PROJETO DE URBANIZAÇÃO - COMPLEXO DA MARÉ

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PROJETO DE URBANIZAÇÃO COMPLEXO DA MARÉ, RJ

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ATÊLIE DE URBANISMO II - JUNHO 2021.1 PROFESSOR: CARLOS RODRIGO AVILLEZ FERNANDA RODRIGUES, JULIA CRUZ, MARIAH NOGUEIRA E MAYARA MARQUES



INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir realizado para matéria de Ateliê de Urbanismo II da Universidade Estácio de Sá, tem como objetivo uma análise da região do Complexo da Maré visando a identificação de atuais problemas, e com foco na elaboração de estratégias e soluções urbanísticas. Atualmente o bairro da Maré é considerado o maior conjunto de favelas do Brasil, e possui uma séria de adversidades enraizadas na estrutura do local. É importante entender a vida em uma comunidade e as relações sociais e físicas que ela oferece para assim estabelecer parâmetros e diretrizes concisos na eleboração do proejto.


SUMÁRIO

1

CARACTERIZAÇÃO DO TEMA E DA ÁREA DE ESTUDO DESENVOLVIMENTO TEÓRICO LOCALIZAÇÃO ESTUDO CLIMA/ MESOCLIMA/ BIOMA ESTUDO DOS ASPECTOS NATURAIS CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA HISTÓRIA E EVOLUÇÃO URBANA

MORFOLOGIA E FUNCIONALIDADE DO

2

AMBIENTE URBANO CARTOGRAFIA DO USO DO SOLO URBANO ESTUDO DO TRAÇADO URBANO ESTUDO DOS GABARITOS CONTRUÍDOS ESTUDO DOS ESPAÇOS LIVRES FORMA URBANA X MERCADO IMOBILIÁRIO

3

MOBILIDADE URBANA CARTOGRAFIA DA HIERAQUIA VIÁRIA CARTOGRAFIA DOS GABARITOS VIÁRIOS ESTUDOS DE CONDIÇÃO DE MOBILIDADE NÃO-MOTORIZADA

LEGISLAÇÃO E PLANOS VIGENTES

4

ZONEMANETO URBANO ÁREA DE PLANEJAMENTO PERCENTUAL DE RESIDENTES EM FAVELAS NAS ÁREAS DE PLANEJAMENTO PLANO DIREITO RJ PROPOSTA DE PROJETO


5

CORONAVÍRUS NA MARÉ PANORAMA DA ATUAÇÃO DAS ONGS NO COMPLEXO

6 7

DIAGNÓSTICO PÉTALAS MAPA SÍNTESE PROBLEMATIZAÇÃO

PLANO DE BAIRRO PRINCIPIOS NORTEADORES DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS AÇÕES NO ESPAÇO URBANO

8 9

DIAGNÓSTICO

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO A MARÉ QUE QUEREMOS DIRETRZES PROJETUAIS PROGRAMA PROPOSTO PÚBLICO ALVO PAISAGISMO DIMENSÕES DO CONFORTO E SUSTENTABILIDADE

PROPOSTA URBANÍSTICA PROPOSTA DE ZONEMANETO ELEVAÇÕES DO LOCAL PERSPECTIVAS DO CONJUNTO RECORTES DE PROJETO



1 CARACTERIZAÇÃO DO TEMA E DA ÁREA DE ESTUDO



PRECIPITAÇÃO

DESENVOLVIMENTO TEÓRICO


FAVELAS As cidades são dinâmicas e estão sempre em evolução, porém o crescimento desordenado favorecem o aparecimento de assentamentos urbanos informais, as Favelas. O surgimento desses espaços geram problemas que hoje podem ser facilmente identificados nas áreas periféricas. A maioria dessas áreas carece de serviços básicos, como saneamento, abastecimento de água potável, eletricidade, policiamento, corpo de bombeiros, além da falta de infraestrutura em geral e de regularização fundiária, entre outros problemas. As residências desse tipo de assentamento urbano variam de barracos mal construídos até edifícios deteriorados.

Como surgem as favelas? As favelas geralmente são construídas nos subúrbios da cidade principal, de uma forma que elas passam a ser expansões da cidade. O aparecimento de favelas, podem ter vários fatores geradores, o rápido êxodo rural rumo às áreas urbanas, a força da especulação imobiliária, a estagnação ou a depressão econômica, o elevado nível de desemprego, a pobreza, a economia informal, a falta de planejamento urbano, os desastres naturais e os conflitos sócio-políticos. Mesmo antes da primeira "favela" passar a existir, os cidadãos pobres eram afastados do centro da cidade e forçado a viver em distantes subúrbios. No entanto, as favelas mais modernas apareceram na década de 1970, devido ao êxodo rural, quando muitas pessoas deixaram as áreas rurais do Brasil e mudaram-se para as cidades. Sem encontrar um lugar para viver, muitas pessoas acabaram morando em áreas periféricas.


Favelas no Brasil e no Rio de Janeiro De acordo com dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados durante o Censo de 2010, cerca de 11,4 milhões de pessoas (6% da população) vivem em aglomerados subnormais. As duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, têm 11% e 22% da população morando em favelas, respectivamente. O Rio de Janeiro é a cidade com maior número de pessoas morando em favelas, com 1.393.314 habitantes (22% da população total), o que significa que a cada 100 mil cariocas, 22.160 estão em favelas. Entre as maiores favelas do estado estão a Rocinha, Complexo da Maré, Rio das Pedras e o Complexo do Alemão.

Políticas Públicas para favelas Pensando em políticas públicas para as favelas brasileiras, as politicas são voltadas para as áreas faveladas como um todo e que são conhecidas pelo apelo de implantação das mesmas. Como exemplo, tivemos o Favela-Bairro, o projeto é uma política público privada que tem como escopo a “integração da favela com a cidade” (nesta visão, a favela representa algo informal e a cidade algo formal). O programa Favela Bairro visava levar infraestrutura para as favelas, de alguma forma “modernizá-las” ou até mesmo “integrá-las” à malha urbana “oficial”. As obras de urbanização e infraestrutura executadas abrangem abertura e pavimentação de ruas; implantação de redes de água, esgoto e drenagem; construção de creches, praças, áreas de esporte e lazer, entre outras intervenções.



LOCALIZAÇÃO


SEROPÉDICA

ITAGUAÍ


DUQUE DE CAXIAS

NILÓPOLIS

NITEROI RIO DE JANEIRO

LOCALIZAÇÃO: Zona Norte do Município do Rio de Janeiro REGIÃO ADMINISTRATIVA: MARÉ LIMITES: Ilha do Fundão, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Manguinhos, e Caju SUBPREFEITURA: Zona Norte DIMENSÃO: 426,88 ha IDH: 0,722 DOMICILIOS: 43.083 - Em média 2,91 moradores por domicilio HABITANTES: 139.073 - De cada 46 moradores do Rio, 1 é da Maré


O Complexo da Maré é considerado o maior conjunto de favelas do Brasil, composto por 15 comunidades.

15 14

A figura ao lado representa as as subdivisões das comunidades do Complexo:

13 12

11 10

9

8

7

6

4 3 5

2

1

1

Conjunto Esperança

2

Vila do João

3

Conjunto Pinheiros

4 1

Vila dos Pinheiros

5

Novo Pinheiros (Salsa e Merengue)

6

Bento Ribeiro Dantas

7

Morro do Timbau

8 1

Baixo Sapateiro

9

Conjunto Nova Maré

10

Parque Maré

11

Nova Holanda

12 1

Parque Ruben Vaz

13

Parque União

14

Parque Roquete Pinto

15

Praia de Ramos



PISICNÃO DE RAMOS

RAMOS

OLARIA

COMPLEXO ALEMÃO BONSUCESSO

HIGIENÓPOLIS


PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO:

LINHA AMARELA AVENIDA BRASIL

ILHA DO FUNDÃO

ETE ALEGRIA

FIOCRUZ

MANGUINHOS

CAJU



ESTUDO DO CLIMA, MESOCILIMA E BIOMA


ESTUDO DO CLIMA O clima da cidade do Rio de Janeiro é classificado como Tropical úmido, esse tipo de clima é caracterizado pelas índices de alta temperatura e o elevado teor de umidade. A temperatura média anual é de 26°C, podendo mudar em certas localidades. No Rio de Janeiro os verões são quentes e abafados, com precipitações e já o inverno tem temperaturas agradáveis e umidade, com pouca precipitação. Normalmente, ao longo de todo ano as temperaturas vão de 17°C nos dias mais frios e 35°C nos meses mais quentes. Existem fatores que influenciam o clima de acordo com cada local, o Rio de Janeiro varia seu clima de acordo com o relevo e com a proximidade do mar. Quanto maior for a altitude, mais baixa é a temperatura. Quanto mais perto do mar, mais amena será a temperatura. Como a temperatura e os índices de precipitação podem variar dentro da cidade são estudados os mapas a baixo com todo o panorama da cidade:

Mapa Temperaturas

> 25,00 °C 24,57 °C a 25,00 °C 24,04 °C a 24,57 °C 23,00 °C a 24,00 °C <23,00 °C

Mapa Precipitação anual > 2.200 mm 2.001 - 2.200 mm 1.801 - 2.000 mm 1.601 - 1.800 mm 1.401 - 1.600 mm 1.201 - 1.400 mm 1.001 - 1.200 mm 801 - 1.000 mm 600 - 800 mm < 600 mm


Além do mapa geral da cidade, os gráficos também colaboram para o entendimento do clima, das temperaturas, insolação, índices pluviométricos e ventos de acordo com a área estudada.

TEMPERATURA Os dias mais quentes na cidade do Rio de Janeiro estão concentrados entre os meses de dezembro a janeiro, tendo seu máximo de 31°C. Já as temperaturas mais amenas, com o mínimo de 18°C, são observadas entre os meses de maio e setembro. Média de temperaturas máximas e mínimas.

PRECIPITAÇÃO A probabilidade de precipitação varia ao longo do ano, a época de maior precipitação dura de outubro a abril, com probabilidade acima de 40% de que um determinado dia tenha precipitação. A probabilidade máxima de um dia com precipitação é de 64% em dezembro. Já entre abril a outubro a probabilidade mínima de um dia com precipitação é de 16% em 21 de junho. Probabilidade diária de precipitação


UMIDADE Pontos de orvalho mais baixos

Sensação de mais secura

Pontos de orvalho mais altos

Sensação de maior umidade

O Rio de Janeiro tem variações extremas relacionadas a sensação de umidade, o período mais abafado ano dura mais da metade dele, mais de 8 meses. Índices de umidade

VENTOS A velocidade do vento varia de forma leve durante o ano, tendo na época de julho e novembro os picos de velocidade. Já em relação a direção, o vento mais frequente vem do norte durante 2 meses (maio a agosto), e o vento mais frequente vem do leste durante 10 meses (agosto a maio).

Velocidade média do vento


BIOMA A cidade, e também todo o estado do Rio de Janeiro, estão completamente inseridos na Mata Atlântica. Com ecossistemas como restingas, manguezais, campos de altitude e um grande conjunto de formações florestais, o bioma é um dos mais ricos do mundo em biodiversidade. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Florestas, a Mata Atlântica corresponde a 13,04% do território nacional ao longo do litoral, se estendendo do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, estimativas apontam que, por volta do século XVI, a cidade possuía cobertura florestal em 97% do território. Além do valor em biodiversidade, as florestas regulam o fluxo dos mananciais hídricos, asseguram a fertilidade do solo, controlam o equilíbrio climático, protegem as encostas das serras contra deslizamentos e criam paisagens de beleza única.

Florestas Rio de Janeiro

Encostas e serras Rio de Janeiro

Mapa Mata Atlântica

Remanescentes Florestais (Mata) 814.562 ha - 18,6% Restinga 52.299 ha - 1,2% Mangue 11.893 - 0,3% Vegetação Natural 435.540 - 10,00% Áreas naturais não florestais 26.549 - 0,6%



ESTUDO DOS ASPECTOS NATURAIS



MAPA OCUPAÇÃO DA ÁREA A área demarcada possuí núcleos de favela e também núcleos urbanizados. Sua área verde encontra-se maioritariamente nos limites com o encontro da bacia da Baía de Guanabara e dos canais do entorno.

Área favela da Maré

Parque ecológico da Maré

Favela Área urbanizada Área Verde Área de parque ou lazer

Área favela da Maré

Vegetação costeira


0m

9m

43m 9m 10m


TOPOGRAFIA Na cidade do rio de janeiro o relevo de planície é mais frequente, cerca de 64% da cidade, possuindo uma altitude que não ultrapassa dos 20m. A maré esta em uma área de planície e possui algumas áreas com a elevação mais elevado, atingindo o pico em 43m. Além do mapa com os pontos mais altos, foi elaborado o perfil de elevação de toda a mare, ilustrando bem como funciona a relação de alturas no local

0m

9m

43m

43m

9m 0m

Até 2 m Até 10 m Até 20 m Ponto mais alto 45m


BAÍA DE GUANABARA

al Can

al Can

C LANA D O NUF OÃD

os Ram o i R

Canal

sor ieh n i P jno C o d la naC lan aC

od l an aC

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Ca na lF ari aT im bo

nj. Co o d nal Ca

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MAPA HIDROGRÁFICO A Maré se encontra próxima à parte do litoral da cidade voltada à Baía de Guanabara. Além da Baía de Guanabara, como observado no mapa ao lado a maré e também dentro da favela a presença de canais que passam por toda a sua extensão. Nas regiões de planície , no que se incluí o bairro da Maré, os problemas com enchentes são comuns, principalmente em decorrência de ocupações irregulares em áreas próximas a rios, riachos e lagoas, sendo as áreas situadas abaixo da curva de nível de 5 m as mais vulneráveis a este evento. Os canais do entorno e a Baía de Guanabara sofrem com a poluição do local e com o esgoto sendo despejado nos lugares.

Canal do fundão

Canal do Cunha

Canal

Canal

Os canais, rios e Baías estão marcados no mapa ao lado. Bacias hidrográficas



MAPA GEOMORFOLÓGICO O mapa mostra a geologia da cidade, com os três tipos de rochas: magmáticas, metamórficas e sedimentares. Além destas três classes, que representam o embasamento natural da cidade, o mapa também mostra as áreas de aterro. A região objeto desse projeto é oriunda dos aterros realizados na década de 80, quando o Governo Federal através do Ministério do Interior promoveu uma grande intervenção no local, o Projeto Rio, que consistia não só no aterro das regiões alagadas onde proliferavam as palafitas, mas também na transferência de seus moradores para construções préfabricadas.

Aterro Ilha do Fundão e Maré

Aterro ilha do Pinheiro e a Ilha do Fundão

Atero Rocha Metamórfica Rocha Magmática Rocha Sedimentares



MAPA SUSCETIBILIDADE A DESLIZAMENTOS O Morro do Timbáu, ponto mais alto da Maré é o único local do Complexo que tem Suscetibilidade média de deslizamentos em toda a favela, tendo também em uma de suas encostas a possibilidade alta de deslizamentos. No entorno do complexo também são percebidos áreas com risco de deslizamentos.

