Revista Tutti Condomínios 21º edição - agosto/setembro

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Ano 4 | Edição n°21

Dia dos Pais

Meu pai, meu filho Piracicaba 248 anos

Jovens apostam e investem na cidade Pet no condomínio: regras ajudam a melhorar convivência

Presente pra você!

Um livro para pintar com paisagens de Piracicaba


Toda linha de móveis para área externa Móveis de fabricação própria em madeira maciça de demolição Móveis importados e decorações

Villa Sebrian Piracicaba Av. Independência, 1360, Bairro Alto, Piracicaba-SP 19 3411-0391 - villasebrianpiracicaba@uol.com.br www.villasebrian.com.br


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Piracicaba!

Piracicaba fez 248 anos em 1º de agosto e nós, da Revista Tutti, que somos apaixonados pela terrinha, preparamos um presente para nossos leitores: um livro com paisagens e pontos turísticos da cidade para pintar, distribuído gratuitamente com esta edição! Esperamos que você declare seu amor à Noiva da Colina dando a ela as cores que a tornam uma eterna musa.

Editorial

Nós

Aliás, este assunto é tema de uma das matérias do especial de aniversário da cidade. Fomos buscar artistas que se inspiraram em Piracicaba para produzir algumas de suas principais obras, seja nas artes plásticas, na música, na literatura ou na poesia. Na matéria da capa, três mulheres falam de sua relação com os pais, que já passaram dos 80 anos, a quem elas dedicam cuidados e carinhos como se fossem seus ‘filhos’. É a inversão dos papéis trazida pela maturidade, carregada de amor e gratidão mútuos. Uma lição de vida! Mais uma vez, querido leitor, colocamos nossa melhor energia, nossos maiores esforços para levar até você informação de qualidade, histórias bem contadas, conteúdo útil para sua vida. Esperamos ter cumprido, mais uma vez, nossa missão! Um abraço!

Cristiane Sanches Editora-chefe

Cristiane veste LÖS Cabelo: Daniela Martins Make: Mariana Junqueira Foto: Alessandro Maschio

Editora-chefe Cristiane Sanches (MTb 21.937) cristiane@revistatutti.com.br

Projeto editorial do MBM Escritório de Ideias desenvolvido especialmente para a Brancalion Administradora de Condomínios.

Reportagens e textos Cristiane Bonin crisbonin@revistatutti.com.br Ronaldo Victoria ronaldo@revistatutti.com.br

Projeto gráfico e paginação: MBM Escritório de Ideias Allan Felipe Dalla Villa Daniel Belluco Gestão de projetos Fabiane Ducatti fabiane@revistatutti.com.br

CNPJ 09461319/0001-99 Rua Regente Feijó, 2387 – Vila Monteiro Piracicaba – SP – CEP 13418-560 Fone 19 3371-5944 Publicação bimestral Tiragem – 8.000 exemplares Distribuição gratuita, exclusiva e dirigida

Multimídia Jeneli Wrasse Lorenz jeneli@revistatutti.com.br

Capa: Joseane Leo Pires com seu pai, Décio Pires Foto: Guilherme Miranda

Atendimento e logística Tatiane Fernandes tatiane@revistatutti.com.br

Diretor Bruno Fernandes Chamochumbi bruno@revistatutti.com.br

Comercial Rodrigo Caetano (19) 98197-7723 e 3371-5944 rodrigocaetano@revistatutti.com.br

Anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Tutti Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião de colaboradores não é necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

mbmideias

@mbmideias



Nesta edição 8- Piranews na Tutti 10- Portaria Legal 11- Sala do Síndico 12- Regras para os pets 15- Vida em condomínio: gentileza é fundamental 17- Dica do Chef 18- Face-me 19- Pequeno Dicionário do Lar 20- Papel com design 23- Por que é tão difícil mudar hábitos alimentares? 24- Meu pai, meu filho 28- Leia + 29- Cinemania 30- Memória da Esalq 32- Hotel bom pra cachorro 35- Sampa

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20 36- Resistência à prova de dor 38- Behove celebra nova fase 39- Perspectivas 40- LÖS veste celebridades da TV 41- Eliana Saliba abre loja-conceito 42- Techtutti 43- Sucesso no Feirão da Caixa 42- Líderes antenados 48- ‘Arraiá’ da Tutti 50- Jovens investem na cidade 54- Sanavita fabrica mais de 90 produtos 56- Morro Grande: tradição de 85 anos 58- Qualidade de vida é o foco do HFC+Saúde 60- Piracicaba, a eterna musa 64- 10 anos de talento

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Corrida 5,5/10 km

16 AGO

2015 Engenho Central 8h30

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PIRACICABA

Organização


na Tutti Doble em Piracicaba Há quase uma década atuando em São Paulo à frente da Doble Cultura, Gabriela Camargo (foto) acaba de abrir mais um escritório da empresa, desta vez em Piracicaba, sua terra natal. A Doble assessora as empresas na gestão dos recursos culturais e esportivos incentivados. Além dos benefícios fiscais, projetos incentivados fortalecem Guilherme Miranda

a marca e estreitam o relacionamento entre a empresa e seus públicos de interesse. Para conhecer mais, acesse www.doblecultura.com.br. Os telefones são: (19) 33754412 e (11) 3542-2210.

Uniodonto faz 33 anos A Uniodonto Piracicaba comemorou 33 anos de fundação no dia 16 de junho. A cooperativa atende perto de 70 mil beneficiários, por meio dos seus 300 cirurgiões-dentistas. Está sob a direção de Cláudio Zambello, cirurgião-dentista graduado, em 1974, pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/Unicamp). Segundo Zambello, aproximadamente 60% dos cooperados possuem curso de extensão universitária, sendo especialistas, mestres e doutores, o que atesta o alto nível técnico dos profissionais.

DNA Natural em novo endereço A DNA Natural está de endereço novo em Piracicaba. A maior rede de alimentação saudável do país agora está num espaço maior e mais aconchegante na avenida Saldanha Marinho, 2026. A inauguração aconteceu no dia 17 de junho, quando Gustavo Fontana e Lucas Falconi (foto) receberam convidados para celebrar a nova etapa.

A Orquestra Infanto-Juvenil da Empem (Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle) completa 60 anos de atividades em 2015. Fundada em 1955 pelo próprio Mahle, deu origem a todos os outros conjuntos da escola, para os quais o maestro elaborou arranjos e compôs obras especiais. Este trabalho, que sempre foi considerado uma atividade de formação de base para orquestra, visa ao desenvolvimento e aprendizagem do músico especificamente no que se refere à performance musical de conjuntos e solistas, em que o instrumentista é estimulado a estudar, se disciplinar e a interpretar obras de grandes mestres da literatura musical. A atual Orquestra Infanto-Juvenil da Empem reúne alunos no estágio inicial de aprendizado. A regência é de Raphael Harder, sob orientação de Ernst e Cidinha Mahle. 8

Moreno Moura

Orquestra faz 60 anos


Divulgação

Onodera apoia seleção Atletas da Seleção Brasileira de Karatê feminina treinaram em Piracicaba, com o técnico Diego Spigolon, antes de seguirem para os Jogos Panamericanos de Toronto, no Canadá, que aconteceram entre 10 e 26 de julho. A equipe recebeu apoio da Onodera Piracicaba, que proporcionou as massagens relaxantes pós-treino para as karatecas. Na foto, as atletas Natalia Brozulatto, Érica dos Santos e Aline de Paula estão entre Débora e Jonatas Vasconcelos, proprietários da Onodera.

O Piranews é um projeto do MBM Escritório de Ideias e da Rádio Jovem Pan FM. São dicas e informações sobre eventos e acontecimentos de Piracicaba e região. Ouça diariamente na FM 103.1.


Perfil

Eles são profissionais fundamentais para o bom funcionamento de qualquer condomínio. Conheça os porteiros, suas histórias e seu trabalho Ivani de Campos Cunha - Edifício Manhattan

Moreno Moura

A porteira anda cheia de orgulho, já faz algum tempo e não é sem razão. É que ela percebe o resultado de todo o esforço, dela e do marido, que trabalha na Raízen. “Meus três filhos estão todos encaminhados, estudados e dando muita alegria pra gente”, conta. Diego, o mais velho, é formado em agronomia e trabalha em Tocantins. Gustavo, o do meio, fez engenharia de automação; o caçula, Renato, está no 4º ano de engenharia florestal e faz estágio numa universidade americana. “Quando eu vejo isso, sinto que valeu todo o esforço”, afirma. Além de trabalhar na portaria das 14h às 22h, em três dias da semana ela faz faxina num apartamento.

Guilherme Miranda

Eurides Zarratin - Edifício Faride Maluf Alves Faz 15 anos que esse piracicabano da gema, de 68 anos, trabalha na portaria do prédio. “Eu me aposentei cedo, com 45 anos. Comecei também a trabalhar muito cedo, com 15 anos”, lembra. Eurides foi funcionário na fábrica de papel do Monte Alegre. Ele até se recorda que seu primeiro registro em carteira é do dia 13 de maio de 1961. O serviço, ele conta, era bem pesado. “Eu comecei fazendo tratamento da água para o papel e depois trabalhei no laboratório com produtos químicos.” Hoje ele acha o trabalho bem mais leve e conta que não aguenta ficar em casa sem fazer nada. Viúvo, mora no Jardim Brasília, numa casa ao lado da única filha.

