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Tá Mesa

“Existe um desejo pelo novo e a indústria de alimentos não pode deixar que essa inovação não seja entregue para o consumidor”, defende Gerente de P&D - Inovação da Seara

Gerente de P&D - Inovação Plant Based da Seara, Renata Nascimento, e Head da Tacta Food

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School, Cristina Leonhardt, debatem sobre o papel da inovação em tempos de crise durante encerramento do fórum digital DR Tá na Mesa. Para especialistas, esforços na área devem ser contínuos e abranger muito mais do que lançamentos de produtos Em um momento de crise, a inovação pode ser mais do que um fator de sobrevivência de uma empresa, como também garantia da construção de valor da marca a longo prazo. E agora, durante a pandemia, é possível observar exemplos constantes disso: empreendedores e grandes organizações adaptando seus modelos de negócio rapidamente, revendo ou lançando produtos e serviços que se adequem às necessidades do consumidor, avaliando estratégias em busca de soluções para driblar os desafios desta situação inédita que vivemos. “É importante inovar para estar preparado para crises. Trabalhar com inovação é aprender a lidar com mudanças”, ressaltou Cristina Leonhardt, Head de Inovação da Tacta Food School, durante o último dia do fórum digital DR Tá na Mesa, realizado nesta quarta-feira (22/7). Junto da Gerente de P&D - Inovação Plant Based da Seara, Renata Nascimento, as duas especialistas conduziram um debate sobre a necessidade da inovação especialmente em momentos de crise. Renata aproveitou para compartilhar algumas das estratégias adotadas pela Seara nos últimos meses: “No meio da pandemia, a Seara lançou a loja virtual que atende a algumas regiões do país, a exemplo de uma inovação no canal de venda. No site, o consumidor pode escolher os produtos e aplicativos de entrega levam as compras até sua casa. Fortalecemos também a linha de alimentos vegetarianos levando em consideração a busca crescente por itens mais saudáveis. Além disso, criamos estratégias para nos aproximarmos de outras formas dos clientes, por meio de lives e ações como o Drive-in Fest que acontece em São Paulo. Esses são alguns exemplos de inovação que vão além de produtos, são ações alinhadas com o momento que a gente vive”, relatou. Os impactos da pandemia nas áreas de P&D Mesmo sendo áreas estratégicas, os setores de inovação e P&D também foram afetados pela pandemia. Para ilustrar quais foram esses efeitos e analisar suas consequências, Cristina apresentou dados de pesquisa realizada em maio pela Tacta com profissionais que atuam em indústrias de alimentos no Brasil.

Naquele momento, mais de 50% dos participantes relataram estar trabalhando em regime de home office; 30% estavam com jornadas reduzidas; 31% afirmaram que seus projetos

estavam suspensos; e 58% disseram que seus projetos foram reduzidos. Além disso, o estudo também constatou que mais de 30% tiveram aumento no prazo de projetos; quase 15% sofreram redução de custo; e 64% não tinham lançamentos previstos para os próximos 2 meses. “A meu ver, é um número alto considerando a frequência com a qual a indústria de alimentos lança produtos. E o impacto para a inovação de alimentos é a perda de conhecimento estratégico. Quando se reduz custo através dessas áreas, é preciso estar ciente que o conhecimento estratégico está saindo da empresa. Essas medidas também reduzem a velocidade de projetos, o que já é um gargalo para a indústria alimentícia. Com esse represamento, teremos mais desafios para as empresas sobre como gerir o portfólio e decidir quais projetos terão prioridade”, alertou a especialista. É preciso saber enxergar as oportunidades em meio à crise A Gerente de P&D - Inovação Plant Based Seara destaca que existem diversas oportunidades para inovar em um cenário como este, desde as ideias disruptivas até as soluções mais simples, como redução de embalagens, novos formatos e porções para tornar os produtos mais acessíveis financeiramente. O principal é estar atento ao que o cliente precisa. “Em um primeiro momento, sair da nossa zona de conforto é algo que amedronta, mas no final é uma grande oportunidade para se reinventar. Há uma mudança de comportamento de consumo obviamente, mas enxergo essa mudança de maneira positiva. Existe um desejo pelo novo e a indústria de alimentos não pode deixar que essa inovação não seja entregue para o consumidor”, complementou. Cristina concordou e destacou que, com o isolamento, os consumidores estão adquirindo novas habilidades culinárias que podem ser exploradas positivamente pelas empresas. “E isso vai muito além de produtos. Inclusive, na área de alimentos, as oportunidades de inovação são muito mais claras em negócio. Quais ferramentas podemos usar? Que fontes de faturamento poderíamos ter via internet, por exemplo? E em quais bons exemplos podemos nos espelhar?” foram algumas das provocações feitas pela profissional. Mas, sobretudo, a Head da Tacta reforçou a importância da consolidação das áreas de inovação e P&D dentro das empresas. Para ela, a inovação não pode funcionar como um dínamo, na base do ‘liga e desliga’: “Se a gente desliga a chave da inovação, ela custa a voltar. Às vezes, não volta. Se queremos empresas inovadoras, com competência para conquistar novos mercados e usuários, se almejamos colocar a empresa em novos patamares de negócio, os esforços para inovar devem ser contínuos”. Durante sete dias, fórum digital reuniu renomados profissionais para debater estratégias de crescimento para o mercado de alimentos e bebidas Os impactos da pandemia no mercado de alimentos, a mudança do comportamento de consumo, o crescimento do e-commerce e dos canais digitais e a importância da proximidade das

