ND Port BIG_Maquetación 1 04/03/14 15:49 Página 1
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Crónica
Especial Expodental, Madrid
Rastreio e deteção do cancro oral iniciam-se este mês
• Inclui informação útil para percorrer facilmente a exposição • Falamos com María J. Sánchez, diretora da Expodental
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Simesp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Sinusmax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
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TP Orthodontics . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 • Periodicidade bimestral.
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Sumário
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Administradores: - Marisol Martín. marisol.martin@maxillaris.com - José Antonio Moyano. moyano@maxillaris.com
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Diretor: Miguel Ángel Cañizares. canizares@maxillaris.com Subdiretor: Julián Delgado. julian.delgado@maxillaris.com Diretora Comercial: Verónica Chichón. publicidad@maxillaris.com Chefe Divisão Multimédia: Roberto San Miguel. webmaster@maxillaris.com
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Cerca de 110.000 profissionais participaram no 32º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo.
Especial Expodental 2014 10
Expodental espera cerca de 22.000 visitantes para conhecerem as novidades de mais de 250 empresas.
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Falamos com María José Sánchez, diretora da Expodental. Empresas em destaque na Expodental.
Falamos com... 36
Chefe Departamento Gráfico: M. Ángeles Barrero. maquetacion@maxillaris.com Redatores: María Santos e Diego Ibáñez. redaccion@maxillaris.com
Rastreio e deteção do cancro oral iniciam-se este mês.
Maria João Ponces, presidente da Comissão Organizadora da 26ª Reunião Científica da SPODF: “Esta reunião científica vai ajudar a fomentar uma nova visão da ortodontia multidisciplinar”.
Ponto de vista 42
Susana Noronha, presidente da Comissão Organizadora da Reunião Anual da SPPI: “Motivos para não faltar a reunião anual da SPPI”.
Ciência e prática 44
Mafalda Nemésio: “Recobrimento radicular: fatores-chave para o sucesso clínico”.
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Diana Valente: “Aumento de volume gengival: da etiologia ao tratamento”.
Cadernos formativos 68
Pedro Braga: ”Avulsão dentária em idades de crescimento: opções protéticas”.
Calendário de cursos 74
Agenda de cursos para os profissionais do setor.
Congressos e reuniões 77
Calendário de congressos, simpósios, jornadas, encontros e exposições industriais nacionais e estrangeiras.
Novidades da indústria 80
Produtos e equipamentos.
Página empresarial 82
Notícias de empresas.
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Crónica
Cronica marzo PT_Maquetación 1 04/03/14 15:14 Página 6
Bastonário dedica doutoramento honoris causa à Medicina Dentária portuguesa A Universidade do Porto atribuiu, no passado mês de janeiro, ao médico dentista e bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), Orlando Monteiro da Silva, o título de doutor honoris causa, numa homenagem que o doutorando dedicou aos que contribuíram para que a população portuguesa tivesse consciência da importância da saúde oral. "É uma homenagem à Medicina Dentária portuguesa e a todos os que contribuíram para que a população portuguesa tivesse consciência da importância da saúde oral na saúde em geral e na qualidade de vida das pessoas", afirmou. A proposta em si, por iniciativa dos professores catedráticos Afonso Pinhão Ferreira e António Felino, diretor da Orlando Monteiro da Silva durante o seu discurso na Universidade do Porto. Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e presidente do Conselho Científico, respetivamente, é encarada pelo bastonário como um “marco adicional de enorme significado e com a maior relevância para o desenvolvimento e a consolidação da Medicina Dentária". Monteiro da Silva considera que se trata do "reconhecimento, mais do que justo, do percurso de muitos na afirmação da Medicina Dentária", tendo encontrado na sua pessoa o destinatário, “eventualmente, melhor colocado para o efeito". "Não se pode, no entanto, deixar de dar visibilidade a políticas de educação, prevenção e tratamento através do Programa Nacional da Saúde Oral, do Governo transato e do atual, bem como de programas regionais, articulados com a OMD, que contribuíram decisivamente para a melhoria dos índices de saúde oral das populações, ajudando em poucos anos a aproximar Portugal da média dos países da União Europeia e da OCDE", sublinhou.
OMD assinala Dia Mundial da Saúde Oral A Ordem dos Médicos Dentistas, em parceria com a Direcção Geral da Saúde, o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares, celebra o Dia Mundial da Saúde Oral no dia 20 deste mês, no Centro Cultural de Belém (Lisboa). O tema deste ano será "Celebrando sorrisos saudáveis". No âmbito desta iniciativa, a OMD decidiu instituir o concurso “Faça lá um poema na Ordem”, destinado a médicos dentistas, em que os poemas premiados serão lidos durante a celebração do Dia Mundial da Saúde Oral. Nesta parceria estão incluídas a celebração do Dia Mundial da Poesia, que se celebra a 21 de março, e a Semana Nacional de Leitura, que decorre de 17 a 21 deste mês e que inclui algumas atividades relacionadas com o lançamento da segunda versão do projecto SOBE (saúde oral/bibliotecas escolares).
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Crónica
Cronica marzo PT_Maquetación 1 05/03/14 16:37 Página 7
Rastreio e deteção do cancro oral iniciam-se este mês O rastreio ao cancro oral, um dos mais prevalentes em Portugal, vai avançar até ao final deste mês. De acordo com a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), há uma plataforma informática de contacto com os médicos de família e um conjunto de médicos dentistas que estará envolvido neste processo, de modo a cobrir geograficamente todo o país. Os médicos de família irão encaminhar os casos suspeitos para os médicos dentistas que depois realizarão uma biopsia para confirmar a doença. Para o bastonário Orlando Monteiro da Silva, os médicos dentistas estão “favoravelmente posicionados” para a deteção precoce deste cancro, a qual assume uma “extrema importância” nesta doença, tendo em consideração que o tratamento dos tumores da cavidade oral diagnosticados atempadamente apresenta taxas de sucesso muito elevadas. A plataforma a utilizar neste programa será a mesma do cheque dentista, embora a população alvo seja “totalmente diferente”, adianta Orlando Monteiro da Silva. A população vai ser rastreada pelos médicos de família e depois encaminhada para os médicos dentistas que irão proceder ao diagnóstico através de uma biopsia e posterior encaminhamento em meio hospitalar”.
A população vai ser rastreada pelos médicos de família e depois encaminhada para os médicos dentistas. Foto: Dr. Germán Esparza.
De acordo com o projeto de intervenção precoce no cancro oral, sob a tutela do Ministério da Saúde, o valor do cheque-diagnóstico é de 15 euros sendo o valor do cheque-biópsia de 50 euros. O número de cheques a atribuir por utente, no âmbito deste programa, é de dois cheques-diagnóstico e de dois cheques-biópsia por ano.
Orlando Monteiro da Silva reeleito presidente do CNOP O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas foi reeleito por unanimidade para um segundo mandato de três anos como presidente do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP). Orlando Monteiro da Silva realça que o acompanhamento do processo de revisão dos estatutos das diversas ordens profissionais “continuará a ter prioridade máxima”. Para o bastonário da OMD, é necessário assegurar que aspetos essenciais contidos na lei-quadro das ordens “sejam clarificados nas propostas de revisão em curso e, nesta matéria, é essencial assegurar a autonomia das ordens no que respeita aos aspetos relativos à representação dos profissionais e regulação das respetivas profissões”. O presidente reeleito considera importante que os vários ministérios façam avançar de forma coordenada, respeitando a especificidade de cada Ordem, o novo regime jurídico de criação, organização e funcionamento das associações públicas profissionais, porque as alterações vão provocar mudanças assinaláveis no funcionamento das 16 ordens profissionais que representam mais de 300 mil profissionais qualificados. A planificação da formação de profissionais qualificados, o desemprego e o subemprego, a emigração dos jovens profissionais e a alocação dos recursos financeiros dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento Portugal 2020 são igualmente matérias de acompanhamento do CNOP.
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Conselho dos Jovens Médicos Dentistas preocupado com subemprego e emigração A atual situação profissional dos médicos dentistas mais jovens foi o principal tema de discussão da última reunião do Conselho dos Jovens Médicos Dentistas (CJMD), que decorreu, em Lisboa, no passado dia 1 de fevereiro. Os médicos dentistas mais jovens confrontam-se com situações precárias de subemprego que, por vezes, só encontram saída na emigração destes profissionais altamente qualificados. Esta situação é ainda mais grave quando se sabe que a Medicina Dentária é o curso prégrado mais dispendioso para o Estado. A reunião contou com a participação do bastonário, Orlando Monteiro da Silva, a quem foram transmitidas as preocupações do CJMD.
Orlando Monteiro da Silva (à esquerda) ouviu as preocupações dos jovens dentistas.
Na reunião foi ainda referida a importância do inquérito profissional que é realizado pela OMD e a necessidade deste ir cada vez mais ao encontro das novas realidades profissionais do setor dentário.
Associação Mundo a Sorrir reforça cooperação com Cabo Verde A médica dentista e coordenadora do Departamento Internacional da associação Mundo a Sorrir, Mariana Dolores, visitou recentemente Cabo Verde para estreitar contatos com parceiros locais. O Ministério da Administração Interna daquele país africano de expressão portuguesa, que apoia financeiramente o projeto, e o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, destacam a importância de intervenções deste tipo, tendo oferecido apoio governamental. As fundações cabo-verdianas Donana e Ficasse, bem como a Dele gacia de Saúde, já manifestaram o seu interesse em aderir ao projeto, que conta com o apoio da Fundação Portugal África.
Mariana Dolores, coordenadora do Departamento Internacional da Mundo a Sorrir, e Samory Araújo, assessor do Ministério da Administração Interna de Cabo Verde.
Na região do Mindelo foram realizadas parcerias com várias instituições locais, nomeadamente a Aldeia SOS. No período máximo de seis meses a clínica social do Mindelo deve estar em pleno funcionamento e pronta para receber os voluntários da Mundo a Sorrir. As voluntárias Ana Esperança e Cláudia Martinho estão no terreno a desenvolver atividades preventivas e no passado dia 23 de fevereiro juntaram-se a este grupo Sofia Lopes e Marta Sequeira para realizarem tratamentos dentários.
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Cerca de 110.000 profissionais participaram no 32º Congresso Internacional de São Paulo O 32º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), no Brasil, teve lugar entre os dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro com uma adesão próxima dos 110.000 visitantes. O certame decorreu, uma vez mais, em três pavilhões do complexo Expo Center Norte, de São Paulo, onde cerca de 190 expositores brasileiros e mais de 70 estrangeiros (oriundos de 17 países) apresentaram as últimas novidades da indústria dentária. Ao longo de quatro dias, o programa científico do 32º CIOSP somou um total de 300 horas de cursos, workshops, fóruns e sessões hands on. Segundo o presidente da comissão organizadora do congresso, Wilson Chediek, “os benefícios que oferece um encontro desta dimensão são muitos, já que todos os envolvidos direta ou indiretamente com a Medicina Dentária tiveram acesso a tudo o que há de novo em termos de técnicas, materiais e investigação científica”. Por seu lado, o coordenador do programa científico, Andre Callegari, destacou que os profissionais e os estudantes do setor “tiveram oportunidade de atualizar o seu conhecimento técnico e científico com os melhores profissionais de cada segmento da Medicina Dentária”. Esta edição do CIOSP também apresentou novidades dirigidas aos técnicos dentários. Além dos temas relacionados com a investigação científica e a indústria, foram abordadas matérias como a biosegurança, as políticas públicas de prevenção da cárie e o tratamento odontológico.
O certame decorreu no complexo Expo Center Norte de São Paulo.
A organização dividiu o programa científico em diferentes módulos, de acordo com os temas envolvidos, tais como “A beleza do sorriso”, “Terapias de integração e complementares”, “Osteointegração e manipulação de tecidos”, “Da imagem à execução”, “Recursos humanos” e “Gestão e marketing”, entre outras. Mais de 230 especialistas em diferentes áreas da Medicina Dentária, brasileiros e de outros países, ministraram os mais variados cursos nos 13 auditórios do Cerca de 190 expositores brasileiros e mais de 70 estrangeiros Expo Center Norte e na sede central da apresentaram as últimas novidades da indústria. Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), onde tiveram lugar workshops e sessões presenciais durante os quatro dias que durou o congresso. “Todas as especialidades estiveram muito bem representadas, apoiando-se em conteúdos sólidos e atualizados”, sublinhou Andre Callegari. Para o presidente da APCD, Adriano Forghieri, o “sucesso absoluto do 32º CIOSP reflete o bom momento do setor dentário brasileiro”. O 33º CIOSP já tem data confirmada: vai realizar-se de 22 a 25 de janeiro de 2015.
A edição deste ano registou uma adesão próxima dos 110.000 visitantes.
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Expodental espera cerca de 22.000 visitantes para conhecerem as novidades de mais de 250 empresas O Salão Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços Dentários (Expodental), que abrirá as suas portas entre os dias 13 e 15 deste mês nos pavilhões 7 e 9 da Feira de Madrid, atingiu a ocupação total do espaço disponível, de acordo com a organização do certame. Com cerca de 22.000 visitantes previstos, a Expodental 2014 quer converter-se, uma vez mais, em uma das melhores mostras da indústria dentária internacional e ser o grande ponto de encontro entre os profissionais e as empresas do setor. Está confirmada, de resto, a participação de mais de 250 companhias espanholas e estrangeiras. Ifema, que organiza o certame com o apoio da Federação Espanhola de Empresas de Tecnologia Sanitária (Fenin), considera “uma notícia extraordinária” constatar que a feira mantém o mesmo nível de ocupação das anteriores edições, tendo em consideração que muitos outros setores tiveram que anular as suas feiras ou reduzi-las de forma significativa. En 2012, o certame recebeu 22.336 visitantes (número que representou um crescimento del 7,6% relativamente a 2010) e 284 expositores diretos (mais 10,5%). A participação estrangeira também foi Aspeto da última edição da feira de Madrid, realizada em 2012. importante, com um aumento de 6% do número de visitantes (oriundos de 59 países), e mais 31,2% de companhias (originárias de 16 nacionalidades). Na edição deste ano juntam-se ao painel de expositores mais de 40 empresas novas e esperam-se cerca de quatro dezenas de representações estrangeiras, na sua maioria alemãs e italianas.
Mais de 250 empresas espanholas e estrangeiras têm o seu espaço reservado na próxima edição da Expodental.
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Especial Expodental
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A Expodental volta a pôr em marcha iniciativas que tiveram bom acolhimento em anteriores edições. Uma delas prende-se com os espaços spea kers´ corners, que estarão à disposição das empresas expositoras, um em cada pavilhão, para que apresentem as suas novidades e avanços nestes dois últimos anos, bem como os produtos mais inovadores que levam ao salão. Cada expositor interessado dispõe de 35 minutos para dar a conhecer as suas novidades a um auditório de cerca de 40 pessoas.
A MAXILLARIS aproveitará a sua presença no certame (stand 7N06) para divulgar o novo DVD interativo “Caso clínicos de Medicina Oral”, de Germán Esparza.
Outra novidade é a existência de uma app para dispositivos móveis que facilitará a visita à exposição, já que inclui mapas e guias, assim como a possibilidade de estabelecer encontros e reuniões. Também se oferecerá um programa de lazer muito completo, com a intenção de que os visitantes possam desfrutar de descontos e promoções especiais em lojas e restaurantes.
Plano do recinto feiral e parques de estacionamento
Por outro lado, a organização volta a dedicar uma jornada aos estudantes (primeiro dia da exposição), para fomentar a adesão à Expodental dos futuros profissionais do setor. Desta forma, a organização dará acesso gratuito (através do site www.expodental.ifema.es) aos alunos dos últimos anos do curso de Medicina Dentária que desejem conhecer as novidades da indústria. Neste âmbito, durante a jornada inaugural da Expodental, os expositores proporcionarão informação específica para os estudantes. Como habitualmente, a MAXILLARIS (stand 7N06) marcará presença nesta edição da Expodental, onde distribuirá exemplares das suas edições espanhola e portuguesa, assim como do Anuário de Implantes Dentários (em língua espanhola). Esta revista aproveitará o certame para apresentar o seu novo DVD interativo “Casos clínicos de Medicina Oral”, de Germán Esparza, que estará disponível na feira a um preço especial de 70 euros. Por cada uma das vendas, um euro destina-se ao Banco de Alimentos de Burgos, entidade com a qual a MAXILLARIS tem um acordo de colaboração que consiste em doar um euro de cada publicidade contratada na revista.