Local de alta possibilidade de deslizamentos

Baixa Média Alta

Ponto mais alto do Complexo da Maré


Área com potencial fotovoltaico


MAPA DE ILHAS DE CALOR Estudos das ilhas de calor têm evidenciado que há um aumento considerável da temperatura do ar em diversas regiões da cidade do Rio de Janeiro. Uma das causas das ilhas de calor é a urbanização acentuada. Ilhas de calor são comuns em grandes cidades e estão relacionadas ao uso do solo, como a metropolização, o modelo de crescimento urbano adotado e a industrialização. Com isso, o Complexo da Maré sofre com as consequências. Assim como em outros locais da cidade, na Maré se encontram materiais que contribuem com as ilhas de calor: o asfalto, as lajes de concreto e as telhas de fibrocimento, que ficam pretas com o tempo. A deficiência de ventilação também causada pela densidade construída que impede a circulação de ar penetre nas ruas no nível do pedestre, também auxilia no aumento do calor. As ruas estreitas e casas coladas impedem que o ar circule, favorecendo o calor. As casas ficam sem ventilação, e essas edificações não podem se refrescar. Ao circular na Vila dos Pinheiros, percebe-se que as casas próximas ao Parque Ecológico são menos quentes. A partir da análise feita, foi concluído que o calor é maior perto da Avenida Brasil. O asfalto absorve calor, além do alto fluxo de carros que soltam altas concentrações de gás carbônico, que também ajudam a aquecer o ar.

Av. Brasil

Temperatura média 31C° a 35C° Temperatura média 29C° a 33C° Av. Brasil



CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA


PERFIL ÉTNICO-RACIAL PERCENTUAL DE PESSOAS RESIDENTES NA MARÉ SEGUNDO A COR OU RAÇA 53.6%

PERCENTUAL DE PESSOAS RESIDENTES NA MARÉ SEGUNDO O SEXO

53.6%

MULHERES

48.9% 48.9%

51.1% 51.1%

PRETAS

10.1%

HOMENS

PARDAS

10.1%

BRANCAS

36.2%

36.2%

O predomínio de pessoas pardas na Maré tem explicação na maior frequência de matrimônios interrraciais nos segmentos sociais populares e, de forma particular, na forte presença de nordestinos. Como se verá adiante, um em cada quatro moradores da Maré nasceu no Nordeste. Não obstante, a cor parda, mesmo que por influência da naturalidade em outra região do país, não exclui a descendência em potencial da árvore afrobrasileira. Observam-se diferentes perfis na identificação de cor da pele entre as comunidades da Maré: onde há maior percentual de pessoas declaradas como brancas são as do Morro do Timbau, Baixa do Sapateiro e Parque União, com 44,0%, 43,1% e 42,1%, respectivamente. Em Roquete Pinto, com 28,7%, e Nova Holanda, com 29,6%, estão as menores concentrações, abaixo de 30%.

RELIGIÃO OUTRAS 20% 20%

AFRICANAS 5% 5% ESPIRÍTAS 7% 7%

EVANGÉLICA 21% 21%

CATÓLICOS 47% 47%

A expressão religiosa é um dos elementos mais marcantes da paisagem das favelas cariocas e a profusão de templos é avassaladora na Maré os mais diversos e presentes nos mais variados espaços. Os dois grupos religiosos predominantes no conjunto da Maré são os católicos e os evangélicos ainda que este último termo seja generalizante, por reunir diferentes troncos do protestantismo 27. O percentual de católicos é de 47,2%, próximo ao da cidade do Rio de Janeiro, que é de 51,1%, conforme o Censo 2010 do IBGE. O mesmo acontece com os evangélicos, que são 21,2% na Maré e, na cidade, 23,4%.


FAIXA ETÁRIA A coorte com idade a partir de 60 anos está mais concentrada no Morro do Timbau, com 11,1%, e na Baixa do Sapateiro, com 10,4%. As menores concentrações estão em Salsa e Merengue, com 4,3%, e Nova Maré, com 4,4%. Vale destacar o nexo entre esses resultados e o tempo de consolidação das comunidades: as duas mais antigas possuem a maior concentração de idosos e as duas mais recentes, a menor.

60 OU13.2% MAIS

0-14 ANOS 23.1% 23.1%

13.2%

15-29 ANOS

37.8% 30-59 ANOS

25.9% 25.9%

37.8%

A maior concentração de crianças de 0 a 14 anos encontra-se na Nova Maré 32,8%. Essa elevada concentração pode ser uma consequência de condições mais acentuadas de pobreza e, pari passu, um fator de sua reprodução. Nas demais comunidades, a concentração de crianças varia de 27,1%, em Salsa e Merengue, a 20,2%, em Rubens Vaz. A distribuição de jovens entre 15 e 29 anos é, proporcionalmente, bastante equilibrada na Maré, variando de 29,5%, no Parque União, a 24,0%, no Morro do Timbau.

SITUAÇÃO CONJUGAL VIVEM EM UNIÃO 50.8%

50.8%

49.2%

NA MARÉ, NÃO VIVEM EM UNIÃO 49.2%%

45,9% DAS PESSOAS DE 15 A 29 ANOS VIVEM OU JÁ VIVERAM EM COMPANHIA DE CÔNJUGE

Nesse aspecto, a população da Maré é dividida quase meio a meio: 49,2% vivem em união e 50,7% não.29 Esse resultado é quase igual ao verificado no conjunto da cidade do Rio de Janeiro em 2010, pelo IBGE: 47,1% sim e 52,9% não. O que impressiona são as taxas de união no contingente mais jovem: 38,7% da coorte de 15 a 29 anos vivem em união estável e 7,2% já tiveram essa experiência, totalizando 45,9% que vivem ou viveram em companhia de conjugal.


ESCOLARIDADE

37,6%

6%

19.6%

DA POPULAÇÃO COMPLETOU

É O O PERCENTUAL DE NÃO

DOS ADOLESCENTES ENTRE

O ENSINO

ALFABETIZADOS NA POPULAÇÃO DE 15

15 E 17 ANOS ESTÃO FORA DA

FUNDAMENTAL

ANOS OU MAIS

ESCOLA

Nos últimos anos, a oferta de escolas de educação infantil e de ensino fundamental na Maré aumentou bastante. Isso ocorreu devido à mobilização de organizações locais especialmente as associações de moradores e a Redes da Maré no movimento chamado “Maré que Queremos”, criado em 2012. O grupo fez um diagnóstico da demanda por ensino fundamental no território e apresentou a reivindicação de construção de novas unidades à prefeitura municipal, que acolheu satisfatoriamente a proposta e criou o Campus Educacional da Maré41. Com isso, a Maré conta agora com 44 escolas públicas, que oferecem da creche ao ensino médio (ainda que, nesta última etapa, cuja responsabilidade é da esfera estadual, a oferta continue muito aquém da necessidade) Portanto, se a capacidade de oferta da educação básica na Maré só permanece crítica em relação à creche e ao ensino médio, a qualidade dos serviços educacionais continua sendo um problema grave em todas as etapas. É consenso que a qualidade da educação oferecida às crianças e adolescentes decorre tanto de fatores externos quanto internos às escolas. Nesse sentido, crianças e adolescentes da Maré estão, por um lado, sujeitos às deficiências comuns à educação pública brasileira e, de outro, a certas especificidades locais.

SANEAMENTO BÁSICO

93,8%

417

2,2%

DAS RESIDÊNCIAS POSSUEM ACESSO Á REDE DE ÁGUA

UNIDADES COM CANALIZAÇÃO APENAS NA PARTE EXTERNA

SEM ÁGUA OU SOMENTE COM ACESSO EXTERNO

17,4% NÃO UTILIZAM FILTRO OU ÁGUA MINERAL


NÚMERO DE HABITANTES E DE DOMICÍLIOS NO CONJUNTO DE FAVELAS DA MARÉ POR COMUNIDADE – ANO 2010 COMUNIDADES

HABITANTES

DOMICÍLIOS

PARQUE UNIÃO

19.662

6.621

VILA DO PINHEIROS

15.492

4.974

NOVA HOLANDA

15.450

4.729

VILA DO JOÃO

13.301

4.545

PARQUE MARÉ

12.322

3.999

BAIXA DO SAPATEIRO

7.757

2.590

ROQUETE PINTO

7.488

2.382

SALSA E MERENGUE

7.258

2.130

MARCÍLIO DIAS

6.759

1.768

MORRO DO TIMBAU

6.359

2.109

CONJUNTO ESPERANÇA

5.530

1.870

RUBENS VAZ

5.154

1.710

CONJUNTO PINHEIROS

4.115

1.337

CONJUNTO BENTO RIBEIRO DANTAS

3.580

953

NOVA MARÉ

3.174

850

PRAIA DE RAMOS

3.073

932


ATIVIDADES ECONÔMICAS

Em toda a Maré, foram encontrados 3.182 empreendimentos. Com uma cobertura de 92,8% do universo, o Censo de empreendimentos econômicos da Maré pesquisou 2.953 unidades comercias ou atividades empreendedoras individuais. Como era de se esperar, quase a totalidade dos empreendimentos pertence ao setor de comércio e serviços, sendo inferior a 1% a parcela correspondente às indústrias. Situada em um território muito próximo ao centro da cidade, junto a vias urbanas significativas – Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela – e densamente habitado, a Maré tem uma localização privilegiada para o desenvolvimento dos mais diversos empreendimentos econômicos. Entretanto, a partir de década de 1980, muitas unidades de médio e grande porte que se faziam presentes na Maré e em seu entorno – notadamente, as industriais – foram encerradas. As atividades comerciais e de serviços que emergiram concomitantemente ao esvaziamento econômico (por falências e deslocamentos) representaram alternativas de trabalho e renda aliadas ao atendimento das demandas de consumo da população. Apesar de ser um contingente populacional de baixa renda, a forte vida comunitária e as relações socioafetivas estabelecidas no espaço local conferem condições particulares para a realização dos empreendimentos. E é, justamente, em torno da sociabilidade, que os empreendimentos na Maré ganham sua configuração e se afirmam, com identidade própria, face à construção clássica da relação oferta/ necessidade/consumo. Não é casual, portanto, que as duas atividades locais que mais se destacam numericamente sejam os bares e os serviços de beleza e estética.


A ATIVIDADE PRINCIPAL DO EMPREENDIMENTO ESTÁ MAIS COMPREENDIDA EM QUE SETOR? N° DE EMPREENDIMENTOS

PORCENTAGEM

Comércio

1.948

66%

Serviços

983

33,3%

Industria

295

0,7%

SETOR DE ATIVIDADES

O número de trabalhadores nesses empreendimentos é equivalente a 9,3% da população maior de 15 anos de idade residente na Maré.

OS 12 TIPOS DE ATIVIDADE ECONÔMICA MAIS FREQUENTES NA MARÉ ATIVIDADES

QUANTIDADE

PORCENTAGEM

Bar

660

22,4%

Beleza e Estética

307

10,4%

Roupas

216

7,3%

Mercado

138

4,7%

131

4,4%

130

4,4%

127

4,3%

94

3,2%

69

2,3%

68

2,3%

67

2,3%

60

2,0%

Lanches Veículos Salgados / Doces Restaurante / Pensão Informática / Games Bazar Material de construção Serralheria / Vidraçaria



HISTÓRIA E EVOLUÇÃO URBANA


LINHA DO TEMPO

MORRO DO TIMBAU

ATERRO ILHA DO FUNDÃO E OBRA PARA CONSTRUÇÃO DA UFRJ

os primeiros moradores se estabeleceram no que é hoje o Morro do Timbau, criando as famosas palafitas

Muitos operários que construíram o campus foram morar na Maré durante e depois das obras.

1946 1940

1949 - 1952 CONSTRUÇÃO AV. BRASIL

Via expressa construída para melhorar a conexão entre o Centro e os subúrbios. Com isso, trouxe projetos industriais para a região, criando uma zona industrial oferecendo melhores condições para as pessoas se mudarem e habitarem a área.


ATERRO DA MARÉ

Projeto Rio foi implementado pelo Banco Nacional de Habitação, na época da ditadura. Esse projeto, estabelecido pelo Ministério do Interior, vislumbrou a criação de outro grande aterro na região da Baía de Guanabara.

1960

1994 1970

PROCESSO DE REMOÇÃO DAS FAVELAS DA ZONA SUL Moradores se mudando para áreas mais obre, como a Maré. A comunidade Nova Holanda foi especificamente construída em um grande aterro como um projeto de moradia temporária em para os que foram removidos

FUNDAÇÃO DO COMPLEXO DA MARÉ Em 1994, a Prefeitura do Rio oficialmente declarou o Bairro da Maré como sendo a 30ª região administrativa do Rio de Janeiro, estabelecendo-o como um bairro reconhecido, como a Rocinha e o Complexo do Alemão.


EVOLUÇÃO URBANA

1900 a 1920

Crescimento da densidade na área População na cidade de 1.764.141 habitantes

População na cidade de 811.443 habitantes a 1.157.873 habitantes

Área não urbanizada Área urbanizada Rede ferroviária Av. Brasil Linha amarela Linha vermelha BRT Transcarioca BRT TransBrasil em construção Metrô

1921 a 1940

1941 a 1960 Grande expansão da densidade e criação da Av. Brasil. População na cidade de 3.281.908 habitantes


As áreas começam a ganhar forma, criação da Linha Amarela e Linha vermelha População na cidade de 5.857.904 habitantes

1961 a 2000

2001 a 2005 Território quase todo urbanizado, Criação da linha do metrô. População na cidade de 6.094.183 habitantes

Presença de poucas áreas não urbanizadas, criação do BRT Transcarioca e obras do BRT TransBrasil População na cidade de 6.476.631 habitantes

2006 a 2015



2 MORFOLOGIA E FUNCIONALIDADE DO AMBIENTE URBANO



MAPA NOLI A Maré tem todo o seu território com densidade levada. Além da análise cartográfica, com os dados do IBGE o Complexo da Maré tem 64.094 obtidos pelo Censo da Maré, realizado entre 2012 e 2013 pela Redes da Maré e divulgado em 2019, indica uma população total de 139.073 habitantes na favela. A partir desses dados, a sua densidade demográfica de acordo com Observatório Sebrae/RJ, a Zona Norte carioca, onde se localiza a Maré, é a região com maior densidade da capital fluminense: 10.185 habitantes por quilômetro quadrado, quase o dobro do resto da cidade. Comparada a outras favelas a Maré é a segunda mais populosa, e sua densidade maior que a do Rio de Janeiro e menor que a Rocinha.

10 Favelas mais populosas do Rio de Janeiro

Densidade demográfica

Rocinha

69.161

Maré

64.094

Rio das Pedras

63.484

Alemão

60.583

Fazenda do Coqueiro

45.415

Penha

36.862

Jacarezinho

34.603

Acari

21.999

Vigário Geral

20.570

Bairro Pedreira

20.515

Cheios Vazios

50.000

48.258

40.000

32.552 30.000 20.000 10.000 0

5.161 Rio de Janeiro

Maré

Rocinha



MAPA USO DO SOLO A alta densidade populacional e territorial do Complexo da Maré colabora para que em seu espaço existam várias unidades escolares, de saúde e também muitas áreas de comércio. Seu território urbanizado e de favela conta com residências, unidades mistas e comércios em grande quantidade, o qual não seria entendido apenas em um mapa. Ao todo em toda a Maré, foram encontrados mais de 3.000 empreendimentos, não contabilizando os espaços de saúde, educação e serviços. A partir do Censo de Empreendimentos Econômicos da Maré, fruto de uma iniciativa das instituições Redes da Maré e Observatório de Favelas, que também contou com o apoio das 16 Associações de Moradores da região, foi possível obter planilhas e gráficos dos empreendimentos encontrados por toda a favela.