marcas com seus consumidores foram temas que nortearam o encontro online DR Tá na Mesa – Oportunidades em meio às Mudanças. Ao vivo e gratuito, o evento teve mais de 2.500 inscritos e, durante sete dias, contou com a presença de profissionais reconhecidos internacionalmente para aprofundar diferentes olhares e debater estratégias para recuperação e crescimento das indústrias e de transformadores em meio às mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19. “Nada melhor do que fechar esse grande fórum com um olhar para o futuro, para o novo, abrindo espaço para debater o valor estratégico da inovação para nossas empresas, ainda mais importante neste momento. Durante sete dias, tivemos uma rica troca de conhecimento, aprofundando temas significativos para nossos negócios, conhecendo cases inspiradores e profissionais fantásticos. A nossa expectativa é de que estes debates possam realmente contribuir nas estratégias de recuperação e crescimento das indústrias alimentícias e dos transformadores. Gostaria de destacar a importância de mantermos uma postura de otimismo, no sentido de que, ao mesmo tempo em que há dificuldades também existem oportunidades; e de esperança de que tudo vai passar, e quando isso acontecer, estaremos mais fortes e mais competentes”, salientou o Diretor Comercial e Marketing da Duas Rodas, Hilton Siqueira Leonetti, durante o encerramento.

O DR Tá na Mesa foi uma iniciativa da Duas Rodas, líder nacional na fabricação de aromas e ingredientes para as indústrias e alimentos, e ocorreu entre os dias 13 e 16 e 20 e 22 de julho. Confira destaques dos outros 6 debates realizados pelo fórum digital DR Tá na Mesa no link: https://www.duasrodas.com/noticias/ Sobre a Duas Rodas

Presente em mais de 30 países, a Duas Rodas atua há mais de 94 anos na fabricação de ingredientes para as indústrias de alimentos e de bebidas no Brasil e no mundo. Com mais de 10 mil clientes, a empresa possui um portfólio com cerca de 3 mil itens divididos em três grandes mercados: o de Flavors, com aromas, extratos naturais, desidratados, condimentos e aditivos e soluções integradas; o de Food Service, com produtos de sorvetes, chocolates, confeitaria e panificação, com as marcas Specialitá, Selecta e Mix; e o de Animal Nutrition, com ingredientes de nutrição animal da marca Statera. Líder brasileira na fabricação de aromas e produtos para a indústria de alimentos e de bebidas, a Duas Rodas foi fundada por imigrantes alemães em Santa Catarina, onde funciona ainda hoje sua sede principal. A companhia conta atualmente com outras duas fábricas no Brasil (Sergipe e São Paulo), quatro na América Latina (Argentina, Chile, Colômbia e México), além de sete centros de pesquisa e desenvolvimento e um Innovation Center. Sustentabilidade é uma das estratégias de atuação da empresa, que conta com produtos com certificações internacionais Kosher, Halal, Produtos Orgânicos e Fair for Life, além de FSSC 22000 e SMETA.

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