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Falamos coM... María José Sánchez, diretora da Expodental 2014
Visitar a Expodental é um imperativo para os profissionais que não queiram ficar desfasados MAXILLARIS MARÇO 2014
Especial Expodental
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O Salão Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços Dentários (Expodental) celebra a sua décima terceira edição entre os días 13 e 15 deste mês, nos pavilhões 7 e 9 da Feira de Madrid (Ifema). Organizado com a colaboração da Federação Espanhola de Empresas de Tecnologia Sanitária (Fenin), o certame espera manter a adesão registada na edição de 2012, ano em que alcançou mais de 22.000 visitantes. María José Sánchez, responsável pela organização da Expodental desde 2010, considera, de resto, que a feira já atingiu o seu patamar mais elevado. Por outro lado, revela que o mercado português assume uma posição de destaque no processo de internacionalização do segundo maior evento europeu da indústria dentária.
Este ano a exposição volta a realizar-se nos pavilhões 7 e 9 da Feira de Madrid, tal como sucedeu em 2012. Que superfície contratada espera alcançar e quais são as suas previsões quanto ao número de expositores? Contamos situar-nos em torno dos 16.000 metros quadrados, ou seja, a mesma área que foi ocupada em 2012, e temos confirmado um número de expositores acima dos 250. Não observámos grandes variações de contratação por parte das empresas. O conjunto do setor continua a apostar na Expodental e além disso é uma motivação muito estável no tempo. A feira tem feito um esforço importante para atrair visitantes. Que resultados espera obter? Acreditamos que iremos manter os níveis da edição anterior, próximos dos 22.000 profissionais. É certo que, neste momento, há uma contenção em matéria de investimentos, mas a Expodental oferece a plataforma necessária para que os profissionais se mantenham ao corrente das novidades tecnológicas e dos avanços científicos. O visitante da Expodental é muito profissional e entendemos que, por isso mesmo, não deixará de aderir à feira. Visitar a Expodental é um imperativo para os profissionais que não queiram ficar desfasados. Em relação aos visitantes, a organização vai manter a iniciativa do dia do estudante no primeiro dia do certame? Efetivamente, é uma medida que se mantém. Através de acordos com as universidades de Madrid, conseguimos que a visita à feira se assuma como uma atividade mais do ensino, sobretudo para os alunos dos últimos anos do curso de Medicina Dentária. As universidades têm interesse em que os seus estudantes conheçam as novidades do mercado e as próprias empresas querem chegar a quem representa o futuro da profissão. O esforço que a indústria faz para estar na Expodental não se traduz apenas em vendas diretas, mas também na sua imagem.
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Especial Expodental
ND Hablamos_Maquetación 1 04/03/14 13:33 Página 14
Falamos com... Além do dia do estudante, também está previsto um speaker corner em cada pavilhão. Que outras novidades estão programadas? Desenvolvemos uma aplicação para Concentramo-nos sobretudo em facilitar a visita à feira, que inclui Portugal, pela sua proximidade e tradição. mapas e guias, assim como a possibilidade de estabelecer encontros e Os dados demonstram que os profissionais reuniões. Também vamos proporcionar um programa de ócio muito comdeste país têm um interesse real pleto. Embora este último corresponda a em visitar a Expodental uma iniciativa da Ifema já em vigor, a Expodental só irá estreá-la nesta edição. A nossa intenção é reforçar as visitas dos profissionais, proporcionando-lhes descontos ou promoções especiais em lojas e em restaurantes. Os visitantes que aderem à feira querem conhecer as novidades da indústria, mas também aproveitam para marcarem encontros e reuniões informais. Além da habitual presença de Portugal, em que outros países se concentra a aposta para potenciar a internacionalização da feira? Concentramo-nos sobretudo em Portugal, pela sua proximidade e tradição. Os dados demonstram que os profissionais deste país têm um interesse real em visitar a Expodental. Além disso, fazemos muita promoção do certame em França e Itália, já que para os profissionais destes países é relativamente fácil deslocarem-se a Madrid. A Expodental tem a força suficiente para fazer uma carreira internacional. Na Europa, depois da IDS, não há outra feira tão forte como esta. Em cada edição tentamos contar com mais expositores estrangeiros e há sempre novidades neste contexto. Qual é o ponto da situação relativamente aos preços da superfície de exposição e ao desenho dos stands? Os preços estão congelados há seis anos, ou seja, há três edições. É algo que entendemos que deve ser assim, porque o momento económico atual o exige. Acreditamos que as empresas estão a favor desta medida. Por outro lado, continuamos a oferecer descontos nos casos de pronto pagamento. Quanto ao desenho dos stands, a nossa política é muito clara: as empresas têm liberdade para seguir um ou outro modelo. Não influimos nesse aspeto, embora a tendência internacional em certames deste tipo – muito centrados nos profissionais – esteja claramente virada para as mon tagens modulares, de modo a que o produto possa assumir o protagonismo da feira. Não me parece despropositado que a Expodental possa, num futuro próximo, aderir a esta tendência; seria uma decisão lógica.
María José Sánchez assumiu a direção da Expodental em 2010.
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Especial Expodental
800 834 062 acesurgical@henryschein.pt www.henryschein.pt
stand: 7E04
Infinity Implant System O sistema de implantes Infinity permite colocar os implantes com a mesma confiança que os profissionais têm nos seus sistemas. Assim, os clínicos dispõem de flexibilidade para usar o seu atual kit cirúrgico para colocar e restaurar os implantes Infinity. A diferença com o implante Infinity é o preço (desde 85 euros). Trata-se de implantes compatíveis com as mais importantes marcas do mercado. ACE Surgical oferece uma ampla linha de implantes compatíveis: Infinity External Hex, sistema de conexão de hexágono externo; Infinity Internal Hex, sistema de conexão de hexágono interno; Infinity TriCAM, sistema de conexão trilobe; e Infinity Octagon, sistema de conexão de octágono interno.
NuOss: matriz mineral de osso bovino NuOss é uma matriz mineral de osso bovino produzida por remoção de todos os componentes orgânicos do osso. É física e quimicamente comparável à matriz mineral do osso humano, já que possui uma estrutura macro e microscópica semelhante. A arquitetura trabecular com interconetividade nos macro e microporos permite o melhor desenvolvimento e crescimento vascular, otimizando o crescimento de osso novo. NuOss é recomendada nas seguintes aplicações: aumento do rebordo alveolar, preenchimento de defeitos ósseos periodontais, preenchimento de sítios de extração, elevação do piso do seio maxilar e preenchimento de defeitos periimplantares em conjunção com produtos de regeneração tissular guiada (GBR).
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Fichas 2014_Maquetación 1 04/03/14 15:56 Página 18
Especial Expodental
(0034) 937 154 520 marketing@es.acteongroup.com www.es.acteongroup.com
stand: 9G15 e 9G17
Enxerto BS1 Rounded para cirurgia A Satelec aumentou a sua gama de enxertos para cirurgia com uma nova ferramenta para corte ósseo, o BS1 Rounded, que com os seus 40 mm de comprimento permite realizar osteotomias ou osteoplastias precisas e sem esforço. A sua forma arredondada oferece uma superfície ativa de 280º e produz um corte rápido, mesmo em osso muito denso. Adapta-se a qualquer modelo dos geradores piezoelétricos Piezotome Solo Led, Piezotome 2 e ImplantCenter 2, e é mais eficiente trabalhando no modo D1 (o mais potente) e com uma irrigação mínima de 60 ml/min. O seu campo de aplicação é realmente muito extenso: cirurgia maxilofacial, otorrinolaringologia, cirurgias Lefort, reconstrução facial, etc. A Satelec oferece mais de 30 enxertos distintos para cirurgia óssea, elevação do seio por via lateral ou crestal (intralift), expansão da cresta e extração do alargamento de coroas. Uma grande versatilidade para equipamentos potentes e fiáveis.
Newtron P5: nova gama de ultrassons A Satelec comercializa uma nova gama de geradores de ultrassons Newtron P5, que substitui a anterior e consta de cinco referências: Newtron Booster, Newtron P5, Newtron P5 B.Led (peça de mão com dois anéis de led, um com luz azul e outro com luz branca), Newtron P5XS B.Led e Newtron P5XS B.Led Bluetooth. Este último pode ser controlado a partir de um smartphone ou de um tablet através da aplicação específica P5XS, que faz com que o equipamento se ajuste automaticamente aos níveis de potência e irrigação recomendados de acordo com o enxerto selecionado. Além disso, o seu depósito de irrigação combina perfeitamente com o Flag for Bled, um revelador de placa bacteriana por fluorescência para visualizar e tratar simultaneamente a placa. O Flag pode aplicar-se diretamente nos dentes com a ajuda de um pincel ou diluir-se no depósito de irrigação das unidades Newtron P5 XS Bled.
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Especial Expodental
00 800 45 67 76 54 marco.fonseca@carestream.com www.carestreamdental.com/pt/en-GB
stand: 9E08
Exploração de impressões com sistemas CBCT A Carestream Dental habilitou os seus sistemas de tomografia computarizada de feixe cónico (CBCT) para digitalizar as impressões convencionais com o fim de completar as restaurações na própria consulta, através da nova função de exploração de im pressões. Esta função pode utilizar-se com um sistema CBCT da Carestream Dental (por exemplo, o CS 9000 3D ou o CS 9300) como uma solução independente ou como parte da completa gama de produtos CS para restaurações Cad-Cam. A gama de produtos CS Solutions oferece ao profissional de Medicina Dentária a capacidade de explorar, desenhar, fresar e colocar uma restauração numa única consulta. Uma vez instalados os controladores de aquisição e uma ferramenta de conversão STL, pode utilizar-se o CS 9000 3D ou o CS 9300 para explorar, de forma rápida e precisa, as impressões convencionais com o fim de criar modelos 3D com uma resolução média de 30 µm.
Sistema ultracompacto CS 8100 O CS 8100, galardoado com o prémio Red Dot ao melhor desenho de produto em 2013, apresenta-se como um sistema de radiografia panorâmica digital ultracompacto. Com as suas dimensões compactas, o CS 8100 pode colocar-se em praticamente qualquer clínica, inclusive no espaço mais reduzido. Além de ter um aspeto elegante, o seu desenho permite instalar a unidade em menos de 20 minutos. O CS 8100 tem um desenho aberto e um suporte do paciente transparente, que oferece maior comodidade para o paciente e o operador. O posicionamento “cara a cara” permite ao profissional manter um contacto visual direto com o paciente durante o processo e garante o posicionamento correto. Com este equipamento é possível obter imagens panorâmicas de grande detalhe e contraste. O sistema oferece um conjunto completo de programas de imagens para satisfazer as necessidades habituais das clínicas. 20
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Especial Expodental
800 201 192 schmidt@casa-schmidt.es www.casa-schmidt.com
stand: 9E06
Nova linha de produtos Schmidt Clean Com uma experiência no setor dentário de mais de 90 anos, a Casa Schmidt procura levar a todos os profissionais do setor da Medicina Dentária segurança e confiança, valores que só podem ser transmitidos com a certeza de que se distribui sempre os melhores produtos. De resto, a empresa é a primeira a exigir qualidade: todos e cada um dos departamentos que a compõem passam por rigorosos controlos através de auditorias anuais. O desenvolvimento da Schmidt Clean é mais um exemplo do forte apoio da Casa Schmidt a todos os médicos dentistas, através de uma nova linha de produtos de limpeza e desinfeção para clínicas dentárias. A Schmidt Clean dispõe de certificações internacionais e aprovações de diferentes fabricantes de instrumental, que garantem a ausência total de aldeídos e derivados nas suas formulações. Com a Schmidt Clean, até o médico dentista mais exigente vai estar seguro de que estará a oferecer a máxima proteção aos seus pacientes, a toda a equipa clínica e aos seus equipamentos. Schmidt Clean é sinónimo de limpeza e desinfeção de confiança.
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Especial Expodental
(0034) 916 386 492 marta.romero@coltene.com www.coltene.com
stand: 7B25
Componeer: capas pré-fabricadas Coltene apresenta Componeer, um sistema de capas pré-fabricadas num compósito nanohíbrido e muito resistente. Combina as características das restaurações diretas de compósitos e as capas pré-fabricadas. O novo sistema direto Componeer amplia o leque de possibilidades de tratamento, o que abre novas opções tanto para os pacientes como para os profissionais. Com uma única sessão, é possível conseguir que o paciente desfrute de um sorriso estético e natural.
Limas HyFlex As limas HyFlex CM (Control Memory), fabricadas com uma liga de níquel e titânio (NiTi), produzem-se mediante um proceso que permite controlar a memória do instrumento; apesar de serem muito flexíveis, carecem deste efeito. Podem pré-curvar-se de maneira semelhante às de aço inoxidável, o que permite seguir de forma exata a anatomía dos canais curvos. Reduz o risco de degraus, deformações e perfurações. As limas HyFlex CM NiTi respondem ao excesso de resistência associado à espiral, o que evita o congestionamento do instrumento e, portanto, incrementa a resistência à fractura. Esta deformação é reversível de forma rápida: introduz-se a lima durante três ou quatro segundos num esterilizador de bolas, ou num ciclo do autoclave, e volta à sua forma original.
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Especial Expodental
(0034) 937 183 335 durrdental@durrdental.com www.durrdental.com
stand: 7F04 y 7G10
Tornado T2 com cobertura insonora O Tornado T2, da Dürr Dental, é um compressor com secador de membrana e dois cilindros que proporciona ar comprimido às mais exigentes aplicações odontológicas. O dispositivo conta com uma cobertura insonora que o torna extremamente silencioso (nível sonoro de 55 dB). Equipado com o inovador secador de membrana da Dürr Dental, o compressor tem outra grande característica: a disponibilidade de potência contínua, dado que o processo de secagem se baseia na difusão através de capas de fibras de membrana e não é necessária a regeneração do processo de secagem convencional. O secador de membrana permite criar ar comprimido seco constante, com um ponto de condensação à pressão de entre 5° e 40° de temperatura ambiente, que evita que em condições normais se forme condensação na tubagem. Dispõe também de um filtro estéril opcional que evita qualquer contaminação adicional provocada por micro-organismos.
VistaScan Mini View O novo leitor de placas VistaScan Mini View com ecrã tátil para formatos intraorais, graças à sua cómoda interface de utilização, oferece um manejo intuitivo e fácil tanto com a mão como com ajuda de um ponteiro. Além disso, proporciona numerosas informações que ajudam ao fluxo de trabalho. VistaScan Mini View trabalha também de forma autónoma e como solução móvel, já que as imágens podem guardar-se na memória interna para transmiti-las depois à base de dados. O ecrã tátil de 4,3 polgadas oferece uma resolução de 800 × 480 píxeles com 16,7 milhões de cores e possiu uma extraordinária qualidade de imagem. Mediante a pré-visualização da imagem escaneada pode controlar-se rapidamente o resultado da radiografia. Devido a que o processo radiográfico e os formatos de imagem não se diferenciam dos da película analógica, não é necessária uma nova aprendizagem.
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917 222 322 info@implantdirectiberia.pt www.implantdirectiberia.pt
stand: 9D03
Especial Expodental
InterActive: implante de conexão cónica A Implant Direct lança ao mercado o novo implante InterActive de conexão cónica. Estará disponível em 3,2 e 3,7 mm de diâmetro, com plataforma de 3 mm, e 4,3 e 5 mm, com plataforma de 3,4 mm. A conexão cónica e a alteração de plataforma são características que se destacam neste implante, por estarem em conformidade com as últimas tendências do mercado. InterActive é compatível, sob o ponto de vista protésico, com NobelActive. A gama oferece uma grande variedade de componentes protésicos de perfil transgengival côncavo. O implante segue a filosofía All-in-one Packaging, da Implant Direct, ao abrigo da qual a embalagem inclui o implante, a tampa de proteção, a tampa de cicatrização, um pilar definitivo e o revolucionário transportador, que se pode usar como pin de impressão de cubeta fechada, mas com a precisão da técnica de cubeta aberta.
Novo Legacy3 de 6 mm O novo implante Legacy3 de 6 mm já está disponível nos diâmetros de 3,7, 4,2, 4,7 e 5,2 mm. Este implante é indicado em situações de escassa disponibilidade de osso em altura, evitando as possíveis lesões do nervo dentário inferior em casos de atrofia mandibular e permitindo reabilitações minimamente invasivas, sem necessidade de recorrer a enxertos ósseos ou técnicas mais complexas. Apresenta um desenho exclusivo de rosca e uma grande superfície de contacto com o osso. Com este produto, a Implant Direct faz da sua gama Legacy uma das mais completas do mercado, já que conta com implantes de todos os diâmetros, desde o mais largo (7 mm) ao mais estreito (3,2 mm), passando pelas medidas médias (3,7, 4,2, 4,7, 5,2 e 5,7 mm), assim como as longitudes de 6, 8, 10, 11,5, 13 e 16 mm.
