Centro de Desenvolvimento Infantil Educação
Saúde
Lazer
Centro de Desenvolvimento Infantil Educação
Saúde
Lazer
Por Mayara Marques dos Santos Sob orientação das professoras: Denise Monetto Bárbara Suassuna Universidade Estácio de Sá Campus Tom Jobim Rio de Janeiro - 2021.1
“
A característica primordial, arquitetônica, de um grupo escolar deve estar subordinada em primeiro lugar à criança. É para a criança que se faz um grupo e não para os professores.
Hélio Duarte
.
”
Resumo Os espaços destinados a crianças tendem a estimular diretamente o seu dia a dia. O ambiente escolar deve estimular os sentidos, a curiosidade, a vontade de despertar e experimentar dos pequenos usuários. Sendo esses usuários crianças com diversos tipos de necessidades diferentes, com deficiência, limitações ou não, até o final da sua primeira infância, aos seis anos. O projeto proposto a seguir, busca a concepção do Centro de Desenvolvimento Infantil, uma unidade de ensino para creche e educação infantil, que buscar servir além das atividades educacionais, oferecendo a população serviços de assistência social, de saúde, de lazer e recreação. A ser localizado na área central do município de Itaguaí no estado do Rio de Janeiro. O Centro de Desenvolvimento Infantil garantirá o direito de toda criança, desde o inicio da vida escolar as ter acesso ao aprendizado inclusivo e integrado.
Abstract Children’s spaces tend to directly affect their daily lives. The school environment must stimulate their senses, curiosity and the little users will to experiencing new things. These users are composed by children with different types of different needs, with disabilities, limitations, or not, until the end of their early childhood, at age of six. The project proposed below seeks the concept of the Child Development Center, a teaching unit for kindergarten and early childhood education, which the point is to serve beyond educational activities, offering the population both assistance and social health, as well as spaces of leisure and recreation. To be located in the central area of Itaguaí, a state’s county of Rio de Janeiro. The Child Development Center will guarantee every child the right of having access to inclusive and integrated learning from the binging of their school life.
O Centro de Desenvolvimento Infantil O tema e sua justificativa Objetivos sociais e pedagógicos a serem atendidos Educação e acompanhamento Assegurados por lei
Público a ser atendido Idade e demandas relativas a cada grupo infantil Integrar e não segregar Organização dos espaços para o desenvolvimento infantil
Estudos de Caso Escola de educação infantil Elefante Amarelo Jardim de infância de Jiangsu Beisha
01 02 03
Local de Implantação O município de Itaguaí e condicionantes para o projeto O Terreno Análise e diagnóstico do entorno Legislação local
Concepção projetual Programa de necessidades Fluxograma Conceito e partido Arquitetônico Estudos projetuais
Proposta projetual Implantação Plantas baixas Cortes Fachadas
04 05 06
Figura 01 - Educação inclusiva.
Fonte: FAMESP. Disponível em <https://famesp.com.br/educacao-inclusiva/>.[Acesso em 30/03/2021]
O Centro de Desenvolvimento Infantil O tema e sua justificativa Objetivos sociais e pedagógicos a serem atendidos Educação e acompanhamento Assegurados por lei
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Tema e justificativa As instituições de ensino são equipamentos urbanos destinados a fornecer serviços de assistência sócio-educativa a crianças e adolescentes. O Centro de Desenvolvimento Infantil, busca promover atendimento especializado e integrado fornecendo além dos serviços sócio educativos, com o ensino voltado ao desenvolvimento e formação completa da criança ofertando também serviços de saúde, com atendimentos especializado com pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, que ajudarão professores e familiares a atender as crianças, e espaços de lazer para colaborar com o desenvolvimento motor tudo isso voltado para crianças, de zero a seis anos. O maior objetivo é o pleno desenvolvimento da criança, baseando-se no amplo conhecimento das suas necessidades, de sua evolução psicomotora, psicológica e da convivência das crianças sem qualquer tipo de separação entre elas. Assim integrando ao grupo de crianças que frequenta a escola, crianças com deficiências física, visual, auditiva, intelectual, psicossocial e deficiência múltipla. Com o passar dos anos foi observado a forma como as pessoas e também as crianças não se enquadram em padrões estabelecidos pela sociedade. Crianças com características físicas, mentais e intelectuais se diferem desse padrão. A partir disto, são exemplos dos principais problemas nas instituições escolares: A falta de acessibilidade na estrutura física das escolas é a principal dificuldade para a prática da educação inclusiva. E por mais que nem sempre as escolas sejam adaptadas a deficientes, é obrigatório que todas as unidades escolares tenham acessibilidade.
Ainda assim não é comum ter uma creche ou escola pensada e pronta pra receber todas as crianças, o planejamento de mobiliário próprio para cada idade, janelas que possibilitam a visibilidade pelas crianças são formas de que elas se sintam pertencentes ao local. E segundo Giselle Arteiro, arquiteta e coordenadora do GAE; “A maioria dos edifícios escolares ainda é pensada em termos quantitativos, com espaços projetados por metro quadrado por criança. Mas o espaço é tridimensional, deve ser pensado em metros cúbicos. E não só: deve ser pensado na interação pessoa e ambiente e também nas relações espaciais que existem dentro e fora da escola.” (Arteiro, 2018) Além do problema da falta de acessibilidade e do não pertencimento entre crianças e a unidade escolar, é comum a escola não oferecer nenhum acompanhamento a criança, nem todas as famílias conseguem dar a seus filhos assistência médica e auxílo de especialistas. A descoberta e intervenção precoce de deficiências, problemas de saúde e possíveis limitações, em crianças de 0 a 3 anos é aspecto importante para o seu desenvolvimento. Os resultados da estimulação evidenciam duradouros benefícios para o desenvolvimento do indivíduo, desde que a ação estimuladora se efetue nos primeiros anos de vida, de forma regular e sistemática, sem descontinuidade e sem interferência de fatores francamente negativos. (ESTIMULAÇÃO PRECOCE, 1996, p. 21). Por isso a necessidade de oferecer na unidade de ensino espaços dedicados a saúde e desenvolvimento da criança.
Apenas 26% das escolas públicas são acessíveis a pessoas com deficiência
O crescimento de matrículas de estudantes com deficiência tem favorecido a acessibilidade dos espaços, mas número ainda está bem longe do ideal Reportagem Gestão escolar
Fonte: Nova escola, disponível em:<https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1851/apenas-26-das-escolas-publicas-sao-acessiveis-aos-portadores-de-deficiencia > [acesso em 23/03/2021]
Figura 02 - Menina com Síndrome de Down.
Fonte: Inclusão na Escola. Disponível em <https://inclusaonaescola.com.br>.[Acesso em 24/03/2021]
Objetivos sociais e pedagógicos a serem atendidos A fase inicial da vida de uma criança consiste no momento essencial para o seu desenvolvimento. Com 3 anos, ainda é fraco o nível de desenvolvimento infantil, mas na idade próxima aos 6 anos, é marcada a fase onde o cérebro da criança já se encontra desenvolvido e terá “90% do peso que terá na idade adulta. Os outros 10% adquirem-se nos 10 anos seguintes” (Mialleret, 1979, cited in Alava & Palacios, 1993). A partir dessas informações foram observados objetivos bases que deveram devem ser levado em consideração tanto na concepção de um espaço educativo para crianças quanto no trabalho educativo a ser realizado, de forma que seja consciente, intencional e de total qualidade.
Objetivos Sociais e Assistenciais Como todo equipamento urbano, O Centro de Desenvolvimento Infantil não pode ser considerado apenas uma área edificada, mas sim uma instituição que deve estar inserida na aplicação de políticas públicas que estejam ligadas ao desenvolvimento infantil, e tem como objetivos sociais: • Criar um corpo de assistência a criança e apoio a primeira infância; • Atenuar efeitos negativos da convivência familiar ou condições precárias do lar; • Ser um centro de interesse e de ação social; • Integrar a família para melhor atender as necessidades; • Diagnosticar todos os tipos de deficiências; • Acompanhar o desenvolvimento da criança; • Oferecer assistência especializada a crianças deficientes; No sentido social, o Centro de Desenvolvimento tem diversas finalidades, que envolvem tando o Poder Público quanto toda a comunidade do entorno do equipamento, e compreende uma escala interativa de programas específicos de proteção a criança, regidos por disposições e normas de vários órgãos e entidades, em geral da esfera municipal, que constituem em diretrizes básicas para sua implantação.
Afim de proporcionar as crianças frequentadoras do Centro de Desenvolvimento o pleno acompanhamento da infância, faz parte do programa a inclusão de espaços destinados a saúde. Como principais agentes desta área encontra-se os pediatras e assistentes sociais. E pode contar ainda com Psicólogos, dentistas, nutricionistas, fonoaudiólogo e fisioterapeutas.
