Revista MAXILLARIS Portugal

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Publicidade

I Encontro Portugal-Espanha da M AXILLARIS Orlando Monteiro da Silva e Óscar Castro Reino abordam os grandes temas da profissão

Falamos com... Luís Costa, presidente da Associação de Técnicos de Prótese Dentária


Dental lab el_Maquetación 1 27/01/15 10:16 Página 1

Posso reduzir em quase 50% a fatura de laboratório sem renunciar à mais alta qualidade e seriedade

Dr. Rafael Filpo Valentín Licenciado em Medicina Dentária pela Universidade de Santiago

Queridos amigos e colegas, nesta época de forte crise em que resulta imprescindível encontrar rentabilidade reduzindo custos, quero partilhar com todos vós um novo laboratório. Dental Lab, uma autêntica descoberta! Há mais de um ano que trabalho com eles e os resultados são excelentes. Posso oferecer aos meus pacientes uma alta qualidade a um preço muito inferior ao que estamos habituados a pagar, reduzindo assim quase em 50% a fatura de laboratório. Se quer saber mais ou fazer alguma consulta, não duvide em contactá-los, recomendo-lhe. Coroa de metal-porcelana: 32€ Esquelético de 8 peças ou mais: 39€ Prótese acrílica completa sup. ou inf.: 36€ Coroa zircónio: 89€

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FRANÇA-ESPANHA-PORTUGAL


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Sumário março 2015

Crónica Reunião Anual da SPPI reúne no Porto mais de 250 profissionais do setor.

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OMD atribui medalha de ouro a Alberto João Jardim.

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MAXILLARIS apoia jornadas das faculdades de Medicina Dentária.

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SPEMD inaugura em Lisboa centro de formação contínua.

I Encontro Portugal-Espanha da MAXILLARIS Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, e Óscar Castro Reino, presidente do Consejo General de Dentistas de España, inauguram a nova secção da MAXILLARIS dedicada ao debate entre personalidades ibéricas do setor dentário.

Falamos com... 14

I Reunião de Medicina Oral visou alargar o debate entre profissionais de saúde.

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FDI adverte para o impacto do consumo de açúcar.

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Luís Costa, presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Prótese Dentária: “A criação da equipa multidisciplinar de saúde oral pode produzir grande melhoria de resultados para todos”.

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Sumário

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Tony Rolo: “Posicionador radiográfico individualizado em acrílico para análise do nível ósseo em ensaios clínicos de periodontologia”.

Ciência e prática

36 Ponto de vista 52

O meu sorriso

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Paulo Palma, presidente da Comissão Organizadora da XXIV Reunião Anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra: “A reunião de Coimbra pretende consolidar-se no panorama formativo nacional”.

Calendário de cursos

Catarina Padinha, modelo: “Procuro manter uma apresentação saudável e uma boa higiene oral”.

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Agenda de cursos para os profissionais do setor.

Congressos e reuniões 58

Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.

Novidades da indústria 62

Produtos e equipamentos.

Página empresarial 65 Proprietário: Cyan Editores. Coordenador Edição Portuguesa: João Drago. portugal@maxillaris.com Publicidade: comercialportugal@maxillaris.com Colaboradores: Gilberto Ferreira. João dos Santos. Maria Inês de Matos. Nuria Mauleón. Valéria Baptista Ferreira.

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MAXILLARIS MARÇO 2015

Notícias de empresas.

Comissão Científica: Jaime Guimarães (diretor científico). Ana Cristina Mano Azul. Francisco Brandão de Brito. Gil Alcoforado. Isabel Poiares Baptista. José Pedro Figueiredo. Paulo Ribeiro de Melo. Susana Noronha. REDAÇÃO: Av. Almirante Reis, 18, 3º Dto. Rtg. 1150-017 Lisboa. Tel./Fax: 218 874 085. Edição online: www.maxillaris.com.pt

Depósito Legal: M-44.552-2005. Assinatura anual: Portugal 35 €, resto 80 €. ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 de 9/6 art 12º nº 1ª

Tiragem: 6.100 exemplares

• Periodicidade bimestral. • MAXILLARIS não se responsabiliza pelas opiniões manifestadas pelos seus colaboradores. • Proibida a sua reprodução total ou parcial em outras publicações sem a autorização expressa e por escrito de CYAN EDITORES.


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EDITORIAL

Editorial

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MAXILLARIS MARÇO 2015

Portugal e Espanha encontram-se na MAXILLARIS Trabalhar a informação do setor significa informar pontualmente sobre os factos que aconteceram, mas também pode implicar a partilha de opiniões ou a promoção do debate. Na MAXILLARIS trabalha-se sempre com a máxima objetividade possível – ainda que a subjetividade seja inerente aos seres humanos –, bem como com boa fé e com rigor. É com base nestes princípios que esta revista tem vindo a publicar-se nos últimos dez anos em Portugal e há 17 anos em Espanha. É com este sólido percurso que estreamos um novo formato informativo, designado por “Encontros MAXILLARIS Espanha-Portugal”, ao abrigo do qual dois profissionais destes países partiham as suas experiências, o seu conhecimento setorial ou clínico e as suas propostas relativamente ao futuro. São encontros em que prevalece o espírito de colaboração, a vontade de aproximação entre os dois vizinhos ibéricos e a aprendizagem mútua. O primeiro debate, cujos vídeos foram emitidos nas últimas semanas no site MAXILLARIS TV e que também divulgamos neste número, foi protagonizado por Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, e Óscar Castro Reino, presidente do Consejo General de Dentistas de Espanha. Ambos tratam, numa conversa amigável, quatro grandes temáticas do setor: a pletora profissional, as especialidades em Medicina Dentária, a publicidade enganosa e os modelos assistenciais na Europa. A Medicina Dentária vive momentos complicados no sul da Europa e as soluções para os dois países ibéricos podem ser em muitos casos comuns. A pletora é um fenómeno que está a afetar as estruturas assistenciais e comerciais de ambos os Estados, com consequências evidentes como a crescente emigração de profissionais e a procura da sobrevivência através de todo o tipo de ações de captação de pacientes. Neste aspeto Portugal e Espanha partilham o mesmo “ponto fraco”. Quanto às especialidades em Medicina Dentária, Portugal já conta com uma – Ortodontia – e tem dado passos pertinentes para atingir um total de oito. Sem dúvida, a experiência portuguesa poderá ser muito útil a Espanha, e não apenas para conseguir objetivos como também para evitar falhas. Não é um processo simples mas, como concluíram Orlando Monteiro da Silva e Óscar Castro Reino no Primeiro Encontro da MAXILLARIS, “as especialidades vão representar sempre um benefício tanto para os profissionais como para os pacientes”. No que diz respeito à publicidade enganosa ou de fraca moralidade que se pode observar hoje no setor dental, Portugal também tem conseguido interessantes avanços neste âmbito. Com a participação de todos os profissionais de saúde, foi elaborada uma petição para que se estabeleça uma lei específica de publicidade no âmbito da saúde, impedindo assim a promoção dos tratamentos com base em interesses económicos. Atualmente, esta medida encontra-se em fase de análise. Talvez isso se deva à dimensão de Portugal ou à sua estrutura administrativa ou política; certo é que aqui estão a dar-se passos que em Espanha parecem impossíveis devido à sua estrutura autonómica e legislativa. Em todo o caso, a primeira convocatória dos Encontros MAXILLARIS Portugal-Espanha serviu para tornar evidente que a cooperação e a união de ambos os países poder ser muito benéfica, tanto no plano interno nacional como a nível europeu. Quando se olha para além dos Pirinéus, é difícil encontrar-se países com a mesma problemática. Por isso, perante situações diferentes também as soluções terão de ser distintas.


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Índice de anunciantes

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BTI. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 CEOdont . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 e 61 Carestream Health. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com

Casa Schmidt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Coltene . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Dental Lab. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Dürr Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Euroteknika . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 GC Europe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 GSK. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 e 47 Instituto Casan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Ivoclar Vivadent. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 e 68

Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com Serviços Administrativos: Marta Esquinas. administracion@maxillaris.com

Medical 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

REDAÇÃO ESPANHA: C/ Clara del Rey, 30, bajo. E-28002 Madrid Tel.: (0034) 917 25 52 45 Fax: (0034) 917 25 01 80

Nobel Biocare . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Edição online espanhola: www.maxillaris.com

King Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Oral B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Ormco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Procoven . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Ravagnani Dental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Roland. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Universitat Internacional Catalunya . . . . . . . . . . . 57

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Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com

MAXILLARIS MARÇO 2015

Comissão Científica (edição espanhola): Javier García Fernández (diretor científico). Armando Badet de Mena. Blas Noguerol Rodríguez. Emilio Serena Rincón. Germán Esparza Gómez. Héctor Tafalla Pastor. Jaime Jiménez García. Jaume Janer Suñé. Juan López Palafox. Luis Calatrava Larragán. Manuel Cueto Suárez. Marcela Bisheimer Chémez. Rafael Martín-Granizo López. Ramón Palomero Rodríguez.


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Crónica

Cronica mar PT_Maquetación 1 03/03/15 15:54 Página 10

Reunião Anual da SPPI reúne no Porto mais de 250 profissionais do setor Mais de 250 profissionais do setor dentário assistiram à reunião anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI), que decorreu no passado dia 21 de fevereiro nas instalações da Ordem dos Médicos no Porto. Na véspera da reunião, realizou-se um curso hands-on subordinado à temática da regeneração óssea, ministrado pelo médico dentista italiano Giulio Rasperini. A reunião propriamente dita começou com uma palestra de Susana Noronha sobre "Complicações no tratamento com implantes", seguida de uma conferência subordinada ao tema "Gengiva prostodonticamente A qualidade científica do programa foi um dos fatores decisivos para o sucesso da reunião de 2015. guiada: do possível ao substituível", ministrada por Pedro Nicolau. As restantes duas palestras inseridas no programa foram ambas proferidas por Giulio Rasperini, que fez uma abordagem às técnicas cirúrgicas e à seleção de procedimentos nos contextos da cirurgia plástica periodontal e da regeneração periodontal. A médica dentista Cristina Trigo Cabral, presidente da Comissão Organizadora do evento, observou à MAXILLARIS que esta edição do encontro da SPPI “foi, sem dúvida, um sucesso e superou as nossas expetativas iniciais”. Na sua opinião, os bons resultados estão patentes no número de inscritos (num total de 253), na qualidade científica das conferências, no elevado número de pósteres apresentados e na presença dos patrocinadores. “O trabalho árduo e organizado, as capacidades e funcionalidades como máquinas humanas que foram disponibilizadas nas funções atribuídas à Comissão Organizadora, permitiu orientar a reunião da SPPI nesse sentido”. Cristina Trigo Cabral realçou ainda, como fator decisivo para o êxito da reunião, “o papel fundamental que todas as empresas patrocinadoras tiveram, já que sem o seu apoio incondicional tudo isto não seria possível”. O prémio de melhor póster da reunião foi atribuído a Orlando Martins com o trabalho intitulado "Influência da placa bacteriana no espaço biológico: avaliação histométrica em cães Beagle". O autor foi contemplado com uma inscrição – oferecida pela Pierre-Fabre – no próximo congresso mundial de periodontologia e implantes (Europerio 8), agendado para junho deste ano, em Londres (Inglaterra).

A partir da esquerda, Ricardo Faria e Almeida, presidente da SPPI, e Alexandre Santos, um dos vencedores do prémio atribuído pela MAXILLARIS no âmbito do concurso de melhor póster da reunião da SPPI.

Já o prémio de melhor caso clínico, patrocinado por esta revista, foi atribuído ex aequo a Tony Rolo, com o trabalho intitulado "Enxerto combinado na regeneração periodontal infraósseo (caso clínico)", e Alexandre Santos, com o póster intitulado "Tratamento multidisciplinar de um doente com periodontite agressiva generalizada". Os dois autores receberam exemplares da Biblioteca Multimédia MAXILLARIS e vão ter a oportunidade de publicar os seus trabalhos nesta revista. No final da reunião anual realizou-se a assembleia geral da SPPI, durante a qual foi aprovado o relatório de contas de 2014 e abordaram-se temas como as parcerias com as sociedades médicas, a próxima reunião da SPPI Jovem e as diversas atividades programadas pela sociedade. A assembleia geral definiu ainda que a próxima reunião anual irá decorrer na zona centro, possivelmente em Coimbra.

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Cronica mar PT_Maquetación 1 03/03/15 15:55 Página 11

Crónica

OMD atribui medalha de ouro a Alberto João Jardim O Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) decidiu atribuir, por unanimidade, ao presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, a medalha de ouro da instituição. A cerimónia de entrega daquela que é a mais alta distinção da OMD decorreu na sede do governo madeirense, no Funchal, no passado dia 20 de fevereiro. A medalha foi entregue a Alberto João Jardim pelo bastonário Orlando Monteiro da Silva, na presença do representante da região da Madeira na OMD, Gil Fernandes Alves. Este galardão é atribuído sempre que, no entender da OMD, a ação profissional, académica ou política de um cidadão, seja qual for a sua área profissional de atuação, tenha contribuído ou contribua de forma relevante e inequívoca para o desenvolvimento da Medicina Dentária e melhores condições para a saúde oral em Portugal, seja a nível técnico e/ou científico, seja para a defesa da saúde pública. Gil Fernandes Alves realça que quando Alberto João Jardim assumiu o cargo de presidente da Região Autónoma da Madeira, em 1978, “os cuidados de saúde oral eram arcaicos e quase inexistentes, um panorama que mudou radicalmente”. Entre os projetos implementados durante os mandatos de Alberto João Jardim, Gil Fernandes Alves refere a implementação, em parceria com a OMD, de um sistema de comparticipação para tratamentos preventivos, curativos e de reabilitação de Medicina Dentária. Destaca ainda a criação, em 1995, do Programa de Promoção de Saúde Oral da Região Autónoma da Madeira, também em parceria com a OMD, e a inclusão, em 2010, de médicos dentistas (e um higienista oral) no Serviço de Estomatologia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, bem como a contratação de equipas de saúde oral para os centros de saúde do Bom Jesus, Porto Santo e Porto Moniz.

A medalha foi entregue a Alberto João Jardim (à direita) pelo bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva.

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Crónica

Cronica mar PT_Maquetación 1 03/03/15 15:55 Página 12

SPEMD inaugura em Lisboa centro de formação contínua A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) inaugurou, no passado dia 21 de fevereiro, o seu novo centro de formação contínua em Lisboa. O ato foi presidido pelo presidente da sociedade científica, Pedro Mesquita, e contou com a presença de algumas dezenas de associados da SPEMD e outros profissionais do setor dentário.

A inauguração do centro foi presidida por Pedro Mesquita, presidente da SPEMD.

Localizado nas instalações da antiga sede nacional da SPEMD (Av. Rainha D. Amélia, 36 R/C Dto.), o novo centro passa a permitir a realização, na capital do país, de cursos do tipo hands-on. A SPEMD fica assim dotada de instalações próprias, nos três conselhos regionais, para a realização de cursos de cariz prático.