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Especial Expodental
707 502 013 portugal@oralbprofesional.com www.oralb.pt
stand: 7F16
Oral-B: limpeza clinicamente provada Com mais de 150 estudos clínicos que demonstram a eficácia das suas escovas recarregáveis e 60 anos de investigação sobre a escovagem para melhorar a eficácia, a delicadeza e o cumprimento dos hábitos de escovagem dos seus pacientes, a Oral-B apresenta na Expodental, de forma antecipada ao setor profissional, a sua tecnologia de escovas recarregáveis mais avançada. A Oral-B também mostrará Oral-B Pro-Expert, um dentífrico comprovado por 20 anos de investigação científica e mais de 12 patentes, 70 estudos científicos e 100 artigos e conferências, no qual se combinam o fluoruro de estanho estabilizado e o hexametafosfato de sódio, uma fórmula exclusiva que demonstrou clinicamente que ajuda a proteger as oito áreas mais relevantes para os dentistas: gengivas, placa, sensibilidade, cáries, halitose, sarro, manchas e erosão do esmalte. No stand poderão conhecer-se igualmente o novo site profissional Dentalcare.com e toda a informação relacionada com a empresa.
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Especial Expodental
(0039) 02 27 40 95 21 info@orisline.com www.orisline.com
stand: 9H18
OrisDent evo OrisDent evo é um software inovador e tecnológico para a gestão eficiente de uma clínica dentária moderna. O seu atrativo desenho permite passar rapidamente de uma secção a outra do programa de uma forma simples, rápida e intuitiva. Está disponível para Windows e Mac, é compatível com os novos ecrãs LCD e garante estabilidade e fiabilidade graças à nova base de dados SQL. A gestão da clínica apoia-se em fichas especializadas de parodontologia, gnatologia, higiene e ortodontia. Ajuda a realizar com precisão diversas tarefas administrativas, tais como a planificação de chamadas e tratamentos, ou o registo contável de prazos e a declaração anual de operações com terceiros. Outras funções inovadoras são a reserva de reuniões on line, a criação de sites ou a agenda eletrónica. OrisDent evo atualiza-se periodicamente e conta com um serviço de assistência em espanhol, inglês e italiano. Pode complementar-se com a línea OrisEduco 3 HD.
OrisEduco 3 HD: comunicação em alta definição O grupo OrisLine apresenta a nova versão do software de comunicação e educação ao paciente OrisEduco 3 HD. O inovador programa acrescenta às animações a precisão da tecnologia de alta definição desde a sala de espera, graças à versão Waiting Room, que permite criar de maneira simples e rápida apresentações personalizadas, e oferece uma ferramenta de grande impacto no paciente através dos vídeos 3D estereoscópicos (com óculos para a visão 3D incluídos no programa). As imágens e os casos clínicos permitem mostrar ao paciente os tratamentos propostos para torná-lo mais consciente dos benefícios e ajudá-lo a tomar decisões, e facilitam a educação em higiene dentária. OrisEduco 3 HD inclui una secção inteiramente dedicada aos tratamentos de estética odontológica e facial, com as técnicas más inovadoras e atuais. A interação com o software de gestão OrisDent evo permite mostrar ao paciente um orçamento gráfico multimédia.
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Especial Expodental
220 995 600 info@phibo.com www.phibo.com
stand: 7D11, 7D12 e 7D13
Sinergia: a solução digital integrada Phibo apresenta Sinergia, a solução digital integrada que permite uma reabilitação mais rápida e precisa. Sinergia é uma das primeiras soluções do mercado que integra todos os interlocutores da rede de valor odontológico para obter um resultado global que maximiza as qualidades de cada um dos elementos. Mediante os processos digitalizados pode evitar-se qualquer tipo de erro e otimizar os recursos e os gastos. Obtêm-se excelentes resultados na reabilitação e oferece-se aos pacientes uma melhor experiência na clínica, com uma redução dos tempos de espera e das incómodas tomas de impressão. Graças a Sinergia é possível conseguir um sorriso perfeito. Os profissionais do setor podem deslocar-se ao stand da Phibo na Expodental para viverem a “Experiência Sinergia”.
1. Sistemas de implantes
5. Dente final
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2. Scanner intraoral 3. Desenho da reabilitação
4. Produção de prótese Cad-Cam
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”
Falamos coM... Maria João Ponces
presidente da Comissão Organizadora da 26ª Reunião Científica da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial (SPODF)
Esta reunião científica vai ajudar a fomentar uma nova visão da ortodontia multidisciplinar
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Falamos com... A 26ª Reunião Científica da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial (SPODF) vai ter lugar em Guimarães, de 3 a 5 de abril, sob o lema “Soluções terapêuticas multidisciplinares”. O tema é abrangente e pretende ser “transversal à ortodontia e às suas áreas complementares”, adianta a médica dentista Maria João Ponces, presidente da comissão organizadora do encontro. Em entrevista à MAXILLARIS, a especialista em ortodontia faz uma antevisão do programa científico deste ano e revela as prioridades dos profissionais que se dedicam a esta vertente da Medicina Dentária. O panorama global do setor é outro tema abordado por Maria João Ponces, que considera que a atual conjuntura sócio-económica “está a ter um impacto nunca antes sentido pela profissão”. Quais são as principais linhas de orientação da 26ª Reunião Científica da SPODF? As comissões organizadora e científica colocaram um grande empenho na escolha dos temas, na estruturação do programa e na seleção dos oradores. É nossa intenção proporcionar uma reunião científica com momentos de debate, confronto de ideias, visões e abordagens clínicas por vezes antagónicas, algumas delas controversas, mas que resultarão certamente em novos conceitos e critérios práticos. Por isso, será dada especial atenção aos diversos tipos de abordagens terapêuticas. Preparámos um congresso de elevado nível e rigor científico, procurando transmitir uma essência multidisciplinar. Não esquecemos, no entanto, as particularidades de diferentes tópicos clínicos, daí estarmos certos de que vamos conseguir aliar as concepções teóricas à prática clínica diária da ortodontia. “Soluções terapêuticas multidisciplinares” é a temática global do encontro deste ano. Como justifica esta escolha? A ligação multidisciplinar, cada vez mais evidente e procurada na nossa área, é determinante para prestar melhor qualidade de serviços e é sempre uma mais valia. Essa interação e cooperação transversal e sinérgica é fonte de progressão profissional. O tema é abrangente e pretende ser transversal à ortodontia e às suas áreas complementares, nomeadamente a periodontologia, a implantologia, a reabilitação e a cirurgia ortognática. Para o efeito, convidámos um painel de oradores de renome nacional e internacional dedicados a estas diferentes áreas, que vão certamente atrair a atenção da generalidade dos médicos dentistas. Efetivamente, o número de pacientes que procuram tratamentos que implicam uma abordagem multidisciplinar é notoriamente crescente. E com o envelhecimento da população, essa será sem dúvida a nossa realidade clínica nos próximos anos. A escolha deste tema tem por objetivo explorar e atualizar novas soluções terapêuticas, alicerçadas em diagnósticos cada vez mais precisos e criteriosos, que a evolução tecnológica vai facultando. No campo da reabilitação oclusal ortodôntica, não abrindo mão dos princípios filosóficos que fundamentam os objetivos de qualquer tratamento, é nossa responsabilidade profissional procurar desenvolver e conhecer sistemas tecnológicos inovadores, mais eficazes e benéficos. Nesse sentido, a escolha dos oradores do curso pré-reunião, Domingo Martín e Íñigo Sada – com o tema “Tratamento interdisciplinar, o futuro da ortodontia” –, vai de encontro precisamente a essa nossa intenção.
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Falamos com... Que oradores nacionais e internacionais já confirmaram a sua presença no Centro Cultural Vila Flor de Guimarães? Já no decorrer da reunião, e para nos apresentar o que de mais atual surge no panorama da periodontologia, contamos com a presença de Giulio Rasperini (Itália). Por sua vez, Cristina Teixeira (Estados Unidos) irá falar-nos de novos conceitos e tecnologias relacionados com princípios biológicos de movimento dentário, resposta óssea e fatores que controlam a velocidade do movimento dentário. Vamos assistir a conferências de eleição que vão abranger um leque variado de temas e que vão ser apresentados pelos oradores que passo a nomear por ordem alfabética: Alberto Canábez (Espanha), Carlos Silva (Porto), Francisco Vale e Sónia Alves (Coimbra), Jorge Dias Lopes (Porto), Julia Baeza (Espanha), Leandro Fernández (Espanha), Luís Jardim (Lisboa), Teresa Alonso e Carlos Mota (Lisboa/Leiria) e Teresa Pinho (Porto). Também salientamos a franca adesão dos colegas participando através de comunicações livres e pósteres. Que novidades vão ser introduzidas no “figurino” da reunião científica? A reunião científica de 2014 vai ajudar a fomentar uma nova visão e abordagem da ortodontia multidisciplinar e, certamente, irá pôr em causa ou, pelo menos, confrontar ideias ou princípios instituídos. Por isso, resolvemos dar um destaque particular a dois conferencistas de topo e de renome internacional que são de áreas complementares à ortodontia e cujo aporte científico representa uma enorme mais-valia. Assim sendo, Giulio Rasperini virá abordar a controvérsia no tratamento de doentes periodontais, dando particular relevo aos procedimentos de regeneração tecidular guiada e ao uso de fatores de crescimento. Já Íñigo Sada abordará aspetos de preponderante importância no manuseamento tecidular nas reabilitações com implantes no setor anterior, em que o resultado estético é de primordial relevância. Deixando de lado o contexto científico, outra alteração ao “figurino” habitual é a localização da reunião deste ano. Ao tentarmos descentralizar, procurámos um destino geograficamente acessível e que garantisse uma reunião com qualidade. E estamos certos que a cidade de Guimarães e o Centro Cultural Vila Flor vão proporcionar uma reunião inesquecível. Quais são as expetativas da organização quanto ao número de congressistas e quanto à adesão das casas comerciais? Espera-se um reforço relativamente às edições anteriores? A escolha do tema deste ano, pela sua pertinência e atualidade, vai certamente chamar muitos colegas a Guimarães. O nosso objetivo em relação a esta edição é cumprir ou ultrapassar as expetativas que a direção da SPODF deposita em cada edição que promove, não só em número de inscrições e número de expositores comerciais, mas primordialmente em termos científicos, alicerçando mais fortemente a sua posição e o seu reconhecimento no panorama nacional. Apesar do contexto sócio-económico que vivemos, a adesão da indústria, surpreendentemente, tem ultrapassado as nossas expetativas e as propos-
É nossa intenção proporcionar uma reunião científica com momentos de debate, confronto de ideias, visões e abordagens clínicas por vezes antagónicas, algumas delas controversas, mas que resultarão certamente em novos conceitos e critérios práticos
tas de submissão de apresentações por parte dos colegas demonstram, desde já, o grande interesse depositado neste evento. Na sua opinião, que papel desempenha hoje esta iniciativa anual da SPODF no contexto dos congressos e reuniões nacionais do setor dentário? A SPODF tem marcado gradualmente o panorama da ortodontia nacional desde 1986. A criação de unidades idóneas de formação pós-graduada em ortodontia, bem como a criação da especialidade pela OMD, representaram impulsos revigorantes importantes no processo evolutivo desta área da Medicina Dentária. As reuniões anuais da SPODF espelham precisamente essa evolução, com a participação, ao longo dos anos, da esmagadora maioria dos ortodontistas de renome mundial. De evidenciar a qualidade científica dos conferencistas e dos trabalhos apresentados no decorrer das diversas edições, o crescente número de participantes e o progressivo interesse da classe na apresentação de comunicações livres e de pósteres. A importância que a indústria deposita neste evento demonstra bem o seu impacto em termos sócio-profissionais. A reunião científica anual da SPODF representa o acontecimento nacional por excelência da área da ortodontia e, ao longo de três dias, proporciona a todos os colegas formação profissional ao mais alto nível. Com as chancelas não só da SPEMD, a conferir acreditação científica, mas também da OMD, a SPODF e a ortodontia portuguesa afirmam a sua qualidade e abertura ao mundo. A SPODF acredita na ortodontia e nos ortodontistas
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Falamos com... nacionais apostando na respetiva capacitação através de uma formação técnico-científica de qualidade e uma aprendizagem constante. Só assim será possível formar profissionais mais capazes e mais conscienciosos, que satisfaçam as necessidades e as expetativas dos pacientes. Estamos certos que este é o caminho que permite não só elevar a qualidade da ortodontia e a satisfação pessoal, mas também ultrapassar com pleno sucesso contextos sócio-económicos menos estimulantes, como aqueles que atualmente atravessamos. Num mercado tão competitivo e em permanente evolução, a postura na profissão e o conhecimento que alicerça a prática são as ferramentas que distinguem o profissional. Como tal, é importante que os colegas não se deixem iludir pelas fortes campanhas comerciais a que estamos permanentemente sujeitos, que divulgam materiais e cursos promovendo o facilitismo e anunciando técnicas simples e rápidas. Presentemente, quais são as principais preocupações dos profissionais especializados em ortodontia? Os profissionais especializados em ortodontia procuram aumentar o conhecimento, melhorar diretivas e técnicas para atingir os objetivos de tratamento, fazendo uma utilização pró-ativa e inovadora da tecnologia e de materiais que a interrelação com a indústria proporcionam. É prioritário o enaltecimento da ortodontia como uma área de conhecimento das ciências da saúde que, entre muitos outros, considera nos seus objetivos interventivos os parâmetros estéticos. Ao contrário do que é manobrado por interesses comerciais, a ortodontia é uma área com um grau significativo de complexidade. Os tratamentos ortodônticos obedecem a princípios biológicos, a diagnósticos criteriosos e abrangentes, a planeamentos com objetivos claramente definidos e que devem proporcionar a excelência nos resultados estéticos faciais e dentários, na funcionalidade adequada, na saúde dos tecidos de suporte e permitir estabilidade a longo prazo. Assim sendo, os princípios basilares biomecânicos, de
diagnóstico e de planeamento em função de objetivos claramente definidos e o domínio técnico dos materiais, são as premissas que deverão fundamentar a orientação da prática da ortodontia. Que apreciação global faz do atual panorama da Medicina Dentária em Portugal? A Medicina Dentária vive momentos complicados. Se, por um lado, temos um mercado com excesso de oferta e em indiscutível pletora, por outro, há um universo de consumidores com uma capacidade económica débil e ensombrado por uma crise económica transversal a toda a Europa. Do ponto de vista da qualidade, estamos a viver um período interessante, com profissionais com um potencial elevado e uma rede de infraestruturas com um nível médio muito bom, fatores que, por si só, re presentam garantias de qualidade acrescida para a população. Mas, por outro lado, temos uma população sentindo cada vez mais dificuldade em conseguir ter acesso aos cuidados de saúde oral. O subemprego e o desemprego atormentam o panorama da Medicina Dentária e, atualmente, somos exportadores de conhecimento, através dos nossos profissionais altamente qualificados. A atual conjuntura sócio-económica está a ter um impacto nunca antes sentido pela profissão. As dificuldades sentidas pelos médicos dentistas manifestam o grave retrocesso na saúde e no acesso à Medicina Dentária, com as inevitáveis consequências para a saúde oral e geral das populações. Portugal tem hoje um nível de Medicina Dentária de topo e é imprescindível que o conhecimento e a capacidade técnica não se percam e continuem a evoluir para patamares superiores. Portanto, este tem que ser um período de grande rigor e
Perfil MARIA JOÃO PONCES é natural de Coimbra e concluiu a licenciatura em Medicina Dentária, em 1990, na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. Especialista em Ortodontia pela Ordem dos Médicos Dentistas, exerce o cargo de professora auxiliar na referida instituição de ensino superior do Porto. À margem da atividade docente, é sócia titular da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial e diplomada pelo Roth-Williams Center for Funcional Occlusion (Chile). Exerce a sua prática clínica (exclusiva de Ortodontia) em Guimarães.