Esse charqueadense está há 17 anos na portaria. Gosta do trabalho, embora às vezes sinta falta de movimento. “É muito gostoso, você aprende a conviver e a ter paciência com os outros. Mas gostaria de ter mais ação”, explica. Não é para menos. Eliseu, como é conhecido, foi gari no tempo da Vega-Sopave. Metade dos dias começava em Santa Teresinha e nos outros começava no Piracicamirim, e ia até Tupi. “Eu calculo que corria uns 100 quilômetros, mas não era direto. A gente parava”, conta. Mesmo assim, era vida de maratonista. Depois continuou no pesado, na seção de laminados da Dedini. Só depois veio a portaria. Hoje, está separado e mora com uma irmã no Eldorado. “Adotei uma menina que hoje tem dois filhos, então sou avô. E não penso mais em me casar.” 10

Moreno Moura

Jorge Eliseu - Edifício Lendinara


Moreno Moura

MILTON

MORI do Condomínio Convívio Chamonix É síndico desde quando? Sou sindico desde 2013. Já foi síndico em outras oportunidades? Não, essa é minha primeira experiência. Mora há quanto tempo no condomínio? Sou morador do Convívio Chamonix há quatro anos. Qual é, na sua opinião, o lado bacana de ser síndico? É poder se relacionar com os moradores e resolver com eles desde pequenas dificuldades até as mais complexas. Acima de tudo, ver que todos nós trabalhamos para deixar o Chamonix melhor.

Qual seu principal projeto nesta gestão? Para esta gestão, tenho como prioridade terminar o sistema de segurança e começar a reforma da área de lazer. O que considera seu principal desafio? Tornar a convivência entre todos mais harmoniosa. O que merece destaque em seu condomínio? Entre tantas coisas, cito a reforma da quadra de futebol e do parque infantil, duas conquistas. Deixe um recado aos condôminos. Agradeço a todos pela confiança e aproveito para dizer que podem continuar contando comigo para tornar o Chamonix o melhor lugar para se viver.

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Polêmica

Regras para os pets Shetterstock

Ter um bicho de estimação no apartamento é direito de propriedade assegurado por lei, mas as regras devem ser seguidas em nome da boa convivência Por Cristiane Bonin Fotos: Guilherme Miranda

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nimal em condomínios verticais é sempre um assunto polêmico. Há os que permitem, os que recusam e os que aceitam com ressalvas. Mas, qual é o embasamento legal para os diferentes regulamentos internos dos condomínios? O item número um, e que está acima de quaisquer restrições no microcosmo do condomínio, é: ter animais dentro de uma unidade é exercício do direito de propriedade garantido pelo artigo 1.228 do Código Civil, alerta o advogado especialista em direito imobiliário, Rodrigo Karpat. No Edifício Ágata, que fica no Bairro Alto, os animais são permitidos, mas há limites específicos para os cachorros: são aceitos apenas os de pequeno porte. A atual síndica do Ágata, Clarice Aparecida Bragantini, conta que o ‘padrão’ já havia sido estabelecido antes do seu mandato. “Os moradores que tinham animais grandes acabaram se mudando após a definição do regimento quanto ao tema”, conta Clarice. O convívio com os animais, sejam cães ou gatos, no Ágata, deve obedecer a três regras básicas: não pode oferecer risco à saúde e à segurança; a higiene nos espaços comuns deve ser mantida – nada de levar o cãozinho fazer suas necessidades fisiológicas no es-

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tacionamento ou ao pé do elevador; e não pode haver perturbação do sossego. “Eu tenho um cão da raça shih tzu e ele costuma latir quando eu chego em casa, entre meia-noite e uma hora da madrugada. Para não incomodar os vizinhos, coloco uma ração rapidamente para ele parar de latir”, conta a síndica Clarice. No Ágata, as regras internas também exigem que o animal seja transportado pelas áreas comuns e no elevador apenas no colo. “Mas há ressalvas. O condômino pode apresentar um atestado médico que aponte problemas de saúde que o impeçam de carregar peso. Aí ele poderá transitar com o animal no chão dentro do condomínio”, relata Clarice. No Edifício Araguaia, Centro, a situação é semelhante. A síndica Cláudia Regina Cardoso Salgado conta que, mesmo havendo a exigência do proprietário levar seu pet no colo, os idosos, que são em grande número no prédio, estão isentados da norma interna. “Enxergamos as limitações deles e, muitas vezes, os condôminos os ajudam nesta tarefa”, conta Cláudia. Para driblar situações complicadas dentro do condomínio e não causar estresse ao animal – um pet de porte pode ter problemas


com ambientes pequenos, como um apartamento –, a família do projetista Reinaldo Caetano de Melo Pimenta, morador do Edifício Ágata, decidiu adotar um pet, mas se preocupou quanto à escolha da raça. “Temos um bulldog francês, de dois anos, um cachorro indicado para apartamentos porque late pouco, tem pelo curto e é de baixa atividade, além de muito dócil”, conta Pimenta, casado com a analista Aparecida Conceição e pai da estudante Maísa.

- Exigir que os animais transitem pelos elevadores de serviço, no interior do prédio somente pelas áreas de serviço, sem que possa andar livremente pelo prédio; - Proibir que circule em áreas comuns livremente, tais como piscina, playground ou salão de festas; - Exigir a carteira de vacinação para comprovar que o animal goza de boa saúde; - Circular dentro do prédio somente com a coleira; - Impor o uso de focinheira para as raças previstas em lei. “É anulável a decisão de assembleia que vise a proibir a manutenção de animais ou restrinja a circulação destes animais no colo ou com focinheira (salvo raças descritas em lei) nas dependências do condomínio. Exigir que o animal seja transportado apenas no colo, de focinheira, pode levar o condômino à situação vexatória, o que é punido pelo Código Penal”, relata Karpat. A circulação de animais com focinheira no Estado de São Paulo é regulada pela lei nº 11.531/03, restringindo-se às seguintes raças: pit bull, rottweiller e mastim napolitano.

E A LEGISLAÇÃO? O limite ao exercício do direito de propriedade é o respeito ao direito alheio e ao direito de vizinhança. Ou seja, diz o advogado Rodrigo Karpat, a manutenção do animal no condomínio só pode ser questionada quando existir perigo à saúde, segurança ou perturbação ao sossego dos demais residentes do condomínio. Conforme estabelece o artigo 1.336 do Código Civil, são deveres do condômino "dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes".

Clarice, síndica do Ágata, com seu pet da raça shih tzu

Assim, o condomínio por meio da sua convenção, regimento interno ou assembleias, pode e deve regular o trânsito de animais, desde que não contrarie o que é estabelecido por lei. São consideradas normas aplicáveis e que não confrontam com o direito de propriedade:

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CONSTRANGIMENTO Imagine uma pessoa com 80 anos, com locomoção limitada, sendo obrigada a conduzir seu cão somente no colo. Neste caso, orienta o advogado Rodrigo Karpat, o condômino pode ingressar com ação de natureza cível, com objetivo de garantir seu direito de circular com seu animal, com guia, de forma respeitosa, no trecho de sua unidade à rua, sem que para isso seja obrigado a passar por qualquer situação humilhante. “Assim, não é permitido ao síndico ou à assembleia deliberar em detrimento ao direito de propriedade. Comparativamente seria o mesmo caso que a assembleia limitar o tamanho do automóvel que pode ser estacionado na garagem ou o número de moradores residentes em uma mesma unidade. Em ambos os casos, sejam automóveis, número de moradores ou animais, o que deve ser consi-

Reinaldo com a filha Maísa e a mulher Aparecida adotaram um bulldog francês

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derado é se o uso da propriedade é nocivo, causa transtorno aos demais, infringe o direito de propriedade, caso contrário seria apenas o exercício regular do direito de propriedade.” O especialista lembra que um cão pequeno, que fique latindo de forma intermitente, pode perturbar o sossego dos vizinhos, assim como uma única pessoa em uma residência tocando bateria também pode trazer transtornos. “Nestes casos, as limitações são legítimas e passíveis de advertência ou multa e, em situações extremas, o Judiciário tem entendido a limitação do uso da propriedade. Porém, definir o número de habitantes, o tamanho dos animais ou do automóvel infringe o direito de propriedade. O que deve ser limitada é a perturbação ao sossego, prejuízo à saúde e segurança dos moradores, que pode ocorrer independente da situação fática”, explica Karpat.


Artigo

Vida em condomínio:

gentileza é fundamental Marilza de Jesus Morais Silva majesmorais@gmail.com

O

sonho da maioria da população brasileira em grandes cidades é adquirir um imóvel em condomínio, seja vertical ou horizontal, aliando conforto e segurança à liberdade e privacidade almejadas. As poucas áreas disponíveis em locais acessíveis valem fortunas por sua proximidade com os grandes centros comerciais, com lazer e fácil mobilidade. Constroem-se edifícios sofisticados, com uso de alta tecnologia, mas se esquecem do primordial: o fator humano e o fortalecimento dos vínculos comunitários. Os conflitos em condomínios são frequentes, a tolerância e a cordialidade não andam de mãos dadas hoje em dia. O artigo 19, capítulo 5º, da lei 4591/64 dispõe: “Cada condômino tem o direito de usar e fruir, com exclusividade, de sua unidade autônoma, segundo suas conveniências e interesses, condicionados, umas e outros, às normas de boa vizinhança, e poderá usar as partes e coisas comuns de maneira a não causar dano ou incômodo aos demais condôminos ou moradores, nem obstáculos ou embaraço ao bom uso das mesmas partes por todos.”