Objetivos Pedagógicos Além do campo social, a maior função do Centro de Desenvolvimento Infantil são as noções de educação e de pedagogia, além de espaços de convivência, que refletem a vida e o cotidiano, das relações entre as crianças e delas com adultos e todo o mundo. O espaço educacional traduz ideias e interfere amplamente na personalidade e no dia a dia das crianças, principalmente relacionado aos anos inicias da educação. Alguns objetivos pedagógicas podem e devem ser considerados para definição do espaço. • Respeitar o direito da criança de brincar, como forma de interagir e de se apropriar do mundo social e cultural; • Garantir a relação sensorial da criança com o espaço; • Evidenciar e ensinar as crianças a adquirirem controle corporal e emocional; • Priorizar o mundo das relações e descoberta de si; • Valorizar a identidade visual e social;
Educação e acompanhamento Assegurados por lei Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069/90) Art.54 - “É dever do estado assegurar à criança e ao adolescente acesso a educação com atendimento em creche e pré escola às crianças de zero a seis anos de idade.” Além do estatuto da criança e do adolescente outras leis e órgãos garantem a criança acesso a creches e instituições de ensino. As três esferas governamentais do Poder Público, cada uma em sua atuação seguindo a Constituição Federal devem assegurar todos os direitos das Crianças: Art. 208: O dever do Estado com a educação será a Garantia de : IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade. mmmmmmmm
Art. 211 : A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. 1- A União organizará e financiará o sistema federal de ensino dos territórios e prestará assistência técnica e financeira aos Estados e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória. 2- Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e pré-escola. Na Lei Orgânica do Município são reforçadas estas responsabilidades, com repercussão nas disposições do artigo 322, que enuncia: Art. 322: O dever do Município será efetivado assegurando: III - O atendimento obrigatório, gratuito e especializado, em creche, às crianças de 3 anos, em horário integral e, em pré-escolas, às crianças de 4 a 6 anos A Declaração Universal dos Direitos Humanos criada pela Organização das Nações Unidas colaborou para a criação do Estatuto da Criança e do adolescente (Lei Federal 8.069/90, cap. IV, Art.54), tendo ainda a assistência social, o plano diretor e a base da educação nacional com leis que garantem o acesso a educação e acompanhamento das crianças. Ainda se tratando do Estatuto da Criança (Lei Federal 8.069/90), dispões das informações preliminares para o direito da criança:
Art. 4° - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Art. 7° - A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Como modificação da Lei do estatuto da criança, a Lei Federal Nº 13.257, de 8 de março de 2016, dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e estabelece princípios e diretrizes para a aplicação de recursos. Art. 4º As políticas públicas voltadas ao atendimento dos direitos da criança na primeira infância serão elaboradas e executadas de forma : I - atender ao interesse superior da criança e à sua condição de sujeito de direitos e de cidadã; III - respeitar a individualidade e os ritmos de desenvolvimento das crianças e valorizar a diversidade da infância brasileira, assim como as diferenças entre as crianças em seus contextos sociais e culturais; IV - reduzir as desigualdades no acesso aos bens e serviços que atendam aos direitos da criança na primeira infância, priorizando o investimento público na promoção da justiça social, da equidade e da inclusão sem discriminação da criança; IX - promover a formação da cultura de proteção e promoção da criança, com apoio dos meios de comunicação social. Art. 5º Constituem áreas prioritárias para as políticas públicas para a primeira infância a saúde, a alimentação e a nutrição, a educação infantil, a convivência familiar e comunitária, a assistência social à família da criança, a cultura, o brincar e o lazer, o espaço e o meio ambiente, bem como a proteção contra toda forma de violência e de pressão consumista, a prevenção de acidentes e a adoção de medidas que evitem a exposição precoce à comunicação mercadológica.
Figura 03 - Crianças estudando juntas.
Fonte: Inclusão na Escola. Disponível em <https://playtable.com.br/uploads/blog/inclusao-no-ambiente-escolar-os-beneficios-para-o-desenvolvimento-de-criancas-com-deficiencia2.jpg>.[Acesso em 28/03/2021]
Público a ser atendido Espaços para o desenvolvimento infantil Idade e demandas relativas a cada grupo infantil Integrar e não segregar
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Espaços para o desenvolvimento infantil Como já dito anteriormente, a fase inicial da vida das crianças é de extrema importância para o seu desenvolvimento. Assim, Creches e escolas de educação infantil, tem sua função elevadas e passam a ser vinculadas a programas de assistência a educação infantil. Buscar atender crianças de comunidades menos favorecidas e que não costumam ter acesso a educação atinge diretamente a sua comunidade, e tem uma cadeia de consequências positivas, buscando sempre o bem estar social, físico e emocional. A faixa etária de extrema importância ao desenvolvimento da criança no inicio da sua vida ou seja na primeira infância, é de 0 a 6 anos, onde seu aprendizado e sua caracterização do espaço começa a ser percebida. E essa é justamente a idade a qual o Centro de Desenvolvimento Infantil busca atender.
Espaços educativos
Os espaços dedicados a crianças devem obedecer dois parâmetros fundamentais: Sensações percebidas e escala da criança. Os ambientes devem seguir posturas aparentemente distintas, deve atender as demandas das crianças respeitando a sua escala, ser lúdico e atrativo. Mas também precisa ser espaçoso, amplo e simplificado. Sempre buscando ser funcional, pedagógico e correspondendo as necessidades de cada idade.
Local para profissionais O público principal a ser atendido no projeto são as crianças. Mas é importante ressaltar a necessidade e importância dos profissionais que trabalham no local. Os espaços da instituição devem facilitar a atuação dos profissionais, para que eles possam se dedicar-se com maior conforto e motivação as atividades com as crianças.
Local para crianças
A relação entre espaço e criança, nos seus primeiros anos de vida é um tema importante que sempre estará alinhado ao tema deste projeto. Como espaço dedicado a crianças O Centro de Desenvolvimento Infantil precisa atender e respeitar a necessidade das crianças e da sua comunicação através do local. Noções de cores, formas, longe/perto, baixo/alto, entre outras devem estar contidas na arquitetura, transformando todo o local em uma dinâmica educativa. São exemplos também de intervenções que devem promover o desenvolvimento:
Da observação;
Do pensamento espacial;
Da linguagem como orientadora da ação;
Da linguagem como sistema expressivo de comunicação;
Da linguagem científica;
Da linguagem literária.
Esses fatores colaboram para o permanente desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, moral, cultural e físico. Onde a educação deve se organizar para e pelo desenvolvimento infantil.
Demandas relativas a cada grupo infantil O Centro de Desenvolvimento Infantil irá atender 150 crianças, e é necessário entender e identificar que no atendimento infantil sempre há novas descobertas e necessidades. Afim de entender melhor essas demandas e prioridades para cada faixa etária é criado o esquema a seguir, relacionando idade, espaço e necessidades. Creche II
Pré I
Nessa fase é notável o desenvolvimento da criança, é nessa idade que ela pula e corre tendo domínio de seus movimentos e já consegue comer sozinha, iniciando assim a independência para muitas atividades.
3a4 anos
Creche I Aqui a criança passa a ter mais coordenação motora, demonstrar emoções e realizar algumas atividades sozinha. A socialização com outras crianças passa a ser mais fácil.
Berçário II
4a5 anos
5a6 anos
2a3 anos
Pré II
1a2 anos
Essa fase marca o início da vida coletiva do bebê, pode-se observar a intensificação do desenvolvimento psicomotor. É nesta etapa que a criança aprende que suas ações estão relacionadas às modificações
A criança dessa idade é extremamente observadora, mas de forma inquieta, onde tudo a sua volta é questionado, tem constante relação com o seu ambiente. Tem seu vocabulário mais desenvolvido e costuma conversar bastante.
0a1 ano
É uma fase onde a criança gosta de adquirir algumas responsabilidades e toma uma postura mais séria, independente e responsável. A criança já cuida de sua higiene pessoal sozinha e começa a escolher o que vai comer
Berçário I Fase inicial da vida da criança, é onde o contato do mundo do bebê se da através de suas interações e das multiplas relações, do olhar, escutar, sentir, tocar e também das trocas e contato com o próximo.
Berçário I e Berçário II Salas atendem até 15 crianças cada. Sala com espaços dedicados a repouso, interação e atividades que desenvolvam a sociabilidade, psicomotricidade e linguagem, com locais reservados para alimentação e amamentação. Figura 04 - Evolução das crianças. Fonte: Infográfico elaborada pela autora.
Creche I e Creche II Atende de 20 a 25 crianças respectivamente. Essas salas já começam a ter mesas para atividades de estimulação, espaços recreativos e também de repouso.
Pré I e Pré II Salas atendem até 25 crianças cada. Ambientes com espaços livres para atividades orientadas, com mesas para artes, jogos e pré escrita, pode contar também com ambiente, tipo casa, para a individualização de atividades.
Incluir e não Segregar Hoje as instituições de ensino devem receber alunos com deficiência em suas unidades, as crianças são amparadas pela Constituição Federal, que determina no Art. 205 que a educação é direito de todos, e na Resolução do CNE/CEB nº 2/2001, que define que as escolas devem oferecer e atender todos os alunos em classes comuns, mas oferecer o devido apoio a crianças com deficiência. Mesmo com garantia da lei, frequentemente é possível ver matérias e reportagens que escolas não são acessíveis ou até mesmo que se nega a receber certos alunos em suas unidades. Qualquer escola, pública ou particular, que negar matrícula a um aluno com deficiência comete crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos (Art. 8º da Lei nº 7.853/89). É importante identificar também o que são os termos relacionados a esse assunto, qual a diferença entre exclusão, segregação, integração e inclusão (Feitosa,2020).
Exclusão é quando não há nenhuma atenção ao grupo específico, ou seja quando a escola não aceita receber crianças com deficiência. Segregação é quando geralmente as crianças são atendidas em instituições específicas e têm pouco ou nenhum controle sobre a qualidade da atenção recebida. A integração acontece quando a criança passa a ter acesso a rede de ensino regular, desde que se adapte ao local e não traga prejuízos ao ensino dos demais. Inclusão é com o avanço da sociedade a luta por educação inclusiva ganha cada vez mais espaço. A inclusão consiste nas crianças estudarem e se desenvolverem juntas , independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem.
Figura 05 - Diferença entre, exclusão, segregação, integração e inclusão Fonte: Infográfico elaborada pela autora.