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Falamos com... racionalização. Em todos os setores desta atividade, nomeadamente no exercício clínico e no pedagógico, há que gerir com contenção, procurando não causar prejuízo na qualidade dos serviços prestados. No que respeita ao caso particular da ortodontia, as oscilações profundas na economia afetam de sobremaneira esta atividade e, apesar dos efeitos nefastos da crise ainda não serem tão claramente percetíveis como na Medicina Dentária generalista, mais cedo ou mais tarde generalizar-se-ão. Quanto à ortodontia a nível nacional, considero que nela se esboçam trajetórias divergentes. Se, por um lado, percorre um trajeto ascendente de franco desenvolvimento científico e técnico, por outro, encaminha-se para a estagnação, inércia e degradação na sua vertente profissional. Começam a distanciar-se estas duas realidades. A ligação entre ambas encontra-se no desenvolvimento de conhecimentos que permitem estruturar a prática clínica em objetivos de tratamento claros e delineados, ou seja, uma prática ortodôntica orientada para metas. Apesar destas reflexões, a minha visão da ortodontia nacional é positiva. Cada vez há profissionais mais qualificados e a concorrência, no seu aspeto mais positivo, obriga inevitavelmente a dedicar mais atenção aos pacientes, a prestar-lhes melhores serviços e em melhores condições logísticas. Por este motivo, é inevitável a obrigatoriedade de fazer formação. Relativamente ainda à concorrência – e agora referindo os seus pontos mais negativos –, a nossa realidade confronta-se diariamente com fenómenos de deslealdade profissional. Talvez fosse importante promover uma formação mais específica nas áreas da deontologia e ética aos profissionais da Medicina Dentária, pois em contextos sócio-económicos mais desfavoráveis esses princípios caem muitas vezes no esquecimento. Mesmo num forte quadro de constrangimentos, temos de procurar inovar e proporcionar mais-valias na nossa área. Ao atravessar esta fase menos boa, todos os profissionais que se pautarem por uma atitude de grande dedicação, por permanente preocupação com formação contínua atualizada e por grande rigor ético e deontológico no exercício da profissão, serão aqueles que rapidamente recuperarão os padrões de normalidade, logo que
os mercados derem os primeiros sinais de recuperação económica. Estou certa que quando os pacientes recuperarem o seu poder de aquisição e voltarem em alta aos nossos consultórios, a Medicina Dentária geral e a especialidade de ortodontia estarão mais fortes, mais resilientes e melhor preparadas para proporcionar os tratamentos que os pacientes procuram e merecem.
Talvez fosse importante promover uma formação mais específica nas áreas da deontologia e ética aos profissionais da Medicina Dentária, pois em contextos sócio-económicos mais desfavoráveis esses princípios caem muitas vezes no esquecimento
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Ponto de vista
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Susana Noronha Médica dentista. Presidente da Comissão Organizadora da Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI)
Motivos para não faltar à reunião anual da SPPI A Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI) encontra-se empenhada em levar avante o projeto implementado pela atual direção que assenta em quatro pontos fulcrais: ciência, comunicação, juventude e parcerias científicas. Ao longo dos últimos anos, várias iniciativas têm permitido cumprir o compromisso, nomeadamente, a realização de reuniões científicas, de cursos de fim de dia e de formações para estudantes em universidades portuguesas de Medicina Dentária. Em 2014, a Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes irá ter lugar nos dias 9 e 10 de maio no Hotel Pestana Palace, em Lisboa. Preparámos um programa convidativo, de elevada qualidade científica, com conferencistas de renome internacional nas áreas da periodontologia e da reabilitação com implantes.
Em seguida – e até ao final da manhã – teremos o privilégio de contar novamente com o Sr. Professor Mariano Sanz, que apresentará duas conferências imperdíveis: “O que aprendemos nos últimos 30 anos sobre a etiologia e progressão da periodontite. Quais são as implicações na relação entre a periodontite e as doenças sistémicas?” e “Desde interromper a progressão da periodontite até restaurar a estética e a função nos casos de periodontite severa: abordagem atual no âmbito do tratamento multidisciplinar”. São temas absolutamente atuais, de enorme aplicabilidade prática, fundamentais para o médico dentista.
O período da tarde vai iniciar-se com a apresentação do Sr. Professor Paulo Mascarenhas, da Universidade de Lisboa, intitulada “Tratamento periodontal: compromisso ou solução estética”. Será, certamente, uma conferência exemplar, pois trata-se de um conferencista excecional, que prepara as suas apresentações com um forte conteúdo científico, associado a casos clíniPreparámos um programa convidativo, cos ilustrativos e rigorosamente docude elevada qualidade científica, com conferencistas de renome internacional mentados.
No primeiro dia do evento terá lugar um curso hands-on de Mucograft ministrado pelo Sr. Professor Mariano Sanz, da Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Será, seguramente, nas áreas da periodontologia uma oportunidade a não perder para Terminaremos a reunião em alta, com a e da reabilitação com implantes rever os conceitos de regeneração de presença do Sr. Professor Hessam Nowtecidos moles com a aplicação prática zari, da Universidade da Califórnia do de uma matriz de colagénio como alterSul (EUA), que nos irá, certamente, surnativa aos enxertos autólogos convencionais. Não perca o seu preender com a apresentação: “O que sabemos e o que não lugar neste curso indispensável, ministrado por um dos princisabemos sobre implantes”. pais nomes da periodontologia a nível mundial, sujeito a um número limitado de inscrições. Também pode participar através da apresentação de trabalhos científicos sob o formato de póster (prazo e normas de subO dia 10 de maio não podia começar de melhor forma: vamos missão disponíveis em: www.sppimaio2014.pt.vu). Será atricontar com a presença do Sr. Professor Gil Alcoforado, nome buído um prémio ao melhor póster, com a colaboração da inquestionável da periodontologia em Portugal, que nos irá falar MAXILLARIS, que inclui a publicação do trabalho vencedor numa próxima edição desta revista. de um tema extremamente atual: “Protocolos de colocação e carga imediata de implantes endoósseos”. O seu conhecimento Esperamos contar consigo nestes dois dias dedicados à periocientífico aliado à capacidade de comunicação e experiência dontologia e implantes, certos de que a sua presença em muito profissional criará, sem sombra de dúvida, um dos momentos contribuirá para o sucesso deste evento científico. altos da reunião.
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Recobrimento radicular: fatores-chave para o sucesso clínico
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Ciência e prática : Mafalda Nemésio Médica dentista. Pós-graduada em Periodontologia pelo ISCSEM. Monitora de Periodontologia do ISCSEM. Catarina Izidoro Médica dentista. Pós-graduada em Periodontologia pelo ISCSEM. Assistente de Periodontologia do ISCSEM. José Maria Cardoso Médico dentista. Pós-graduado em Periodontologia pela FMDUL. Especialização em Periodontologia pela FMDUL. Assistente de Periodontologia do ISCSEM. Docente do Curso de Pós-graduação em Periodontologia do ISCSEM. Prática clínica exclusiva em Periodontologia e Implantes. Ricardo Alves Médico dentista. Doutorando em Periodontologia na Universidade de Granada (Espanha). Assistente de Periodontologia do ISCSEM. Docente do Curso de Pós-graduação em Periodontologia do ISCSEM. Prática clínica exclusiva em Periodontologia e Implantes. Lisboa.
Mafalda Nemésio Introdução A recessão gengival, definida como o deslocamento apical da margem gengival em relação à linha amelocimentária, é uma causa frequente de hipersensibilidade dentária e comprometimento estético1. A abordagem periodontal tem como objetivo não só interromper a progressão da recessão, mas também restabelecer uma condição de saúde, função e estética, através do uso de pro-
cedimentos clínicos previsíveis. Deste modo, é importante para o clínico conhecer os vários fatores que podem influenciar o resultado do recobrimento radicular, sejam eles relacionados com o paciente, com o defeito ou com a técnica cirúrgica. Este artigo tem como objetivo a revisão desses fatores, de forma a auxiliar o clínico no processo de planeamento e execução do procedimento cirúrgico, aumentando a previsibilidade deste tipo de tratamento.
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O sucesso do mesmo está, por norma, associado à obtenção de um recobrimento radicular completo, isto é, margem gengival ao nível da junção amelocimentária (JAC) ou ligeiramente coronal, que se traduz num ganho do nível de inserção clínico, na presença de um sulco com profundidade menor ou igual a 3 mm e ausência de hemorragia à sondagem2. Em algumas situações o objetivo pode passar também por um aumento da espessura do tecido periodontal e/ou quantidade de gengiva queratinizada, embora a indicação mais frequente para o recobrimento radicular se relacione com motivos estéticos3,4 (fig. 1). Adicionalmente, quando falamos de recobrimento radicular é importante distinguir os conceitos: sucesso e previsibilidade. O sucesso está relacionado com a percentagem de recobrimento radicular alcançado, enquanto a previsibilidade descreve a percentagem de dentes tratados nos quais se atinge o recobrimento total5.
Fatores relacionados com o paciente • Doenças sistémicas. A capacidade de cicatrização e a vascularização do enxerto nos primeiros dias após a cirurgia é crucial para a sobrevivência do mesmo. Existem algumas condições, nomeadamente a diabetes mellitus, imunossupressão, imunodepressão, quimioterapia e radioterapia da cabeça e do pescoço, que afetam a capacidade de cicatrização e que, portanto, podem comprometer os resultados
deste tipo de intervenção. Assim sendo, os candidatos a este procedimento devem ser criteriosamente selecionados, de forma a minimizar as complicações intra e pós-operatórias, assim como o fracasso do tratamento. • Tabaco. O tabaco é o principal fator de risco para a periodontite, afetando a vascularização do tecido gengival, a resposta imuno-inflamatória e o potencial de cicatrização dos tecidos periodontais6. Uma meta-análise revelou que o recobrimento radicular, com recurso a um enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (ETCSE), apresentava resultados significativamente superiores no que se refere ao ganho de nível de inserção em pacientes não fumadores, comparativamente com pacientes fumadores (entre 27 e 80% de recobrimento radicular completo em não fumadores e entre 0 e 25% de recobrimento radicular completo em fumadores)7. Diversos autores têm observado uma maior ocorrência de fracassos e complicações após enxertos gengivais livres (EGL) e regeneração tecidular guiada (RTG) em fumadores8-11. Porém, outros estudos observam que os fumadores ocasionais e os fumadores leves (< 10 cig/dia) apresentam resultados semelhantes aos não fumadores, em enxertos de tecido conjuntivo ou enxertos gengivais livres12,13. Os pacientes fumadores devem, antes de qualquer cirurgia periodontal, ser motivados para a cessação do hábito tabágico, sendo que, quando tal não for possível, devem, pelo menos, ser aconselhados a reduzir o número de
Fig. 1. Recessões múltiplas no setor estético.
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Fig. 2. Recessão gengival Classe II de Miller associada a um mau controlo de placa bacteriana.
cigarros por dia ou, preferencialmente, evitar fumar du rante a primeira fase do processo de cicatrização (duas a três semanas)7,14. • Controlo de placa bacteriana. Um dos fatores mais importantes no resultado de qualquer cirurgia periodontal é o grau de higiene oral do paciente. Pacientes com índices de placa elevados apresentam maior risco de insucesso. O índice de placa deverá ser inferior a 15%. Contudo, é preciso ter em conta que em algumas áreas de recessão é bastante difícil realizar um adequado controlo de placa bacteriana, sobretudo quando estas estão associadas a lesões cervicais não cariosas profundas15. Pacientes com baixos índices de placa apresentam uma maior prevalência de recessões gengivais, facto que parece estar relacionado com uma inadequada técnica de escovagem (fig. 2). Os fatores da escovagem que podem estar associados ao desenvolvimento e/ou progressão das recessões gengivais são: a duração e frequência da escovagem, a técnica utilizada, a força exercida, a frequência com que se troca de escova e a dureza das cerdas da escova16. Apesar de alguns estudos concluírem que a escova elétrica é menos traumática para a gengiva comparativamente com a manual17-19, outros não obtiveram diferenças significativas entre os dois tipos de escova20.
Nesta medida, os pacientes devem ser instruídos, previamente ao tratamento cirúrgico, no sentido de alterarem a técnica de escovagem, por forma a evitar que uma higiene oral inadequada possa comprometer os resultados.
Fatores relacionados com o defeito • Nível de suporte interdentário. Uma das variáveis clínicas a ser avaliada, a fim de se determinar o potencial de recobrimento radicular, consiste na determinação da posição dos tecidos moles e da crista óssea a nível interproximal21. Miller classificou as recessões segundo o nível de suporte interdentário e localização da margem gengival, correlacionando-as com o recobrimento radicular passível de ser obtido (tabela 1). Num defeito Classe I e II, em que os tecidos interdentários estão mantidos, é esperado um recobrimento radicular completo, enquanto num defeito Classe III apenas se espera um recobrimento parcial e num defeito Classe IV não está indicado o uso de técnicas visando o recobrimento radicular4. • Área de superfície avascular (dimensão do defeito). A di mensão do defeito é outro dos fatores determinantes no resultado do recobrimento radicular. Resultados menos favoráveis têm sido descritos em defeitos com largura superior a 3 mm e profundidade igual ou superior a 5 mm22-24 (fig. 3). Recessões profundas e largas são as menos previsíveis, pois a sobrevivência de um enxerto depende da relação
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entre a superfície dentária avascular a ser revestida e o tamanho do leito recetor25,26. • Tipo de dente e sua localização. Os resultados de recobrimento radicular em dentes molares (fig. 4, a-c) são menos previsíveis devido à largura mesio-distal das recessões, bem como nos caninos maxilares (fig. 5) que pela sua proeminência radicular estão mais suscetíveis a trauma pós-cirúrgico27. • Má posição dentária. Num dente vestibularizado, a crista óssea vestibular está numa posição mais apical, as margens ósseas são finas (gume de faca) e apresentam um
arco acentuado na direção do ápex. A inclinação vestibular da raiz, quando combinada com uma tábua óssea fina, está frequentemente associada à presença de fenestrações e deiscências ósseas, que podem influenciar o resultado do tratamento da recessão gengival28. Como referimos, é essencial um adequado suprimento sanguíneo para se conseguir um recobrimento radicular completo. Essa vascularização provém, fundamentalmente, do osso, do periósteo e do ligamento periodontal subjacentes ao enxerto, e do retalho que recobre o enxerto no caso de técnicas bilaminares. A diminuição da superfície óssea aumenta, assim, a área avascular, proporcionando um menor suprimento sanguíneo ao enxerto29.
Fig. 3. Medição da dimensão do defeito a recobrir.
Tabela 1 Classificação de Miller
Classificação do defeito
Características clínicas
I
A margem da recessão não se estende à linha mucogengival. Não há perda de osso nem tecido mole interproximal.
II
A margem da recessão estende-se ou ultrapassa a linha mucogengival. Não há perda de osso nem tecido mole interproximal.
III
A margem da recessão estende-se ou ultrapassa a linha mucogengival. A perda de osso interdentário ou tecido mole é apical à JAC, mas está numa posição mais coronal ao limite apical da recessão gengival.
IV
A margem da recessão ultrapassa a linha mucogengival. A perda de osso interdentário estende-se ou ultrapassa o limite apical da recessão.
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a
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c Fig. 4, a-c. Tratamento de uma recessão gengival num molar superior.
Fig. 5. Recessão gengival num canino superior.
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Num dente rodado a relação topográfica entre a junção amelocimentária e a papila interdentária está alterada numa das faces do dente. Na face em que a junção amelocimentária está mais próxima do topo da papila anatómica existe uma perda efetiva de altura da papila. Assim, quando estamos perante uma recessão com perda de altura numa das papilas, uma porção da superfície radicular vai ficar por recobrir, no lado do dente em que a altura da papila está reduzida, o que muitas vezes é, erroneamente, considerado como um insucesso30. A perda de um ou mais dentes antagonistas pode levar a alterações oclusais, como a extrusão dentária, sem que os tecidos periodontais acompanhem esse deslocamento. Num dente extruído, a JAC torna-se mais próxima do topo da papila interdentária, o que leva a uma redução bilateral da altura da papila. Nestes casos não é esperado que haja recobrimento até à JAC anatómica e, à semelhança do ponto anterior, a persistência parcial da exposição radicular não deve ser considerada como um insucesso31. • Presença de lesões cervicais não cariosas e restaurações cervicais prévias. As lesões cervicais não cariosas (LCNC) têm sido consideradas como resultado de escovagem traumática ou de forças oclusais excessivas, apesar de atualmente ainda existir alguma controvérsia em torno da sua etiologia32. Cerca de 50% dos dentes com recessão gengival apresentam, concomitantemente, uma LCNC, o que pode condicionar o tipo de abordagem seleccionada, bem como a previsibilidade do recobrimento radicular30. As recessões gengivais associadas a LCNC têm sido tratadas com recurso a diferentes abordagens, como retalhos de reposicionamento coronário, enxertos de tecido conjuntivo subepitelial combinados, ou não, com restaurações a resina composta ou ionómero de vidro. Thanik e Bissada estudaram o impacto da presença de LCNC e restaurações a resina composta no recobrimento radicular com recurso a enxertos de tecido conjuntivo subepitelial. Foram encontradas diferenças clínicas, mas não estatisticamente significativas, no recobrimento radicular entre dentes com ou sem lesões não cariosas ou com restaurações a compósito. Dentes intactos apresentaram um recobrimento radicular médio de 46%, enquanto que em dentes com abrasão cervical este valor caiu para 35%, e em dentes com restaurações a compósito foi apenas de 19,2%. No entanto,
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apenas foi encontrada uma diferença estatisticamente significativa, entre os dentes com e sem abrasão cervical em pacientes mais velhos (56 a 73 anos), o que pode indiciar que a abrasão cervical de longa duração poderá afetar negativamente a previsibilidade de recobrimento radicular27. • Biótipo gengival. A espessura do tecido gengival está intimamente relacionada com o sucesso do procedimento, uma vez que quanto mais fino for o tecido mais difícil será a execução da técnica cirúrgica apropriada e maior o risco de necrose pós-operatória. Uma espessura do retalho inferior a 0,8 mm parece estar associada a um risco acrescido de recobrimento incompleto. Por vezes, em biótipos gengivais finos, mesmo efetuando um retalho de espessura total não é possível obter uma espessura mínima de 0,8 mm, pelo que são esperados resultados menos favoráveis e previsíveis33.