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Artigo No convívio social, o fortalecimento de vínculos faz parte da construção da cidadania entre grupos, reconhecendo que o acesso à participação e enquadramento à garantia dos direitos sociais devem promover o diálogo entre os moradores, a fim de que sejam respeitados os limites e decisões definidos no Estatuto do Condomínio . É preciso analisar a realidade de cada grupo, considerando as características de sua formação familiar, socioeconômica, cultural, e trabalhar de forma dinâmica e interativa a pactuação coletiva para regras de boa convivência. Imagine, depois de um dia cansativo de trabalho, você sonhando com uma boa noite de sono e a vizinha do andar de cima, tarde da noite, passeando com aquele salto irritante? Ou o cachorro arranhando o chão? Adeus descanso... Uma noite de sono interrompida pode trazer estresse físico e mental, e a frequência dessa ocorrência pode provocar problemas como brigas intermináveis que nem sempre o síndico consegue resolver. As pessoas estão preferindo cada vez mais viver em grupos e a cordialidade tende a facilitar a integração no cotidiano. Temos o direito à individualidade dentro da nossa casa ao escolhemos um local para morar. Neste caso, é preciso estar consciente da importância do respeito aos limites e da necessidade de cumprir as regras internas estabelecidas. O cenário atual leva a buscar um novo conceito de sobrevivência. Pensando cada vez mais no coletivo, o momento pede economia de água, prevenção de doenças (como a dengue), redução do barulho, obediência às leis

que permitem a mobilidade de pessoas com deficiência e idosos, ter controle absoluto das nossas ações para alcançar o equilíbrio emocional. Gentileza gera gentileza: abaixar o som para não incomodar o vizinho, recolher a sujeira do cachorro nos espaços públicos, respeitar a velocidade dentro do condomínio, abrir a porta do elevador e dizer ‘bom dia’ ajudam a construir uma rede de bons costumes. Pequenas atitudes podem conquistar uma boa amizade. Lembre-se que uma boa referência pode contar pontos na hora de uma indicação para um cargo na empresa que você trabalha, ou para mudar de empresa e, acredite, dentro do seu condomínio pode ter alguém que pode referenciar você como uma boa pessoa, sem mesmo conhecê-lo intimamente. Seja um modelo de educação e coragem para seus filhos, porque nem sempre encontramos pessoas educadas no cotidiano. Mostre a eles que com os rudes e intransigentes é preciso uma boa dose de paciência. Tenho certeza de que vão admirá-lo e aprender a não usar a força e, sim, a inteligência. Conviver é a arte de aprender a respeitar as diferenças. Não somos todos iguais, temos costumes, pensamentos, gostos e ideias divergentes até entre familiares e amigos. Ao abrir a porta do elevador amanhã, dê um ‘bom dia’ a todos. Se ninguém responder, fale mais alto. Se o elevador estiver vazio, treine e ouça a sua voz. Com o tempo, vai perceber o quanto é fácil ser cordial. Ganhando simpatia, vai ficar mais fácil ser ouvido quando precisar. Marilza de Jesus Morais Silva é assistente social da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano da Prefeitua de Americana e professora da Faculdade Anhanguera de Piracicaba.

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Guilherme Miranda

BOLINHO PINGADO COM BABA DE MOÇA Receita do bolinho 1 ovo 1 xícara (chá) de leite ½ colher de fermento 4 colheres (sopa) de açúcar 2 ½ xícaras (chá) de farinha de trigo

Preparo Quebre os ovos e mexa-os bem com o fuet. Acrescente o açúcar e continue mexendo até ficar homogêneo. Depois coloque o leite e, aos poucos, o trigo.

Maria Luzia Lopes de Souza contato@buffetsplendore.com.br

Com uma colher, pingue aos poucos a massa no óleo com temperatura média. Rendimento: 40 bolinhas

Receita da baba de moça 1 lata de leite condensado 1 vidro de leite de coco 3 gemas peneiradas 1 xícara (chá) de açúcar

Preparo Leve ao fogo médio e mexa sem parar até engrossar.

Maria Luzia Lopes de Souza é proprietária do Buffet Splendore, em Piracicaba

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Nãna

Top 5’s da Nãna: I. Top 5 das ‘pEores’ músicas de todos os tempos: 5º: “P.I.M.P.” – do ‘fofo’ daquele rapper que não vale nem um dólar 4º: Discografia completa (se é que se pode chamar disso) daquele MC que tem uns 54 filhos espalhados pelo país 3º: “Repo-Repo”, “Lero-Lero”, “Quero-Quero”, algo assim... 2º: Aquela última, daquela ‘coisinha’ daquele MC de 13 anos? Cujo título é impublicável? “Música” que ganha pela letra, pela idade e pelo apoio da família – #TENHASANTAPACIÊNCIA! 1º: Eu, cantando você...

II. Top 5 dos motoristas que mais pilham o trânsito: 5º: Qualquer van de Ensino Médio e Fundamental 4º: Mulher em S.U.V. branca 3º: Caminhonete com adesivo sertanejo, e motor a diesel... 2º: Carro antigo, turbinado, com adesivo tipo “Deus é Fiel”, e som mais caro que o próprio veículo 1º: Eu, correndo pros teus braços, cheia de saudades...

III. Top 5 dos ‘pEores’ comerciais da atualidade: 5º: Qualquer um de escova dental - #CHATODEMAISDACONTA 4º: Qualquer comercial de cerveja, que usa nome de mulher ou adjetivo feminino no produto... (Stella, Patricia, Devassa, Vadia, Gordelícia) 3º: Qualquer – MESMO - comercial de Banco, que usa de um baita argumento psicológico pra te emocionar, às custas da tua grana na conta corrente dele 2º: Fast Food – falar o quê? 1º: Eu, ‘se’ exibindo pra você... IV. Top 5 dos genros que ‘papai pediu pra Deus’: 5º: Aquele comentarista esportivo, que fala coisas ‘super pertinentes’ em jogo de futebol na TV 4º: Aquele ex-ator, bombadão-tchutchuco, ex-lutador de MMA e agora, ator pornô 3º: Aquele rapper que se casou com aquela ‘celebrity’ americana, e dizem as más línguas que solta a mão na moça... ui... 2º: O pai do Petrolão... 1º: Os ‘exs’ – relaxa, nunca serão...

Nãna Toledo é um ser humano em busca da sua identidade. facebook.com/nãna • iamnana1@hotmail.com 18


K, de Kilo

Cristiane Bonin crisbonin@mbmideias.com.br

Quantas vezes precisamos medir um líquido ou um sólido e bate aquela dúvida danada? Com esta tabela não é preciso ficar no desespero. 1 litro = 4 xícaras 1 copo de vinho = 6 colheres de sopa 1 cálice = 3 colheres de sopa 1 colher de sopa = 15 colheres de café 1 colher de sobremesa = 10 colheres de café 1 colher de chá = 3 colheres de café 1 colher de café = 1/2 colher de chá 1 copo americano = 200 ml 1 xícara = 250 ml 1/4 de xícara = 62,5 ml 1 copo (requeijão) = 250 ml 1 colher de sopa = 15 ml 1 colher de sobremesa = 10 ml 1 colher de chá = 5 ml 1 colher de café = 2,5 ml 1 cálice = 9 colheres de sopa

Farinha de trigo

Açúcar 1 xícara = 200 gramas ou 14 colheres de sopa

Fubá 1 xícara = 120 gramas

Amido de milho, farinha de mandioca e polvilho 1 xícara = 150 gramas

Farinha de rosca 1 xícara = 80 gramas

Manteiga ou Gordura Vegetal 1 xícara = 200 gramas

Azeite ou Óleo 1 xícara = 180 gramas 1 colher de sopa = 15 gramas

1 xícara = 165 gramas ou 13 colheres de sopa

Fermento 1 colher de chá = 10 gramas

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Decoração

Papel com

design

Por Ronaldo Victoria Fotos e styling: Marcelo Gimenes

A holandesa Snijder&Co lança coleção de papéis de parede pela branco., licenciada pelo MBM Escritório de Ideias

D

epois de quase 30 anos radicado na Europa – mais especificamente na Holanda –, o artista plástico e designer brasileiro Marcelo Gimenes vai ter o prazer de ver seu talento apreciado em sua terra natal, ao lado do sócio Jaap Snijder, com quem criou a marca Snijder&Co, em 2010. Eles integram o grupo de profissionais que lançam coleções de papéis de parede pela nova marca branco. (sim, com b minúsculo e ponto final) de papeis de parede e painéis, do grupo Bobinex, maior fabricante do setor na América Latina. “O encontro aconteceu de forma inusitada, quando procurávamos uma empresa para impressão de tecidos no Brasil e fomos apresentados à branco.”, conta Marcelo. “Apresentar uma coleção no Brasil, depois de tantos anos habituado ao mercado europeu, me deixa não só empolgado, mas também ansioso”. Marcelo e Jaap desenvolveram seis coleções para a branco. Eles integram um time estrelado, composto por craques brasileiros do design. Para o MBM Escritório de Ideias, que licencia os produtos da Snijder&Co no Brasil, é uma vitória do talento. “Acredito que é a abertura de possibilidades cada vez mais criativas de uso do design internacional”, afirma o publicitário e diretor da MBM, Bruno Chamochumbi. Residindo atualmente na cidade holandesa de Rotterdam, o piracicabano Marcelo Gimenes conta que, depois de várias experiências marcantes, como uma exposição no Museu do Louvre, em Pa-

