12ª Revista Mazup - Ludibriados pela ostentação

Page 1

não recomendada < 18 anos.

edIção 12 especial de aniVersário ano 3 - nov-dez/14 distribUiçÃo Free

lUdIBRIadOs pEla

ostentação






ROLÉ PELA EDIÇÃO

LETRA DE QUEM LEU

NOSSA CAPA

eXpedIente

8 Trash Net 10 Taís, uma cidadã canadense 12 Ao amor orgânico 14 Hiena 16 Horóscopo maldito 18 Quem nunca 20 Capa/Quem quer dinheiro 28 Nem oito, nem oitenta/Assexuado 30 O pecado da maçã 31 Anuário Premier Models Management 92 Perseguição do 7 96 O homem do futuro 98 Troninho/Faixa de Gaza 100 Entre quatro rodas

102 As aventuras de Edi 106 #Belfies 108 Precisamos de chips emocionais 110 A literatura de Duca Leindecker 112 Dora, a resenha 114 Conversa casual 116 Velha rasgada, és tu? 118 Desabafo, ufa!

Maiara borges “Sabemos que encontramos alguém especial quando podemos falar abertamente sobre (até) cocô com a pessoa. Por isso, adorei a matéria ‘Os barros da relação’ que saiu na última edição da revista Mazup. Sou da ideia de que pessoas que são cheias de mimimi por assuntos corriqueiros - a exemplo desse devem sentar e esperar eternamente seu príncipe (princesa) encantado(a). Sem surpresas se ele(a) não chegar, tá?”

Entrevistas e artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista Mazup. Ficou na dúvida, tem sugestões ou quer dar letrinha? revista@mazup.com.br

direção Maico Eckert maico@mazup.com.br redação Andreia Rabaiolli revista@mazup.com.br Ed Gomes revista@mazup.com.br Kelly Raquel Scheid kelly@mazup.com.br

Raquel Carneiro revista@mazup.com.br Comercial Douglas Kerber douglas@mazup.com.br Maico Eckert maico@mazup.com.br Patrick Silva patrick@mazup.com.br

Colaboração Alessandro Mença João Timotheo Márcio Grings Márcio Meyer Taís Grün Fotografia Dany Potvin, Douglas Kerber, Gustavo Tomazi e divulgação Projeto gráfico Pedro Augusto Carlessi

diagramação Dobro Comunicação Emely Müller Felipe Johann Leitura experimental Adriana Mellos Bárbara Delazeri Produção de capa e matéria principal Bárbara Delazeri, Estúdio de Moda Voga e Kelly Raquel Scheid


Felipe Muxfeldt Zeni “A revista Mazup a cada edição nos surpreende com as incríveis matérias, sempre inovando e nos deixando ansiosos pela próxima. Na revista 11, gostei em especial da matéria ‘Oba-oba do desperdício’, que falou sobre a ELA - doença que convivi por meio de um caso em minha família. E concordo plenamente com as críticas, pois é absurdo o que vemos em nosso dia a dia em questão de desperdícios.”

Ilustração Alessandro Mença Modelo Sabrina Simonetti Agradecimentos Bianca dos Reis, Casa Marcela Martinez, Estilo Casa e Decoração, Estúdio Fotográfico

Iasmin Lindemann Wallauer “Ficar por dentro do que está acontecendo no momento, na música, cinema e festivais, sem se esquecer de assuntos sérios, mas com a ‘nossa língua’: tudo isso é Mazup. E com a revista não é diferente. Ela traz à tona tanto os tabus do momento quanto coisas que a gente nunca parou pra pensar direito. É aquela revista que conversa contigo. É conteúdo que acrescenta na vida.”

Univates, Gustavo Tomazi, La Petite Gourmandise, Rejane Gomes, Sabrina Simonetti e Tainá Gross Impressão e CTP Grafocem Tiragem 6 mil exemplares

Luis Henrique Teixeira “Sinceramente, a matéria ‘Geração smile’, última capa da revista Mazup, me fez dar muitas risadas, principalmente ao lembrar daquelas festas que está a maior bad, mas na hora de tirar foto ou uma selfie, a gente força um sorriso como se estivéssemos curtindo à beça. E sempre - sempre - tem aquela pessoa que faz biquinho ou um símbolo de paz e amor. A partir de agora, parei de ser falso para as câmeras!”

revista@mazup.com.br @tonomazup fb.com/tonomazup instragram.com/mazup (51) 3748-2459 Rua Júlio May, 217/03 Lajeado/RS

Mazup é um veículo multiplataforma de comunicação jovem. Empresa integrante do Grupo RVC.


trash net

8

#

O CANTOR DO METRÔ

PELADAS EM PORTO

DE VOLTA PARA O FUTURO

DEZ HORAS POR NY

Também ficou boiando ao receber um vídeo pelo WhatsApp de um cara cantando Bonde do Tigrão em pleno vagão de um coletivo urbano? Por trás da voz de “Só as cachorras, as preparadas, as popozudas, o baile todo” está o vigilante Fábio da Silva, a nova webcelebridade brasileira que virou atração em metrô paulista ao perder a vergonha de cantar. Em seu repertório ainda rolam Skank, Tihuana, CPM 22 e Titãs. Digita lá no YouTube “cantor do metrô”, vai!

E não é que a querida capital gaúcha foi cenário para práticas de nudismo? Há algumas semanas, uma mulher de 30 anos resolveu tirar a roupa para continuar sua corrida em pleno Parcão. Ela só queria ser livre, mas acabou detida pela polícia. Dias depois, outra peladona circulou por Porto Alegre, mas desta vez com intenção de protesto. E teve mais adeptos à “moda”. Será que nossas cidades não deveriam repensar em espaços para nudismo, locais tão comuns em outros países?

Para comemorar suas duas décadas, a empresa europeia de telecomunicações Orange teve uma sacada superfuturista: criou um site capaz de simular a aparência do internauta daqui a 20 anos e, de quebra, criar um papo virtual entre eles. Na experiência, disponível apenas em inglês e francês pelo futureself.orange.com, o seu “futuro eu” ainda conta como o mundo será em 2034: com bolas antigravidade para o esporte e pessoas assistindo a filmes imersas nele.

Quando o tema é “assédio contra mulheres”, não importa cor ou idade do sujeito ou se você compara países de primeiro ou terceiro mundo: o abuso acontece de igual forma - e com mais frequência do que se imagina. Em campanha para a ONG Hollaback!, atuante em 26 países, Shoshana B. Roberts caminhou voluntariamente durante dez horas por ruas de Manhattan, em Nova York. O resultado? Mais de cem comentários masculinos e até perseguições: assista a “10 Hours of Walking in NYC as a Woman”!



outubro? Um deles em pleno Parlamento, ou seja, o coração da democracia desse país. Todo mundo ficou em choque e em alerta. Quanto a mim, confesso que, no dia seguinte ao ataque em Ottawa, embarquei um tanto temerosa no metrô de Montreal rumo ao trabalho. A tensão era quase palpável. Felizmente, aos poucos, a rotina se restabelece. Sigamos, portanto, em frente. Enfim, em meio a devaneios, acabei me dando conta de que períodos de dois anos representam marcos e etapas importantes da minha vida. Cito alguns. Esse, por exemplo, foi o tempo necessário para concluir meu primeiro diploma em tradução. E também foi o tanto que levou para a obtenção da cidadania canadense. Já cheguei a ficar dois anos sem pôr os pés no Brasil - e espero que isso nunca mais se repita. Tem gente amada que há dois anos não vejo. E, bem, há certas decisões que eu já deveria ter tomado há exatos dois anos.

dE dOIs em dois QUANDO A EQUiPE DA MAzUP - MAiS PRECiSAMENTE O MAiCO QUERiDãO ECKERT - ENTROU EM CONTATO COMiGO PARA ACERTAR OS DETALHES DA MiNHA PRÓXiMA COLUNA, SOUBE QUE ESTA SERiA UMA EDiçãO ESPECiAL EM COMEMORAçãO AO ANiVERSáRiO DA REViSTA. DOiS ANOS. HiP HiP HOURRA! PERAÍ! DOiS ANOS? Já?

10

#

Logo, o misto de surpresa e alegria cedeu espaço à reflexão. Qual seria o tema do meu texto? Como de costume, antes de redigir, decidi, claro, consultar meus botões. Escrever sobre as massas de ar do ártico, as quais têm chegado sucessivamente e se instalado por essas bandas, rende pauta para um semestre inteiro. No mínimo. E estou eu disposta a tocar num assunto tão negativo, digo, frio? Verdade seja dita: não quero desencadear meu mau humor precipitadamente. Bom, deixemos para lá. Seria mais pertinente, então, relatar o quão estarrecedores foram, para a população daqui, os dois atentados (terroristas?) ocorridos em apenas três dias, no fim de

Pois agora me pego escrevendo para a edição especial de dois anos da Mazup, essa revista tão bacana que adoro ler (e para a qual adoro escrever). Assim como para mim, tenho certeza de que esses dois últimos anos também foram marcantes para a equipe que se esmera a cada edição. E é por isso que desejo vida longa e intensa à Mazup. Que venham muitos e muitos outros anos pela frente. Multiplicados por dois. Bonne fête!

