Revista MAXILLARIS Portugal - Junio

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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIV Falamos com...

Sofia Arantes e Oliveira, presidente da comissão organizadora do 28o congresso da OMD

Helena Rosa, presidente da Associação de Beneficência para a Saúde Oral Torreense

números

crónica

MAXILLARIS incorpora-se no LSWR Group

Objetiva clínica

Bruno Seabra retoma o tema: “O lado legal das fotografias” em Medicina Dentária publicidade

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Palestras confirmadas Rafael Jaén Gutiérrez Fluxo digital entre a clínica e o laboratório com a tecnologia DGSHAPE de fresagem por via húmida (Conferência em inglês)

Elena Cervino Influência da tecnologia digital na ortodontia

Diogo Viegas The Power of Digital Dentistry - day by day practice

Esteban Xam-mar A passagem a digital, um salto no vazio?

João Fonseca Palestra

Digitalização facial 3D: como fazer, suas aplicações e potencial no diagnóstico e tratamento Workshop

Introdução ao uso e ferramentas de desenho CAD utilizando software opensource

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day Palestras + Workshops

A integração digital espera por si # MXdayDIGITAL 6 de Setembro de 2019 Visite o novo site da jornada: maxillaris.com/mxdaypt

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Informação e patrocínios: João Drago portugal@maxillaris.com Tel.: 218 874 085

Com o apoio da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa

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Ciência e atualidade do setor dentário - ano XIV

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destaques

Crónica LSWR Group adquire Cyan Editores.

Reguladores europeus reclamam regras iguais para profissionais e empresas de Medicina Dentária.

objetiva clínica Falamos com... O médico dentista e fotógrafo Bruno Seabra retoma o tema: "O lado legal das fotografias" em Medicina Dentária.

Sofia Arantes e Oliveira, presidente da Comissão Organizadora do 28o congresso anual da OMD. Relatos

Helena Rosa, presidente da Associação de Beneficência para a Saúde Oral Torreense.

Maria do Rosário de Aragão Pereira de Athayde, enfermeira e voluntária da Mundo A Sorrir.

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o Ciência e prática

sumário

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Ana Catarina Gonçalves Vieira: “A obtenção de um correto ponto de contacto proximal em classes II (caso clínico)".

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Caleb Shitsuka: “Uso do laser em Medicina Dentária: uma visão contemporânea”.

o Objetiva clínica

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O médico dentista e fotógtafo Bruno Seabra retoma o tema: "O lado legal das fotografias" em Medicina Dentária.

o Quiz de medicina oral

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o Crónica

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LSWR Group adquire Cyan Editores.

Reguladores europeus reclamam regras iguais para profissionais e empresas de Medicina Dentária.

o Relatos

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o Falamos com...

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Demonstre os seus conhecimentos no teste elaborado para a Maxillaris por Germán Esparza Gómez. Maria do Rosário de Aragão Pereira de Athayde, enfermeira e voluntária da Mundo A Sorrir.

Sofia Arantes e Oliveira, presidente da Comissão Organizadora do 28o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas: “Encaro esta alteração de local para a FIL como uma necessidade, de forma a proporcionar a todos a melhor experiência de sempre”.

o Calendário

Helena Rosa, médica dentista e presidente da Associação de Beneficência para a Saúde Oral Torreense: “Há ainda um grande caminho a percorrer até que se verifique equidade no acesso da população a cuidados básicos de saúde oral".

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Agenda de cursos para os profissionais e calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais.

o Novidades Produtos e equipamentos.

o Indústria

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Notícias de empresas.

A Maxillaris é uma marca registada a nível europeu pelo Departamento de Harmonização do Mercado Interior Europeu de Marcas e Desenhos com o Nº 003098449. Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: Maria João Miranda. comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Francisco Teixeira Barbosa. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Bilhoto. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Rui Figueiredo. Susana Noronha. Consultor para a América Latina: Pérsio Mariani. REDAÇÃO: Rua Francisco Sanches, 122, 2O 1170-144 Lisboa • Tel./Fax: 218 874 085.

Edição online: www.maxillaris.com.pt Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 € . ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART. 12o No 1

7.000 assinantes

• Periodicidade mensal. • A Maxillaris não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito da Cyan Editores.

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Editorial

Após 15 anos de presença no setor dentário nacional (e 21 anos de percurso no mercado espanhol), a Maxillaris – precisamente no mês em que atinge a sua centésima edição em português – entra numa nova etapa com a integração na companhia multinacional LSWR Group, o que garantirá o seu crescimento como meio de comunicação global no mercado odontológico da Península Ibérica. Desde há muitos anos, LSWR Group é a editora científica de referência em Itália com a sua matriz Edra, incluindo uma sólida posição no âmbito dentário – Dental Cadmos, Odontoiatria33, produção editorial de diferentes especialidades, etc. Além disso, a Edra conta com uma notável presença em outros países europeus, pelo que a aquisição das edições portuguesa e espanhola da Maxillaris deixa antever a abertura de novas e animadoras perspetivas de futuro para todas as partes.

Maxillaris inicia uma nova etapa aliada aos melhores

A Maxillaris sempre se caracterizou por apostar na inovação abrindo caminhos por explorar na comunicação do setor dentário – Anuário de Implantes Dentários, Biblioteca Multimédia, jornadas MX Day, etc. – e este perfil inovador continuará a ser a sua marca identitária. A integração no LSWR Group materializa-se através do Grupo Asís Biomedia, com sede em Saragoça (Espanha) especialista no âmbito veterinário que também soma uma trajetória admirável em tudo o que respeita à informação e formação profissional. A Maxillaris e o Grupo Asís aproveitarão as suas sinergias para crescer, criar novos serviços, atender as preocupações dos profissionais e dar resposta às necessidades da indústria. Esta movimentação empresarial produz-se em sobressaltos e garantindo a continuidade. Tanto LSWR Group como Grupo Asís apostaram em manter as linhas de trabalho que tornaram a Maxillaris num meio de comunicação imprescindível no setor dentário. O melhor exemplo disso é a confiança depositada na equipa da Maxillaris para assumir o novo rumo. A Maxillaris tem uma sólida presença em Portugal e Espanha. É o único meio que dá cobertura mês após mês aos profissionais de Medicina Dentária de ambos os países tanto em papel como no formato digital. As suas revistas mensais estão presentes em praticamente todas as clínicas, empresas e centros de formação, e continuará a ser assim nesta nova etapa. LSWR Group é uma grande companhia, uma multinacional que decidiu dar um importante passo no seu processo de expansão e a Maxillaris representa uma aposta segura. Inicia-se assim um caminho que faremos juntos, apoiando-nos, aprendendo uns de otros e partilhando entusiasmo. Internamente, esta revista será mais forte e sólida, mas o que é realmente importante está no exterior: a integração permitirá oferecer mais e melhores serviços aos profissionais de Medicina Dentária para que possam desempenhar o seu trabalho mais informados e com a melhor formação possível.

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Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com

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Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com

3Shape . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

Coordenadora de projetos: Marta Esquinas marta.esquinas@maxillaris.com

Anthogyr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com

Autrán Dental Academy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 BTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Serviços Administrativos: Inmaculada Barrio. administracion@maxillaris.com

Carestream . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45

Colgate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 e 84 Dinâmica Inigualável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

Edição online espanhola: www.maxillaris.com

EAO Lisboa 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Baoluo Gao. Beatriz Giménez González. Blas Noguerol Rodríguez. Carlos Fernández Villares. Emilio Serena Rincón. Esther Nevado Rodríguez. Francisco Teixeira Barbosa. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chemez. María Rosa Mourelle Martínez. Rafael Flores Ruiz. Rafael Martín-Granizo López. Rui Figueiredo.

FKG Swiss Endo Iberia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 GSK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Henry Schein . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Laboratórios Kin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Ledosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Lusobionic . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Medirel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Mundo A Sorrir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 MX Day Digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 a 4 e 15 OMD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Fundadores: José Antonio Moyano e Marisol Martín.

Roland DG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

Diretor geral: Miguel Ángel Cañizares.

Systhex . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Universidade de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

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crónica LSWR Group adquire CYAN EDITORES O LSWR Group consolida ainda mais a sua posição no setor científico mediante a aquisição do líder editorial em Medicina Dentária em Espanha e Portugal. Esta operação soma-se à que realizou em 2017 com a integração na sua estrutura do Grupo Asís Biomedia.

A partir da esquerda, Carlos Lacoma, CEO do Grupo Asís; Giovanni Viganò, chief financial officer do LSWR Group; Marisol Martín e José Antonio Moyano, fundadores da Cyan Editores; Giorgio Albonetti, presidente do LSWR Group; Miguel Ángel Cañizares, diretor da MAXILLARIS; Verónica Chichón, diretora comercial da MAXILLARIS; João Drago, coordenador da MAXILLARIS Portugal; Julio Allué, diretor financeiro e de operações do Grupo Asís, e Julián Delgado, subdiretor da MAXILLARIS.

O LSWR Group comunica que no passado dia 7 de maio concluiu, através da sua entidade controlada Grupo Asís Biomedia S.L., a aquisição de 100% das ações da Cyan Editores S.L., sociedade espanhola com sede em Madrid e líder em Espanha e Portugal em atividades de formação, informação e comunicação orientadas para os profissionais do setor dentário. A Cyan Editores S.L. edita a MAXILLARIS que, com mais de 21 anos de presença em Espanha e à beira de cumprir 15 em Portugal, é hoje o meio de comunicação por excelência no setor dentário destes

dois países e uma referência cultural. As suas publicações chegam regularmente a todas as clínicas, centros de formação e empresas do setor. Além disso, conta ainda com fortes canais digitais, como o seu site, os boletins por correio eletrónico que se lançam a cerca de 20.000 endereços, apps e redes sociais com mais de 15.000 seguidores. Por tudo isto, a MAXILLARIS é hoje uma ferramenta imprescindível para a formação e atualização profissional para os mais de 40.000 médicos dentistas existentes em Espanha e Portugal e um meio de comunicação

fundamental para todas as empresas que operam neste setor. A MAXILLARIS desenvolveu numerosos projetos dirigidos à formação dos profissionais ao longo das suas duas décadas de história. Neste âmbito vale a pena destacar o Anuário de Implantes Dentários, a Biblioteca Multimédia sobre disciplinas como a periodontologia, a implantologia, a cirurgia e a medicina oral e, mais recentemente, as jornadas MAXILLARIS Day, que converteram a companhia num estandarte dos encontros profissionais do seu setor.

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A aquisição da Cyan Editores S.L. representa uma nova peça chave no processo de expansão do LSWR Group, já que permite ampliar o negócio no domínio da Medicina Dentária assegurando a liderança científica tanto em Itália como na Península Ibérica, um dos seus mercados estratégicos. As perspetivas de futuro são muito positivas e estão orientadas para o crescimento, graças às sinergias que se geram nesta operação. Neste novo projeto partipam José Antonio Moyano e Marisol Martín, anteriores acionistas e fundadores da Cyan Editores, o que assegura uma sólida continuidade com o passado. A direção estará a cargo de Miguel Ángel Cañizares, atual diretor da MAXILLARIS. O novo Conselho de Administração é composto por

Giorgio Albonetti (presidente do grupo), Giovanni Viganò (chefe de operações financeiras do grupo), Carlos Lacoma (CEO do Grupo Asís) e Julio Allué (diretor financeiro e de operações do Grupo Asís). Atualmente, o LSWR Group tem mais de 250 trabalhadores e dezenas de colaboradores diretos, todos eles profissionais altamente qualificados e especializados no setor editorial e da comunicação. Publica 51 revistas impressas e 37 digitais, edita 410 libros por ano, dispõe de un catálogo editorial com mais de 4.500 obras, realiza centenas de ações formativas e desenvolve inovadores projetos para a indústria e as principais instituições do setor. Possui sedes em vários países europeus e desenvolve a sua atividade

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em mais de 60 países dos quatro cantos do mundo. O LSWR Group, graças a esta aquisição, estabelece as bases para alcançar em 2019 um volume de negócio próximo dos 44 milhões de euros (em comparação com os cerca de 40 milhões de euros do exercício de 2018). Esta operação consolida ainda mais a liderança do LSWR Group, através da sua matriz EDRA® que desde há vários anos é sinónimo de inovação, sustentabilidade e resiliência nos sistemas de saúde dos países em que está presente. A entrada da Cyan Editores S.L. reforça o posicionamento a nível internacional do LSWR Group no setor dentário e lança assim as bases para a criação de um importante grupo editorial à escala mundial no referido segmento.

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Jornadas de Medicina Oral da FMDUL sob o signo da interdisciplinaridade A 33a edição das Jornadas de Medicina Oral da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL) reuniram, nos dias 16 e 17 do passado mês de maio, mais de 300 participantes, entre estudantes, docentes e ex-alunos da pós-graduação daquela instituição de ensino, bem como uma dezena e meia de oradores nacionais e estrangeiros e ainda uma série de representantes da indústria dentária. A organização das jornadas procurou este ano fazer uma maior interligação entre a Medicina Dentária e a higiene oral, sem descurar a prótese dentária, como comprova o facto de terem sido organizados vários cursos para técnicos e alunos desta área. “Tentámos fazer uma integração de todos os cursos que se lecionam na FMDUL”, esclarece António Gingeira, presidente da comissão organizadora das jornadas deste ano. No que toca à Medicina Dentária, o também professor da disciplina de Endodontia na faculdade lisboeta observa à MAXILLARIS que “tentámos trazer visões de outras faculdades quer nacionais quer estrangeiras para abrir um pouco os horizontes dos nossos alunos”. Com efeito, os protagonistas do programa deslocaram-se de pontos geográficos tão distantes como a Universidade de São Paulo (Brasil), a Universidade de Bruxelas (Bégica) ou a Universidade de Coimbra. As intervenções abrangeram temas tão variados como a dentisteria, a estética, a traumatología, novas abordagens da halitose ou a disfunção temporomandibular. “Tem sido sempre uma preocupação nossa trazer pessoas de fora que possam dar uma visão diferente sobre os assuntos que são tratados na FMDUL. Este ano reforçámos esse cunho de interdisciplinaridade e de partilha de conhecimentos com outras escolas”, sublinha António Ginjeira. O programa das jornadas incluiu ainda uma série de cursos hands-on nas áreas da periodontologia, da reabilitação oral, da cirurgia oral e da endodontia. Filipa Neto, vice-presidente da comissão organizadora – é também colaboradora do Departamento de Endodontia de Pré-Graduação da FMDUL – congratula-se com o índice de adesão às jornadas (acima das três centenas de inscrições), constatando que “temos conseguido manter ao longo dos anos

Membros da comissão organizadora das jornadas: a partir da esquerda, Carla Mendonça, Diogo Viegas, António Ginjeira (presidente), Filipa Neto (vice-presidente), Daniela Santos e Rita Oliveira (presidente da Associação Académica da FMDUL).

o nível de participação, tendo em conta que o público alvo das jornadas são os alunos”. Também a adesão de casas comerciais mantêm-se nos índices das últimas edições. “Apesar da mudança de espaço que se verificou este ano, acho que conseguimos adaptar-nos bem. Os expositores estão satisfeitos”, conclui Filipa Neto. MAXILLARIS patrocina concurso de pósteres Seis dezenas de trabalhos foram submetidos ao concurso de pósteres científicos e comunicações orais das jornadas deste ano, sendo que cerca de 30 concorriam a prémio. A MAXILLARIS voltou a patrocinar o concurso através da atribuição de exemplares da sua Bilblioteca Multimédia. Eis os trabalhos premiados: “Elevação de seio maxilar através da preparação do leito implantar com osseodensificação” (melhor comunicação livre), “Colocação imediata de implantes na zona estética: flapless vs open flap” (melhor póster de caso clínico) e “Diferentes percursos de digitalização – estudo comparativo” (melhor poster de investigação), que têm como primeiros autores Pedro Fonseca Rocha, Rita Lamas e Maria Inês Pinto, respetivamente.