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ris, e a conquista da medalha de prata da Sociedade Acadêmica de Educação e Incentivo à Arte, Ciências e Letras da França, em 2007, pôs-se a refletir sobre o sentido da arte. Foi quando chegou a proposta brasileira. “Hoje entendo que tudo deveria ser mais acessível para todo mundo. Não me interessa mais uma produção que seja tão elitista”, ressalta. De acordo com o designer, a satisfação da parceria com a branco. é total, por ter conseguido chegar ao que queria. “A produção tem um nível de qualidade excelente, que permite concorrer com o resto do mundo. Para mim, nível de qualidade é o básico, não abro mão”, ressalta. “A primeira coisa com que nos preocupamos foi com a qualidade das amostras, para que atingissem alta qualidade e com alta resolução das imagens. E aconteceu como a gente queria.” Porém, Marcelo não abre mão da brasilidade em seu trabalho, o que, segundo ele, nunca se deixou de notar, mesmo com tantos anos na Europa. “Eu sou apaixonado pela Holanda, pelo fato de ser um país reto. Tudo é linear e extremamente gráfico. A gente nota que em todos os setores a Holanda é certinha, arrumadinha. É tudo muito cinza, com algum verde queimado. Você nota também que os passarinhos não voam em bando, como no Brasil, são uns dois ou três e eles não ‘gritam’. É um país em que pouca coisa sai do normal”, define. Os olhos de artista sabem que no Brasil é tudo ao contrário, há muita cor, muito brilho, muito baru-



lho. Por compreender esse jeito diferente de ser, ele faz algumas críticas à postura dos brasileiros em relação ao que é produzido fora do país. “Eu não consigo entender essa maneira de pensar, de achar que o que é feito no Brasil não tem qualidade. O brasileiro precisa parar de achar que apenas o importado é bom.” Palavra de quem construiu a carreira no exterior e, segundo sua própria definição, nunca se esqueceu das raízes brasileiras. Para Marcelo, a natureza é sempre um ponto de partida para a inspiração. É um estilo que ele classifica como romântico. “O romantismo faz parte do nosso trabalho pelo fato de querermos preservar o aspecto artesanal do design. Nosso trabalho procura encontrar um denominador comum entre o tecnológico e o feito à mão. A coleção da Snijder&Co. para a branco.. tem, sobretudo, um caráter contemporâneo.” A linha da Snijder&Co conta com seis coleções de estampas em papel de parede, totalizando 21 desenhos. Uma das atrações da linha é a coleção Entomology, que apresenta o uso inusitado de insetos em suas estampas. Com losangos simétricos, libélulas, abelhas ou besouros, a coleção está fa-

Marcelo Gimines e Jaap Snijder zendo o maior sucesso na Europa e Ásia. As estampas com formigas também prometem encantar o mercado brasileiro. “É um olhar novo, que não se desenvolveu ainda, é algo pouco explorado. E o engraçado é que as pessoas não percebem ao ver de longe, só descobrem que se tratam de formigas ao chegar bem perto”, conta Jaap.

De i nsetos a ponto-cruz Conheça as seis linhas de papéis de parede que a Snidjer&Co. lançará no Brasil: Ranunculus é inspirada na decadente era de Maria Antonieta, com as flores ranúnculos reais moldadas em diferentes formatos, além de cores ricas e abundantes. LesFourmis destaca formigas marchando em diferentes padrões lineares e formando superfícies únicas. A inspiração veio da trilogia LesFourmis, de Bernard Werber, que compara as sociedades humanas a formigueiros. Os artistas definem as formigas como “criaturas fascinantes que fazem maravilhas”. Ponto-cruz tem evidente inspiração romântica, mas com um toque contemporâneo. Foi projetado ponto a ponto, com horas de trabalho intensivo. O efeito é de um realismo surpreendente. 22

Entomology reforça a atração dos artistas pela natureza, especialmente por insetos coloridos. A inspiração veio de borboletas, formigas, abelhas e libélulas. Pardais traz estampas com pássaros preto e branco voando graciosamente sobre o fundo branco liso. Os movimentos são sutis e o resultado é moderno e luminoso. Gaivotas tem como ponto de partida a inspiração em pintores holandeses do século 19, com seus trabalhos marinhos. Os artistas recriam, com cores sutis, um voo de gaivotas no céu azul.


Artigo

Por que é tão difícil mudar hábitos alimentares? Carol Fiori mcarolfiori@gmail.com

V

alarmantes, no Brasil já somos mais de 22 milhões de brasileiros obesos e ocupamos o quinto lugar no ranking mundial da obesidade. O que dizer sobre o aumento desenfreado de crianças e adolescentes acima do peso? Sem contar que mais de 24% da população brasileira tem hipertensão arterial. E pensar que a cada dois minutos morre uma pessoa de problemas cardíacos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada três mortes é causada por doenças cardíacas ou AVC (acidente vascular cerebral). As doenças crônicas são responsáveis por mais de 72% das causas de morte no Brasil. Parece até que nos acostumamos com estes números e nos educamos a tratar as enfermidades em vez de prevení-las. O primeiro passo para mudar um Conheça alimentos quedas vãopessoas manter sua pele éjovem e nutrida. saber lidar E por10 que a maioria hábito compreendê-lo, somente muda os hábitos alimenta- com recaídas, enfrentar as dificuldares diante de diagnósticos de doen- des e não perder o foco, pois estas ças crônicas ou outras enfermidades? mudanças podem ser decisivas para Orientação e informação não nos fal- o seu futuro. tam, o que faltam é atitude e motivaE você? Quer fazer parte desta esção. tatística? Então deixe pra trás os veDiariamente, somos bombardea- lhos hábitos alimentares e troque-os dos por informações sobre doenças por novos mais saudáveis, mas não crônicas não-transmissíveis e, para espere para o ano que vem. isso, basta assistir a programas de televisão, seguir pessoas nas redes Carolina Bonfanti Fiori é mestra em nutrição sociais e buscar orientações de pro- humana pela Esalq e nutricionista da Onodera fissionais. Para reforçar estes índices Piracicaba. ocê, com certeza, já fez aquela promessa de que na segunda-feira tudo mudará, que começará uma nova dieta e iniciará os exercícios físicos. E quando esta promessa não se realiza, normalmente é estendida para próximo o ano. Mudar hábitos alimentares não é tão fácil e nem acontece do dia para a noite, porque não alteramos apenas o paladar e as preferências por outros alimentos: remodelamos os aspectos culturais, familiares e sociais, o estado emocional e psicológico, a rotina e o estilo de vida. Comer é um ato extremamente prazeroso e envolvente, mas nossos prazeres nos últimos anos se basearam em alimentos industrializados, ricos em açúcares, gorduras e sódio, os responsáveis por diversas doenças crônicas não-transmissíveis.


Matéria da capa

Meu pai,

meu filho

Joseane: espaço fixo na agenda para cuidar do pai

Por Ronaldo Victoria Fotos: Guilherme Miranda

A passagem do tempo transforma a relação entre pais e filhos. A inversão dos papéis é quase inevitável


O tempo passa, a relação entre os pais e filhos muda. Os sinais costumam ficar invertidos. O filho é quem passa a se preocupar com o pai. Quer saber se ele comeu direito, se tomou o remédio na hora certa, se precisa de alguma coisa. Essa troca, além de ser considerada natural, quase nunca é vista de forma negativa. Ao contrário, mostra uma retribuição às atenções recebidas no passado. A Revista Tutti entrevistou três filhas carinhosas para lembrar o Dia dos Pais. Sandra é uma ‘mãezona’ assumida, Joseane é cuidadosa com limites e Vera conta que tem um pai ‘rebelde’. Sim, eles são diferentes. E quem disse que na maturidade a gente fica igual?