Taís grün é jornalista, tradutora, revisora e, desde setembro, uma canadense de origem brasileira (como se diz por aqui). Foto Dany Potvin


DICÇÃO, DESINIBIÇÃO E ORATÓRIA

INGLÊS BÁSICO 2

CH: 30h • Início: 11/2 • Dias: 2ª, 4ª e 5ª • Turno: Noite

CH: 54h • Início: 9/2 • Dias: 2ª a 6ª • Turno: Noite

INFORMÁTICA FUNDAMENTAL COMPACTO

MARKETING PESSOAL E ETIQUETA EMPRESARIAL*

CH: 15h • Início: 10/12 • Dias: 2ª, 4ª e 5ª • Turno: Noite

CH: 54h • Início: 7/1 • Dias: 2ª a 6ª • Turno: Noite

SHIATSU EXPRESS

INGLÊS BÁSICO 1

CH: 30h • Início: 17/11 • Dias: 2ª a 5ª • Turno: Noite

CH: 54h • Início: 5/1 • Dias: 2ª, 3ª, 4ª e 6ª • Turno: Noite

TÉCNICAS DE VENDAS

INGLÊS BÁSICO 1

CH: 36h • Início: 13/1 • Dias: 3ª, 4ª e 5ª • Turno: Noite

CH: 54h • Início: 2/2 • Dias: 2ª a 6ª • Turno: Noite Conheça o portal de educação a distância: ead.senac.br

/senaclajeado

Senac Lajeado

Av. Senador Alberto Pasqualini, 421 Fone: 3748.4644

senacrs.com.br/lajeado

MATRÍCULAS ABERTAS

@senacrs

Insta

@senac_rs

*Desconto para moradores de Lajeado. Em outros municípios, consultar valores. A escola se reserva o direito de alterar as datas conforme necessidade.

CONHEÇA OS CURSOS QUE O SENAC PREPAROU PARA VOCÊ:


AO AMOR ORGÂNICO “Nunca amamos alguém. Amamos, tão somente, a ideia que fazemos de alguém. É um conceito nosso - em suma, é nós mesmos - que amamos. Isto é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa (...)”

12

#

Choca! O que o poeta português (sim, ele não é brasileiro) Fernando Pessoa ousou afirmar em 1914 é dilacerador. É isso? Não somos capazes de amar nada além de nós mesmos, Fernando? Tratamos o outro como meio e também somos usados como objeto?

Luto, em ambos os sentidos Mesmo descompassada pelo fragmento ao lado, publicado em Desassossegos, me nego a engolir que seja isso. Seria ordinário! Pessoa devia estar em protesto contra a falta de amor próprio. Em front com aqueles que depositam a razão de existir em outra carcaça, ele resolveu acabar com uma ilusão usando de escudo essa teoria conspiratória;

Um poema secular sobre o que Fernando Pessoa soube sobre o amor e por que questionar é preciso

a essas criaturas que vivem do “eu não sei mais viver sem você” como se tivessem sofrido uma amnésia e esquecido como sobreviveram até antes de essa pessoa surgir; aos que se alimentam de migalhas, pois foram consumidos pela pseudodependência de sua felicidade estar na mão alheia - não, isto não significa amor. É a ausência dele. É latíbulo para carências e inseguranças.


Reluto Ainda cogito uma segunda hipótese, já que o “portuga” aí insistia no “eu sou muitos”, tanto na fluidez quanto na imprecisão. Embora escrito há cem anos, o texto poderia servir de chapéu para os “eu te amo” ditos tão mecanicamente de hoje e de sempre.

Amar tem mais a ver com liberdade do que se imagina. Quando se opta por estar ligado emocional e fisicamente a alguém - em vez de permanecer seguro no próprio casulo - se está exercitando a escolha, e só os livres a possuem. E, ao contrário do que muitos preferem não enxergar, o oposto disso acontece quando pronunciamos ou exigimos juras, algemando o outro com cobranças. Aprisionar a responsabilidade do nosso futuro, assim como dar o mesmo sentimento que há uma vida carregamos por nossos pais a alguém que até dois meses atrás era um completo desconhecido soa, no mínimo, displicente. Não seria mais conveniente não pular as etapas do “adorar” e do “gostar” e, após, aprender o valor delas, permitir que o amor chegue naturalmente? Prefiro crer que o poeta só quis provocar o questionamento, hábito que traria novos - e menos frustrantes - fins se um dia este chegasse. A definição para esse sentimento é mesmo complexa. E, por ora, apenas uma certeza sobre ele: o amor precisa de presença, não da eternidade.

Kelly Raquel Scheid / kelly@mazup.com.br


HIENa

Ele continuava sentado nos bancos das praças Observando o mundo Como uma ave de rapina sobre a escarpa Espreitando os homúnculos.

A tristeza foi metamorfoseada em fúria.

A mente xucra, Selvagem; O ventre aberto; O coração ferido, Rasgado Pelo golpe da espada de Vênus.

Agachado no meio da savana, A velha hiena espreita as presas; Os homúnculos australopitecinos correm pelas planícies. Procuram abrigo nas árvores Enquanto a besta assassina escolhe os mais fracos E ataca com a voracidade dos famintos, Dilacera suas vítimas com o prazer da vingança.

O peito sangra. A metamorfose do capacho terminou. O Cordeiro foi transformado em predador; O corpo do sacrificado ficou cheio de feridas, Recebeu os golpes calado, inerte. Os coturnos lhe arrebentaram a face. O látego feriu suas carnes, E o sangue arterial embaçou a visão, Fugiu do burgo e tomou a estrada. Foi para o autoexílio eterno. Agora ele sabia que o caminho era sem volta. A dor foi transformada em consciência; A verdade foi mostrada nos hematomas;

14

#

Agora, reagindo, Se transformou no predador.

Os dentes e a saliva foram transformados em palavras, A carne quente e o sangue denso deglutidos por Chronos; Rugas e cabelos brancos, Cicatrizes do deus do tempo. Era o que tinha para ser dito, E assim foi.

joão Timotheo esmerio Machado Professor de História Ilustração Alessandro Mença



HORÓSCOPO MALDITO o desafio Um basta nesses réveillons confundidos com 1º de abril: já não enjoou de mentir para si mesmo a cada frase iniciada com “neste ano eu vou...”, hein? Não importa se você ama odiando ou odeia amando estas páginas roxas e ácidas, a gente sabe o quão inevitável é a sua curiosidade por elas. Todos têm um lado OBSCURO, mas permanecer amarrado a ele é opção. Então, vai inventar mais uma desculpa ou vai encarar nosso desafio?

16

#

ÁRIES (21 de março a 20 de abril) Acha lindo ser um sucesso por onde passa, sempre garantindo alegria e diversão, né? Ó, inocente, mal sabe o quanto se torna insuportável ao acreditar que o mundo deva girar em torno de você. Dar ouvidos à opinião alheia e assumir erros não dói, tá? Aliás, servem de alívio para a alma tanto quanto o egocentrismo e estupidez são um veneno para a sua luz. TOURO (21 de abril a 20 de maio) Essa forte presença de estabilidade em todos os setores de sua vida pode até ser invejada pelos outros signos, mas não

se iluda. Você tem muito o que aprender sobre sair da zona de conforto. Apegado ao velho, precisa entender que coisas novas também são sólidas e seguras. Dê chance a elas, vai? Quando o ano virar, deixe páginas e teimosias irem junto. GÊMEOS (21 de maio a 20 de junho) A versatilidade é fio condutor de suas ações, o que o torna sempre muito solicitado e benquisto pela galera. Mas essa sua mente ativa acaba deixando volúvel a busca por seus sonhos. Tá na hora de parar de pular de galho em galho e aprender a criar estratégias para não aumentar sua lista de objetivos não alcançados.


CÂNCER (21 de junho a 21 de julho) A meiguice e presteza são tantas que não há mortal que resista a seus encantos. Só que toda essa sensibilidade acaba sendo também sua pior inimiga e o tornando rancoroso ao extremo. É o momento de parar de mimimi e sofrimentos conscientes - nem todo o modo como você é tratado precisa de um olhar tão melindroso. Desapegue das mágoas!

LIBRA (23 de setembro a 22 de outubro) No papel do politicamente correto do zodíaco, você faz o tipo de pessoa com quem todo mundo queria conviver. Mas por tentar sempre alcançar o equilíbrio e agradar aos outros, a indecisão acaba tomando conta do seu corpo. Sem falar que você se torna vulnerável e passando por personalidade fraca. Saia de cima do muro!

LEÃO (22 de julho a 22 de agosto) Enquanto você se gaba por ser nativo do signo mais alto-astral do zodíaco, deveria também dosar seu egoísmo. Aceitar que nem sempre a sua ideia é a melhor e ouvir conselhos podem tornar as coisas menos dogmáticas e evitar futuras dores de cabeça. Aliás, peça mais a opinião dos outros!

ESCORPIÃO (23 de outubro a 21 de novembro) Desta vez, a gente não vai pôr uma galinha preta aqui, escorpiano. Por ter uma personalidade forte, sempre acaba como o injustiçado aqui, né? Seu magnetismo é tão gigante que até rola um narcisismo. Então, o seu desafio é não se aprofundar tanto nas próprias emoções principalmente se estas forem negativas e antigas. Foque o agora e perdoe!

VIRGEM (23 de agosto a 22 de setembro) Você é o sinônimo da organização e do discernimento, mas a busca pela perfeição acaba sendo o seu grande problema. Por quê? Simples: porque a perfeição não existe em nenhuma parte da Via Láctea, meu caro virginiano! Então, largue dessa cisma e evite frustrações. No stress!

SAGITÁRIO (22 de novembro a 21 de dezembro) Cheio de vitalidade e independência emocional, você pode se tornar alguém sem consistência e controlador nessa ânsia por liberdade. O mundo não

seguirá imposições, então, aprenda: sagitarianos não estão acima da lei. Seja mais relax da próxima vez que alguém contrariá-lo.

só por contrariar, ou seja, o torna o estraga prazer da turma ou o rebelde da família. Procure reconhecer o lado bom das coisas. Insista nisso!

CAPRICÓRNIO (22 de dezembro a 20 de janeiro) Com essa responsabilidade toda na veia, acaba sendo duro até com você mesmo. Menos cobranças e julgamentos, cara! Ou isso, ou você vai continuar na pele do chato do zodíaco. Sério: menos pessimismo e mais tolerância, por favor!