Recentemente aconteceu um pedido de mudança na politica nacional para alunos com deficiência em unidades de ensino. O atual presidente aprovou e assinou o decreto, que por fim foi vetado pelo STF. Esse acontecimento trouxe a discussão atona, afinal segregar ou incluir. Muitos especialistas deram opiniões contrarias sobre o assunto. O ministro da educação defende a separação das escolas. “Um dos principais norteadores dessa política nacional é a valorização das singularidades e do direito do estudante e das famílias no processo de decisão sobre as alternativas mais adequadas para o atendimento educacional especializado” (Ribeiro,2020) Já os especialistas afirmam que essa política é um retrocesso em uma luta de 30 anos de inclusão social. O presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Antônio Carlos Cestari, afirma que o decreto fere as convenções da ONU e vai contra a inclusão social. “Nas ‘doces palavras’ desse decreto, fecha aspas, está o veneno amargo da exclusão. Está a manutenção de uma sociedade capacitista que discrimina e de uma sociedade preconceituosa. Somente a convivência de pessoas com deficiência é que nós poderemos ter uma sociedade inclusiva” (Cestari, 2020) O superintendente do Instituto Rodrigo Mendes, responsável por desenvolver programas a área de educação inclusiva, reconhece o decreto como uma forma de enfraquecer a busca da pessoa com deficiência de frequentar a escola comum. “Estimula as famílias a matricularem seus filhos nessas escolas especiais. A gente levou um tempão para mudar essa visão e agora a gente precisa avançar, precisa investir na escola comum, na escola que promove a diversidade” (Mendes,2020) Reportagem Inclusão nas escolas
Fonte:G1, disponível em:< https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/10/02> .[Acesso em 06/04/2021]
Especialistas criticam mudança na política nacional para alunos com deficiência
O Ministério da Educação mudou uma regra adotada desde 2008 com ótimos resultados. O decreto assinado pelo presidente Bolsonaro determina que o governo federal, estados e municípios deverão oferecer escolas especializadas para alunos com deficiência. Reportagem G1
Fonte: G1, disponível em:< https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/10/02/especialistas-criticam-mudanca-na-politica-nacional-para-alunos-com-deficiencia.ghtml> .[Acesso em 06/04/2021].
Retrocesso de 60 anos”: o decreto de Bolsonaro para a Educação Especial
A estudante de 16 anos Graziella vivencia na sala de aula o que especialistas em educação especial pregam desde os anos 1990: a inclusão é o melhor caminho Reportagem Guia do estudante
Fonte: Guia do Estudante, disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/retrocesso-de-60-anos-o-decreto-de-bolsonaro-para-a-educacao-especial/> [acesso em 07/04/2021].
Toffoli suspende decreto da nova política de educação para alunos com deficiência
Especialistas apontam o risco de que essa separação enfraqueça a inclusão dos estudantes no convívio com crianças sem deficiência. Reportagem G1
Fonte: G1, disponível em: <https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/12/01/toffoli-suspende-decreto-do-mec-com-nova-politica-de-educacao-para-alunos-com-deficiencia.ghtml>. [acesso em 07/04/2021].
Os desafios da Educação inclusiva: foco nas redes de apoio
Para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com Necessidades Educacionais Especiais. Reportagem Nova Escola
Fonte: Nova escola, disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio> [acesso em 07/04/2021].
Figura 06 - Crianças estudando juntas.
Fonte: Cidadania Infância e Adolecência. Disponível em <http://cidadaniainfanciaeadolescencia.blogspot.com/2014/05/>.[Acesso em 10/04/2021].
Figura 07- Inclusão de crianças.
Fonte: Site BabyCenter Disponível em < https://www.babycenter.com/ims/2018/11/iStock-920503140.jpg.pagespeed.ce.dJRTLQbHiv.jpg >.[Acesso em 28/03/2021]
Estudos de Caso Jardim da Infância Elefante Amarelo Jardim de infância de Jiangsu Beisha
03
Referência 1 Jardim da Infância Elefante Amarelo
Figura 08- Fachada Jardim de Infância Elefante Amarelo
Fonte: ArchDaily. Disponível em < https://images.adsttc.com/media/images/561e/eaaf/e58e/ce6d/4400/00a1/slideshow/xystudio-KINDERGARTEN-YELLOW-ELEPHANT-(9).jpg?1444866720>. [Acesso em 24/03/2021]
Este projeto para o Jardim de infância fica localizado na Polônia, foi projetado pelo Studio XY, no ano de 2015. O projeto fica em um terreno com mais de 12000m² e tem sua construção de 810m² de apenas um pavimento, a edificação tem como atrativo principal o seu pátio central, um espaço com caixa de areia e uma árvore central, que marca o conceito do projeto, da vida no jardim da infância girando em torno da árvore mágica do pátio. Sua estrutura foi projetada para comportar até 125 crianças, da creche e do jardim da infância , tendo uma sala reservada para cada idade, de 1 a 5 anos. Um partido e prioridade do projeto foi que todos os espaços do local fossem pensados e projetados para o bem estar das crianças, e para que elas possam se sentir mais acolhidas pelo edifício, assim respeitando a escala das crianças, do pé direto do prédio até portas, janelas e mobiliários.
O projeto esta implantado em um terreno com mais de 12.000 m², com a construção onde funciona o Jardim da Infância que possui apenas 810m². Na imagem da implantação é possível notar a relação entre a construção com o todo o terreno, nas demais áreas livres do terreno foram colocados os espaços dedicados a lazer e de jardins, que tomam conta do terreno, e deixam claro a ideia dos Arquitetos de implantar o projeto, e deixar amplos espaços abertos para as crianças. Pode-se perceber a partir da relação das áreas que foi prioridade no projeto manter a área construída envolta por área verde afastando a construção da rua, tornando o ambiente mais seguro e agradável. A partir do estudo da implantação adotada, foi criada a setorização dos espaços. Foi setorizada a área construída do prédio do jardim da infância e seus espaços externos, onde são encontrados áreas recreativas, campo gramado, pavilhão de verão, parque da creche e parque do jardim da infância, entre um grande espaço de jardim verde.
A construção térrea se distribui de forma modular implantando todas as suas funções, de forma simples e clara. Seus ambientes consiste em um pátio central e mais cinco áreas, 2 enfermarias e 3 salas, cuja duas delas são compartilhadas, criando assim 5 salas de aula. A consideração da incidência solar foi mais um ponto crucial do projeto, para a locação dos ambientes na planta baixa foi implantado respeitando os pontos cardiais. E isso colaborou para que durante todo o dia, a construção que está ao entorno do pátio faz sombra de forma intercalada. A partir da planta baixa do projeto, foi produzido, afim de evidenciar a divisão dos espaços internos da construção, uma planta baixa setorizada assim demonstrando a divisão proposta, na área leste fica a enfermaria e os equipamentos sociais, na área oeste o jardim da infância e na sua área central a administração e o pátio central.
Acesso principal Acesso Veículos
Área construída Pavilhão de verão Campo gramado Parque creche Parque jardim infância Área verde
Figura 09 - Zoom implantação setorizada Fonte: Implantação editada pelo autor.
Pavilhão de verão
Circulação interna leva ao pavilhão de verão Sala compartilhada
Pátio interno
Circulação interna entorno do pário interno
Distribuição do fluxo interno
Serviços / enfermaria Salas de aula Administração Banheiros e vestiários Pavilhão de verão Pátio Central
Figura 10 - Planta baixa com fluxos e setores. Fonte: Implantação editada pelo autor.
Sala compartilhada
Pátio Interno
Aberturas zenitais
Ventilação e iluminação natural
Figura 11 - Corte esquemático Fonte: Corte editado pelo autor.
A preocupação com a insolação foi além da orientação da construção quanto aos pontos cardeais, os arquitetos responsáveis também dedicaram atenção quanto a entrada de luz natural e permeabilidade dos ambientes.
Entrada de luz natural nas salas de aula
Figura 12 - Aberturas Zenitais.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://images.adsttc.com/images/561e/ebaa/e58e/cec3/c400/00ba/ xystudio-KINDERGARTEN-YELLOW-ELEPHANT-(19).jpg?1444866973>.[Acesso em 24/03/2021].
Parte do pátio se mantem sempre sombreada
Figura 13 - Pátio central.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://images.adsttc.com/media/images/561e/ea75/e58e/ cec3c400/00b/xystudio-KINDERGARTEN-YELLOW-ELEPHANT-(7).jpg?>. [Acesso em 24/03/2021].
Armários no corredor
Janelas para o pátio
Figura 14 - Corredor.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://images.adsttc.com/media/images/561e/e9bf/e58e/cec3/ c400/00b2/slideshow/xystudio-KINDERGARTEN-YELLOW-ELEPHANT-(3).jpg?>. [Acesso em 24/03/2021]
Cada sala de aula possui de 2 a 3 aberturas zenitais, o que garante iluminação natural difusa durante todo o horário onde as crianças utilizam o local,um tipo de iluminação que não superaquece os ambientes. Com o corte é possível identificar a relação entre as aberturas zenitais e a iluminação das dalas de aula. Outros pontos importantes a serem ressaltados são a relação entre a escala do local e as crianças as alturas foram reduzidas ao máximo, especialmente para as crianças. As janelas das salas, que são grandes aberturas nas fachadas com um peitoril baixo, ajustado à altura das crianças. Assim, são mais acessíveis para que possam se comunicar com o exterior. Todos as janelas mantém-se no nível 1,5 metros. O pátio ponto central do projeto, conta com um caixa de areia e uma árvore que é o destaque do espaço, essa árvore é o coração do edifício e foi considerada pelos arquitetos a árvore da vida, onde o jardim da infância gira ao seu redor. Os corredores se abrem para esse pátio, com grandes janelas que permitem a máxima iluminação natural, esse espaço entre o edifício é considerado um espaço seguro e confortável, onde as crianças aproveitam a caixa de areia e as brincadeiras ao ar livre, o espaço dos corredores funcionam também como grandes armários.
Salas de aula integradas
Salas integradas Duas das salas de aula tem espaços de integração, que podem fica aberto ou fechados, todas com visibilidade para o vestiários. Criando assim áreas de total controle dos professores. Figura 15 - Sala de aula integradas.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://images.adsttc.com/media/images/561e/eb40/e58e/ce6d/4400/00a4/ slideshow/xystudio-KINDERGARTEN-YELLOW-ELEPHANT-(15).jpg?>. [Acesso em 24/03/2021]
Salas de aula As salas de aula são divididas entre a área estudo onde estão as mesas e cadeiras, e a área livre para atividades e interação das crianças. Todas as salas possuem as janelas com o peitoril baixo, na altura do observador que nesse caso são as crianças. Figura 16 - Sala de aula.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://images.adsttc.com/media/images/561e/eb54/e58e/cec3/ c400/00b9/slideshow/xystudio-KINDERGARTEN-YELLOW-ELEPHANT-(16).jpg?>. [Acesso em 24/03/2021]
Vestiários Vidro para observação das crianças
Os vestiários tem conexão direta com as salas de aula ou salas compartilhadas. Suas janelas são de correr, permitindo que as crianças se interajam com a sala de aula de maneira mais curta. E pode-se perceber também a preocupação com a escala dos mobiliários e das cabines infantis.