Carlos Francci, professor da Universidade de São Paulo, durante a palestra que proferiu sobre estética dentária.

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Mundo A Sorrir e Entrajuda reativam projeto destinado a crianças com necessidades de saúde especiais As crianças com necessidades especiais apresentam desvios no padrão de normalidade da sua condição física, mental, orgânica e/ou social e, por terem incapacidades motoras e/ou cognitivas, apresentam uma incapacidade de executar a sua higiene oral de modo satisfatório. Esta situação leva a que apresentem uma alta prevalência de patologias orais. A Mundo A Sorrir e a instituição Entrajuda reativaram o projeto “Dr. Risadas” com o apoio do Prémio BPI Capacitar 2018. O projeto tem como principal objetivo reduzir as doenças que mais prevalecem na cavidade oral das crianças e dos jovens com necessidades de saúde especiais, proporcionar melhores cuidados preventivos e acessibilidade a cuidados de saúde. Destina-se a crianças com idades compreendidas entre três e 16 anos, pertencentes a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) apoiadas pela instituição Entrajuda. Inicialmente, o projeto foi desenvolvido pela Entrajuda mas, em 2012, passou a ser desenvolvido pela Mundo A Sorrir até ao ano 2017. Os profissionais de saúde irão promover a realização de ações de capacitação sobre cuidados de higiene oral e estilos de vida saudável, de rastreios médicos e dentários e de tratamentos dentários às crianças sinalizadas como tendo necessidade dos mesmos.

Campanha de sensibilização “Prevenir (ainda) é o melhor remédio” foi o lema da sessão levada a cabo, entretanto, pela equipa do projeto “Aprender a ser saudável”, que foi promovida pela associação Mundo A Sorrir, no Jardim de Infância e Escola Básica do Viso, em Vila Nova de Gaia. A iniciativa teve como objetivo sensibilizar e inspirar os encarregados de educação no sentido de promoverem mudanças positivas nos estilos de vida dos seus filhos. Na sessão alertou-se para a importância da higiene e, especificamente, da higiene oral, e acentuou-se a importância das crianças trazerem para a escola lanches mais saudáveis e dos riscos de uma postura sedentária.

Mundo A Sorrir organizou um workshop com o objetivo de sensibilizar os encarregados de educação no sentido de promoverem mudanças nos estilos de vida dos seus filhos.

Os encarregados de educação são parte essencial do projeto “Aprender a ser saudável” e influência direta no seu sucesso. “O reconhecimento deste público sobre a problemática que trabalhamos é fundamental para que continuem em casa o trabalho que iniciámos nas escolas”, afirmou Catarina Marinho, coordenadora do referido projeto, para quem a relação entre escola e família “deve ser de proximidade para ser eficiente”.

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Meeting da SOPIO atraiu a Aveiro mais de 240 profissionais do setor O Centro de Congressos de Aveiro foi o cenário, no passado dia 11 de maio, de uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Implantologia e Osteointegração (SOPIO), que contou com mais de 240 inscrições e teve uma área de exposição comercial totalmente lotada. A comissão organizadora da terceira edição do Meeting da SOPIO apostou na elaboração de um painel de palestrantes de alto nível clínico e científico, que abordaram os mais variados temas que marcam a atualidade: desde as ciências básicas e a investigação até aos maiores desafios estéticos e cirúrgicos. Os trabalhos iniciaram com Hélder Moura que abordou o tema da resolução de casos clínicos complexos, seguindo-se Javier Gil Mur que dissertou sobre os desenvolvimentos e as novas tendências na investigação de superfícies antibacterianas nos implantes. A manhã ficou completa com uma sistematização científica e clínica da preservação alveolar, exposta por Alfonso Caiazzo. Durante a tarde, Paulo Carvalho abordou o tema do manuseamento dos tecidos moles em torno dos implantes dentários e Joseph Choukroun concentrou a sua

comunicação na importância do conhecimento profundo da biologia celular e molecular na previsibilidade dos tratamentos regenerativos do tecido ósseo. No final dos trabalhos, congressistas e palestrantes tiveram a oportunidade de confraternizar no cocktail oferecido pela organização. A comissão organizadora congratula-se com o facto de ter alcançado os seus objetivos, nomeadamente quanto ao número de participantes e à adesão de casas comerciais, agradecendo as inúmeras mensagens de felicitação que recebeu no rescaldo do encontro. Instado a fazer o balanço do terceiro meeting que decorreu em Aveiro, Nuno Cruz, presidente da SOPIO desde a sua fundação em 2016 – é também coordenador do Serviço de Medicina Dentária do Hospital da Luz Coimbra – observou a esta publicação que “é com muita alegria e com a sensação de dever cumprido que vemos reconhecido o trabalho desta jovem sociedade científica que, ano após ano, tem vindo a colocar os seus encontros anuais num patamar de referência nas formações na área da implantologia dentária”.

A SOPIO tem vindo a colocar os seus encontros anuais num patamar de referência na área da implantologia.

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Reguladores europeus reclamam regras iguais para profissionais e empresas de Medicina Dentária A entrada de novos agentes no exercício da Medicina Dentária, as práticas de publicidade e o ensino estiveram no topo da agenda da primeira Assembleia-Geral de 2019 da Federação Europeia de Autoridades Competentes e Reguladores da Medicina Dentária (FEDCAR). No ano em que a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) tem a presidência da FEDCAR, o bastonário Orlando Monteiro da Silva levou à reunião, que aconteceu pela primeira vez em Portugal no dia 10 de maio, um dos objetivos do mandato: atuar sobre os chamados corporate dentistry. Ou seja, as entidades comerciais e grupos empresariais (muitos sedeados em países diferentes daquele em que operam e até de fora da União Europeia) que estão a investir na prestação de cuidados de Medicina Dentária. Na presença da ministra da Saúde, Marta Temido, a comitiva portuguesa apresentou, para aprovação pelos restantes membros da FEDCAR, uma declaração conjunta preparada com o intuito de pedir à Comissão Europeia que crie medidas para acabar com uma situação discriminatória, em que o médico dentista é obrigado a cumprir deveres éticos, em prol da segurança do paciente, enquanto as clínicas e estabelecimentos de cuidados de saúde oral não estão sujeitas às mesmas regras. O caso portugués A diretora do Departamento Jurídico da OMD, Filipa Carvalho Marques, apresentou as ideias portuguesas para um problema que afeta particularmente Portugal e sobre o qual uma associação pública profissional não tem no nosso país a competência legal para atuar. “Os poderes punitivos, designadamente de apreciação disciplinar da conduta, recaem sempre sobre o profissional e nunca sobre o estabelecimento prestador de cuidados de saúde oral, estando frequentemente afastado o poder de decisão do médico dentista e criando uma tremenda injustiça e barreira à regulação”, explicou.

aos mesmos deveres com os quais são confrontados os profissionais singulares, estes sim, sob regras apertadas”. Orlando Monteiro da Silva acrescentou que “há algo que podemos exigir: que não só as regras concorrenciais sejam seguidas, mas também as éticas e deontológicas”. O bastonário da OMD mostrou-se particularmente preocupado com as novas gerações, “porque é visível em vários países que os pequenos consultórios e clínicas estão a ser absorvidos, aglutinados por grandes clínicas, sociedades anónimas, fundos, etc. Estou a pensar nos mais jovens”, concluiu.

A ministra da Saúde, Marta Temido, na foto junto ao bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, marcou presença no encontro da FEDCAR.

Após um longo debate, os presentes decidiram aprovar os princípios do documento – igualdade de tratamento, cumprimento das regras éticas e proteção dos pacientes por parte de profissionais e empresas – e reformular o seu conteúdo, de acordo com os contributos que surgiram na reunião e em razão da diversidade das realidades nacionais presentes.

A Assembleia-Geral da FEDCAR realizou-se pela primeira vez em Portugal e teve como cenário o Palácio das Cardosas, no Porto.

Por outro lado, verifica-se existir “clínicas e estabelecimentos em roda livre sem qualquer hipótese de punição ao nível ético simplesmente porque, de raiz, uma empresa, ente abstrato, não é sujeita

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crónica

OMD alerta para os riscos do cigarro eletrónico A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) exige um maior controlo na comercialização de cigarros eletrónicos e a proibição de qualquer tipo de publicidade, incluindo publicidade encapotada nas redes sociais. O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, denuncia ”a falta de regulação sobre estes cigarros eletrónicos, que não permite saber qual é a composição dos líquidos, que é diversa e muito variada. Sabe-se que contém substâncias como propilenoglicol, glicerina e, claro, nicotina, e já foram detetados carcinógenos, como aldeídos, carbonatos e metais pesados”. Orlando Monteiro da Silva entende que “a população não está suficientemente alertada para os riscos dos cigarros eletrónicos, apresentados pelas tabaqueiras como sendo de menor risco que o cigarro tradicional. O menor risco, que ainda não está sequer provado que assim seja, não significa que estes cigarros eletrónicos sejam inócuos para a saúde, muito pelo contrário. A nicotina é inalada e os estudos científicos que existem a propósito do consumo destes cigarros eletrónicos mostram que os seus consumidores têm uma maior probabilidade de apresentar xerostomia (boca seca), estomatite, língua pilosa ou queilite angular. O consumo dos cigarros eletrónicos contribui, de resto, para a progressão da doença periodontal”. A OMD pede especial atenção das autoridades porque Portugal é, de acordo com os dados do Eurobarómetro, o país da União Europeia onde menos fumadores querem deixar de fumar e

abandonam efetivamente o consumo de tabaco, e um dos países onde as camadas jovens começam a fumar mais cedo.

OMD considera que a população portuguesa não está suficientemente alertada para os riscos dos cigarros eletrónicos.

Diversos estudos mostram que os adolescentes e os jovens adultos procuram este tipo de cigarros porque consideram que são menos prejudiciais para a saúde do que o tabaco tradicional. No caso da saúde oral, o consumo de tabaco, seja ele qual for, é altamente prejudicial para os tecidos moles e duros da boca e é um fator de risco ou contributivo para doenças de natureza inflamatória, infeciosa, degenerativa e neoplásica, como são exemplo: doença periodontal, perda dentária, complicações pós-cirúrgicas, insucessos com implantes dentários, lesões potencialmente malignas ou cancro oral, um dos mais mortíferos em Portugal.

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Sofia Arantes e Oliveira presidente da ComissĂŁo Organizadora do 28o congresso anual da Ordem dos MĂŠdicos Dentistas

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Encaro esta alteração de local para a FIL como uma necessidade, de forma a proporcionar a todos a melhor experiência de sempre

O congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), agendado para os dias 14 a 16 de novembro, vai realizar-se pela primeira vez na Feira Internacional de Lisboa (FIL). A grande cimeira da classe dos médicos dentistas contará com a intervenção de mais de seis dezenas de conferencistas de renome, uma maior oferta de hands-on e workshops e a presença de 140 empresas num certame com 10.000 metros quadrados, que representa um crescimento da Expodentária Portugal de cerca de 10%. A grande novidade a nível de comunicação será a introdução de uma aplicação interativa onde os participantes poderão definir o seu próprio congresso. A médica dentista Sofia Arantes e Oliveira, presidente da Comissão Organizadora, sublinha que esta inovação vai permitir abolir a utilização do papel e tornar o evento mais sustentável.

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A edição lisboeta do congresso da OMD vai realizar-se pela primeira vez no recinto da Feira Internacional de Lisboa (FIL). Como encara esta mudança de instalações? O congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas tem vindo a crescer ao longo das últimas 27 edições. A minha visão do congresso, que julgo que é partilhada por um grande número de colegas, é que este é um evento de evolução da profissão em termos científicos, com palestras ministradas por conferencistas nacionais e internacionais, cursos hands-on e comunicações científicas. Mas também é um espaço para fazer negócio na Expodentária Portugal, que ocupa já cerca de 10.000 metros quadrados, assim como é um espaço de networking e de reencontro da classe. Na última edição, no Porto, o número de presenças de conferencistas quase duplicou em relação ao ano anterior e, por isso, este ano, tínhamos a obrigação de perceber a necessidade de mudança, em Lisboa. Daí que encaro esta alteração de local para a FIL, no Parque das Nações, como uma necessidade, de forma a proporcionar a todos a melhor experiência de sempre. Estou muito otimista e entusiasmada com o decorrer das negociações e da evolução do projeto. Que outras medidas vão ser introduzidas no figurino do 28o congresso da OMD, que possam garantir uma adesão de participantes semelhante ou superior à das últimas edições do congresso? Temos um vasto painel de conferencistas nacionais e internacionais com quatro grandes auditórios e quatro salas, duas das quais destinadas aos cursos hands-on que vão decorrer simultaneamente

Na última edição, no Porto, o número de presenças de conferencistas quase duplicou em relação ao ano anterior e, por isso, este ano, tínhamos a obrigação de perceber a necessidade de mudança, em Lisboa

durante os três dias do evento. Portanto, este ano, temos uma maior oferta de hands-on e workshops. Aumentámos a dimensão do recinto da Expodentária Portugal para podermos acolher um maior número de empresas. Mantivemos o preço do ano passado para a inscrição antecipada dos nossos associados, pois faz sentido podermos proporcionar aos nossos associados esta experiência a preços diferenciados. Por outro lado, mantivemos o preço geral que, comparativamente a outros eventos semelhantes, é bastante acessível. Quero também frisar que submeter a prémio uma apresentação de trabalho clínico ou de investigação no congresso da OMD dá origem a uma publicação no Internacional Poster Journal e acesso à possibilidade de ser distinguido com um prémio monetário, fruto de uma parceria OMD/Pierre Fabre para os melhores trabalhos em cada categoria. Desde que assumiu a comissão organizadora, tem manifestado o seu particular desejo de atrair aos auditórios da FIL congressistas estrangeiros, nomeadamente de Espanha e do Brasil. Que esforços foram feitos nesse sentido? Temos mantido uma grande divulgação internacional, através da presença e divulgação do congresso da OMD em eventos como o Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (Brasil), o International Dental Show (IDS), em Colónia (Alemanha), e vamos estar presentes no Congresso da Federação Dentária Internacional (FDI), em São Francisco (EUA). Apostámos mais na publicidade em suportes internacionais e estamos a incentivar os nossos parceiros comerciais a divulgar o evento. O facto de termos iniciado as inscrições mais cedo poderá beneficiar participantes estrangeiros, que precisam de coordenar com mais tempo a sua vinda a Portugal. Estamos também a desenvolver negociações de forma a atrair um maior número de participantes brasileiros para a Expodentária e julgamos com essa medida atrair também congressistas.