Ao lado de Antonio, Sandra diz que, às vezes, 'exagera' no carinho

A engenheira química Sandra Alves Correia, 58, não foge do rótulo: hoje ela é ‘mãe’ de seu pai. “Eu sou mesmo, às vezes até exagero no carinho”, conta ela, na sala do apartamento em que mora com o pai, o corretor de imóveis aposentado Antonio da Silva Correa, 84. Ele não reclama da atenção. Embora não more com o pai, o ferroviário aposentado Décio Pires, 85, a publicitária Joseane Leo Pires, 52, precisa reservar um espaço na agenda para dar atenção a ele. “Não consigo ir sempre ao apartamento em que ele mora com minha mãe Helena. Mas ligo todos os dias e sempre procuro saber como está, se comeu bem, se tomou o remédio”, conta. Já a agente de viagens Maria Vera Pierami Soares de Souza, 62, tem um pai, o professor aposentado Rubens Pierami, 84, que é a independência em pessoa. “Ele é muito ativo, faz tudo sozinho, mora sozinho, e não depende da gente”, conta. Porém, há momentos em que ela se preocupa com a falta de notícias. VONTADE DE CUIDAR Sandra conta que fica feliz em se dedicar ao pai. Depois que a mãe morreu, em maio deste ano, a ligação entre eles ficou ainda mais forte. “Eu optei por não me casar para cuidar de meus pais. Tive meus namoros, mas acabou não acontecendo e acho melhor assim. Hoje me sinto bem”, garante. Ela se dá bem com o pai, embora reconheça que os dois têm, ou tinham, gênio forte. “Com o tempo isso foi abrandando. Não sou só eu que o chamo de filho, ele diz que eu sou a mãe dele. Brinca dizendo que graças a ele eu estou aprendendo como é cuidar de um idoso”, revela. Para essa tarefa, ela conta com a ajuda da cuidadora Adriana, que fica no apartamento enquanto ela trabalha como

gerente de uma fábrica em Tupi. A filha tem sempre cuidados especiais, como monitorar a comida – “sabemos que idoso come menos e, às vezes, até se esquece de comer” – e de fazer passeios com Antonio. “A gente sai todas as noites, depois que eu chego, nem que seja pra ir até a padaria da esquina. E costumamos viajar juntos. Neste fim de ano vamos fazer um cruzeiro até Salvador”, diz Sandra. O baiano de Rio de Contas (cidade da Chapada Diamantina) Antonio com certeza vai gostar de rever o Estado natal. Ele saiu de lá cedo e morou por 64 anos em São Paulo. Está há um ano e meio em Piracicaba. Ele curte as saídas e viagens porque durante o horário comercial quase não sai de casa. Já levou um tombo e se machucou. Por isso, a insegurança de andar nas ruas, e queda em espaços abertos é um dos maiores problemas dessa faixa etária. Em casa, ele acorda cedo, assiste à televisão, faz palavras cruzadas e joga paciência no computador. A falta de atividade física é compensada com os excelentes resultados de seus exames. “Meu médico diz que desse jeito eu chego aos 100 anos”, comemora. Desse jeito, ele brinca, vai dar muito trabalho para Sandra. “Não sei por que ela gosta tanto de um chato como eu!”, brinca. Tudo bem, ela sabe.

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Vera e Décio: 'Eu fico nervosa se não consigo falar com ele' PEGAR NO PÉ Joseane também reconhece que tem essa preocupação quase materna com o pai. “É natural, a gente quer cuidar”, assume. Décio diz que ela ‘pega no pé’, mas sem reclamar, de um jeito divertido. “Até da minha roupa ela toma conta! Ela fala que não quer me ver de roupa velha, dá embora e compra novas. E fica controlando as minhas comidas. Não me deixa comer fritura, e eu adoro batata frita! Carne de porco, então, ela diz que é um veneno. Nem posso mais comer torresmo!”, conta. Porém, Joseane diz que os cuidados são necessários, já que o pai teve diagnosticado um câncer na próstata, mas, por conta da idade, não pode ser submetido à quimioterapia. “Eu tenho de acompanhar esse tratamento e tenho de ver os exames de sangue”, afirma. “Eu sei que eles não gostam que a gente se meta, mas tem uma hora que precisa saber de tudo o que acontece”, justifica a publicitária. Décio e a esposa moram sozinhos num apartamento no Bairro Alto, com um cotidiano independente. Não cozinham em casa. A alimentação, então, fica um pouco fora de controle. “Eles também não querem saber de diarista, dizem que eles mesmos fazem o ser26

viço da casa. Eu entendo essa vontade deles, e não quero atrapalhar essa independência”, destaca Joseane. Hoje, a vida de Décio segue uma rotina. Além de gostar de passear com Joseane – “ele gosta muito de ir ao shopping e almoçar numa churrascaria” – é figura carimbada no Pão de Açúcar, que fica a uma quadra de seu apartamento. Lá é reconhecido por todas as moças do caixa e e pelas balconistas quando vai comprar pão de manhã. Acorda entre 9h e 10h, faz o café, enquanto a esposa está dormindo. Assiste à televisão todos os dias, mas não gosta de novela, prefere ver os jogos do seu São Paulo. Tem resistência e lembra o susto que teve há 40 anos, quando sofreu um acidente de carro, perdeu todos os dentes e ficou um mês na UTI. “Eu fiquei com sequela. Me lembro de tudo que aconteceu há muito tempo”, conta o ferroviário aposentado, que sempre viveu em Matão e Araraquara, mas está há dez anos em Piracicaba, onde moram os filhos. MATURIDADE INDEPENDENTE Rubens Pierami não sabe o que é dependência. “Às vezes, parece que sou distante, que não dou satisfação, mas quando estou,


estou dentro”, afirma. Ele mora sozinho, na mesma casa da Vila Independência em que viveu com a esposa, a professora Doris, falecida há dez anos. Acorda às 6h, faz muita caminhada (no mínimo cinco quilômetros por dia), e por isso vendeu o carro. A hora do dia em que se encontram é a do almoço, em que pai e filha colocam os assuntos em dia. “Temos uma relação franca, nos entendemos muito bem, mas é claro que de vez em quando brigamos, ou nem isso. Só alguns pontos de vista é que, às vezes, são diferentes”, conta Vera, que mora com o marido, a filha e duas netas no Nova América. “Eu gosto de almoçar com ela todos os dias, é nosso momento juntos. Tem horas que a gente precisa desabafar. Às vezes, eu tenho umas ideias confusas, a sorte é que duram pouco. Costumo dizer que eu brigo mais comigo mesmo do que com os outros. Depois ela me leva para casa e vai trabalhar”, diz Rubens.

O professor aposentado gosta de sair, viaja bastante – o outro filho, Rubens, mora na Flórida (EUA), e ele costuma visitá-lo. Tem orgulho de revelar que só não acompanhou o nascimento de um dos oito bisnetos. Na última semana de junho, foi para São Paulo, testemunhar o nascimento de mais um membro da família. Vera, claro, ficou preocupada com a demora. “Eu fico nervosa se não consigo falar com ele. Outro dia, ele resolveu ir com um casal amigo para Águas de São Pedro e nem avisou. Eu fiquei com o coração na mão. Ele comprou um celular, mas não adianta porque quase nunca atende”, afirma. Ele acha graça ao ver que tem fama de ‘rebelde’. Mas, Vera livra a barra do pai, a quem classifica de uma pessoa ‘prestativa ao extremo’. “Ele está sempre pronto a colaborar, não só comigo, mas com as netas e as bisnetas. Está sempre disposto e acho que isso é um exemplo para todos nós.”

A SANTA CASA É DE PIRACICABA

Resp. técnico: Dr. Pedro Arnô Coelho Barbosa - CRM 20913

AQUI NASCE PARTE DA HISTÓRIA E VIDA DO POVO PIRACICABANO!

PARABÉNS, PIRACICABA PELOS 248 ANOS!


UMA BOA LEITURA

PEDE UM BOM CAFÉ!

ELIS REGINA – NADA SERÁ COMO ANTES Júlio Maria Master Books O jornalista narra os 36 anos de vida da cantora como se fosse um filme. Começa como um conto de fadas, quando Elis era a estrelinha do Clube do Guri, programa de rádio em Porto Alegre, e termina de forma trágica, quando ela estava prestes a recomeçar. Tudo muito intenso, como era a Pimentinha.

BELA COZINHA – AS RECEITAS Bela Gil GNT Livros Assim como em seu programa no GNT, a apresentadora contraria o mito de que comida saudável é sem graça. Ela privilegia ingredientes naturais, mas sem perder o sabor. Apresenta 50 receitas de pratos deliciosos num livro que também é um convite a que repensemos nossos hábitos alimentares.

MALALA – A MENINA QUE QUERIA IR PARA A ESCOLA Adriana Carranca Companhia das Letras No seu primeiro livro-reportagem para o público infantil, a jornalista relata às crianças a história da adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, baleada por membros do Talebã aos 14 anos por defender a educação feminina. Na obra, ela conta a história da região e mostra por que essa menina é tão corajosa.

KILORIAS – O LIVRO

Paola Machado Editora Benvirá O subtítulo do livro escrito pela editora do site Kilorias é direto: Faça do Projeto Verão o seu estilo de vida. O que ela conta? Que ser uma pessoa ativa é muito simples. Que exercícios moderados, como uma caminhada básica de 30 a 50 minutos, já trazem benefícios à saúde. Resumindo: basta querer.

Ruth Cardoso: Fragmentos de Uma Vida, de Ignácio de Loyola Brandão, Editora Globo “O história da ex primeira-dama é muito interessante. Seus pais eram simples, mas, já na década de 40, viram a importância de investir na educação da filha, que sempre soube o que queria, ou seja, estudar filosofia. Eles a mandaram para um colégio interno em São Paulo. Depois, ela conhece o marido Fernando Henrique Cardoso numa prova oral. Ela era uma mulher determinada”.

Rosane Grisotto é economista e mora no Edifício Antares.


Por Ronaldo Victoria ronaldo@mbmideias.com.br

Tutti buono filme Eles já criaram grandes obras, até movimentos cinematográficos como o neo-realismo. Além do talento, os italianos têm um charme irresistível na tela e garantem tanto o riso quanto as lágrimas. >  A Doc e V ida (1960, Federico Fellini) – Conta a

história de um jornalista (Marcello Mastroianni) que trabalha para um tablóide sensacionalista e corre atrás das celebridades. A cena do banho na Fontana di Trevi virou eterna.