Escala das crianças
Figura 17 - Vestiários.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://images.adsttc.com/media/images/561e/ec71/e58e/ce6d/4400/00ac/ slideshow/xystudio-KINDERGARTEN-YELLOW-ELEPHANT-(24).jpg?1444867171>. [Acesso em 24/03/2021] Aberturas zenitais
2,30m
Fachadas
1,50m
Fachada frontal
2,30m
Fachada lateral 1
1,50m
Fachada posterior
Fachada lateral 2 Figura 18 - Fachadas.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://images.adsttc.com/media/images/561e/ec71/e58e/ce6d/4400/00ac/ slideshow/xystudio-KINDERGARTEN-YELLOW-ELEPHANT-(24).jpg?1444867171>. [Acesso em 24/03/2021]
A escala dos usuários do local, as crianças, foram eixos influenciadores para a concepção do projeto. A altura de 2,30m nos acessos, a inclinação das coberturas e o baixo peitoril das janelas, tendo sua altura máxima de 1,5m, foram pensados e adotados para se adaptarem a escala das crianças. Essas mudanças foram adotadas para que as crianças sintam que o projeto foi feito para elas.
Programa do projeto O projeto do Jardim da Infância tem seu programa pensado para atender 125 crianças, tendo as salas de aula, salas compartilhadas e as áreas de recreação tanto no pátio interno quanto na sua áreas externa. Quantidade
Área
Sala de aula
5
66,4 m²
Salas compartilhadas
2
35,5 m²
Vestiários
3
13,2 m²
Banheiro Pcd
1
4,4 m²
Salas Enfermaria
2
10 m²
Cozinha
1
9 m²
Despensa
1
6 m²
Banheiro
1
3,5 m²
Salas administração
2
12 m²
Hall entrada
1
35 m²
Pátio central
1
205 m²
Pavilhão de verão
1
98 m²
Campo gramado
1
98 m²
Parque da creche
1
370 m²
Parque do jardim de infância
1
370 m²
Área verde
1
10 660 m²
Área Total
12 000 m²
Ambiente
Pontos a serem apropriados para o projeto
Escala da criança; Vestiário entre as salas; Máximo uso de ventilação e luz natural; Espaços que favoreçam a independência das crianças; Pátio interno; Implantação com presença de muitos jardins e áreas verdes.
Referência 2 Jardim de infância de Jiangsu Beisha
Figura 19 - Implantação Jardim de Infância de Jiangsu Beisha.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/920808/jardim-de-infancia-de-jiangsu-beisha-crossboundaries/5cf0a3e1284dd119c7000013-jiangsu-beisha-kindergarten-crossboundaries-photo?next_proje
ect=no>. [Acesso em 04/05/2021]
A segunda referência trás um contraste oposto ao típico formato de uma escola. O projeto realizado pelos arquitetos Crossboundaries no ano de 2018, fica Localizado na Aldeia Beisha, Condado de Fu’ning, Jiangsu na China, a primeira província na China que acelerou o desenvolvimento de alta educação pré-escolar de qualidade em todas as áreas urbanas e rurais. Sua área construída de 2815 m² é marcada por estruturas de pequena escalas, cuja as crianças que vivem ali estão acostumadas, e a implantação desses volumes no terreno cria uma espécie de jogos de descobertas “uma mini-aldeia aninhada na forma de um conjunto de edifícios em forma de cluster.”
O projeto busca estar ligado ao seu entorno, trazendo a escola a característica de uma mini aldeia, dando as crianças uma sensação de familiaridade e as dando interessantes relações onde a construção introduz novidades e encoraja a curiosidade. “A escala adequada do projeto foi um ponto de partida crucial, o que levou a criar um conjunto de construções para a Beisha, com os volumes necessários divididos em peças semelhantes a casas, integradas pelo espaço aberto multifuncional central. Esta integração do exterior e do interior é crucial para o ambiente de educação inicial e inata para o contexto rural.” (Arquitetos Crossboundaries)
Da pra se perceber que nesse projeto não foi pensado apenas a implantação, mas sim a criação de um espaço familiar e interativo para as crianças. Figura 20 - Implantação setorizada Fonte: Implantação editada pelo autor.
O projeto do Jardim da infância se distribui de forma irregular por todo o terreno, assim criando pra cada ambiente um prédio diferente. No centro está localizado o pátio central, lugar de concentração e encontro entre todos os espaços e entre as construções “sobraram” pequenos e secretos lugares escondidos da praça principal, os locais de descobertas para as crianças. No segundo pavimento,ligando as construções e cobrindo as circulações está uma passarela elevada.
Planta primeiro pavimento Uso público Salas especiais Passarela Salas de aula Refeitório Professores
Figura 21 - Planta baixa com fluxos e setores. Fonte: Implantação editada pelo autor.
Planta segundo pavimento
Conforto Ambiental
Figura 22 - Esquema conforto ambiental.
As relações no primeiro andar são de permeabilidade, as janelas e os vazios entre as construções permite a circulação de ventos por todo o espaço. Já no segundo nível, todos os volumes estão conectados por meio de pontes e plataformas. Isso não só serve ao desenvolvimento, mas também amplia o alcance para as crianças, que podem perceber sua aldeia a partir dessa perspectiva como uma paisagem de telhado recortado.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/920808/jardim-de-infanciade-jiangsu-beisha-crossboundaries/5cf0a3e1284dd119c7000013-jiangsu-beisha-kindergartencrossboundaries-photo?next_project=no>. [Acesso em 04/05/2021]
Preocupação com o entorno As aldeias do entorno foram usadas como partido para o o projeto. O edifício funciona como uma estrutura especial que funciona bem com as pequenas casas de 2 a 3 andares com telhados inclinados e fachadas de tijolos. Por isso para a construção dessa escola foram usadas as alturas, telhados e materialidades presentes no local.
Figura 23 - Esquema adequação ao entorno.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/920808/jardim-de-infanciade-jiangsu-beisha-crossboundaries/5cf0a3e1284dd119c7000013-jiangsu-beisha-kindergartencrossboundaries-photo?next_project=no>. [Acesso em 04/05/2021]
Aberturas zenitais
Salas de aula Dentre todos os modelos de sala existentes no projeto, as salas especiais são espaços para multi atividades. E todas elas possuem aberturas zenitais para entrada de iluminação natural.
Figura 24 - Salas de aula.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/920808/jardim-de-infancia-de-jiangsubeisha-crossboundaries/5cf0a4ab284dd1e065000014-jiangsu-beisha-kindergarten-crossboundariesphoto?next_project=no>. [Acesso em 08/05/2021]
Pátio central O pátio central é o local onde todas as crianças se relacionam entre si. Seu piso permite a fácil circulação delas e que não ocorra perigo entre as brincadeiras. Figura 25 - Pátio central.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/920808/jardim-de-infancia-de-jiangsubeisha-crossboundaries/5cf0afcd284dd1e06500002a-jiangsu-beisha-kindergarten-crossboundaries-photo>. [Acesso em 24/03/2021]
Passarela
Figura 26 - Passarela elevada.
A passarela elevada é personagem principal desse projeto, acessível as crianças essa pequena mudança de níveis e perspectiva permite que elas vejam seu entorno em um quadro diferente e expandam sua experiência espacial cotidiana.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/920808/jardim-de-infancia-de-jiangsubeisha-crossboundaries/5cf0afec284dd119c700002d-jiangsu-beisha-kindergarten-crossboundaries-photo>. [Acesso em 24/03/2021]
Fachadas Fachada frontal
Fachada lateral 1
Fachada posterior
Fachada lateral 2 Figura 27 - Fachadas.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/920808/jardim-de-infancia-de-jiangsubeisha-crossboundaries/5cf0afec284dd119c700002d-jiangsu-beisha-kindergarten-crossboundaries-photo>. [Acesso em 24/03/2021]
Os materiais utilizados para fachadas são tijolos reciclados localmente disponíveis combinados com gesso branco, criando diferentes faces de cada “casa”. O local das janelas no piso térreo, como várias janelas quadradas das casas de frente uma para a outra, estabelecem a ligação visual entre os edifícios através dos pátios, reenquadrando constantemente as vistas e integrando as atividades e conectando o interior com o exterior.
Programa do projeto Este projeto tem as áreas do seu programa baseado baseado em formas modulares, assim simplificando as áreas e o dimensionamento dos espaços.
Quantidade
Área
Salas de aula
3
220 m²
Salas Especiais
7
70 m²
Administração
1
110 m²
Inspeção e enfermaria
1
70 m²
Auditório
1
130 m²
Refeitório e Cozinha
1
130 m²
Entrada
1
110 m²
Área Total
1 700 m²
Ambiente
Pontos a serem apropriados para o projeto
Salas separadas em blocos; Passarela elevada; Uso de diferentes alturas; Pátios entre salas; Adequação com o entorno; Implantação distribuída pelo terreno.
Figura 28 - Vista do projeto.
Fonte: ArchDaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/920808/jardim-de-infancia-de-jiangsu-beisha-crossboundaries/5cf0a3e1284dd119c7000013-jiangsu-beisha-kindergarten-crossboundariesphoto?next_project=no>. [Acesso em 04/05/2021]
Figura 29 - Criança com síndrome de Down brincando.
Fonte: Jornal do Sertão Disponível em <https://jornaldosertaope.com.br/2020/09/08/projeto-de-educacao-inclusiva-em-arcoverde-e-provado-em-congresso/>.[Acesso em 28/03/2021]
Local de Implantação O município de Itaguaí e condicionantes para o projeto O Terreno Legislação local Análise e diagnóstico do entorno
04
O município de Itaguaí
Itaguaí
Terreno
O local escolhido para receber o projeto do Centro de Desenvolvimento Infantil foi o Município de Itaguaí, localizado na Região Metropolitana e na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro, o Município fica a aproximadamente a 79 quilômetros do centro da Cidade do Rio de Janeiro.
Figura 30 - Mapas Rio de Janeiro e Itaguaí. Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Mapstyle.