12 atividades mais frequentes

Atividade dos empreendimentos Comércios

1.948

Serviços

33,3%

Indústria

0,7%

983

22

Local de funcionamento Local específico Unidade residencial

Associação de moradores Unidade de Saúde Unidade Escolar Área infraestrutura urbana Área industrial Área comercial Área residencial / mista Área favela / mista Área de lazer

Número empreendimentos

%

660

22,4%

Beleza e estética

307

10,4%

Roupas

216

7,3%

Mercado

138

4,7%

Lanches

131

4,4%

Veículos

130

4,4%

Salgados / doces

127

4,3%

Restaurante / Pensão

94

3,2%

Informática

69

2,3%

GamesBazar

68

2,3%

Material de construção

67

2,3%

Serralheria / Vidraçaria

60

2,0%

Atividade

66,0%

87,7% 2.589

12,3% 363

Bar


1

2

3 4

5

6

7

8

9


ESTUDO DOS ESPAÇOS LIVRES O Complexo da Maré possui um enorme adensamento urbano e populacional, existindo poucos vazios urbanos e espaços destinados ao ócio.

1

4

7

Área arborizada

União esportiva vila Olímpica Maré

Quadra de futebol

2

Quadra de futebol

3

Quadra de futebol

5

Parque ecológico da Maré

6

Centro de Preparação de

9

Destacamento de

8

Quadra de futebol

Oficiais da Reserva do RJ

Infraestrutura da Aeronáutica


1

2

3 4

5

7

6


ESPAÇOS CULTURAIS E DE LAZER O Complexo da Maré possui um enorme adensamento urbano e populacional, existindo poucos vazios urbanos e espaços destinados ao ócio.

1

Piscinão de Ramos

2

Centro de artes da Maré

4

União Esportiva Vila Olímpica da Maré

5

Maré Favela Skatepark

7

Museu da Maré

3

6

Lona Cultural da Maré

Parque ecológico da Maré



GABARITOS CONSTRUÍDOS A Maré é uma área com núcleo de favelas bem alto, e por isso as construções medianas são as mais comuns no local, que pertencem á moradias unifamiliar, de uso misto e também destinadas á escolas e unidades de saúde As construções baixas de 1 a 2 pavimentos pertencem á depósitos e residências mais precárias da área, que se localizam próximas á baia. As construções altas de 5 a 6 pavimentos são destinadas á prédios de habitação social.

1 a 2 Pavimentos 3 a 4 Pavimentos 5 a 6 Pavimentos


FORMA URBANA X MERCADO IMOBILIÁRIO 2011:

2014:

2018:

Ocorreu a especulação imobiliária. Naquele ano, quem tinha alguma receita, como indenizações trabalhistas e fundo de garantia, investia em imóveis, reduzindo a oferta de casas e pontos comerciais na favela. A busca era grande e o preço também aumentava, ocorria a lei da oferta e da procura.

Com a pacificação, os preços dos imóveis foram as alturas. Apesar do preço elevado, os imóveis para venda e aluguel estavam muito concorridos. A busca pelo chamado "uso de laje" ou "com laje livre para construir" aumentou e elevou o preço de terrenos, casas e apartamentos.

Com a situação do pais, os preços dos imóveis abaixaram. Valores de alugueis que antes custavam R$700 foram para R$500. Para os que pretendiam comprar, era a melhor oportunidade. Diante da crise ocorreram mudanças de hábitos na população. Filhos passaram a construir na laje dos pais para nao precisar pagar aluguel. O parque união é o local mais caro, pela proximidade com a entrada da Ilha do Governador. Por outro lado, na Nova Holanda encontra-se casas de dois quartos por 80 mil. Os imóveis chegaram a diminuir mais da metade de seu valor original.

2021:

CRISE + ARROCHO ECONOMICO + PANDEMIA + DESEMPREGO

PERDA DE PODER AQUISITIVO Pouca procura e um grande numero de imóveis ofertados. Durante muito tempo o comércio de imóveis na favela foi algo muito vantajoso. Hoje, apesar das novas construções e reformas espalhadas pela Maré, tanto o aluguel quanto a venda tiveram quedas significativas.

É PRECISO USAR A CRIATIVIDADE PARA SUPERAR AS DIFICULDADES FINANCEIRAS DO RAMO: Na favela não é possível o crédito imobiliário (financiamento), por conta da falta de documentação necessária. Com isso, os corretores estão fazendo uso da "venda parcelada" para conseguirem superar as dificuldades financeiras do ramo.


TIPOLOGIAS URBANAS

O

estudo

da

evolução

de

cidades

identificadas como padrão “orgânico” ou geradas de forma espontânea, no sentido de não serem alvo de iniciativas de outros agentes que não os moradores, é o que foi a principal referência para análise da morfologia das favelas "No caso do Rio de Janeiro, o aterro do Flamengo resultou num traçado modernista com forte participação do designer e, em contraste, o lento aterramento por iniciativa dos moradores do Complexo da Maré configurou uma malha irregular. No Complexo da Maré, parte de seu território é resultado do aterramento do Canal do Cunha, com a lenta substituição das palafitas por casas sobre aterros de entulho e de pontes e ancoradouros por becos e vielas (Del Rio,1990). Outra parte é resultado do aterro planejado e executado pela prefeitura para implantação de loteamento para habitação social, resultando num traçado regular de quadras retas. Em outros casos, o esforço para habitar áreas de encosta acentuada também resulta em uma composição morfológica complexa. Para superar riscos de deslizamento sem recursos ou técnicas adequadas, as casas são construídas de forma aglomerada, com as construções da base da encosta suportando as de cima. Tal configuração resulta num conjunto denso, quase monolítico. " (FARIAS, Jacira, 2009)



3 MOBILIDADE URBANA


A AHNIL ALERAM

LISARB VA

A LH E M ER V HA LIN


MAPA HIERAQUIA VIÁRIA A Maré é cercada por vias de extrema importância e valor pra cidade, a comunidade é cortada pela Linha Amarela que liga a Baixada de Jacarepaguá à Ilha do Fundão, e pela linha vermelha, que liga os municípios do Rio de Janeiro e São João de Meriti. Ao entorno do Complexo está a Av. Brasil, Criada em 1948 a avenida passou a servir como porta de entrada por via rodoviária, com 58,5 quilômetros de extensão, corta 26 bairros da cidade e tem o status de mais importante via expressa da cidade do Rio de Janeiro.

Linha Amarela

Linha Vermelha

Avenida Brasil

Avenida Brasil

Local Coletora Arterial Expressa



MAPA DOS GABARITOS VIÁRIOS As vias expressas que cercam a Maré são mão única e possuem mais de duas pistas de rolamento para cada sentido. As vias locais são, em sua grande maioria, vias de mão dupla, sendo utilizada para os dois sentidos, e possuem apenas uma pista de rolamento medindo em torno de 4,5 metros.

Via de mão única Via de mão dupla


CONDIÇÕES DE MOBILIDADE NÃO-MOTORIZADA CICLOVIA DA MARÉ UMA GRANDE IDEIA QUE DERRAPOU Projeto que previa a construção de 22km de ciclovia com faixa compartilhada. Prometia uma maior mobilidade e conforto, ligando a favela aos BRTs e ao Fundão. A Maré seria a primeira favela do Rio com plano de mobilidade por bicicleta, porém as obras foram interrompidas, e as partes que foram construídas não tem manutenção.

A ROTA DA CICLOVIA NA MARÉ Faixa compartilhada

Calçada compartilhad

Ciclofaixa

Ciclorota existente

Fonte: Secretaria Municipal do Meio Ambiente


PROBLEMÁTICAS DO PROJETO: 1) Projeto está mal arquitetado. "Na favela Nova Holanda, a ciclovia passa pela rua mais movimentada da comunidade que é a Teixeira Ribeiro, uma rua de grande fluxo de veículos e pedestres, a rua do comércio e da feira”, reclama morador. As ciclovias têm aproximadamente 75 centímetros de largura, metade do mínimo recomendado no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Apesar de todo o planejamento ser bem estruturado no que rege as leis, ele não se aplica às ruas da Maré: ambulantes instalados nas calçadas e na lateral da pista, motos, carros e até pequenos caminhões circulam em todo o espaço, inclusive na pista compartilhada com ciclistas.

2) Falta de sinalização, placas danificadas, pintura desgastada, pintura completamente apagada em muitos trechos, buracos e piso irregular. Antes mesmo da sua conclusão, as faixas já precisavam de manutenção.

"O potencial de uso da bicicleta, inclusive a elétrica, pode ser ainda maior caso o poder público tenha uma política ousada de construção de ciclovias”

De acordo com o Censo Maré, o investimento em ciclovias e no bike share baseado em bicicletas elétricas, que ligue a favela ao seu entorno, poderia gerar uma melhora signifcativa das condições de circulação da população local e aumentar as condições de centralidade da Maré na região da Leopoldina. Enquanto essa solução não é viabilizada, a instalação, também na Maré e no seu entorno, do sistema de bike share existente nas áreas nobres da cidade seria uma política pública valiosa


CALÇADAS As calçadas, que deveriam ser usadas como via para pedestres, na verdade são obstáculos para os mesmos. Uma série de problemas são enfrentados todos os dias pelos usuários seja no percurso de seu trabalho, ao levar o filho na escola ou até mesmo para ter acesso a suas moradias.

PROBLEMÁTICAS: 1) Calçadas ocupadas pelos comercios

Fonte: Street View do Google maps

2) Calçadas em desnível por presença de buracos

Fonte: Street View do Google maps

3) Presença de lixo e liixeiras

https://noticias.uol.com.br/album/2015/09/16/ciclofaixas-no-complexo-da-maresao-azuis-estreitas-e-tem-obstaculos.htm?foto=1



ESTAÇÃO BRT MARÉ

ESTAÇÃO BONSUCESSO

ESTAÇÃO MANGUINHOS


MAPA DO TRANSPORTE PÚBLICO O Bairro da Maré possui apenas 1 ponto de ônibus em seu interior, sendo os demais nos arredores. A maior concentração é na Avenida Brasil, apresentando 6 pontos de ônibus em seu percurso. Em relação ao BRT, a linha Transbrasil que ligará Deodoro ao Centro pela Avenida Brasil esta há anos em processo de conclusão, prometida inicialmente para 2016, não ficou pronta no prazo estando até os dias de hoje em fase de construção. O corredor terá 32 quilômetros de extensão, com quatro terminais, 28 estações e 16 passarelas. A linha de brt usual é a Transcarioca, que possui uma estação destinada a Maré. A estação de trem mais próxima é a de Bonsucesso ficando a 30 min da Maré.

Mapa da rota da linha Transbrasil

Pontos de ônibus existentes Estações de BRT existentes Estações de trem existentes


TRANSPORTE E MOBILIDADES Pesquisas realizadas pelo Censo Maré que buscou levantar dados sobre as características dos deslocamentos que os residentes da Maré realizam dentro e fora do bairro e como percebem tal circulação. Para isso, a analise divide a Maré em 3 grandes áreas, como mostra a figura abaixo. De acordo com os resultados obtidos foram selecionadas 3 perguntas relevantes para a melhor compreensão e desenvoltura do trabalho atual

Mobilidade na Maré - Censo Maré


Sabe dirigir automóvel? Sabe dirigir motocicleta? Sabe andar de bicicleta?

Qual(is) e quantos meios de locomoção o(a) sr(a) utiliza no deslocamento parao bairro ou região fora da Maré em que circula com mais frequência?

O(A) sr(a) utiliza bicicleta no deslocamento do/para o bairro ou região fora da Maré em que circula com mais frequência. Caso não utilize, o(a) sr(a) se interessaria em utilizá-la nesse deslocamento?



4 LEGISLAÇÃO E PLANOS VIGENTES


ZONEAMENTO URBANO

A Maré abriga uma razoável diversidade de domínios legais, compreendendo uma Área de Especial Interesse Urbanístico (AEIU da Avenida Brasil), duas Áreas de Especial Interesse Social (AEIS da Vila Olímpica e do Conjunto Vila Pinheiros), uma Área de Interesse Ambiental (APA da Ilha do Pinheiro), além de se encontrar inserida no Projeto de Estruturação Urbanística (PEU) da Grande Leopoldina, que compreende ainda os bairros de Olaria, Ramos, Bonsucesso e os Complexos de Manguinhos e Alemão. O bairro esta inserido na Zona Industrial (ZI-1). Em 1976, os parâmetros para essa zona eram exclusivamente e predominantemente industriais (atividades predominantemente industriais não nocivas ou perigosas, compatíveis com zonas urbanas de uso diversificado, permitidos o comércio e os serviços setoriais - DECRETO Nº 322 DE 3 DE MARÇO DE 1976). Porém com a configuração do bairro foram definidos novos parâmetros. A Secretaria Municipal de Urbanismo convergiram na proposição de mudanças na atual legislação referida à Maré, de forma a que ali se possam combinar unidades residenciais e pequenas atividades econômicas de característica local que, aliadas à transformação do entorno da Avenida Brasil em Zona Comercial e de Serviços (ZCS1), poderão conferir nova feição e dinamismo ao bairro. De acordo com LEI COMPLEMENTAR N.º 116 DE 25 DE ABRIL DE 2012, "Cria uma área de especial interesse urbanístico da Avenida Brasil, define normas para incremento das atividades econômicas e para reaproveitamento de imóveis em áreas das zonas industriais e ao longo de corredores viários estruturantes da AP-3 e da AP-5 e dá outras providências'. Com isso foram definidos.


DO USO DO SOLO: Art. 4º Para implementação dos objetivos propostos nos imóveis definidos no art. 3º desta Lei Complementar, os usos residencial - uni e bifamiliar, multifamiliar, permanente ou transitório - , comercial, de serviço e misto passam a ser adequados. Art. 5º Os usos permitidos para cada Zona poderão ser instalados nos imóveis situados nas áreas definidas no art. 3º desta Lei Complementar, ou em parte deles, qualquer que seja o tipo de edificação, devendo ser previstos acessos independentes para unidades de uso residencial permanente. O uso residencial não poderá coexistir no mesmo lote com estabelecimentos destinados a armazenagem de produtos inflamáveis ou, ainda, atividades geradoras de ruídos, odores ou fumaça, não sendo permitida sua convivência com outros usos que possam causar risco à população residente, cabendo avaliação prévia do órgão municipal afeto ao meio ambiente.

DAS CONDIÇÕES EDILÍCIAS : [...] II – a construção e/ou adaptação para uso residencial unifamiliar, bifamiliar ou multifamiliar, inclusive em moradias do tipo estúdio. § 1º Entende-se por moradia do tipo estúdio, aquela onde pode ser eliminada a parede divisória entre sala, quarto, e cozinha, com banheiro exclusivo, desde que o somatório das áreas chegue ao mínimo exigido para a unidade. § 2º Não há limitação do número de unidades residenciais por lote nas Zonas Industriais mencionadas no art. 3º, obedecidos os parâmetros da legislação em vigor § 3º A área útil mínima das unidades residenciais obedecerá à normatização estabelecida pelo Plano Nacional de Habitação do Governo Federal.

