirinha estava um pouco para o lado. E foi gente muito experiente na escalada. 4 - Após escalar muitos metros num verão quente, com sol a pino, a hora de um compromisso chegando, uma tempestade chegando, estes fatores nos podem “forçar” a tomar decisões não seguras para sairmos rápido da rocha. Usando um aparelho não automático (ATC, Reverso etc) e esquecer de colocar a costura direcionadora na parada é um perigo, pois caso o guia caia antes de chegar à proteção seguinte da parada, o tranco da queda ocorrerá no loop, e o freio e a cordavirarão para baixo, posição que o parelho não foi projetado para frear a corda e esta poderá correr, queimando a mão. Usando um aparelho automático (grigri, cinch) e colocar a costura direcionadora na parada é um perigo, pois caso o guia caia o aparelho pode bater nesta costura e destravar a corda. Não importa quantas costuras o guia já tiver colocado. A orientação é deixar a corda do guia livre na parada. Mesmo que este caia antes de costurar na próxima proteção, o aparelho travará a corda. Mais informações sobre este assunto poderá ser encontrado na Revista Fator 2 de número 27. 5 – Alguns acidentes poderiam ter sido evitados, bastando estar atento com os detalhes e percebendo a sequência de erros. Notar que o outro escalador está fazendo pequenos deslizes de procedimentos, por exemplo, não fechar a rosca, pular grampos sem percebê-los porque não está prestando devida atenção, esquecer a água etc. É hora de abortar! A rocha continuará no mesmo local por milênios futuros. Volte num outro dia! Rodrigo Raineri no dia do ataque ao cume ao Everest percebeu pequenos erros feitos pela equipe de apoio dele. Ao notar a falta das barracas no local designado ele abortou a ida ao topo a uns 50 metros dele. Raineri optou pela segurança. Ele voltou alguns anos depois, chegando ao cume sem problemas.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
15
FIQUE DE OLHO
Basicamente para diminuir a possibilidade de erros basta estar alerta, ser humilde perante a natureza, e ter a certeza que você não é o Homem Aranha! Mantenha-se atualizado, lendo livros, revistas técnicas recentes, participe de oficinas, treine com outros interessados na evolução de suas capacidades no esporte. Os médicos advertem: Aprenda sem Moderação! Referência 1 http://www.webventure.com.br Fonte http://www.webventure.com.br Revista Fator 2 de número 27 Escale Melhor e com Mais Segurança de Cintia e Flavio Daflon.
XII EENe Acontece de 15 a 17 de novembro o XII Encontro de Escaladores do Nordeste em Algodão de Jandaíra, na Paraibana. As inscrições começarão em breve. Encontre mais informações no site http://www.eene.com.br. Realizado anualmente, a cada edição em um estado nordestino, o EENe é hoje o fator mais importante para o desenvolvimento da escalada em rocha na região, atraindo escaladores não apenas do nordeste, mas de todo o Brasil e do exterior para conhecerem o potencial esportivo das cidades que sediam o evento. Foi criado, a princípio, com o intuito de aproximar os escaladores nordestinos, para que pudessem se confraternizar e trocarem experiências. O primeiro Encontro foi organizado em 1999, no, hoje, Parque Estudal da Pedra da Boca, na cidade de Araruna, Paraíba. Com o passar dos anos o EENe ganhou força e adeptos fiéis, fazendo com que tomasse lugar de destaque na mídia esportiva. Palestras e Oficinas ministradas por escaladores renomados também fizeram com que o evento ganhasse respeito e novos participantes, agregando valor cultural e educativo aos Encontros.
16
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 22
Avisos REUNIÕES SOCIAIS CURSO BÁSICO DE ESCALDA
As reuniões sociais do CNM são realizadas sempre na primeira quinta-feira de cada mês ímpar e na primeira quarta-feira de cada mês par, às 19:30h, em local a ser definido e divulgado. Os encontros acontecem em clima de total descontração e informalidade, quando os sócios e amigos do CNM aproveitam para colocar a conversa em dia, trocando experiências, relatando excursões e vivências ou, simplesmente, desfrutando a companhia de gente simpática e fraterna. Periodicamente acontecem reuniões e seminários técnicos com o intuito de possibilitar miores detalhes e informações atualizadas aos sócios e interessados. Informem-se sobre os temas das palestras técnicas e reuniões acessando o site: http://www.niteroiense.org.br. Compareçam e sejam muito bem vindos!!! CORPO DE GUIAS
Adriano Paz Alan Marra Alessandra Neves Alex Figueiredo Alfredo Vieira Castinheiras Andréa Rezende Vivas Ary Carlos Cardoso Neto Carlos Penedo Diogo Paixão
Eny Hertz Glauber Carvalhosa Leandro do Carmo Leandro Collares Leandro Pestana Luiz Alexandre Valadão Mauro de Mello Netto Neuza Ebecken Vinicius Farias Ribeiro
EXPEDIENTE
CNM – CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMO Início das Atividades em 26 de Março de 2003 Fundado em 20 de Novembro de 2004 Website: www.niteroiense.org.br e-mail: cnm@niteroiense.org.br Contato: 8621-5631(Alex Figueiredo) Presidente: Alex de Faria Figueiredo Vice: Eny Hertz Bittencourt Tesoureiro: Leandro Guimarães Collares Conselho Fiscal Efetivos Adriano de Souza Abelaria Paz Alan Renê Marra Junior Neuza Maria Ebecken de Araújo Suplente Mariana Silva Abunahman Diretoria Tecnica Alex Figuereiredo – caminhada Eny Hertz – Escalada Adriano Paz – Ciclismo Diretoria Social Andrea Vivas
ANIVERSARIANTES
A todos muita saude e felicidade! Alexandre Rockert Michael Patrick Rogers Andréa Rezende Vivas Márcio José da Moreira Eny Hertz Renato José Sobral Vinicius Gomes Araújo Carlos Penedo Marcelo Oliveira de Sá Luiz Alexandre Valadão Alessandra Neves
Aguarde a formação de novas turmas
22/jun 23/jun 27/jun 17/jul 21/jul 25/jul 10/ago 12/ago 09/set 11/set 15/set
Diretoria Ambiental Neuza Ebecken Representante do CNM no PESET Neuza Ebecken Informativo Nº 22: As matérias aqui publicadas não representam necessariamente a posição oficial do Clube Niteroiense de Montanhismo. Ressaltamos que o boletim é um espaço aberto a todos aqueles que queiram contribuir. Envie sua matéria para cnm@niteroiense.org.br. Participe!!! Edição e Diagramação: - Leandro do Carmo - Leandro Collares