MAXILLARIS apoia jornadas das faculdades de Medicina Dentária A MAXILLARIS prossegue o seu apoio aos congressos, reuniões e jornadas anuais das diferentes sociedades científicas e organizações estudantis do setor. Esta revista tem assegurada este mês a colaboração com as comissões organizadoras das XXIII Jornadas Internacionais de Medicina Dentária do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM), agendadas para os próximos dias 20 e 21, e da 14ª edição das Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa, que vão decorrer nos dias 25 e 26. No início de abril (dias 3 a 5) será a vez da 24ª Reunião Anual de Medicina Dentária e Estomatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Para além da oferta de exemplares desta edição aos participantes destes três eventos, a MAXILLARIS patrocina os respetivos concursos de pósteres científicos, através da atribuição da sua Biblioteca Multimédia, composta por DVD’s sobre periodontia, implantologia, cirurgia oral e medicina oral. Os trabalhos vencedores serão posteriormente publicados nesta revista.

OMD integra Conselho Consultivo da Entidade Reguladora da Saúde A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai ser um dos membros permanentes do Conselho Consultivo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS). A OMD será representada neste órgão, criado ao abrigo dos novos estatutos da ERS, pelo bastonário Orlando Monteiro da Silva e terá como membro suplente Paulo Ribeiro Melo, secretário-geral da Ordem. O Conselho Consultivo da ERS é um órgão de consulta, apoio e participação na definição das linhas gerais de atuação da entidade reguladora do setor da saúde e das decisões do seu conselho de administração. A OMD vai participar no Conselho Consultivo como membro permanente, junto com a Ordem dos Médicos, na categoria das associações públicas profissionais. As demais ordens e associações profissionais do setor da saúde participarão como membros rotativos.

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Crónica

Cronica mar PT_Maquetación 1 03/03/15 17:13 Página 14

I Reunião de Medicina Oral visou alargar o debate entre profissionais de saúde A primeira Reunião de Medicina Oral organizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que decorreu nos passados dias 6 e 7 de fevereiro no Hospital de Santa Maria, registou cerca de 200 participantes, entre profissionais e estudantes das áreas da medicina e da saúde oral. Um total de 24 conferencistas nacionais – incluindo representantes de entidades hospitalares privadas – abordaram temas como o cancro oral e a estética facial cirúrgica, mas também questões relacionadas com as novas tecnologias e a ligação entre medicina oral e medicina geral e familiar. O evento contou também com a participação de uma dezena de casas comerciais do setor dentário. O balanço da reunião “é extremamente positivo, quer a nível de presenças quer de palestras e da satisfação final dos presentes”. Quem o afirma é Francisco Salvado, presidente da Comissão Organizadora, que face aos resultados obtidos pondera a possibilidade de “transformar esta reunião num evento anual, quando inicialmente a ideia era realizá-la apenas de dois em dois anos”. De acordo com o citado professor da disciplina de Cirurgia Oral e Patologia Oral e Maxilofacial da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, esta inédita iniciativa visou, Francisco Salvado faz um balanço “extremamente positivo” em primeiro lugar, juntar o grupo de profissionais que trabalham na área da medicina oral do encontro organizado pela Faculdade de Medicina de Lisboa. para discutir em conjunto os temas que marcam a atualidade neste campo. “Até aqui, estes temas eram discutidos sobretudo pelos profissionais dedicados à saúde oral propriamente dita, nomeadamente os médicos dentistas e os estomatologistas. Pensamos que temos de abrir este campo a todos os especialistas da medicina que trabalham também nesta área, ouvir as suas opiniões, as suas dificuldades e, acima de tudo, as suas ideias sobre diagnóstico e tratamento”. Francisco Salvado congratula-se pela elevada adesão de profissionais ao debate e destaca a qualidade das comunicações apresentadas, em particular nos campos mais inovadores e de opiniões diversas. “Privilegiámos sobretudo as áreas da patologia médica oral, designadamente o cancro oral, e da reabilitação estética dos doentes que têm alguma patologia oral”, esclarece o presidente da Comissão Organizadora, para quem estes temas “são para nós, profissionais que observamos regularmente doentes nesta área, os que têm mais necessidade de serem debatidos numa perspetiva multidisciplinar”. À margem da bem sucedida reunião (que deverá repetir-se em 2016), Francisco Salvado adianta à MAXILLARIS a intenção da Faculdade de Medicina de Lisboa no sentido de organizar periodicamente cursos especialmente vocacionados para determinadas áreas da medicina oral. A MAXILLARIS associou-se à I Reunião de Medicina Oral através do patrocínio do concurso de melhor póster científico, cujo primeiro prémio foi atribuído a David Ângelo, pelo trabalho intitulado “Artrocentese com lise e lavagem na disfunção temporomandibular - resultados preliminares”. O vencedor recebeu exemplares da Biblioteca Multimédia desta revista, composta por quatro DVD’s sobre periodontia, implantologia, cirurgia oral e medicina oral. Além do póster de David Ângelo, foram distinguidos com o segundo prémio e uma menção honrosa, respetivamente, os trabalhos “Marsupialização de lesões mandibulares”, da autoria de Adélia Ramazanova, e o caso clínico “Metástases orais de neoplagia pulmonar maligna”, assinado por Mariana Moreira.

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David Ângelo, vencedor do prémio patrocinado pela MAXILLARIS.


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Crónica

Cronica mar PT_Maquetación 1 03/03/15 15:55 Página 16

FDI adverte para o impacto do consumo de açúcar Por ocasião do Dia Mundial da Saúde Oral, que se assinala no dia 20 deste mês, a Federação Dentária Internacional decidiu intensificar a sua recomendação ao público para que tenha em consideração o impacto do consumo frequente de açúcar no seu “Sorriso para a vida”, o lema escolhido pela organização para as celebrações deste ano. A cárie dentária é a doença não transmissível mais comum em todo o mundo. Diferentes estudos demonstram que o açucar é a principal causa da deterioração dos dentes. Quando se ingerem produtos açucarados, a placa bacteriana alimenta-se do açúcar e liberta um ácido que ataca os dentes durante cerca de uma hora. O consumo frequente de açúcar permite prolongar este “ataque ácido”, debilitando a capa protetora do dente. O médico dentista Jaime Edelson, que lidera o comité da FDI a cargo das comemorações do Dia Mundial da Saúde Oral, refere que “o açúcar interage com as bactérias que existem na boca, formando um ácido que deteriora o esmalte. A sucessiva repetição deste processo provoca um buraco no dente, que requer um tratamento e, por vezes, leva à extração do dente. Uma cuidada atenção ao consumo de açúcar poderá reduzir este tipo de dano nos dentes”. A FDI encara o Dia Mundial da Saúde Oral como uma boa oportunidade para divulgar os comportamentos que as populações devem adotar para proteger os seus dentes. Entre estes, recomenda-se a escovagem duas vezes por dia com pasta dentífrica com flúor, a redução do consumo de alimentos e bebidas com açúcar, e o consumo de pastilhas elásticas sem açúcar após as refeições, sempre que não seja viável escovar os dentes. A presidente da FDI, Tin Chun Wong, revela que o lema –“Sorriso para a vida”– das comemorações de 2015 tem um duplo significado: um sorriso vitalício e a celebração da vida. “O sorriso implica ao mesmo tempo auto-confiança e diversão, uma vez que as pessoas só sorriem quando estão felizes e têm uma vida saudável”, refere a presidente da FDI, que lança um desafio a todos os cidadãos: “Dediquem tempo à reflexão sobre a saúde oral e ofereçam um sorriso a todas as pessoas que fazem parte do vosso meio”.

Mariano Sanz Alonso assume em junho presidência da Fundação de Osteologia A partir do próximo mês de junho, o médico dentista espanhol Mariano Sanz Alonso, professor titular da disciplina de Periodontia na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Complutense de Madrid e conferencista habitual nos congressos do setor dentário em Portugal, assumirá a presidência da Fundação de Osteologia, organização internacional independente que se dedica à promoção e ao ensino no campo da regeneração oral. Mariano Sanz Alonso substituirá no cargo o seu colega de profissão suíço Christoph Hämmerle, que conclui em maio o segundo mandato à frente da referida organização. Os membros da Fundação de Osteologia e o respetivo presidente elegem-se por um período de quatro anos que pode ser renovado por mais quatro anos. Além de Mariano Sanz Alonso (presidente), o novo quadro diretivo será composto por William V. Giannobile (Estados Unidos) e Christer Dahlin (Suécia). Paul Note (Suíça) continuará a representar junto da nova direção o grupo de fundadores da organização que foi criada, em 2003, por Peter Geistlich, falecido em julho do ano passado aos 88 anos.

Mariano Sanz Alonso.

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Entre as atividades da Fundação de Osteologia destacam-se o patrocínio de projetos de investigação e a organização de simpósios nacionais e internacionais. Nos anos mais recentes, estendeu a sua área de atuação à oferta de cursos e de manuais específicos para investigadores que se dedicam à regeneração tissular oral.


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Encontros

encontros Orlando Monteiro da Silva e Óscar Castro Reino trocam propostas e soluções para a melhoria do exercício profissional na Península Ibérica

I Encontro MAXILLARIS Portugal-Espanha aborda os grandes temas da profissão A MAXILLARIS inaugurou no passado dia 15 de janeiro um novo fórum de debate denominado Encontros MAXILLARIS Portugal-Espanha. Para esta primeira convocatória contou-se com os máximos representantes da profissão em ambos os países: Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), e Óscar Castro Reino, presidente do Consejo General de Dentistas de España. Numa conversa amigável, os dois profissionais analisaram quatro dos temas mais relevantes da atualidade do setor dentário: a pletora profissional, as especialidades em Medicina Dentária, a publicidade enganosa e os modelos assistenciais no âmbito europeu.

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Pletora profissional Orlando Monteiro da Silva. Qual é a situação da pletora profissional em Espanha? Do ponto de vista da Ordem dos Médicos Dentistas, entendemos que é um problema comum dos dois países. Óscar Castro Reino. Em Espanha, entre as faculdades públicas e privadas, há 20 centros onde se leciona a titulação de Medicina Dentária. Concretamente são doze universidades públicas e oito privadas. É uma situação muito preocupante, porque deu azo a uma verdadeira pletora profissional. Atualmente, somos mais de 32.000 médicos dentistas e anualmente somam-se, em média, 1.500 novos licenciados. Não existe um controlo do número de licenciados, sobretudo nas universidades privadas, onde não se aplica o numerus clausus e o limite de alunos apenas se dita pelo que estas entidades queiram aceitar. Por seu lado, as universidades públicas veem-se submetidas ao que determina a Administração, de acordo com os seus meios e o seu número de professores, portanto neste caso, sim, controla-se o número de alunos. Neste momento, a média de alunos de uma faculdade pública de dimensão médio é de cerca de 50 por ano, numa altura em que nos deparamos com instituições privadas que albergam, nos cinco cursos da licenciatura, mais de 500 futuros médicos dentistas. Monteiro da Silva. Quem determina o número de alunos nas faculdades? Castro Reino. O Ministério da Educação estabelece o número de alunos nas universidades públicas, mas nas privadas não é assim. Nestas últimas é a Agência Nacional de Avaliação da Qualidade e Creditação (ANECA, na sigla em espanhol) que credita o plano de estudos que está em marcha nas suas faculdades. A ANECA não estabelece nenhum limite de alunos que possam aceitar estas faculdades, por isso nos deparamos hoje em dia com esta grande pletora profissional e tudo o que lhe é inerente. Tão negativo é ter poucos médicos dentistas como ter demasiados, sobretudo porque a qualidade assistencial vê-se seriamente danificada. Monteiro da Silva. É algo parecido ao que acontece em Portugal. De um modo geral, podemos dizer que vivemos a mesma realidade, embora a uma escala quatro ou cinco vezes menor. Nós temos cerca de 9.000 médicos dentistas inscritos na OMD e sete faculdades, que lançam todos os anos no mercado cerca de 600 novos profissionais. Temos quatro universidades privadas e três públicas, e esta é uma situação que vivemos desde há 20 anos. É certo que temos um numerus clausus teórico para as faculdades públicas e privadas, mas em Portugal o problema não se limita ao número de alunos de cada faculdade; também está associado ao número total de instituições académicas, que é claramente excessivo tendo em conta a procura da população. Castro Reino. Em Espanha, o rácio de médico dentista por habitantes é de um profissional por cada 1.200 cidadãos, quando, segundo a Organização Mundial da Saúde, deveria ser de um médico dentista por cada 3.500 habitantes. No entanto, neste ponto há um fator que não se teve em consideração e que convém mencionar quando se fala de pletora profissional: refiro-me à população que requer assistência dentária habitualmente. Espanha e Portugal, junto com Itália e Grécia, são os países que menos procura assistencial têm na Europa. Estamos a falsear as estatísticas se falamos de um médico dentista por cada 1.200 habitantes em dados globais, porque a realidade é que em Espanha apenas cerca de 46 por cento da população procura o médico dentista de forma habitual. Portanto, o rácio mais correto seria de um médico dentista por algo mais de 400 habitantes que procuram assistência. É impensável para um profissional liberal manter-se nesta situação, a não ser que se entre num mercado dominado pelas ofertas, que é algo que está a deteriorar uma profissão que deveria ser basicamente sanitária.

Orlando Monteiro da Silva e Óscar Castro Reino esclareceram as dúvidas lançadas por alguns membros das comissões científicas da MAXILLARIS.

Monteiro da Silva. Certo é que a recomendação que faz a Organização Mundial da Saúde para a Europa Ocidental quanto a ter um médico dentista por cada 2.500 ou 3.000 habitantes não está adaptada à realidade do sul da Europa. Conheço bem esta

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recomendação e a verdade é que parte do princípio de que haja uma oferta pública, seja através de um Serviço Nacional de Saúde ou mediante uma modalidade de seguro nacional, que em todo o caso seja capaz de oferecer atenção dentária a todo o conjunto da população. Isto não acontece em Portugal nem em Espanha, onde temos basicamente um mercado liberal e os médicos dentistas exercem maioritariamente no âmbito privado. Em Portugal, nem sequer metade da população procura o médico dentista, e muito menos de uma maneira regular como deveria acontecer. A pletora profissional é um problema real. A emigração é uma prova evidente disso. Atualmente, os jovens – e outros profissionais menos jovens – saem de Portugal para irem trabalhar em países como Inglaterra, Alemanha e França, entre outros. Castro Reino. A emigração é uma realidade preocupante. Nos últimos dez anos no Consejo General notámos o aumento desta de uma forma indireta, porque se incrementaram em mais de 500 por cento os pedidos de certificados de boa conduta que o Consejo General emite para os médicos dentistas que querem trabalhar no estrangeiro. É preocupante ver que praticamente mais de metade de todos os que se licenciam pedem o certificado, e falamos de mais de 800 médicos dentistas por ano. Não sei como será em Portugal, mas em Espanha ou trabalhas para um terceiro, principalmente franquias ou cadeias de intermediação de seguros, ou procuras trabalho no exterior. Não sei se em Portugal as franquias ou estas empresas de intermediação de seguros funcionam da mesma forma. Qual é a situação?

Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD.