PEIXES (20 de fevereiro a 20 de março) Peixes e seu mar cor-de-rosa. Vive na ideia fantasiosa de que irá mudar o mundo. O problema disso? Bom, você acaba esquecendo de si mesmo e tendo dificuldade de ser realista. Cuidar com pessoas que podem abusar de sua caridade e aprender a dizer um bom “não” a elas é um desafio tanto quanto aprender a ter mais iniciativa diante da vida.

AQUÁRIO (21 de janeiro a 19 de fevereiro) Tem pavor de parecer igual a todo mundo, certo? No entanto, essa necessidade de fugir dos padrões pode despertar em você a tendência de contrariar


18

#




QUEM QUER DINHEIRO? Correntões de ouro, mansões, carros de luxo, drinks à beira da piscina. Cercados por belíssimas mulheres, lá estão eles inebriados no perfume da luxúria. Riqueza e poder nas rimas simétricas, cheias de crítica à antiga condição Zé Ninguém da classe pobre e marginalizada

Fotos Gustavo Tomazi / Estúdio de Moda Voga

Se ontem a mesa estava vazia, hoje come ostentação com garfo de prata e limpa os dentes com palitos de ouro. Nenhum outro gênero musical leva tão ao pé da letra um estilo de vida como o hip hop. Excentricidades e bizarrices à parte, traduz como o homem se relaciona com o dinheiro no instinto, no desejo, sem filtros e sem vergonha. Afinal, vai me dizer que nunca quis jogar na Mega-Sena e ganhar milhões, ter um iate e não trabalhar mais pelo resto da vida? Para muitos, isso soa feito música, como o tilintar de moedas no mergulho de Tio Patinhas no seu cofre particular: DINHEIRO! Nunca tive porquinho, latinha ou colchão com compartimento secreto. Na infância, nunca pertenci ao grupo de coleguinhas que ganhavam mesada dos pais. As coisas eram difíceis. Se ganhasse, economizaria só para

comprar aquele disco da Xuxa ou torraria tudo em gibi, paçoquinhas e churros. Minha mãe dizia que dinheiro não dava em árvore. Por mais que eu não segurasse cada centavo, quando recebia alguma coisa dos meus avós, ela vinha com o papo “guarda porque tu podes precisar um dia”. Com 8 anos, eu pensava: “Mas guardar pra que e pra quando”?.
 É difícil compreender o porquê da palavra dinheiro ser tão mistificada. Talvez o problema more na relação com a qual fomos conduzidos a construir com ela. Dinheiro não deveria trazer sentimento bom ou ruim, negativo ou positivo, ou nos colocar no impasse de economizar ou ganhar. Para a galera das antigas, o negócio parecia ser mais simples e honesto com a velha e boa troca de mercadorias.

21

#


O escambo, o o troca-troca Nos primórdios, se eu tivesse pescado grande quantidade de peixe, eu oferecia o excesso para quem produzia coisas que eu necessitava, como milho ou batata. E o negócio estava fechado. Esse sistema ainda existe em muitas tribos e lugares de difícil acesso hoje. Com o tempo, as trocas ficaram cada vez mais difíceis de avaliar. Por isso, foi criada uma medida comum entre os elementos que seriam permutados. O metal, valorizado pelo peso e por sua pureza, ganhou forma definida: as moedas, que vieram no século VII a.C. A primeira figura histórica a ter seu rostinho bonito registrado numa moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta de 330 a.C. Eram fabricadas em processos manuais. Na Idade Média, a coisa deu um upgrade, e os recibos chegaram à área. Os papeizinhos também serviam como forma de pagamento. Então, abre-se caminho para o surgimento da moeda de papel. Daí pra frente, a coisa tomou proporções gigantescas. No Brasil, as mercadorias também eram trocadas como forma de dinheiro. No período colonial, havia poucas moedas no país. O povo gostava de escambar produtos importantes, como algodão, açúcar e fumo. O pau-brasil,


o cacau e o pano eram bastante comercializados no século XVii. As moedas que começavam a entrar no país eram feitas em Portugal. E curiosidades à parte, Real era o nome da moeda que circulava no Brasil desde 1500 até 1942. E com o mesmo nome, voltou a valer em 1º de julho de 1994, durante o Plano Real, implementado no governo de itamar Franco. Os primeiros bilhetes de banco, precursores da cédulas atuais, foram lançados em 1810, pelo Banco do Brasil, ou seja, toda a nossa relação com o dinheiro, levandose em conta que temos apenas 514 anos de história, é bastante recente. Mas quanto vale o dinheiro e quem é que dá esse valor pra ele?

GRana e consciÊncia Se por um lado, o dinheiro sofisticou as relações comerciais, ele também se tornou um sujeitinho injusto por nossas próprias mãos. A questão é a associação distante que temos feito entre grana e realidade. Certa vez, li que a economia global poderia ser comparada a um cassino, onde as apostas diárias envolvem cifras virtuais e valem o dobro do valor do produto mundial. De acordo com o psicólogo e cientista da computação Peter Russell, no livro O Novo Negócio dos Negócios, grande parte do dinheiro que circula

nos bancos de comércio internacional não é destinada à compra de produtos palpáveis, mas para a aquisição e venda do próprio dinheiro, travestido de mercadoria cara e rara. E mesmo que não sejamos grandes acionistas milionários de Nova York, nós alimentamos essa máquina por dependermos do dólar e de negócios mundiais doidos, sobre os quais, a gente não “sabe de nada, inocente!” Aí, você lê o texto até aqui e diz convicto pra si mesmo que dinheiro não traz felicidade e sua atenção é para as pequenas coisas da vida, as quais realmente o farão feliz, mas sente sempre pânico ao olhar a conta bancária no final do mês. Por que conviver com o drama do salário, que escorre feito água na hora de pagar fatura quilométrica do cartão de crédito? Hora de usar a inteligência financeira para potencializar e favorecer nossos objetivos de vida! O dinheiro pode ser uma ferramenta que nos ajudará a conquistar planos e também auxiliar os outros. Sim, porque caso ainda não tenha caído a sua ficha, vivemos em uma grande rede, na qual cada movimentação e gesto econômico nossos também afetam o vizinho ao lado. O lance não é apenas trabalhar, receber o salário pelo serviço prestado e utilizá-lo para sobreviver e gastar. A cadeia monetária vai muito além

dessa simples relação. Cada indivíduo, enquanto cidadão, é responsável por captar e dar destino final ao dinheiro. E quando você parar pra pensar em como se comporta diante desse ciclo, você estará resgatando o real valor do dinheiro, que não se mede em barras de ouro ou em dólar. Você é o dono da grana que mete no bolso, mas pode se ligar em ter ética no trabalho, nas organizações e com os recursos naturais que você usa todos os dias. E se formos falar dessa conta com a natureza, a gente tá devendo até as calças na praça!

23

#


Consumismo x Sustentabilidade Atualmente, nós compramos cem vezes mais do que o homem da Revolução Industrial. Claro, nos desenvolvemos muito, de forma acelerada e em diversos segmentos, mas será que precisamos realmente de tudo o que temos e desejamos? Em meio ao caos do consumo, fomentado pelos que não limpam o guardaroupa há anos, compram milhares de pares de sapato e trocam o celular assim como mudam de cuecas, ainda há esperança. Um novo consumidor surge, o qual acredita na conexão de aspectos da realidade, cultivo da espiritualidade em vez de só competir. Associa, agrega e compartilha culturas, a natureza e os ramos de negócios. Hoje, não basta apenas ver o preço de um produto e sim conhecer informações importantes por trás dele.
 Comprar de modo inteligente e diferenciado coisas que não agridam o meio ambiente não é “papomodinha”. Consciência humana é fundamental para que se possa colaborar na correta distribuição de renda e evitar a mão de obra escrava e, principalmente, infantil. O planeta não está dando conta de repor seus recursos naturais, e isso tá na nossa

24

#

cara, nos jornais: falta de água aqui, tornados ali, enchentes, queimadas, gente morrendo de sede e de fome. E a pimenta nos olhos dos outros é refresco até que venha arder nos nossos. E um dia, isso vai rolar. Para uma tribo nômade, por opção, e cansada desse sistema desigual e desenfreado, a reestruturação global vai além de valores monetários.

Dinheiro e liberdade de mãos dadas O fotógrafo Iain McKell registrou, nos últimos 25 anos, um grupo contracultura britânico que utiliza carroças, enquanto suas tendas são abastecidas por energia solar e seus smatphones e tablets são portas de conexão com o mundo. Lançado em 2011, o livro The New Gypsies mostra o surgimento desse grupo nos anos 1980, que, contra o governo de Margaret Thatcher, e com espírito punk e valores hippies, decidiu largar a cidade rumo ao Interior inglês em comboios e ônibus velhos, porém, acredita que pode utilizar da tecnologia e de seus benefícios de forma coerente e sustentável. Mas seria possível viver sem as facilidades tecnológicas ou até mesmo sem dinheiro? Uma jovem família alemã aposta que sim.

Perto de Berlim, Raphael Fellmer não faz rancho no final do mês. Ele consegue os alimentos nas caçambas dos supermercados, quando os produtos estão prestes a ganhar descarte por causa da data de vencimento. Segundo a Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO), 30% de todos os alimentos produzidos acaba no lixo. Raphael afirma que a maior parte do que é recolhido nas caçambas de supermercados orgânicos está em perfeito estado. Ele não compra o que necessita para a sua casa, mas as consegue em sites de troca de produtos e comunidades de escambo.
 Além disso, para ter uma renda mínima, ele realiza todos os tipos de tarefas em casa. Ele e a esposa Nieve cuidam da jardinagem e reparos e só pagam a energia elétrica e a água. Com um filhinho pequeno, só utilizam o dinheiro em último caso, como quando Nieve precisou fazer um plano de saúde para o pré-natal. Raphael nasceu em uma família de classe média alta e se formou em Estudos Europeus, porém, há alguns anos percebeu que o dinheiro não é a coisa mais importante da vida. Para ele, a grana é a mola que faz parte de um sistema que a qualquer hora pode entrar em colapso, e agindo desse modo, ele mantém a sua família segura e livre. Pode parecer loucura, mas tem dado certo!