População: 134.819 habitantes (IBGE,2020). Território: 282,606 km² (IBGE,2020). IDH: 0,715 (IBGE,2010). Municípios vizinhos: Rio de Janeiro, Paracambi, Mangaratiba, Piraí, Rio Claro e Seropédica.
Condicionantes locais para o projeto A rede de ensino do Município de Itaguaí, de acordo com o IBGE (2018) Itaguaí possui as seguintes unidades de ensino: 35 Creches; 59 Escolas com Pré Escola; 72 Escolas de Ensino Fundamental; 19 Escolas de Ensino médio 1 Centro Municipal De Atendimento Educacional Especializado (CEMAE) unidade que atende crianças a partir do ensino fundamental. Essas informações podem ser comparadas no gráfico a baixo:
Figura 31 - Unidades de educação infantil em Itaguaí. Fonte: Gráfico elaborados pela autora, dados: IBGE 2010.
Com o local e o público alvo definido, os gráficos abaixo servirão como panorama para traçar o perfil das crianças dessa faixa etária, os tipos de deficiências e a quantidade de crianças matriculadas na Educação Infantil relacionados diretamente a Itaguaí. 8000 7000
8000
6000
7000
5000
6000
4000
5000
3000
4000
2000
3000 1000 5000
2000
0
1000 4000
Creche municipal (2.276) 3000 7000 Creche privada (332) 6000 Pré-escolar municipal (2.934) 2000 5000 Pré-escolar privado (679) 1000
8000
4000
Figura 32 -Matrículas na educação infantil
3000 Fonte: Gráfico elaborados pela autora, dados: IBGE 2010.
0 a 3 anos (6.427) 4 anos (1.532) 5 anos (1.516) 6 anos (1.797) Figura 33 - Idade crianças matrículas em escolas Fonte: Gráficos elaborados pela autora, dados: IBGE 2010.
5000
0 Deficiência auditiva 4000 Deficiência mental / intelectual Deficiência motora 3000 Deficiência visual
Figura 34 -2000 Índices de deficiências no município. Fonte: Gráficos elaborados pela autora, dados: IBGE 2010.
0
2000
1000
1000 5000
0
0
A partir dos gráficos é possível afirmar que há mais unidades escolares públicas do que privadas na cidade, e que há mais crianças matriculadas nas creches do que na educação infantil e por fim que as deficiências mais comuns são as visuais e motoras. 4000
3000
2000
1000
0
O terreno A área se trata de um estacionamento público de 4.500m², localizado no centro da cidade de Itaguaí, o terreno tem sua fachada voltada para a Estr. Do Trapiche que também é o acesso ao Parque Municipal. Tem sua cobertura basicamente de asfalto e áreas calçadas.
A busca pelo terreno para o projeto levou em consideração três premissas: Estar localizado próximo ao eixo viário principal da cidade, ter facilidade quanto a chegada através do transporte público no local, esses vindos de vários bairros da cidade, e ser uma área residencial, altamente Está inserido tendo em seu entorno de um densa. lado uma área de preservação, amplamente verde O terreno escolhido atende essas premissas, e de outro um espaço denso, com uso no entorno o estacionamento está localizado na Estr. Do residencial e comercial, por se tratar de uma área Trapiche que fica a apenas 130mts da ligação direta central. Tem sua fachada no Bairro Centro e no com a Av. Pref. Ismael Cavalcanti, que é uma vias seu entorno próximo tem equipamentos públicos do principal eixo viário da cidade. Onde também importantes, como o Parque Municipal, Centro de esta localizado pontos de ônibus que passam por Atendimento ao Idoso, Casa de Cultura, Biblioteca toda a cidade e também ligam a cidades vizinhas. Municipal, Escola de Musica e o Centro de Atendimento Especializado, para crianças a partir do ensino fundamental. CEMAEE Terreno
Ponto de ônibus
Atendimento ao idoso Casa de Cultura e Biblioteca
Parque Municipal e Escola de música
da do
Estra
Av. Pref. Is
iche
4.500m²
Trap
Terreno
mael Caval
Figura 35 - Imagem do entorno Fonte: Imagem drone por Thiago Mello
canti
Legislação Quanto aos aspectos legais relativos a construção no local escolhido, baseou-se no Código de Obras de Itaguaí (Lei n.º 1698 De 30 de setembro de 1993) e na Lei de zoneamento e plano diretor do Município (Lei n° 3.433 De 17 de maio de 2016). Relacionado ao tipo de ocupação o Centro de Desenvolvimento infantil esta incluído na atividade de comunitário 1 - ensino e o terreno está localizado na Macrozona Urbana e na Zona Residencial 1, onde esta inclusa toda a área central. COMUNITÁRIO 1 - ENSINO
Edificação destinada à atividade de atendimento direto, funcional ou especial. Relação de usos: Ensino Maternal - Pré escola, Jardim de infância e escola especial.” (Lei n.º 1698 De 30/09/1993)
ZR1 - ZONA RESIDENCIAL 1
Área mais adensada da cidade correspondente à consolidação do centro tradicional, onde os usos são mais diversificados, com eixos comerciais definidos ao longo de vias mais importantes. Nesta área serão priorizados os investimentos na infraestrutura básica; (Lei n.º 1698 De 30/09/1993)
A partir da Macrozona e da Zona foram coletados os seguintes parâmetros: Parâmetros
Índice legal
Coeficiente de aproveitamento*
5
Taxa de ocupação
70%
Gabarito máximo
3 pav
Lote mínimo
360 m²
Testada mínima
10 m
Taxa de permeabilidade
25 %
Recuo frontal
3m
Afastamento lateral
1,5 m
* Por orientação do setor da prefeitura responsável pelo urbanismo, como o terreno não permite a construção total do coeficiente de aproveitamento. O aproveitamento máximo deve ser relacionado a taxa de ocupação e gabarito. Tabela 01 - Índices urbanísticos
Fonte: Tabela produzida pela autora, Dados: (Lei n° 3.433 De 17 de maio de 2016).
Tipo de construções permitidas nessa zona: Habitação Unifamiliar
Comunitário 2 - Ensino
Habitação Unifamiliar Em Série
Comunitário 2 - Saúde
Habitação Coletiva
Comunitário 2 - Lazer
Habitação De Uso Institucional
Comunitário 3 - Ensino
Habitação Transitória 1, 2 e 3
Comunitário 3 - Lazer
Comunitário 1 - Biblioteca
Comércio E Serviço Geral
Comunitário 1 - Assistência Social E Saúde
Edif. de Escrit. | Sede Adm. | Edif. De Uso Público
Comunitário 1 - Ensino
Posto De Abastecimento
Comunitário 2 - Culto
Estacionamento Comercial
Comunitário 2 - Cultura
Centro Comercial
Tabela 02 - Construções permitidas na zona
Fonte: Tabela produzida pela autora, Dados: (Lei n° 3.433 De 17 de maio de 2016).
Análise do Entorno
Pontos de interesse
1
Terreno 4.500m²
Pontos de interesse Unidades escolares Figura 36 - Mapa principais pontos de Itaguaí.
Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Cartografia Metropolitana.
Praças Vicente Cicarino e Barão de Tefé
Figura 37 - Fonte: Imagem drone por Thiago Mello
Calçadão de Itaguaí
Figura 38 - Fonte: Foursquare, Disponível em < https://pt.foursquare.com/v/cal%C3%A7ad%C3%A3o -de-itagua%C3%AD/4e690432483bc77630ad1528>.[Acesso em 24/04/2021]
Casa de Cultura
Figura 39 - Fonte: Jornal Atual, Disponível em < https://jornalatual.com.br/2020/07/14/convocacaona-cultura/>.[Acesso em 24/04/2021]
CEMAEE
Figura 40- Fonte: Google Maps, Disponível em < https://goo.gl/maps/28MuiwytyuP6S5Hq6>.[Acesso em 24/04/2021]
Parque Municipal e Atend. ao idoso
Figura 41 - Fonte: Imagem drone por Thiago Mello
Terreno
Mapa Densidade Como o terreno está localizado na área central da cidade, através do mapa analisado é possível perceber a grande densidade ao norte do terreno e as áreas vazias ao sul do adotado para o projeto. Cheios Vazios Figura 42 - Mapa de densidade.
Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Mapstyle.
Diretriz:
Preenchimento de vazios existentes
Terreno
Mapa Gabaritos No entorno do terreno a Zona residencial 1 tem seu gabarito tendo alturas de 1, 2 e 3 pavimentos. Já a área que limitam as vias principais da cidade recebem edifícios que atingem até 5 pavimentos. 1 Pavimento 2 Pavimentos 3 Pavimentos Figura 43 - Mapa de gabaritos.
Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Mapstyle.
4 Pavimentos 5 Pavimentos
Diretriz:
Usar as alturas encontradas no entorno próximo ao terreno
Terreno
Mapa de usos
Diretriz:
As funções urbanas encontradas no local são de maioria residencial, com residências unifamiliares e comercial devido a ser o centro da cidade. No entorno do terreno a área possui vários equipamentos públicos. Residencial Comercial Misto Figura 44 - Mapa de usos.
Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Mapstyle.
Esporte e lazer Educacional Cultural
Trazer mais unidades de uso institucional e
educacional para a área central da cidade
Saúde Religioso
Terreno
Mapa educacional O mapa analisa quais os tipos de unidades escolares são encontradas no entorno e também o raio de abrangência que essas unidades atendem e o raio que o Centro de Desenvolvimento Infantil irá atender. Escola particular - Ensino fundamental I ao ensino médio Escola particular - Ensino infantil ao fundamental Escola particular - Nível técnico Figura 45 - Mapa educacional.
Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Mapstyle.
Diretriz:
Ampliar a rede de ensino público especializado existente no município.
Escola pública - Ensino fundamental I e II
Panorama dos aspectos naturais da cidade Itaguaí é um município conhecido belas paisagens do seu litoral, mas também possui áreas de montanhas com trilhas, cachoeiras e belas paisagens a serem deslumbradas. O relevo da cidade é caracterizado por contrastes, tem presença de montanhas e de planícies. Ao norte e a oeste, encontram-se as grandes elevações, estendendo-se a região plana ao sul e a leste onde predominam terrenos alagadiços e pantanosos.