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Que temáticas vão dominar as sessões científicas e sócio-profissionais deste ano? O congresso é o espaço de formação por excelência. Por isso, preparámos um programa científico fortíssimo em termos de oradores nacionais e estrangeiros. Privilegiamos a formação multidisciplinar, até porque não há saúde geral sem saúde oral. Escolhemos temas inovadores sobre diferentes áreas, dando ênfase aos procedimentos minimamente invasivos, desde a reabilitação oclusal até à cirurgia muco-gengival, passando pela disrupção digital e tecnológica, pelas emergências no consultório, entre muitos outros. Estamos a desenvolver um fórum de investigação científica com representantes de algumas instituições importantes em termos de investimento, tanto nacionais, como internacionais. Nos temas socioprofissionais, vão estar na ordem do dia assuntos como o marketing em Medicina Dentária. Que personalidades estão a suscitar mais interesse (ou expectativa) entre o leque de conferencistas e convidados do congresso? Temos 25 conferencistas estrangeiros, que cobrem todas as áreas da Medicina Dentária e é, por isso, difícil escolher. No entanto, de entre este leque posso destacar, por exemplo, Antonis Chaniottis, com “Procedimentos regenerativos em endodontia”, Leonardo Trombelli, com “Abordagem minimamente invasiva na eliminação de bolsas periodontais”, e Pascalle Venutti, com “Avanços na técnica de preparação dentária vertical”. Pessoalmente, estou expectante para testemunhar a mesa redonda que promovemos sobre a interação entre saúde oral e a saúde geral com três dos maiores nomes internacionais nessa matéria, que são Mariano Sanz, Panos Papapanou e Filipo Grazziani. Vamos contar também com cerca de 40 conferencistas nacionais, entre médicos dentistas e oradores de outras áreas da medicina, como oncologia, pediatria e otorrino, entre outros. Que atividades merecem especial destaque ao abrigo da vertente mais lúdica do congresso? A festa do congresso, na sexta-feira, é sempre o ponto alto da vertente lúdica. Mas não vou adiantar pormenores para não estragar a surpresa no momento da divulgação. Temos também preparado para cada dia um momento que, mais uma vez, anunciaremos na altura indicada. De forma a tornar mais eficaz a divulgação de essas novidades e também de outras promovemos já há alguns anos – e este ano com ainda mais intensidade – as redes sociais em volta do congresso, tanto Facebook como Instagram.

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Por outro lado, a grande novidade a nível de comunicação este ano será a introdução de uma aplicação interativa onde os congressistas poderão escolher entre palestras, comunicações científicas, cursos e expositores que querem ver e “fazer” o seu próprio congresso. Esta aplicação irá permitir tornar as próprias palestras mais interativas, e permite comunicar com os congressistas chamando a sua atenção para as atividades que estão a decorrer em tempo real. Esta introdução vai tornar o congresso mais sustentável, pois vamos abolir a utilização do papel não sendo desta forma necessário imprimir o Caderno do Congresso nem o Guia da Expodentária. No âmbito da Expodentária, estão previstas alterações com vista a dar melhor resposta às aspirações dos expositores? Este ano o espaço é maior, com melhores acessos, uma vez que se desenvolve essencialmente ao mesmo nível e em cada pavilhão teremos espaço para a Expodentária, mas também auditórios e espaços para alimentação, assim como zonas de descanso essenciais num recinto tão grande. Esta disposição permitirá uma maior facilidade de acesso às diversas áreas e promoverá uma maior visibilidade.

A médica dentista Sofia Arantes e Oliveira, presidente da Comissão Organizadora do congresso deste ano, antecipa um programa científico “fortíssimo em termos de oradores nacionais e estrangeiros”.

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O congresso realiza-se este ano pela primeira vez nas amplas instalações da Feira Internacional de Lisboa, permitindo reforçar em 10% a área da Expodentária.

Com a anunciada mudança de instalações, quais são as perspetivas da organização quanto à área de exposição e ao número de expositores nacionais e estrangeiros? Este ano esperamos um crescimento da Expodentária de cerca de 10% relativamente ao último congresso. Pelo que já podemos observar, uma vez que as inscrições já começaram, o interesse este ano está a crescer não só para as mesmas empresas dos outros anos, mas também estamos a conseguir atrair empresas novas tanto nacionais como estrangeiras. Qual é ponto da situação no que diz respeito à internacionalização do certame? Que países estarão representados nesta edição? Podemos dizer que são várias as nacionalidades que estão representadas no nosso congresso, com conferencistas oriundos de diversos países, sobretudo europeus, como Espanha, Itália, Grécia, Áustria, Turquia e Dinamarca, mas também do Brasil, Estados Unidos e Argélia. No que diz respeito à Expodentária, marcam presença expositores de Espanha, Brasil, China, Coreia, Itália, entre outros. Na sua qualidade de presidente da Comissão Organizadora, que metas globais espera ter atingido no final do congresso de 2019? Com este congresso quero poder alcançar o maior número possível de congressistas de forma a que todos possam tomar partido da excelente formação que será transmitida e usufruir da experiência que julgo que este evento vai ser. Espero que as medidas que estamos a tomar no sentido de reduzir a pegada ecológica, promovida

pela realização do congresso, sejam eficazes e que se mantenham de agora em diante. Por outro lado, quero que os associados se habituem e utilizem a aplicação, de agora em diante, como uma ferramenta de interação com a formação disponibilizada pela Ordem, não só nos congressos futuros mas também na formação contínua. Na sua opinião, em que medida a cimeira anual da OMD é hoje um evento de referência à escala internacional? Temos este ano 25 conferencistas internacionais e 40 nacionais num evento com seis salas de palestras a decorrer ao mesmo tempo que duas salas de hands-on, mais de 140 empresas nacionais e internacionais numa feira com 10.000 metros quadrados, e a publicação dos trabalhos científicos numa revista internacional. Penso que estes dados serão suficientes para o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas estar ao nível dos melhores eventos internacionais.

Espero que as medidas que estamos a tomar no sentido de reduzir a pegada ecológica, promovida pela realização do congresso, sejam eficazes e que se mantenham de agora em diante

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Helena Rosa médica dentista e presidente da Associação de Beneficência para a Saúde Oral Torreense (ASOT)

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Há ainda um grande caminho a percorrer até que se verifique equidade no acesso da população a cuidados básicos de saúde oral

A Associação de Beneficência para a Saúde Oral Torreense (ASOT), com sede em Torres Vedras, tem em marcha o projeto de solidariedade Smile Together Project, cujo objetivo passa por promover a qualidade dos cuidados preventivos e primários de saúde oral prestados à população de São Tomé e Principe, formar e capacitar pessoal médico e auxiliar daquele país africano de língua oficial portuguesa, entre outros fins. A médica dentista Helena Rosa, presidente da ASOT, explica à MAXILLARIS como um grupo de profissionais de saúde oral decidiram reunir forças com o sentido de alargar a sua área de intervenção no terreno, através de missões além-fronteiras.

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com o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Formação Profissional daquele país. As missões serão constituídas por quatro a seis voluntários, e terão uma periodicidade mensal com a duração de uma semana. Quem são os protagonistas e/ou voluntários desta iniciativa? O Smile Together Project surge de um sonho com alguns anos e na sequência de uma missão, em que eu e o meu colega Jorge Fausto participámos na Guiné-Bissau, em junho do ano passado. No entanto, o grupo de trabalho responsável pelo projeto internacional é constituído por 10 médicos dentistas, duas assistentes dentárias e uma técnica de prótese.

Quais são os principais contornos do novo projeto de solidariedade Smile Together Project? O Smile Together Project é um projeto de voluntariado internacional na área da Medicina Dentária que surge por iniciativa da Associação de Beneficência para a Saúde Oral Torreense (ASOT). Esta instituição, que foi fundada em 2002 por um grupo de médicos dentistas do concelho de Torres Vedras, presta cuidados de saúde oral à população socioeconomicamente mais vulnerável. Este projeto que, desde o início do ano temos vindo a desenvolver em São Tomé e Príncipe, consiste na implementação de missões de carácter assistencial, na capacitação de profissionais de saúde oral e promoção de ações educativas, em parceria

Em São Tomé e Príncipe o objetivo imediato é mobilizar voluntários e desenvolver estratégias para assegurar a sustentabilidade das missões

Qual é o ponto da situação do projeto no que respeita à sua aplicação prática no terreno? Foi efetuado todo o trabalho de levantamento, formalização de protocolos com os ministérios competentes, e doação de equipamentos para adequação das condições do Centro Policlínico da cidade de São Tomé, o que nos permite neste momento reunir condições para iniciar o trabalho do foro assistencial já no próximo mês de setembro. Trabalharemos numa primeira fase com os utentes referenciados pelo Ministério da Solidariedade e ligados à Santa Casa da Misericórdia de São Tomé. Que metas e objetivos se pretendem atingir, a curto ou médio prazo, com a implementação deste programa a nível local e no estrangeiro? Na cidade de Torres Vedras temos desenvolvido, ao longo dos últimos 17 anos, um trabalho consolidado e reconhecido. Como tal, a nossa prioridade é garantir o funcionamento e a sustentabilidade da clínica da ASOT. Já realizámos mais de 29.600 tratamentos, cerca de 1.500 próteses dentárias e temos 3.300 pacientes em ficheiro. Em São Tomé e Príncipe o objetivo imediato é mobilizar voluntários e desenvolver estratégias para assegurar a sustentabilidade das missões. O objetivo a médio prazo é conseguir financiamento para adquirir uma unidade móvel de saúde oral.

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O voluntariado é um trabalho deveras gratificante, onde diariamente sentimos que de facto fazemos a diferença na qualidade de vida e auto-estima das pessoas Que coordenadas geográficas poderão ser também abrangidas, nos tempos mais próximos, pelo Smile Together Project? A nossa missão é ajudar o maior número possível de pessoas, e têm surgido propostas de parcerias com diferentes instituições para outras geografias, nomeadamente Moçambique e Guiné-Bissau. Mas este projeto é ainda muito recente pelo que a nossa prioridade, neste momento, é a sua sustentabilidade e o desenvolvimento em São Tomé e Príncipe. Em Portugal continuam a ser escassos os movimentos de voluntariado no campo da saúde oral. De que forma é que esta tendência pode ser invertida? Os portugueses estão cada vez mais sensibilizados para a causa do voluntariado, mas a Medicina Dentária é uma área muito especifica e para concretizar um projeto como a ASOT, com uma clínica a funcionar diariamente, são necessários meios técnicos e humanos aliados a uma estrutura organizacional difícil de implementar. Na

minha opinião, iniciativas desta natureza passam pela associação de instituições públicas ou privadas de solidariedade social em parceria com profissionais de saúde oral. A ASOT, de resto, funciona com o apoio da câmara municipal de Torres Vedras e os seus utentes são referenciados por mais de 50 instituições. Na sua opinião, qual é a principal recompensa desta atividade? No meu caso pessoal, tenho o privilégio de ser sócia fundadora da ASOT e de partilhar, ao longo dos anos, todos os sonhos, dificuldades e conquistas. Esta experiência tem-me permitido crescer, enquanto ser humano e enquanto profissional, conhecer pessoas magníficas e cultivar amizades. Na ASOT, mais do que colegas de profissão somos um grupo de amigos. Por outro lado, o voluntariado é um trabalho deveras gratificante, onde diariamente sentimos que, de facto, fazemos a diferença na qualidade de vida e auto-estima das pessoas.

No que respeita à missão em São Tomé e Príncipe, o objetivo a médio prazo é conseguir financiamento para adquirir uma unidade móvel de saúde oral.

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O Smile Together Project surge de um sonho, com alguns anos, dos médicos dentistas (na foto) Jorge Fausto, diretor clínico e sócio fundador da ASOT, e Helena Rosa, presidente desta associação de Torres Vedras.

O que diria aos seus colegas de profissão com o fim de os motivar para a causa do voluntariado? Diria que numa era de explosão tecnológica e numa sociedade cada vez mais consumista, em que nos tornamos escravos das rotinas e onde muitas vezes se perde o real sentido da vida, estas experiências fazem-nos reavaliar prioridades e tornam-nos, sem sombra de dúvida, mais gratos e felizes. Particularmente às gerações mais jovens, e no que toca ao voluntariado internacional, diria que os contactos com realidades tão distintas contribuem para a aquisição de competências profissionais e pessoais que serão uma mais-valia na vida futura. À margem da sua faceta de voluntária, o que a atrai na Medicina Dentária? O que mais me atrai na Medicina Dentária é, de facto, o lado humano da profissão, o poder relacionar-me com pessoas diferentes todos os dias e o impacto que podemos ter na vida das pessoas, devolvendo-lhes muitas vezes a auto-estima e o sorriso. De um modo global, que análise faz da atual conjuntura nacional no seu campo profissional? Atualmente em Portugal, por um lado, temos indubitavelmente profissionais de excelência e

acesso à melhor tecnologia, por outro, temos ainda cerca de um terço da população sem acesso a cuidados básicos de saúde oral por falta de meios ou desinformação. Como tal, projetos como a ASOT são de inquestionável valor. Apesar da recente integração de médicos dentistas em alguns centros de saúde, estas falhas estão longe de ser colmatadas e há ainda um grande caminho a percorrer até que se verifique equidade no acesso da população portuguesa a cuidados básicos de saúde oral. Para que a mudança seja efetiva é de primordial importância a consagração da carreira de médico dentista no Serviço Nacional de Saúde.