Viver sem lenço e sem documento, como? Não, você não precisa mudar radicalmente sua vida e nunca mais usar o dinheiro. Afinal, batalhar para ter sua grana e ambição não são coisas ruins. Mas essas necessidades podem servir como combustível para comportamentos melhores. O ser humano produz muito mais do que bens materiais e money. Também somos responsáveis pela criação de todo o maravilhoso resto, a arte, o lazer e os grandes sonhos que, para conquistálos, precisamos de $$$$. E como manter esse equilíbrio financeiro? Basta saber ganhar e saber gastar o dinheiro. E aí mora a velha máxima que minha avó dizia de não se gastar mais do que aquilo que se recebe. Somada a isso, tem mais duas coisas: o saber poupar e o saber investir. O psicólogo Frederick Herzberg diz que os salários são motivacionais e se encaixariam em uma categoria chamada de (papéis) “higiênicos”, porque só notamos quando ele falta. E vai adiante: “Se a remuneração é justa, não motiva, mas se não for justa, desmotiva as pessoas”. E não é?
 O filósofo americano Jacob Needleman, professor da Universidade Estadual de San Francisco, na Califórnia, faz umas reflexões interessantes sobre o dinheiro. Autor do best-seller O Dinheiro e o Significado da Vida, ele diz que a grana é como uma droga: nos dá um teto de sermos melhores e mais importantes do

26

#

que realmente somos. E isso rola porque a grana mexe diretamente com nossa autoestima. Ao comprar, nos sentimos melhores, mais aceitos e queridos pelo outro. Há também os que pensam que dinheiro é sinônimo de segurança e economizam a vida inteira! Até aí, é bacana ter uma reserva, mas pouca gente faz as contas na ponta do lápis pra ver a real necessidade da bufunfa.

Mas o que realmente importa? Ter e ser, dois verbos quase rivais na expressão que já se tornou clichê social. Antigamente, as pessoas se ligavam no que elas eram e não naquilo que elas tinham. Hoje, somos tachados, analisados, carimbados e rotulados pelo que adquirimos. A preocupação deixa de ser o crescimento enquanto pessoa e passa a ser uma eterna corrida em manter o papelão de ser humano rico, que tá podendo, com sucesso e invejado pelas conquistas materiais. E aí me pergunto: não é possível ser e ter, ao mesmo tempo, com equilíbrio? Para alguns, o dinheiro compra afeto e admiração. Quando somos crianças, a gente fica doido por um presente, um brinquedo, que pode ser um gesto saudável, por merecimento e tão aguardado, ou simplesmente ser um substituto do amor. E é aí que o pequeno pode associar que amor e dinheiro são semelhantes.

Afinal, dinheiro traz felicidade? Muitos economistas dizem que sim, que as notinhas realmente nos fazem rir e que a pessoa fina e rica seria muito mais feliz do que o cidadão que rala todo o dia para conquistar seus sonhos. Mas para alguns economistas como Richard Easterlin, da Universidade de Southern California, nos Estados Unidos, e Andrew Oswald, da Universidade de Warwick, Inglaterra, há vários “poréns e vírgulas” nessa história. Depois que já se adquiriu o que se desejava, incluindo luxos, o dinheiro não tem como trazer uma felicidade “extra-combovitaminada”, e o efeito de ganhar uma baita grana, como na loteria, por exemplo, tem data de vencimento e simplesmente passa. 
 Entre boladas na Mega-Sena e o sonho de ser rico, sambando na cara da sociedade, o estudo desses economistas, ao final, revelou algo singelo: a felicidade não vem da quantidade de dinheiro que você conquista e acumula, mas dos contatos com as pessoas, relacionamentos e atividades que se faz. Sendo assim, quebrar o cofrinho pode nos trazer felicidade se o fim for nossa relação com o outro. Seu dinheiro consegue comprar seu tempo? Compra sua família? Compra o amor de seus amigos e seus momentos inesquecíveis juntos? Não? Talvez porque, para essa felicidade real, jamais inventarão moeda.

Raquel Carneiro / revista@mazup.com.br



Nem oito, nem oitenta

A pessoa que não goza é gozada pelos outros Circulando pela Internet, percebo que existe um pecado que não está listado como capital, não está na lista dos sete, mas é o pior, o mais hediondo deles na visão das pessoas. Na verdade, é incompreensível 
 Você pode não querer casar com uma putana, mas compreende que ela gosta de sexo. Você até compreende como bizarro alguém que queira ser pansexual - aquele que sente desejo em transar com qualquer coisa, com escadas ou buracos de madeiras, por exemplo. Mas você nunca compreenderá

28

#

uma mulher que não faz sexo há três anos. Se não for freira, estar no mundo e não usar os aparelhos genitais é inconcebível. Não pode nem chamar essa cretina de louca porque você compreende uma louca. Mas você não compreende um assexuado. É o ser mais desprezível no seu mundo redondo e sólido. Todo mundo entende uma puta. Ninguém entende uma mulher que não faz sexo. Se a mulher fosse feia, ela até teria um pouco de problema em conseguir alguém, mas sempre existem bons cidadãos aptos a fazer o serviço. Mas como uma mulher mais ou menos pode se privar do que os humanos usufruem com tanto gozo e fruição?


O ser mais desprezado nesse mundo gozado é o ser não sexual, porque os bípedes querem gozo, enquanto outros, regozijo. O filósofo Paulo Ghirardelli disse isso muito bem dia desses. Ser um “nada sexual” é muito mais difícil do que ser um homossexual. Parece necessário dizer que se é heterossexual ou homossexual ou bissexual ou alguma outra coisa,

mas que seja “sexual”. Ou se é “sexual” ou não se é nada. “Já se disse certa vez que o maior escândalo do mundo, nos tempos contemporâneos, é ser um “nada sexual”.” É o maior fracasso, do qual você não teria ninguém como cúmplice. Nem a sua mão.

bem assim: o conhecimento não nos livra de nada. Nós sempre fomos vítimas de todo tipo de loucura. Os humanos não podem salvar o mundo. Ele não precisa de salvação, os humanos nunca viverão num mundo construído por eles mesmos.

Quanto aos humanos, bem: estou lendo um livro: Cachorros de Palha - um soco no estômago - que diz

Andreia rabaiolli / revista@mazup.com.br

29

#


O PeCAdo dA MAçã NA SALA DE AULA de controle social. Menos educação, mais servidão voluntária.

Com o iPhone (que representa o mundo do eu - eu telefono), alunos desviam a atenção das aulas. Narciso está em voga no homem automático e cambiante, entusiasmado com engenhocas modernas. guy debord revela que a sociedade do espetáculo é a nova forma

30

#

invocada em um campo de excessos de solicitações, não há concentração em aula para a fórmula de Báskara, a Revolução Farroupilha ou a cadeia alimentar biológica. O iPhone - que aqui significa uma metáfora das novas tecnologias - leva a poderosos processos virtuais dentro da sala. Em escola, o poder da Apple (que pode ser a “maçã” do pecado na sociedade touch) comprova o vigor “selfie” nas páginas de Faceboook e nos aplicativos Whatsapp ou Snapchat. A moda é touch. A escola ainda se faz com giz. A mudança de postura do docente é desafiadora neste momento, mas fundamental para imprimir um novo ritmo ao ensino. Refletir a atuação do profissional em ensino e o comportamento da sociedade pós-moderna é o caminho para um saber de melhor qualidade. Os recursos midiáticos podem ser mais do que engenhocas de tecnologia de dispersão. Se o mundo está “tecnologizado”, a escola, que é a incubadora do conhecimento, deve levar o saber a poucos toques da sociedade em rede, tornando, assim, a sapiência transformadora. Andreia rabaiolli / revista@mazup.com.br


ANUÁRIO SEIS ANOS

PREMIER

2014


6 Anos Premier Models Para comemorarmos nossa trajetória de seis anos em atuação nos mercados nacional e internacional, este ano, resolvemos inovar com o lançamento de um anuário com seis editorias, desenvolvidas por seis coletivos de moda, retratando seis belezas de nossa capital, por seis olhares diferentes. Uma verdadeira viagem no tempo, nossa querida cidade de Porto Alegre, a inspiração para a moda no passado, no presente e no futuro. A criatividade correu solta, e a moda mostrou sua importância reunindo muita gente talentosa, resultando nesse anuário inspirador para aqueles que apreciam a moda e a nossa cidade retratada por diferentes olhares e encantos.