Fatores relacionados com a técnica cirúrgica • Tensão do retalho. A tensão do retalho tem sido considerada uma das variáveis mais importantes no resultado do tratamento cirúrgico das recessões gengivais3,8,26,27,34,35,36. No entanto, existem poucos estudos que avaliem o efeito da tensão do retalho no grau de recobrimento radicular obtido. Pini Prato et al. compararam a redução da recessão gengival com recurso a uma restauração com resina composta com e sem tensão residual. No grupo teste (com tensão ± 6,5 g) verificou-se que a quantidade de recobrimento radicular, três meses após a cirurgia foi de 78%, sendo que 18% dos dentes apresentavam um recobrimento completo. Já no grupo de controlo (sem tensão), este valor foi de 87%, sendo que em 45% dos dentes foi obtido um recobrimento total. Os autores concluíram que quanto maior for a tensão do retalho menor será a redução da recessão gengival37 (fig. 6). • Espessura do retalho. Existe um número limitado de estudos que demonstra a relação entre este parâmetro e a quantidade de recobrimento radicular obtido. Baldi e colaboradores demonstraram a existência de uma associação entre a espessura do retalho e a redução da recessão. Os autores verificaram que para uma espessura do retalho > 0,8 mm existiu um recobrimento radicular de 100%, enquanto que nos casos em que o retalho apresentava uma espessura < 0,8 mm esse recobrimento foi apenas parcial38. Numa revisão sistemática que incluiu 15 estudos, foi demonstrada uma correlação positiva entre a espessura do retalho e a redução da recessão gengival. Os autores concluíram que para um recobrimento radicular completo o
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Fig. 6. Enxerto de tecido conjuntivo subepitelial. Importância da ancoragem para imobilização do enxerto sem criar tensão.
limite de espessura seria de 1 mm. No entanto, ao compararem a utilização de um retalho de espessura total ou parcial, não observaram diferenças nos resultados obtidos39. Quando um enxerto de tecido conjuntivo é utilizado para o recobrimento radicular, geralmente é preconizada a utilização de um retalho de espessura parcial. No entanto, em casos de biótipo gengival fino pode estar indicada a utilização de um retalho de espessura total ou total-parcial para evitar a perfuração do mesmo2. • Posição final da margem gengival relativamente à JAC. Segundo Pini Prato e colaboradores, tanto a recessão inicial como a posição da margem gengival após a sutura apresentam uma correlação positiva com a redução da recessão. Quanto mais coronal for a posição da margem gengival logo após a sutura, maior será a probabilidade de recobrimento radicular total. Com base nesses dados, parece estar indicada uma sobrecorreção de 1 a 2 mm além da JAC2. • Vascularização. A quantidade de tecido que pode ser mantida sobre a superfície radicular está dependente do tamanho da área avascular, condicionando fortemente a percentagem de recobrimento passível de ser obtida26,40. Miller concluiu que apenas os defeitos estreitos e superficiais podem ser adequadamente recobertos por enxertos gengivais livres41. Por outro lado, no caso de enxertos de tecido conjuntivo subepitelial, Langer e Langer consideram que
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Fig. 7. Medição das dimensões do enxerto.
este deve estar recoberto pelo retalho, no mínimo, de 1/2 a 2/3 das suas dimensões34. Outros estudos não encontraram diferenças significativas na percentagem de recobrimento quando parte do enxerto, cerca de 2 mm, permanece exposto ou quando este é totalmente recoberto pelo retalho2. O recurso a incisões de descarga pode comprometer o suprimento sanguíneo do retalho. Já a utilização de um retalho em “envelope” recobrindo, na totalidade, um enxerto de tecido conjuntivo parece ser mais vantajosa, desde que o reposicionamento coronal seja obtido sem tensão22,23. Segundo Al-Zahranin e Bissada, o tratamento de recessões pouco profundas e estreitas com enxertos de tecido conjuntivo é geralmente bastante previsível, ao contrário das recessões profundas e largas com envolvência de uma grande superfície avascular71. Nelson demonstrou uma relação entre a profundidade da recessão e a percentagem de recobrimento obtido com recurso a enxerto de tecido conjuntivo sub-epitelial (ETCSE). Neste estudo, foi observado um recobrimento de 88% em recessões profundas (7 a 10 mm) e de 100% em recessões pouco profundas (≤ 3 mm)3. De modo semelhante, Allen, ao utilizar a técnica de ETCSE em túnel, obteve 100% de recobrimento radicular em recessões pouco profundas e estreitas. A percentagem de
recobrimento diminuiu para 86% quando a profundidade ou largura da recessão foram superiores a 3 mm e para 68% quando a profundidade e largura eram simultaneamente superiores a 3 mm42. Num estudo clínico sobre a influência da espessura do retalho no recobrimento radicular, Baldi e colaboradores abordam também a questão da vascularização, concluindo que quanto maior for a espessura do retalho, maior será a vascularização da gengiva marginal. Segundo os autores, o sistema vascular residual é fundamental para a sobrevivência do retalho, particularmente para a gengiva marginal, por ser a zona mais distante da base vascular38. A preservação ou não do periósteo do leito recetor é outro aspeto discutido na literatura. Ao compararem a cicatrização de enxertos gengivais livres colocados em zonas recetoras com e sem periósteo, Bissada e Sears demonstraram que não existem diferenças na sobrevivência e cicatrização do enxerto com as duas abordagens72. Existem ainda outros fatores que podem comprometer a vascularização, como a utilização excessiva de vasoconstritores na zona recetora. Por esse motivo, alguns autores sugerem a utilização de anestésicos sem vasoconstritor neste tipo de cirurgias. No entanto, ainda não é claro em que medida tal facto poderá influenciar o resultado final2. A perfuração do retalho é também outro fator que pode comprometer a vascularização e influenciar negativamente a percentagem de recobrimento radicular, podendo ser prevenida através da manipulação atraumática dos tecidos e seleção adequada do tipo de técnica2. Se a opção incidir sobre a utilização de um material alógeno ou xenógeno, as características do material também podem influenciar a velocidade de revascularização. A vantagem na utilização de matriz dérmica acelular, em detrimento das membranas reabsorvíveis de colagénio bovino, é resultante do facto de que a primeira conserva os canais dos vasos sanguíneos, que estavam presentes antes da colheita do tecido, permitindo um restabelecimento mais rápido da circulação sanguínea73. • Tratamento da superfície radicular. Antes da realização do recobrimento radicular a superfície radicular exposta deve estar livre de placa bacteriana. Classicamente um dos passos indispensáveis neste tipo de cirurgias incluía o tratamento prévio da superfície radicular, por meio de alisamento radicular, com o objetivo de diminuir irregularidades5, eliminar lesões cariosas superficiais43, reduzir a convexidade radicular22 e eliminar o cimento infiltrado. O alisamento radicular extensivo não é, no entanto, recomen-
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dado, exceto para redução da proeminência radicular. Contudo, existem poucos estudos que comparem as diferentes modalidades de tratamento da superfície radicular. Zucchelli e colaboradores compararam os efeitos da instrumentação radicular manual (com curetas) com os efeitos da instrumentação mecânica (com aparelhos piezoelétricos) nos resultados do tratamento de recessões gengivais com recurso a restauração com resina composta44. Apesar de ambas as modalidades de instrumentação radicular terem demonstrado ser igualmente eficazes e produzirem resultados clínicos semelhantes, existem alguns aspetos que merecem uma discussão mais detalhada. Importa salientar que, neste estudo, apenas foram incluídas recessões sem sinais de abrasão, desmineralização ou lesões cariosas, situações frequentes na prática clínica. No entanto, na presença deste tipo de lesões a instrumentação manual com curetas parece criar uma superfície mais biocompatível45. Por outro lado, a instrumentação radicular com recurso a instrumentos ultrassónicos parece não alterar significativamente as características da superfície radicular, estando associada a uma menor perda de estrutura dentária. Adicionalmente, a instrumentação mecânica é menos traumática para os tecidos moles, sobretudo quando executada previamente ao descolamento do retalho44. Independentemente das características da recessão gengival, parece ser consensual que a região da JAC é a mais crítica e difícil de recobrir, sendo que a instrumentação mecânica nesta região é menos efetiva. Além do tratamento mecânico da superfície radicular, diversos autores sugeriram também o tratamento químico da superfície radicular com recurso a diversos agentes: ácido cítrico42,46-48, hidrocloreto de tetraciclina13,49,50, cola de fibrina associada a tetraciclina, ácido clorídico24,51, hipoclorito de sódio52 e ácido etilenodiamino tetra-acético. A desmineralização da superfície radicular teria então como objetivo facilitar a formação de uma nova inserção, por exposição das fibras de colagénio da matriz dentinária53,54. Adicionalmente, permitiria a eliminação de substâncias citotóxicas do cemento infetado capazes de inibir o crescimento dos fibroblastos gengivais55. Estudos em animais indicam que o uso de ácido cítrico acelera a cimentogénese e aumenta a adesão do tecido conjuntivo52. Por outro lado, os resultados dos estudos em humanos sobre a utilização, quer de ácido cítrico quer de hidrocloreto de tetraciclina, apresentam resultados divergentes45,56. Segundo Miller, o tratamento com ácido
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cítrico permite uma união do enxerto à raiz por meio de tecido conjuntivo. Já sem o tratamento da superfície radicular com ácido cítrico, a união enxerto-raiz ocorre por formação de um epitélio longo de união21. Da análise dos estudos clínicos que comparam o efeito da utilização ou não do condicionamento radicular, conclui-se não haver benefício clínico decorrente do mesmo, seja de forma isolada ou combinada com outros tratamentos da superfície radicular47,48,52. Em suma, apesar da remoção do cimento infetado por meio de alisamento radicular, antes ou durante a cirurgia, ser referida na literatura como um passo importante, os estudos existentes não demonstram uma influência direta nos resultados obtidos. Apenas um estudo clínico controlado comparou três modalidades de tratamento da superfície radicular: alisamento radicular, polimento e condicionamento com hipoclorito de sódio. Três meses após o tratamento, os autores não encontraram diferenças estatísticas nos resultados dos três grupos52. • Dimensões do enxerto. As dimensões (altura/largura) do enxerto relativamente ao defeito constituem outro dos fatores que pode condicionar a sobrevivência do mesmo. Alguns autores sugerem que os enxertos devem estender-se, pelo menos, de 3 a 5 mm para além das superfícies radiculares expostas.
A espessura do enxerto é também uma variável importante57. Miller considera que um enxerto de espessura insuficiente poderá contribuir para um recobrimento radicular incompleto, quando um enxerto de tecido conjuntivo subepitelial é utilizado8. Por outro lado, um enxerto excessivamente espesso poderá levantar problemas como dificuldade na revascularização ou pior integração estética. Alguns autores consideram 1,5 mm como a espessura ideal para enxertos de tecido conjuntivo2. Segundo Nelson e Holbrook & Ochsenbein, uma espessura de 1,5 a 2 mm permite uma rápida revascularização durante o período de cicatrização3,22. De modo semelhante, nos procedimentos de enxerto gengival livre a espessura do enxerto também parece influenciar o sucesso do tratamento, recomendando-se uma espessura de cerca de 2 mm. A anatomia da região dadora é claramente um dos fatores que mais condiciona as dimensões do enxerto. A região dadora mais frequente é o palato, sendo que a sua dimensão e conformação, bem como a localização da artéria palatina maior podem restringir as dimensões do enxerto recolhido2 (fig. 7). • Experiência do clínico. A destreza e experiência do clínico desempenham um papel fundamental nos resultados
Fig. 8, a-b. Colheita de enxerto gengival livre da zona do palato e enxerto de tecido conjuntivo subepitelial. Medição das dimensões adequadas ao leito recetor.
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obtidos, uma vez que se tratam de procedimentos tecnicamente sensíveis49,58. A experiência do clínico poderá influenciar todo o processo de decisão clínica e seleção de casos, além de influenciar a técnica cirúrgica. Gray considera a cirurgia periodontal tanto uma arte quanto uma ciência, pelo que um clínico experiente obterá por norma melhores resultados do que um clínico com menos destreza e experiência59. • Microcirurgia vs macrocirurgia. A utilização de magnificação e de instrumentos específicos permite um aumento da precisão, diminuição do trauma infligido aos tecidos e obtenção de uma cicatrização por primeira intenção, com consequente melhoria do pós-operatório, previsibilidade da técnica e resultados estéticos superiores60. Os benefícios clínicos da microcirurgia periodontal foram descritos em diversos estudos de caso61-64 e em estudos de caso-controlo65-67. Além da cirurgia regenerativa, um dos campos em que a microcirurgia periodontal apresenta resultados mais promissores é no tratamento de recessões gengivais. A adaptação firme e estável do enxerto ao leito recetor é crítica na redução do coágulo sanguíneo e na revascularização do enxerto. Neste sentido, uma abordagem atraumática conseguida com a microcirurgia permite a sutura do retalho com menos danos nos tecidos e vasos, bem como uma melhor e mais rápida anastomose dos vasos do enxerto e retalho com os vasos do leito receptor. Andrade e colaboradores, ao compararem técnicas macro e microcirúrgicas utilizando uma restauração com resina composta associada a derivados da matriz do esmalte,
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observaram que ambas as técnicas alcançaram uma redução da recessão gengival estatisticamente significativa. Nos seis meses subsequentes à cirurgia não se registaram diferenças entre as técnicas em relação ao recobrimento radicular obtido, tendo-se obtido 92% de recobrimento no grupo de teste (microcirurgia) e 83% no grupo de controlo (macrocirurgia). Após seis meses, o grupo tratado com microcirurgia experimentou um aumento significativo em termos estatísticos da largura e espessura de gengiva queratinizada, contrariamente ao grupo de controlo68. Burkhardt e Lang, num ensaio clínico aleatorizado controlado, compararam estas duas abordagens, avaliando a vascularização dos enxertos com recurso a angiografia de fluorescência. Os resultados revelaram que no grupo de teste (microcirurgia) se obteve uma vascularização de 8.9 ± 1.9% imediatamente após o procedimento contra 7.79 ± 1.8% no grupo controlo (macrocirurgia). Após três e sete dias, a vascularização sobe para valores de 53.3 ± 10.5% e 84.8 ± 13.5%, respetivamente, no grupo de teste, e de 44.5 ± 5.7% e 64.0 ± 12.3%, no grupo de controlo. Para além das diferenças em relação à revascularização, também o recobrimento radicular alcançado foi superior no grupo submetido a microcirurgia (99,4 ± 1,7% vs 90,8 ± 12,1%), mantendo-se as diferenças estatisticamente significativas com o decorrer do tempo69. Há, no entanto, correntes contrárias à microcirurgia periodontal que defendem que o uso do microscópio aumenta consideravelmente a duração da cirurgia, com consequente impacto negativo no pós-operatório70. Contudo, defende-se a ideia de que o aumento do tempo intra-operatório é compensado pelos benefícios das técnicas minimamente invasivas. No entanto, os estudos existentes não confirmam tal hipótese69.
Conclusões Da análise da literatura conclui-se que o sucesso do tratamento das recessões gengivais depende não só do tipo de técnica cirúrgica utilizada, mas sobretudo de um planeamento prévio adequado. Diversos fatores podem condicionar o sucesso clínico, dos quais se destacam a técnica operatória selecionada, as características do defeito, a condição sistémica e a colaboração do doente. A correta seleção dos casos é fundamental para a obtenção dos resultados pretendidos, mas também para uma melhor gestão das expetativas do clínico e, sobretudo, dos pacientes quando a questão estética se impõe.
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Aumento de volume gengival: da etiologia ao tratamento
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Ciência e prática Diana Valente Médica dentista. Aluna do curso de Especialização em Periodontologia da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL). dianavalente82@gmail.com Fábio Santos Médico dentista. Aluno do curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Elsa Domingues Médica dentista. Aluna do curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Gonçalo Sanches Médico dentista. Aluno do curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Nuno Serra Médico dentista. Aluno do curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Francisco Brandão de Brito Médico Dentista. Assistente convidado do curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Susana Noronha Médica dentista. Assistente convidada do curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Paulo Mascarenhas Médico dentista. Assistente convidado do curso de Especialização em Periodontologia da FMDUL. Lisboa.