Temos ainda cerca de um terço da população sem acesso a cuidados básicos de saúde oral por falta de meios ou desinformação. Como tal, projetos como a ASOT são de inquestionável valor

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A obtenção de um correto ponto de contacto proximal em classes II (caso clínico)

Ana Catarina Gonçalves Vieira Estudante do Mestrado Integrado de Medicina Dentária na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (UFP), com sede no Porto. Cátia Areias Rosa Estudante do Mestrado Integrado de Medicina Dentária na Faculdade de Ciências da Saúde da UFP, Porto. Alexandrine Carvalho Médica dentista. Licenciatura de Medicina Dentária pela Faculdade de Ciências da Saúde da UFP, Porto. Docente da Faculdade de Ciências da Saúde da UFP, nas disciplinas de Dentística, Porto. Master de Estética e Reabilitação Oral na Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha). Prática clínica em dentisteria restauradora estética e prostodontia. Porto.

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CiÊncia e prática

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polimerização continua a ser uma preocupação para restaurações diretas de resina composta3. A contração por polimerização pode causar o movimento das cúspides, fissuras no esmalte, e também tem o potencial de resultar em microinfiltração, sensibilidade pós-operatória e cárie secundária4. No entanto, a deflexão cuspídica resultante da contração de polimerização pode ser reduzida por técnicas de preenchimento incremental para obter bons resultados em situações clínicas3.

Introdução As restaurações classe II em dentes posteriores podem apresentar vários problemas como, por exemplo, na obtenção de pontos de contacto inadequados. Um contacto que não é adequado geralmente resulta na impactação alimentar, na doença periodontal e consequentemente no movimento do dente. São conhecidos vários sistemas de bandas de matriz para evitar tais problemas. Esses sistemas utilizam-se para restaurar cavidades com paredes proximais ausentes. O sistema de banda de matriz circunferencial usou-se convencionalmente para restaurar as cavidades de classe II. O sistema de banda de matriz seccional é relativamente novo e mostrou reproduzir pontos de contacto anatomicamente satisfatórios1. As restaurações em resina composta bem sucedidas podem alcançar-se quando se emprega uma técnica de restauração cuidadosa. O uso de uma banda de matriz seccional ajuda a alcançar um contacto proximal2. Com o aumento da exigência estética e o desenvolvimento de técnicas adesivas, a resina composta, para muitos profissionais torna-se o material de escolha para a restauração dentária posterior. Apesar das muitas vantagens do material, a contração por

Para além disso, sugere-se ainda que a resina composta irá ter maior adesão à parede dentinária plana do que ao chão da cavidade, sendo que a evidência demonstra que a força de adesão às paredes da cavidade foi mais afetada pelo fator C do que no chão da cavidade5. Tendo em vista uma restauração estética, foi necessário avaliar a cor dentária, nomeadamente o nível de translucidez. Esta é influenciada pelo nível de espessura e valor da resina composta, e dependente do fundo de contraste6. Se a polimerização não for adequada resulta em diminuição da dureza e da resistência ao desgaste, baixa estabilidade de cor e maior infiltração, de onde podem resultar lesões de cárie secundária. Com vista a contrariar a formação desta camada, tem-se vindo a desenvolver esforços no sentido de encontrar formas de inibir o contacto entre o último estrato da restauração do compósito e o oxigénio do ar. De acordo com alguns autores, a fotopolimerização da última camada através da aplicação de gel de glicerina sobre a resina composta ainda não polimerizada é uma técnica que permite aumentar o grau de conversão da resina, isto porque o gel de glicerina apresenta a capacidade de isolamento do ar, o que impede o contacto da superfície da resina composta com o oxigénio durante a fotopolimerização7,8.

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Ciência e prática

Neste artigo apresenta-se uma técnica restauradora usada para restaurações de resina composta classe II, com vista à obtenção do ponto de contacto proximal através de uma matriz seccionada. Caso clínico C.R., de 20 anos, sexo feminino, sem antecedentes médicos relevantes.

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Na fase de restauração do 45, selecionou-se uma resina composta FiltekSupreme A2. Colocou-se gel de ácido ortofosfórico a 37% (Clinix) (fig. 6) e, após lavagem com água e secagem da superfície dentária (fig. 7), aplicou-se uma camada de adesivo Optibond Solo Plus (fig. 8), seguidamente um jato de ar e fotopolimerização durante 20 segundos com uma lâmpada de diodo emissor de luz (R&S) (fig.9).

Motivo da consulta: “sinto sensibilidade dentária no molar inferior”. Após a execução do exame clínico, verificou-se que tinha uma restauração infiltrada no dente 45 e cárie em mesial do 46 (fig.1), comprovado com os exames radiológicos. De seguida realizaram-se testes de sensibilidade dentária que obtiveram resposta positiva. Administrou-se anestesia local infiltrativa com articaína. Após ter sido efetuada a limpeza das cáries (figs. 2, a-c) realizou-se o isolamento absoluto com um dique de borracha (fig. 3). Deu-se início à fase de restauração, começando pelo dente 46 em mesial (figs. 4, a-c). De seguida, colocou-se matriz seccionada com um anel (Dentsply) e os wedjets em interproximal com o objetivo de se obter um correto ponto de contacto (fig. 5).

Fig. 1. Fotografia inicial do caso.

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b Fig. 2, a-c. Remoção da restauração infiltrada e do tecido cariado.

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Com o propósito de reduzir o Fator C, utilizou-se o método incremental, iniciando-se pela parede distal (fig.10) e, de seguida, fazendo incrementos, usando camadas oblíquas, até a obtenção da anatomia do dente. Em cada incremento não se colocou mais de 2 mm de espessura de compósito, sendo que cada estrato foi fotopolimerizado a cada incremento (fig. 11).

Com vista a aumentar a resistência do compósito, aplicou-se glicerina para inibir a camada de oxigénio antes da última fotopolimerização. Finalmente, a restauração de resina composta finalizou-se e poliu-se com brocas e discos, após verificação da oclusão (fig. 12).

Fig. 3. Colocação do isolamento absoluto.

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Fig. 4, a-c. Limpeza da cárie e restauração do dente 46.

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Ciência e prática

Fig. 5. Colocação do material para obtenção do ponto de contacto.

Fig. 6. Acondicionamento com ácido ortofosfórico.

Fig. 7. Lavagem com água e secagem da superfície dentária.

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Ciência e prática

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Fig. 8. Colocação do adesivo.

Fig. 9. Fotopolimerização do adesivo.

Fig. 10. Restauração da parede distal.

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Ciência e prática

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Fig. 11. Finalização do método incremental e aplicação da glicerina.

Fig. 12. Fotografia final do caso.

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Ciência e prática

Discussão Nas restaurações classe II, a utilização dos anéis visa adaptar de forma correta a matriz, especialmente quando duas cavidades em faces distintas estão voltadas uma à outra. Esta técnica permite mimetizar a anatomia dentária e fazer uma restauração

com um adequado ponto de contacto, de forma previsível e sem complicações, sendo executada com materiais simples (matrizes seccionadas pré-formadas, cunhas anatómicas e anéis de retenção).

Conclusão O uso de matrizes metálicas de fita com porta-matrizes pode revelar resultados menos satisfatórios comparado com as matrizes seccionadas, uma vez que estas, através da sua curvatura, conseguem uma melhor adaptação à anatomia dentária dos dentes posteriores. As matrizes seccionadas possibilitam um resultado estético e funcional satisfatório, com alta performance e acessível a qualquer profissional da área.

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Uso do laser em Medicina Dentária: uma visão contemporânea

Caleb Shitsuka Médico dentista. Doutorado em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), Brasil. Professor de Cariologia na Universidade Brasil e de Odontopediatria na instituição de ensino Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo. Maria Naira Pereira Friggi Médica dentista. Doutorada em Odontopediatria pela FOUSP. Professora de Odontopediatria na instituição de ensino Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo. Irineu Gregnanin Pedron Médico dentista. Mestre em Ciências Odontológicas pela FOUSP. Professor de Periodontia na Universidade Brasil. Ricardo Shitsuka Médico dentista. Licenciado em Medicina Dentária pela FOUSP. Doutorado em Ensino de Ciências pela UNICSUL, São Paulo. Professor de Engenharia da Universidade Federal de Itajubá, Brasil. Luciano Bonatelli Bispo Médico dentista. Doutorado em Dentística pela FOUSP. São Paulo (Brasil).

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Introdução No início do século XX, o físico alemão Albert Einstein, baseado na teoria quântica, expôs os princípios físicos da emissão estimulada, da qual teve origem o fenómeno laser. Alguns anos depois, em 1960, Theodore H. Maiman desenvolveu o primeiro dispositivo a laser tendo o rubi como matéria prima1,2. Consequentemente, Stern e Sognnaes introduziram o laser em Medicina Dentária, desde então, publicaram-se diversos estudos científicos que comprovaram a efetividade da luz laser como alternativa de diversos tipos de tratamento odontológico, atuando principalmente na bioestimulação celular3,4.

Resumo Atualmente, a Medicina Dentária tem buscado métodos cada vez menos invasivos conceituados na filosofia de mínima intervenção, desta maneira o laser pode ter uma ação benéfica promovendo um prognóstico favorável, minimizando a dor e acelerando o processo de cicatrização dos tecidos. A tecnologia laser é uma opção de diversos tratamentos odontológicos como cirurgias bucais, dentística operatória, tratamento endodôntico, e também promove efeitos terapêuticos. Os lasers podem ser de baixa intensidade em termos de potência, usados para desencadear efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e bioestimulantes, ou de alta intensidade, usados para promover corte, vaporização tecidual, coagulação e redução microbiana. Esta revisão de literatura tem por objetivo abordar os principais tipos de lasers usados em Medicina Dentária, as suas aplicações e contribuições para a saúde oral. Palavras-chave: lasers, terapia a laser, saúde oral, boca, odontologia.

Trata-se de uma tecnologia capaz de produzir um feixe de luz, que é concentrado numa fonte de energia, fótons, com possibilidade de focalização em pequenas áreas, podendo atuar através de diferentes meios ativos de origem sólida, líquida ou gasosa. O nome laser é um acrónimo que significa Light amplification by stimulated emission of radiation, ou seja, ampliação da luz por emissão estimulada de radiação5. A luz emitida pelo laser é menos agressiva aos tecidos, quando comparada a outros tipos de radiações usadas com finalidades terapêuticas, visto que é uma forma de radiação não ionizante, que, em contacto com diferentes tecidos e de acordo com o tipo de laser, resulta em efeitos térmicos, fotoquímicos e difusos4,6. O laser pode classificar-se em duas categorias: laser de baixa intensidade de potência ou LILT (low intensity laser therapy), que possui fins terapêuticos, agindo na reparação tecidual, redução do processo inflamatório e da sintomatologia dolorosa. E o laser de alta intensidade de potência ou HILT (high intensity laser treatment) com finalidade cirúrgica, empregado no corte, cauterização e coagulação de tecidos7,8,9.

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Atualmente, essa tecnologia já se incorpora em diversos procedimentos clínicos odontológicos, sendo importante o conhecimento e a atuação do laser. O objetivo deste trabalho é abordar os aspetos que diferenciam os principais tipos de lasers e a sua contribuição para a saúde oral. Revisão de literatura Desde os primórdios da civilização, a luz solar usa-se com finalidades terapêuticas, os indianos (1.400 A.C.), com a intenção de curar as alterações de cores causadas pelo vitiligo, usavam algumas plantas para obter substâncias fotossensíveis aplicando-as na pele para que fossem absorvidas pela luz solar. Árabes, gregos e romanos, no decorrer do tempo, desenvolveram diversas formas de tratamento com a luz solar, e mesmo atualmente é possível encontrar medicamentos que agem através de sua interação com a luz, assim como há uma variedade de medicamentos fotossensíveis1,10. O físico alemão Albert Einstein expôs os princípios da emissão estimulada, analisando as relações entre a quantidade de energia libertada através de processos atómicos. Muitos estudos realizaram-se no ano de 1960, Theodore H. Maiman apresentou o Maser (microwave amplification by stimulated emission of radiation) onde foi possível visualizar uma faixa de luz através de uma emissão estimulada de radiação, por meio da excitação do rubi. Surgiram outros lasers, tais como o laser de hélio-neónio (He-Ne), o neodímio dopado com cristal de ítrio-alumínio-granada (Nd: YAG) e o laser à base de dióxido de carbono (CO²)1,2,11. Em 1964, Stern & Sognnaes realizaram o primeiro estudo sobre o uso do laser em Medicina Dentária. No ano seguinte, o médico Goldman realizou a primeira aplicação do laser de rubi em dentes “in vivo”, sendo o paciente seu irmão e médico dentista3,12.

A grande tendência da Medicina Dentária é a incorporação de novas tecnologias e de métodos menos invasivos, com a finalidade de minimizar a dor e o desconforto durante e após as intervenções odontológicas13,14. Com todas essas novas tecnologias agregadas, e com as novas técnicas, acredita-se que a laserterapia seja uma excelente opção de tratamento, já que apresenta efeitos benéficos para os tecidos irradiados, como a ativação da microcirculação, o efeito na angiogénese, efeitos anti-inflamatórios e analgésicos, além de estimular a multiplicação e a regeneração celular. O entendimento da interação entre os lasers e os tecidos baseia-se principalmente no entendimento das relações fisiológicas, que podem induzir-se nesses tecidos pela luz laser4,15. Os lasers nomeiam-se de acordo com os diferentes meios ativos pelo qual se estimulam, podendo ser sólidos, líquidos ou gasosos, resultando em diferentes tipos de radiação e comprimento de onda4,16. Possuem monocromaticidade, com comprimentos de 400 a 780 nm visíveis ao olho humano, e comprimentos não visíveis, considerados acima de 780 nm (infravermelho); ou, ultravioletas entre 300 e 400 nm. As suas ondas de mesmo comprimento propagam-se no tempo e no espaço em fases, com uma direção única e paralela17. Conforme o comprimento de onda, podem ocorrer cinco diferentes fenómenos: reflexão, absorção, refração, transmissão e difusão. A absorção é a propriedade ótica responsável pela interação com o tecido alvo18. Os lasers de baixa intensidade de potência (fig. 1) ou lasers terapêuticos (LILT) devem ser absorvidos e apresentar propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e de bioestimulação8, enquanto os lasers cirúrgicos de alta intensidade de potência (HILT) agem produzindo calor, com propriedades de corte, vaporização tecidual, hemostasia, ablação (fig. 2) e redução microbiana – bactericida e bacteriostático19.

Fig. 1. Os lasers de baixa intensidade (ou lasers terapêuticos) devem ser absorvidos e apresentar propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e de bioestimulação.