INFORMATION MELTDOWN Por Karina Jacques e Marcos Castellan

O inusitado no dia a dia dos grandes centros urbanos, inusitado este que se perde em meio ao excesso de informação cotidiana, por intermédio de uma abordagem hiper-realista, mostrando um futuro distópico na estética cyberpunk. Local: Gasômetro







6 Anos Premier Models

BASTIDORES


6 Anos Premier Models

CRÉDITOS Realização: Premier Models MGT Idealização: Fabiano Biazon e Mateus Ahlert Concepção: Karina Jacques, Marcos Castellan e Alexandre Rodrigues Produção executiva: Ana Luísa Johann Fotografia: Karina Jacques e Marcos Castellan (Droid Studio) Assistente de fotografia: Lucas Ramos Tratamento de imagem: Droid Studio Styling: Ana Luísa Johann Assistente de styling: Grazi Schein Beleza: Aline Dotto Modelos: Eusébio Martins, Thiago Folle, Alanna Pingray, Claudia Portal e Bruna Taís Agradecimentos: P H S D, Convexo, Clube Melissa Iguatemi Porto Alegre, Lojas Renner e Nossa Senhora do Figurino


EASY RIDE Por Fagner Damasceno

Um passeio pela Zona Sul, movimentos de leveza e liberdade. Os anos 1970 contemplam o espírito de justiça e da sexualidade que a década trouxe. Uma geração que pregava a paz e o retorno à natureza. Local: Zona Sul







6 Anos Premier Models

BASTIDORES


6 Anos Premier Models

CRÉDITOS Realização: Premier Models MGT Idealização: Fabiano Biazon e Mateus Ahlert Produção executiva: Ana Luísa Johann Fotografia: Fagner Damasceno Styling masculino: Bolivar Styling feminino: Fagner Damasceno Beleza: Ana Ferrary Assistente de beleza: Julia Ferrary Filmagem e edição: Marcelo Kunz Modelos: Eduardo Riffel, Ana Borba e Vitória Benckenstein Agradecimentos: Casa da Traça e Thelure


MYSTIC Por Gabriel Not

O cenário, a Catedral Metropolitana de Porto Alegre e mais nossas santas do pau oco. Uma versão de misticismo, o real do falso. Nos tempos de Império, elas traziam ouro às escondidas. Hoje, os mistérios, só elas sabem! Local: Catedral Metropolitana







6 Anos Premier Models

BASTIDORES


6 Anos Premier Models

CRÉDITOS Realização: Premier Models MGT Idealização: Fabiano Biazon e Mateus Ahlert Concepção: Ana Luísa Johann Produção executiva: Ana Luísa Johann Fotografia: Gabriel Not Fotógrafo assistente: Mártin Cardoso (Oroboro Estúdio) Assistente de fotografia: Pedro Legítimo (Oroboro Estúdio) Tratamento de imagem: Casulo Conceito em Imagens Styling: Pamela Wendhausen Beleza: Graziella da Costa Modelos: Betina Haag e Mikaela Martins Agradecimentos: Solange Flesch e Conceito Giovanella


EU VEJO FLORES EM VOCÊ Por Nicholas Galvão

Ressaltando a beleza da primavera, o floral é tema da estação. Um dia lindo de sol, um mix de flores, amores e texturas. Local: Parque Farroupilha (Redenção)







6 Anos Premier Models

BASTIDORES


6 Anos Premier Models

CRÉDITOS Realização: Premier Models MGT Idealização: Fabiano Biazon e Mateus Ahlert Concepção: Ana Luísa Johann Produção executiva: Ana Luísa Johann Fotografia: Nicholas Galvão (Light in Box - Photo) Assistente de fotografia: Nilson Sabino (Light in Box - Photo) Tratamento de imagem: Nicholas Galvão (Light in Box - Photo) Styling: Thais Faggion Assistente de styling: Érika Silveira Beleza: Dani Herok (New Bordeaux) Modelos: Emanuele Dal Sasso, Patrícia Brandt e Julia Schreiner Agradecimentos: Espaço Boho, Apogeu, Nossa Senhora das Maravilhas, O Tempo das Cerejas e Las Gallas Brechó


À DERIVA Por Vitor Saquette

Aos balanços do Guaíba, um passeio especial. Um barco clássico, trazendo todo charme e a moda dos anos 1950. O navy imortalizado de Coco Chanel em uma sensação prazerosa de viajar ou, quem sabe, simplesmente ficar à deriva por aí. Locação: Cisne Branco




EDITORIAL 5 FOTO 3




6 Anos Premier Models

BASTIDORES


6 Anos Premier Models

CRÉDITOS Realização: Premier Models MGT Idealização: Fabiano Biazon e Mateus Ahlert Concepção: Ana Luísa Johann Produção executiva: Ana Luísa Johann Fotografia: Vitor Saquette Tratamento de imagem: Vitor Saquette Styling: Paulo Saul Beleza: Bárbara Degrandi Modelo: Daniela Sulzbacher Agradecimentos: Third Hand Store, P H S D e Acervo Demode


FAZEMOS MODA PARA CHAMAR ATENÇÃO Por Ricardo Lage

Belas modelos e looks incríveis em locações inusitadas de Porto Alegre. Só isso já seria suficiente para chamar a atenção. Mas a moda também consegue chamar a atenção para muitas outras coisas, inclusive para o que não queremos ou não gostamos de ver. É um pouco de beleza tentando melhorar aquele lado feio, pobre ou triste da cidade.







6 Anos Premier Models

BASTIDORES


6 Anos Premier Models

CRÉDITOS Realização: Premier Models MGT Idealização: Fabiano Biazon e Mateus Ahlert Direção de arte e concepção: Dudu Vanoni (Craft Comunicação) Produção executiva: Ana Luísa Johann Assistente de produção executiva: Paulo Saul Fotografia: Ricardo Lage Assistente de fotografia: Raphael Plastina Tratamento de imagem: Stilgraf GGK Styling: Gustavo Werner Beleza: Ana Ferrary Edição de filmagem: Marcelo Kunz Modelos: Gabriela Giaquetto e Vanessa Prass Agradecimentos: Alunos da Faculdade Senac Porto Alegre e Renata Fratton, coordenadora do curso de Design de Moda. Looks - Mateus Vargas de Azevedo (foto 1), Adria Barbosa (foto 2), Barbara Castro e Diego Cavedon (foto 3), Anna Luisa Kozerski (foto 4) e Alanna Turchetti (foto 5)


PORTO AMOR, VIDA ALEGRE Por Vitor Saquette

Para existir uma vida alegre é preciso sentir a voz do coração e, para isso, é necessário permitir que todos os sentimentos fluam em tudo que é inspirador. O valor de uma vida está no quanto você pode amar alguém, seja esse amor como for. Amor não é dor, nem vítima das circunstâncias. O amor deve ser livre como o vento e sentido com a alma. Quando não há amor, é como ter um coração deserto. Sem o respeito pela forma de amar do próximo é fechar os olhos diante daquilo que pode ser único e verdadeiro. O sentimento não tem forma, e amor é a conquista maior que o homem pode contemplar!







6 Anos Premier Models

BASTIDORES


6 Anos Premier Models

CRÉDITOS

Porto Amor, Vida Alegre! Porto Amor, Vida Alegre é nome concedido à nossa campanha comemorativa pelos seis anos da agência Premier Models, por uma Porto Alegre com menos preconceito na luta contra a homofobia e a favor do respeito por todas as formas do amor. Em tempo atual, não poderíamos deixar de desenvolver o nosso papel em lançar uma campanha de conscientização e mostrar que o amor é a maior conquista que um homem possa contemplar, seja esse amor como for. O respeito pelo próximo e o entendimento de que todo ser humano tem o direito de escolha são, sem dúvida, o nosso objetivo. O amor é o sentimento sublime e que nada depende de orientação se-

xual ou racial. O sentimento é o mesmo e não cabe ao próximo julgar. Nossa campanha é inspirada no amor e em suas diferentes formas, ilustrando que a família parte do conceito de agregar valores, educação e amor. Em tempo atual, pouco importa se essa família é formada por mãe e pai, duas mães ou dois pais. O que realmente importa é o respeito às escolhas e que assim sejam felizes com suas famílias livres de preconceito e perseguição. Que o amor seja lindo, que seja livre, sem objeções, e o respeito ao próximo seja uma conquista de nossa sociedade. Afinal, o que realmente vale é respeitar todas as formas de amar.

Realização: Premier Models MGT Idealização: Fabiano Biazon e Mateus Ahlert Produção executiva: Ana Luísa Johann Concepção: Fabiano Biazon Fotografia: Vitor Saquette Tratamento de imagem: Vitor Saquette Styling: Ana Luísa Johann Beleza: Graziella da Costa Edição de filmagem: Marcelo Kunz de Almeida Mídias sociais e comunicação: César Boscaini Krunitzky Modelos: Eusébio Martins, Mika Lu Martins, Grazieli Rosso, Jéssica Hanah, Georgeo Daniel e José Augusto Streda Agradecimentos: Jardins Eventos e Pin Up Brechó


Grandes parcerias, grandioso projeto! Este ano, nosso projeto teve como objetivo conectar profissionais do mercado para o desenvolvimento de um anuário, mostrando nossa capital por seis olhares diferentes por meio de seis editorias de moda. Um projeto grandioso com a participação de mais de 70 profissionais do nosso mercado, reunidos para fazer a moda acontecer. Durante os cinco meses de produção, a criatividade superou a emoção, e a cada trabalho finalizado, a satisfação e a certeza do dever cumprido. Quando se ama o que se faz, o resultado é, sem dúvida, gratificante e resultante em sucesso. Quando iniciamos nossa caminhada, em 2008, tínhamos o objetivo de construir uma empresa com diferencial no mercado, que acreditasse

no novo, que pudesse desenvolver projetos de moda como esse, conectando profissionais e mostrando o que de melhor nosso mercado pode produzir. Não foi diferente. Com esse projeto, não só concluímos mais uma etapa da trajetória da Premier Models, como também tivemos a oportunidade de desenvolver relacionamento com profissionais maravilhosos. Temos a convicção de que grandes parcerias desenvolvem grandes projetos. A realização desse projeto só foi possível em razão dos nossos grandes parceiros e do envolvimento de tantos profissionais que nele acreditaram. Agradecemos imensamente a participação de todos os profissionais envolvidos, e o resultado final é fruto da dedicação e talento de todos! Fabiano Biazon e Mateus Ahlert

FICHA TÉCNICA DO PROJETO Realização: Premier Models MGT Idealização: Fabiano Biazon e Mateus Ahlert Produção executiva: Ana Luísa Johann Comunicação e mídias sociais: César Boscaini Krunitzky Assessoria de imprensa: Insider2 - Beti Sefrin e Luciane Rocha Martins Filmagens e edição: Marcelo Kunz de Almeida Agradecimentos: Alunos da Faculdade Senac Porto Alegre e Renata Fratton, coordenadora do curso de Design de Moda. Vanessa Fernandes - Premier Models


www.premiermodelsmgt.com Av. Crist贸v茫o Colombo, 2144/508 Floresta - Porto Alegre - (51) 3377 7515


Na compra de um kit-presente ou fragrância de O Boticário, você pode ganhar presentes todos os dias, durante um ano*. Por quê? Porque somos apaixonados por você.