Figura 46 - Ilha da Quatiquara, Itaguaí.
Fonte: Tripadvisor, Disponível em < https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/06/c9/61/a8/ pousada-vo-irene.jpg>.[Acesso em 24/04/2021]
Clima
O clima na região de Itaguaí é o clima tropical tem um verão chuvoso e um inverno seco, e esta inserido no Bioma da Mata Atlântica (Sub montanha e manguezal). A temperatura ao longo do ano varia e raramente é inferior a 14 °C ou superior a 37 °C. 35 ºC
33 ºC
25 ºC
32 ºC
28 ºC
30 ºC
26 ºC 23 ºC
23 ºC
19 ºC
20 ºC
17 ºC
15 ºC 10 ºC 5 ºC 0 ºC Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Ser
Out
Quente
Nov
Dez
Figura 47 - Vista Serra do Matoso, Itaguaí Fonte: Foto tirada pela autora.
Relacionado a umidade a cidade possuí variações extremas quanto a sensação. O período mais abafado do ano pode durar até 9 meses, de setembro a junho, no qual o nível de conforto é abafado, opressivo ou extremamente úmido pelo menos em 39% do tempo. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
98%
39% 39% 20%
Jan
Frio
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Abafado, opressivo ou extremamente úmido
Ser
Out
Nov
Dez
Úmido ou abafado
Figura 48 -Gráfico de temperaturas.
Figura 50-Gráfico de temperaturas.
O índice de precipitação de Itaguaí é medido com o pluviômetro do CBMERJ, o índice vem aumentando ao longo dos anos, chegando a 1300mm em 2019. E durante o ano o período de chuvas esta concentrado no verão.
A direção dos ventos predominantes na cidade é Norte (N) e Sudoeste (SW), mas acontece de em algumas épocas, mesmo que em pequena quantidade sejam registrados ventos vindos de outras direções.
Fonte: Gráfico elaborados pela autora, dados: Weather Spark
Fonte: Gráfico elaborados pela autora, dados: Weather Spark
Norte
350 mm 300 mm 197 mm
15%
250 mm
10%
200 mm 150 mm
5%
Oeste
100 mm
Leste
28 mm
50 mm 0 mm Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Ser
Out
Nov
Dez
Volume de chuva Sul
Figura 49 -Gráfico de precipitação.
Fonte: Gráfico elaborados pela autora, dados: Weather Spark
Velocidade do vento (m/s) 5.00 - 6.00 4.00 - 5.00 3.00 - 4.00 2.00 - 3.00 1.00 - 2.00
Figura 51 -Gráfico de velocidade e direção do vento. Fonte: Gráfico elaborados pela autora, dados: Weather Spark
o
ld
Cana
na
Ca
Terreno
l do iche
Trap
a
an
Vi
Aspectos naturais O terreno e seu entorno estão localizados em uma planície, com pequenas diferenças de níveis identificadas. Quanto a cobertura natural, na área urbana são encontradas poucas áreas verdes, sendo estas concentradas na área vazia. Existe também no entorno os canais do Viana e Canal do Trapiche. Canais Curvas topográficas Figura 52 - Mapa de aspectos naturais.
Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Mapstyle.
Diretriz:
Criar no entorno da construção mais áreas verdes e arborizadas
Valorizar o uso de iluminação e ventilação natural no projeto.
Área verde Arborização
Terreno
Mapa Viário A via em frente ao terreno é uma via local, que fica a 130m de uma das vias mais importantes da cidade, que liga de uma entrada a outra e distribui todo o fluxo para as áreas internas dos bairros no seu entorno. Vias Arteriais Vias coletoras Figura 53 - Mapa de vias.
Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Mapstyle.
Diretriz:
Usar como acesso principal as vias locais, com menos fluxo de veículos do entorno.
Vias locais Via de pedestres
160m 100m
Terreno
Mapa de mobilidade Na Av. Pref. Ismael Cavalcanti é onde ficam concentrados os pontos de ônibus. Internamente nos bairros a maioria não é atendida por ônibus e sim por kombis ou Vans que circulam por toda a cidade. Pontos de Kombi Pontos de ônibus Figura 54 - Mapa de mobilidade.
Fonte: Mapa produzido pela autora, base: Mapstyle.
Diretriz:
Incentivar o acesso através do transporte público, com ônibus e Kombis.
Análise e diagnóstico Conclusão a partir da análise realizada e das informações coletadas
Terreno
Figura 55 - Terreno e seu entorno Fonte: Foto drone Massolar foto & Video
o
Após a análise do entorno do terreno é possível chegar a certas conclusões sobre o local. A área está bem localizada quanto ao centro da cidade, tem alta densidade ao norte onde é encontrado a maioria das áreas comerciais e residenciais. Outros pontos aspectos a serem ressaltados são os pontos de ônibus e kombis localizados nas proximidades do local, o que permite a fácil chegada no terreno, ponto importante pra criação de uma instituição pública. Tendo ainda sua via de acesso como uma via local, de fácil acesso, assim colaborando para o fluxo de carros não impactar no trânsito local. E por fim e de maior importância está o entorno imediato do terreno onde pode se encontrar um complexo institucional municipal, nas suas laterais estão de um lado a Casa de Cultura, Biblioteca e do outro o Centro de Atendimento ao Idoso. Enfrente ao terreno possui o parque municipal, área importante de lazer e atividades esportivas da cidade e a escola de música funcionando no prédio dentro do parque. Se tratando do projeto do Centro de Desenvolvimento Infantil o entorno e os pontos abordados servem como estratégias e norteadores para a construção desse tipo de instituição no local. Levando em consideração todos os estudos realizados foram selecionadas diretrizes a serem aplicadas e aproveitadas no projeto: Preenchimento de vazios existentes; Usar as alturas encontradas no entorno próximo ao terreno; Trazer mais unidades de uso institucional e educacional para a área central da cidade; Ampliar a rede de ensino público especializado existente no município; Criar no entorno da construção mais áreas verdes e arborizado; Valorizar o uso de iluminação e ventilação natural no projeto; Usar como acesso principal as vias locais, com menos fluxo de veículos do entorno; Incentivar o acesso através do transporte público, com ônibus e Kombis.
Figura 56 - Inclusão de crianças.
Fonte: Portal Revista Visão, Disponível em < http://www.portal.revistavisao.com.br/img/posts/452092242e25a88712d9f07ef66b9547.jpg>.[Acesso em 28/03/2021]
Concepção projetual Programa de necessidades Conceito e partido Arquitetônico Estudos projetuais O Projeto
05
Programa de necessidades Para definir o programa do Centro de Desenvolvimento Infantil, foi coletado as funções e demandas citadas anteriormente. Tendo como objetivo de atender as 150 crianças, atendidas em ensino integral. A distribuição da quantidade de salas de aula segue a regulamentação para a quantidade de alunos por ambientes, segundo a Lei de diretrizes e bases da educação nacional. • • • •
Berçário I e II - 0 a 2 anos - 15 alunos por sala; Creche I - 3 anos - 20 alunos por sala; Creche II - 4 anos - 25 alunos por sala; Pré I e II - 5 a 6 anos - 25 alunos por sala.
O espaços foram divididos em cinco áreas diferentes: Área educacional destina-se as atividades curriculares da unidade de ensino. Área assistencial destina-se ao atendimento familiar integrado ao escolar. Área administrativa destina-se ao controle, coordenação e administração da unidade. Área de serviço destina-se a limpeza, conservação e funcionamento da unidade
Área de recreação destina-se a área de recreação, esportes e lazer
Programa distribuidos por setores:
Área educacional
432m² Quantidade
Área
Salas Berçário
2
60 m²
Salas Creche
2
60 m²
Salas Pré Escola
2
60 m²
Fraldário
1
22 m²
Lactário
1
10 m²
Vestiários infantis
2
20 m²
Ambiente
Área assistêncial
487m² Quantidade
Área
Sala de terapia ocupacional
1
45 m²
Sala de Oficinas
1
45 m²
Auditório
1
106 m²
Biblioteca
1
78 m²
Sala de leitura
1
50 m²
Salas de atendimentos médicos
5
17 m²
Sala RPG / fisioterapia
1
10 m²
Banheiros
4
15 m²
Banheiros Pcd
2
4 m²
Ambiente
0
Área administrativa
259m² Quantidade
Ambiente Administração
1
12 m²
Diretoria
1
12 m²
Almoxarifado
1
12 m²
Recepção / espera
1
35 m²
Sala funcionários
1
70 m²
Vestiário Funcionários
1
20 m²
Copa Funcionários
1
8 m²
Sanitário PCD
2
5 m²
Área de serviços
273m² Quantidade
Área
Refeitório
1
90 m²
Cozinha
1
50 m²
Despensa
1
12 m²
Rouparia
1
5 m²
DML
1
5 m²
Higienização
1
12 m²
Área de serviço
1
17 m²
Sala funcionários
1
35 m²
Vestiário Funcionários
2
21 m²
Sanitário PCD
1
5 m²
Ambiente
8000 Área de recreação 7000
720m² Quantidade
Área
Mini quadra
1
180 m²
Pátio descoberto / solário 4000
1
180 m²
Parquinho 3000
1
100 m²
2000 Pátio coberto
1
160 m²
1000 Horta e pomar
1
100 m²
6000
Ambiente
5000
0
Educacional
0
0
Área
Recreação
33%
20%
0
22%
0
Serviços
13%
Assistêncial
Área total
12%
Administrativo
0
Figura 57 -Gráfico porcentagem de setores. Fonte: Produzido pela autora.
Área construída 1451m² Área livre 720 m²
Fluxograma Seguindo os setores e as dimensões utilizadas no programa de necessidades, foi criado um fluxograma afim de compreender melhor a disposição e ligação entre os espaços. No fluxograma temos a relação dos espaços criados e seus fluxos, que se distribuem de forma linear, seguindo a configuração inicial do terreno utilizado. O acesso principal se dá pela recepção,no setor administrativo, onde também estão concentradas as outras atividades destinadas a controle e administração da instituição. O fluxo passa para a área de atendimento ao público e assistencial, concentrando no hall de atendimento as salas de consultas e atendimento familiar, tendo ainda os espaços de interação, a biblioteca e o auditório.