Diana Valente
Introdução O aumento de volume gengival (AVG) é uma condição que pode ocorrer associada a fármacos, a condições genéticas ou ser de causa idiopática. Clinicamente, é caracterizado por um aumento dos tecidos moles que, independentemente da etiologia, pode ser localizado ou generalizado. Durante vários anos foi designado, de forma incorreta, por hiper-
plasia gengival. Na realidade não existe uma verdadeira hiperplasia, pois não se confirma um aumento do número nem de dimensões das células do epitélio, ou do interior do tecido conjuntivo gengival, mas antes uma produção de grande quantidade de matriz extracelular, predominantemente de colagénio4.
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O objetivo deste artigo é fazer uma revisão narrativa da etiologia e das características clínicas de AVG, bem como apresentar alguns casos clínicos que demonstrem possíveis abordagens terapêuticas.
Etiologia O aumento de volume gengival de causa hereditária é frequentemente designado por fibromatose gengival hereditária (FGH). A forma de transmissão é, na maioria dos casos, autossómica dominante, mas pode ser recessiva quando associada a síndromes, tais como os de Zimmermann-Laband, Murray-Puretic Drescher, Rutherfurd, Ramon ou Cross5.
De acordo com Colleta e cols.5, o AVG normalmente aparece na dentição definitiva, e raramente na dentição decídua. Na idade adulta o crescimento é mínimo e não detetável na maioria das vezes.
Verifica-se nestes pacientes um aumento do volume de aparecimento precoce, lento e progressivo, que pode causar atraso na erupção dentária, bem como problemas estéticos e fonéticos.
O aumento de volume gengival induzido por fármacos está relacionado, essencialmente, com três classes de fármacos: imunossupressores, anticonvulsivantes e bloqueadores dos canais de cálcio6.
Estima-se que a prevalência de AVG associado a causas genéticas seja de um em cada 750.000 e distribui-se igualmente entre os sexos.
Os imunossupressores utilizam-se na profilaxia da rejeição de transplantes alógenos, inibem a secreção de várias citocinas, incluindo a Il 2 e 3, através da inibição da atividade da fosfatase da calceinuria. São exemplos a ciclosporina A e o tacrolimus.
No AVG induzido por fármacos o aumento dos tecidos verifica-se entre um a três meses após o início da toma do fármaco associado6.
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dia, lábios proeminentes, mordida cruzada e mordida aberta. Um dos fatores predisponentes é a acumulação de placa bacteriana que leva ao aumento da inflamação e consequente aumento da severidade da doença.
A prevalência é variável, pois depende de vários fatores, nomeadamente a idade do paciente, o género, a dose e a duração do fármaco usado e ainda do uso concomitante com outras medicações. Segundo a Associação Americana de Periodontologia (AAP, 2004), apenas 6% dos pacientes que fazem nifedipina apresentam AVG, enquanto que com imunomoduladores a prevalência pode chegar de 25 a 30% em adultos. Pacientes que fazem anticonvulsivantes, como a fenitoína, apresentam uma taxa de prevalência de 50%.
Os anticonvulsivantes usam-se no tratamento e profilaxia das crises convulsivas e dentro deste grupo a fenitoina (Epelin®) é aquele que apresenta como efeito secundário maior prevalência de AVG (AAP, 2004). O ácido valproico e a carbamazepina são fármacos da mesma classe que não apresentam tanta associação com aumento de volume gengival. Os bloqueadores dos canais de cálcio são fármacos antihipertensores que normalmente se utilizam nos pacientes com angina de peito ou doença vascular periférica. O Diltiazem® e o Verapamil® são anti-hipertensores frequentemente associados ao aumento de volume gengival.
Características clínicas
A importância da placa bacteriana
O AVG é caracterizado por um aumento de volume dos tecidos que apresentam cor normal, com ausência de inflamação e hemorragia e habitualmente sem sintomatologia2. Verifica-se mais frequentemente nos sextantes anteriores, por vestibular, e inicia-se na zona interpapilar, dirigindo-se para a coroa dentária. O aumento de volume leva a problemas estéticos e funcionais, entre os quais: aparecimento de diastemas, mau posicionamento dentário, erupção dentária tar-
A placa bacteriana apresenta um papel relevante no aumento de volume gengival, mas diferencia-se no aumento de volume gengival induzido por fármacos e na fibromatose gengival hereditária. Segundo a classificação de Armitage (1999), o AVG induzido por fármacos enquadra-se nas “doenças gengivais induzidas por placa”. Nestes pacientes a severidade do aumento de volume está relacionado com inflamação pela acumulação de placa bacteriana6. As alterações decorrentes da inflamação provocadas pela placa bacteriana podem aumentar a interação entre os fármacos e os fibroblastos (Guo e Wang, 2008). Estes autores afirmam que a placa bacteriana é assim um fator de risco para o AVG induzido por fármacos.
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Fig. 1. Exacerbação de AVG por acumulação de placa bacteriana.
A fibromatose gengival hereditária encontra-se classificada segundo Armitage (1999) como “doença gengival de origem genética”. Existe um aumento de volume gengival que aparece precocemente, mas o inadequado controlo de placa bacteriana leva a que se verifique aumento da inflamação e consequentemente uma maior severidade da doença. Nos casos em que os pacientes melhoram o controlo de placa verifica-se uma redução do aumento de volume gengival4. Para além destes fatores, é possível que os pacientes com aumento de volume induzido por fármacos apresentem também perda de inserção periodontal.
dução de metaloproteinases e colagenases levando a um aumento dos fibroblastos da matriz do tecido conjuntivo e da síntese de colagénio, alterando o equilíbrio homeostático do colagénio nos tecidos. A microscopia eletrónica revela que a estrutura do tecido conjuntivo apresenta algumas anomalias, incluindo no aumento do número e diâmetro de fibras elásticas e oxitalânicas. O epitélio pode apresentar alongamento das cristas epiteliais com longas extensões para o interior da lâmina própria subjacente. Nos pacientes com inflamação secundária há um aumento na vascularização e um infiltrado inflamatório crónico que consiste mais frequentemente em linfócitos e plasmócitos.
Mecanismo histopatológico Quer no AVG induzido por fármacos, quer por fibromatose gengival hereditária, verifica-se que as alterações histológicas se dão maioritariamente no tecido conjuntivo4,6. Os fibroblastos são as células-chave no aumento de volume gengival. Estas células produzem a matriz do tecido conjuntivo e produzem moléculas, tais como metaloproteinases e colagenases, que degradam essa mesma matriz. Este mecanismo é dependente da presença de cálcio. Uma vez que no aumento de volume gengival há uma redução da entrada de cálcio, há também uma diminuição da pro-
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Diagnóstico diferencial Uma das diferenças entre AVG induzido por fármacos e fibromatose gengival hereditária reside no facto de a inflamação ser menos pronunciada na FGH. Outra diferença na FGH é a presença de uma mistura de fibroblastos e células semelhantes a miofibroblastos. No diagnóstico diferencial devem ser consideradas as patologias de granuloma piogénico, granuloma de Wegner e quisto linfoadenoepitelial benigno. Só a análise cuidada da anamnese, associada a uma avaliação clínica e histológica rigorosa poderão levar ao correto diagnóstico.
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Tratamento O tratamento do aumento do volume gengival de uma forma geral deve iniciar-se pelo controlo de placa bacteriana. Os pacientes devem ser instruídos e motivados para uma excelente higiene oral o que levará à diminuição da inflamação e consequentemente da severidade da doença. O acompanhamento do profissional de saúde oral é fundamental para avaliar uma eventual existência de periodontite e iniciar o tratamento não cirúrgico. Nesta fase é igualmente importante que todos os fatores de retenção de placa bacteriana sejam reduzidos/eliminados. Após a abordagem terapêutica inicial, poderá estar indicada a realização de um tratamento periodontal cirúrgico, nos casos em que persistem (pseudo) bolsas ou por motivos estéticos, fonéticos, funcionais ou de dificuldade no adequado controlo de placa bacteriana, o paciente deve ser submetido a tratamento periodontal cirúrgico. Existe um grande consenso no que diz respeito à terapêutica para o tratamento do AVG. Pelo contrário, não é unânime a altura em que este deve ser efetuado. Segundo Colleta e cols.
20065, entre outros, nos casos de fibromatose gengival hereditária a melhor altura para fazer a diminuição do volume é quando a dentição definitiva estiver completa, para que não aconteçam recidivas. No entanto, ao adiarmos o procedimento cirúrgico, podemos prejudicar o crescimento da dentição permanente. Assim, o ideal é, segundo Colleta, avaliar a severidade das lesões e se o aumento de volume não for severo, fazer apenas destartarização ultrasónica, alisamento radicular e instituir métodos de controlo de placa eficazes. Quando estiver indicada uma abordagem cirúrgica deve optar-se por um retalho de reposicionamento apical com adelgaçamento ou gengivectomia. O tratamento cirúrgico com laser de dióxido de carbono também pode ser uma alternativa já que favorece o controlo de hemorragia durante o procedimento operatório6. É importante referir que a taxa de recorrência nos casos severos de aumento de volume por ciclosporina A ou nifedipina, mesmo após tratamento periodontal cirúrgico, é de 40%, 18 meses depois do tratamento ativo devido, principalmente, à falta de colaboração no controlo de placa e cumprimento das consultas de manutenção.
Caso clínico 1 •Paciente: género masculino, 18 anos. •Diagnóstico: fibromatose gengival hereditária. •Tratamento: instrução e motivação higiénica, destartarização e controlo de placa semanal. Foi efetuada cirurgia de reposicionamento apical nos quatro quadrantes com o objetivo de expor a coroa clínica e facilitar a colocação de brackets para tratamento ortodôntico.
Fig. 2. Ortopantomografia inicial
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Fig. 3. Situação clínica após destartarização e alisamento radicular.
Fig. 4. Follow-up um mês após tratamento cirúrgico maxilar superior.
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Fig. 5, a-b. Cirurgia de reposicionamento apical do terceiro quadrante.
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Caso clínico 2 •Paciente: género feminino, 56 anos. •Diagnóstico: AVG induzido por tacrolimus e nifedipina. Periodontite crónica generalizada severa. •Tratamento: instrução e motivação higiénica, tratamento periodontal não cirúrgico, e tratamento periodontal cirúrgico ressetivo.
Fig. 6. Situação inicial.
a
b
Fig. 7, a-b. Cirurgia de reposicionamento apical com adelgaçamento do retalho e follow-up um mês depois.
Caso clínico 3 •Paciente: género masculino, 35 anos. •Diagnóstico: AVG induzido por ciclosporina A. •Tratamento: instrução e motivação higiénica, tratamento periodontal não cirúrgico, cirurgia de reposicionamento apical e adelgaçamento dos tecidos.
Fig. 8. Situação inicial.
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Ciência e prática
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Fig. 9. Follow-up oito dias após a cirurgia do primeiro quadrante (cirurgia do segundo quadrante efetuada previamente).
Conclusão O aumento de volume gengival, quer de causa hereditária quer induzido por fármacos, manifesta-se de forma assintomática podendo causar problemas estéticos e funcionais. É importante avaliar corretamente a etiologia do aumento de volume gengival e acompanhar desde o início estes pacientes, garantindo um bom controlo de placa bacteriana e um acompanhamento médico-dentário regular, a fim de evitar recidivas. A fase de tratamento não cirúrgico inicialmente é fundamental para a diminuição da inflamação, mas muitas vezes insuficiente para a obtenção de um correto contorno gengival, pelo que técnicas periodontais cirúrgicas ou mesmo laser podem ser tratamentos efetuados com vista à melhoria da condição dos pacientes com AVG.
Bibliografia 1. Guo J, Wang W, Yao L, Yan F. Local inflammation exacerbates cyclosporine A induced gingival overgrowth in rats. Inflammation 2008; 31: 399-407. 2. Lindhe J, Lang N et al. Clinical periodontology and Implant dentistry. 5Th Edition, Blackwell Munksgaard, 2008. PP- 383-414. 3. Seymour R, Rudralingham M et al. Oral and dental drug reactions. Periodontol 2000, 2008;46: 9-26. 4. Neville B, Damm D, Allen C et al. Patologia oral e maxilofacial. 2ª edição. Guanabara Koogan, 2004. PP 141-144. 5. Coletta R, Graner E. Hereditary gingival fibromatosis: a systematic review. J Periodontol. May 2006, 77 (5) pp 753-764. 6. Academy Report. Drug-associated gingival enlargement: informational paper. 2004, vol 75 (10); 1424-1431. 7. Cornacchio A, Burneo J, et al. The effects of antiepileptic drugs on oral health. J Can Dent Assoc 2011, 71: b pp-1-7. 8. Ciavarella D, Guiglia R et al. Update on gingival overgrowth by ciclosporine A in renal transplants. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2007; 12 E19-25. 9. Nibali L, Bret P et al. Hereditary gingival hyperplasia associated with amelogenesis imperfecta: A case report; Quintessence International 2012; 43: 483-489. 10. Ibrahim M, Abouzzid M. Genetic disorders associated with gingival enlargement. Intechopen.com pp 189-208.
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Cadernos formativos
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Avulsão dentária em idades de crescimento: opções protéticas Pedro Braga Médico dentista. Licenciado em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Doutorado em Ortodontia pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). Pós-graduado em Ortodontia e Ortopedia Dentofacial e em Odontologia Integrada Pediátrica pela Universidade de Santiago de Compostela. Prática exclusiva de Ortodontia e Odontopediatria na Malo Clinic Porto.
Introdução A avulsão dentária ou exarticulação representa a deslocação do dente, com a sua saída completa do alvéolo dentário. Segundo diferentes autores representa 1-16% de todas as lesões de traumatismo dentário e a sua maior frequência é em idades compreendidas entre os seis e os 12 anos, pois nessas idades os dentes, para além de não terem terminado a sua erupção, o alvéolo e o ligamento periodontal, possuem uma maior elasticidade1. Os dentes que mais frequentemente estão sujeitos a avulsão são os incisivos centrais superiores, com uma maior prevalência no sexo masculino2.
se pode visualizar o grau de maturação das vértebras cervicais ou medir a distância entre os pontos cefalométricos Nasion e Mento (altura facial anterior). Quando essa distância se mantém em duas telerradiografias laterais do crânio, realizadas num intervalo de seis meses, aporta a informação que o crescimento craniofacial terminou4. Até à realização de implantes dentários, ter-se-á que reabilitar com soluções proteticamente estéticas e funcionais, que permitam o normal desenvolvimento e erupção dentária, bem como proporcionar um bem-estar psicológico e emocional do paciente. Será um tratamento provisório, antes da reabilitação final com implantes dentários. Nestas idades, existem basicamente duas opções: uma prótese parcial removível ou uma prótese fixa sobre dentes.
A substituição ou restauração dos incisivos superiores permanentes avulsionados não reimplantáveis em pacientes em idade de crescimento representam, para além das dificuldades estéticas e funcionais, constrangimentos psicológicos importantes para o paciente e os seus familiares. Nesses casos, a reabilitação protética ideal passa pela colocação de implantes dentários, mas a sua colocação só poderá ser realizada quando existir um completo crescimento craniofacial3. Não existe uma idade absoluta pré-definida que sirva de validação para o término do crescimento craniofacial, mas devem ser realizados meios diagnósticos complementares para que esse timing seja individualizado em cada paciente. A radiografia do punho, anteriormente muito utilizada, deu lugar à telerradiografia lateral do crânio, onde Fig. 1. Perspetiva extraoral frontal do sorriso.
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Caso clínico Paciente de 11 anos, em dentição mista, procura a clínica duas semanas depois do dente 11 ter avulsionado num traumatismo numa piscina, em que o motivo da consulta era a “colocação de um dente” (figs. 1 a 3). A realização de uma história clínica completa e direcionada para a forma como o traumatismo ocorreu, permite concluir que o dente 11 não foi encontrado e que houve fratura da tábua óssea vestibular, encontrando-se a mucosa par-
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Cadernos f o r m a t i v o s
Fig. 2. Perspetiva intraoral frontal do sorriso.
Fig. 3. Ortopantomografia.
cialmente cicatrizada (figs. 4 e 5). Devido à presença de dentição mista, optou-se pela realização imediata de uma placa de Hawley removível, constituída por dois ganchos de Adams e um arco vestibular, para dar uma maior retenção e estabilidade, onde foi acrescentado um incisivo superior reforçado ao acrílico por um conector metálico para dar maior resistência à fratura (figs. 6 a 10). O objetivo era que a paciente utilizasse a placa o maior tempo possível durante o dia, mantendo o espaço e colmatando o problema estético e psicológico e que durante a noite não a usasse, para descanso dos tecidos. Assim, a placa de Hawley na dentição mista, permitia o normal desenvolvimento da erupção e crescimento craniofacial. Fig. 4. Vista oclusal superior.