Monteiro da Silva. Partilho da mesma preocupação. Em Portugal, mais de 90 por cento dos médicos dentistas que se licenciam têm a intenção direta de sair do país para trabalhar. No que respeita às franquias, talvez por motivos históricos ou de realidade sociocultural, estas empresas não encontraram em Portugal un terreno tão fértil como em Espanha. O último barómetro de saúde oral que publicámos demonstra que a relação direta que os portugueses têm com os profissionais da área da saúde é o fator principal para a sua fidelização. Destacam a sua relação com o profissional, não com uma estrutura empresarial. Talvez por isso, ou pela proximidade da sociedade portuguesa ou porque o país é mais pequeno, embora existam franquias, estas não têm a mesma dimensão que em Espanha. Germán Esparza Gómez, membro da comissão científica da MAXILLARIS Espanha e professor de Medicina Oral na Universidade Complutense de Madrid. Qual é a resposta que dá o Ministério da Educação quando é confrontado com o problema da pletora? Castro Reino. Sou presidente do Consejo General desde 14 de junho do ano passado. Desde então tive duas audiências no Ministério da Saúde para tratar destes temas. Infelizmente, houve mudanças neste Ministério, que é o nosso interlocutor principal, embora neste assunto também tenha participação o Ministério da Educação, com o qual também tivemos algumas audiências. Em princípio, a Administração compreende o problema. De resto, recentemente nomearam-me assesor no âmbito da Agência Nacional de Avaliação da Qualidade e Creditação (ANECA, na sigla em espanhol) para tratar deste tema. Gostaria de esclarecer que o problema não é escolher entre universidades públicas ou privadas. Não queremos que se entenda como um ataque contra estas últimas. No entanto, é certo que o facto de não existir um controlo sobre o número de alunos está a suscitar um problema que afeta toda a profissão, e isso é preciso decidir-se. O Consejo General não pretende virar-se contra as universidades privadas, porque essa não é a questão. A nossa batalha é que existem muitos profissionais e isso é prejudicial para a qualidade assistencial. Neste particular lutaremos em todos os âmbitos e em todos os ministérios. Tentaremos fazer ouvir a nossa voz para solucionar o problema porque cabe-nos expor os nossos pontos de vista, ainda que a solução esteja nas mãos de outras pessoas. Os políticos são quase sempre recetivos; outra coisa é conseguir que executem o que dizem.

Especialidades odontológicas Especialidades em Medicina Dentária

Castro Reino. Para tratar o temas das especialidades, que Portugal já tem implantadas, gostaria que o doutor Monteiro nos explicasse antes como foi a evolução dos estudos de Medicina Dentária no seu país. Foi uma evolução da Medicina com a especialidade em Estomatologia, como aconteceu em Espanha, ou tiveram caminhos independentes ou mesmo uma raiz comum?

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Monteiro da Silva. A realidade é que passámos por três fases. As primeiras faculdades de Medicina Dentária abriram ao mesmo tempo em Lisboa e no Porto, em 1976. Desde então, em Portugal os médicos dentistas convivem com os médicos estomatologistas, que ainda exercem; há uns 400 ou 500 médicos estomatologistas. Continuam disponíveis algumas vagas para a especialidade de estomatologia, e uma parte destas destina-se a fazer a transição para a cirurgia maxilofacial. Em qualquer caso, dentro das especialidades médicas há uma ideia sedimentada de ir progressivamente encerrando o círculo entre a especialidade de cirurgia maxilofacial e a Medicina Dentária. A estomatologia irá progressivamente dar lugar a estas duas disciplinas. Gradualmente surgiram novas faculdades de Medicina Dentária e os estudos foram entretanto evoluindo. Inicialmente, havia uma base comum com a Medicina, de três anos, e depois frequentavam-se outros três anos em faculdades de Medicina Dentaria. Nos últimos anos, na sequência de Bolonha, todas as faculdades têm os seus programas de Medicina Dentária completamente independentes, o que implica aspetos positivos e também alguns negativos. No que diz respeito às especialidades, o processo também foi progressivo e até prolongado no tempo. Na OMD começámos por contemplar as duas especialidades reconhecidas oficialmente pelas autoridades europeias: a ortodontia e a cirurgia oral mas, depois de uma longa reflexão, decidiu-se pela importância de implementar mais seis especialidades. Os nossos estatutos, que se encontram neste momento em fase de renovação, já as incluem. Castro Reino. Quantas especialidades se contemplam em Portugal? Monteiro da Silva. São oito em total, mas apenas uma está implementada: a ortodontia. Este ano inicia-se um processo de transição a fim de iniciar as especialidades de cirurgia oral, periodontia e odontopediatria. No futuro trabalharemos nas especialidades de endodontia, medicina dentária hospitalar, saúde pública oral e prostodontia. É fundamental realçar que as especialidades em Medicina Dentária na Europa e em Portugal não são, nem serão, ao contrário da medicina e da enfermagem nalguns casos, sub-profissões. O médico dentista generalista não está limitado de forma alguma no exercício da profissão nas diferentes áreas de especialidade. Castro Reino. Onde se formam os vossos especialistas? Monteiro da Silva. Nas universidades públicas e privadas. No âmbito universitário, os objetivos de Portugal vão em duas direções. Por um lado, temos incentivado as universidades portuguesas no sentido de iniciarem processos de internacionalização, para captar estudantes de outros países, principalmente da Europa, e, por outro lado, há uma orientação clara para a pós-graduação, porque em Portugal necessitamos de estudos deste tipo que permitam a obtenção de títulos, não no sentido de especialidades académicas, mas antes numa lógica de especialidades profissionais. A presente estratégia da OMD é iniciar um processo de transição para as três especialidades que estão na calha. É um processo temporário que pretende contemplar perfis distintos, porque vamos reconhecer médicos dentistas que têm diferentes percursos. Este processo terá uma duração de oito ou nove meses. Posteriormente, levaremos a cabo um processo normal de reconhecimento de especialistas. Para cada uma destas especialidades exige-se uma formação de três anos a tempo inteiro numa instituição ou faculdade reconhecida oficialmente. Castro Reino. O primeiro passo, portanto, será sempre abrir o prazo das transitórias? Monteiro da Silva. Sim. É um período em que contemplamos os perfis profissionais que, pelos seus casos clínicos ou pela sua formação, têm capacidade de submeter-se a uma avaliação curricular para a obtenção do título. Também temos perfis mais académicos, e estes profissionais também têm que demonstrar a sua capacidade clínica. Não basta dar aulas numa faculdade numa determinada área; é preciso demonstrar a capacidade clínica com casos comprovados. Além disso, há perfis mistos e também muita gente que obteve a sua formação fora de Portugal. Também há fórmulas para avaliar a capacidade destas pessoas. Se analisarmos as sociedades mais desenvolvidas do mundo, a conclusão é que todas têm especialidades médico-dentárias implementadas. É discutível se umas são mais necessárias que outras. Nós decidimos apostar pelas mais comuns e as que melhor se adaptam à realidade de Portugal, e estamos a implementá-las. Germán Esparza, membro da Comissão Científica da MAXILLARIS Espanha.

Castro Reino. A propósito deste tema, sei que houve polémica em França devido ao estabelecimento neste país da Universidade Fernando Pessoa, que é uma universidade portuguesa. Julgo ter entendido que as autoridades francesas paralizaram os estudos de Medicina Dentária. Qual é o ponto da situação?

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Monteiro da Silva. Em Portugal, tal como em Espanha, existe uma autonomia universitária, ou seja, há uma separação total entre a Universidade e a entidade reguladora da profissão, que é a Ordem dos Médicos Dentistas. Nós encarregamo-nos de outorgar o título profissional e os estudantes obtêm na universidade o seu título académico. Em Portugal, a Universidade Fernando Pessoa é uma das instituições reconhecidas pelo Governo e pela União Europeia para ministrar os estudos de Medicina Dentária segundo a diretiva europeia que regula a nossa profissão. Em França sei que há polémica porque entendem que uma universidade estrangeira instalou-se no seu território para formar médicos dentistas, mas realmente desconheço os detalhes. O que está claro é que na Europa temos liberdade de circulação de bens e serviços. Castro Reino. Interessa-me o caso da Universidade Fernando Pessoa pela defesa que a França faz dos seus interesses. Neste país não existe um conselho de médicos dentistas como tal; a profissão agrupa-se num sindicato, e consta que este defende que não se abra essa instituição de ensino. Creio que seria idóneo que em cada país houvesse essa força e autonomia quando se trata de defender a profissão no nosso território. Voltando à situação em Espanha, as especialidades odontológicas são uma lacuna no meu país. Espanha e Luxemburgo são os únicos países da União Europeia que não as têm reconhecidas. É uma situação degradante para qualquer profissional espanhol, que pode circular livremente por qualquer país da Europa, mas não tem a possibilidade de se creditar como especialista com os estudos realizados em Espanha. Contudo, qualquer europeu pode instalar-se em Espanha e exibir a sua placa de especialista. No Consejo vamos debater-nos com firmeza a favor das especialidades, porque creio que é a nossa obrigação e corresponde ao desejo de milhares de profissionais que se sentem desamparados, porque ano após ano o tema vai sendo adiado. Os profissionais fazem muitos mestrados e muitos cursos de pós-graduação, mas não se chega às especialidades. Monteiro da Silva. Em Espanha é o Consejo General que deve aprovar as especialidades? Porque em Portugal essa função cabe à Ordem dos Médicos Dentistas. Castro Reino. Não. Em Espanha quem tem essa função é o Ministério da Educação – sob pedido do Ministério da Saúde–, que reconhece que falta dar esse passo. Até há pouco tempo, alegava-se que faltava o Decreto de Troncalidad, mas já se aprovou em 2014. Monteiro da Silva. Neste contexto seria interessante ter uma plataforma comum entre Espanha e Portugal, para abordar os problemas que, como se vê, são muito semelhantes. No que diz respeito às especialidades, gostaria de acrescentar que temos uma Jaime Guimarães dirige a Comissão Ceintífica da MAXILLARIS Portugal. profissão protegida por uma diretiva europeia que faz com que nenhum médico dentista, quer em Portugal quer em Espanha, esteja impedido de exercer qualquer área da profissão, incluindo as especialidades. Por exemplo, se se implementa a especialidade de ortodontia, nenhum médico dentista estará impedido de exercer a mesma. Trata-se do reconhecimento pela Ordem de uma capacidade adicional para exercer uma área da Medicina Dentária. As especialidades não são uma ameaça. Pelo contrário, num sistema equilibrado, as especialidades têm a capacidade de potenciar toda a profissão e inclusive de valorizar o essencial, que continuará a ser a condição de médico dentista generalista. Castro Reino. Basta olhar para os nossos colegas médicos, que já têm instituídas as especialidades médicas. A Medicina Dentária já cresceu o suficiente para ser uma entidade própria e ter as suas especialidades, sobretudo em concordância com a Europa. Jaime Guimarães, diretor da Comissão Científica da MAXILLARIS Portugal. Quais são as principais dificuldades no processo em torno das especialidades e que vantagens podem estas implicar tanto para o profissional como para a população? Castro Reino. A nossa perceção é que existe pouca recetividade por parte das autoridades que teriam de aprovar as especialidades. Não basta pedi-las, porque já as temos solicitado reiteradamente, mas quem pode validar esse pedido ou não faz nada ou mantém o assunto na gaveta. Estamos na dependência de políticos que têm a sensação que o seu posto é temporário e, portanto, não querem mais complicações. Monteiro da Silva. O problema, portanto, não está na profissão?

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Castro Reino. De modo nenhum. A profissão pede as especialidades. Além disso, estas, como dizia o doutor Monteiro da Silva, não são excluentes. Qualquer médico dentista generalista pode continuar a exercer como até aqui todas as áreas da Medicina Dentária. As especialidades trariam uma melhor qualidade assistencial, já que o cidadão poderá escolher e isso obrigará cada profissional a melhorar a sua formação para ser mais competitivo. De uma forma ou de outra, as especialidades vão ser um fator positivo, desde que não sejam excluentes. A partir da esquerda, Javier García Fernández, Orlando Monteiro da Silva, Óscar Castro Reino, Germán Esparza Gómez e Jaime Guimarães. Monteiro da Silva. Segundo a nossa experiência, talvez com uma ou outra exceção, é importante destacar que a formação para as especialidades são tres anos a tempo inteiro e numa universidade ou entidade reconhecida. Mas voltando à pergunta que nos fazia o doutor Jaime Guimarães, realmente é o processo transitório que nos cria mais problemas. Tem de haver sempre uma fórmula para reconhecer os que ja estão na profissão. Muitas destas pessoas não têm formação académica comprovada, mas sim capacidade clínica. Neste sentido, temos experiência com a especialidade de Ortodontia. Neste caso concreto, aplicámos um método clássico que se utiliza na área médica, designando representantes ilustres da profissão, com toda a subjetividade que isso implica, e formámos um Colégio. Esta experiência tem os seus prós e contras. Nas novas especialidades, como a Cirurgia Oral, o que estamos a fazer é não atribuir títulos sem que todos os candidatos a especialistas estejam sujeitos a um escrutínio. Não temos uma comissão mas antes uma avaliação com parâmetros definidos que sujeitamos três vezes a consulta pública; designamos os perfis e só depois de selecionarmos os que estão em condições de aceder ao título é que formamos uma comissão para a avaliação desses candidatos neste processo especial.

Castro Reino. Em Espanha, além do mais, deparamo-nos com especialistas médicos cuja denominação pode dar lugar a confusão: os cirurgiões orais e maxilofaciais. Por vezes esquecemo-nos que, por interesses políticos, foram denominados como cirurgiões orais e maxilofaciais, e isto provoca certo repúdio, inclusive entre as próprias pessoas do Ministério, que nos dizem que já existe a especialidade de cirurgia oral. O que nós pedimos é a especialidade de cirurgia bucal. Joga-se com termos similares, mas na realidade são diferentes.

Publicidade enganosa Castro Reino. Em Espanha temos um sério problema com a publicidade. Umas vezes é enganosa e outras vezes é tão agressiva que perde o seu conceito de publicidade sanitária e passa a ser uma publicidade comercial que, sem ser enganosa, entra no mundo das ofertas e até das promoções “dois por um”. Em Portugal existe o mesmo problema? Monteiro da Silva. Efetivamente. Recentemente, tivemos reuniões com representantes da profissão de França e Inglaterra que nos permitiram concluir que a situação em Espanha e Portugal é diferente dos restantes países, porque estes dois países têm ingredientes particulares: crise económica; pletora de médicos dentistas; falta de assistência pública generalizada, pelo menos mediante pacotes básicos de assistência pública ou por meio de convénios com médicos dentistas, e ausência de uma regulação ou uma legislação capaz de enfrentar um desafio da dimensão que tem a publicidade no contexto da saúde. Em Portugal, todas as Ordens da área da saúde uniram-se para exigir ao Ministério da Saúde uma legislação específica de publicidade em saúde. Neste caso, houve uma resposta extremamente rápida da parte do Ministério, porque era uma petição transversal, ainda que liderada pelos médicos dentistas, dado que somos o grupo mais influente na prática privada liberal. Criámos um grupo de trabalho com os Ministérios da Economia e da Saúde, em que se agruparam todos os conselhos de saúde e institutos médicos, e alcançámos uma proposta de legislação específica que já foi aprovada pelo Ministério da Saúde e deverá ser agora analisada pelo Ministério da Economia, porque há também um impacto económico neste processo. No documento há aspetos que podem ser perfeitamente comuns a Espanha e Portugal; são questões que não estavam contempladas na legislação geral da publicidade, que é uma legislação não destinada à saúde mas antes a qualquer atividade económica.