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Laser de baixa intensidade de potência O uso do laser de baixa intensidade de potência tem ampla utilidade em tecidos moles, atua na angiogénese, promove um significativo aumento na regeneração do tecido lesado potencializando a sua cicatrização, e estimula a proliferação de fibroblastos. A laserterapia de baixa intensidade pode ser usada no tratamento de herpes, estomatite aftosa recorrente (afta), ulcerações traumáticas, síndrome da ardência bucal e mucosite. No herpes simples e na estomatite herpética, o laser age nos processos virais, estimulando o reforço do sistema imune do paciente12,15,22. Fig. 2. Os lasers cirúrgicos de alta intensidade agem produzindo calor, com propriedades de corte, vaporização tecidual, hemostasia, ablação e redução microbiana.

Inclui-se no grupo de lasers de baixa intensidade de potência, o laser de hélio-neónio (He-Ne) com comprimento de onda de 632.8 nm, o laser de arseneto de gálio-alumínio (Ga-As-Al) ou o laser de diodo, cujo comprimento de onda varia entre 780-830 nm, e o laser combinado de diodo de hélio-neónio20. De entre os principais lasers cirúrgicos usados na Medicina Dentária, podemos citar o Nd: YAG (neodímio dopado com cristal de ítrio-alumínio-granada) – 1.064 nm e o CO² (dióxido de carbono) – 9.300 nm, 9.600 nm, 10.300 nm e 10.600 nm, para tecidos moles; e o Er: YAG (érbio dopado com cristal de ítrio-alumínio-granada – 2.940 nm, Er,Cr: YSGG (érbio cromo dopado com ítrio-escândio-gálio-granada) – 2.780 nm, para tecidos duros. Os tecidos biológicos são heterogêneos do ponto de vista óptico, porém a escolha do laser deve ser feita de acordo com a sua interação com o tecido alvo, seja esse tecido mole ou duro4,18. A laserterapia tem sido utilizada por mais de 50 anos e existem inúmeras pesquisas na literatura que relatam efeitos baseados em evidência científica. Resultados desfavoráveis podem ocorrer devido a utilização de baixas e/ou altas doses, com erros de diagnóstico, números de sessões insuficientes ou falta de padronização de frequência das aplicações. A consagração do laser como terapia exige um conhecimento da energia aplicada, uma investigação dos efeitos que produz no organismo e a aplicação de uma correta metodologia15,21. Os fundamentos físicos e a interação dessa luz com os tecidos são conhecimentos que devem ser esclarecidos e dominados pelos profissionais, possibilitando diferentes pesquisas e consolidando a laserterapia como uma opção terapêutica na clínica odontológica diária.

No tratamento de ulcerações aftosas, o laser, através da energia, aumenta a imunidade local, reduz os sintomas e repara o tecido rapidamente, impedindo recidivas por longos períodos no local de aplicação23. Caracterizada pela constante queixa de dor e ardência na boca, a síndrome da ardência oral não possui lesões clínicas diagnosticadas, acomete principalmente as mulheres no período pós-menopausa24. A laserterapia atua no controlo da inflamação e proporciona diminuição da ardência e da sintomatologia dolorosa, resultando em um bom efeito terapêutico25. A mucosite oral é uma complicação comum no tratamento do paciente oncológico, pode causar alterações no prognóstico do paciente e causa grande desconforto26. Nesses casos, a laserterapia proporciona diminuição da dor, controlo da inflamação, manutenção da integridade da mucosa e reparação tecidual27. Além de ajudar no tratamento de lesões de tecidos moles, o laser de baixa intensidade de potência vem sendo utilizado como complemento terapêutico em procedimentos cirúrgicos convencionais e no tratamento de traumas dento-alveolares, com ação anti-inflamatória, analgésica e reparadora, nos preparos cavitários, na hiperestesia dentinária e no capeamento pulpar direto, promove biomodulação dos odontoblastos e a formação de dentina reacional. Em terapias endodônticas, ajuda na redução da inflamação, na reorganização e na reparação da polpa e dos tecidos periapicais17,28. A interferência do laser de baixa intensidade de potência sobre a ação de mediadores inflamatórios (prostaglandinas e bradicinina), a indução da mitose de fibroblastos, a produção de colágeno e a ação sobre microcirculação e sangramento gengival fazem com que a laserterapia tenha um papel importante na cicatrização periodontal9,20,29,30. Devido ao seu efeito analgésico, o laser de baixa intensidade de potência é também uma alternativa terapêutica para o tratamento de disfunções temporomandibulares (DTM), favorecendo o aumento da resistência e viabilidade celular31.

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Laser de alta intensidade de potência A energia do laser escolhido é um fator de grande importância e está diretamente relacionada com o sucesso ou não da terapia, pois de acordo com o comprimento de onda estes podem ter maior ou menor afinidade pelos diferentes tecidos presentes na cavidade oral18,19. O laser de Nd: YAG (1.064 nm) possui uma luz próxima ao infra-vermelho. Este laser tem sido estudado na prevenção de cárie, porém é pouco absorvido pela hidroxiapatite e água necessitando assim de um fotoiniciador18. O uso do laser de Nd: YAG, com comprimento de onda de 1.064 nm, promove vantagens nas cirurgias de tecidos moles, entre elas: incisão atraumática, ablação homogénea do tecido, coagulação da superfície da ferida, menor contração tecidual e eliminação da necessidade da realização de suturas, diminuição da dor e infeção pós-operatória, e maior aceitação psicológica pelos pacientes31.

O laser de Er,Cr: YSGG, com um comprimento de onda de 2.78 micrómetros, possui grande absorção pela água e hidroxiapatite presente nos tecidos duros dentais, bem como uma regulação de ar-água, com isso, a velocidade do jato de água dirigida para os locais de ablação aumenta as profundidades de ablação. A água desempenha um papel importante como potencializador da ablação nos tecidos duros dentais36. Este laser tem sido amplamente estudado para o tratamento de lesões de cárie e preparos cavitários para restaurações adesivas (fig. 4).

O laser de Nd: YAG com frequência dobrada, ou KTP (fosfato-titânio-potássio), possui um comprimento de onda de 532 nm (espectro verde). O KTP é um cristal não linear, que não emite luz laser diretamente. Na Medicina Dentária é indicado para o clareamento dentário e para a descontaminação dos canais radiculares32. Os aparelhos de laser de CO² (dióxido de carbono) podem ser fabricados com diferentes comprimentos de onda e ter variação entre 9.300, 9.600, 10.300 e 10.600 nm, possuem pouca afinidade por corantes, excelente afinidade por líquidos, podendo interagir com tecidos moles ou duros. Por ter boa absorção pela água do tecido, o laser de CO² tem sido amplamente utilizado em cirurgias bucais convencionais, proporcionando efetiva vaporização do líquido intra e extra celular, resultando em boa cicatrização, hemostasia, redução bacteriana, redução da infecção, com pós operatório apresentando menor processo inflamatório33,34. O laser de CO² também pode ser usado na prevenção de cáries, pois é capaz de ser absorvido pelo esmalte dentário, composto por hidroxiapatite e hidroxilas. A irradiação do esmalte dentário por comprimentos de onda específicos, doses e irradiação do laser de CO² altera os cristais de hidroxiapatite, reduzindo a reatividade ácida do mineral35. O primeiro laser aprovado para tecidos duros foi o de Er: YAG, com comprimento de onda de 2.940 nm, possui um efeito ablasivo e, quando usado na cavidade oral, é necessário o uso de peças de mão (semelhante à turbina de alta rotação) com refrigeração ar-água, o que favorece os efeitos ablasivos e evita um sobreaquecimento. Este laser possui uma grande capacidade de corte dos tecidos duros, justificando a sua ampla aplicabilidade em dentística (fig. 3). Pode usar-se igualmente em tecidos moles, no tratamento de cirurgias periodontais com pontas intercambiáveis específicas18.

Fig. 3. O primeiro laser aprovado para tecidos duros foi o de Er: YAG, com comprimento de onda de 2.940 nm. Possui uma grande capacidade de corte dos tecidos duros, justificando a sua ampla aplicabilidade em dentística.

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Fig. 4. O laser de Er,Cr: YSGG, com um comprimento de onda de 2.78 micrómetros, tem sido amplamente estudado para o tratamento de lesões de cárie e preparos cavitários para restaurações adesivas.

Discussão A laserterapia utiliza-se há mais de 50 anos e existem inúmeras pesquisas na literatura que relatam efeitos baseados em evidência científica. Os resultados desfavoráveis podem verificar-se devido a utilização de baixas ou altas doses, com erros de diagnósticos, números de sessões insuficientes ou falta de padronização de frequência das aplicações. A consagração do laser como terapia exige um conhecimento da energia aplicada, uma investigação dos efeitos que produz no organismo e a aplicação de uma correta metodologia1.

Deve sempre ter-se em consideração alguns fatores primordiais para a aplicação e manipulação do laser:

As desvantagens estão na sua maioria associadas ao médico dentista, por falta de esclarecimento e conhecimento, o qual é fundamental para efeitos de manuseamento, como a interação do laser com o tecido irradiado, a aplicação necessária da quantidade de doses emitida a cada estrutura, pois estes aparelhos dispõem já de algumas técnicas pré-determinadas por cada um dos seus fabricantes.

A entidade que adverte sobre o uso do laser no tratamento odontológico em crianças abaixo dos 12 anos, grávidas e pacientes imunodeprimidos por tratamento de cancro não recomenda a sua utilização por não haver ainda comprovações da interação do laser com o tratamento ou o desenvolvimento de alguma patologia.

Os lasers, principalmente os cirúrgicos, são potencialmente perigosos, mesmo quando usados de forma pulsátil, pois envolvem picos de potência bastante elevados. Portanto, são necessárias medidas de segurança que visem eliminar ou reduzir os riscos de acidentes durante o uso dos diversos lasers. Essas preocupações visam proteger tanto o médico dentista como o pessoal auxiliar e o próprio paciente. O uso do laser de CO2 produz um raio terapêutico infravermelho (invisível) e alinhado com um laser de HE-NE (visível) que é de baixa potência. Este laser de HE-NE não apresenta maiores riscos, exceto quando há uma exposição prolongada da radiação nos olhos. Já a radiação infra-vermelha do laser CO2 devido à sua potência, que pode chegar a uma centena de watts, é essencial que se tomem as devidas precauções, para evitar lesões nas córneas, queimaduras de pele ou a emissão de gases tóxicos.

• Escolha do comprimento de onda. • Forma de aplicação (onda pulsátil ou contínua). • Seleção da potência. • Distância entre a ponta do laser e o tecido. • Composição do tecido. • Espessura do tecido.

Hoje em dia, o valor do aparelho de laser de baixa potência ou de alta potência não é acessível a todos. Mas, de uma maneira geral, com a grande tendência da Medicina Dentária e a incorporação de novas tecnologias, métodos cada vez menos invasivos, com a finalidade de minimizar a dor e desconforto durante e após as intervenções odontológicas e com todas essas tecnologias agregadas, e com as novas técnicas, acredita-se que o uso do laser como laserterapia seja uma excelente opção no tratamento, já que apresenta muitos efeitos benéficos para os tecidos irradiados, como a ativação da microcirculação, efeito na angiogénese, efeito anti-inflamatório e analgésico, além de estimular a multiplicação e a regeneração celular. O atendimento da interação entre os laseres e os tecidos baseia-se principalmente no atendimento das relações fisiológicas que podem induzir-se nesses tecidos pela luz laser2.

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Fig. 5. Os lasers têm uma ampla utilização em todas as especialidades odontológicas que necessitam de uma diminuição na dor e na inflamação e uma reparação tecidual mais acelerada devido à sua bio-estimulação.

Os lasers têm uma ampla utilização em todas as especialidades odontológicas (fig. 5) que necessitam de uma diminuição na dor e inflamação e uma reparação tecidual mais acelerada devido à sua bio-estimulação, trazendo conforto e neoformação quando é necessária. Vale a pena a busca pelo conhecimento para se obter melhores resultados, podendo assim beneficiar o paciente e o próprio médico dentista sempre que necessitar de: • Alívio da dor. • Reparação tecidual. • Redução de edema ou inchaço. • Alívio da hipersensibilidade dentária. • Paralisia facial. • Herpes labial. • Língua geográfica.

• Aftas. • Alveolite: infeção ou inflamação do alvéolo pós-extração dentária. • Exodontia: pós-extração dentária. • Nevralgia do trigémeo. • Gengivite. • Periodontite. • Dores na articulação temporomandibular. Podemos concluir que a tecnologia laser é uma boa alternativa para se promover efeitos terapêuticos na realização de cirurgias minimamente invasivas. É necessário que o médico dentista tenha o entendimento dessa tecnologia para que possa utilizá-la na prática clínica diária de seu consultório, levando em consideração conhecimento, proteção e investimento para uma ideal utilização.

Conclusão A laserterapia tem-se aplicado amplamente nos diversos procedimentos odontológicos, tais como: cirurgias de tecidos moles, na prevenção de desmineralização do esmalte dentário, em preparos cavitários, na promoção de efeitos terapêuticos com ação anti-inflamatória, na diminuição do edema e da sintomatologia dolorosa, e na bioestimulação. Através de procedimentos clínicos realizados e relatados em artigos e estudos científicos, podemos concluir que a tecnologia laser é uma boa alternativa para se promover efeitos terapêuticos e na realização de cirurgias minimamente invasivas. É necessário que o médico dentista tenha o entendimento dessa tecnologia para que possa utilizá-la na prática clínica diária do seu consultório.

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Dent. 2004; 32(7): 531-540.

and dentin: ablation and morphological studies. J Clin Laser Med & Surg, 1999; 17(4): 155-159.

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O lado legal das fotografias II Como referimos na última Objetiva Clínica, iremos continuar a debruçar-nos sobre este importante tema legal, e falar mais em pormenor do consentimento informado. A fotografia e vídeo clínico em medicina dentária, estomatologia, cirurgia maxilo-facial e noutras áreas da medicina que se relacionam com a nossa, tem-se tornando cada vez mais importante.

Bruno Seabra

Médico dentista e fotógrafo. Formador na área da fotografia em Medicina Dentária. Diretor do Light Up Studio, com sede no Lumiar (Lisboa).

fotografia@maxillaris.com

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Atualmente, a capacidade de registar, armazenar, e depois transmitir e partilhar as imagens digitais, revolucionou a forma como comunicamos e levou a um aumento exponencial do uso, no nosso dia a dia clínico, destas tecnologias de captação de imagem, tais como câmaras fotográficas, smartphones e scanners. E a maior exposição das nossas imagens por todos os meios disponíveis leva-nos a sentir a necessidade de procurarmos captar imagens cada vez com mais elevada qualidade.