Fig. 5. Detalhe dos tecidos moles.
Foi recomendado que a placa fosse substituída de seis em seis meses e que numa próxima prótese fosse acrescentado um parafuso de expansão maxilar, a fim de não existir um bloqueio no crescimento transversal do maxilar.
Fig. 6. Intraoral frontal com a prótese parcial removível.
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Cadernos formativos
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Fig. 7. Intraoral lateral esquerda com a prótese parcial removível.
Fig. 8. Intraoral lateral direita com a prótese parcial removível.
Fig. 9. Oclusal superior com a prótese parcial removível.
Fig. 10. Posição de repouso com a prótese parcial removível.
Passados seis meses, não só devido à instabilidade provocada pela erupção da dentição permanente (figs. 11 e 12), mas também por requisitos estéticos da parte da paciente, optou-se pela realização de uma ponte fixa do tipo Maryland (figs. 13 e 14). Esta solução proporciona vantagens estéticas e uma maior comodidade e segurança por parte do paciente, pois sendo uma solução fixa, a auto-estima sobe e a relação entre crianças é for-
talecida. Para além disso, neste caso não houve qualquer preparo dos dentes pilares, logo, constitui uma solução completamente reversível5 (figs. 15 a 22).
Fig. 11. Intraoral frontal seis meses depois.
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Resta referir que o plano de tratamento final passa pela realização de uma coroa definitiva do 11 sobre implante com possível enxerto gengival.
Fig. 12. Oclusal superior seis meses depois.
Fig. 13. Ponte Maryland (vista oclusal).
Fig. 14. Ponte Maryland com pôntico em acrílico (vista frontal).
Fig. 15. Intraoral frontal com a ponte Maryland.
Fig. 16. Ponte Maryland cimentada com cimento resinoso auto-adesivo e de dupla polimerização (Relyx Unicem 2 Automix, 3M Espe), depois da realização de microabrasão com óxido de alumínio e ataque ácido.
Fig. 17. Posição de repouso com a ponte Maryland.
Fig. 19. Controlo aos 12 meses (frontal).
Cadernos formativos
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Fig. 18. Sorriso frontal com a ponte Maryland.
Fig. 20. Controlo aos 12 meses (lateral direita).
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Cadernos formativos
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Fig. 21. Controlo aos 12 meses (lateral esquerda).
Fig. 22. Controlo aos 12 meses (oclusal superior).
Discussão A perda de um dente na região anterior não é só uma perda física, mas é também uma experiência emocional para o paciente. Em idades precoces, estes fatores são potencializados pelos aspetos psicológicos envolvidos e pela falta de soluções técnicas permanentes imediatas. A reabilitação sobre implantes dentários tem que ser adiada e, até lá, há que encontrar soluções. A prótese parcial removível é uma solução simples, económica, permitindo modificações rápidas, mas que podem ter repercussões periodontais importantes a longo prazo6,7. Por outro lado, a prótese fixa sobre dentes é uma solução estética e funcionalmente melhor, mas que poderá ter outras complicações, tais como a descimentação (21%), a descoloração (18%) ou cáries nos dentes pilares (7%)8. Estas pontes dentárias devem ser realizadas com o mínimo preparo possível, em metal ou com fibras de vidro reforçadas9.
Também é importante refletir na posição original do dente avulsionado. Devido a posições prévias anómalas deste, será conveniente realizar um cuidadoso estudo do espaço, o que, na maioria das vezes, dará lugar à prescrição de tratamento ortodôntico, para que a reabilitação final não seja irreversível do ponto de vista funcional e estético.
Conclusão Os traumatismos dentários representam situações de urgência em que uma detalhada história e um exame clínico são fundamentais para o estabelecimento de um correto plano de tratamento. No caso de avulsão com perda dentária em idades em crescimento, o tratamento mediante próteses parciais removíveis ou próteses fixas sobre dentes representam soluções protéticas intercalares para uma reabilitação oral permanente no final do crescimento craniofacial.
Bibliografia 1. Andreasen JO, Andreasen JM. Lesiones dentales traumáticas. Madrid: Panamericana; 1990. 2. Pereira RJ. Reimplantação dentária. Rev Port Estomatol Cir Maxilofac. 2009; 50: 57-64. 3. Percinato C, Barbieri CM, Melhado FL, Moreira KS. Use of dental implants in children: a literature review. Quintessence Int. 2001; 32 (5): 381-3. 4. Hassel B, Farman Ag. Skeletal maturation evaluation using cervical vertebrae. Am J Orthod. 1979; 107(1): 58-66.
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Calendário de cursos
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ENDODONTIA
ESTÉTICA
Avanços em endodontia
Título de especialista em estética dentária
O Centro de Formação Labfordente organiza um curso teórico-prático subordinado ao tema “Avan ços em endodontia”, composto por quatro módulos mensais a realizar nas seguintes datas: 21 e 22 deste mês, 11 e 12 de abril, 16 e 17 de maio e 27 e 28 de junho. O objetivo do curso, ministrado pelo mé dico dentista Manuel Paulo e seus colaboradores, passa por rever e atualizar conceitos e permitir aos participantes terem contacto prático com as novas metodologias de preparação e obturação dos canais radiculares.
A Ceodont inicia no próximo mês de junho mais uma edição do título de especialista em estética dentária, sob a orientação dos especialistas espanhóis Mariano Sanz Alonso, Manuel Antón Radigales e José A. de Rábago Vega. Os primeiros módulos do curso vão decorrer de acordo com o seguinte calendário: • 1. Cirurgia plástica periodontal; 6 e 7 de junho; • 2. Cirurgia mucogengival e estética; 18 e 19 de julho. • 3. Restauração em compósitos I; 3 e 4 de outubro. • 4. Restauração em compósitos II; 14 e 15 de novembro.
Labfordente. 224 806 034 e 916 105 196 - mail@labfordente.pt - www.labfordente.pt
Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
ESTÉTICA
IMPLANTOLOGIA
Formação em compósitos
Curso modular de implantologia
Nos próximos dias 25 e 26 de abril vai ter lugar, num hotel da capital espanhola, um curso centrado na temática “Estética na rotina diária da clínica com resinas compostas” e orientado por Rafael Piñeiro, especialista espanhol em estética dentária. O programa desta ação de formação oferece aos participantes um protocolo de aplicação de materiais que permite obter resultados altamente estéticos com resinas.
Ao abrigo do programa anual de formação contínua que delineou para este ano, a Ordem dos Médicos Dentistas vai realizar em abril e maio próximos, num hotel do Porto, um curso modular de implantologia. Eis os temas, os oradores e as datas do programa: • 1. Planificação do tratamento com implantes (João Caramês); 27 de abril. • 2. Carga imediata e implantes imediatos (Jaime Guimarães); 12 de maio. • 3. Abordagem da zona estética no tratamento com implantes: da cirurgia à prótese (João Carlos Ramos); 26 de maio.
Ivoclar Vivadent. www.ivoclarvivadent.es
OMD. 226 197 690 - www.omd.pt
ATENÇÃO: PORTUGAL Empresa fabricante de Implantes Dentários necessita:
DISTRIBUIDOR CERTIFICADO OU COMERCIAIS AUTÓNOMOS
Atividade: vendas e assessoria de produto a médicos dentistas e protésicos. Desenvolvimento e colaboração na implementação de cursos formativos e atividades organizadas pela empresa. Oferece-se: interessantes condições de vendas. Possibilidade de levar zona com produtos implantológicos de alta qualidade. Formação e suporte técnico a cargo da empresa. Valoriza-se: experiência comercial em setor de implantes. Disponibilidade para viajar. Os interessados devem enviar Curriculum Vitae para: adm@radhex.es
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IMPLANTOLOGIA
Curso intensivo de implantologia oral A Académie Internationale d'Implantologie Orale (AIIO) agendou para os dias 16 a 20 de junho próximo, em Paris (França), um curso intensivo e implantologia oral, que conta com a colaboração de 11 formadores e tradução simultânea em inglês. O programa desta formação, que irá decorrer no Internacional Medical Center e na Faculdade de Medicina da capital francesa, prevê a colocação de implantes em cadáver e em pacientes, sessões práticas pré-curso, apoio e acompanhamento pós-formação. Sinusmax. 229 377 749 - formacao@sinusmax.com
Calendário de cursos
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MEDICINA ORAL
IMPLANTOLOGIA
Título de especialista em cirurgia e prótese sobre implantes
Medicina oral no dia a dia
A Ceodont (Grupo Ceosa) organiza este curso, orientado por Mariano Sanz Alonso e José de Rábago Vega com a colaboração de Bertil Friberg. Eis os módulos do curso com datas confirmadas: • 1. Diagnóstico e plano de tratamento; de 3 a 5 de abril. • 2. Cirurgia sobre implantes; de 15 a 17 de maio. • 3. Prótese sobre implantes; de 19 a 21 de junho. • 4. Curso sobre cadáveres e cirurgia e prótese em casos complexos; de 3 a 5 de julho.
A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) organiza no dia 20 deste mês, em Coimbra, uma sessão formativa dedicada à temática “Medicina oral no dia a dia”, ministrada por Francisco Marques, assistente graduado de Estomatologia do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Durante a sessão, serão abordados essencialmente casos clínicos observados na consulta de Medicina Oral do Serviço de Estomatologia do referido centro hospitalar.
Ceodont (Grupo Ceosa). (0034) 915 540 979 - cursos@ceodont.com - www.ceodont.com
SPEMD. 217 520 056 - formacao.coimbra@spemd.pt
ORTODONTIA
ORTODONTIA
Formação sobre ortodontia prática
12º Curso clínico de ortodontia
Inicia-se este mês uma nova edição desta formação dividida em dois cursos. Um deles é dedicado à temática “Técnica de aparelho fixo de baixa fricção”, cujos módulos são: • 1. Diagnóstico e cefalometria; de 27 a 29 de este mês. • 2. Estudo da classe I; de 24 a 26 de abril. • 3. Cimentado e biomecânica; de 22 a 24 de maio. • 4. Estudo da classe II; de 26 a 28 de junho. • 5. Estudo da classe III; de 17 a 19 de julho. O outro curso centra-se na “Técnica de autoligado e ortodontia multidisciplinar”, com os seguintes módulos: • 1. Diagnóstico atual e introdução ao autoligado estético; de 11 a 13 de setembro. • 2. Biomecânica avançada e autoligado; de 16 a 18 de outubro. • 3. Ortodontia multidisciplinar; de 6 a 8 de novembro.
A Clínica Construímos Sorrisos, com sede em Lisboa, prepara o 12º curso clínico de ortodontia, que será ministrado, a partir do próximo mês de maio e até julho de 2015, pelas médicas dentistas Cristina Baptista e Ana Delgado, ambas especializadas em ortodontia. Dividido em 15 módulos e com uma carga horária total de 148 horas, o curso tem por objetivo diagnosticar e executar planos de tratamento nesta área, nomeadamente conhecer materiais e técnicas ortodônticas, melhorar a comunicação, imagem e marketing, bem como partilhar noções de gestão em ortodontia, entre outros temas.
Ortocervera. (0034) 915 541 029 - cursos@ledosa.com - www.ledosa.com
Construímos Sorrisos. 213 012 134 - www.construimossorrisos.pt
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Calendário de cursos
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VÁRIOS
VÁRIOS
Jornadas da Primavera
Curso teórico-prático de odontologia neurofocal
A Ordem dos Médicos Dentistas organiza nos dias 16 a 19 de abril, em Vilamoura, as habituais Jornadas da Primavera, que prevêem a realização de uma série de cursos e workshops dedicados a diferentes temáticas da Medicina Dentária, tais como a dentisteria, a endodontia, a cirurgia oral, a fotografia, a prótese fixa, a medicina oral, a odontopediatria e a ortodontia. Ao longo das jornadas, estão previstas sessões orientadas por Ana Sezinando, Artur Filipe Aguilar, André Chen, Diogo Viegas, Jorge Martins, Miguel Rui Martins, João Falcão, Otília Pereira Lopes, Manuela Crespo e Bruno Bascuinho.
O Centro Internacional de Medicinas Complementares de Saúde (CIMCS) vai realizar nos dias 13 a 15 de junho próximo, em Lisboa, a terceira edição do curso teórico-prático de odontologia neurofocal, destinado a médicos dentistas, generalistas ou especialistas e terapeutas credenciados. O curso conta com a colaboração dos profissionais cubanos Jorge García Gómez e Víctor Pagola Verger e das especialistas colombianas Yosette Osário Diaz e Sandra Isabel Payán. O objetivo do curso consiste em aprofundar os procedimentos, as técnicas e os avanços na medicina dentária neurofocal.
OMD. 226 197 690 - www.omd.pt
CIMCS. 263 094 149 - fs.centromedicinadc@gmail.com - www.fscmd.pt
VÁRIOS
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VÁRIOS
Aplicação clínica do avanço mandibular para o tratamento do SAHS
Workshops de anestesia intraóssea Quicksleeper
A Ortocervera organiza este curso, ministrado por Mónica Simón Pardell em Madrid (Espanha), que transmite formação personalizada para o correto enfoque terapêutico dos transtornos respiratórios obstrutivos do sono. O curso obedece ao seguinte programa: introdução ao SAHS, protocolo diagnóstico odontológico do SAHS, tratamento do SAHS, algorritmo do tratamento do SAHS, toma de registos e individualização de parâmetros para a confeção de um dispositivo de avanço mandibular (DAM), aplicação com casos práticos e curso personalizado.
Para dar a conhecer o novo equipamento de anestesia intraóssea QuickSleeper, a Sinusmax está a oferecer aos médicos dentistas a oportunidade de assistirem a sessões de apresentação desta eficaz técnica anestésica e hands-on com o referido equipamento. Estão já agendadas sessões dedicadas ao Quicksleeper (com número de vagas limitado) nas cidades de Lisboa, Porto, Guimarães e Coimbra.
Ortocervera. (0034) 915 541 029 - cursos@ledosa.com - www.ledosa.com
Sinusmax. 229 377 749 - formacao@sinusmax.com
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23ª Reunião de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra
1º Reunião Ibérica sobre branqueamento dentário
XXII Jornadas Internacionais de Medicina Dentária
A Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra vai realizar, entre os dias 3 e 5 de abril, a 23ª Reunião Anual de Medicina Dentária e Estomatologia de Coimbra, que decorrerá no Auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Trata-se de um evento de referência a nível nacional, com uma média de 600 participantes, que contará este ano, de novo, com um programa científico multidisciplinar e a participação de destacados conferencistas. Entre os temas que serão abordados na reunião de Coimbra, figuram a implantologia, a medicina dentária forense, a cirurgia oral, a traumatologia e a regeneração óssea, entre outros.
Nos próximos dias 20 e 21 de junho vai decorrer, na Corunha (Espanha), a primeira reunião ibérica dedicada ao branqueamento dentário, numa iniciativa conjunta da Associação Universitária Valenciana de Branqueamento Dentário e da Sociedade Portuguesa de Endodontia. Este encontro, que se realiza no contexto da XI Jornada de Branqueamento Dentária do país vizinho, contará com a participação de oradores nacionais, nomeadamente João Ferreira (Universidade do Porto) e Eunice Carrilho (Universidade de Coimbra), que abordarão as temáticas “Branqueamento dentário: uma realidade na clínica atual” e “Terapêutica conservadora e estética”, respetivamente.
A 22ª edição das Jornadas Internacionais de Medicina Dentária do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, com sede no Monte da Caparica, vai ter lugar nos dias 28 e 29 deste mês. O programa científico, que contempla palestras com temas diversificados e de interesse multidisciplinar, prevê as intervenções de Mário Rito Pereira, Eduardo Prado, Patrícia Gaton, Elena Barberie Leache, Ricardo Alves, Francisco Proença, Fernando Montenegro, Laura Ceballos e Paulo Monteiro. A organização pretende igualmente abranger as questões práticas que surgem no decorrer da experiência clínica, relativamente a novos materiais e técnicas.
www.infomed.es/auvbd
www.xxiijimd.wix.com/xxiijimd
www.uc.pt/fmuc
Barcelona acolhe em maio reunião científica portuguesa
Camlog realiza em Valência congresso internacional
13ª Expodental celebra-se este mês em Madrid
Nos dias 22 a 24 do próximo mês de maio vai ter lugar, em Barcelona (Espanha), a 36ª reunião anual da Sociedade Espanhola de Odontopediatria, conjuntamente com a quarta reunião da Sociedade Portuguesa de Odontopediatria e a segunda reunião ibérica dedicada a esta especialidade da Medicina Dentária. O programa científico do encontro luso-espanhol prevê um workshop de estética em odontopediatria, e estão já confirmadas as intervenções de vários conferecistas internacionais.