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Assim, refere-se no texto que é totalmente proibido descrever um bem ou um serviço como gratuito, sem encargos, ou com descontos ou promoções, e inclusive também se proíbe fazer depender direta ou indiretamente a gratuidade ou os descontos em prestações sucessivas. E não é apenas o que é gratuito, também se proíbem os anúncios de preços que sejam desproporcionados ao custo inerente a uma prática segura e com qualidade. Só com uma legislação deste tipo é possível enfrentar uma publicidade enganosa, porque com ela a Ordem tem a capacidade de atuar sobre o profissional. E já não se trata do profissional individual, porque esta prática é mais própria de organizações coletivas; por isso, todos têm que estar obrigados às mesmas condições em termos de publicidade. Sabemos que a política não está para restrições económicas, por isso tudo o que propomos é para proteger a saúde, mas sem criar restrições à economia. Esperamos que o nosso documento seja Óscar Castro Reino reconhece a vulnerabilidade da profissão perante as práticas de publicidade enganosa. aprovado em breve, porque vai ajudar muito a solucionar um problema que é óbvio. Na Europa há tratados gerais sobre a publicidade, mas também se diz que os Estados membros têm a capacidade de adotar medidas específicas em setores que considerem essenciais em matéria de publicidade de bens e serviços, e a saúde não é uma atividade comercial como qualquer outra, por isso deve ter regras específicas. Foi a primeira vez que em Portugal todas as profissões da saúde se uniram para apresentar uma petição ao Ministério da Saúde e obtiveram uma resposta rápida, que espero ter como resultado uma capacidade para poder solucionar a situação. Neste momento existe impunidade, os tribunais não têm uma legislação adequada para castigar estas condutas. Castro Reino. No caso de Espanha, talvez seja dos países do mundo com mais legislação. Temos um Ministério da Saúde, que é quem aplica as leis e os decretos nacionais, e depois temos 17 comunidades autónomas. As competências em matéria de publicidade sanitária são transferidas para cada uma das delegações de Saúde, mas só serão levadas a cabo ou não dependendo do partido que governe e das prioridades do Governo em funções. Segundo a minha experiência, presentemente existem decretos de publicidade sanitária nas comunidades autónomas de Aragão, País Basco, Múrcia e Navarra, estando as restantes sem decretos específicos. Assim, perante um anúncio de projeção nacional, a competência é do Ministério da Saúde, mas este Ministério tem uma tamanha dimensão que no final perde-se o controlo. No início da nossa intervenção falávamos das franquias e das companhias de seguros, mas também vale a pena falar dos profissionais. Esta “serpente” também é alimentada por nós: o primeiro médico dentista que deu uma prestação grátis, o primeiro médico dentista que fez um “dois por um” porque pensava que ia ganhar mais dinheiro ou aquele que aceitou que o seu empregador o obrigasse a fazer um serviço grátis. O problema também reside neste ponto. O tubo de ensaio está a ser a Medicina Dentária, mas atrás vêm outras áreas da saúde. Tudo isto é patético, porque faz com que até os próprios pacientes deixem de nos respeitar como profissionais de saúde. Muitos colegas queixam-se de que já chegam ao ponto de regatear com os seus pacientes.

Javier García Fernández, diretor da Comissão Científica da MAXILLARIS Espanha. Na minha opinião, o prestigio da Medicina Dentária em Espanha diminuiu graças às grandes clínicas com grandes montras. É uma Medicina Dentária de asterisco, de letra pequena ou de preposições. Estamos num mundo agressivo e há quem procure defender-se da crise ou da pletora com recurso a ofertas enganosas. Nas redes sociais vemos diariamente que há colegas que publicam os orçamentos de algunas destas clínicas e o que se comprova é que o preço global não tem nada a ver com o que é oferecido. Castro Reino. Efetivamente, é assim que acontece e a Administração está a par disso. Onde está o Defensor do Paciente, a Autoridade da Concorrência e onde estão as forças de segurança do Estado? Realmente é um roubo, porque não se pode dizer que se oferecem implantes por 250 euros e depois cobrar pela cirurgia pré-protésica, que corresponde à colocação do implante, outros 700 ou 800 euros. Há comerciais de clínicas, que se denominam assessores, que estão a ter acesso às histórias clínicas dos pacientes e sem nenhuma formação médico-sanitária vendem tratamentos. Quem tem de explicar um tratamento é sempre e de forma inequívoca o profissional de Medicina Dentária. As autoridades têm conhecimento e permitem estas situações. Da nossa parte sentimos uma impotência tremenda. Há alguns protésicos que montam clínicas para criarem o seu próprio trabalho, ao passo que um médico dentista não pode ter um laboratório. É um paradoxo sem sentido. Perdeu-se o sentido de saúde e a profissão tem vindo a degradar-se de forma ostensiva. Javier García Fernández, diretor científico da MAXILLARIS Espanha.

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García Fernández. Vemos o exemplo de Portugal, com a união de todos os profissionais de saúde, e parece difícil levar isto a cabo em Espanha, onde o ultraliberalismo que defende a livre concorrência permite absolutamente tudo, tanto nas regiões autónomas como a nível estatal. Ninguém põe cobro à publicidade enganosa nem a outros assuntos. Como poderia o Consejo General dignificar a profissão? Vemos que se está a fazer um trabalho importante nalguns Colégios, como os de Madrid, da Catalunha ou de Valência, embora talvez de modo independente. CC Castro Reino. Nesta questão estamos todos unidos e sem qualquer tipo de fissuras. Na última Assembleia do Consejo General todos os Colégios se uniram na mesma causa. É certo que não temos grandes orçamentos para lutar contra as grandes cadeias, embora possamos informar e denunciar. O aumento das denúncias interpostas às franquias, e que nos chegam diretamente aos Colégios, é um facto que podemos tornar público. Temos que demonstrar que somos profissionais e não somos marcas. Somos profissionais individuais, uns com mais destreza manual, outros com grandes dotes de comunicação e outros com grandes conhecimentos, mas o nosso tratamento é individual, porque cada profissional é um só, tal como cada paciente e cada peça dentária. Tudo isso determina o sucesso ou o fracasso de um tratamento. No Consejo General defendemos a individualidade e o médico dentista de confiança, com nomes e apelidos, e afastamo-nos das marcas.

Medicina Dentária no âmbito europeu Castro Reino. Quando se pensa como será a Medicina Dentária num futuro próximo, acha que devemos caminhar para uma profissão unificada na Europa ou antes para o individualismo de cada país ou inclusive para uma diferenciação de modelos assistenciais entre os países do sul e do norte da Europa? Monteiro da Silva. É muito difícil mudar a situação atual, uma vez que esta obedece a realidades muito distintas na Europa. Por motivos sociais e económicos, por prioridades políticas ou por motivos históricos nalgunos casos, os modelos assistenciais de países como Alemanha, França ou Inglaterra dificilmente se implementarão da mesma forma em Portugal ou em Espanha. Por isso, os nossos países têm a necessidade de adotar posturas comuns, tanto nas estruturas da profissão como em políticas, para dar resposta aos desafios que temos na nossa região da Europa. Na Alemanha, a atenção aos cidadãos presta-se maioritariamente através de um sistema de seguro público, em que os preços estão negociados e são os mesmos para todos os médicos dentistas. Também há uma parte cem por cento liberal privada, mas é minoritária. Para este sistema alemão, questões como a publicidade são irrelevantes, porque no seu caso os preços estão igualados e as promoções centram-se na imagem do médico dentista.

A partir da esquerda, de pé, Miguel Ángel Cañizares (diretor da MAXILLARIS), Javier García Fernández (diretor científico da MAXILLARIS Espanha), João Drago (coordenador da MAXILLARIS Portugal), Julián Delgado (subdiretor da revista), Marisol Martín (administradora), Jaime Guimarães (diretor científico da MAXILLARIS Portugal), José Antonio Moyano (administrador) e Germán Esparza (membro da Comissão Científica da MAXILLARIS Espanha). Sentados, Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD, e Óscar Castro Reino, presidente do Consejo General de Dentistas do país vizinho.

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Na Inglaterra existe um serviço nacional de saúde, com regras iguais para todos, e uma prática privada. Embora Inglaterra seja um país muito liberal em termos de publicidade, curiosamente não tem os fenómenos da Península Ibérica. Em França o sistema ainda é mais fechado. Há um sistema de seguros que se negoceia todos os anos com os sindicatos com preços máximos e mínimos. Neste país é proibida a publicidade mediante uma Orlando Monteiro da Silva e Óscar Castro Reino reforçaram a sua lei nacional vigente em toda a República. Em Espanha e Portugal não é possível importar estes modevontade de estreitar laços no I Encontro Ibérico da MAXILLARIS. los pela nossa própria tradição e pelo desconhecimento da população e dos políticos sobre a importância da saúde oral. O nosso sistema é puramente liberal. A saúde é um tema que está excluido dos tratados europeus, com a exceção de algumas ameaças de saúde pública gerais; portanto, os sistemas de saúde são responsabilidade de cada um dos Estados. Há anos, todos tínhamos, na OMD e no Consejo General, preços orientativos, mas a Autoridade da Concorrência multou-nos por isso. Já então sabíamos que o resultado disso seria a situação que temos agora, porque esta proibição de ter preços indicativos não se aplica a realidades como a alemã ou a francesa, que têm sistemas públicos. A proibição só se aplica à prática privada da profissão. Que podemos fazer conjuntamente? Creio que devemos conseguir que os nossos governos reconsiderem a existência de preços máximos e mínimos ou de referência. Ao não existir um sistema de assistência pública, a aprovação de preços indicativos é uma exceção que os governos podem implementar por razões de interesse público. Ter preços máximos e mínimos seria um indicador de moralidade e de garantia de qualidade. Castro Reino. No Consejo General estamos abertos a todo o tipo de colaboração entre Espanha e Portugal, porque os nossos problemas são comuns. A união que existe com Portugal e com os nossos colegas portugueses é evidente. De resto, o Consejo General outorgou ao doutor Monteiro da Silva um reconhecimento na última Gala da Odontoestomatologia Espanhola, o que demonstra o nosso sentimento e interesse em seguir o mesmo caminho de cooperação e de comunicação. Há muitas coisas em que Portugal está muito mais avançado do que nós, como por exemplo no tema das especialidades, e quem melhor do que eles para nos prestarem assessoria sobre qual o caminho a seguir neste campo. Podemos aprender das falhas que tiveram para não as repetirmos. Monteiro da Silva. Temos uma excelente relação com o doutor Castro Reino e desejamos-lhe o melhor para o seu mandato nestes tempos tão difíceis. Há uma série de fatores que estão a provocar um grande stress na Medicina Dentária e no conjunto das profissões da saúde. Hoje vemos profissionais sem motivação, com horários excessivos e com a pressão do público. Mas queremos convidar o Consejo General para continuar a trocar ideias e estabelecer uma agenda conjunta. Em Portugal é sempre positivo contar com uma posição conjunta com Espanha. Esta colaboração tem sempre alguma eficácia em termos políticos e sociais, mas também no plano interno, porque muitos dos nossos colegas estão convencidos que só existem problemas no seu país, quando se sabe que não é assim. Sempre estaremos abertos às relações com o Consejo General para fazer tudo o que for possível no sentido de obtermos respostas e enfrentarmos os desafios da profissão. García Fernández. Porque não criar um programa de intercâmbio académico luso-espanhol, tipo Erasmus, ou até um fórum de intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os profissionais de ambos os países? Castro Reino. Acreditamos que o caminho é a colaboração. Mas também pedimos, em nome do Consejo General, o envolvimento dos profissionais, porque não basta queixarem-se dos problemas particulares. Nem os Colégios nem o Consejo são agências de coloção e não podemos angariar pacientes para as clínicas, portanto, cada um deve criar o seu futuro, mas faz falta uma maior implicação nas instituições. Com generosidade consegue-se que a profissão funcione. Há que pedir, mas também é preciso dar. Os cargos colegiais não são remunerados, e nós estamos nisto desinteressadamente. Por isso, pedimos que também os médicos dentistas se impliquem, porque não basta apresentar queixas. Monteiro da Silva. A principal força da profissão é o contributo de cada um de nós. Todos os médicos dentistas têm capacidade de ser embaixadores da sua profissão perante os seus pacientes. Aí a nossa força será imensa. Se cada um atende 15 pacientes por dia e tem a opção de explicar alguns aspetos, o potencial é enorme. O doutor Javier García Fernández propunha um programa tipo Erasmus entre Espanha e Portugal. Neste momento há fundos económicos disponíveis na União Europeia para a exclusão social, mas também para projetos de inovação e para a cooperação internacional académica, profissional ou empresarial. Haverá que aproveitá-los. Em suma, temos um grande potencial para incrementar as nossas boas relações.

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Luís Costa, presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Prótese Dentária

A criação da equipa multidisciplinar de saúde oral pode produzir grande melhoria de resultados para todos

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Falamos com...

A APTPD é uma associação de cariz profissional e científico de âmbito nacional, sem fins lucrativos, que se dedica à salvaguarda dos interesses profissionais e deontológicos dos seus associados. A associação tem por fins o estudo e contribuição para o progresso científico da prótese dentária, a pesquisa, a investigação, a formação, a defesa e a promoção dos interesses sociais, técnico-científicos e profissionais dos seus associados, incluindo a formação, a educação e a profissionalização dos jovens que optem por fazer estudos nesta área. Esta é a nossa matriz, mas pelo meio existe todo um caminho para fazer: regulamentar o exercício da profissão e colocar os dispositivos médicos feitos por medida onde devem estar, com todos a funcionar no estrito cumprimento da lei. Só assim daremos um salto qualitativo e sairemos desta situação, “sem rei nem roque”, onde vale tudo. Gosto sempre de referir o bom exemplo dos médicos dentistas: há vinte anos reinava esse vale tudo, e agora, felizmente, o panorama é bem diferente. Não tenho dúvidas de que existem condições mais justas para todos, e hoje, para exercer Medicina Dentária em Portugal, é necessário formação adequada, estar inscrito na Ordem dos Médicos Dentistas e cumprir com a regulamentação clínica.

Os avanços tecnológicos chegaram para mudar quase tudo, é essa a realidade com que nos deparamos, e a prótese dentária, em particular, não foge a essa regra. Parece-me, no entanto, que os técnicos em geral têm sabido adaptar-se com sucesso. Diria mesmo que esse é um caminho sem retorno; ou ousamos fazê-lo ou ficaremos definitivamente para trás. A revolução tecnológica mudou vertiginosamente o nosso mundo. É imprevisível saber em que ponto estaremos daqui a dez ou quinze anos. Esta avalanche tecnológica, que trouxe para o dia a dia dos laboratórios os sistemas Cad-Cam, vem acompanhada de uma não menor evolução a nível dos materiais, que veio alterar as relações de confiança de muitos anos entre técnicos e técnicas. Acredito, portanto, que a resposta, podendo ser sempre melhorada, não necessita de “reviravoltas”. Os técnicos portugueses são provavelmente, na Europa, os que têm melhores

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Falamos com... meios ao dispor para se profissionalizarem. Temos hoje quatro licenciaturas a formar jovens técnicos, o que é significativo e é a fórmula para dar todas as bases a executantes de excelência. É óbvio que existe todo um caminho que é necessário fazer, e não é na faculdade que se adquire; ali inicia-se o caminho que fica muito facilitado quando sabemos os passos que temos de dar e em que direção.