Hoje a partilha de imagens é constante! Para além de todos os suportes físicos onde geralmente publicamos, nomeadamente congressos e revistas, cada vez mais encontramos acessíveis online vídeos e apresentações da nossa área. Cada vez mais partilhamos casos nos sites das nossas clinicas ou publicamos essas imagens nos social media (Instagram, Facebook, LinkedIn, Twitter, etc.), quer seja em páginas pessoais como profissionais. Embora estas mudanças sejam geralmente positivas, elas representam uma ameaça potencial aos direitos e à privacidade dos pacientes, se não tomarmos medidas de prevenção e proteção adequadas, ou seja, o consentimento informado. O que é o consentimento informado? O termo consentimento informado, em medicina e medicina dentária, corresponde à aceitação de

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uma intervenção médica por um paciente, de forma livre, voluntária e consciente. Isso implica, claro, que o clínico tenha prestado todas as informações sobre a intervenção com seus possíveis riscos e benefícios, assim como sobre as alternativas possíveis. Mas implica também que o paciente seja competente para receber essa informação, para a compreender e voluntariamente para consentir a intervenção. Na área da captação de imagens médicas, deverá existir um consentimento informado orientado para o registo mas principalmente para a sua posterior utilização. É este documento que irá permitir obtermos a autorização expressa do paciente sobre a possibilidade de usarmos as imagens que registamos. Que devo incluir num consentimento informado para registo de imagens? Se pretendemos captar imagens clínicas, por exemplo para fins educacionais, devíamos considerar sempre ter uma conversa com o paciente de forma a termos a oportunidade de explicar todos os pormenores: • Detalhar a natureza das fotografias ou vídeos - por que razão vamos tirar fotografias ou captar vídeos (p.e: estado inicial do problema, diagnóstico, acompanhar evolução de uma lesão, planeamento, etc.). • Tipo de fotografia e o que vamos fotografar ou gravar (p.e: fotografia intraoral e extraoral). • Se o paciente será identificável. • Incluir e especificar os diferentes usos - listar as finalidades pretendidas e a divulgação subsequentes (p.e.: estudo, ensino, marketing, etc.) e idealmente permitir a seleção individual de cada fim afirmativamente ou negativamente (espaço para colocar sim ou não). • Quem pode ser autorizado a aceder às fotografias ou vídeos e em que contexto. • Esclarecer o direito do paciente em recusar, retirar ou modificar o consentimento. Devo obter a autorização por escrito, sob a forma de um formulário de consentimento assinado? Já falámos desta questão na edição anterior (link para Objetiva Clínica 02 disponível no final deste artigo). A publicação de fotografias em revistas, jornais, internet, etc., encontra-se devidamente regulada pela lei e o Código Civil no que se refere ao Direito à Imagem. O artigo 79o do Código Civil dispõe que o retrato de uma pessoa não pode ser exposto, sem o consentimento dela, e aconselhamos por isso a obtenção do consentimento por escrito.

Fig. 1. Nos retratos, mesmo considerando a colocação de alguma faixa ou algum grau de desfoque sobreposto com os olhos, isto não impede a identificação dos pacientes.

Fig. 2. Mesmo em situações em que no setup fotográfico registamos a fotografia macro extraoral do sorriso e dos dentes, a presença de alguns sinais na pele ou cicatrizes de acidentes ou cirurgias poderá identificar o paciente.

Podem considerar a criação e personalização de um formulário de consentimento exclusivo para a vossa clínica. Apesar de termos obtido o consentimento escrito, devemos também documentar esta conversa na história clínica do paciente para que fique registado. Devemos colocar cópia digitalizada e assinada no arquivo do paciente.

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elas possam ser publicadas. Por exemplo, os pacientes devem saber se as suas fotografias serão publicadas e partilhadas na internet e nos social media. Há muitas revistas científicas da nossa área que já estão disponíveis online e onde o paciente pode ser identificado. Quando os pacientes consentem o uso de fotografias ou vídeos para fins educacionais, devemos remover qualquer identificador pessoal para proteger a confidencialidade do paciente, bem como o nome do paciente (incluindo os dados de identificação anexados à fotografia ou vídeo digital, como o nome usado para salvar o arquivo eletrónico) e outras informações de identificação (idade, sexo, histórico do paciente, etc.). Fig. 3. Existem algumas situações em que os pacientes podem ser identificados em fotografias intraorais, também pela presença de piercings, cicatrizes e até pela presença de alterações na forma ou cor e manchas nos dentes.

Quando submeto um artigo para uma revista, o que necessito enviar sobre o consentimento? Em que caso os meus pacientes não têm autonomia para darem o consentimento? Nalgumas situações considera-se que os pacientes não têm capacidade para consentirem e autorizarem o procedimento, nomeadamente quando o paciente é menor de idade (com menos de 18 anos) ou portador de deficiência que o limita e põe de lado essa possibilidade. Nesses casos, devem ser os pais ou o seu representante legal que devem ser informados e fornecer o consentimento. Posso usar fotografias ou vídeos antigos e para os quais não tenho o consentimento do paciente? Pode ser difícil, ou quase impossível, obter um consentimento expresso para usar fotografias clínicas de pacientes que foram tiradas já há muitos anos. Na realidade, como já vimos, podemos usar fotografias clínicas não identificadoras. No entanto, se houver a mínima possibilidade de um paciente poder ser identificado, devemos evitar usar, a menos que o consentimento possa ainda ser obtido junto do paciente que conseguimos contactar (ou o seu representante legal se o paciente tiver já falecido ou esteja incapacitado). Se a pessoa já tiver falecido, têm legitimidade para dar o consentimento para a publicação, o cônjuge ou qualquer descendente (irmão, sobrinho ou herdeiro, segundo esta ordem). Assim, se o falecido tiver viúvo ou viúva, a este ou a esta caberá dar o consentimento e não ao sobrinho, por exemplo.

Consulte aqui a primeira parte deste artigo.

O acesso público de imagens inseridas num programa de educação contínua afeta a necessidade de consentimento informado? É importante que os pacientes estejam conscientes de todas as situações que provavelmente terão autorizado para a utilização das suas fotografias ou vídeos, e até onde

Embora reconheçamos que os pacientes devem fornecer o seu consentimento para publicação sempre que houver a possibilidade de que possam ser identificados, não existe consenso sobre os procedimentos e requisitos específicos exigidos pelas revistas. As normas de publicação e exigências variam de acordo com a revista. O autor é sempre responsável por assegurar o direito à imagem do paciente, protegendo a sua identidade, tanto no texto do artigo como nas imagens. Para isso deve evitar-se a apresentação de nomes, iniciais ou números de processos clínicos (ou qualquer outro tipo de dados irrelevantes para o estudo que possam identificar o paciente) no texto ou nas fotografias, a menos que essas informações sejam comprovadamente essenciais para fins científicos. Os autores são responsáveis por obter o consentimento informado por escrito, autorizando a publicação, a reprodução, a circulação em suporte de papel e o acesso público através da internet. Muitas revistas exigem que as fotos sejam acompanhadas do consentimento informado; outras exigem apenas que os autores confirmem que obtiveram esse consentimento. Reconhecendo esta área obscura, deixamos aqui algumas sugestões de melhores práticas no respeito pela privacidade do paciente. Assim, deve evitar-se fotografar todo o corpo ou rosto sempre que possível. A prática de desfocar as características de identificação ou até bloquear os olhos tornou-se comum quando é necessário mostrar a face para disfarçar a identificação do paciente. Atualmente, recomendamos o consentimento informado de todos os pacientes para fotografias e vídeos, sejam ou não identificados. Se considerarmos a facilidade com que as imagens podem ser partilhadas na internet, é praticamente impossível controlarmos o seu uso.

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Quiz de Medicina Oral Demonstre os seus conhecimentos no teste da MAXILLARIS Durante mais de treze anos a edição espanhola da MAXILLARIS (e mais recentemente a portuguesa) publicou a secção “Imagens da Medicina Oral”, do médico dentista e professor catedrático espanhol Germán Esparza Gómez. Nela se descreveram uma série de casos clínicos, dando conta assim, de uma maneira simples e prática, das principais patologias desta área. Convencidos de que a prevenção é a principal ferramenta terapêutica e que a Medicina Oral deve continuar a ter o seu peso na MAXILLARIS, criámos uma nova secção que sobressai pela sua grande utilidade. Germán Esparza Gómez proporcionará todos os meses um Quiz (teste) no qual se inclui uma breve descrição de um caso e uma ou duas imagens do mesmo. Com estes dados, se lançará uma pergunta sobre um possível diagnóstico. O resultado desta pergunta publicar-se-á no mês seguinte, explicando tanto a argumentação da opção correta como a das respostas invalidadas. Para responder a esta pergunta e obter a solução correta de forma imediata, basta aceder à seguinte página eletrónica: www.maxillaris.com/quiz–pt. É um processo simples que não leva mais de um minuto. Aos participantes que obtenham os melhores resultados, a MAXILLARIS oferecerá um prémio muito especial.

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Germán Esparza Gómez Médico estomatologista. Doutorado em Medicina e Cirurgia. Professor titular de Medicina Oral. Departamento de Medicina e Cirurgia Bucofacial. Faculdade de Odontologia, Universidade Complutense de Madrid (Espanha). medoral@infomed.es

Responda a esta pergunta em: www.maxillaris.com/quiz

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A aparição aguda das lesões que se observam na imagem num rapaz de 14 anos, precedidas por febre de 39 ºC durante um par de dias, devem fazer pensar em: A. Uma queilite atínica. B. Um pênfigo vulgar.

C. Um eritema exudativo multiforme. D. Uma queimadura química. A solução publicar-se-á de forma imediata no site e em formato impresso no próximo número.

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Solução do Quiz no 8 (abril 2019)

A resposta correta é a D: Uma língua geográfica.

A língua geográfica caracteriza-se pela aparição no dorso lingual de áreas avermelhadas, depapiladas e rodeadas por um bordo esbranquiçado — bem delimitado e ligeiramente elevado — que representam zonas onde as papilas começam a regenerar-se. É uma condição tão frequente que atualmente se considera mais uma variação da normalidade do que uma entidade patológica. Geralmente as lesões são assintomáticas, ainda que alguns pacientes se queixem da sensação de comichão ou ardor ao ingerir alimentos quentes, picantes ou com muitas especiarias. Carece de tratamento eficaz e deve-se apenas tranquilizar o paciente, informando-o do carácter irrelevante da lesão.

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Relatos Maria do Rosário de Aragão Pereira de Athayde Licenciatura em Enfermagem, especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica. Prática clínica em Urgências e Cuidados Intensivos. É voluntária da Mundo A Sorrir desde 2017.

Maria do Rosário guarda boas recordações da Guiné-Bissau e diz que o contacto e a interação com as crianças e os adultos foram pontos fulcrais para o sucesso da sua missão naquele país.

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Sempre achei muito importante a contribuição voluntária de cada pessoa para projetos de ajuda humanitária Maria do Rosário de Aragão Pereira de Athayde, de 63 anos, colabora com a Mundo A Sorrir desde 2017, mas já tinha experiência de voluntariado desde 2014, ano em que se aposentou da carreira de enfermagem e começou a cooperar com a organização Médicos do Mundo, com a qual mantém a ligação em projetos na área da grande Lisboa. A veterena voluntária, nascida em Angola, também esteve envolvida no projeto “Mais Valia”, da Fundação Calouste Gulbenkian, que lhe proporcionou a primeira missão à Guiné-Bissau. Regressou mais tarde ao mesmo país de língua oficial portuguesa, desta vez pela mão da Mundo A Sorrir, onde realizou atividades de promoção da saúde oral e saúde geral, e colaborou em tratamentos de Medicina Dentária. Eis o relato dessa inesquecível experiência.

Como surgiu a sua ligação ao universo do voluntariado? Sempre achei muito importante a contribuição voluntária de cada pessoa para projetos de ajuda humanitária e ajuda ao desenvolvimento de pessoas e comunidades, contudo só depois da aposentação tive a oportunidade de os abraçar.

Estive envolvida no projeto “Mais Valia”, da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo realizado uma missão à Guiné-Bissau em 2016; este projeto terminou e deu origem a uma ONG que se chama “Ser Mais Valia”, em que contribuo regularmente para o trabalho de organização dos projetos e missões.

Em que projetos esteve e/ou continua a estar envolvida? Logo que me aposentei, em 2014, comecei a colaborar com a organização não governamental Médicos do Mundo, colaboração que mantenho em projetos na área da grande Lisboa.

Quando é que se tornou voluntária da Mundo A Sorrir? Depois da missão em 2016, procurei uma ONG cuja vertente essencial fosse a saúde e deparei-me com a Mundo A Sorrir. Assim, no final de 2017 tornei-me voluntária desta organização.

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Participou em algum projeto da Mundo A Sorrir em contexto nacional? Qual? Sim, participei no projeto “Aprender a ser saudável”, que promove a educação nas áreas da saúde oral, nutrição e atividade física em contexto escolar, contribuindo para a saúde geral. O projeto é desenvolvido nos municípios do Porto, Vila Nova de Gaia e Cascais, mas eu só participei nas escolas de Cascais, porque fica perto da minha área de residência. O que a motivou a fazer voluntariado num país africano de língua oficial portuguesa? Voltaria a fazê-lo? A motivação é sempre a mesma: pôr à disposição o meu know-how e contribuir para o sucesso dos projetos da organização. Sem dúvida que voltaria a fazer voluntariado e sendo em África... ainda melhor. Como é que foi acolhida na Guiné-Bissau? Fui muito bem acolhida, aquela imagem de insegurança que corre não é real. O país é muito bonito e com um potencial enorme, no entanto a população tem carências profundas, os que conseguem de lá sair não voltam para lá viver. Que tipo de atividade desenvolveu nesse período? Atividades de promoção da saúde oral e saúde geral, especialmente na alimentação, e atividades de colaboração com tratamentos de Medicina Dentária. Que recordações e ensinamentos guarda do período em que exerceu funções no terreno? Na Guiné-Bissau é necessário uma elasticidade muito grande para conseguir modificar os planos para levar a cabo as atividades que nos propomos: fazemos um plano que é realizável hoje, mas amanhã torna-se irrealizável! Qual foi a principal recompensa e a maior dificuldade que sentiu durante a missão em África? Foi sentir que o contacto e a interação com as crianças e as pessoas foram pontos fulcrais para a promoção da sua saúde oral e saúde geral, mas como grandes dificuldades na passagem da mensagem pela falta de entendimento do português falado.