Acesso principal
Acesso administrativo Figura 58 -Fluxograma por setores. Fonte: Produzido pela autora.
Dando continuídade ao fluxo longitudinal criado, encontram-se as salas de aula, ao centro dessas está o solário e pátio central, e todas as salas possuem acesso direto ao seu vestiário ou fraldário. Os outros espaços ligados à circulação principal são as áreas de lazer e esportes e também a área de refeitório onde se liga diretamente ao setor de serviço com a cozinha e outros espaços que colaboram para a manutenção e funcionamento do espaço escolar. Os acessos destinados aos servidores da unidade estão na área administrativa e também na área de serviços, esse se dando pela rua lateral, considerada via de serviço apenas.
Acesso Serviço
O espaço esta setorizado em: Administrativo Banheiros / Vestiários Público / Assistencial Educacional Recreativo / Integração Serviço
Conceito
Buscou-se para o projeto conceitos que ditem e resumem o que o Cent
Conceito 1-
Crescimento
A palavra Crescimento, de acordo com o dicionário significa: “Aumento; em que há evolução, desenvolvimento, melhoria, avanço. Evolução física; progresso observado nas dimensões, no tamanho de um ser vivo: período de crescimento.” (Crescimento,2020) Essa palavra foi escolhida como conceito afim de evidenciar a importância e a necessidade abordada em todo o trabalho sobre o acompanhamento e monitoramento do desenvolvimento e do crescimento das crianças frequentadoras do espaço. A palavra como conceito busca atender as usuários do local visando o seu melhor crescimento, sua evolução ao longo dos anos e desenvolvimento das crianças. Acompanhando a cada fase o progresso infantil.
Figura 59 - Crescimento infantil.
Fonte: Mellpoejo. Disponível em:< https://www.melpoejo.com.br/curva-de-crescimentoinfantil-como-funciona-e-principais-medidas/>. [ Acesso em 27 de junho de 2021].
Partido
A partir das palavras conceito foram pensados em partidos que rebat
Partido 1-
Crescimento
Pré escola
Será aplicado por exemplo na dimensão de portas e de equipamentos sanitários.
Creche
A aqruitetua deve e precisa acompanhar o crescimento e a evolução das crianças, adequando o local e acompanhando a sua escala.
Berçário
O partido da palavra está ligado a dimensão da arquitetura a ser projetada.
Figura 60 -Partido crescimento Fonte: Produzido pela autora.
tro de desenvolvimento infantil deve oferecer. Conceito 2-
Inclusão
A palavra Inclusão, de acordo com o dicionário significa: “Integração absoluta de pessoas que possuem necessidades especiais ou específicas numa sociedade: políticas de inclusão. Introdução de algo em; ação de acrescentar, de adicionar algo no interior de; inserção.” (Inclusão,2020) O conceito de inclusão é uma ponte para a educação a ser oferecida no Centro de Desenvolvimento Infantil, integrando a criança tanto no aprendizado como com outros alunos obterá melhores resultados. Além disso é importante não só a inclusão dos alunos, mas sim a inclusão entre os espaços oferecidos relacionados as crianças que utilizaram o lugar.
Figura 61 - Inclusão Infantil.
Fonte: Nova escola. Disponível em:<https://novaescola.org.br/conteudo/14258/pequenodicionario-amoroso-da-inclusao>. [ Acesso em 27 de junho de 2021].
tem no espaço físico a ser produzido. Partido 2-
Pré escola
Inclusão
Já o segundo partido esta ligado relação entre os espaços e as crianças.
a
Entre salas de aula inclusivas e integradas projetadas para receber crianças com deficiência ou não a espaços que estejam integrados entre eles e com as áreas externas, dando permeabilidade aos espaços.
Creche
Figura 61 -Partido inclusão Fonte: Produzido pela autora.
Área externa
Evolução da implantação
Para a implantação foram aplicados os partidos dos conceitos citado relação dos espaços.
1- Ocupar
2- Atravessa
Volume inicial criado seguindo o lote retangular com tendência longitudinal respeitando os recuos que definem a implantação.
Enlaçar com o entorno atravessam o bloco, o q a criação de blocos de a programa programa.
4 - Subtrair
5 - Elevar
Subtraindo blocos da área interna da construção. O objetivo é criar os pátios internos. Esses pátios serão responsáveis pela entrada de luz e de ventilação natural em certos espaços.
ELevando a altura de alg diferentes níveis da constru dois andares e em outras c
Figura 62 -Esquema de composição da implantação. Fonte: Produzido pela autora.
os anteriormente. Crescimento relacionado as alturas e inclusão quanto a
ar
criando fluxos livres que que visa permitir também acordo com os setores do
gums blocos. Criando os ução, em alguns locais com com o pé direito mais alto.
3- Empurrar
Recuando certos blocos da construção, assim gerando os espaços livres ao redor. Esses espaços criados permitem espaços de arborização ao redor da edificação.
6- Cobrir e implantar Cobrindo toda o volume criado nas fases anteriores. A cobertura nova funcionará o terraço público, onde as famílias podem circular com as crianças.
Bairro: Centro
Estudo dos acessos
anti
Cal çad ão
Por se tratar de um equipamento público educacional, o Centro de Desenvolvimento Infantil, receberá crianças vindas de todos os locais do município, principalmente dos bairros vizinhos. Por isso é importante entender como são as formas de chegadas ao terreno, como essas crianças podem chegar ali, quais os meios de transporte e de onde vem esses acessos. O terreno estando na área central os pontos de ônibus e kombis estão bem relacionados quanto a construção. Sendo o mais próximo a apenas 100 metros. Vindo da área central da cidade, o pedestre tem acesso ao terreno através do calçadão, importante via de pedestre da cidade. E de carro a chegada se dá através de uma das principais vias da cidade. Sendo assim, quanto aos fluxos e acessos, as crianças vindas de todos os lugares conseguem chegar facilmente ao local, seja de transporte público, formas não motorizadas e também de carro.
Av. Dr. Curvelo Cavalc
Ponto 2
Bairro: Vila Margarida
Av. Ismael Cavalcanti
Formas de chegada
Parada 2
Ônibus Ponto 1 - Avenida Ismael Cavalcanti - 175m. Ponto 2 - Rua Dr. Curvelo Cavalcanti - 495m.
Parad
KombisParada 1 - Estrada do trapiche - 100m. Parada 2 - Avenida Ismael Cavalcanti - 180m. Carro Acesso principal - Entrada na Avenida Ismael Cavalcanti para Estrada do Trapiche. Acesso serviço - Beco da Estação. Não motorizadasA partir dos bairros vizinhos: Centro -> Terreno Monte Serrat -> Terreno Vila Margarida -> Terreno
Acesso principal Acesso de serviço
Figura 63 -Esquema de formas de acesso ao prédio. Fonte: Produzido pela autora.
Figura 59 -Esquema de formas de acesso ao prédio. Fonte: Produzido pela autora.
Bairro: Monte Serrat
Ponto 1
Av. Ismael Cavalcanti
da 1 Estrd. do Trapiche
Beco da
estação
Planejamento programático Setores Seguindo o programa de necessidades e o fluxograma criado, surge a necessidade de distribuir no volume criado os setores que atendam ao projeto a ser criado. Na implantação foram distribuidos 4 setores, administrativo e de serviços, publico e assistencial e o principal, o educacional. Os espaços foram distribuídos de forma que todas as salas sejam ventiladas e iluminadas naturalmente. E ligando todos os espaços surge a cobertura, um terraço onde as familias, alunos e funcionários do espaço possam desfrutar.
Terraço
Biblioteca
Manutenção
Auditório
Professores
Serviços Berçários Cozinha Salas de aula Refeitório Pátio interno Zona Consultórios
Recreativa
Adm.
Salas multiplas
Setores: Adm / Serviços Figura 64 -Esquema divisão dos setores. Fonte: Produzido pela autora.
Assistencial
Educacional
Recreativo
Relações Se tratando de um equipamento público, o Centro de Desenvolvimento Infantil tem diversos tipos de relação com o sociedade, e isso afeta diretamente o funcionamento interno do prédio. As áreas de atendimento familiar passam a ser consideradas áreas públicas, são abertas a alunos, funcionários, seus familiares e acompanhantes. É importante que a familia, principalmente, esteja integrada ao processo educacional e ao desenvolvimento das crianças que frequentam o local. Então, os espaços públicos permitem um funcionamento dinâmico, permitindo a adaptação das atividades, já os ambientes privados, são subordinados a alunos e funcionários que garantiram o funcionamento da unidade, tudo controlado pelo acesso da recepção, ou pelos acessos de funcionários.
Terraço Público
Acesso administrativo
Acesso Principal visitantes, alunos e funcionários
Fluxos Privado
Público
Figura 65 -Esquema relações de público e privado. Fonte: Produzido pela autora.
Acesso Serviço (pela rua lateral)
Dimensões de Sustentabilidade Insolação Se tratando de uma área central, a alta densidade no entorno afeta diretamente em como o sol reflete sobre a construção. Por outro lado, parte do terreno está para um vazio urbano, com isso a insolação nessas áreas atinge diretamente ao local. Devido a esses fatores, foram estudadas e pensadas formas que melhorem o conforto térmico na área interna e no entorno do Centro de Desenvolvimento Infantil.
Solstício de inverno
Solstício de verão
Pátios para iluminação Uso de iluminação natural controlada a partir de espaços de recreação e dos pátios.
Superfícies verdes
Uso da grama como dissipadora de calor na cobertura de certos locais.
Fachadas quebra sol
Tratamento em fachadas que permitem o controle solar sobre a influência da luz no interior
Fachadas dissipadoras de calor
Brises nas fachadas que permitem que o calor não atinja a construção de forma direta
Influência do sol com os volumes
Figura 66 - Análise de insolação. Fonte: Produzido pela autora.