Assume a maior importância, sem dúvida. Esta é uma área onde, apesar dos evidentes avanços, há muito por fazer. A criação da equipa multidisciplinar de saúde oral – uma efetiva comunicação entre todos sob a mesma linguagem – pode produzir grande melhoria de resultados para todos. Uma qualquer equipa pode ter um grande “ponta de lança”, mas se à sua volta não existir um grupo competente, os resultados invariavelmente não podem ser continuamente bons. Temo que esse trabalho devesse começar nas faculdades, mas o que vou observando não me leva a essa realidade, o que é lamentável. Os membros dessa equipa devem ouvir e falar a mesma linguagem, e partilhar conhecimento. Por isso, a APTPD coloca o seu foco no diálogo com os outros intervenientes, em particular os médicos dentistas, no sentido de aproximar as partes. Os médicos dentistas são os líderes dessa equipa, mas cada um tem o seu papel e a sua importância. Aproveito para saudar a OMD pelo facto de, depois de muitos anos, o congresso de 2014 estar – diria que tal acontece pela primeira vez – aberto aos técnicos de prótese dentária, promovendo uma abrangência de realçar e uma efetiva partilha de conhecimentos. É nisto que acreditamos na APTPD.

ne quem pensa que os resultados estão ao virar da esquina, de mão beijada –, se queremos o nosso espaço como profissão, reconhecida pelas suas competências técnico-cientificas, então temos de fazer o nosso percurso de forma incisiva e assertiva. Será interessante lembrar que a prótese dentária em Portugal ainda é uma área desconhecida para a maioria da população. Passámos de uma aprendizagem mecânica com o colega do lado, na quase ignorância científica, para uma formação académica com fundamentos técnico-científicos abrangentes. Isso é um passo de gigante, mas – tal como o gigante – é necessário equilibrarmos o passo para não cairmos. A criação de uma organização de inscrição obrigatória, que permita a regularização e a organização da profissão, é um dos objetivos a médio prazo que a APTPD persegue. Esse é talvez o maior desafio que se nos coloca.

Os desafios são muito, mas nós acreditamos que nada se faz sem traba lho e persistência. Sabemos que a caminhada é longa – que se desenga-

Os técnicos portugueses são provavelmente, na Europa, os que têm melhores meios ao dispor para se profissionalizarem

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Essa é uma área que me é muito querida, pois estou envolvido, há cerca de onze anos, na docência e confesso que sou muito crítico em relação a Bolonha. A ideia pode ser generosa, mas no terreno parece-me desastrosa, uma vez que retirou muitas horas de prática em laboratório, o que não ajuda nada. A nossa área profissional tem uma componente técnica dominante e com a redução dos cursos, de quatro para três anos no caso da prótese, os alunos saem a perder. Enfim, esta é a realidade e temos de nos adaptar, apostando em formação complementar, designadamente pós-graduações com qualidade, estágios que tragam mais-valias e cursos práticos com os técnicos mais experimentados,


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Falamos com... até aos mestrados. É precisamente aqui que chegamos ao vazio que urge preencher, pois pouco ou nada existe especificamente para técnicos de prótese dentária. É uma lacuna que cabe às faculdades colmatar, de preferência com conteúdo de excelência e exigência diferenciada.

São necessárias mudanças, tão breve quanto possível. As leis existem e os laboratórios e os técnicos de prótese dentária têm de se adaptar. Achamos que a maioria tem consciência da desordem e que ela vai ter um fim. Pensamos ainda que esse fim credita claramente a nosso favor. Para se conduzir um táxi é necessário uma carteira profissional, mas qualquer pessoa abre um laboratório e fabrica dispositivos médicos feitos por medida sem qualquer controlo. Isto não pode continuar, os jovens e as suas famílias investem muito na sua formação e depois são confrontados com uma concorrência completamente desleal, já para não falar que a população, que temos obrigação de servir com qualidade, é a vítima final. A direção da APTPD tem desenvolvido os mais variados contactos com as entidades que regulam e não só. As portas vão-se abrindo, mas este é um país com um “complicómetro” complexo. Contudo, pensamos que as coisas acabarão por ir ao seu lugar. Também temos conhecimento que alguns colegas têm encontrado muitas dificuldades quando procuram as câmaras municipais para licenciarem os laboratórios. Neste contexto, ajudaria muito se existisse uma uniformização do que é requerido e houvesse pressupostos mais claros de norte a sul. Por outro lado, é necessário registar os laboratórios no Infarmed como fa bricantes de dispositivos médicos feitos por medida e orientá-los para o cumprimento das normas de qualidade, de higiene e de registo que são exigidas. Outro ponto passa pela cédula profissional que habilita os portadores ao exercício da profissão e sem a qual não é possível um enquadramento legal. É um problema sério que carece de fiscalização. As entidades que regulam e fiscalizam todas estas profissões não têm mecanismos suficientes para combaterem todas as ilegalidades que se praticam. Esta lacuna

permite que ainda hoje exista um número muito significativo de laboratórios a funcionar à margem da lei e de pessoas a iniciarem um percurso na nossa profissão sem estarem devidamente habilitadas. Como já atrás referi, a nossa associação tem por fins o estudo e a contribuição para o progresso científico da prótese dentária, a pesquisa, a investigação, a formação, a defesa e a promoção dos interesses sociais, técnico-científicos e profissionais dos seus associados. Como tal, gostaríamos de ver no futuro a criação de uma entidade, onde a inscrição dos técnicos de prótese fosse obrigatória, que se ocupasse da organização e regulação da profissão o que tornaria as coisas bem mais eficientes e claras. Temos consciência que há um longo caminho a percorrer.

É difícil fazer essa análise, mas arriscaria que estamos bem preparados e temos massa crítica. A nossa escala é pequena, mas muito em breve vejo os técnicos portugueses a espalharem-se por essa Europa e pelo mundo. Temos uma formação continuada nas faculdades – não tenho números, mas acredito que sairão uns cem a cento e vinte por ano – e, mais ano menos ano, teremos um excedente como em todas as outras áreas. Pode estar na emigração uma janela de oportunidade, poucos países investiram tanto nesta área como nós e, pela sua especificidade, as perspetivas de acesso ao mercado global são promissoras. Lamentavelmente, temos ainda um número reduzido de técnicos de prótese dentária a apresentar os seus trabalhos e conhecimentos. Temos qualidade, mas falta-nos arrojo.

Perfil LUÍS Joaquim Dias da COSTA, natural do Sardoal, licenciou-se em Prótese Dentária pela Escola Superior de Saúde Egas Moniz, em 2005, após ter completado o curso de Técnico Laboral de Prótese Dentária da Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa, em 1991. Iniciou a sua experiência profissional no final dos anos oitenta, no laboratório do já falecido médico dentista e professor universitário Simões dos Santos. Após outras etapas profissionais na área da prótese dentária, em 1999 estabeleceu o seu próprio laboratório onde tem vindo a exercer a sua atividade nos últimos 17 anos, a par da presidência da Associação Portuguesa de Técnicos de Prótese Dentária, que assumiu em 2010. Luís Costa é também docente, desde 2003, na Escola Superior de Saúde Egas Moniz, no âmbito da licenciatura de Técnico de Prótese Dentária.

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Posicionador radiográfico individualizado em acrílico para análise do nível ósseo em ensaios clínicos de periodontologia Premiado como melhor póster de investigação clínica na reunião anual de 2014 da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI)

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Ciência e prática Tony Rolo Médico dentista. Licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC). Assistente Convidado de Periodontologia da Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (AMD-FMUC). Aluno de Doutoramento da FMUC. tonyrolo@sapo.pt Filipe Marques Médico dentista. Mestrado Integrado em Medicina Dentária pela FMUC. Ana Messias Médica dentista. Licenciada pela FMUC. Assistente Convidada da AMD-FMUC. Aluna de Doutoramento da FMUC. Isabel Poiares Baptista Médica dentista. Licenciada pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Professora Auxiliar de Periodontologia da AMD-FMUC. Sérgio Matos Médico dentista. Licenciado pela FMUC. Professor Auxiliar de Periodontologia da AMD-FMUC. Coimbra.

Tony Rolo Introdução O diagnóstico de defeitos periodontais infraósseos é feito pela integração dos elementos recolhidos no exame clínico com os exames complementares radiográficos. No caso específico deste tipo de defeitos, a avaliação radiográfica ganha particular importância por contribuir para a determinação do prognóstico (avaliação do número de paredes e do ângulo do defeito) e por permitir avaliar a evolução pós-operatória do defeito intervencionado1.

Apesar da técnica periapical convencional ser a mais precisa, a correta identificação dos níveis ósseos e variação do ângulo do defeito pode ser de difícil interpretação devido a erros no alinhamento geométrico dos componentes radiológicos (sensor e ampola) em avaliações sucessivas, o que pode gerar variações de resultados intra e interexaminadores em estudos clínicos2-5.

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Ciência e prática

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As maiores fontes de discrepância entre pares de radiografias devem-se a modificações na relação entre o objeto (neste caso, o dente com o defeito periodontal infraósseo) e o sensor, ou entre o objeto e a ampola. O uso de dispositivos de paralelismo permite superar as variações de posição entre o objeto e o sensor. Contudo, a estabilização da posição da ampola é mais complexa e representa a única forma de prevenir distorções irreversíveis que geram imagens bidimensionais diferentes da mesma situação clínica6.

Objetivo O presente trabalho tem como objetivo descrever uma técnica de aplicação de um dispositivo de posicionador radiográfico individualizado, com o intuito de obtenção de radiografias intraorais com uma projeção otimizada e padronizada de defeitos periodontais infraósseos, com estabilidade a longo prazo.

Procedimentos laboratoriais e clínicos O dispositivo proposto é uma modificação de um posicionador do tipo Han-Shin para a técnica periapical, que utiliza o sistema DENTSPLY Rinn XCP-DS® adaptado para o sensor de radiovisiografia (RVG) de tamanho universal (37,5 mm x 25,5 mm) Gendex® Visualix® eHD (Gendex Dental Systems). O sistema é constituído por um bloco de mordida em plástico, um porta-sensor, um braço metálico e um anel em plástico para orientação do tubo da ampola radiográfica. Esta técnica preconiza a individualização do bloco de mordida e do anel orientador para cada doente, requerendo assim duas sessões clínicas.

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Na primeira consulta, executam-se impressões em alginato das arcadas superior e inferior, com vista à obtenção de modelos de gesso que serão posteriormente montados, de acordo com a relação intermaxilar existente, num articulador semi-ajustável (fig. 1). Procede-se à eliminação de todas as áreas retentivas dos dentes superiores e inferiores, através da aplicação de um silicone de condensação de consistência putty e testa-se, na área de interesse, a orientação do sistema DENTSPLY Rinn XCP-DS® (bloco de mordida, braço metálico e portasensor), acoplado a uma réplica com dimensões idênticas ao sensor RVG (figs. 2 a 4). Efetua-se a construção de um bloco de acrílico bilateral sobre os dentes da arcada da zona de interesse, sobre o qual se coloca o bloco de mordida e o porta-sensor, assegurando-se o paralelismo da réplica com a zona a radiografar (figs. 5 a 7). Após a polimerização do acrílico, estabiliza-se a posição deste conjunto contra a arcada antagonista através da confeção de blocos de acrílicos bilaterais (figs. 8 a 10). O resultado obtido consiste numa férula radiográfica bimaxilar que assegura a reprodutibilidade da posição intraoral do sensor em radiografias sequenciais (figs. 11 e 12). Com vista à calibração de medições lineares, procede-se à colagem de uma esfera calibrada de 2 mm de diâmetro na proximidade do defeito periodontal a radiografar (fig. 13). Na segunda sessão clínica, efetua-se a prova intraoral do posicionador radiográfico com o sensor RVG (figs. 14 a 16). Após a aplicação do anel orientador e da determinação da posição adequada da ampola radiográfica, realiza-se a individualização do anel orientador com polivinilsiloxano, assegurando deste modo a estabilização da ampola e a reprodutibilidade da posição da mesma (figs. 17 a 19).

b Fig. 1, a-b. a) Montagem de modelos em articulador semi-ajustável. b) Eliminação de zonas retentivas.

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Ciência e prática

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Fig. 2. Porta-sensor e réplica do sensor.

Fig. 3. Sistema DENTSPLY Rinn XCP-DS® (bloco de mordida, braço e porta-sensor).

Fig. 4. Orientação do posicionador.

Fig. 5. Construção do bloco de acrílico bilateral na arcada da área de interesse.

Fig. 6. Orientação do posicionador sobre o bloco de acrílico.

Fig. 7. Aspeto após a polimerização do bloco de acrílico.

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Fig. 8. Confeção de blocos de acrílico bilaterais na arcada antagonista.

Fig. 9. Estabilização do posicionador.

Fig. 10. Vistas frontal e lateral da estabilização bilateral da mordida após a polimerização.

Fig. 11. Vistas oclusal e lateral da férula radiográfica bimaxilar obtida.

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Fig. 12. Vistas oclusal e posterior do paralelismo alcançado no posicionamento do sensor radiográfico.

Fig. 13. Colagem de uma esfera calibrada de 2 mm de diâmetro na proximidade do defeito periodontal, para calibração de medições lineares.

Figs. 14 a 16. Vistas frontal e laterais da fase de prova do posicionador individualizado.

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Ciência e prática

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Figs. 17 e 18. Aplicação do anel orientador e estabilização da ampola radiográfica através da individualização do anel orientador com polivinilsiloxano.

Fig. 19. Anel orientador individualizado.

Caso clínico A título exemplificativo da utilidade deste posicionador radiográfico para a análise do nível ósseo em ensaios clínicos de periodontologia, apresenta-se um caso de um ensaio clínico que decorreu na Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (AMD-FMUC). Ilustra-se o tratamento regenerativo de um defeito infraósseo em mesial do dente 35, com uma profundidade de sondagem (PPD) inicial de 7 mm e uma perda de inserção clínica (PAL) inicial de 10 mm (fig. 20), recorrendo à aplicação de xenoenxerto (OsteoBiol® Gen-Os) e membrana reabsorvível (OsteoBiol® Evolution) (Technoss Dental) (figs. 21 a 23). No final do período de avaliação de 12 meses, o dente apresentava uma PPD e uma PAL de 3 mm e 6 mm, respetivamente, correspondendo a um ganho de inserção clínica de 4 mm (fig. 24). As radiografias calibradas executadas no início e no final do estudo foram analisadas por dois avaliadores independentes e cegos ao estudo (figs. 25 e 26), com vista à obtenção das medições radiográficas lineares contidas na tabela, na qual se pode observar a grande concordância entre os valores obtidos por cada avaliador. Fig. 20. Caso inicial: PPD (7 mm) e PAL (10 mm).