Acesse: boticario.com.br/ganhepresentes e participe.

O amor faz a gente perder a cabeça. E você ganhar um monte de presentes.

*Distribuição Gratuita de Prêmios. Promoção exclusiva para fragrâncias e kits-presente promocionais. Inscrições: de 3/11/14 a 9/11/2014 (primeiro sorteio); de 10/11/2014 a 16/11/2014 (segundo sorteio); de 17/11/2014 a 23/11/2014 (terceiro sorteio); de 24/11/2014 a 30/11/2014 (quarto sorteio); de 1/12/2014 a 7/12/2014 (quinto sorteio); de 8/12/2014 a 14/12/2014 (sexto sorteio);

de 15/12/2014 a 21/12/2014 (sétimo sorteio); de 22/12/2014 a 28/12/2014 (oitavo sorteio); e de 29/12/2014 a 1/1/2015 (nono sorteio). Inscrições não cumulativas pelo site www.boticario.com.br/ganhepresentes. Consulte o regulamento completo em www.boticario.com.br/ganhepresentes. Certicado de Autorização CAIXA n° 4-1694/2014.


Pintou o 7? Não se preocupe, ele é mágico São 7 pecados capitais, 7 cores no arco-íris, 7 notas musicais, 7 vidas tem um gato, 7 chacras você tem e 7 é conta de mentiroso. Mas não se preocupe, tudo isso é verdade. Do 7 emana uma mística cabalística e cristã

92

#

Já reparou que é bem maneiro quando você “pinta o 7”? Você extravasa, sai da borda. Mas você não transborda quando dá sete pulinhos na onda do mar, apenas molha o pé. Esse papo não é de jacaré. Já percebeu como o sete aparece luzindo por aí, às vezes sem eira, nem beira, um pouco aqui, um pouco acolá? Noutras, parece perseguindo você como um número cabalístico - cabala é uma filosofia do judaísmo. Falar do 7 é narrar as coisas do céu e da terra, falar de esoterismo ou até navegar em mensagens bíblicas. Ninguém aqui é carola, mas não custa informar que pegamos a Bíblia e o que encontramos: o 7 logo


no início do livro Gênesis. Está escrito: “Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou; porque nele descansou de toda sua obra que criara e fizera”. Se o mundo foi feito em sete dias, é muita pompa para um número primo, matematicamente falando. A internet está cheia de referências ao 7: número perfeito, mágico, o lado oculto do 7, a simbologia do 7, enfim, fazendo uma varredura no “Tio Google”, você encontrará exageros, restrições e verdades relativas. Há muitas páginas de numerologia, mas o que é mais bacana é perceber a mobilização que esse número causa. Para

sair do Google e pesquisar uma obra, fomos na Bíblia, o livro mais lido de todos os tempos. O 7 é tão especial que tem até um subtítulo fazendo referência a ele: “A genealogia de Sete”. É que Sete também foi o nome que Adão deu a um de seus filhos. E sem querer cristianizar a matéria, mas já o fazendo, você se lembra quanto, na catequese, lhe diziam que Jesus falava para perdoar? Isso mesmo: 70 vezes 7. Para Pitágoras, o pai da matemática, o sete é considerado um número perfeito porque integra os dois mundos e é considerado símbolo da totalidade do universo em

transformação. Pitágoras dizia que ele é tido como o número da criação; ele representa a união do homem com Deus, pois a soma de 3 (Trindade Divina) e 4 (os quatro elementos do número físico) resulta no cabalístico número 7. Místico por excelência, é necessário entender algumas “coisinhas” para abarcar todo o esoterismo e a matemática que esse número condensa. Mas antes, veja isso: perguntamos na rede social o número que eles mais lembravam. A maioria disse o quê? Sete!

93

#


É tudo sete

nÚmeRo pRimo Sete é número primo porque é natural e só pode ser dividido por 1 e por ele mesmo. Os números primos, a gente aprende no Ensino Fundamental, mas por alguma razão esquece o que são eles. O que não dá para deixar de lembrar mesmo é a sobrenaturalidade do 7, o queridinho dos ocultistas. Há um livro chamado Sete,

94

#

o Número da Criação, de Desmond Varley. imagine 220 páginas só para falar de um “numerozinho” que para você até agora era apenas um algarismo ímpar. Então, vamos dar motivos para você pensar, afinal, quando você vir o 7 pela frente, lembre-se: há muito mais coisas entre o céu e o 7 do que supõe sua vã filosofia.

Deus fez o mundo em sete dias; A semana tem sete dias; Sete são os chacras no corpo humano; Sete vidas tem o gato; Sete são os pecados capitais (gula, luxúria, inveja, preguiça, ira, soberba e avareza); Sete são as virtudes (fé, esperança, caridade, prudência, justiça, fortaleza e temperança); Sete são as maravilhas do mundo antigo; Sete são as maravilhas do mundo moderno; O lindo Brad Pitt estrelou dois filmes: Sete anos no Tibete e Seven.”

LeIA ouvINdo ♪♫ Os números, de Raul Seixas

Andreia rabaiolli / revista@mazup.com.br



O HOMEM dO

futuRo (*USE A VOz DE SÉRGiO CHAPELiN) QUAiS MODiFiCAçÕES O HOMEM SOFRERá? O QUE ELAS TÊM A VER COM A POLUiçãO? E AVANçOS TECNOLÓGiCOS? AS REPOSTAS, AGORA, NA REViSTA MAzUP

dedos alongados, o homem continua tendo mandíbula menor, e os dentes seguem o ritmo em decorrência da abundância de comidas macias. O intestino perde curvas, e esta é para sambar na balança dos nutricionistas: irá absorver menos gordura e açúcar! No entanto, nosso já doente sistema imunológico tem um futuro nada promissor.

Já em mil anos e com avanços em nutrição e medicina, a Terra será de gigantes, com a média de 1,8m a 2,1m de altura. De braços e

96

#

Se já somos sedentários hoje, imagine no futuro. A trend é que cada vez mais deleguemos funções às tecnologias, e rola até a previsão de que nossos músculos serão atrofiados - como os dos caras da animação Wall-E. Acrescente à lista: olhos e narizes maiores, bocas menores, menos pelos, e o mindinho do pé sumirá. Claro, tais transformações não dependem só da evolução e sim da tecnologia e medicina - que será capaz de manipular a aparência humana antes do nascimento. Já que as expectativas em relação à poluição não são nada azuis, acredita-se que teremos pulmões mais eficientes em render o oxigênio, fígados com maior potência na filtragem de tóxicos, apêndices terão a função de transformar todo o vegetal em alimento, ossos serão mais fracos em decorrência da falta de vitamina D, e rins irão extrair água da urina - mijo à la purê?

Resquício e exemplar da espécie dominante da seleção natural de Darwin, sua evolução não para por aqui. Aliás, ela nunca cessa e deixou a gente curioso por saber o que vem pelos milênios. O cérebro humano já triplicou de tamanho desde a Pré-História e temos aí a chave-mestra responsável por imperarmos sobre os seis continentes e ainda termos desbravado as profundezas aquáticas e aprendido a voar. Pode encher de lixo a Teoria do Evolucionismo: foi ela quem deixou você à base de paracetamol quando arrancou os juízos. C@#$%&@, #tmj - se servir de consolo. E não é só a nossa mandíbula que está diminuindo. O número de costelas também, tanto que, hoje, menos de 10% de nós ainda sai de fábrica com os 13 ossos em cada lado.

A miscigenação de etnias acabará com as raças negroide, europoide e mongoloide. Seremos uma mistura de cores e genes, e quem também vai para o saco é a fertilidade masculina.

Sobre o tamanho do crânio, há controvérsias, e com o cérebro não é diferente: ou ele será maior para processar mais infos e habilidades, ou ele diminuirá por causa da dependência de computadores para memorização e raciocínio.

Também teremos orelhas dobráveis - como as dos cães -, uma adaptação do corpo à poluição sonora. Nossa pele irá adquirir um aspecto de calcificação para evitar queimaduras e poluentes químicos. Gente, seremos incríveis e Hulks!