Ventilação A direção dos ventos predominantes na área é Norte (N) e Sudoeste (SW), mas acontece de em algumas épocas, mesmo que em pequena quantidade sejam registrados ventos vindos de outras direções. É necessário a utilização dessa ventilação natural, principalmente da direção sudoeste, a direção mais frequente. Por isso as aberturas para os pátios estão concentrados principalemente nessa direção. Outro ponto importante é a utilização de ventilação por aberturas zenitais, nesse caso com os lanternins. O efeito chaminé será responsável por manter a construção bem ventilada100% do tempo.
Ventos predominantes Aberturas concentradas da direção norte e sudoeste, de onde vem os principais ventos.
Fachadas permeáveis
Uso de materiais na fachada que além das janelas permitam que os espalos sejam cada vez mais ventilados
Coberturas ventiladas
Uso dos lanternins nas coberturas de todos os espaços, garantindo além da ventilação cruzada uma ventilação de efeito chaminé
Renovação do ar
As áreas de maior vazio ubano permite o ar vindo da direção sudoeste colabore para a renovação do ar no interior da construção.
Influência do vento nos volumes
Figura 67 - Análise de ventilação. Fonte: Produzido pela autora.
Composição estrutural Estrutura utilizada O estrutural é de estrutura metálica, esse sistema é formado por perfis metálicos de seção H. O modelo do perfil escolhido, vem da facilidade de transporte que as peças desta medida tem e também da diminuição de desperdícios na obra. A dimensão fixa estabelecida é de 3 ou 6 metros, e está ligada diretamente tanto ao pé direito, quanto ao módulo horizontal, criando ambientes como as salas de aula em 3 módulos de 6x12 metros cada e de vestiário de 3x6 metros cada. A junção dos perfis metálicos serão a base fundamental para a construção da unidade educacional. Garantindo a eficiência estrutural a partir do sistema criado através dos módulos. Criação dos módulos de 3x6
Perfil metálico de seção H
Figura 68 - Perfil H.
Fonte: Produzido pela autora.
Figura 69 - Módulo 3X3. Fonte: Produzido pela autora.
Modelo tridimensional estrutural
VIGA H 15x15 PILAR H 15x15
Figura 71 - Esquemático estrutural tridimensional. Fonte: Produzido pela autora.
Volume de uma sala da creche
Concepção dos volumes
Figura 70 - Esquemático união de volumes. Fonte: Produzido pela autora.
Planta estrutural As plantas estruturais seguem a composição estrutural proposta, seguindo os eixos longitudinais e transversais.
Pavimento Térreo
Na malha estrutural do pavimento térreo é possivel perceber a relação das áreas construídas com as áreas onde estão localizados os pátios e outras áreas vazias.
VIGA H 15x15
PILAR H 15x15
Figura 72 - Planta estrutural pavimento térreo. Fonte: Produzido pela autora.
0
1,5
3
4,5
6
12
1° Pavimento
Já no primeiro pavimento é observado as poucas áreas construídas e o vazio que agora contempla o terraço que circula por toda a construção.
PILAR H 15x15 VIGA H 15x15
Figura 73 - Planta estrutural pavimento superior. Fonte: Produzido pela autora.
0
1,5
3
4,5
6
12
Figura 74 - Menina com síndrome de down.
Fonte: Portal Revista Visão, Disponível em < http://www.portal.revistavisao.com.br/img/posts/452092242e25a88712d9f07ef66b9547.jpg>.[Acesso em 28/03/2021]
Proposta projetual Implantação Plantas baixas Cortes Fachadas
06
Figura 75 - Vista frontal Centro de Desenvolvimento Infantil. Fonte: Produzida pela autora.
Figura 76 - Vista lateral Centro de Desenvolvimento Infantil. Fonte: Produzida pela autora.
Implantação
Praça frontal
Terraço
Figura 77 - Planta de implantação. Fonte: Produzida pela autora.
Imagens do local: Espaço de recreação: Esse espaço inclui a mini quadra e também o parquinho. O parquinho tem os brinquedos dedicados a todas as idades que o local atende, coloridos e atrativo para as crianças. Já a mini quadra foi pensada e dimensionada de acordo com a escala dos seus usuários Figura 78 - Parquinho e quadra. Fonte: Produzida pela autora.
Horta e pomar
Pátio descoberto
Parquinho
0
1,5
3
4,5
6
12
Pátio interno: O Pátio interno, funciona também como um parquinho e como um solário. Tem no espaço áreas para banho de sol e as áreas sombreadas com brinquedos e vegetação..
Figura 79 - Pátio interno. Fonte: Produzida pela autora.
Planta baixa - Térreo
B
1
2
A
B’
Figura 80 - Planta de baixa térreo. Fonte: Produzida pela autora.
Imagens internas: Consultório Infantil:
Sala de aula - Creche:
Local pensado para consultas rotineiras das crianças. Esse
As salas de aula foram pensadas como um ambiente lúdico
modelo com espaço de mesa infantil se adequa ao consultório
de aprendizado. A meia parede permite a relação com o pátio
da psicóloga, nutricionista ou da fonoaudióloga.
externo, e a altura das portas são próprias para as crianças.
1
Figura 81 - Consultórios. Fonte: Produzida pela autora.
2
Figura 82 - Sala de aula. Fonte: Produzida pela autora.
4 3
A’
0
Vestiário Infantil:
1,5
3
4,5
6
12
Fraldário:
O espaço do vestiário foi todo adequado a escala dos
O fraudário tem como característica ser um ambiente
usuários do local. As bancadas são de menor altura e as cabines
funcional para os professores. Com as bancadas para trocas e
também, permitindo o monitoramento dos professores.
banheiras para banho dos bebês.
3
Figura 83 - Vestiário.
Fonte: Produzida pela autora.
4
Figura 84 - Fraldário.
Fonte: Produzida pela autora.
Planta baixa - 1° pavimento
B
A
B’
Figura 85 - Planta de baixa primeiro pavimento. Fonte: Produzida pela autora.
A’
0
1,5
3
4,5
6
12
Cortes
Corte AA’
Figura 87 - Corte AA’.
Fonte: Produzida pela autora.
Corte BB’
Figura 88 - Corte BB’.
Fonte: Produzida pela autora.
Pátios para entrada de luz solar
Aberturas zenitais de ventilação
Jardins e vegetação nos pátios
Portas para as crianças
A’
Planos de corte B
B’ A
Figura 86 - Planos de corte .
Fonte: Produzida pela autora.
Janelas para o pátio interno Adaptado a escala das crianças
0
1,5
3
4,5
6
12
Fachadas
Fachada frontal Tela perfurada
Aduelas coloridas
Canteiros
Figura 89 - Fachada frontal. Fonte: Produzida pela autora.
Fachada lateral Tela perfurada Aduelas coloridas
Canteiros
Figura 90 - Fachada lateral. Fonte: Produzida pela autora.
Planos de fachada
Fachada frontal
Figura 86 - Planos de fachada.
Fonte: Produzida pela autora.
Vegetação
Vidros coloridos
Terraço
Vegetação pátios
Lanternim
0
1,5
3
4,5
6
12
Referências bibliográficas Arteiro, Giselle. (2018). A arquitetura escolar responsiva só é possível a partir da conversa entre os sujeitos que a habitam. Fonte: Centro de Referência em Educação integral. Disponível em: https:// educacaointegral.org.br/reportagens/arquitetura-escolar-responsiva-so-e-possivel-partir-da-conversaentre-os-sujeitos-que-a-habitam/. Acesso em: 22 de março de 2021. SEMIS, Laís . (2017). Apenas 26% das escolas públicas são acessíveis a pessoas com deficiência. Fonte: Gestão Escolar. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1851/apenas-26-dasescolas-publicas-sao-acessiveis-aos-portadores-de-deficiencia. Acesso em: 22 de março de 2021. DUARTE, Hélio IN: HABITAT 4, O problema escolar e a arquitetura, 1951, p. 4 – 6 KRAMER, Sonia (org.). Com a Pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para a educação infantil. 6ª edição, Editora Ática, São Paulo: Ática, 1993. Ministério da Justiça – Secretaria dos Direitos da Cidadania – Estimulação Precoce: Serviços, Programas e Currículos. Brasília, 1996. 3 ed. BRASÍLIA, LEI N° 8.069 (1990), Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: http:// http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 25 de março 2021. BRASIL, Constituição (1988), Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I -Da Educação, Art. 208 e Art. 211. Disponível em: https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/ con1988_18.02.2016/art_208_.asp. Acesso em 25 de março 2021. RIO DE JANEIRO, Lei Orgânica, Seção II - Da Educação. Art. 322. Disponível em: https://www.rio. rj.gov.br/dlstatic/10112/4946719/4126916/Lei_Organica_MRJ_comaltdo205.pdf. Acesso em 25 de março 2021. BRASÍLIA, LEI Nº 13.257, de 8 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 25 de março 2021. FEITOSA, Victor . (2020). As diferenças entre exclusão, segregação, integração e inclusão. Fonte: Eureca. Disponível em: https://blog.eureca.me/exclusao-segregacao-integracao-e-inclusao/. Acesso em: 23 de março 2021. GOV. BR. Nova Política Nacional de Educação Especial é lançada em Brasília. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2020/09/nova-politica-nacional-de-educacaoespecial-e-lancada-em-brasilia. Acesso em 06 de abril 2021. APUFSC. Entidades veem retrocesso na política de educação especial de Bolsonaro. Disponível em: https://www.apufsc.org.br/2020/10/02/entidades-veem-retrocesso-na-politica-deeducacao-especial-de-bolsonaro/. Acesso em 06 de abril 2021. G1. Especialistas criticam mudança na política nacional para alunos com deficiência. Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/10/02/especialistas-criticammudanca-na-politica-nacional-para-alunos-com-deficiencia.ghtml. Acesso em 06 de abril 2021.
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“
Para mim, todo dia é algo novo. Encaro cada projeto como uma nova insegurança, quase como o primeiro projeto que fiz na vida e começo a suar, entro e começo a trabalhar, sem ter certeza de para onde estou indo – se eu soubesse para onde estou indo, não faria nada...
.
” Frank Gehry