A voluntária constata que na Guiné-Bissau é necessário uma elasticidade muito grande para conseguir levar a cabo as atividades de qualquer ONG.

A motivação é sempre a mesma: pôr à disposição o meu know-how e contribuir para o sucesso dos projetos da organização. Sem dúvida que voltaria a fazer voluntariado e sendo em África... ainda melhor

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ENDODONTIA

ENDODONTIA Curso de atualização em endodontia

Título de experto em endodontia

O Centro de Formação Contínua da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD), sedeado em Lisboa, vai acolher no dia 29 deste mês um curso de atualização em endodontia, subordinado ao tema “Novas ferramentas para simplificar o complexo”, que terá como orientador o médico dentista Sebastián Ortolani, professor responsável pela disciplina de endodontia na Universidade Católica San Antonio de Murcia (UCAM), que exerce a sua prática clínica em Alicante (Espanha). A componente prática deste curso inclui técnicas de instrumentação mecanizada com sistemas de lima única e obturação do sistema canalar com diferentes opções.

A CEOdont prepara uma nova edição deste curso orientado por Juan Manuel Liñares Sixto e dirigido a todos os pós-graduados que queiram iniciar-se ou aperfeiçoar-se no mundo da endodontia. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Abertura cameral e preparação de condutos; de 3 a 5 de outubro. • 2. Instrumentação mecânica; de 14 a 16 de novembro. • 3. Obturação de condutos radiculares, de 12 a 14 de dezembro. • 4. Restauração após a endodontia; de 30 de janeiro a 1 de fevereiro de 2020. • 5. Retratamento e endodontia cirúrgica; de 27 a 29 de fevereiro de 2020.

www.spemd.pt

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

IMPLANTOLOGIA

ESTÉTICA DENTÁRIA Título de experto em estética dentária

Novos cursos na área da implantologia

A CEOdont celebrará em 2020 uma nova edição deste curso orientado por Mariano Sanz Alonso, José A. de Rábago Vega e Rafael Naranjo Mota. O programa modular (existe a opção de fazer módulos soltos) começará com os módulos: • 1. Capas de porcelana I, de 23 a 25 de janeiro • 2. Capas de porcelana II, de 13 a 15 de fevereiro. • 3. Coroas de recobrimento total e incrustaçõess, 6 e 7 de março. • 4. Periodontia clínica na prática geral, 5 e 6 de junho. Para os interesados em começar este ano, de 2019 restam os módulos: • 5. Cirurgia periodontal estética, 5 e 6 de julho. • 6. Cirurgia periodontal estética, 13 e 14 de setembro. • 7. Restauração com compósitos I, de 17 a 19 de outubro. • 8. Restauração com compósitos II, de 21 a 23 de novembro. • 9. Curso teórico-prático na Universidade de Nova Iorque, de 17 a 21 de junho.

Eckermann, em colaboração com Aula Dental, prepara em Espanha uma nova edição do curso de implantologia geral, uma oportunidade para a iniciação do profissional na implantologia dentária, que vai decorrer de 19 a 22 de novembro. Os profissionais que já estão familiarizados com o tema e pretendem aperfeiçoar certas técnicas cirúrgicas, como a elevação de seio, poderão frequentar o curso de implantologia avançada, agendado para os dias 22 a 25 de outubro. Durante esta formação os alunos aprenderão a planear casos através da visualização de TACs-3D, selecionar o tipo de implante e a técnica adequada a cada situação com a vantagem de desenvolver todas as práticas sobre pacientes reais sob a supervisão e guia de um profissional.

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

www.eckermann.es

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MEDICINA ORAL

IMPLANTOLOGIA Congresso internacional Galimplant

Curso de medicina e patologia oral

A Galimplant celebrará com todos os seus clientes um novo congresso internacional nos dias 27 e 28 de setembro, na histórica cidade espanhola de Santiago de Compostela. De acordo com a empresa, este encontro, subordinado ao lema “Continuemos a somar juntos”, reunirá os mais importantes profissionais do universo dentário oriundos de todos os cantos do mundo. Todos e cada um deles realizarão a composição de um único e exclusivo programa de conferências, que abordará os mais destacados temas da atualidade do setor. O congresso oferecerá a possibilidade de alcançar uma perspetiva científica atual num ambiente familiar e festivo.

O Centro de Formação Contínua da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) leva a cabo no dia 7 do próximo mês de setembro, no espaço físico da OMD em Angra do Heroísmo (Açores), um curso sobre o diagnóstico e terapêutica em medicina e patologia oral, focado no doente idoso e doentes polimedicados, terapia oncológica (bisfosfonatos) e resolução de complicações. Esta formação tem como orientador o médico dentista Luís Monteiro, especialista em cirurgia oral pela OMD e doutorado em patologia pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). É membro da direção da Academia Portuguesa de Medicina Oral. 226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

www.galimplant.com

ORTODONTIA

DESTAQUE

ORTODONTIA Título de experto em alinhadores invisíveis

Pós-graduação de ortodontia

A CEOdont prepara mais uma edição deste curso, orientado por Andrade Neto. O programa iniciar-se-á no dia 6 de fevereiro de 2020 e consta de dois módulos de três dias cada um. O objetivo é que o aluno realize os processos de elaboração de férulas invisíveis com a metodologia avançada para o trabalho, melhorando os resultados nos pacientes, planificando clinicamente e desenvolvendo um trabalho com diversas técnicas, sendo capaz de realizar tratamentos sem depender de uma empresa específica. Ao finalizar o curso o aluno terá apoio diagnóstico e de laboratório para os primeiros casos.

A ORTOCERVERA prepara a 89a edição da sua pós-graduação em ortodontia funcional, aparatologia fixa estética e alinhadores, orientada por Alberto Cervera. Esta formação vai decorrer entre os dias 26 e 28 do próximo mês de setembro, em Madrid (Espanha). Esta especialização está estruturada em quatro áreas formativas, designadamente protocolo de diagnóstico e tratamento, estudos de síndromes clínicos, práticas em tipodontos com brackets estéticos Camaleão e práticas clínicas tutorizadas.

(0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

(0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

SPO celebra congresso anual em Braga

XXVI Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia Altice Fórum (Braga) www.sportodontia.pt

O XXVI congresso da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) vai ter lugar nos dias 19 a 21 de setembro, no Altice Fórum Braga, a mais recente e maior infraestrutura para congressos no norte do país. O tema central desta edição do congresso é a ortodontia e a estética numa abordagem multidisciplinar. A médica dentista Ágata Carvalho, presidente da comissão organizadora, justifica esta escolha pelo desafio imenso que constitui a prática clínica atual. A evolução vertiginosa, que pauta os últimos tempos, lança para debate a ortodontia digital, sistemas de ancoragem esqueléticos e os alinhadores, sempre num âmbito multidisciplinar. A organização antecipa ainda que o encontro deverá registar o maior número de inscritos na história dos congressos da sociedade científica.

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Lisboa organiza em setembro congresso da EAO

O congresso anual da European Association of Osseointegration (EAO) vai decorrer nos dias 26 a 28 de setembro próximo, em Lisboa, sob o lema “A ponte para o futuro”. O programa científico do maior encontro europeu centrado na temática da osteointegração contará com o contributo de especialistas dos quatro cantos do mundo. O congresso é presidido pelos médicos dentistas e professores catedráticos Gil Alcoforado (presidente) e Susana Noronha (vice-presidente). O Brasil será o país convidado da edição lisboeta da cimeira da EAO, que terá como cenário o Centro de Congressos de Lisboa. A MAXILLARIS associa-se a este destacado evento, do calendário internacional da área da Medicina Dentária, na qualidade de Media Partner.

EAO 2019 Centro de Congressos de Lisboa www.eao.org

VÁRIOS

VÁRIOS Nobel Biocare Global Symposium

Patologia salivar e medicina geral e familiar

O Nobel Biocare Global Symposium vai decorrer em Madrid (Espanha), entre 27 e 29 deste mês. Durante o encontro, será apresentado um novo sistema de implantes criado para desafiar os métodos convencionais de cuidados com implantes dentários. Desenvolvido em parceria com uma rede mundial de investigadores de instituições internacionais reconhecidas, o novo sistema Nobel Biocare N1 irá ter não só um novo desenho orientado para a biologia mas também um método exclusivo de preparação do leito, com o objetivo de reduzir ainda mais a complexidade e otimizar os fluxos de trabalho durante procedimentos com implantes e protéticos.

A patologia das glândulas salivares é vasta. Mas, como em qualquer área da medicina, existem entidades nosológicas mais frequentes ou graves das quais é importante conhecerem-se as suas manifestações clínicas. O encontro sobre patologia salivar e medicina geral e familiar, agendado para o dia 19 de outubro, na Casa de Saúde da Boavista (Porto) pretende, primeiro, sumarizar as doenças comuns das glândulas salivares e demonstrar uma metodologia diagnóstica prática e, depois, convidar colegas de medicina geral e familiar a apresentar casos clínicos de patologia salivar com os quais se tenham deparado na sua atividade quotidiana. www.csaudeboavista.com/patologia-salivar

nobelbiocare.com/global-symposia

VÁRIOS Curso de prótese parcial removível e fixa No âmbito do seu calendário anual de formação contínua, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) programou para o dia 13 do próximo mês de julho um curso de prótese parcial removível e fixa, destinado a assistentes dentários. Esta formação vai decorrer num hotel de Setúbal, sob a orientação da médica dentista Rita Reis, licenciada e pós-graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. É também assistente convidada do Mestrado Integrado em Medicina Dentária e colaboradora da pós-graduação em Reabilitação Oral e Protética da referida faculdade coimbrã. 226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

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Curso de formação em fibrina autóloga

Barcelona acolhe em setembro simpósio anual europeu

A CESPU celebra este mês, no Campus Académico de Vila Nova de Famalicão, um curso subordinado ao tema da fibrina autóloga e a sua aplicação em Medicina Dentária. O objetivo desta formação é compreender os princípios biológicos sobre a fibrina autóloga, selecionar os casos adequados e o planeamento para a sua aplicação clínica, compreender as técnicas cirúrgicas e de preparação da fibrina autóloga, bem como gerir complicações e cuidados pós-operatórios. Este curso destina-se a licenciados ou mestres em Medicina Dentária e licenciados em Medicina especialistas em Estomatologia.

A Henry Schein Orthodontics, a unidade de negócios de ortodontia da Henry Schein, anuncia o seu quinto Simpósio Anual Europeu Carriere, que decorrerá entre os dias 19 e 21 de setembro, em Luís Carrière será o orador principal do simpósio. Barcelona (Espanha). O orador principal será Luis Carrière, inventor da Sagittal First Philosophy, baseada em evidências com tecnologia da Carriere Motion 3D Appliance, na apresentação das mais recentes ferramentas e tecnologias para ajudar a melhorar a eficiência e produtividade dos consultórios de ortodontia, e na promoção de soluções que ajudam a fazer a diferença nas vidas dos pacientes. www.carrieresymposium.com

www.cespu.pt

VÁRIOS Dentsply Sirona World Madrid 2019

Plano de formação contínua SPDOF

A Dentsply Sirona celebra nos dias 28 e 29 deste mês um dos eventos mais importantes do ano para o setor. O Dentsply Sirona World Madrid 2019 terá lugar no Palácio de Congressos de Madrid (Espanha), num encontro chave para a comunidade dentária na Península Ibérica. Mais de 1.500 assistentes já confirmaram a sua adesão ao evento, com conferências de primeiro nível, workshops, networking e atividades sociais com um único propósito: uma Medicina Dentária mais segura, rápida e de maior qualidade.

A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF) estreou um plano de formação contínua, que se prolonga até novembro próximo. Eis o que resta do programa e calendário formativo: • Ozonoterapia no contexto da dor orofacial e da patologia da ATM; 5 de outubro (Lisboa). • Workshop de cafaleias: da teoria à prática; 30 de novembro (Porto).

www.dentsplysirona.com

geral@spdof.pt - www.spdof.pt

#MXDAY celebra-se em Madrid e Lisboa

DESTAQUE

VÁRIOS

MAXILLARIS - D2 Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa www.maxillaris.com/mxdaypt

A MAXILLARIS, em colaboração com a Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES) e a Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (D2), organiza nos dias 14 deste mês, em Madrid (Espanha), e 6 de setembro, nas instalações da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, uma jornada dedicada à integração digital na clínica: #MXDayDigital. Nesta jornada, os participantes vão ter a oportunidade de conhecer as inovações mais marcantes e as experiências dos especialistas do setor. Além disso, poderão realizar interessantes práticas, já que o programa inclui a realização de workshops no período da manhã, ao passo que durante a tarde realizar-se-ão conferências dinâmicas com uma série de oradores já confirmados: Rafael Jaén Gutiérrez, Elena Cervino, Diogo Viegas, Esteban Xam-mar e João Fonseca.

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VÁRIOS 28o congresso da OMD vai ter lugar em Lisboa

SPEMD realiza no Porto congresso do centenário

O 28o congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) está marcado para os dias 14 a 16 do próximo mês de novembro, em Lisboa. Eis os conferencistas estrangeiros que já confirmaram a sua presença no programa da cimeira de 2019: Homa H. Zadeh, José María Suárez, Oswaldo Scopin, Mariano Sanz, Leonardo Trombeli, Luca Cordaro, Fernando Borba Araújo, Giovanni Lodi, Pasquale Venuti, Juan Carlos Pérez Varela, Juliana Ramacciato e Antonis Chaniotis.

A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai celebrar no Porto, nos dias 18 e 19 do próximo mês de outubro, o seu 39o congresso, que coincide com as celebrações do centenário da sociedade científica, deixando antever um programa especial. Esta edição vai decorrer no Seminário de Vilar, o que representa um regresso a uma casa que a SPEMD tão bem conhece, pois organizou nesse local vários congressos na década de 90 e no início do novo milénio.

www.omd.pt

www.spemd.pt

VÁRIOS

DESTAQUE

VÁRIOS Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS

Curso de boas práticas para assistentes dentários

A ORTOCERVERA organiza este curso personalizado, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS (conceitos básicos e definições), protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado e “a la carta”.