TAXA DE OCUPAÇÃO 70% TAXA DE PERMEABILIDADE: 15% IAT: 2.1


ÁREA DE PLANEJAMENTO

A Maré esta situada na área de planejamento 3 - AP3.

3

2 1 5

4

PERCENTUAL DE RESIDENTES EM FAVELAS NAS ÁREAS DE PLANEJAMENTO AP1 - CENTRAL

AP4 - BARRA / JACAREPAGUÁ

297.976

909.368

34,7%

26%

AP2- ZONA SUL

AP5 - ZONA OESTE

1.009.170

1.704.733

17,3%

16.1%

AP3- ZONA NORTE 2.399.159 27,3%

A população em favelas é expressiva em todas as regiões da cidade, porém, não é homogeneamente distribuída. As regiões com percentual acima da média da cidade são a AP1-Central (34,7%), AP3Zona Norte (27,3%) e AP4-Barra/ Jacarepaguá (26,0%).

Segundo o Censo do IBGE, a cidade do Rio de Janeiro abrigava 6.320.446 habitantes em 2010, dos quais 1.443.773 habitantes (22,8% do total da cidade) residindo em favelas. A população da favela vem crescendo em um ritmo quatro vesses maior do que o restante da cidade.


PLANO DIRETOR RJ

PARA ÁREA DE PLANEJAMENTO 3

O Complexo da Maré está inserido na macrozona de ocupação incentivada, que de acordo com o Plano Diretor as principais diretrizes são: I- Implantação do Corredor Expresso Centro- Ilha do Governador, operando com ônibus convencionais, a partir de terminais integrados, por faixas ou vias exclusivas segregadas II- Implantação do Corredor Expresso T5, da Barra da Tijuca à Penha, estendendo-o até a Av. Brasil(Trevo das Margaridas), operando com ônibus de alta capacidade, a partir de terminais integrados, por faixas ou vias exclusivas segregadas.

PROPOSTA DE PROJETO

UM PARQUE PARA O COMPLEXO DA MARÉ Marcelo Crivela em 2018 anunciou o projeto para contrução de um Parque da Maré, na entrada da Vila do João, na Zona Norte. Nos moldes do Parque Madureira, a área tem 79.400m² e fica às margens da Linha Amarela, no trecho entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. A intenção é que o espaço de lazer tenha quadras de esportes, ciclovia, área de recreação infantil, lago recreativo, quiosques de alimentação, teatro a céu aberto. oficina de inclusão digital e horta comunitária. O Coletivo da Maré publicou em sua página uma resposta acera da proposta:


Implantação do projeto

Perspectiva do projeto


"Sobre os 100 milhões “previstos” na construção do tal “Parque da Maré“ Então, não seria melhor pegar esse recurso e distribuir nas praças, existentes? Posso citar aqui várias praças que vai do Palace até a Kelson’s, se ligou? Ações que poderiam ser feitas com o recurso citado: a revitalização do Piscinão além da sua concha acústica, a Lona Cultural Hebert Vianna, a própria Vila Olímpica, o Parque Ecológico que está com solo degradado, assoreado e precisa urgentemente ser revitalizado, a Ciclovia do Pinheiro onde se propõe este parque, os campos sintéticos que estão acabadaços e diversos equipamentos públicos que estão super bad. Taí, esse dinheiro certamente daria pra cobrir toda esta estrutura de revitalização e manutenção. A proposta é boa e bem bacana no papel e nas animações, mas dessa forma, tá equivocada. Será muito dinheiro empregado numa só ação. “A ideia é levar as informações à comunidade, para que ela participe. A participação dos moradores, indiando as principais necessidades, é que vai nos ajudar a concluir o projeto”. Como participação popular, se já vieram com o projeto pronto? Como seu prefeito?"



5 CORNAVÍRUS NA MARÉ


A pandemia imposta pelo coronavírus trouxe desafios em muitas dimensões da vida. No casa do Complexo da Maré, a Redes Maré, órgão que tem uma atuação direta com a população encontrou uma forma de responder ás demandadas dos moradores mais necessitados nesse período de pandemia. Foi dividido em três frentes:

DIREITO Á EDUCAÇÃO

CUIDADES EM SAÚDE

Com a pandemia, a grande maioria das crianças e adolescentes da Maré está sem conseguir estudar de forma integral e regular, principalmente, por não ter acesso a computadores e nem ao pacote de dados de internet, o que vem aumentando a desigualdade social de forma acelerada.

Foi criado o projeto “Conexão Saúde: de olho na Covid”, com ajuda de de parceiros. Atualmente, existe três serviços disponíveis, de forma gratuita, para moradores da Maré: Testagem para covid19 Telemedicina

A ação sugerida foi a compra de equipamentos (computadores, telefones e/ou tablets) e pacote de dados de internet para serem disponibilizados, durante o ano letivo, a 1.000 estudantes distribuídos nas 16 favelas da Maré.

Consultas de médicos e psicólogos Apoio ao isolamento seguro

SEGURANÇA ALIMENTAR Um grande número de famílias seguem em contínua necessidade por alimentos e itens de higiene pessoal e de limpeza. A ação sugerida foi entrega de cesta de alimentos e kits de higiene pessoal e limpeza para um número básico de 6 mil famílias que precisam dessa ajuda urgente. As famílias serão identificadas a partir do banco de dados, criado na primeira etapa da campanha, seguindo critérios de maior necessidade, como famílias sem renda, que pagam aluguel, sem ajuda de benefícios sociais, com crianças, idosos e/ou deficientes em casa.


CAMPANHA MARÉ DIZ NÃO AO CORONAVÍRUS - Censo Maré



6 DIAGNÓSTICO


DIAGNÓSTICO PÉTALAS O diagnóstico em pétalas consiste em um gráfico onde, os setores analisados nos mapa anteriores ganham índices classificando-os em baixo, médio e alto. Sendo assim, uma pétala inteira é o indicativo de um grau elevado, o tema analisado esta cumprindo sua função no local, meio pétala o indicativo de média intensidade, o tema analisado esta cumprindo razoavelmente sua função no local, e uma pétala curta o indicativo de baixa intensidade, o tema analisado não esta cumprindo sua função adequadamente no local Com isso, o objetivo é traçar o parâmetro atual da situação que se encontra do local analisado e assim então realizar um diagnostico conveniente e de maneira integrada. Segue o

SN A

A I S

P

R

U

TA

E T R O

AMILC

N

mapa da análise realizada:

R T

MOBILIDADE R

A

R

U

R

TS

EA

SU

SOÇAPSE

SO

FN

I

DENSIDADE


Após o diagnóstico das pétalas, os setores ganham explicações de como foi analisado cada item descrito:

1 . CLIMA E MESOCLIMA - BAIXO Clima potencialmente quente, típico do Rio de Janeiro, gerando ilhas de calor nas áreas urbana e de favelas do local, considerando a quantidade de construções e poluições do local. 2. ASPECTOS NATURAIS - BAIXO O local possui no entorno poucas áreas verdes, tendo como principal aspecto áreas urbanas e de favelas, Além disso a área foi composta maioritariamente por aterros, o que colabora para a suscetibilidade de deslizamentos e tem a presença de canais poluídos que passam pelo espaço. 3. DENSIDADE URBANA - ALTO O território da área é de extrema densidade, uma das maiores de toda a cidade, tendo assim poucos espaços vazios no local. 4. USO DO SOLO - MÉDIO Muitos usos podem ser identificados no local, existem mais de 3 mil empreendimentos comerciais e áreas de serviço, saúde e educação em grande quantidade. Existem poucas áreas de lazer e apenas um espaço verde. 5. ESPAÇOS LIVRES - BAIXO A área possui poucos espaços livres devido ao enorme adensamento populacional e urbano. Os únicos espaços ociosos são as quadras esportivas e alguns parques destinados ao lazer. 6. INFRAESTRUTURA URBANA - MÉDIO Apesar de se tratar de uma favela, o acesso a recursos como água potável e saneamento atinge quase toda a população, porém ainda com alguns problemas enraizados. 7. MEIO DE TRASNPORTE - MÉDIO Apesar de não possuir pontos de ônibus no interior do Bairro, os seus limites abrangem essa falta. 8. MOBILIDADE NÃO-MOTORIZADA - BAIXO Projeto que previa a construção de 22km de ciclovia foi interrompido. As ciclovias existentes são precárias em manutenção e mal projetadas.



MAPA SÍNTESE Após a coleta de dados e do estudo desses e também dos mapas, chegamos ao conjunto final de informações. O mapa síntese consiste na junção e cruzamento de todos as informações coletadas até o final desse estudo, colaborando assim para elaboração do projeto urbanístico.

POUCAS ÁREAS VERDES

ALTA DENSIDADE URBANA

PONTOS DE ÔNIBUS DISTIBUIDOS IRREGURLAMENTE ÁREAS SUCETIVEIS A DESLIZAMENTO

POUCOS ÁREAS DE LAZER

DIVERSIDADE DE USOS

Deslizamentos Média Deslizamentos Alta Área Verde Área de parque ou lazer Associação de moradores Unidade de Saúde Unidade Escolar Espaços livres Pontos de ônibus existentes Estações de BRT existentes


PROBLEMAS O projeto de ciclovia para o Complexo não deu certo, as que já existem no local não são respeitadas e o projeto para a expansão da rede não foi inteiro executado.

O local possui poucas áreas livres, em sua malha urbana densa dificultando assim a distribuição de áreas de lazer pelo local. Os poucos vazios que ali existem são propriedades de empresas

As poucas áreas verdes e de lazer existentes estão degradadas e oferecem risco, com brinquedos quebrados áreas não pavimentadas e espaços mal iluminados

Por ser uma baixada, fazer divisa com a Baía de Guanabara e ter canais em seu entorno e internamente no seu território, o Complexo da Maré sofre com constantes inundações. Além das inundações o Complexo da Maré sofre com a falta de saneamento básico, mesmo tendo uma estação de esgoto no Caju, a comunidade não tem o seu esgoto recolhido e tratado.


POTENCIALIDADES A Maré é uma das poucas favelas que possui uma topografia sem grandes desníveis, possuindo apenas uma parte mais alta. O que permite facilidade para a intervenção no local.

O Parque Ecológico da Maré é uma importante área do local, que precisa ser mais destacado e preservado, para oferecer a população um espaço adequado.

A área do Complexo da Maré esta bem localizada quanto a Cidade do Rio de Janeiro, e com um transporte eficiente pode oferecer fácil acesso a outras áreas da cidade.

O bairro possui grande diversidade de usos, com os pequenos comércios espalhados por todo o local, gerando assim renda para a população residente.

Além do uso comercial o Complexo da Maré tem uma boa quantidade de unidades escolares em seu território, oferecendo assim educação a maioria da população.



7 PLANO DE BAIRRO



PRINCIPIOS NORTEADORES


JUSTIÇA AMBIENTAL Combater a injustiça ao acesso aos bem primários e a desproporcionalidade das consequências ambientais negativas. Uma parcela da população não possui acesso a certos recursos naturais, como ar limpo, água potável, áreas verdes e outros benefícios ecológicos. Além da distribuição de forma desigual dos impactos negativos entre grupos historicamente vulnerabilizados, como a instalação de lixões e de politicas que negligenciam o bem-estar, a saúde e o meio ambiente.

DADOS Apesar de possuir infraestrutura de saneamento básico o sistema público de encanamento É da década de 60 com isso não supre a demanda atual e os moradores passam dias sem água

17,4% da população residente não utiliza filtro e não possui água mineral

2,2% da população não recebe água em suas residenciais ou somente com acesso externo

As praças existentes não possuem infraestrutura adequada, para serem lugares de estar, lazer e eventos.


CIDADE SAUDÁVEL É uma estratégia de promoção da saúde no nível local. O seu objetivo maior é a melhoria da qualidade de vida da população. Assim, a conquista de uma vida com qualidade não passa apenas pela saúde, mas pela interação das diversas políticas sociais. Uma peça central para cidades saudáveis são habitantes saudáveis. A saúde em ambientes urbanos é uma crescente preocupação e sofre várias ameaças: poluição, estresse, vulnerabilidade social e econômica, segurança, para citar algumas. O complexo da Maré tem espaços de alto risco a saúde, afetando de forma direta a população ali residente.

DADOS A Maré apresenta altos índices de desconforto térmico, com ocorrências de ilhas de calor de até 4,8ºC de intensidade. O risco de doenças nas comunidades da região é permanente, devido aos índices de poluição no local que são altíssimos.

A área possui um parque ecológico que tem ausência de infraestrutura e incentivo para o seu uso na região.

A mobilidade no local não incentiva o uso de transportes ativos, como bicicleta e caminhada.


DIRETRIZES ADOTADAS


1. DIMINUIR OS ÍNDICES DE POLUIÇÃO NO LOCAL E NO ENTORNO 2. IMPLANTAR SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DE INUNDAÇÃO 3. REQUALIFICAR ÁREAS DE PARQUES E PRAÇAS 4. INCENTIVAR O USOS DE TRANSPORTES ATIVOS E SUSTENTÁVEIS 5. MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO LOCAL



DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS


DIMINUIR OS ÍNDICES DE POLUIÇÃO NO LOCAL E NO ENTORNO A região da Maré é uma das mais poluídas da Cidade do Rio de Janeiro. Lá o ar é extremamente poluído, e as temperaturas são altas com a presença de Ilhas de calor. A poluição do ar é uma das causas das infecções respiratórias, e a região é o local onde se encontra o maior número de internação de crianças em razão de infecção respiratória aguda. Além disso, o esgoto da região não foi canalizado corretamente e, como resultado, os moradores convivem com seus rios locais como valões

fétidos.

Essas

condições

afetam

desproporcionalmente

moradores de favelas. O destaque é o Canal do Cunha, uma via fluvial da Zona Norte que escoa para baía de Guanabara e é considerado o canal mais poluído. O acúmulo de materiais contaminados, do lixo sólido e do grande volume de esgoto doméstico e industrial contribuem para aumentar os índices de poluição.


1

UTILIZAR A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO JÁ EXISTENTE NO ENTORNO No Caju bairro vizinho da Maré, está localizada a Estação Alegria, obra mais importante do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. É uma unidade de grande porte, sendo a maior das estações de esgotos operadas pela CEDAE e uma das maiores do Brasil. Esses esgotos são coletados de uma área aproximada de 8.600 hectares, de quatro sub-bacias principais: o Conjunto Centro, Mangue e Catumbi; Alegria; Faria-Timbó: e São Cristóvão, eliminando os lançamentos in natura na Baía de Guanabara e nos rios e canais urbanos. O problema na ETE Alegria foi a falta de conclusão do sistema, parte do maquinário está fora de combate por falta de manutenção e modernização. Dos cinco decantadores primários, por exemplo, só um está funcionando. Se ele quebrar, não há solução à vista : “Ele atende à atual demanda, mas não há equipamento reserva”, relata a reportagem da Rede Globo

Árvores

Estação Alegria


PROMOVER A DESPOLUIÇÃO DA BAIA DE GUANABARA E DOS CANAIS Em 2016 organizações comunitárias, municipais e ambientais se reuniram na Maré para discutir os 22 anos desde que o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) teve início e as infelizes consequências de duas décadas de políticas públicas que fracassaram na limpeza da baía na região. No evento a relação entre poluição, qualidade de vida dos moradores e a baía foi dissecada, levando os membros a entender a interligação entre estas questões. Vale ressaltar a existência de um programa de educação ambiental chamado De Olho no Lixo que funciona em Roquete Pinto e na Praia de Ramos, comunidades no entorno do Canal do Cunha na Maré. O programa inclui a educação de jovens sobre a baía e o empoderamento dos jovens para se tornarem protetores comunitários da água. No programa os jovens às vezes sentiam uma distância entre sua comunidade e a Baía de Guanabara, associando-a mais à imagem de um cartão postal do que à imagem das águas poluídas que cercam sua comunidade.