Kelly raquel scheid / kelly@mazup.com.br Ilustração Alessandro Mença



Troninho

faixa de gaza Considerações sobre uma Guerra Sem Fim

98

#

Toda vez que o sangue dos inocentes é derramado na Terra Santa, os mortos da guerra sem fim entre palestinos e judeus se debatem em suas sepulturas Israel e Palestina encontram-se na área chamada Crescente Fértil. Esse local estende-se do Delta do Rio Nilo até o Golfo Pérsico, englobando as várzeas dos rios Nilo, Jordão, Tigre e Eufrates. Esse local árido e desértico, na Antiguidade, era uma área verdejante e cheia de vida. Por milhares de anos, tribos nômades perambulavam pela região com seus rebanhos. Com o tempo, alguns desses grupos começaram a se dedicar à agricultura, fixando-se na terra, fundando cidades-estado, como Jericó, Gaza e Jerusalém. Ali


que a humanidade saiu da PréHistória e descobriu a ciência, a agricultura, a astronomia, a escrita, a medicina, a engenharia e a matemática. Ali nasceram as três maiores religiões da humanidade: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Após a queda do Império Romano que também ocupou a região -, os judeus se dispersaram pela Europa, dedicando-se, com o passar do tempo, ao comércio e às finanças, fundando grandes empresas e bancos. Acusados pela morte de Jesus - que também era judeu começaram a ser violentamente perseguidos pelos cristãos. Mas foi durante o século XX que o conflito entre palestinos e judeus tomou o rumo do genocídio. Até a Primeira Guerra Mundial (1914-18) existiam disputas tribais, decididas,

muitas vezes, de forma violenta, quando se usavam lanças e espadas. A descoberta de petróleo fez com que a Europa ocupasse a região, estabelecendo governos imperialistas, armando e municiando pesadamente os grupos rivais. Logo após o holocausto judeu da Segunda Guerra Mundial, os sobreviventes - com apoio da ONU - compraram terras na Península Arábica, no entorno da cidade de Jerusalém, fundada por judeus em 2600 a.C. e considerada sagrada pelas três grandes religiões. Em 1948, nascia o Estado de Israel. Revoltados com a presença de um inimigo milenar na sua vizinhança, os árabes declaram guerra aos israelenses. Esse primeiro conflito - chamado pelos judeus de Guerra da Independência - durou um ano. O estopim do barril de pólvora tinha

sido aceso. Desde então, financiado pelos Estados Unidos, Israel dominou a região, promovendo, dentro do século XX - pelo menos -, 15 conflitos, como a Guerra do Líbano, de 1982 e de 2006. Hoje, os que se engalfinham na Terra Santa têm armas químicas e nucleares. Talvez as visões do Apocalipse de João sejam reais.

João Timotheo Esmerio Machado Professor de História

99

#


SOBRE UMA HISTÓRIA DE AMOR ENVOLTA POR UMA PAIXÃO EM COMUM: CARROS

Os caxienses Priscila Magalhães e Jhonatan Lorenson formam aquele casal digno de ter sua história eternizada em páginas de revista. Ironias à parte, os dois estão juntos há quase uma década e não negam que o amor compartilhado por carros tem uma baita culpa para essa relação ter engatado a primeira e não freado mais.

entre quatro rodas

“A gente se dá tão bem porque um tenta ser parceiro do outro, e por mais que um não curta alguma coisa, sempre há o esforço deste para aprender a gostar. Acredito que aí está o nosso diferencial, e a paixão por carros é um dos grandes motivos para estarmos juntos até hoje, afinal, dela surgem grandes aprendizados e aventuras”, conta “Jhony”. Na época em que se conheceram, quem imperava como cupido virtual era o Orkut, e foi por essa rede social que


os nossos protagonistas trocaram as primeiras ideias, embora fossem vizinhos. Depois do primeiro encontro, os capítulos seguintes foram consequência. O namoro veio com o aniversário dele, em 18 de novembro de 2006, quando Jhonatan se tornava maior de idade e ela tinha 15 anos. “Comecei a gostar de carros por causa de Jhony, e a paixão só cresceu desde então. O assunto, nos nossos encontros, é sempre esse: carros e carros”, explica “Pri”.

Hoje, o casal, que mora junto há quatro anos e noivou no ano passado, é fã de modelos da Volkswagen e conserva na garagem um Golf, um Gol e um Jetta. Como não há paixão sem cuidado, se precisar, o casal lava os carros até três vezes por semana e não tem hora: várias vezes, eles já chegaram de uma dessas competições às 2h, e se os carros estavam sujos, eles os limpavam, claro.

Não à toa, os amigos do casal dizem que os dois não têm mais jeito e até os chamam de neuróticos. Jhony e Pri dão risada, pois sabem que esse é sim um amor sem volta.

Kelly Raquel Scheid / kelly@mazup.com.br Fotos Jean Willyan Brustolin e Diego Kuse/RS. Photo Car

Como todo guri, ele já era fanático por carros - gosto que se intensificou após assistir ao filme da franquia Velozes e Furiosos – e participar de competições de som automotivo. Sempre presente, Priscila foi pegando a manha e, quando eles iniciaram em disputas de arrancadas, adivinhe de quem passou a ser o menor tempo em 200 metros? Dela! Quem a conhece e escuta falando sobre o assunto diz que “ela deveria ser um homem”, né, Jhony?

“Comecei a gostar de carros por causa de Jhony, e a paixão só cresceu desde então. O assunto, nos nossos encontros, é sempre esse: carros e carros.” Priscila Magalhães

101

#


102

#


103

#


104

#



de bunda para o mundo Esqueça a selfie. Pegue seu smartphone, prepare a câmera, pare de costas para um espelho, gire 90° seu troco, mire a lente para sua região glútea e faça uma belfie. Um pouco mais complexa, eu sei. Mas esta é a nova modalidade de foto que está fazendo o feed dos igers - para a alegria da ala masculina, das meninas que curtem meninas ou daquelas que sabem reconhecer uma bela bunda. O termo surgiu da junção das palavras selfie com butt - bumbum em inglês - e ganhou popularidade quando usuários, ao postarem cliques de suas bundas, adicionaram a #belfie à atualização. Quem tá sempre grudado nas redes sociais sabe que a pose nem é tão nova assim, principalmente entre o time dos batedores de ponto em academia. Entre as mulheres, então, as belfies já são BFF (rsrsrs).

106

#

A surpresa é quem tem aderido à selfie das nádegas: a socialite Kim Kardashian, cantora Rihanna, modelo Candice Swanepoel e até nossa brasileiríssima Preta Gil. E tem gente ganhando fama justamente por causa das belfies - como a modelo fitness estadunidense Jen Selter (foto), com cerca de cinco milhões de seguidores no Instagram. Por vaidade ou orgulho, pega ou passa essa moda? Faça uma belfie aí para mostrar os resultados do projeto verão. Ó, mas tem que ser sem filtro, hein?! Ah, junto de #belfie, coloque também #mazup, só pra gente dar aquela conferida, combinado?

Kelly Raquel Scheid / kelly@mazup.com.br Foto divulgação / Athlete Promotions



Precisamos de chips emocionais Augusto Cury é um estrondo, cultuado como um dos autores que mais vendem livros no Brasil. Quem o conhece de perto consegue assimilar o fenômeno editorial que ele é. Total autocontrole de seus sentimentos e necessidades, o autor e psiquiatra tem uma palavra de conforto para todos e pede o nome e autografa com o maior zelo para quem quiser. Com voz clara, macia e articulada, fala sensatamente e vagarosamente como se fosse para você assimilar as palavras. Em uma feira recente, ouvi muita gente indo conversar com ele em busca de conselhos. Vi uma mulher chorando, talvez, naquele momento, ela precisasse apenas das palavras dele para “ser dona do seu próprio eu”, ser autora de sua própria vida como Cury tanto salienta. Eis aqui o que ele me disse, num breve papo sobre Pós-Modernidade: “Nós não estamos avançando na medida da nossa tecnologia. Não estamos acompanhando

108

#

emocionalmente o ritmo do desenvolvimento tecnológico, os chips, a era digital. Demos um salto gigantesco na tecnologia, mas para gerenciar pensamentos e nos tornarmos autores de nossa própria história, estamos quase no tempo da pedra. Não desenvolvemos ferramentas para aperfeiçoar inteligência sociogerencial para termos emoção saudável, uma mente livre e criativa, numa sociedade altamente estressante. As estatísticas revelam que tomamos o caminho errado: uma em cada duas pessoas,

cedo ou tarde, desenvolverá um transtorno psiquiátrico, 80% dos jovens desencadeiam sintomas de timidez ou insegurança, 80% dos executivos são despedidos do mundo corporativo por falta de habilidades socioemocionais. Esses números revelam o impasse da sociedade moderna. Eu tive o privilégio de desenvolver uma das poucas teorias mundiais que estudam o funcionamento da mente, a construção de pensamentos e a formação do ‘eu’ como autor da própria história. Essa teoria resultou na Escola da Inteligência, que entra na grade curricular com uma aula por semana justamente para ensinar a crianças e adolescentes aquilo que os adultos não aprenderam: a pensar antes de reagir, a expor e não impor ideias, a colocar-se no lugar do outro e a gerir nossa própria mente, empreender, trabalhar sonhos com disciplina e consciência crítica.”

Andreia Rabaiolli / revista@mazup.com.br


ELEITA A MELHOR FRANQUIA DO BRASIL NO SEGMENTO VESTUÁRIO, CALÇADOS E ACESSÓRIOS PELA PEQUENAS EMPRESAS & GRANDES NEGÓCIOS. 300 LOJAS - 18 PAÍSES BUENOS AIRES CANNES HOLLYWOOD MADRID ORLANDO PUNTA DEL ESTE RIO DE JANEIRO SHOPPING LAJEADO | LAJEADO - RS


DEIXE A LITERATURA BATER NA SUA CARA

Duca Leindecker tem 43 anos, se não me falha a memória, minha idade. Em batepapo com ele, eu o senti como um garoto da geração Y. Com gírias, visual descolado e entrando no mundo do jovem, Leindecker consegue estabelecer uma comunicação eficaz não só porque não faz gênero, mas também por sua originalidade descolada, que é como um ímã. Acrescenta-se a isso, a tão fascinante música, essa que Leindecker faz tão bem, que soa como bálsamo para os ouvidos e, com esse bálsamo, ele, aos poucos, vai direcionando o papo de música para a literatura e assim consegue versar sobre duas coisas importantes com um diálogo em uníssono. Eu perguntei: você chega aos jovens por meio da música? “Talvez eu consiga me comunicar com eles por isso, sim. Também tento me comunicar por meio das brincadeiras. Isso é a prova de que o problema obviamente não é a literatura. É a porta de entrada que faz com que as coisas deem certo. E a porta de entrada da literatura destoa muito da realidade deles. É preciso criar uma porta mais atraente num mundo de internet e de games. A literatura é muito interessante, mas ela tem que parecer muito interessante. Fui vencendo essa barreira com o público. Desenvolvo esse batepapo desde meu primeiro livro, faz 15 anos. Fui vendo como é chegar à gurizada para ela ouvir o que você tá falando.” Andreia Rabaiolli / revista@mazup.com.br

110

#



rese nha

Dora é um romance para se ler com uma caixa de lenço de papel à mão. Está longe de ser um dramalhão mexicano, mas a autora, Meire Brod, carrega de sentimentalismo a fala sobre a ambiguidade que cerca o relacionamento entre mãe e filha. A autora extrapola os limites da ficção quando mergulha nos manuscritos da própria mãe, que os escreveu há anos, para refazer, ela mesma, a história que imaginou por conta própria. O livro traz, de forma não linear e contada em três tempos diferentes, os fatos que fizeram com que a relação entre as duas fosse se desgastando ao longo dos anos. O jogo entre passado e presente é responsável por construir uma narrativa cativante e envolvente ao apresentar a personagem Dora com todo o seu vigor da juventude, com a imediata contraposição à sua fragilidade atual, o que acaba por confundir a filha, que sempre a teve como uma fortaleza inabalável.