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Figs. 21 a 23. Profundidade intraoperatória do defeito: 7 mm; aplicação de xenoenxerto (OsteoBiol® Gen-Os) e membrana reabsorvível (OsteoBiol® Evolution).

Fig. 24. Pós-operatório aos 12 meses: PPD (3 mm) e PAL (6 mm).

Fig. 25. Rx calibrado pré-operatório.

Fig. 26. Rx calibrado aos 12 meses.

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Tabela – Medições radiográficas lineares.

JAC-BD = junção amelocementária – base do defeito; L. Def. = largura do defeito; CA-BD = crista alveolar – base do defeito; ∡ Def. = ângulo do defeito.

Conclusões O posicionador radiográfico individualizado permite suplantar os principais problemas relacionados com os sistemas clássicos de padronização radiográfica, sem deterioração ao longo do tempo, garantindo a obtenção de imagens com elevada reprodutibilidade e precisão na avaliação de defeitos periodontais infraósseos.

Agradecimentos: Os autores agradecem a incansável colaboração da técnica de prótese da AMD-FMUC, Anabela Pedroso, na confeção destes dispositivos; bem como o apoio prestado pelos Dres. Elsa Domingues, Orlando Martins e Daniela Santos Silva, no decurso do ensaio clínico realizado.

Bibliografia 1. Academy Report. Diagnosis of periodontal diseases. J Periodontol (2003) 74:1237-1247. 2. Eickholz P, Benn D, Staehle. Radiographic evaluation of bone regeneration following periodontal surgery with or without expanded polytetrafluoroethylene barriers. J Periodontol (1996) 67: 379-385. 3. Eickholz P, Krigar D-M, Kim T-S, Reitmer P, Rawlinson A. Stability of clinical and radiographic results after guided tissue regeneration in infrabony defects. J Periodontol (2007) 78: 37-46.

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4. Kim H-Y, Yi S-W, Choi S-H, Kim C-K. Bone probing measurement as a reliable evaluation of the bone level in periodontal defects. J Periodontol (2000) 71:729-735. 5. Kim T-S, Knittel M, Dorfer C, Steinbrenner H, Holle R, Nat R, Eickholz P. Comparison of two types of synthetic biodegradable barriers for GTR in interproximal infrabony defects: clinical and radiographic 24-month result. Int J Periodontics Restorative Dent (2003) 23: 481–489. 6. Messias A, Tondela J, Rocha S, Reis R, Nicolau P, Guerra F. Acrylic customized X-ray positioning stent for prospective bone level analysis in long-term clinical implant studies. Open Journal of Radiology (2013) 3: 136-142.


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FOTOS: DANIEL MERGULHテグ

O meu sorriso marPT_Maquetaciテウn 1 03/03/15 12:05 Pテ。gina 48


FOTOS: DANIEL MERGULHÃO

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O meu sorriso Catarina Padinha modelo

Procuro manter uma apresentação saudável e uma boa higiene oral Catarina Padinha frequenta o curso de Ciências da Arte e do Património, na Faculdade de Belas Artes, e está a dar os primeiros passos no universo da moda. Em setembro do ano passado, a filha de Fátima Padinha, que integrou a pioneira girls band portuguesa “Doce”, e de Pedro Passos Coelho, atual primeiro-ministro português, decidiu inscrever-se na agência GO Models Lisboa para ter um contacto mais próximo com o glamoroso mundo das passarelles e poder crescer e evoluir profissionalmente. Uma experiência que, na sua opinião, se tem revelado interessante e que exige, entre outros requisitos, “uma particular atenção e cuidado” no domínio da saúde oral.

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O meu sorriso Com que regularidade vai ao dentista? Catarina Padinha. Por norma, costumo ir ao dentista uma vez por ano. No entanto, vou sempre que sinto que é necessário. Que cuidados de higiene oral tem diariamente? Catarina Padinha. Lavo os dentes quando acordo, depois de comer e antes de ir dormir. Ocasionalmente, uso o fio dental. Que tipo de escova de dentes usa? Catarina Padinha. Gosto de uma escova de dentes mais dura, por isso compro sempre uma média. Com qual (ou quais) das seguintes sensações se identifica mais quando se senta na cadeira do dentista: pavor, resignação ou determinação? Catarina Padinha. Julgo que um pouco de todos. Ir ao dentista não é exatamente uma visita agradável, mas é algo necessário, e eu já aprendi, há muitos anos, que quanto mais depressa nos entregarmos ao que temos de fazer, mais depressa e mais facilmente tudo acaba, como por exemplo quando temos de fazer análises.

Catarina Padinha visita o dentista uma vez por ano ou “sempre que sinto que é necessário”.

Já recorreu a tratamentos dentários específicos? Catarina Padinha. Não, nunca precisei.

Quanto à comida, uma vez que mantenho um rigoroso asseio oral, como aquilo que quero.

Evita fumar ou comer algum tipo de alimento ou bebida que escureça os dentes? Catarina Padinha. Sim. Além de não gostar de fumar, sempre achei que o tabaco traz várias desvantagens, incluindo o facto de escurecer os dentes.

Em criança ou adolescente usou aparelho nos dentes? Catarina Padinha. Não, tive bastante sorte pelo facto de nunca ter precisado.

Já me disseram que tenho um sorriso muito bonito, mas acho que o mais relevante foi dizerem-me que é um sorriso sincero

De que forma ter um sorriso bonito e uma boa higiene oral é importante na sua profissão? Catarina Padinha. Nesta área profissional, uma das principais ferramentas é a imagem, de modo que é necessário ter particular atenção e cuidado com ela, o que inclui manter uma apresentação saudável e uma boa higiene oral. Qual foi o maior elogio que já ouviu ao seu sorriso? Catarina Padinha. Já me disseram que tenho um sorriso muito bonito, mas acho que o mais relevante foi dizerem-me que é um sorriso sincero. Qual é o sorriso que não a deixa indiferente? Catarina Padinha. Um sorriso sincero e honesto, que seja genuinamente amável.

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Ponto de vista

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Paulo Palma Professor auxiliar convidado da Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Presidente da Comissão Organizadora da XXIV Reunião Anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra.

A reunião de Coimbra pretende consolidar-se no panorama formativo nacional A Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra irá, uma vez mais, levar a cabo a sua Reunião Anual de Medicina Dentária e Estomatologia, cuja XXIV edição vai decorrer entre os dias 16 e 18 do próximo mês de abril. Este evento pretende consolidar-se no panorama formativo nacional, dando continuidade ao que de melhor se fez em organizações anteriores. Assim, em resultado da qualidade e do rigor muitas vezes reconhecidos, contamos com uma numerosa participação, tanto de estudantes como de médicos dentistas e estomatologistas. Do programa científico constam um vasto conjunto de conferencistas de renome nas mais diversas áreas, cursos e work shops, repartidos quer pelas instalações da Área de Medicina Dentária quer pelo Centro de Eventos Bissaya Barreto, em Bencanta (Coimbra).

Quanto à derradeira jornada desta reunião anual, merece particular destaque a realização de um fórum multidisciplinar de resolução de casos complexos com reconhecidos oradores nacionais e, neste contexto, a relevante participação do Professor Júlio César Joly, que é Do programa científico constam uma referência nas áreas da periodontoloum vasto conjunto de conferencistas gia e da implantologia estética.

de renome nas mais diversas áreas, cursos e workshops, repartidos quer pelas instalações da Área de Medicina Dentária quer pelo Centro de Eventos Bissaya Barreto

O primeiro dia da reunião será exclusivamente preenchido por cursos e workshops, com um número de inscrições limitado, a cargo dos docentes das várias valências do Mestrado Inte grado em Medicina Dentária. Será seguramente uma oportunidade a não perder para adquirir conceitos fundamentais na desejável melhoria clínica. O dia 17 contará com os contributos da doutora Tábata Álvarez Muro, com vasta experiência na abordagem pulpar em dentição temporária; do Professor Doutor Peter Murray, referência internacional no âmbito dos procedimentos endodônticos

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regenerativos, que se apresenta em Portugal pela primeira vez; do Professor Leandro Pereira, da Universidade São Leopoldo Mandic, que fará uma abordagem aos temas “Diagnóstico e tratamento dos seus próprios insucessos endodônticos” e “Utilização do microscópio e ultrassons na prática clínica”, bem como de vários outros ilustres palestrantes nacionais nas áreas da cirurgia oral, da medicina oral e da dor orofacial.

Nas restantes salas decorrerão conferências subordinadas às áreas da medicina dentária preventiva, da ortodontia, da periodontologia e do laser, bem como um curso para assistentes de Medicina Dentária.

De sublinhar ainda o convite para participar nas Olimpíadas de Medicina Dentária, visando a apresentação de trabalhos científicos (prazo e normas disponíveis em www.ramdec.fmed.uc.pt). Dos trabalhos submetidos serão selecionados os melhores de cada categoria (casos clínicos, revisão e investigação) para concurso à atribuição do Prémio Professor Doutor João Luís Maló de Abreu. Contamos com a vossa presença e empenho na XXIV Reunião Anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra.


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Calendário de cursos

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CIRURGIA

Curso de cirurgia piezoelétrica

Curso de cirurgia reconstrutiva

A Euroteknika Ibéria tem programada para este ano uma série de cursos com a colaboração de oradores de renome. Um deles é dedicado à cirurgia piezoelétrica com lentes de precisão e conta com Martín Gotusso como orientador. O programa será ministrado, ao longo do ano, nas seguintes datas e cidades ou regiões espanholas: Madrid (27 deste mês), Valência (17 de abril), Málaga (19 de junho), Asturias (25 de setembro), Santiago de Compostela (23 de outubro) e San Sebastián (13 de novembro).

Ao abrigo do seu programa anual de formação contínua, a Euroteknika Ibéria agendou para os próximos dias 10 de abril e 20 de novembro, em Madrid, uma ação de formação dedicada à temática “Cirurgia reconstrutiva: atrofia maxilar parcial após perda de implantes”. Neste curso serão apresentadas atrofias maxilomandibulares e a sua reconstrução mediante auto-enxerto ósseo da zona retromolar mandibular. As sessões cirúrgicas serão transmitidas em direto.

Euroteknika. (0034) 931 516 273 - euroteknika@euroteknika.es - www.euroteknika.es

Euroteknika. (0034) 931 516 273 - euroteknika@euroteknika.es - www.euroteknika.es

ENDODONTIA

ESTÉTICA

Curso superior de endodontia integral

Programa de formação multidisciplinar

A Clínica Fabra, com sede em Valência (Espanha), realiza uma nova edição do curso superior de formação contínua em endodontia Hipólito Fabra Campos. integral, ministrado por Hipólito Fabra Campos. Eis os próximos módulos do programa: • 3. Traumatologia e hidróxido de cálcio; 27 e 28 deste mês. • 4. Recompilação clínica; 17 e 18 de abril. • 5. Últimos avanços sobre compósitos e adesivos empregues na clínica diária; 15 e 16 de maio.

O curso dedicado à temática “Facetas estratificadas versus maquilhadas”, ministrado pelo técnico Oleg Blashikov, vai realizar-se nos dias 8 e 9 de maio Oleg Blashikov. nas instalações da DSL - Dental Solutions Lab, com sede em Vila Nova de Gaia. Os participantes terão acesso a diversas técnicas com IPS e.max Press, as pastilhas da inovadora cerâmica de vidro de dissilicato de lítio para a tecnologia de injeção, que proporcionam uma precisão de ajuste, uma função e uma estética próprias, assim como uma resistência de 400 MPa.

Clínica Fabra. (0034) 963 944 640 - hfabra@infomed.es - www.infomed.es/hfabra

ESTÉTICA

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CIRURGIA

Ivoclar Vivadent. (0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.com

IMPLANTOLOGIA

Título de especialista em estética dentária

Título de especialista em cirurgia e prótese sobre implantes

A CEOdont (Grupo Ceosa) celebra uma nova edição deste curso, de acordo com o seguinte programa: • 1. Cirurgia periodontal básica; 12 e 13 de junho. • 2. Cirurgia plástica periodontal; 10 e 11 de julho. • 3. Cirurgia mucogengival e estética; 11 e 12 de setembro. • 4. Restauração com compósitos I; 23 e 24 de outubro. • 5. Restauração com compósitos II; 27 e 28 de novembro. • 6. Capas de porcelana I; de 21 a 23 de janeiro de 2016. • 7. Capas de porcelana II; de 25 a 27 de fevereiro de 2016. • 8. Coroas de recobrimento total; 1 e 2 de abril de 2016. • 8. Curso teórico-prático na Universidade de Nova Iorque; junho de 2016.

A CEOdont (Grupo Ceosa) inicia no próximo mês de abril uma nova edição deste curso, orientado por Mariano Sanz Alonso e José de Rábago Vega, com a colaboração de Bertil Friberg. O programa consta dos seguintes módulos: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento; de 9 a 11 de abril.• 2. Cirurgia sobre implantes; de 14 a 16 de maio. • 3. Prótese sobre implantes; de 4 a 6 de junho. • 4. Curso sobre cadáveres e cirurgia e prótese em casos complexos; de 2 a 4 de julho. • 5. Curso clínico-prático com pacientes (opcional); data a combinar.

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

MAXILLARIS MARÇO 2015


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Calendário de cursos ANÚNCIOS CLASSIFICADOS Divulgue a sua oferta a mais de 6.000 profissionais do setor

VÁRIOS

Cursos de fim de dia da OMD

Preços Imobiliária e Equipamento* Oferta de emprego

A Ordem dos Médicos Dentistas prossegue com o seu calendário de formação contínua, ao abrigo do qual está prevista a realização, a curto prazo, de uma série de cursos de fim de dia. No dia 30 deste mês vai decorrer, em Leiria, um curso de ortodontia intercetiva, orientado por Alexandra Vinagre. No dia 6 de abril será a vez de Cristina Trigo Cabral fazer, em Vila Real, uma nova abordagem do tratamento periodontal. Coimbra acolherá, no dia 4 de maio, um curso sobre biópsia na cavidade oral, ministrado por Otília Adelina Pereira Lopes.

MEDIDA

PREÇO

3,5 x 3,5 cm (1 mód.) 7,5 x 3,5 cm (2 mód.) 11,8 x 3,5 cm (3 mód.) 7,5 x 7 cm (4 mód.)

20 € 30 € 60 € 80 €

* Para compra e venda entre particulares. A redação da MAXILLARIS reserva-se o direito de adaptar o texto ao espaço do anúncio.

OMD. 226 197 690 - www.omd.pt

VÁRIOS

Preço Especial PEDIDO DE EMPREGO 3,5 x 3,5 cm (1 módulo)

Técnicas de enchimento facial com ácido hialurónico

apenas 12 €

A CEOdont (Grupo Ceosa) organiza nos próximos dias 29 e 30 de maio, em Madrid, um curso de tratamento com técnicas de enchimento facial. Este curso dará aos participantes a capacidade de diagnosticarem e oferecerem aos pacientes os distintos tratamentos e uma variedade de possibilidades a nível facial básico. O programa do curso abordará detalhadamente as diferentes técnicas, a documentação necessária e os requisitos, entre outros temas. Estão previstas práticas tanto em máscara como em paciente (cada aluno deverá levar o seu próprio paciente).