Atuação do programa De Olho no Lixo

2


3

AUMENTAR AS ÁREAS VERDES

A Maré é localizada entre as três principais vias expressas do município do Rio de Janeiro (Linha Amarela, Linha Vermelha e Av. Brasil) os veículos que passam por elas liberam o CO2, um composto químico altamente tóxico e a sua inalação pode ser fortemente irritante. Além disso, a falta de árvores e a proximidade das casas dificultam o ar de circular e refrescar a região. Apesar do local conter uma enorme área florestal, o Parque Ecológico, ele não da vazão a fim de melhorar as condições do ar de todo o morro. O excesso de calor e a dificuldade de circulação do ar devido ao adensamento urbano é um problema imperioso e que promove consequência graves na saúde da população. A promoção de áreas verdes não só diminui os índices de poluição e calor do local como também cria espaços agradáveis e promove o acesso da população a natureza, muitas vezes restrito devido a localização não nobre na cidade.

Reurbanização Favela JARDIM IPORANGA – São Pualo


IMPLANTAR SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DE INUNDAÇÃO A principal causa dos alagamentos é a falta de estrutura de saneamento e coleta de lixo precária. “Sempre que chove aqui, as ruas alagam. Em 2017, eu vi pelo menos uns 12 alagamentos”, conta a faxineira Rosilene Nunes, de 36 anos, todos vividos inteiramente na comunidade. "Essas lagoas após a chuva são uma pouca-vergonha, sofremos com o acesso, lodo e água podre”, comenta Tainara Cabral, moradora da Vila dos Pinheiros. Fabiana Silva Jorge é moradora do Parque União há mais de um ano e, assim como outros moradores, relatou que basta chover para ficar inviável sair de casa. “O beco onde moro vira um rio de esgoto. E a gente tem de pôr o pé, porque precisa sair de casa para trabalhar e levar os filhos para a escola”, observou. A moradora alerta que problemas de esgoto entupido são constantes onde ela mora.


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CRIAR JARDINS DE CHUVA Também chamados de Sistema de Biorretenção, esta medida utiliza a atividade biológica de plantas e microorganismos para remover os poluentes das águas pluviais, e contribui para a infiltração e retenção dos volumes de água precipitados. Em geral, estas estruturas podem ser descritas como rasas depressões de terra, que recebem águas do escoamento superficial. Os fluxos de água se acumulam nas depressões formando pequenas poças, e gradualmente a água é infiltrada no solo. Os poluentes são removidos por adsorção, filtração, volatilização, troca de íons e decomposição. A água limpa pode ser infiltrada no terreno para recarga de aquífero ou coletada em um dreno e descarregada no sistema de microdrenagem.

Jardim de chuva em área pública

Corte jardim de chuva


PROMOVER CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA

Uma das formas de evitar a diminuição acentuada da disponibilidade de água potável é fazer o seu reuso ou o aproveitamento da água das chuvas. A água das chuvas sem tratamento deve ser usada para fins não potáveis, ou seja, não deve ser ingerida. Vale destacar, no entanto, que, ao utilizar essa água para outros fins, mais água potável fica disponível, consequentemente, estaremos ajudando o próximo e o meio ambiente. O potencial do Uso de Água de Chuva pode ser feito atraves da captação pelas residências. É possível conhecer a estimativa de quantidade de água que pode ser usada na sua casa e o quanto você pode economizar com essa solução . A importância da reutilização de água de chuva está: 1. Eficiência de recursos - economia na conta de água, com uso mais sustentável 2. Diversificação das fontes de água, menor dependência do Guandu 3. Mitigação de enchentes, se aplicado em larga escala

Moradora da favela ensina como captar água da chuva

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3

DRENAGEM DOS CANAIS A dragagem consiste na implantação de uma calha com seção adequada para o escoamento de uma vazão de cheia. A intervenção para desassoreamento e limpeza de um curso d’água consiste na retirada de material acumulado no leito do curso d’água e às suas margens (manual ou mecânica) para melhoria das condições de escoamento, mantendo a regularidade da calha (taludes e fundo). Um adequado sistema de drenagem, portanto, proporciona uma série de benefícios, tais como: - redução de gastos com manutenção de vias públicas; - escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o tráfego por ocasião das chuvas; - eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais, focos de doenças; - redução de impactos da chuva ao meio ambiente, como erosões e poluição de rios e lagos; - redução da incidência de doenças de veiculação hídrica; - condições razoáveis de circulação de veículos e pedestres em áreas urbanas, por ocasião de chuvas frequentes e/ou intensas.

Representação Sistema de drenagem


REQUALIFICAR ÁREAS DE PARQUES E PRAÇAS Pensar na qualidade de vida por meio de locais de lazer é também cuidar da saúde e do bem-estar de cada cidadão. Ao construir casas e expandir uma zona urbana, é preciso aumentar a capacidade de prestação de serviços, como educação, saúde, transporte, segurança e lazer. No Complexo da Maré existem algumas áreas de lazer, mas estas não possuem infraestrutura adequada, para receber crianças e adultos para o seu momento de lazer. Na favela existe ainda o Parque Ecológico da Maré, que é o exemplo de mais um espaço público degradado, que não entregam a sua população a sua real função. Oferecer espaços livres e verdes de qualidade para os seus moradores.


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REVITALIZAÇÃO DE PRAÇAS As Praças são espaços destinados a atividades lúdicas, recreativas, de lazer e convivência, associados a ambientes de acessibilidade pública e livre. São áreas capazes de afetar diretamente na saúde e qualidade de vida dos moradores do seu entorno. Em todo o complexo da Maré são encontradas 2 Praças, 5 campos de futebol e a Vila olímpica Maré. Nenhuma destas estruturas funcionam e atendem o cidadão residente de forma adequada, sem o colocar em risco. Melhorias no desenho urbano e usabilidade do espaço, adicionam bem-estar à vida das pessoas, e intervenções nessa área podem e devem ser pensadas como ferramentas para melhoria da saúde pública. Por isso, é necessária a intervenção nas áreas de esporte e lazer encontradas na favela, afim de oferecer espaços de qualidade a população.

Árvores

Parquinho

Bancos Circulação Acessível


REVITALIZAR O PARQUE ECOLÓGICO O Parque ecológico consiste numa área de reserva ecológica que permite o uso por parte da população no desenvolvimento de atividades de baixo impacto ambiental, áreas de contemplação, recreação, lazer e de educação ambiental, conservando suas características ecológicas e ambientais. O Complexo tem em seu território o Parque Ecológico da Maré, cujo terreno tem a área de dez campos de futebol, e é um importante local para a urbanização da favela. Não é comum ter uma área de parque verde dentro de favelas e vem daí a importância que esse parque atenda e ofereça um serviço de qualidade a população. A busca pela revitalização do parque consiste no cuidado e reflorestamento de áreas verdes, a renovação de áreas existentes como o anfiteatro, academia de idoso, áreas com mesas e espaços infantis. Devolvendo aos moradores um espaço preservado e de utilidade pública.

Áreas verdes

Teatro Espaços infantis

Ballyfermot Playground

2


3

CRIAR NOVAS ÁREAS DE LAZER A Favela da Maré consiste em uma das áreas mais densas do Rio de Janeiro, e está dividida em 15 comunidades distintas. Onde em cada uma delas os seus moradores tem um modo de vida , uma estrutura e uma área diferente. É inviável um local com as características do complexo ter apenas quatro praças para atender a população. Levando em consideração o número de comunidades no local se tem o objetivo de criar desde pequenas a maiores áreas de lazer nos vazios urbanos da maioria das comunidades do local. Criando assim pequenos núcleos recreativos no bairro espaços para festas de bairro, capoeira, dança de rua, feiras culturais entre outros eventos. As novas praças deveram obedecer princípios de: serem acessíveis, ter espaço para crianças brincarem, ter áreas de estar para os adultos, serem arborizadas e por fim que estas áreas entreguem a população local o direito mínimo ao lazer.

Parquinho

Áreas verdes Praça Irineu José Vicente

Espaços de estar

Circulação Acessível


INCENTIVAR O USOS DE TRANSPORTES ATIVOS E SUSTENTÁVEIS O tipo de transporte que uma pessoa utiliza pode interferir de forma direta na sua saúde e qualidade de vida. Cidadãos que inserem em sua rotina o transporte ativo (caminhada e bicicleta) apresentam não somente melhoria da qualidade de vida, mas também reduzido risco de doenças crônicas como hipertensão, obesidade e diabetes. Esse tipo de transporte deve ser incentivado tanto quanto os transportes público em massa. A promoção desse tipo de locomoção deve ser feita através de campanhas educativas e também na promoção de infraestrutura adequada para que as pessoas possam caminhar e pedalar pelos locais.


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CRIAR CALÇADAS ADEQUADAS Para os pedestres, além dos benefícios mais óbvios, do aumento da atividade física diária, existem outras vantagens, como a interação entre pessoas, e o conviver e observar a cidade. Por ser gratuito, o caminhar empodera os habitantes, principalmente os de mais baixa renda, que ao deixar de gastar com o transporte podem usar seus recursos de outra forma. Falta de pavimento, falta de acessibilidade, largura inadequada e veículos estacionados irregularmente são apenas alguns dos indícios de que as calçadas estão sendo sufocadas, há décadas, por outros meios de transporte menos saudáveis – tanto para os usuários quanto para as cidades. É importante que as calçadas tenham larguras adequadas, ter um percurso constante, ser de acessível, ter qualidade e não haver obstáculos durante o percurso.

Jardim de chuva

Largura adequada Acessibilidade

Faixa livre para circulação


REVITALIZAR A REDE DE CICLOFAIXAS EXISTENTE E CRIAR NOVAS ROTAS

A segunda forma de usar um transporte ativo é através do uso de bicicletas. O hábito de usar a bicicleta como meio de transporte vem crescendo ao longo dos anos, o estímulo para pedalar aparece por vários motivos. Alguns deles é a busca por uma maior qualidade de vida, fácil chegada em certos lugares e economia de dinheiro com transporte. O número de bicicletas nas ruas não para de aumentar. Porém, sem a infraestrutura adequada a vida de ciclistas entram em risco e ameaçam a eficiência das transformações que a troca de veículos por bicicletas pode gerar a população. Acessos facilitados para ciclistas e pedestres, sinalização adequada e locais próprios para deixar as bicicletas, são três medidas práticas importantes necessárias para implantação de um sistema cicloviário eficiente e seguro.

Travessia

Ciclofaixa

Largura adequada

Proteção na divisa entre carros e bicicletas

2


3

TRAZER OS PONTOS DE ÔNIBUS PARA DENTRO DO COMPLEXO O transporte público no Rio de Janeiro sempre foi alvo de muitas reclamações ao longo do tempo. Na maioria das vezes, as queixas referem-se ao fato de os veículos estarem sempre lotados, às condições ruins dos carros e à baixa qualidade dos serviços prestados. No Complexo da Maré essas reclamações aumentam pelo fato dos pontos de ônibus estarem concentrados apenas nas vias que limitam a favela, deixando sem acesso a área interna. Fazendo com que os moradores tenham que se deslocar de outras formas até esses pontos. É importante que o transporte público de massas seja protagonista da mobilidade urbana e apresente um serviço de qualidade, com carros adequados, pontos de ônibus e percursos que atendam toda a população.

Ponto de ônibus


MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO LOCAL Legislação é um conjunto de leis de um determinado lugar as quais devem ser seguidas pela população em geral. Tratando-se de arquitetura e urbanismo, é determinado regras para a construção de residências, comércios, vias, etc. Tem-se como objetivo a mudança de leis locais, as quais trarão melhorias a população, visando uma vida mais justa. O bairro esta inserido na Zona Industrial (ZI-1). Em 1976, os parâmetros para essa zona eram exclusivamente e predominantemente industriais (atividades predominantemente industriais não nocivas ou perigosas, compatíveis com zonas urbanas de uso diversificado, permitidos o comércio e os serviços setoriais - DECRETO Nº 322 DE 3 DE MARÇO DE 1976). Porém com a configuração do bairro foram definidos novos parâmetros. A Secretaria Municipal de Urbanismo convergiram na proposição de mudanças na atual legislação referida à Maré, de forma a que ali se possam combinar unidades residenciais e pequenas atividades econômicas de característica local que, aliadas à transformação do entorno da Avenida Brasil em Zona Comercial e de Serviços (ZCS1), poderão conferir nova feição e dinamismo ao bairro.


1

REALOCAR MORADIAS EM SITUAÇÃO DE RISCO O direito à moradia propriamente dito não está na Constituição desde a sua implementação, mas passou a ser um direito constitucional no ano de 2000, quando a Emenda Constitucional nº 26 foi incorporada a ela. A lei diz o seguinte: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”. O quão necessário é ter direito a uma casa, um lar com requisitos básicos à sobrevivência, para que se viva com dignidade? Ao relacionar a necessidade de uma moradia com a aquisição de uma vida digna, entende-se o direito à moradia como um direito social – que vai além do individual e, por isso, é relevante para toda a sociedade.

MAS A QUAL MORADIA SE TEM DIREITO? Não apenas quatro paredes com um teto para proteger as pessoas das variações climáticas. E sim um local salubre, com condições mínimas à sobrevivência, como saneamento – água, tubulação para esgoto, coleta de lixo, pavimentação – e luz elétrica. Além de ser seguro e acessível aos serviços públicos básicos, tais quais escolas, postos de saúde, praças e pontos de ônibus – ou de outros transportes coletivos.

COMO? Criação de habitações sociais de qualidade Demolição de áreas de risco para a reconstrução de forma digna


AFASTAMENTO MINIMO EM FAIXA DE MARINHA NOS CANAIS DA REGIÃO

A criação de afastamento mínimo em orlas e canais diminui a existência de moradias em áreas de risco. Quanto mais espaço coberto por vegetação, melhor. O solo não pavimentado absorve mais água da chuva, permitindo que a água penetre no solo e chegue aos lençóis freáticos, ao invés de escorrer por ruas e avenidas. O desmatamento também causa um efeito muito prejudicial chamado assoreamento, que é quando as terras das margens ficam sem raízes que a segurem e é arrastada para o rio durante a chuva. A criação de reservas florestais nas margens dos rios previne enchentes e alagamentos.