>  Cinema Paradiso (1988, Giu seppe Tornatore) Quem não se debulhou em lágrimas com a cena dos beijos censurados? A história do menino Totò e do projecionista Alfredo é uma das mais belas declarações de amor ao cinema.

>  A V ida é Bela (1997, Roberto Benigni)

Sensibilizou o mundo falando do Holocausto com um toque de poesia. Benigni é Guido, que convence o filho Giosué que o campo de concentração faz parte de uma gincana.

<  O Carteiro e o Poeta (1994, Michael Radford) – Por

razões políticas, o poeta Pablo Neruda se exila numa ilha da Sicília. Lá conhece o carteiro Mario, que pede ao poeta ajuda para seduzir uma bela mulher por quem se apaixonou.

>  A Grande Beleza (2013, Paolo Sorrentino) – O escritor Jap

Gambardella reflete sobre sua vida. Aos 65 anos, vive do sucesso de um livro que escreveu há 20 anos. Nunca mais escreveu nada e não sai de festas da alta sociedade.


História

Memória

da Esalq

Criado em 1984, Museu Luiz de Queiroz funciona há 25 anos na antiga casa onde moraram diretores da instituição

C

onstruído, em 1943 – e intencionalmente semelhante à mansão do filme ...E o Vento Levou, de 1939 –, o Museu e Centro de Ciências, Educação e Artes Luiz de Queiroz guarda um universo de curiosidades imperdíveis em suas exposições temáticas.

A principal finalidade do museu é preservar a memória da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), e o acervo é respeitável: são mais de 3.000 peças na reserva técnica e cerca de 1.230 negativos de fotos em vidro. Os itens da exposição são trocados a cada dez anos. “Tenho todas as peças catalogadas na cabeça”, afirma o coordenador do espaço, o museólogo Edno Aparecido Dario. Localizado ao lado do Pavilhão de Engenharia e residência dos diretores da Esalq até 1990, o museu tem peças como uma geladeira frost free, de 1930, praticamente intacta “O gelo durava cerca de três dias e apenas as famílias com maior poder econômico podiam ter este utensílio na cozinha”, conta Dario.

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Por Cristiane Bonin fotos: Guilherme Miranda

Outras duas peças destacadas por ele são miniaturas: uma beneficiadora de café, da década de 40, e o primeiro trator a vapor do mundo, do século 19, vindo diretamente de Paris, presente de um docente para a Esalq. “O sistema de beneficiamento do café atual é o mesmo daquela época e a miniatura é curiosa por sua fidelidade”, relata o museólogo. O espaço térreo do Museu Luiz de Queiroz reserva duas áreas amplas. A Sala Renato Wagner é a que tem maior número de exposições temporárias – para este ano já estão agendadas mais de dez. Na primeira temática para o ano, o museólogo Dario preparou uma mostra no estilo ‘antes e depois’, com fotos antigas e atuais dos mesmos espaços da Esalq. “Pensei em algo que pudesse envolver os alunos e fazer com que os calouros se visualizassem no contexto da escola”, comenta o coordenador. EXPOSIÇÕES PERMANTENTES Quatro temas têm espaços fixos por estarem intimamente ligados à história da Esalq: ciências agrárias, mecanização agrícola, cul-


tura do café e construção do prédio central da universidade. Ciências agrárias é o tema que detém o maior acervo do museu – mais de 3.000 itens. O volume do arquivo corresponde às histórias de 12 departamentos da Esalq, que antigamente eram 17. A exposição sobre o prédio central apresenta fotos para relembrar a época que abrigava os alunos no formato de colégio interno; a obrigatoriedade do serviço militar (Tiro de Guerra) por dois anos para os esalqueanos; e as aulas práticas com gado dentro da sala de aula. A ala do café apresenta um móvel antigo, mas muito comum nas áreas gourmet contemporâneas: a mesa com um tampo giratório, utilizada para a prova da bebida. Para os apreciadores de café, há diversos itens usados no processo de beneficiamento, mas a grande curiosidade do espaço é a história contada em um painel sobre como a semente, vinda da Guiana Francesa, veio parar em terras tupiniquins. Na década de 1720, o sargento-mor Francisco de Mello Palheta viajou até o país da

costa da América do Sul para trazer cladestinamente, a pedido de Portugal, o café para introdução da planta no Brasil. Mas a missão foi quase frustrada por uma paixão repentina entre o sargento e a esposa do governador de Caiena, capital da Guiana Francesa. Naquela época, o café era um produto muito valorizado no mercado internacional. CURIOSIDADES Uma sala do museu da Esalq abriga quase que incontáveis itens em um espaço que era comum entre os colecionadores de objetos moradores de palácios. Antecessor dos museus, este tipo de ambiente surgiu a partir do século 16 e durante o Renascimento na Europa. Sir Hans Sloane (1660-1753) reuniu um dos maiores gabinetes de curiosidade do mundo, que originou a criação do Museu Britânico. No museu da Esalq, o gabinete de curiosidades reúne equipamentos de todos os departamentos da escola. O Museu Luiz de Queiroz funciona de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 13h às 17h. Para visitas monitoradas e outras informações, ligue para 3429-4305.

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Turismo

Patricia e Luciana com Sophia e Dalila

Hotel

bom pra cachorro Site Roteiro Animal oferece informaçþes sobre estabelecimentos de hospedagem pet friendly


Por Ronaldo Victoria

G

randes ideias quase sempre surgem de grandes problemas. Foi o que aconteceu com a empresária Luciana Moura, há dois anos, para criar o site Roteiro Animal. A ideia do portal, no ar desde maio de 2013, é simples e direta: listar hotéis e pousadas que aceitam abrigar os animais de estimação dos hóspedes. E veio quando ela e a sócia, a diretora de arte Patrícia Moura, sentiram esse problema na pele.

“Surgiu da necessidade de viajarmos com a Frida, minha cocker spaniel, de 14 anos, e que tem uma necessidade especial, a deficiência visual. Quando a Frida perdeu a visão, percebemos que seria impossível deixá-la sob os cuidados que não fossem os nossos. A partir daí, resolvemos buscar apenas locais em que pudéssemos ficar com ela”, lembra. Foi aí que Luciana e Patrícia perceberam como era difícil encontrar locais pet friendly (em que animais são aceitos). A ideia de criar o site veio ao constatarem como o público que gosta de animais vem crescendo a cada dia. E, como eles são criados como parte da família, a maioria prefere a companhia deles também durante as viagens. “Criamos esse canal para que pessoas, como nós, possam ter acesso a esse tipo de informação e viajar mais tranquilas”, conta a empresária. A morte de Frida não fez com que desistissem de ter cães e hoje elas contam com duas mascotes, Sophia e Dalila. O site www.roteiroanimal.com.br apresenta uma lista de hotéis e pousadas onde o animal pode ser levado pelo dono. Inclui estabelecimentos de todos os Estados (só em São Paulo são mais de 100 cidades). Detalhe: todo hotel ou pousada tem publicados o endereço e o telefone para mais informações.

deverá ser trazida pelo dono. Já a Pousada Encanto da Bocaina, de São José do Barreiro, visitada pela dupla, tem em seu site o link Pet Friendly. Mas destaca que há condições: o animal deve ser sociável; deve estar em boas condições de saúde, vermifugado e vacinado; se for fêmea, não pode estar prenhe ou no cio; os hóspedes que levarem cães deverão também levar sua própria roupa de cama. A pousada também lista várias raças que não são aceitas: pitbull, rotweiller, bull terrier, mastim napolitano, pastor alemão, fila, doberman, dogo argentino, rhodesian, akita, chow chow, husky siberiano e bullmastiff. A seção Leve seu Pet tem dicas de locais como lojas e restaurantes onde o pet é bem recebido. E em Revista Roteiro, há os guias que as empresárias fizeram sobre os locais pesquisados. Elas também se comunicam pelo Facebook (facebook.com/Roteiro.Animal), onde comentam as viagens e contam detalhes sobre os hotéis e pousadas pet friendly que conheceram. Exemplos de recomendações: Maresias (Pousada Porto Mare), Cananéia (Hotel e Marina Clube de Pesca Cananéia), Imbituba- SC (Pousada Village Praia do Rosa), São José do Barreiro (Pousada Encanto da Bocaina), Guarujá (Hotel Jequitibá), Caraguatatuba (Pousada Mega Rá), Petrópolis-RJ (Pousada Riacho Doce), Florianópolis – SC (Pousada Villabella Villagio), Paúba (Ciribaí Praia Hotel), Gramado – RS (Hotel Canto Verde), entre outros. Pousada Encanto da Bocaina

Esse contato com o hotel ou pousada antes de fazer a reserva é recomendado, pois existem restrições quando se trata de animais de estimação. Em Piracicaba, o único hotel que aceita pets é o Royal Park Hotel. Porém, de acordo com informações do estabelecimento, só são aceitos animais na faixa de cinco a seis quilos de peso, o que equivale a um poodle ou a um yorkshire. O hotel também não fornece a caminha para o cachorro, que 33


Turismo

Pousada Riacho Doce

Veterinária recomenda cuidado A veterinária Fernanda Sansígolo, proprietária do Villa San Pet, em Piracicaba, recomenda cuidado nas viagens com animais. “Só vale a pena se ele já estiver socializado e não vai dar trabalho durante a viagem, ou seja, não estranhar ser tirado de casa e ficar chorando. O que pode acontecer em grande parte das vezes é que ele acaba estragando o passeio dos donos”, afirma. Fernanda chama a atenção dos donos de animais é para que pesquisem sobre as instalações do hotel. “Fica difícil se não existem lugares onde o cachorro possa ficar. Sabemos que em boa parte dos casos os espaços de convívio são muito ruins. E quando o local fica no litoral é pior, pois em quase nenhuma praia a presença deles é bem-vinda. O que, aliás, é certo”, diz Fernanda. 34

Para a veterinária, ficar longe dos donos pode ser algo traumático, mas para cachorros. Gatos seguem outra linha. Por isso que a tendência pet friendly dos hotéis poderia ser traduzida como dog friendly. “Gato é melhor que não seja tirado do seu lugar. Em caso de viagem dos donos, basta ter uma pessoa que vá para dar comida uma vez por dia. Cachorro é outra coisa. Ele precisa da presença do dono”, explica. Por isso, Fernanda lembra que fazer socialização, como a que ela oferece no Villa San Pet, com hotelzinho e interação com outros animais, é uma opção interessante, antes de se decidir pela viagem. “Assim eles sentem menos a mudança e, com certeza, darão menos trabalho.”