Prazo próxima edição: dia 23 de março (número de abril 2015)

CEOdont (Grupo Ceosa). (0034) 915 530 880 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com

VÁRIOS

Escolha o seu espaço e envie-nos por:

Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS A Ortocervera organiza este curso, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), que transmite formação personalizada para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. Este curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado.

fax: 218 874 085

correio: Av. Almirante Reis, 18 3º Dto. Rtg. 1150-017 Lisboa

email: portugal@maxillaris.com

Dados:

Ortocervera. (0034) 915 541 029 - www.ortocervera.com

MAXILLARIS MARÇO 2015

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Nome, apelido, morada e nº contribuinte (ou sociedade e nº de pessoa colectiva).

Texto do anúncio a publicar e tamanho pretendido.

Copia do depósito ou transferência bancária realizada em nome de CYAN EDITORES, S.L., pelo valor da opção escolhida, para a seguinte conta corrente: Banco Popular Portugal, 0046-0021-00670006954-18


Calendário de cursos

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ORTODONTIA

IMPLANTOLOGIA

Blocos modulares em implantologia oral

Especialista em ortodontia funcional, aparatologia fixa e autoligado

No âmbito do programa de formação que delineou para o corrente ano, a Euroteknika Ibéria organiza a partir deste mês, em Santo Domingo (República Dominicana), uma série de blocos modulares em implantologia clínica. Durante a residência clínica, os participantes terão a oportunidade colocar entre 15 e 20 implantes Naturactis em pacientes reais. Os próximos blocos vão decorrer de 7 a 14 de junho e de 4 a 10 de outubro deste ano.

A Ortocervera organiza uma nova edição deste curso, composto pelos seguintes módulos: • 1. Cefalometria e meios de diagnóstico; de 26 a 28 deste mês. • 2. Estudo da classe I; de 23 a 25 de abril. • 3. Cimentado e biomecânica; de 21 a 23 de maio. • 4. Estudo da classe II; de 18 a 20 de junho. • 5. Estudo da classe III; de 9 a 11 de julho. • 6. Diagnóstico atual e introdução ao autoligado estético; de 10 a 12 de setembro. • 7. Biomecânica avançada multidisciplinar; de 15 a 17 de outubro. • 8. Incluídos, agenesias, reabsorções e ortodontia em pacientes periodontais; de 5 a 7 de novembro.

Euroteknika. (0034) 931 516 273 - euroteknika@euroteknika.es - www.euroteknika.es

Ortocervera. (0034) 915 541 029 - www.ortocervera.com

VÁRIOS

PERIODONTIA

Cursos práticos de periodontia

Jornadas BTI

O Instituto Casan tem em marcha um novo ciclo de cursos práticos de periodontia, que decorre na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Ciências Médicas de Villa Clara, em Cuba, sob a orientação de Mitdray Corrales Álvarez, chefe do Serviço de Periodontia da referida faculdade cubana. Os participantes poderão realizar cirurgias periodontais ressectivas e regenerativas para o tratamento de bolsas periodontais, vestibuloplastias, usar biomateriais em periodontia e proceder a alongamentos coronários, etc.

O Biotechnology Institute (BTI) organiza ao longo do ano uma série de jornadas formativas, sob o lema "BTI, cada dia mais perto", que vão decorrer no centro de formação da empresa, em Victoria (Espanha). O objetivo é apresentar as novidades em investigação e as últimas técnicas e produtos desenvolvidos a partir das mesmas. Ao abrigo deste programa de formação contínua, estão agendadas as seguintes temáticas: • Técnicas avançadas em cirurgia; 22 e 23 de maio. • Técnicas avançadas em prótese; 3 e 4 de julho. • Iniciação a uma implantologia previsível; de 14 a 18 de setembro.

Instituto Casan. (0034) 918 586 594 - info@institutocasan.net

BTI. www.bti-biotechnologyinstitute.com/es/formacion

VÁRIOS

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VÁRIOS

Jornadas de formação Douromed 2015

Pós-graduação em clínica integrada de Medicina Dentária

A Douromed, juntamente com a AB Implantes, vai realizar umas jornadas de formação que consistem em seis cursos teórico-práticos em áreas distintas da Medicina Dentária: estética dentária, branqueamento dentário, endodontia me canizada, implantologia, facetas indiretas e um curso para assistentes dentários. As próximas jornadas vão decorrer este mês nas seguintes cidades: Porto (dias 13 e 14), Olhão (dias 19 e 20) e Lisboa (dias 20 e 21). Com esta iniciativa, pretende-se que os formandos ganhem novos conhecimentos, que lhes permitam assegurar mais opções e novas soluções aos seus pacientes, bem como uma nova abordagem para os tratamentos de rotina.

A Faculdade de Medicina Dentária da Univer sidade de Lisboa (FMDUL) inicia este mês um curso de pós-graduação em clínica integrada de Medicina Dentária, que se prolongará até fevereiro de 2016. Esta formação visa o aperfeiçoamento da prática clínica generalista, a integração das competências adquiridas nas diversas áreas da Medicina Dentária, sob ambiente tutelado, bem como a formação de profissionais em matéria de planeamento, discussão e resolução de casos clínicos de diferentes complexidades, e ainda a aquisição de conhecimentos para o tratamento multidisciplinar das doenças da cavidade oral.

Douromed. 224 152 279 - formacaodouromed@gmail.com - www.douromed.com

FMDUL. 217 922 631 - www.fmd.ulisboa.pt

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Congressos e reuniões

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I Congresso de disfunção temporomandibular e dor orofacial

35º congresso da SPEMD agendado para outubro

Congresso anual da OMD regressa a Lisboa

A Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SPDOF) associou-se ao serviço de cirurgia maxilofacial do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra na organização do primeiro congresso de disfunção temporomandibular e dor orofacial, que vai decorrer de 14 a 16 de maio, em Coimbra. Este evento pretende ilustrar uma abordagem multidisciplinar da dor orofacial com a presença de palestrantes de renome nacional e internacional em diversas especialidades médicas. O público alvo serão os profissionais das se guintes áreas: Medicina Dentária, cirurgia maxilofacial, estomatologia e medicina geral e familiar.

A 35ª edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai ter lugar nos dias 9 e 10 de outubro, no Centro de Congressos do Lagoas Park, em Oeiras (Lisboa). A comissão organizadora do encontro deste ano, presidida por Bruno Seabra, antecipa um programa ambicioso e abrangente que incluirá, para além da componente científica e de formação, aspetos relacionados com a gestão, o marketing e a saúde dos profissionais. Esta edição contará, de novo, com a participação de todos os intervenientes do setor dentário.

O 25º congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) já tem data marcada: celebra-se de 12 a 14 do próximo mês de novembro. O maior certame da área da saúde em Portugal regressa este ano a Lisboa com um renovado programa de excelência científica. Estão já confirmadas as presenças de alguns dos mais prestigiados médicos dentistas internacionais, nomeadamente os italianos Maurizio Tonetti, Mauro Merli e Marco Mozzati, os brasileiros Reinaldo Missaka, Sidney Kina e Ewerton Nocchi, os norte-americanos Dan Bills e German Gallucci, e o espanhol Oscar Martín.

www.spemd.pt

www.omd.pt

www.spdof.pt

Universidade de Coimbra prepara reunião de Medicina Dentária

ISCSEM organiza 23ª edição das jornadas internacionais

4ª edição da Expoorto-Expooral vai ter lugar em Madrid

A Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra prepara a XXIV reunião anual de Medicina Dentária e Estomatologia, que decorrerá entre os dias 3 e 5 do próximo mês de abril, no Auditório Bissaia Barreto, localizado no Campus do Conhecimento e da Cidadania daquela instituição de ensino superior. A história, tradição e sucesso deste congresso, com uma média de 600 participantes e 50 conferencistas nos últimos anos, convertem-no num evento de referência a nível nacional. A comissão organizadora da edição deste ano é presidida por Paulo Palma.

A 23ª edição das jornadas internacionais de Medicina Dentária do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM) vai ter lugar nos dias 20 e 21 deste mês, no Campus Universitário desta instituição de ensino, com sede no Monte da Caparica. Este evento de carácter científico reúne anualmente nomes sonantes da área da saúde oral, numa enriquecedora troca de conhecimentos entre estudantes, antigos alunos, professores, médicos dentistas e outros profissionais. Para além de um prestigiado rol de palestrantes nacionais e estrangeiros, o programa das jornadas inclui cursos e workshops, bem como apresentações de pósteres e co municações livres.

www.uc.pt/fmuc/ramdec

www.egasmoniz.com.pt

A quarta edição da Expoorto-Expooral vai decorrer nos próximos dias 10 e 11 de abril, em Madrid (Espanha). À semelhança das edições anteriores, a comissão organizadora realizará um encontro onde as companhias de equipamentos e produtos dentários dispõem da plataforma ideal para apresentarem as últimas novidades do setor. Este congresso multidisciplinar, com periodicidade bienal, abrange uma série de temáticas relacionadas com a situação atual do mercado, onde as novas tecnologias assumem especial protagonismo. O encontro contará com renomados profissionais espanhóis e estrangeiros, bem como um programa de interesse tanto para clínicos experientes como para aqueles que estão a iniciar o seu percurso profissional. www.expoorto.com

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Congressos e reuniões XV Congresso da APHO celebra-se em Lisboa

Jornadas de Medicina Dentária na Universidade Fernando Pessoa

A décima quinta edição do Congresso da Associação Portuguesa de Higienistas Orais (APHO) vai ter lugar nos próximos dias 10 e 11 de abril, num hotel de Lisboa. Este evento, que se realiza anualmente, tem como objetivo promover e atualizar a formação dos higienistas orais e desta forma contribuir para o desenvolvimento profissional contínuo desta classe. Pretende ainda ser um espaço privilegiado de partilha e parceria entre higienistas orais e outros profissionais de saúde. Este ano o congresso será realizado pela primeira vez em exclusivo pela APHO e contará com a presença de mais de 200 higienistas orais.

A 14ª edição das Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa está agendada para os dias 25 e 26 deste mês. Esta iniciativa vai decorrer no auditório da referida instituição de ensino superior, com sede no Porto, sob a organização da associação de estudantes do curso de Medicina Dentária. Durante dois dias, alunos, professores e profissionais especializados em diversas áreas vão debater alguns dos temas que marcam a atualidade do setor dentário. www.ufp.pt

www.apho.pt

Congresso anual da SPO vai ter lugar em outubro

36ª edição da IDS realiza-se este mês

A 22ª edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Ortodontia (SPO) vai decorrer entre os dias 7 e 10 de outubro, na região do Douro. Subordinado ao tema “Ortodontia estética: arquitetando sorrisos”, o programa científico desta edição do encontro da SPO antecipa a participação de vários oradores nacionais e internacionais de renome, nomeadamente Reginaldo Trevisi Zanelato, Luís Lapa Bessa, Sérgio Ter çarolli e David Sanz.

A 36ª edição da exposição dentária internacional (IDS) de Colónia (Alemanha) vai realizar-se entre os dias 10 e 14 deste mês. Os participantes daquele que é considerado o maior evento mundial da indústria dentária poderão conhecer os últimos progressos e as principais novidades dos mais variados campos da Medicina Dentária. A última edição da IDS, celebrada em 2013, contou com a presença de mais de 2.000 expositores oriundos de 56 países e cerca de 125.000 visitantes de 149 nacionalidades.

www.sportodontia.pt

www.ids-cologne.de

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ND Congresos mar15_Maquetación 1 03/03/15 16:45 Página 60

Congressos e reuniões Congresso GAC 21st - Ibéria agendado para este mês

BioHorizons Global Symposium 2015

A DENTSPLY GAC agendou para os dias 20 e 21 deste mês, em Madrid, o congresso GAC 21st- Ibéria, cujo programa se centrará nas últimas novidades clínicas do setor da ortodontia e na partilha de uma visão empresarial do mercado dentário, entre outras temáticas. O objetivo deste evento internacional, que vai decorrer na sede do Colégio de Arquitetos da capital espanhola, é reforçar a formação contínua com vista a preparar os profissionais para os novos desafios da Medicina Dentária.

A BioHorizons celebrará o seu Global Symposium 2015 de 16 a 18 de abril, em Los Angeles (EUA). Serão abordados os temas mais recentes sobre implantes dentários, incluindo a odontologia digital, a carga imediata, a estética, a recuperação de tecidos e as complicações dos implantes. Os participantes poderão desfrutar de um ambiente de aprendizagem que os irá manter atualizados e lhes proporcionará um espaço dinâmico para trocarem im pressões com outros profissionais do setor e partilharem ideias e experiências.

www.dentsplygac.eu www.biohorizons.com

Londres acolhe em junho 8º congresso Europerio

SPODF celebra reunião anual na Figueira da Foz

A oitava edição do maior congresso mundial de periodontia e implantes (Europerio) vai ter lugar entre os dias 3 e 6 do próximo mês de junho, em Londres (Reino Unido). O encontro contará com cerca de 8.500 participantes e mais de 120 empresas expositoras. A Federação Europeia de Periodontia, que organiza este evento, antecipa um programa científico com mais de uma centena de oradores internacionais de renome, que vão divulgar as últimas inovações e investigações nesta área, bem como ministrar cursos no âmbito da cirurgia muco-gingival, da regeneração periodontal, da estética em implantologia, da periimplantite e da halitose, entre outros temas.

A 28ª edição da reunião científica anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial (SPODF) vai ter lugar nos dias 23 a 25 do próximo mês de abril, num hotel da Figueira da Foz. A comissão organizadora deste encontro, presidida pela médica dentista Sónia Alves, está a preparar um programa científico e clínico de particular importância e impacto, que prevê a presença de prestigiados oradores nacionais e internacionais e a abordagem de tópicos que refletem o principal tema do congresso: “Ortodontia na atualidade: o que é realmente novo?”.

www.efp.org

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www.spodf2015.com


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Novidades da indústria

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Brackets cosméticos ClearVu

Blocos pré-coloridos Anatomic Coloured 800 844 040 - www.tportho.com

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(0039) 0474 066 660 - www.zirkonzahn.com

A TP Orthodontics lançou os brackets cosméticos ClearVu, a mais recente adição à sua vasta gama de soluções estéticas. Com os brackets cosméticos ClearVu, a marca junta um modelo clínico de confiança à sua tecnologia personalizada de equilíbrio de cor para oferecer um bracket cerâmico que vai ao encontro das necessidades dos pacientes sem comprometer os planos de tratamento. Esta tecnologia (Personalized Color-Matching Technology), apenas disponível na TP Orthodontics, produz propriedades ópticas que permitem que os brackets cosméticos ClearVu se fundam praticamente com qualquer tom dentário, sendo mesmo indetetáveis em fotografias. O material cerâmico anti-coloração assegura uma aparência esteticamente agradável durante todo o tratamento. Uma característica que claramente diferencia os brackets cosméticos ClearVu é a sua base de polímero patenteada. O material de polímero flexível fornece uma barreira de proteção entre o bracket cerâmico e o esmalte, tornando a descolagem segura e confortável para os doentes.