2


3

INCENTIVO DA CRIAÇÃO DE ÁREAS DE LAZER PELAS EMPRESAS DO ENTORNO Buscar garantir o direito das pessoas à cidade, proporcionando diversidade de usos, disponibilidade de espaços verdes e qualidade na relação entre os espaços públicos e privados. Para isso, cada lote deve contribuir para uma melhor convivência nos bairros e na cidade. A situação atual da Maré pouco dialoga com o pedestre. Edifícios com calçadas estreitas, muros altos em quadras extensas e empenas cegas são exemplos de como a circulação de pedestres é prejudicada, além de gerar desconforto e insegurança. Para enfrentar essas questões, será definido parâmetros específicos como tamanho máximo de lotes, aqueles que tiverem acima do limite estabelecido deverão realizar o parcelamento da solo urbano, resultando na abertura de novas ruas para circulação e na doação de áreas verdes, criando espaços de convivência como as praças. E também, definindo limites de altura para os edifícios e para o quanto se pode construir em cada uma das zonas de preservação.



AÇÕES NO ESPAÇO URBANO


Parque das Vizinhanças de Ramos

Como ação para esta diretriz foram criados áreas de lazer espalhados por todo o Complexo, atendendo a praticamente todas as comunidades ali existentes. Os parques, praças e áreas

esportivas

do

local

serão

revitalizadas. E a orla receberá os parques de orla, que estarão nos limites entre o Complexo e a Baía de Guanabara.

Praça do Parque União Praça Nova Holanda

Parque Ecológico

Praça XI

Áreas de lazer existentes Parque ecológico existente Parques de orla a serem criados Novas áreas de lazer

REQUALIFICAR ÁREAS DE PARQUES E PRAÇAS


Essa diretriz tem como ação a expansão da rede de ciclofaixas existentes, permitindo assim a circulação através de bicicletas por todo o complexo. Outra ação que impactará de forma direta os moradores é a expansão da rede de pontos de ônibus, trazendo eles para a parte interna da favela também.

Ciclovia existente Nova ciclofaixa Novos pontos de ônibus Pontos de ônibus existentes Estações de BRT existentes Estações de trem existentes

INCENTIVAR O USOS DE TRANSPORTES ATIVOS E SUSTENTÁVEIS


NAC D LA O F NU OÃD

Essa diretriz tem como ação o funcionamento pleno e definitivo da Estação da Alegria destinada a despoluir a Baia de Guanabara. Além de promover mais áreas verdes no Complexo de modo a diminuir poluições atmosféricas e concentrações de calor.

BAÍA DE GUANABARA

Vila Olímpica

Parque Ecológico

Estação Alegria (ETE)

a h nu C od l an aC

Estação Alegria (ETE)

DIMINUIR OS ÍNDICES DE POLUIÇÃO NO LOCAL E NO ENTORNO E IMPLANTAR SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DE INUNDAÇÃO


Essa diretriz tem como objetivo a relocação das moradias em áreas de risco (beira de rios e canais) e a criação de um afastamento mínimo de faixa marinha nesses locais. E a implementação de reservas florestais nas margens dos rios para prevenir enchentes e alagamentos.

R. Darcí Vagas

AV. Canal Um

Moradias em área de risco Reservas florestais estratégicas

MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO LOCAL



8 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO


A MARÉ QUE QUEREMOS

Pisos drenantes

Canais despoluídos


Ciclofaixas

A Maré que desejamos construir é composta por espaços que contribuam para a melhor qualidade de vida da população. Com canais despoluídos e com o problema das inundações resolvidos, espaços de lazer e convívio para todos e com a oferta de formas ativas de circulação


REFERENCIAS PROJETUAIS Urbanização do Complexo Cantinho do Céu Local: São Paulo - Brasil Arquitetos: Boldarini Arquitetos Associados Área: 1500000 m² Ano: 2008 "As formas de intervir na cidade e, especificamente, em assentamentos precários consolidados, pressupõe a adoção de alternativas de projeto que considerem as preexistências territoriais, em suas potencialidades e limitações." O projeto de urbanização, elaborado para esses loteamentos irregulares que compõe o Cantinho do Céu, foi desenvolvido a partir de estudos e diretrizes formulados pela Secretaria Municipal de Habitação, em conjunto com a Promotoria Pública, como alternativa a uma ação civil pública que determinava a desocupação da área.


Na contramão daquilo que vem sendo desenvolvido nos novos empreendimentos particulares, as intervenções buscam ressaltar a importância do espaço coletivo e público para a cidade e sociedade, numa perspectiva de transformação efetiva das condições socioespaciais que reforcem o direito à cidade e a inclusão social. Este é o fio condutor do projeto de urbanização do Cantinho do Céu. Revelar a importância do espaço público e coletivo para a população local, transformando-o no instrumento principal para a qualificação do bairro. Esta valorização do espaço público, entendido como o conjunto de elementos capazes de dar suporte as mais diversas manifestações coletivas cotidianas – ruas, vielas, praças, parques – procura resgatar o sentimento de pertencimento à cidade.


DIRETRIZES PROJETUAIS Preservação da vida, mediante a correção de todas as situações de risco identificadas. Integração urbanística entre as novas intervenções e o existente. Complementação e adequação da infraestrutura urbana, com melhorias sanitárias, ambientais e de mobilidade. Universalização do acesso à infraestrutura e aos serviços urbanos e provisão adequada de equipamentos comunitários e áreas de lazer e esportes. Adequação urbanístico-ambiental do assentamento e das novas intervenções ao bairro como um todo.

PROGRAMA PROMOVER ESPAÇOS DE LAZER E CONVIVÊNCIA COM INFRAESTRUTURA ADEQUADA

AUMENTAR AS ÁREAS VERDES

MELHORAR O TECIDO URBANO (ALARGAMENTO DE VIAS, PROMOÇÃO DE CICLOVIAS E CILOFAIXAS)

CRIAR JARDINS DE CHUVA PARA EVITAR A INUNDAÇÃO

REALOCAR POPULAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO


PÚBLICO ALVO Por se tratar de um grande Complexo, a Maré possui uma grande diversidade na sua população residente. Devido a projeto visa atender toda a população que mora no local, criando diferentes tipos de espaços, assim promovendo locais para todos.

ADULTOS;

CRIANÇAS;

IDOSOS;

POPULAÇÃO RESIDENTE NO LOCAL;

CICLISTAS;

TRABALHADORES DA ÁREA;

TURISTAS;


PAISAGISMO ARBORIZAÇÃO E VEGETAÇÃO A localização dos tipos de árvores no terreno foram pensadas de acordo com suas características e com a dos ambientes dispostos. As árvores foram implantadas de forma que criem sombras nos caminhos e nas áreas de estar. , as árvores frutíferas ficam localizadas próximas a áreas infantis, promovendo a possibilidade de consumo dos frutos e da interação sensorial. Já, as árvores coloridas foram dispostas na parte de

ÁRVORES

ARBUSTOS

FORRAÇÃO

estar e nas vias, como forma de destaque e coloração para o ambiente. NOME CIENTÍFICO

NOME POPULAR

ALTURA

FLOR

FLORAÇÃO

FOLHA

FRUTIFICAÇÃO

AMBIENT E

1

ARACHIS REPENS

GRAMA AMENDOIM

10-20CM

DELICADAS FLORES AMARELAS

PRIMAVERA E VERÃO

DENSO COLCHÃO VERDE

-

SOL PLENO

2

AXONOPUS COMPRESSUS

GRAMA-SÃO-CARLOS

15-20CM DE ALTURA

-

-

FOLHAS LARGAS, LISAS E SEM PÊLOS

-

SOL PLENO OU MEIA-SOMBRA

3

CLUSIA FLUMINENSIS

CLÚSIA

ATÉ 6M

FLORES PEQUENAS E BRANCAS

PRIMAVERA E VERÃO

FOLHAS RÍGIDAS, VERDES ESCURAS E BRILHANTES

-

SOL PLENO OU MEIA-SOMBRA

4

ACHETARIA AZUREA

PENDÃO AZUL

60-80CM DE ALTURA

FLORES ROXAS

ANO INTEIRO

VERDE ESCURAS, ILUMINADAS POR NERVURAS PRATEADAS

-

SOL PLENO

5

EUGENIA BRASILIENSIS

GRUMIXAMA

ATÉ 8-15M DE ALTURA

FLORES BRANCAS

PRIMAVERA

FOLHAS RÍGIDAS, VERDES ESCURAS.

PRIMAVERA

SOL PLENO

6

HANDROANTUS SERRATIFOLIUS

IPÊ AMARELO

8-20M DE ALTURA

FLORES AMARELAS

INVERNO

FOLHAGEM DENSA E CADUCA

PRIMAVERA

SOL PLENO

7

HANDROANTUS HEPTAPHILLUS

IPÊ ROXO

10-20M DE ALTURA

FLORES ROXAS

INVERNO

PRIMAVERA

SOL PLENO

8

EUGENIA UNIFLORA

PITANGA

6-12M DE ALTURA

FLORES PEQUENAS E BRANCAS

PRIMAVERA, INVERNO

FOLHAS SIMPLES, TEM COLORAÇÃO COBREADAS E VERDE.

PRIMAVERA

SOL PLENO

9

CHRYSOBALANUS ICACO

GUAJIRU

3-4M DE ALTURA

FLORES EM RACEMOS ESBRANQUIÇAD AS

VERÃO

VERDE ESCURAS, ILUMINADAS POR NERVURAS PRATEADAS

VERÃO

SOL PLENO

10

CORDIA SUPERBA

BABOSA BRANCA

7 A 10M DE ALTURA

PRIMAVERA, VERÃO

PERDE SUAS FOLHAS, SURGINDO FLORES.

PRIMAVERA

SOL PLENO

1- GRAMA AMENDOIM

6- IPÊ AMARELO

2- GRAMA SÃO-CARLOS

7- IPÊ ROXO

FLORES BRANCAS

FOLHAS VERDE MÉDIO

3- CLÚSIA

4- PENDÃO AZUL

5- GRUMIXAMA

8- PITANGA

9- GURAJIRU

10- BARBOSA BRANCA


PAVIMENTAÇÃO O Complexo da Maré consiste em uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, assim sua densidade é grande. A partir disso problemas ligados a grande ocupação do solo são sofrimentos constantes aos moradores do local. O tipo de pavimentação a ser usada no projeto tem ligação direta com noções de sustentabilidade e a resolução dos problemas de inundação e impermeabilidade do local. Toda a nova pavimentação será feita com pavimento permeável.

NOME

INFORMAÇÕES

DIMENSÕES

COR

A INFILTRAÇÃO DE ÁGUA, SE DÁ PELOS ESPAÇOS VAZIOS NAS PEÇAS, PELO ESPAÇAMENTO ENTRE ELAS OU , PELA PRÓPRIA PEÇA DE CONCRETO PERMEÁVEL

BLOQUESTES TIJOLINHO 20 X 10 X 6 CM

CINZA NATURAL

1

CALÇADAS

INTERTRAVADO

2

ÁREAS DE LAZER

INTERTRAVADO

A INFILTRAÇÃO DE ÁGUA, SE DÁ PELOS ESPAÇOS VAZIOS NAS PEÇAS, PELO ESPAÇAMENTO ENTRE ELAS OU , PELA PRÓPRIA PEÇA DE CONCRETO PERMEÁVEL

BLOQUESTES TIJOLINHO 20 X 10 X 6 CM

COLORIDOS

3

RECUOS

CONCRETO PERMEÁVEL

O CONCRETO PERMEÁVEL É CONSTITUÍDO DE PASTA CIMENTÍCIA QUE ENVOLVE OS AGREGADOS, ATINGE UM COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE POR VOLTA DE 0,34 CM/S.

MOLDADO NO LOCAL

CONCRETO

4

VIAS

ASFÁLTO PERMEÁVEL

ESSE TIPO DE ASFALTO POSSUI POSSUI ESPAÇOS VAZIOS EM SUA ESTRUTURA, ESSES ESPAÇOS VAZIOS PERMITEM QUE A ÁGUA O ATRAVESSE.

MOLDADO NO LOCAL

ASFALTO

1- INTERTRAVADO CINZA

2- INTERTRAVADO COLORIDO

3- CONCRETO PERMEÁVEL

4- ASFALTO PERMEÁVEL


DIMENSÕES DE CONFORTO E SUSTENTABILIDADE 1. JARDINS DE CHUVA São jardins com vegetações como flores e arbustos, projetado para reter e absorver o escoamento de água da chuva, nesse caso vindo de ruas e calçadas. Comparado a uma área gramada, esses jardins permitem que até 30% mais água penetre no solo.

Rua com jardim de chuva

Funcionamento do jardim de chuva

2. ARBORIZAÇÃO A arborização de ruas e espaços urbanos, colabora pra resolver um dos problemas do Complexo da Maré, as ilhas de calor. A arborização desempenha um excelente papel na atenuação de temperaturas mais altas em vias e locais urbanizados.

Temperatura em vias não arborizadas

Temperaturas em vias arborizadas


3. PERMEABILIDADE Áreas urbanizadas possuem superfícies impermeáveis , que impedem que as águas pluviais infiltrem nos solos ou evaporarem através vegetação. É necessário então criar espaços na cidade de áreas permeáveis, com pisos que permitem a circulação do fluxo da água e áreas verdes.

Área com 10 a 20% de área impermeável.

Área com 75 a 100% de área impermeável.

4. MOBILIDADE SUSTENTÁVEL Um fator importante em territórios sustentáveis é a mobilidade urbana, com o reforço de hábitos que reduzem a emissão de carbono e outros gases de efeito estufa. Para reverter o cenário atual, caótico, é necessário investir em infraestrutura para o transporte público e em meios alternativos como o uso de bicicletas e caminhadas.

ÔNIBUS BICICLETA CARRO

1

2

3 Prioridades na mobilidade sustentável

Ocupação de 60 pessoas.



9 PROPOSTA URBANISTICA


PISICNÃO DE RAMOS

VEGETAÇÃO PRESERVADA

CENTRO DE ARTES DA MARÉ

UNIÃO ESPORTIVA VILA OLIPICA DA MARÉ

PARQUE ECOLÓGICO DA MARÉ MUSEU DA MARÉ

FAIXA NA BORDA DA AVENIDA BRASIL ATRATIVIDADE MAIOR


PROPOSTA DE ZONEAMENTO Atualmente o zoneamento da Maré define que ali se possam combinar unidades residenciais e pequenas atividades econômicas de característica local, formando uma grande área de uso misto (residencial e comercial). Apesar dessa ser a grande demanda, existem outros tipos de estruturas, que foram definidas e setorizadas no mapa de acordo com a ocupação e expectativa de cada local. Tabelas de usos por setor: SETORES

RESIDENCIAL RESIDENCIAL 1 2

COMERCIAL 1

COMERCIAL 2

COMERCIAL 3

SERVIÇOS 1

SERVIÇOS 2

X

ZUM

X

X

X

X

X

X

ZEIS

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

SERVIÇOS 3

INDUSTRIAL 1

INDUSTRIAL 2

INDUSTRIAL 3

ZCA ZHS

X

X

Tipos de de usos: RESIDENCIAL 1 Residência unifamiliar ou grupamento de residências unifamiliares;

RESIDENCIAL 2

COMERCIAL 1 Comércio varejista, diversificado, de atendimento cotidiano ou vicinal;

CSERVIÇOS 1 Serviços de atendimento cotidiano ou vicinal;

INDUTRIAL 1 Atividades produtivas cujo processo seja compatível com os demais usos urbanos - Sem impacto

COMERCIAL 2

SERVIÇOS 2

INDUTRIAL 1

Residências multifamiliar

Comércio varejista,

Serviços urbanos -

Atividades produtivas cujo

ou grupamento de

diversificado, de atendimento

centralidade de

processo seja compatível com

residências

cotidiano ou vicinal;

atendimento cotidiano ou

os demais usos urbanos -

vicinal;

Baixo impacto

multifamiliares, inclusive vilas;

COMERCIAL 3

SERVIÇOS 3

Comércio de impacto

Serviços de impacto

logístico atacadista ou

logístico que exijam

varejista que exija

planejamento

planejamento específico

específico para sua

para sua implantação;

implantação;

FAIXA DE MARINHA ZUM - ZONA DE USO MISTO ZEIS - ZONA DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL ZCA- ZONA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL ZHS- ZONA DE HABITAÇÃO SOCIAL

INDUTRIAL 1 Atividades produtivas cujo

processo seja compatível com os demais usos urbanos Alto impacto


ELEVAÇÕES DO LOCAL ELEVAÇÃO DO EXISTENTE: Construções de gabarito considerado baixo, com residências de 1 a 2 pavimentos; Já as áreas onde há maior gabarito são onde estão localizadas as habitações de interesse social.