Coluna

Carla Fernandes carla.fernandes@revistatutti.com.br

Para aprender e conhecer Este é um ano para buscar conhecimento e, assim, adquirir novas alternativas e soluções para sua vida e/ou para o seu negócio. Selecionamos algumas dicas para quem quer ‘alimentar a alma’ com cursos, palestras e encontros semanais ou pontuais. Vale a pena conferir! São Paulo Digital School

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Hoje em dia não dá para desconhecer como funciona o mundo digital para ampliar os negócios, expor suas ideias e produtos, e conectar amigos e clientes. A São Paulo Digital School, no descolado bairro da Vila Madalena, é um centro de capacitação, debates e disseminação do conhecimento de gestão, marketing, comunicação e internet. Rua Fidalga, 630 (11) 3360-6660 www.spds.com.br Para aplicar a sua visão sobre o universo da economia criativa, a Escola São Paulo forma pessoas para os seus mais diversos setores. O termo creative, e não ‘cultural’, escolhido pelos ingleses, procura ser abrangente, englobando a capacidade da dimensão cultural, transbordando para o mundo dos negócios. A produção cultural vira negócio, renda e emprego. Cursos e workshops sobre arquitetura e design, artes visuais, cinema e vídeo, fotografia, moda, inovação e criatividade. Rua Augusta, 2239 (11) 3060-3636 www.escolasaopaulo.org Se você procura cursos de curta duração, a Casa do Saber é um espaço diferenciado em pleno bairro do Itaim,

que proporciona uma atmosfera aconchegante e inspiradora, estimula a criatividade, a reflexão e a convergência de ideias. Arte, cinema, economia, filosofia, história, psicologia e música estão entre os temas dos cursos ou palestras. Os empresários podem contratar uma aula e enriquecer a formação cultural de seus colaboradores. Rua Dr. Mário Ferraz, 414 (11) 3707-8900 www.casadosaber.com.br

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Tutti do Bem

À prova de dor

Sem cabelos há mais de dez anos, cabeleireira cria o projeto Mechas Solidárias que proporciona perucas para pacientes com câncer como ela Por Ronaldo Victoria Foto: Guilherme Miranda

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ucimara Lima perdeu todos os cabelos há mais de dez anos. Mas o bom humor ela dificilmente perde. Mesmo quando enfrenta pesadas sessões de quimioterapia. Lucimara teve diagnostico de câncer há 14 anos. A doença atingiu a mama direita e hoje alcançou outros órgãos. Ela é cabeleireira, tem um salão com seu nome no Bairro Alto e acha graça quando comentam: ‘nossa, uma cabeleireira careca!’. “Eu dou risada, eles pensam que é estilo, que eu raspei. Não é nada disso!”, conta. A cabeça lisinha, resultado de tanta quimio, é também o motivo de ela ter criado o projeto Mechas Solidárias, que estimula a doação de cabelos para a confecção de perucas. Lucimara não se incomoda com a falta de cabelo e usa seu talento para cuidar dos cabelos de outras mulheres. Mas entende quem


‘Valorizo a oportunidade de ser útil’ se sente atingido pela queda. “Esse é um dos problemas que mais mexem com a auto-estima das pessoas. Eu não me sinto tão atingida, mas você não pode julgar o outro. Cada um sabe da sua dor. Cada um sabe o tamanho do dragão que enfrenta”, afirma. É isso que se chama solidariedade. Neste ano, Lucimara vai comandar um evento em outubro, dentro da programação do Outubro Rosa, no Cecan (Centro do Câncer da Santa Casa), onde é paciente há anos e toda quarta-feira passa por intensa sessão de quimioterapia. “Eu sempre quis fazer trabalho voluntário, é algo que me faz bem porque eu tiro o foco sobre a minha doença. Tentei fazer com crianças, no Lar Franciscano, ou com idosos do Lar dos Velhinhos ou do Lar Betel, mas é complicado. Acontece que eles têm facilidade para pegar ou transmitir doença e eu não posso descuidar da minha imunidade”, conta. A cabeleireira diz que não consegue fazer muitas perucas (no ano passado foram seis), mas revela que ver a satisfação de cada ganhadora, sorteada entre as atendidas pelo Cecan, vale qualquer esforço. Para este ano, ela está mais otimista por ter conseguido apoio da Jundiá Sorvetes. No ano passado, Lucimara conseguiu bastante cabelo ao cortar de graça, num evento beneficente, a cabeleira de 24 estudantes da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Este ano, ela tem contado com doações de pessoas que vão diretamente ao seu salão.

Para quem quer contribuir com o projeto Mechas Solidárias, o salão de Lucimara fica na rua São José, 1889, Bairro Alto. Os telefones são (19) 3041-0360 e 98169-7598.

“Tudo começou quando eu tinha 16 anos e tive câncer na mama direita. Era um nódulo normal, não era maligno. Só que, três anos depois, reapareceu no mesmo seio, mas daí a biópsia deu que era câncer, um carcinoma, mas do tipo que era benigno por fora e maligno por dentro. Fui encaminhada para o doutor Sérgio Bruno, que sempre foi maravilhoso comigo, me deu muito apoio. Tive de fazer tratamento, além de fazer mastectomia, porque apareceu câncer também atrás do músculo da mama do outro lado.” Não é fácil você passar por tudo isso aos 19 anos. Você está começando a ser mulher e tem de ficar sem as duas mamas! Mas não teve jeito, era preciso operar as duas. E pela minha idade foi necessário uma permissão do Conselho Brasileiro de Medicina. Fiz a reconstrução das mamas e tinha de passar por quimio, que naquele tempo era agressiva demais. Eu ficava uns três dias sem conseguir fazer nada. Hoje o processo é diferente, porque é direcionada a cada tipo de órgão. Mas eu tive um grande baque, quando oito anos depois, comecei a ter dores de cabeça muito fortes e um formigamento. Tinha mais cinco nódulos malignos, na cabeça, no fígado, no pulmão e nos ossos. Tive de fazer sessões intensas de radioterapia. Fiquei 15 dias de cama. Não enxergava, não conseguia abrir o olho. Acabei perdendo um quarto da visão do olho esquerdo e hoje também apareceu nos ovários. Claro que minha vida é difícil, mas eu não desisto. Nem paro de trabalhar porque isso me faz bem. Eu sei como é ruim ficar numa cama, por isso valorizo a oportunidade de ser útil. Se eu pudesse te dizer o que me move para frente eu diria que é Deus, que é fé na vida. Sabe, agora eu tenho a oportunidade de ver a vida de uma forma diferente. A gente passa a dar valor ao que realmente vale a pena. Antes eu guardava mágoa, eu ficava brava por coisas pequenas, e não tenho dúvida em dizer que isso contribui para a gente ficar doente. Hoje eu me libertei. Mas não sou arrogante, não falo: ‘olha o que eu enfrento, tem gente que reclama por pouco’. Não importa o tamanho do problema, se ele é maior ou menor. Isso depende de cada um. O que não muda é a solidariedade.” 37


Business

B e h o v e cel eb ra Com 20 anos de tradição, loja amplia oferta de produtos com preços competitivos e atendimento impecável

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Guilherme Ferrato, Amanda Bottene e Márcio Ribeiro

m novo espaço com o melhor da moda masculina e feminina. Assim a Behove comemora sua nova fase com a tradição de 20 anos de funcionamento em Piracicaba. Os sócios Márcio Ribeiro, Guilherme Ferrato e Amanda Bottene ampliaram a oferta de opções e o rol de marcas dos produtos, mantendo a principal bandeira da Behove: preços competitivos e um atendimento ao cliente impecável.

tos, a Behove é especialista em proporcionar moda do estilo clássico ao contemporâneo. “A loja tem um mix variado de produtos. A camisa masculina que vendemos, por exemplo, pode ser utilizada por mim, que tenho 29 anos, ou pelo meu sócio Márcio, de 47. A blusinha que a Amanda, de 19 anos, usa, veste também a minha mãe Selma, de 57. Por isso, dizemos que a Behove atende ao público de todas as idades”, explica Guilherme.