Ao abrigo do calendário de formação contínua da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), realiza-se no dia 21 de setembro, no espaço físico da OMD no Funchal (Madeira), um curso subordinado ao tema “Higiene, segurança e manutenção de materiais e equipamentos: boas práticas no dia a dia pelo assistente dentário”. Esta formação será orientada por Carlos Miguel Marto, médico dentista e assistente convidado da Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

(0034) 915 541 029 - cursos@ortoceosa.com - www.ortocervera.com

226 197 690 - formacao@omd.pt - www.omd.pt

Curso hands-on em odontologia restauradora

Curso hands-on em odontologia restauradora Autrán Dental Academy Madrid www.autrandentalacademy.com

A Autrán Dental Academy Madrid (Espanha), com a colaboração do médico dentista espanhol Diego Soler, celebra nos dias 26 a 28 deste mês, nas suas instalações madrilenas, um curso hands-on em odontologia restauradora. Trata-se de um programa teórico-práctico, destinado a melhorar as restaurações parciais anteriores e posteriores indiretas, assim como as restaurações totais com cerâmica, sem esquecer a confeção de provisórios com diferentes técnicas e materiais. A Autrán Dental Academy, pela mão do médico dentista Fernando Autrán, tem também ao dispor dos profissionais do setor a “Trilogia em Estética Dentária” (compósitos, cerâmica e oclusão), formação que decorre periodicamente em Madrid e Barcelona.

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Calendário

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setembro +

junho #MXDAYSEPESDigital MAXILLARIS e Sociedade Espanhola de Prótese Estomatológica e Estética (SEPES) COEM. Madrid (Espanha) www.maxillaris.com/mxday

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agosto

World Dental Congress (ADA – FDI) American Dental Association e FDI Moscone Center San Francisco (EUA) www.world-dental-congress.org

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#MXDAYDigital MAXILLARIS e Sociedade Portuguesa de Medicina Dentária Digital (D2) Universidade de Lisboa maxillaris.com/mxdaypt

6

XXVI Congresso SPO Sociedade Portuguesa de Ortodontia Altice Fórum Braga www.sportodontia.pt

19 21

ICOI World Congress 2019 The International Congress of Oral Implantologists New York Marriott Marquis (EUA) www.icoi.org

15 17

CED-IADR/NOF CED-IADR Hotel Meliá Castilla - Madrid (Espanha) www.ced-iadr.eu/madrid-2019

19 21

3rd International Conference on Advanced Dentistry and Dental Practice Banguecoque (Tailândia) www.meetingsint.com/conferences/advacenddentistry

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EAO 2019 European Association of Osseointegration Centro de Congressos de Lisboa www.eao.org/page/FutureCongresses

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Calendário

MAXILLARIS

novembro outubro

28o Congresso OMD Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa www.omd.pt

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Congresso ADF 2019 Association Dentaire Française Paris (França) www.adfcongres.com

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Congresso Mundial de Estética Dentária IFED-SEPES Palácio de Congressos de Catalunha (Barcelona) www.sepes-ifed2019.sepes.org

10 12

Dental Showcase British Dental Industry Association Birmingham (Reino Unido) www.dentalshowcase.com

17 19

XXXIX Congresso SPEMD Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária Porto www.spemd.pt

18 19

Greater New York Dental Meeting New York County and Second District Dental Societies Nova Iorque (EUA) www.gnydm.com

1 4

40o Congresso AEDE Associação Espanhola de Endodontia Valência (Espanha) www.aede.info

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Global Oral Hygiene and Dental Health Summit Dubai (Emiratos Árabes Unidos) www.oralhygeine.pulsusconference.com

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Novidades

Nova linha de pilares estéticos Square

Vita Akzent Plus Fluoglaze LT j.vizcainoluque@vita-zahnfabrik.de

www.bti-biotechnologyinstitute.com/es

VITA apresentou o spray Vita Akzent Plus Fluoglaze LT, um produto que torna possível uma fluorescência e um branqueado naturais no dióxido de zircónio com uma só pulverização seletiva. Cada vez se confecionam mais restaurações mediante CAD-CAM a partir de dióxido de zircónio, sejam monolíticas ou apenas parcialmente recobertas, mas em regra geral o dióxido de zircónio não possui nenhum tipo de fluorescência, a cual é um elemento indispensável para um jogo cromático e lumínico natural. Agora, graças a Vita Akzent Plus Fluoglaze LT, mediante uma fina pulverização obtém-se uma espessura de capa uniforme e, por conseguinte, uma fluorescência homogénea que cobre toda a superfície. O novo produto ajuda a agilizar o fluxo de trabalho digital e favorece a aparência natural das partes de dióxido de zircónio de coroas e pontes totalmente anatómicas.

O Biotechnology Institute (BTI) ajuda a criar sorrisos perfeitos com a nova linha de pilares estéticos Square, desenhados para prótese fixa unitária e múltipla direta a implante, tanto cimentada como aparafusada. Os pilares podem ser utilizados em processos de elaboração digital e convencional. Com as suas características – base antirrotatória de quatro pontos, perfil transgengival bio e tratamento superficial Ti Golden –, a linha Square evolui em conceito de pilar na prostodontia, oferecendo às reabilitações muitas vantagens biológicas, estéticas e mecânicas.

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Novos enxertos PSL e PSR

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BTI Scan 4, software para diagnóstico e planificação info@ems-espana.com

www.bti-biotechnologyinstitute.com/es

A multinacional suíça EMS deu a conhecer na última edição do salão IDS os novos enxertos PSL e PSR, que vêm substituir os enxertos PL1 e PL2. O objetivo desta alteração é melhorar a eficiência nos tratamentos e no acessso aproximal. Com este lançamento, a EMS aposta por seguir estando na vanguarda em instrumentos Piezon No Pain. Os novos enxertos são instrumentos da família PS, pelo que são minimamente invasivos e produzem perfeitas oscilações lineais para aplicações tanto subgengivais como supragengivais.

O Biotechnology Institute (BTI) prepara o lançamento, no segundo semestre do ano, de um novo software para o diagnóstico e a planificação do tratamento: BTI Scan 4. Esta nova versão do programa permite posicionar o aditamento protésico, medir as áreas de estreitamento das vias aéreas superiores e visualizações de 3D mais avançadas. Inclui as seguintes funcionalidades básicas: layouts e interface mais intuitivos para o utilizador, melhorias na seleção de volume na importação DICOM, ajustes de densitometria com valores predefinidos relativos a scanners atuais e cálculo de medidas (distância, ângulo, área e volume).

TRESPASSE Clínica dentária. Loja de rua, 2 + 1 gabinetes com ortopantomógrafo. Campo de Ourique / Amoreiras em Lisboa. Contacto:

964 703 230

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Novidades

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Visão real com o novo kit de instrumentos de diagnóstico

Prolongador de fresas ZIACOM

info.es@acteongroup.com - www.acteongroup.com/es

(0034) 917 23 33 06 - info@ziacom.es

A ACTEON-Prodont Holliger apresentou um novo kit de instrumentos para diagnóstico pensando nos profissionais que procuram ter uma visão mais real na boca e usar instrumentos duradouros. O kit é composto por um espelho número 5 (Pure Reflect), uma sonda dupla universal para exploração numa primeira ronda de diagnóstico e uma pinza College de 15 cm com os extremos serrilhados para uma melhor aderência. Os espelhos Pure Reflect, patentados pela ACTEON, combinam uma imagem luminosa com resistência e garantem uma imagem precisa e nítida. Inspirada na indústria aeroespacial, a tecnologia Pure Reflect evita a distorsão tanto da cor como da forma nos espelhos, pelo que oferece um reflexo com alta fidelidade.

Nos procedimentos de cirurgia de implantes existem diversas situações clínicas que exigem que o cirurgião utilize instrumentos adicionais para poder resolvê-las satisfatoriamente. Por este motivo, ZIACOM põe à disposição dos cirurgiões e implantologistas um prolongador de fresas fabricado numa só peça para contra-ângulo em aço inoxidável, de 15 mm de comprimento. O instrumento facilita levar a cabo os protocolos de fresagem em pacientes nos quais o acesso à zona onde se vai implantar é complexo ou pouco acessível. Não obstante, o cirurgião também pode eleger utilizar o prolongador de fresas por uma questão de maior comodidade durante a cirurgia. O novo prolongador incorpora conexão universal e pode utilizar-se com todos os sistemas de implantes ZIACOM, tanto de conexão interna como de conexão externa e cónica.

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DESTAQUE

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Cursos da Dentsply Sirona em 2018 atraíram 432.000 profissionais

Barcelona acolheu em maio jornada DGSHAPE Experience

Dentsply Sirona Clinical Affairs organiza um dos programas de formação clínica mais concorridos e detalhados da indústria dentária para ajudar os profissionais do setor a proporcionarem melhores tratamentos, mais seguros e rápidos. Só em 2018, a Dentsply Sirona ofereceu 11.835 cursos em todo o mundo, em que participaram cerca de 432.000 profissionais de Medicina Dentária. O número de estudantes participantes aumentou em cerca de 12 %. Os cursos incluem classes em direto, formações de produto, sessões train the trainer, cursos de auto-instrução, seminários por internet e formação prática. O objetivo geral do programa de educação clínica é formar médicos dentistas, técnicos e membros da equipa dentária a fim de melhorar os seus tratamentos e a saúde oral dos seus pacientes.

A terceira edição da jornada DGSHAPE Experience realizou-se no passado dia 28 de maio no Recinto Modernista de Sant Pau, em Barcelona (Espanha). Esta iniciativa abriu de novo as suas portas para mostrar em detalhe tudo o que oferece a tecnologia CAD-CAM aos laboratórios dentários através da intervenção dos melhores especialistas nesta área. O evento, dirigido aos técnicos de prótese e profissionais do setor dentário, nasce com a vontade de esclarecer todas as dúvidas existentes em torno do CAD-CAM e oferecer aos assistentes a possibilidade de experimentar e praticar a última tecnologia, para que possam avaliar por si próprios a vantagem de incorporarem o sistema CAD-CAM ao seu laboratório. Como novidade desta edição, os visitantes puderam experimentar as novas fresadoras DWX-42W, DWX-52DCi e DWX-52D.

www.dentsplysirona.com

www.dgshape.com

VOCO revigora a equipa de representação em Portugal

937 083 146 (Pedro Vilela) info@voco.com

A VOCO reforçou a equipa de representação em Portugal. A ajuda e o acompanhamento ao profissional de Medicina Dentária é primordial para a empresa alemã, que assegura que a sua equipa em território nacional está preparada para levar até à clínica e ao laboratório os produtos de altíssima qualidade “Made in Germany”. Na imagem figuram os representantes da VOCO de norte a sul do país. Em cima, da esquerda para a direita: Samuel Marques, Minho e Trás-os-Montes (tel. 937 083 142); Marco Ferreira, Grande Porto (937 083 145); Duarte Azevedo, centro de Portugal (937 083 143). Em baixo, também a partir da esquerda: Carlos Laert, Grande Lisboa (937 083 137); Pedro Vilela, Area Manager VOCO Portugal (937 083 146), e Pedro Cardoso, Margem Sul, Alentejo e Algarve (937 083 141).

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Anthogyr incorpora-se no grupo Straumann O grupo Straumann e o fabricante de implantes francês Anthogyr firmaram um acordo mediante o qual o primeiro aumenta a sua participação no segundo de 30 para 100%. A Anthogyr acrescenta ao grupo Straumann uma marca europeia de alta qualidade com preços competitivos, em linha com a sua estratégia de penetração de mercado no segmento dos implantes “value”. Com quase 30 anos de experiência em implantologia, a Anthogyr é uma marca consolidada que desenvolve, fabrica e comercializa soluções de implantes dentários inovadoras e de alta qualidade. A colaboração entre ambas as empresas remonta a 2016, quando a Straumann adquiriu 30% da marca francesa e assumiu as suas atividades na China. www.anthogyr.pt

Malo Clinic inaugura novo espaço em Vilamoura

Regras de publicação dos artigos científicos: • Os artigos não podem ter sido editados em outra publicação (nesse caso, precisamos de autorização expressa dessa publicação). • O texto deve ser enviado em formato word. • O conteúdo não deve ser publicitário (não admitimos comparações entre produtos nem trabalhos destinados a exaltar as características de marcas comerciais), ainda que possam constar nomes de produtos ou aparelhos utilizados no decorrer do trabalho. • O artigo deve estar estruturado, no mínimo, em: introdução, desenvolvimento, conclusões e bibliografia. • A bibliografia deverá ser organizada respeitando a ordem em que for apresentada no texto (quando a ela se faça referência) ou por ordem alfabética, e indicada da seguinte maneira: Silverman E, Cohen M. The Twenty minute full strip up. J Clin Orthod. 1976; 10: 764. • Fotografias em formato jpg ou tif, escaneadas a 300 pixéis por polegada, com dimensões mínimas de 9 cm de largura. Pelo menos uma das imagens do artigo (página de introdução) deve ter um tamanho mínimo de 20 x 26 cm. • Foto do primeiro autor (meio corpo). • Nome, apelidos e titulação de todos os autores, assim como um breve currículo de todos eles (formação principal e prática habitual). • E-mail do autor, ao qual enviaremos pdf com o resultado final para revisão antes da publicação. Nota: após receção do artigo, este será enviado à nossa Comissão Científica para aprovação.

Mantendo a estratégia de cobertura geográfica nas principais regiões do país, a Malo Clinic inaugurou oficialmente no passado dia 25 de maio um novo espaço em Vilamoura, uma clínica multidisciplinar em regime de parceria que já se encontra a funcionar em soft-opening. Tem como parceira e diretora clínica Iolanda Sousa. Trata-se da quarta unidade Fachada da nova clínica em Vilamoura. de negócio que a Malo Clinic abre no Algarve, tendo já clínicas em Portimão, Faro e Loulé. Conta com 800 m², divididos por dois andares, com um total de oito gabinetes e um bloco operatório. O investimento global é de 350.000€ e criará 25 novos postos de trabalho.

www.maloclinics.com

BIAL celebra 95 anos e reforça aposta em I&D “O futuro sempre esteve na nossa história” é o lema das comemorações dos 95 anos da BIAL. A maior farmacêutica portuguesa nasceu no Porto, em 1924, fundada por Álvaro Portela. Hoje é dirigida pelos seus descendentes, está focalizada na investigação e desenvolvimento (I&D) e tem dois medicamentos inovadores comercializados a nível mundial. Luís Portela, chairman da BIAL, observa que “são poucas as empresas que alcançam 95 anos de vida e, sobretudo, de vida saudável. Saúdo a memória do meu avô, Álvaro Portela, que começou com 14 anos a trabalhar numa farmácia do Porto e mostrou grande talento, capacidade de trabalho e dedicação a um projeto que foi o seu”. Luís Portela acredita que “a atual equipa, com os bons produtos que temos e com os bons projetos que estamos a desenvolver, vai continuar esta trajetória de desenvolvimento e de crescimento”. A BIAL tem centrado a sua atividade em I&D de novos medicamentos, nomeadamente nas neurociências, e é até hoje a única farmacêutica portuguesa com produtos de investigação própria. www.bial.com/pt

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