A quinta edição do congresso internacional da Camlog vai decorrer de 26 a 28 de junho próximo, na cidade espanhola de Valência, sob o tema “O mundo da odontologia em constante evolução dos implantes”. Os avanços sob o ponto de vista científico e as práticas da implantologia serão abordados nas diferentes conferências que vão ter lugar ao abrigo deste evento. Como presidentes do congresso foram nomeados os professores Fernando Guerra (Universidade de Coimbra) e Mariano Sanz (Universidad Complutense de Madrid).
O recinto de feiras da capital espanhola vai acolher, entre os dias 13 e 15 deste mês, a décima terceira Expodental. Na edição anterior, o Salão Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços Dentários, que a feira de Madrid (Ifema) organiza com o apoio da Federação Espanhola de Empresas de Tecnologia Sanitária (Fenin), reuniu 22.336 profissionais e cerca de 300 expositores. Ao longo do seu percurso, a Expodental consolidou-se como o segundo certame do circuito de feiras do mercado dentário europeu, apenas superada pelo salão IDS de Colónia (Alemanha).
www.camlog.com
www.expodental.ifema.es
www.spop.pt
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Congressos e reuniões
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Congressos e reuniões
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BioHorizons celebra no Dubai simpósio internacional
Índia acolhe próxima edição do congresso da FDI
Ivoclar Vivadent organiza simpósio internacional
O próximo simpósio internacional da BioHorizons vai ter lugar de 8 a 10 de maio, no Dubai. Neste encontro serão abordados os temas mais controversos da implantologia, incluindo a carga imediata, a estética, a regeneração dos tecidos e as complicações de implantes. O simpósio da BioHorizons é uma oportunidade para os profissionais do setor atualizarem os seus conhecimentos sobre as últimas opções de tratamento, enquanto disfrutam com os seus colegas de um ambiente magnífico.
A próxima edição do congresso mundial da Federação Dentária Internacional (FDI) vai ter lugar em Nova Deli (Índia), de 11 a 14 de setembro. Depois de ter sido a cidade anfitriã da reunião de 2004, a capital da Índia volta a acolher o principal evento do setor dentário mundial, cuja organização estará a cargo da FDI e da Associação Dentária da Índia. O presidente desta associação, Pramov Gurav, congratula-se com o regresso do congresso anual da FDI ao país asiático, destacando o crescente potencial da Índia no setor dentário.
www.biohorizons.com
www.fdiworldental.org
Depois da estreia em Berlim (Alemanha), em 2012, a Ivoclar Vivadent celebra, no próximo dia 14 de junho, a segunda edição do simpósio internacional de especialistas, desta vez em Londres (Reino Unido). O simpósio estará centrado no tema “Novas tendências em restaurações monolíticas e avançadas” e conta com a participação de oradores de renome, tais como James Russell e Robert Lynock (Reino Unido), Bart van Meerbeek e Eric van Dooren (Bélgica), Michele Temperani (Itália), Murilo Calgaro (Brasil), Markus Lenhard (Suíça), Van P. Thompson (EUA), Stefen Loubi (França), Daniel Eddelhoff e Oliver Brix (Alemanha). www.ivoclarvivadent.com/ies2014
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Biblioteca Multimedia
MAXILLARIS MARÇO 2014
P.V.P.: 75 € cada DVD
Faça o seu pedido através do tel.: 218 874 085 ou no nosso site: www.maxillaris.com.pt
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Reunião científica da SPPI realiza-se em maio
Congresso anual da OMD regressa à Exponor
34º Congresso da SPEMD vai decorrer em Coimbra
A próxima reunião anual da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI), que conta com o patrocínio oficial da MAXILLARIS, vai ter lugar no dia 10 de maio, num hotel de Lisboa. O programa científico da jornada conta com a participação de quatro médicos dentistas nacionais e internacionais de renome, designadamente Gil Alcoforado, Mariano Sanz Alonso, Paulo Mascarenhas e Hessam Nowzari. Na véspera da reunião, dia 9, está previsto um curso hands-on (Mucograft), sob a orientação do já mencionado especialista espanhol Mariano Sanz Alonso.
A 23ª edição do congresso anual da Ordem dos Médicos Dentistas vai ter lugar, entre os dias 6 e 8 de novembro, no Centro de Congressos da Exponor, em Matosinhos. Entre os médicos dentistas de renome que já confirmaram a sua presença no congresso, contam-se os suíços Pascal Magne (prótese fixa), Ueli Grunder (implantologia) e Klaus Lang (periodontologia), os espanhóis Javier Gil Mur e Pedro Peña (ambos especializados em implantologia), o húngaro Istvan Urban (regeneração óssea) e o brasileiro Leopoldino Capelozza (ortodontia).
A 34º edição do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) vai decorrer nos dias 10 e 11 de outubro, em Coimbra. O encontro da SPEMD, que conta habitualmente com a participação de centenas de profissionais dos vários quadrantes do setor dentário, vai ter como cenário os auditórios do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra. Além das tradicionais conferências e cursos, a organização do congresso de 2014 antecipa, uma vez mais, uma forte aposta na área da investigação científica.
www.omd.pt
www.spemd.pt
Congressos e reuniões
ND Congresos marzo_Maquetación 1 03/03/14 17:00 Página 79
sppi.maio.2014@gmail.com - www.facebook.com/sppi.pt
XIII Jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa
Jornadas de Prótese Dentária adiadas para maio
SPODF organiza em Guimarães 26ª reunião científica anual
Nos dias 9 e 10 do próximo mês de abril vai ter lugar, na cidade do Porto, a 13ª edição das jornadas de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa. O programa deste encontro abordará temas como a oclusão, a Medicina Dentária baseada na evidência, a cirurgia oral, a endodontia, a ortodontia e a medicina oral, bem como a discussão de casos clínicos. Entre os oradores do evento contam-se Júlio Fonseca, António Mata, José A. González, Paulo Monteiro, Jorge Dias Lopes e António Mano Azul. Também está prevista a presença (na sessão solene de abertura) do bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva.
As II Jornadas de Prótese Dentária do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (inicialmente agendadas para meados deste mês) vão celebrar-se nos dias 30 e 31 de maio, no Campus Universitário desta instituição de ensino, com sede no Monte da Caparica. A segunda edição deste evento, organizado pelos alunos da licenciatura de Prótese Dentária, tem como objetivo apresentar aos congressistas propostas científicas sobre a moderna reabilitação oral, abordando temas de variadas áreas, tais como a implantologia, a estética dentária, a cerâmica e a ortodontia. Está prevista uma área de exposição destinada a empresas ligadas ao ramo da prótese dentária, entre outras do setor dentário.
A 26ª reunião científica anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial (SPODF) vai ter lugar de 3 a 5 de abril, em Guimarães. Subordinada à temática “Soluções terapêuticas multidisciplinares”, a reunião da SPODF vai ter como cenário o Centro Cultural Vila Flor da “Cidade Berço”, onde estão já confirmadas as intervenções dos conferencistas internacionais Domingo Martín e Íñigo Sada (ortodontia), Giulio Rasperini (periodontia) e Cristina Teixeira (biomateriais). www.spodf2014.admeus.net
ufp.jornadas.md@gmail.com - www.ufp.pt jornadasdeprotesedentariaem@gmail.com
MAXILLARIS MARÇO 2014
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Novidades da indústria
ND Novidades marPT_Maquetación 1 04/03/14 10:57 Página 80
Sistema Flag for Bled
Pilares Kerator 212 217 160 - www.integra-lda.com
(0034) 937 154 520 - www.es.acteongroup.com.com
A Integra Lda., distribuidor exclusivo da marca Kerator em Portugal, ampliou no passado mês de janeiro a sua gama de pilares Kerator de fixação de sobredentaduras sobre implantes. Assim, dispõe agora de compatibilidades para mais de 40 marcas de implantes. A gama completa-se com pilares retos e angulados, nas diversas alturas disponíveis entre 1 e 6 mm (pilares retos) e de 1,5 e 3 mm (para pilares angulados).
A Satelec amplia a versatilidade dos seus geradores de ultrassons Newtron B.Led, com o novo sistema exclusivo Flag for Bled. Trata-se de um revelador de placa bacteriana por fluorescência, que permite visualizar e tratar simultaneamente a placa. O Flag pode aplicar-se diretamente nos dentes com a ajuda de um pincel ou diluir-se no depósito de irrigação das unidades Newtron P5 XS Bled. Estes equipamentos incluem uma peça de mão com luz e dois anéis de Led intercambiáveis: um de luz branca, para tratamentos tradicionais, e outro de luz azul. Graças à interação da luz azul com o Flag, este reflete por fluorescência as zonas com presença de placa. Desta forma, detetam-se rapidamente as áreas a tratar, o que se traduz em tratamentos mais efetivos e cómodos tanto para o profissional como para o paciente.
Bambach Saddle Seat
Gama VivaStyle (0034) 946 680 403 www.bambach.es
Já se encontra à disposição do setor dentário português a cadeira Bambach Saddle Seat. Aparentemente simples no seu desenho, incorpora refinamentos e fisionomias que permitem ao profissional de Medicina Dentária sentar-se, durante largos períodos de tempo, sem perder as saudáveis curvaturas naturais da coluna. A utilização desta cadeira fomenta a posição erguida, com as ancas em rotação e flexionadas a 45 graus. Os joelhos e calcanhares também se colocam numa posição intermédia que inibe os movimentos incorretos. As qualidades da cadeira Bambach são, de resto, reconhecidas através da atribuição de prémios em vários certames internacionais de mobiliário hospitalário e ergonómico.
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MAXILLARIS MARÇO 2014
(0034) 913 757 820 www.ivoclarvivadent.es
A Ivoclar Vivadent apresenta um sistema de branqueamento dentário para uso tanto em consulta como a nível doméstico. A gama de produtos VivaStyle contém os reconhecidos componentes de peróxido de carbamida e peróxido de hidrogénio em diferentes concentrações, assim como o novo nitrato de potásio. O agente ativo liberta oxigénio e branqueia os dentes. VivaStyle 10% e VivaStyle 16% permitem um branqueamento dentário suave e efetivo no conforto do lar, ao passo que VivaStyle Paint On Plus, com um conteúdo de 6% de peróxido de hidrogénio, aplica-se diretamente nos dentes, com uma escova, por um profissional. O verniz não se dissolve na saliva e faz efeito poucos minutos depois de ser aplicado.
Linha compacta de fresagem
Novidades da indústria
ND Novidades marPT_Maquetación 1 04/03/14 10:57 Página 81
Adesivo Readi-Base eXact 217 586 269 - www.zirkonzhan.com
800 844 040 - www.tportho.com
A nova linha compacta da fresadora M1 da Zirkonzahn, com os seus diferentes modelos, tem em consideração as crescentes exigências da tecnologia Cad-Cam relativamente aos resultados de fresagem e à utilização prática e logística. Desenvolvida com base na tecnologia comprovada da fresadora M5, a linha compacta está disponível em vários modelos e cobre assim, consoante o modelo, as diferentes necessidades dos laboratórios. Toda a linha da fresadora M1 foi concebida de uma forma particularmente compacta, que não ocupa muito espaço (47,7 cm x 69,3 cm x 61,3 cm), distinguindo-se pelos tempos de fresagem extremamente curtos, graças aos seus rápidos motores. Pode ser combinada, de forma ideal, com o scanner S600 Arti Zirkonzahn e o software Zirkonzahn, de fácil utilização.
A TP Orthodontics apresenta ao mercado nacional os brackets estéticos InVu com Readi-Base eXact. O novo adesivo contribui para reduzir o tempo e os gastos associados à conservação e colagem de brackets, uma vez que esta solução (pré-revestida) está pronta a ser aplicada. Com o adesivo pré-aplicado a cada bracket individual, evita-se o trabalho de preparação, de mistura e de aplicação manual dos adesivos. Readi-Base eXact oferece uma boa margem de manobra ao profissional, pois a posição inicial do bracket pode ser posteriormente ajustada de forma eficaz, cómoda e sem risco de qualquer tipo de desvio. Por outro lado, a particular viscosidade do adesivo utilizado à volta do bracket facilita o processo de limpeza.
Schmidtline Clean
Nova geração Programat 800 201 192 - www.casa-schmidt.es
A Casa Schmidt aumenta a sua variedade de produtos Schmidt Line Clinic com o lançamento da linha de desinfetantes para as clínicas dentárias. Schmidtline Clean, assim se designa a nova gama, surge como resultado do interesse da companhia em oferecer ao profissional do setor dentário os melhores produtos aliados a uma qualidade de excelência e a preços acessíveis. A Schmidt Line Clinic conta já com produtos para impressão, restauração, endodontia e cirurgia, entre outros. O lançamento oficial da linha Schmidtline Clean vai ter lugar este mês em Madrid, durante a Expodental, no stand da Casa Schmidt (9E06, 9G13, 9G11 e 9G09).
(0034) 913 757 820 www.ivoclarvivadent.es
A Ivoclar Vivadent apresenta a nova geração de fornos Programat (P310, P510 e CS2) com uma série de características inovadoras. Os novos fornos apresentam um ecrã tátil, assim como um teclado de membrana. Além disso, possuem uma tecnologia de mufla QTK e um refletor inferior SiC, que garante uma distribuição uniforme do calor e excelentes resultados de cocção. O CS2 está programado para IPS e.max Cad, ao passo que o P510 apresenta uma tecnologia de infravermelhos que deteta a temperatura exata da restauração no processo de pré-secagem, determinando automaticamente o momento em que a restauração está pronta para o processo de cocção.
MAXILLARIS MARÇO 2014
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Página empresarial
ND Empresa marzoPT_Maquetación 1 04/03/14 15:48 Página 82
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Ravagnani Dental reforça participação na Expodental
Novos estudos científicos sobre o sistema IPS e.max
No seguimento da sua recente aposta na venda direta em Espanha, a Ravagnani Dental reforçará a sua presença na próxima edição da Expodental, onde se apresentará com um stand de mais de 100 m2. No certame que se Desenho do stand da Ravagnani Dental. celebra este mês, em Madrid, estarão presentes os principais distribuidores que ajudam a empresa a prestar um serviço eficiente e rápido em todo o território espanhol. A Ravagnani Dental, que ocupará o stand 9A17 do pavilhão 9, apresentará o seu equipamento Taurus G2, desenhado e fabricado na Coreia do Sul. Este produto representa um salto qualitativo nas opções de venda, que não deixará indiferente o cliente mais exigente que queira controlar todos os parâmetros de trabalho do equipamento.
A atualização do relatório científico da Ivoclar Vivadent reúne os mais importantes estudos sobre o sistema de cerâmica sem metal IPS e.max que foram levados a cabo nos últimos 12 anos. Além dos numerosos estudos in-vivo e in-vitro, foi introduzido um novo trabalho científico sobre o IPS e.max Cad-on. Relatório científico sobre o sistema Desde que foi desenvolvido, há mais de uma décaIPS e.max da Ivoclar Vivadent. da, o sistema IPS e.max tem sido investigado cientificamente por especialistas de renome. Os resultados mais importantes, incluindo os pormenores sobre os métodos de prova e os casos de sucesso, podem ser consultados na memória científica IPS e.max.
229 773 040 - www.ravagnanidental-portugal.com
(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es
Ivoclar Vivadent apresenta novidades na Expodental
TP Orthodontics divulga novo site
A Ivoclar Vivadent vai aproveitar a sua participação na Expodental, que se celebra este mes em Madrid, para divulgar uma série de produtos, nomeadamente a recém estreada divisão digital Wieland Dental. Todos os profissionais que visitarem o stand da marca (F08 e E10) poderão também assistir a deO sistema de fresagem Zenotec Mini. monstrações dos mais recentes produtos. Zenotec Mini, um sistema de fresagem compacto que se destaca pela sua eficiência e qualidade, será um dos produtos em evidência nesta edição do salão dentário internacional do país vizinho. Dotado de scanner e de PC, este sistema permite reduzir um laboratório às dimensões de um consultório.
A TP Orthodontics, empresa com mais de 70 anos de experiência no mercado dentário, tem à disposição um novo site na internet que visa reforçar a interação entre pacientes e profissionais que se dedicam aos tratamentos estéticos. A secção destinada aos pacientes partilha casos bem sucedidos e divulga as so Novo site reforça a interação entre luções disponíveis. Os profissionais podem consultar pacientes e profissionais do setor. informação sobre produtos, casos clínicos, testemunhos de ortodontistas de várias partes do mundo, bem como recorrer a serviços de marketing. Os ortodontistas têm ainda a possibilidade de associar links ao novo site CosmeticBraces.com, o que lhes permitirá divulgar as suas soluções estéticas junto de um maior número de potenciais pacientes.
(0034) 913 757 820 - www.ivoclarvivadent.es
800 844 040 - www.tportho.com
MAXILLARIS MARÇO 2014
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