CONSTRUÇÕES DE BAIXO NÍVEL

HABITAÇÕES DE ALTURA UNIFORME

ELEVAÇÃO DO PROPOSTO: Por se tratar de uma área densa, para o Complexo da Maré é indicado elevar as suas construções, criando novas residências, e também permitindo a abertura de novos vazios. Além disso, tendo como princípio a quantidade de comércios no local é indicado também o uso de andares ou fachadas ativas.

AUMENTANDO O NÍVEL DAS CONSTRUÇÕES -----> CRIO VAZIOS PARA USO PÚBLICO


PERSPECTIVAS DOS CONJUNTOS

QUADRAS COM FACHADAS ATIVAS Incentivo ao comércio e a economia local.

QUADRAS SOCIAIS Concentrar atividades educacionais, sociais e de lazer em quadras específicas

QUADRAS RESIDENCIAIS Quadras de uso residencial, com unidades de mais pavimentos, conseguindo gerar os vazios


3

4

1

2


RECORTES DO PROJETO

Devido a escala urbana da região foram selecionadas áreas especificas para realização de projetos que podem ser replicados em lugares semelhantes do bairro. As diretrizes e estratégias mencionadas anteriormente foram determinantes para a escolha dessas áreas de intervenção .

Os recortes 1 e 2 são definidos pelas diretrizes de requalificar áreas de parques e praças e diminuir os índices de poluição no local e no entorno. Com isso foi elaborado um projeto de praça pública que será implantado em pequenos espaços vazios, já que a Maré possui um enorme adensamento populacional e urbano. O local escolhido para o projeto base foi um vazio entre a Rua das Oliveiras e Rua da Praia de Inhaúma, como mostra no mapa. Além disso, devido a grande presença de quadras o outro recorte se configura na proposta de infraestrutura e espaços de lazer e convivo ao redor dessa quadras existentes.

Os recortes 3 e 4 são definidos pelas diretrizes de diminuição de áreas de risco e enchentes, e melhorar a infraestrutura urbana. Com isso foram elaborados projetos de remoção das moradias em locais de risco, para a criação de faixas marítimas. Foram criadas também, novas pontes que fazem a conexão de vias, facilitando a locomoção e diminuindo longos percursos. Foram projetadas ciclovias que tem como objetivo o incentivo de meios de transportes sustentáveis. Os locais escolhidos para o projeto base foram os canais entre a Av. Canal e Av Canal Dois, e entre a Rua Projetada e Rua B.


RECORTE 1:

PROPOSTA DE PRAÇAS Após os estudos anteriores percebe-se que apesar do Complexo da Maré possuir opções de lazer e entretenimento, há uma escassez de espaços internos e íntimos destinados aos moradores. Uma vez que, as moradias possuem espaços reduzidos e algumas vezes até insalubres, esses locais são de extrema importância para a qualidade de vida e manutenção dos laços da comunidade. O espaço é destinado para reunião dos moradores, convívio e lazer. com mobiliários adequados, espaço infantil e vegetação. A massa arbórea tem um papel fundamental, tanto para amenizar o calor como para proporcionar o acesso da população a áreas verdes. Devido ao enorme adensamento populacional e urbano do bairro, e a presença de pequenos vazios urbanos localizados entre as moradias , a intenção é criar um projeto de um modelo de praça que possa ser replicado em demais áreas da região.

PROGRAMA CRIAR ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA E LAZER PROMOVER ARBORIZAÇÃO E ACESSO Á AREAS VERDES

CRIAR UM ESPAÇO INFATIL

PREMISSAS Diante do entendimento das necessidades do local, a premissa do projeto é estabelecer para os moradores locais um tipo de "QUINTAL" Sendo uma extensão de suas casas e um lugar para receber e estar.


LOCALIZAÇÃO

A área tem uma intercepção mal elaborada, e um vazio logo ao lado da Creche Municipal do Timbau. Tendo pela sua localização um espaço estratégico para um ponto de lazer. Esquina entre a Rua das Oliveira e Rua da Praia de Inhaúma Área total: 230m² Situação atual: vazio urbano





A implantação do projeto realça a definição dos fluxos, os materiais escolhidos e a posição da massa arbórea proposta. Além da praça foi elaborado novas formas de vias, com calçadas, ciclo faixa, acessibilidade e jardins de chuva.



Os postes foram estrategicamente posicionados para iluminar as calçadas e áreas públicas além de spots de led nas árvores promovendo uma iluminação de baixo para cima, destacando a vegetação que é uma das prioridades do projeto..


RECORTE 2:

PROPOSTA DE ÁREAS DE CONVÍVIO AO REDOR DAS QUADRAS EXISTENTES Além de vazios urbanos ociosos, a Maré apresenta uma quantidade significativa de vazios de construções porém ocupados por quadras de futebol. No total são 4 quadras no Complexo, como mostra o mapa de estudo dos vazios urbanos feito na etapa I do caderno. (Não considerando a Vila Olímpica da Maré em que as quadras não

PROGRAMA CRIAR ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA E LAZER PROMOVER ARBORIZAÇÃO E ACESSO Á AREAS VERDES

ocupam vazios, pois fazem parte do Parque) Por ser um local de uso frequente dos moradores, a intenção do projeto é trazer um espaço de convivência e lazer ao redor dessas quadras. Sendo assim mais um atrativo para promover encontros e relações entre a comunidade. Dessa forma, além de equipamentos adequados e reformulação das vias o programa propõe a criação de hortas comunitárias representadas por enormes canteiros. Assim como o recorte anterior, a intenção é criar o projeto de um modelo de espaço que possa ser replicado ao redor das demais quadras da região.

CRIAR UMA HORTA COMUNITÁRIA

PREMISSAS A premissa para esse projeto é definida pela palavra "COMUNIDADE" (que pertence a todos; paridade; comunhão, identidade.) Sendo esses os aspectos norteadores da proposta estabelecida.


LOCALIZAÇÃO

Campo dos Pinheiros definido pelas ruas: Via B nove, Via B dois, e Via B1. Área total: 6.188m² (Contando com a quadra) Situação atual: Quadra de futebol e pequenos espaços mal infraestruturados .




A implantação do projeto evidencia como foram feitas as divisões dos espaços ao redor da quadra, sendo uma área de convivência com mesas e cadeirais e outro espaço destinado a horta comunitária. Além disso, todas as vias do entorno imediato foram revitalizadas com base nos critérios de ruas completas.



A iluminação foi elaborada com os mesmo critérios do projeto anterior, enfatizando a massa arbórea com spots de led corretamente direcionados, além dos postes tradicionais estrategicamente posicionados de forma a gerar a iluminação adequada para o local.



RECORTE 3: PROPOSTA DE SEGURANÇA E INFRAESTRUTURA A Maré, por estar localizada ao litoral, com ligação com a Baia de Guanabara, possui muitos canais que ramificam por toda sua extensão. Com o passar do tempo, e a escassez de vazios urbanos, foram sendo construídas edificações no entorno desses canais, considerados locais de risco pela facilidade de deslizamento, e

PROGRAMA REMOÇÃO DE MORADIAS EM LOCAIS DE RISCO CRIAÇÃO DE FAIXA MARITIMA COM VEGETAÇÃO

também pelo risco de enchentes. Por haver uma grande extensão de canais ao longo da comunidade, a intenção do projeto é a remoção de moradias nesses locais de risco, e a criação de uma faixa marítima vegetativa, protegendo ainda mais o local de possíveis enchentes. Será possível a implantação de ciclovias ao entorno do canal, criando mais um espaço para a pratica de exercícios, e para a locomoção dos moradores. Assim como nos recortes anteriores, o projeto tem como intenção replicar tal modelo nos demais canais da comunidade, sofrendo as adaptações necessárias.

CRIAÇÃO CICLOVIA NO ENTORNO DO CANAL CRIAÇÃO DE PONTE DE LIGAÇÃO ENTRE OS DOIS LADOS DO CANAL

PREMISSAS A premissa para esse projeto é definida pela palavra "CONEXÃO" (ligação, união, vínculo.) Sendo representada pela ligação de vias e criação de ciclovias.


LOCALIZAÇÃO

A área possui moradias em área de risco, na beira do canal. Podemos observar a ausência de iluminação pública e infraestrutura para os moradores Localizada entre Av. Canal e Av. Canal Dois Área total: 3200m² Situação atual: área de risco


A implantação do projeto demonstra a criação de uma faixa vegetativa ao redor do canal. Além da criação de uma ciclovia e uma ponte que interliga as duas Avenidas. Tem como objetivo ser um local arborizado, iluminado e agradável para os moradores da comunidade.



RECORTE 4:

PROPOSTA DE INFRAESTRUTURA URBANA Por ser um local que é cortado por um canal e que tem um alto tráfego de pessoas, a intenção do projeto é além trazer um espaço de conexão entre essas ruas facilitando a mobilidade dos pedestres através de uma ponte, promover a dragagem das águas sujas do canal eliminando o esgoto e mal cheiro. A nova infraestrutura urbana proposta respeitou todas as diretrizes para uma rua completa e acessível. Como também, os devidos afastamentos do canal, com a locação de vegetações drenantes para evitar as inundações. Ademais, o projeto pensou na locação estratégica da massa arbórea e da iluminação adequada.

PROGRAMA CRIAR PONTE PARA PASSAGEM DE PEDESTRES PROMOVER ARBORIZAÇÃO E ILUMINAÇAO NAS RUAS E CALÇADAS CRIAR CICLO FAIXAS

PREMISSAS A premissa para esse projeto é definida pela palavra "CONEXÃO" "Ligação de uma coisa com outra; união." Esse conceito é expresso literalmente pela ponte de passagem dos pedestres, mas além disso a ideia é promover um contato maior do população residente com o local em que vive, promovendo os direito á uma cidade saudável.


LOCALIZAÇÃO

A área é cortada pelo Canal que vem do Fundão, deixa pouco espaço para as vias e ciclo faixas, e nenhum tipo de conexão das ruas paralelas ao Canal, que acaba não possibilitando fácil locomoção dos pedestres pelo local. Esquina entre a Rua B e Rua do canal, e rua Projetada (paralela ao Canal) Área total: 1600m² Situação atual: Falta de iluminação e vegetação nas ruas, espaço para bicicletas e pedestres.





CORTE DE RUA HUMANIZADO



10 ANEXOS


0

JARDIM 12,60m²

Ø4,0

Recorte 1

Proposta espaço de lazer - Praça

PISO TÁTIL

,30 R4

A

1,2

5

11

,9 8

01

2,2 1

PISO TÁTIL

N

JARDIM 6,20m²

0.15

JARDIM DE CHUVA

3,3

0

PISO TÁTIL ,00 R2

PISO TÁTIL

1,5 0

PRAÇA 0.15

10

R2,

BICICLETÁRIO

ÁREA ESTAR 25,00m²

RU

AD

PLAYGROUND 60,00m²

1,80

AS 0.00

OL

IVE

IRA

S

0

1,5

5

3,2 0.15

Este recorte traz a área do cruzamento entre a Rua das Oliveiras e Rua da Praia de Inhaúma. A área tinha intercepção mal elaborada, e um vazio logo ao lado da Creche Municipal do Timbau. Tendo pela sua localização um espaço estratégico para um ponto de lazer. O novo espaço projetado conta com área de parquinho, áreas de estar e espaços de circulação. Contando ainda com calçadas, ciclofaixas e vias adequadas.

5

1,2

A 01

00

, R2 Det.1

0

1,5 Det.2

A

0

1,1

RU DA

0 1,3

CRECHE MUNICIPAL DO TIMBÁU

5

5,6

AIA

PR

0.00

DE IN MA

U HA

1

PLANTA BAIXA ESC. 1/100

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah Nogueira e Mayara Marques 0.15

1

CORTE AA' ESC. 1/100

0,30

0,15

0,40

0.00

RECORTE 1 -PLANTA E CORTE Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez FOLHA:01


Recorte 1

N

Modelo de vias

RO 02

2,20

CALÇADA

VIA DE MÃO ÚNICA

CICLO FAIXA

CALÇADA

* * RUA DAS OLIVEIRAS 0.00

BOCA DE LOBO

SARGETA 1,50

Det. 4

1,25

0.15

3,30

Det.3

3,30

1,25

JARDIM DE CHUVA

2,20

PISO TÁTIL

1,50

Através do recorte foram ampliadas as tipologias de vias criadas nesta área. As vias presentes no local são:

JARDIM CHUVA PISO TÁTIL

0.15

BOCA DE LOBO

0.15

0.00 i:2%

i:2%

INTERTRAVADO

RO 02

BALIZADOR REDES PLUVIAIS

1

PLANTA BAIXA - RUA DAS OLIVEIRAS

2

ESC. 1/75

CORTE - RUA DAS OLIVEIRAS ESC. 1/50

Rua das Oliveiras Rua da Praia de Inhaúma.

As duas vias possuem apenas uma mão e foram projetadas com: * Uma via de trafego de carros; * Ciclovia de uma direção; * Jardins de chuva; * Acessibilidade; * Vegetação; * Iluminação; * Sistema de drenagem. JARDIM 12,60m²

N

JARDIM 6,20m²

RU

AD

02 RO

1,50 CALÇADA

1,20 CICLO FAIXA

3,30

2,30 ESTACIO.

VIA DE MÃO ÚNICA

AS

OL

IVE

IRA

S

1,50 CRECHE MUNICIPAL DO TIMBÁU

CALÇADA

RUA DA PRAIA DE INHAUMA PISO TÁTIL

BOCA DE LOBO

02 RO

1

PLANTA BAIXA - RUA DAS OLIVEIRAS ESC. 1/75

i:2%

i:2%

INTERTRAV.