112

#

DORA Autora: Meire Brod 1ª edição | 2014 Formato: 12cm x 17cm 180 páginas R$ 25



conversa casual Pessoas são esquisitas Ele entrou no restaurante de óculos escuros, boné e fones de ouvido zumbindo. DesTa forma, tem a impressão de que está imune À contaminação externa. Dentro do seu mundinho particular, tudo fica sob controle. O volume nos fones está tão alto que ninguém se atreveria a tentar iniciar uma conversa. Into the void, do Sabbath, rolando com volume no talo. Os óculos o deixam numa posição de olhar com atenção Às coisas sem que algum chato de galochas perceba para onde as bolitas estão mirando. Perfeito! Escolhe uma mesa longe da TV e deixa o molho de chaves guardando a mesa

Escolhe sua refeição com calma, observando as variações e montando cuidadosamente o prato do dia. Fica confuso quando há muitas opções, e no final das contas, detesta bufês. Enfim, pelo menos o restaurante fica próximo do trabalho. Afinal, é comida, ele não é um daqueles morrinhas que não comem isso ou aquilo. E o ambiente é bacana. Meia-luz. Ele gosta de lugares onde a luminosidade não exerce sua plenitude. Senta à mesa, deposita a carteira e o celular ao lado das chaves. Continua de boné, fones e não tira os óculos. Apenas desliga o som do

114

#

smartphone, mas deixa os fones assestados aos ouvidos. Precisa daquele momento. Sempre existe algum filho da puta aporrinhando e atrapalhando sua mastigação. Ao conversar enquanto come, percebe que o rango não faz o caminho correto dentro dele. Precisa evitar os chatos e a gastrite. Começa a esgravatar o prato muito lentamente. É um exercício difícil, mas inevitável para que consiga evitar os remédios. Antes engolia os alimentos; agora, os saboreia. Na mesa ao lado, um casalzinho parece estar vivendo o ápice de uma espécie de lua de mel.


Ilustração Alessandro Mença

- Aí, amor, come essa couve. Tem cálcio, pra ti ficá sempre com vigor pra fazer aquiiiilo. - Ah, eu não preciso dessas coisas, meu bem! Eu me garanto. “Argh! Puta que pariu! Bem ao meu lado, dois pombinhos solando na fofura”, conclui em pensamento enquanto solta um longo suspiro de desaprovação. - Prova essa carne, Jorge, diz a mulher, ao mesmo tempo em que o homem abre a boca e recebe uma “golfada” de alimento diretamente da mão dela. - Hum, deliciooosa!. Ela faz um biquinho e tasca um beijo no meio da boca do cara, abarcando um bocado de molho que ia descendo pelos lábios dele. “Deus do céu! Isso vai ficar pior”, pensa. Observa tudo de canto de olho protegido pelos óculos escuros, ouvidos atentos. Aumenta o volume do smart e vira a cadeira mais pra esquerda. Volumeira comendo frouxo nos fones. “Não tem jeito, pessoas são esquisitas”, fala, sussurrando, num tom muito baixo. “Sabra cadabra” neles.

Márcio Grings é escritor, jornalista e radialista. Essas e outras histórias, leia no blog do Grings: portalbei.com.br/grings


De rasgada A costurada Você lembra da velha rasgada? Pois é. Tá na hora de atualizar o apelido da personagem que estampou a capa e quatro páginas internas da edição Beta da revista Mazup. Velha, não dá mais pra chamar. Rejane Gomes, agora, é outra pessoa. Assim como esta revista tem outra cara, ela, também Dois anos faz muita diferença na vida de um ser humano normal, que tenha todos os parafusos no lugar. O que se pode dizer, então, de uma personagem tão inquieta e desconcertante? É fato. A novidade é que Rejane trocou as agulhas com tintas do tatuador pelo bisturi de um cirurgião plástico. E o alvo foi o rosto. “Fiz uma plástica há dois meses, tirei todas as pelancas da cara”, brinca. Mais um ato de coragem da incansável? Ela não pensa assim. “Foi para tirar marcas de tristeza. Passei por períodos difíceis desde dezembro de 2012, quando saí na revista. O jeito foi apelar para elevar a autoestima”, conta.

116

#

Diferentemente da outra vez, ela assume seus 67 anos com orgulho. “O problema é que não dá mais para inverter os dígitos da idade como faço sempre que posso”, admite. Vinte anos de idade ela deixou na nata de lixo do cirurgião. Suas irmãs, que pareciam incrédulas há dois anos, quando ela foi ao estúdio tatuar-se, já não se surpreendem com mais nada que venha de Rejane. Até porque esta não foi a primeira intervenção na pretensão de rejuvenescer. “Fiz o mesmo procedimento há dez anos, e agora chega, no rosto não mexo mais”, promete. E nem no corpo, já que ostenta a mesma silhueta que desfilava no início dos anos 2000. “Quem sabe, daqui a dois anos, volto aqui para mostrar outra novidade ou mesmo uma tattoo nova?”, sinaliza. É esperar para ver.

Ed Gomes / revista@mazup.com.br Foto Douglas Kerber



DESABAFO Ostentando ideias Sabe quando, quase sem querer, como por acaso, acaba tudo convergindo para o acerto? Sim, você já deve ter passado por essa experiência em algum momento da sua vida. Penso que damos a isso o nome de destino. O sucesso é destino, a sorte é destino, tudo vira obra dele. Mas ó, acredito que parte do resultado da nossa vida é destino; outra parte diz respeito aos movimentos que fazemos para chegar até ele. A introdução tem tudo a ver com o curso que a nossa edição de 2 anos tomou. Seria a 12ª edição. Tornou-se a edição especial de 2 anos da revista. Das clássicas 40 páginas que vínhamos imprimindo, passamos a 120, com a inclusão do anuário da Premier Models, o cume de um baita projeto em comemoração aos 6 anos da agência. Em relação ao conteúdo, da matéria de capa que inicialmente abordaria o jeitinho brasileiro que damos a tudo e quase sempre, passamos a falar sobre o poder e a ostentação anunciada que facilita chegar à grana. Joga isso no liquidificador, soca uma produção ovacionada, e o resultado de tudo acaba sendo - olha a coincidência essa ostentação editorial que você tem em mãos. Destino. E a ele se juntaram a ocasião de dois anos, a sorte das boas vendas dos espaços publicitários e o acaso de uma equipe do caramba (aqui, censura pelo palavrão que viria!). Bazinga! A gente se puxou muito pra tudo isso chegar até você, de graça! A nossa

118

#

primeira revista, com mais de cem páginas - a gente nunca vai esquecer -, vem não só mais pesada, com mais conteúdo, mas também com novo acabamento. Você reparou nisso, certo? Este desabafo nem pretende reforçar os conteúdos que você acabou de ler ou antecipar o que vem na edição (para aqueles que leem de trás para a frente, mesmo aqui não tendo sessão de esportes), mas de ser mais um discurso de fim de ano, reflexivo pelo que passou e, sobretudo, sobre os dois primeiros anos de revista. Assim como a personagem da nossa primeira capa, a Velha Rasgada, mudou completamente o visual, rejuvenesceu, esticou e ficou gata, esta revista também se transformou. Amadurecemos os conteúdos, aprofundamos, aproximamos ainda mais o conhecimento de quem lê e, assim como na vida, fomos sacando o que funcionava melhor e encontrando formas de transitar em meio aos gigantes e demais veículos de comunicação tradicionais e com décadas de história. A gente tem 4 anos; a revista, 2. Daqui pra frente tem mais quatro, oito, 16, 32 e até encher o saco. Enquanto isso, acredite, vem aí um 2015 cheio de novas possibilidades e novidades na revista. Entraremos por todas as portas que nos foram abertas e iremos oferecer mais daquilo que muitos ainda acreditam que deveria ser menos. Uma contraposição sempre nos encheu de graça! Mas ó, espere isso a partir da edição de março. Não

nos peça milagre nos meses de janeiro e fevereiro. A revista é gratuita e conta com a benevolência do mercado. E falando em quem faz o projeto tomar forma, temos uma galera incrível, com brilho no olho. Sim, este projeto é construído por muitas mãos - nem seria possível de outra forma. Tem muita gente nesta revista que um dia bateu à porta do Mazup se oferecendo para ajudar em algo. Hoje, são nossos colaboradores e parceiros. Por isso, se essa publicação te pilha, entra em contato porque a gente sabe a receita de fazer dar certo. Nos próximos anos, precisaremos de mais e mais galera pilhada, do bem e criativa para dar vazão aos nossos desejos e ostentar ideias. Partiu?

Maico Eckert / maico@mazup.com.br




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.