Com Anatomic Coloured, o novo material de alta qualidade em zircónio, a Zirkonzahn conseguiu uma inovação que aumenta ainda mais a rentabilidade do laboratório dentário. Os blocos Anatomic Coloured estão disponíveis já pré-coloridos em diversas tonalidades. Uma particularidade deste novo produto é a sua coloração homogénea, o que significa que os corantes já são adicionados ao pó de zircónio nas primeiras fases da produção. Anatomic Coloured está disponível em 16 cores da escala de cores Vita e pode ser caracterizado com ICE Zirkon Malfarben, ICE Zirkon Malfarben Prettau e ICE Zirkon Malfarben 3D by Enrico Steger. Tem um vasto leque de indicações, desde coroas individuais até pontes completas de 14 elementos. Também se podem realizar trabalhos anatómicos completos, uma vez que o material cumpre os mais altos requisitos estéticos, mesmo sem o revestimento em cerâmica.

Novas pastilhas IPS e.max Press MT

Equipamento dentário Arco disponível em três versões (0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.com

800 203 879 - www.dentaleader.com

A Ivoclar Vivadent apresenta as pastilhas monocromáticas IPS e.max Press MT, indicadas para a técnica de injeção. Este material consiste na comprovada cerâmica de vidro de disilicato de lítio, a qual se caracteriza por uma resistência à flexão de 400 MPa. As pastilhas MT foram concebidas a pensar nas restaurações que requerem uma translucidez maior que as pastilhas LT (baixa translucidez) e um brilho superior que as HT (alta translucidez), bem como nas restaurações com a técnica de maquilhagem e cut-back. Devido à sua translucidez média, as pastilhas MT recomendam-se para as seguintes restaurações: capas oclusais (table tops), capas finas, coroas, coroas parciais e pontes de três unidades (até ao segundo pré-molar como pilar terminal). As pastilhas IPS e.max Press MT estão disponíveis em dois tamanhos e nas seguintes cores: B1, BL 2, BL 3, BL 4, A1, A2 e A3.

A Dentaleader ampliou o seu catálogo de produtos de aparatologia dentária com a inclusão das novas versões do equipamento dentário Arco, fabricado pela Fedesa. Este equipamento, que é distribuído em exclusivo pela Dentaleader, apresenta a tecnologia mais recente e uma linha apelativa e atual, com cadeira de deslocamento vertical de tipo eletromecânico. Esta unidade de tratamento oferece várias possibilidades de configuração, disponível nas versões ST, Pro e Premium, a sua versão mais completa. A gama Arco oferece detalhes singulares como os apoios de pés em borracha para uma maior higiene, a opção de estofo viscoelástico injetado sem costuras para um maior conforto, o micromotor electrónico de indução para uma maior precisão no trabalho, um grupo hídrico que permite aspiração com sistema húmido e seco, ou o candeeiro de iluminação por led com movimento orbital para melhorar a visão sem interferir com os instrumentos ou movimentos do operador. As três versões são fornecidas com sistema de mangueiras em “colibri”, montado sobre braço articulado e compensado mediante pistão de gás.

MAXILLARIS MARÇO 2015


Equipamento de laser de tecnologia avançada

Novidades da indústria

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Novo material de moldeira Affinis Heavy Body 229 377 749 - sinusmax@sinusmax.com

A Sinusmax lançou em Portugal o novo equipamento de laser da Litemedics. Trata-se de um equipamento de laser diodo de tecnologia avançada, de utilização simples e programas pré-definidos muito intuitivos. Com 980 nm de frequência e 12 W, o novo equipamento constitui um imprescindível aliado do médico dentista, com aplicação em várias áreas clínicas: periodontologia, cirurgia, implantologia, endodontia, assim como branqueamento, coagulação e todo o tipo de terapias por bioestimulação laser. Oferece inúmeros benefícios ao médico e ao paciente.

(0034) 916 386 492 - www.coltene.com

O novo material de moldeira Affinis Heavy Body Black Edition da Coltene consegue, em combinação com Affinis Precious dourada e prateada (Regular Body e Light Body), uma visão e legibilidade insuperáveis de todos os detalhes de uma impressão. Entre as suas características, destacam-se o contraste exclusivo de cor que proporciona uma excelente visão. Affinis Precious, com a sua exclusiva pigmentação dourada e prateada, reduz drasticamente o efeito de dispersão de luz, aumentando e melhorando a perceção visual de todos os detalhes.

MAXILLARIS MARÇO 2015

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Novidades da indústria

ND Novidades mar15_Maquetación 1 04/03/15 14:01 Página 64

Blocos IPS e.max Cad para Zenotec

Novo equipamento de fresagem DWK-4W (0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.com

IPS e.max Cad são blocos de cerâmica de vidro de dissilicato de lítio para a técnica de Cad-Cam. O bloco pode processar-se facilmente com um equipamento Cad-Cam, e agora também está indicado para ser fresado na Zenotec Select Hybrid da Wieland, equipada com a nova função de fresado húmido. A resistência do material no seu estado intermédio de fresado é de ≤ 130 MPa. O processo de cristalização que se segue provoca uma transformação na micro-estrutura, através da qual os cristais de dissilicato de lítio aumentam de forma controlada. As propriedades físicas finais, tais como a resistência de ≤ 360 Mpa e as correspondentes propriedades óticas, alcançam-se através da transformação da micro-estrutura. Estão disponíveis em três graus de translucidez (HT, LT e MO) e em três tamanhos (C14, C16 e B32). Os utilizadores podem selecionar o bloco apropriado de acordo com as necessidades específicas do paciente e a técnica preferida (maquilhagem, cut-back ou estratificação).

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229 392 380 - www.rolandeasyshape.com

A Roland DG Corporation apresenta a sua nova fresadora odontológica a húmido, a DWX-4W. A recente introdução do software Cad-Cam, de fresadoras CNC e de novos materiais de restauração veio revolucionar a produção de próteses dentárias, incluindo coroas, coifas e pontes. Um dos materiais de restauração mais populares é a vitrocerâmica de dissilicato de lítio, cada vez mais popular junto de clínicas dentárias e pacientes, devido à sua dureza superior e qualidades estéticas. A Roland desenvolveu a fresadora DWX-4W especialmente para satisfazer as necessidades deste crescente mercado. Ao disponibilizar um dispositivo capaz de realizar fresagem a húmido de uma grande variedade de materiais com fiável precisão, a Roland DG pretende complementar a sua atual oferta de fresadoras convencionais a seco.

Biblioteca Multimédia

MAXILLARIS MARÇO 2015

Preço: 75 € cada DVD

Faça o seu pedido através do tel.: 218 874 085 ou no nosso site: www.maxillaris.com.pt

Em l espanho


Roland DG apresenta as suas soluções digitais no salão IDS

Ivoclar Vivadent publica manuais sobre próteses removíveis

Os visitantes do salão IDS, que vai decorrer em Colónia (Alemanha) de 10 a 14 deste mês, vão poder conhecer em primeira mão as soluções completas de fresado digital aberto da Roland DG, através de 15 sócios e distribuidores sob a chancela da Roland, no Hall 3.1 (stands L030 e M039) do recinto de feiras daquela cidade alemã. A marca apresentará as suas soluções para laboratórios dentários de pequena e média dimensão, que necessitam deste tipo de soluções para a elaboração de próteses. Estão previstas demonstrações das unidades de fresado Roland em combinação com scanners, fornos de sinterizado, software e uma vasta gama de materiais fresáveis para mostrar a versatilidade e compatibilidade dos mecanizados.

A Ivoclar Vivadent lançou novos manuais para a fabricação de próteses removíveis. Nesta nova edição os procedimentos clínicos e técnicos são explicados em detalhe e de forma mais orientada para a prática. Um dos manuais cobre a etapa do laboratório ao passo que o outro centra-se no procedimento clínico. Esta combinação entre os dois manuais garante uma prótese biofuncional, estética e duradoura. Os capítulos foram bem estruturados por especialistas e poderão orientar mesmo os recém chegados a este campo, através dos processos de fabricação de próteses dentárias removíveis funcionais.

229 392 380 - www.rolandeasyshape.com

(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es

3M Espe celebra em Valência IV Simposium Espertise

AB Dental organiza eventos em Dublin e Londres

A 3M, através da sua área especializada em saúde oral (Espe), realizou nos passados dias 20 e 21 de fevereiro, na Faculdade de Medicina e Odontologia de Valência (Espanha), o IV Simposium Espertise, onde se apresentaram as soluções mais inovadoras no campo da Medicina Dentária. Durante o simpósio abordaram-se temas como as técnicas de reabilitação oral com mini-implantes, a fotografia dentária e a estética dentária, entre muitos outros. Esta edição contou com oradores de renome do país vizinho e de outras nacionalidades, nomeadamente Fernando Autrán, Esther Ruiz Castañeda, Ronaldo Hirata, Óscar González, Arnold Weisgold, Luís Bouceiro, Fernando Rey, Javier Cremades e Federico Ferraris.

A AB Dental vai ter uma participação particularmente ativa no próximo congresso Europério, que se realizará em Londres (Inglaterra) de 3 a 6 de junho, tendo em vista que o chefe do conselho científico da empresa, Zvi Schwartz, é um dos académicos de renome que fará uma intervenção no evento. O referido orador vai apresentar, no dia 5 de junho, as últimas pesquisas sobre impressões de implantes em 3D e implantes personalizados. Na semana anterior ao Europério, Dublin (Irlanda) acolherá o congresso anual da AB Dental, agendado para os dias 29 de maio a 3 de junho. A marca tem à disposição dois pacotes exclusivos para os profissionais interessados em participar nestes eventos.

213 134 606 - www.3m.pt

220 927 540 / 410 - info@abimplantes.com

Clínica dentária em Vila Franca de Xira

cede quota

Clínica dentária cumprindo as exigências da ERS, fundada em 1960, em Vila Franca de Xira, cede quota por motivo de reforma do diretor clínico e sócio fundador. Contacto: clinicasoares@gmail.com

Página empresarial

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Bien-Air lança novas promoções A Bien-Air tem em marcha, desde fevereiro e até ao final do próximo mês de abril, as primeiras promoções de 2015, que abrangem uma vasta gama de turbinas, para além dos contra-ângulos 1.1 e 1.5. A peça manual para cirurgia e os kits de motor e contra-ângulo são outros produtos incluídos nesta promoção de primavera, onde se destacam os motores de implantes e o aparelho de restauração e endodontia IOptima (com CA 8.1). A empresa disponibiliza aos profissionais do setor prospetos com toda a informação sobre as promoções em curso. (0034) 934 253 040 - www.bienair.com

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Página empresarial

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Oral-B celebra em Madrid seminário científico

Dentaleader apresenta o seu novo logotipo

A Oral-B celebrou no passado dia 30 de janeiro, em Madrid, um seminário científico que atraiu mais de 500 médicos dentistas e higienistas orais do país vizinho. Os participantes conheceram em primeira mão as grandes vantagens das escovas elétricas oscilantes-rotaMariano Sanz durante a sua intervenção. cionais na remoção da placa. As conferências proferidas por Mariano Sanz, professor catedrático de Periodontia da Universidade Complutense de Madrid, e José Nart, diretor do departamento de Periodontia da Universidade Internacional da Catalunha, abordaram a prevenção e os hábitos de vida saudáveis como forma de manter uma boa saúde oral e a manutenção dos implantes como meio para evitar as doenças periimplantares.

A Dentaleader apresentou no passado mês de fevereiro o seu novo logótipo. Após a atualização do sítio na internet, a identidade global da empresa conhece também um grande avanço, no sentido de projetar a nova realidade do setor. Assim, dá-se início a uma nova identidade corporativa, que se desenvolverá ao longo do corrente ano, de forma gradual, em todas as atividades da empresa. A Dentaleader transforma a sua imagem para dar maior peso aos seus valores de marca e para reforçar a sua posição como referência no setor e fornecedor de serviços integrais para o médico dentista. A empresa renova também o seu compromisso permanente no sentido de oferecer a mais completa e competitiva gama de produtos e soluções, incentivando o profissional a permanecer fiel à sua filosofia.

707 502 013 - www.oralb.pt

800 203 976 - www.dentaleader.com

Novo sistema Astra Tech acolhido com êxito

Biotech Dental investe na tecnologia Cad-Cam

A DENTSPLY Implants continua a introduzir o Astra Tech Implant System EV, que está a ser bem acolhido pelos profissionais do setor. O novo sistema desenvolveu-se de forma a facilitar o trabalho diário, sem comprometer o resultado clínico. O seu desenho baseia-se na dentição natural, colocando o enfoque da coroa à raiz, específico para cada localização, suportado por um protocolo cirúrgico intuitivo e um fluxo de trabalho protético simples. O sistema permite solucionar todos os casos de edentulismo, mesmo os mais exigentes. Por outro lado, apresenta uma única posição em boca dos pilares Atlantis, específicos para cada paciente, o que facilita a fase de restauração.

A Biotech Dental prossegue com a sua estratégia de expansão e anuncia a incorporação ao grupo da sociedade espanhola Z-Tech, especializada em tecnologia Cad-Cam e no desenho e na fabricação de peças protésicas à medida, compatíveis com as mais reconhecidas marcas de implantes para reabilitações unitárias e coletivas. A partir de agora, estes conhecimentos especializados em prótese vão juntar-se à experiência industrial do grupo Biotech Dental, em particular no que respeita à fusão ativia, com o objetivo de completar a oferta existente proposta pela Z-tech e adequar-se à tendência e às técnicas atuais.

www.dentsplyimplants.es

www.biotech-implants.pt

Bredent Medical exibe na IDS as suas novas soluções

BTI lança edição digital interativa

A Bredent Medical centrará a sua presença na próxima edição da IDS, que se realiza em Colónia (Alemanha) nos dias 10 a 14 deste mês, no campo da restauração imediata. Entre as mais recentes soluções da marca nesta área, destaca-se o tratamento Sky Fast & Uma das novidades da marca é a solução Sky Fast & Fixed Therapy. Fixed Therapy, especialmente pensado para as necessidades das pessoas mais idosas com mandíbulas desdentadas. Os visitantes da IDS 2015 terão ainda a oportunidade de descobrir outras inovações na área da restauração imediata, que estarão disponíveis num futuro próximo. A marca convida os profissionais do setor a visitar o seu stand (11.1; Hall B10) na feira de Colónia.

A BTI apresenta a edição digital interativa do livro “Periimplantite: um novo enfoque à prevenção e seu tratamento”, da autoria de Eduardo Anitua. Tal como a sua edição impressa, este ebook tem como objetivo transferir para o clínico os novos protocolos de atuação perante uma patologia cada vez mais habitual como é o caso da periimplantite. Esta versão digital interativa inclui conteúdo extra em forma de animações, comentários do autor em formato áudio e galerias de imagens. Disponível em espanhol e inglês, o livro pode ser adquirido através da iTunes Store.

www.bredent.com

www.bti-biotechnologyinstitute.com

MAXILLARIS MARÇO 2015


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