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah Nogueira e Mayara Marques

BALIZADOR REDES PLUVIAIS

1

CORTE - RUA DAS OLIVEIRAS ESC. 1/75

RECORTE 1 -TIPOLOGIA DE VIAS Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez FOLHA:02


OV E

N

Proposta espaço de lazer - Campo

BN 0

7

0.00

SARGETA 1,7 0

5,6

PISO TÁTIL

2,3

PISO TÁTIL

5

BICICLETÁRIO

SARGETA

0.15

BOCA DE LOBO 0.00

VIA

1,0 0

0 ,6 R0

PONTO DE ÔNIBUS

Este segundo recorte tem como objeto o Campo do Pinheiros, essa proposta tem como objetivo ocupar o entorno do campo. Criando assim espaços para a comunidade, com bancos e mesas, que podem ser usadas para assistir jogos no campo, ou apenas como espaços de estar. Esta área conta também com a criação da horta comunitária.

PISO TÁTIL

1,1

3,8 1

0

VIA

1,7

Recorte 2

BD

OIS

,60

VB 03

R0

1,4

0

JARDIM

CAMPO DO PINHEIROS 0.15

R1,00

ÁREA ESTAR 33,00m²

2,4

QU

AD

0

RA

PISO TÁTIL

A 4,8

1

B1

R0,6

VIA

9

0.15

Det.1

1,1

0

1,50

Det.2

HORTA 59,00m² 0.15

VB 03

0.00

PLANTA BAIXA ESC. 1/125

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah Nogueira e Mayara Marques

1

CORTE AA' ESC. 1/100

0.00

0.15

0.15

0,50

0.15

0,65

4,00

1

0.00

RECORTE 1 -PLANTA E CORTE Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez FOLHA:03


Recorte 2

N

Modelo de vias

1,70

RB 04

VIA B DOIS 0.00

BOCA DE LOBO

0.15

R1

3,70

1,20

CALÇADA

VIA DE MÃO ÚNICA

RECUO

3,40 CALÇADA

,5

PONTO DE ÔNIBUS

0

3,70

R1 ,3 0

PISO TÁTIL

1,70

SARGETA

RB 04

3,40

1,20

0.15

PONTO DE ÔNIBUS

BOCA DE LOBO

0.15

0.00 i:2%

i:2%

INTERTRAVADO

REDES PLUVIAIS

PLANTA BAIXA - RUA B DOIS

2

ESC. 1/75

CORTE - RUA B DOIS ESC. 1/50

* *

Via B Dois Via B Nove

Esta é uma área densa da Comunidade, e possui ruas e calçadas estreitas. As vias possuem uma mão e a outra dois sentidos, e foram projetadas com: * Via de trafego de carros; * Acessibilidade; * Vegetação; * Iluminação; * Sistema de drenagem. 2,37

VIA

PISO TÁTIL

SARGETA 1,70

5,60

PISO TÁTIL

1,15

BICICLETÁRIO

SARGETA

PISO TÁTIL BOCA DE LOBO

VIA

1,00

0

,6

R0

PONTO DE ÔNIBUS

3,81

1,70

BN

OV

E

1

PISO TÁTIL

Através do recorte foram ampliadas as tipologias de vias criadas nesta área. As vias presentes no local são:

BD

OIS

,60

N

R0

1,40

JARDIM

CAMPO DO PINHEIROS

R1,00

1,70

2,49

2,80

QU

AD

RA

PISO TÁTIL

A 4,81

2,80

B1

Det.1

1,50 1,10

1,35

VIA

R0,60

VB 04

ÁREA ESTAR 33,00m²

Det.2

CALÇADA

CALÇADA

VIA DE MÃO DUPLA

2,80

1,70

PISO TÁTIL

HORTA 59,00m²

SARGETA

PISO TÁTIL INTERTRAV.

0.15

0.00 i:2%

i:2%

VB 04

1,35

BOCA DE LOBO

2,80

VIA B NOVE

REDES PLUVIAIS

1

PLANTA BAIXA - VIAB NOVE ESC. 1/75

1

CORTE - VIA B NOVE ESC. 1/75

BOCA DE LOBO

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah Nogueira e Mayara Marques

RECORTE 1 -TIPOLOGIA DE VIAS Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez FOLHA:04


N

N

AL

A

AV

.C

01

CA

AN

AL

AL

AN

.C

AV

0.00

D

DET. 1

Recorte 3

Remoção de moradias em área de risco. Este recorte traz a área próxima a Av. Canal. A área possuia moradias em locais de risco, como as margens do canal. No novo espaço projetado houve a remoção de tais moradias, criando uma faixa maritima. Criação de uma ciclovia e uma ponte que interliga os dois lados do canal, e consequentemente, as duas Avenidas em quetão.

IS O

PISO TÁTIL

0.15

CICLOVIA

GOLA DA ÁRVORE

0.00

-3.00

CA

DET. 2

N

AL

01

A

DET. 3

1

PLANTA BAIXA ESC. 1/100

1,36

6,00

CALÇADA

VIA DE MÃO DUPLA

0,70 1,20

1,20

FAIXA FAIXA CICLOVIA SERVIÇOLIVRE

2,40

1,50

2,40

JARDIM

PONTE

JARDIM

1,20

1,20 0,70

CICLOVIA FAIXA FAIXA LIVRE SERV.

6,90 VIA DE MÃO DUPLA

0,70 1,20 FAIXA FAIXA SERV. LIVRE

PONTE SOB CANAL

BOCA DE LOBO

1.00

0.00

0.15

PISO TÁTIL INTERTRAVADO

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah ..\Downloads\Design sem nome.png Nogueira e Mayara Marques

i:2%

1,50 REDES PLUVIAIS CANAL

2

CORTE A ESC. 1/100

RECORTE 1 -PLANTA E CORTE Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez

FOLHA: 05 FOLHA:01


Recorte 3 Modelo de vias

1,20

A 02

N

1,20 CICLOVIA

6,55

0,70

1,20

VIA DE MÃO DUPLA

FAIXA SERVIÇO

FAIXA LIVRE

1,20 0,70 FAIXA LIVRE

FAIXA SERVIÇO

Através do recorte foram ampliadas as tipologias de vias criadas nesta área.

0.15

0.00

1,05

AV. CANAL

As vias presentes no local são: * Av. Canal * Av. Canal Dois

1,20 1,20 0,70

GOLA DE ÁRVORE

1

PISO TÁTIL

PISO TÁTIL

BOCA DE LOBO

0.15

0.15

INTERTRAVADO

0.15

0.00 i:2%

i:2%

A 02

REDES PLUVIAIS

PLANTA BAIXA - AV. CANAL

2

ESC. 1/75

CORTE - AV. CANAL ESC. 1/50

As duas vias são de mão dupla e foram projetadas com: * Duas vias de trafego de carros; * Faixa de serviço; * Faixa livre; * Acessibilidade; * Vegetação; * Iluminação; * Sistema de drenagem.

CA

N

AL

AV

.C

AN

AL

AL

AN

.C

AV PISO TÁTIL

IS

O

D

RO 01

N

DET. 1

CICLOVIA

AV. CANAL DOIS

5,65

1,05 1,20

GOLA DA ÁRVORE

1,36

6,00

CALÇADA

VIA DE MÃO DUPLA

0,70 1,20 FAIXA FAIXA SERVIÇO LIVRE

1,20 CICLOVIA

CA

DET. 2

N

AL

DET. 3

0.00

0.00

BALIZADOR 0.15

0.00

RO 01

i:2%

3

PLANTA BAIXA - AV. CANAL DOIS ESC. 1/75

BOCA DE LOBO

0.15

i:2%

REDES PLUVIAIS

4

CORTE - AV. CANAL DOIS ESC. 1/50

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah ..\Downloads\Design sem nome.png Nogueira e Mayara Marques

RECORTE 1 -TIPOLOGIA DE VIAS Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez

FOLHA: 06 FOLHA:02


Detalhe 2

Detalhe 1

DETALHES

Boca de lobo

Poste de iluminação - flangeado .30

1

.30

1.48

1 03

PLANTA BAIXA

2

ESC. 1/25

3.26

PLANTA BAIXA - BASE ESC. 1/25

LUMINÁRIA EM LED

4

PLANTA BAIXA

Os detalhes trazem o Zoom de partes importantes para o projeto, como os postes de iluminação, as golas de árvore utilizadas e como funcionam os sistemas de drenagens nas bocas de lobo.

A' 01

1.48

.15

A 01

.15

3.26

ESC. 1/20

4.00

EMENDA DESMONTAVEL

BASE

3

VISTA

5

ESC. 1/20

CORTE AA' ESC. 1/25

Detalhe 3 Gola de árvore

.04

.60 .51

.04 TENTO EM CONCRETO

.60

GRELHA EM AÇO

B 01

6

B' 01

Julia..\Downloads\Design Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah sem nome.png Nogueira e Mayara Marques

PLANTA BAIXA ESC. 1/20

.04

.04 .51

7

CORTE BB' ESC. 1/20

GRELHA EM AÇO TENTO EM CONCRETO

RECORTE 1 -DETALHES Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez

FOLHA: 07 FOLHA:03


N

Recorte 4 Proposta XXX

JARDIM DE INVERNO

Através do recorte foram ampliadas as tipologias de vias criadas nesta área. As vias presentes no local são:

0.15

B RUA

B 03

* * *

B 03

As três vias possuem apenas uma mão e foram projetadas com: * Uma via de trafego de carros; * Ciclovia de uma direção; * Jardins de chuva; * Acessibilidade; * Vegetação; * Iluminação; * Sistema de drenagem.

A 02

Det.1

PISO TÁTIL

PISO TÁTIL

GOLA DA ÁRVORE

Det.1

Rua do Canal Rua Projetada Rua B

0.00

0.15

JARDIM DE CHUVA

0.15

0.00

PASSARELA 0.15

RUA

CAN

AL

DO

CAN

AL

0.15

-3.00

Det.2

PISO TÁTIL

VIEL A

RUA

PLANTA BAIXA ESC. 1/100

JETA

DA

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah Nogueira e Mayara Marques ..\..\..\iCloudDrive\Faculdade\Urb II\WhatsApp Image 2021-06-10 at 18.05.53.jpeg

A 02

1

PRO

RECORTE 1 -PLANTA E CORTE Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez

FOLHA: 08 FOLHA:01


Recorte 4

A 02

N

Corte Canal

PISO TÁTIL

2,51

Este recorte trás a área onde foi projetada uma nova ponte de passagem da Rua do Canal para a Rua Projetada.

1

Det.

No corte conseguimos analizar o dimensionamento dessa ponte e também as novas calçadas que com acessibilidade por rampas, clico faixa e vias adequadas.

JARDIM DE CHUVA 6,31

ÁRVORE

1,00

RUA DO CANAL

PONTE

1,10

5,57

CANAL

RUA

PISO TÁTIL

2,93

B

2

Det.

RUA PROJETADA

PISO TÁTIL

RUA

CAN

AL

RUA

PLANTA BAIXA - CANAL

CAN

AL

JETA

DA

VIEL A

A 02

1

PRO

DO

ESC. 1/75

1,12

3,24

CALÇADA VIA DE MÃO ÚNICA

1,00

5,47

1,00

5,06

CALÇADA

PONTE

CALÇADA

VIA DE MÃO ÚNICA

1,41 CICLO FAIXA

2,65 CALÇADA

0.15

0.15

0,95

JARDIM CHUVA

2,25

i:2%

2,27

CORTE AA ESC. 1/75

INTERTRAVADO

i:2%

0.00

BOCA DE LOBO

2

PISO TÁTIL

0.00

REDES PLUVIAIS CANAL

BALIZADOR

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah Nogueira e Mayara Marques

RECORTE 1 -TIPOLOGIA DE VIAS Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez

FOLHA: 09 FOLHA:02


Recorte 4 Corte Rua B

B 03

N GOLA DA ÁRVORE

PISO TÁTIL

2,63

JARDIM DE CHUVA

0.15

Det.3

Det.4

0.00

CICLO FAIXA

2,60

1,20

RUA B

4,50

Det.1

A via possue apenas uma mão e foram projetadas com: * Uma via de trafego de carros; * Ciclovia de uma direção; * Jardins de chuva; * Acessibilidade; * Vegetação; * Iluminação; * Sistema de drenagem.

B 03

0.15

RUA

PLANTA BAIXA - RUA B

B

1

ESC. 1/75 PISO TÁTIL

RUA

CAN

AL

2,54

1,50

4,68 VIA DE MÃO ÚNICA

AL

CALÇADA

PRO

JETA

DA

VIEL A

CICLO FAIXA

CAN

2,33 RUA

CALÇADA

DO

JARDIM CHUVA PISO TÁTIL i:2%

i:2%

INTERTRAVADO

BALIZADOR REDES PLUVIAIS

2

CORTE BB ESC. 1/50

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah Nogueira e Mayara Marques

RECORTE 1 -TIPOLOGIA DE VIAS Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez

FOLHA: 10 FOLHA:03


Detalhe 1

DETALHES

Detalhe 2

Modelo de rampa 2

TÁTIL ALERTA

TATIL ALERTA B 01

INCLINAÇÃO MAX 8%

MAX. 1.5M

INCLINAÇÃO MAX 8%

RUA MEIO FIO

MEIO FIO REBAIXADO

1

RUA

RUA

RUA

PLANTA BAIXA ESC. 1/20

PLANTA BAIXA ESC. 1/20

TATIL

TÁTIL ALERTA CALÇADA

TATIL

0.15

ALERTA

CALÇADA

ALERTA

CALÇADA

INCLINAÇ

ÃO 8%

0.00

INCLINAÇ

ÃO 8%

COTA RUA

MAX 1.5M

1

Os detalhes trazem o Zoom de partes importantes para o projeto, como os modelos de rampas apresentados para cada dimensão de calçada, como funcionam os sistemas de drenagens tanto com os jardins de chuva, quanto com as bocas de lobo.

A' 01

1

INCLINAÇÃO MAX 8%

MIN 1.2M

LINHAS DEMARCADORAS MÍNIMO 1.2M. MEIO FIO

PLATAFORMA DE GIRO

B' 01

MIN. 1.2M

A 01

MIN. 1.2M- 2M

Modelo de rampa 1

CORTE AA'

1

ESC. 1/20

0.00

MIN. 1.2M

ÃO 8%

INCLINAÇ

0.15

MAX 1.5M

CORTE BB' ESC. 1/20

Detalhe 4

Detalhe 3

Boca de lobo

C 01

D 01

Jardim de chuva CALÇADA

1

PAREDE DO JARDIM DE CHUVA H =10cm

0.15

JARDIM DE CHUVA 0.25

D' 01

FLUXO

LARGURA VARIÁVEL

EXTRAVASAMENTO

1

RUA

C' 01

RUA VARIÁVEL

CALÇADA VARIÁVEL

BARRAGEM

PLANTA BAIXA ESC. 1/20

0.00

PLANTA BAIXA ESC. 1/20

0.15

0.25 0.00

parede do jardim de chuva e = 10cm

Julia Cruz, Fernanda Rodrigues, Mariah Nogueira e Mayara Marques

sarjeta e meio-fio solo do jardim de chuva areia grossa

RECORTE 1 -DETALHES Escala: Indicada Junho/ 2021 Ateliê de Urbanismo II Prof .: Carlos Rodrigo Avilez

forro material agregado solo existente

1

CORTE CC' ESC. 1/20

parede do jardim

1

CORTE DD' ESC. 1/20

FOLHA: 11 FOLHA:03


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