“Após a Amanda e eu entrarmos na sociedade, reinauguramos a Behove com um novo espaço e incluímos o setor de roupas femininas. Trouxemos, também, muitas marcas conceituadas no setor masculino, como a Aramis, Individual, Vila Romana e Docthos. E, além do ótimo atendimento que a Behove sempre proporcionou aos seus clientes, a nossa prioridade é manter os preços competitivos no mercado de roupas em Piracicaba”, diz o empresário Guilherme Ferrato.

Dentre as principais marcas comercializadas, a Behove tem, no setor masculino, além das já citadas, a Zoomp, e, para o público feminino, Lady Rock, Tuart, Talita Kume, Chocoleite, entre outras.

O público da Behove faz parte do grupo de consumidores que procura uma loja com atendimento agradável e onde se sinta à vontade, como se estivesse em casa com os amigos. “É um consumidor que está em busca de uma roupa para sair ou de uma roupa para elevar sua auto-estima, mas que também encontra produtos de ótima qualidade e preço justo”, diz Márcio. Para homens e mulheres, jovens e adul38

Moreno Moura

nova fase

Uma loja com tanta tradição dá lição de empreendedorismo e atendimento ao cliente. Guilherme Ferrato destaca os três pontos fortes da Behove. O item número um é o atendimento. “Como é uma loja familiar, nós mesmos somos os atendentes. Somos eu, a Amanda e seus pais Marcio Ribeiro e Tatiana Bottene”, conta Ferrato. O segundo destaque da Behove são os produtos. “Trabalhamos com marcas conceituadas e de excelente qualidade.” O terceiro e último ponto forteé o preço, confirma o empresário e sócio da loja. “Temos os melhores preços em relação aos nossos concorrentes”, finaliza Ferrato.

Rua Viegas Muniz, 547, São Dimas. Fone: 3036.2989 - @behovepiracicaba - facebook.combehovepiracicaba


Christiano Diehl Neto/Gazeta de Piracicaba

Bruno Chamochumbi bruno@revistatutti.com.br

‘Há boas oportunidades acontecendo’

Diretora de marketing do Grupo Aversa há uma década, a publicitária Valéria Maria Aversa Martins não tem medo de crise. Segundo ela, em tempos de dificuldades econômicas é preciso replanejar os investimentos, ‘mas jamais deixar de fazê-los’. Há 40 anos no mercado automotivo e dono de uma enorme credibilidade, o Grupo Aversa tem hoje 15 lojas em nove cidades paulistas, além da empresa Aversa Empreendimentos Imobiliários, com sede em Piracicaba. Qual o papel do marketing para as empresas em tempos de crise? Com crise ou sem crise, o marketing continua desempenhando um papel essencial dentro das corporações. Talvez, em épocas de ‘vacas magras’, a gente tenha um olhar mais atento para essas questões. Eu acredito que, mesmo na crise, há boas oportunidades acontecendo. E com o marketing não é diferente. Não podemos abandonar algumas ações estratégicas de propaganda por medo, não podemos abandonar nossas vitrines ou ponto de vendas, temos que pensar em ativar antigas promoções; o consumidor merece sempre o melhor da gente. Em crise, temos que replanejar nossos investimentos, mais jamais deixar de investir. Na sua opinião, quais mudanças foram mais significativas no mercado de atuação do Grupo Aversa na última década? Última década?? O mercado é muito ágil. As mudanças e adaptações são quase que diárias. Mas, com certeza, a grande transformação

para a Aversa foi a adaptação para a era digital. Quais têm sido os principais desafios do seu trabalho à frente do marketing do grupo? As políticas socioeconômicas do Brasil, sem sombra de dúvida, são o principal desafio. As ações mercadológicas em cenários como o brasileiro têm que ser muito criativas, flexíveis e principalmente assertivas. Como você ‘enxerga’ o Grupo Aversa nos próximos anos? Nós representamos algumas marcas que estão totalmente consolidadas no mercado brasileiro, e isso ajuda muito. As nossas expectativas são muito otimistas, já que o mercado automobilístico tem uma projeção de 10% de crescimento para 2016 em relação a 2015. Já a Honda, com a ativação da nova fábrica de Itirapina, podemos falar em quase 20% de crescimento. Esses números nos dão um grande entusiasmo para continuarmos investindo em qualidade, em gente capacitada e em estruturas equipadas para sempre dar o melhor de nós. 39


Guilherme Miranda

Moda

LÖS veste celebridades da TV Jornalistas e apresentadores da RedeTV! usam peças da grife piracicabana

A

estilista piracicabana Renata Kalil tem andado bem ocupada. Além de trabalhar na próxima coleção Primavera/Verão 2016 da sua grife LÖS, está criando e produzindo peças para o figurino de jornalistas e apresentadores da RedeTV! As sofisticadas camisas da LÖS apareceram na telinha recentemente, vestindo a jornalista Cláudia Barthel, apresentadora do Jornal 90 Segundos; e os apresentadores Mariana Leão e Edu Guedes, do programa Melhor Pra Você. Íris Stefanelli, apresentadora do programa Te Peguei da mesma emissora, também já desfilou alguns vestidos da marca no programa. O que a RedeTV! viu na LÖS? Renata Kalil responde: “Acredito que a elegância discreta das nossas peças, o acabamento impecável, a nobreza dos tecidos que usamos, somados, dão aos jornalistas e apresentadores a credibilidade que eles precisam ter. São formadores de opinião e devem transmitir essa confiança por meio não só do comportamento e do gestual, mas também daquilo que escolhem para vestir”. E, como nada passa despercebido no mundo ‘mágico’ da televisão, outras emissoras já estão de olho no trabalho da jovem estilista piracicabana, mas ela prefere manter a discrição antes de consolidar novos contratos. “Estou feliz pelo interesse que a LÖS está despertando neste segmento da comunicação. É inegável que isso dará maior projeção à grife. Queremos chegar aos principais mercados consumidores brasileiros. O caminho é longo, mas os primeiros passos já foram dados”, conclui.

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Renata Kalil, criadora e estilista da LÖS


Cerâmica

Eliana Saliba

abre loja-conceito

Ceramista piracicabana apresenta mais de 60 tipos de peças decorativas de iluminação

Guilherme Miranda

P

arece até que foi combinado. No ano em que completa duas décadas dedicadas à cerâmica, a artista Eliana Saliba inicia uma nova etapa em sua carreira. Ela acabou de inaugurar a loja-conceito Eliana Saliba Ateliê de Cerâmica, num ponto privilegiado do Centro de Piracicaba – rua Governador Pedro de Toledo, 622 –, onde também continua produzindo suas peças exclusivas. “Estou empolgadíssima com essa nova fase. Afinal, estou começando a trabalhar diretamente com o público. Meus clientes sempre foram butiques de iluminação e lojas como a Arte Luz, daqui de Piracicaba, e outras nacionais”, conta Eliana. A ceramista tem à disposição do público mais de 60 tipos de peças, entre luminárias, lustres, pendentes, arandelas e spots para jardim. Mais recentemente ela começou a exercitar a criatividade também em cubas para pias e lavabos, um diferencial da loja. “Basicamente, eu trabalho com a iluminação dentro da cerâmica. É um trabalho que exige paciência e dedicação”, revela. Eliana conta que o trabalho com cerâmica exige bem mais transpiração que inspiração. Se nenhuma arte é exata, a cerâmica, define, é a mais inexata de todas. “Existe o que eu chamo de memória da argila. Você coloca dez peças no forno, faz tudo como sempre fez, acredita que está tudo certo e elas se quebram. Parece que o barro quer voltar ao seu estado natural. E se você usa forno a gás, as condições de clima e temperatura acabam influenciando. É um mistério.” Mistério que ela começou a desvendar nos anos 90, quando começou a questionar o rumo que queria tomar após a morte da mãe. Foi quando recebeu o convite de uma amiga para fazer um curso de cerâmica. “O 'bichinho' da cerâmica me pegou logo de cara e pra valer”, confessa. A arte - que passou até por modismo nos anos 90, por conta do filme Ghost – Do Outro Lado da Vida – tem acentuado seu lado terapêutico. “Isso é fato porque faz a gente lidar com paciência, determinação, recomeço, frustração. Deixa mais calma, sim. Sou outra pessoa depois da cerâmica”, garante.


tech

backup? Ih! Tinha

M

uita gente já perdeu dados importantes ou teve que refazer um trabalho que estava quase todo pronto. E quem ainda não perdeu fotos que foram passadas da máquina fotográfica ou do celular para o HD? Viver sem uma rotina de backup é viver perigosamente. Vejam o meu caso: há alguns anos, vendi todos os meus CDs, mas converti todos para MP3 e gravei num HD externo. O HD caiu no chão e nunca mais funcionou. Depois, vendi todos os DVDs, mas dessa vez gravei todos os AVIs que havia convertido num HD de 2Tb. Então, o HD deu pane e perdi todo o conteúdo. Aí, vem a pergunta: “Mesmo fazendo backup corre-se o risco de perda?”. A resposta não é tão simples. O que eu tinha não era backup. A definição de backup é ‘cópia de segurança’. Quando eu vendi os CDs e os DVDs, fiquei sem os originais, logo, a cópia deixou de ser cópia e passou a ser o original.

Para fazer o backup de modo correto, é necessário que ele se torne um hábito e tenha suas regras e técnicas bem definidas. Não basta apenas copiar o trabalho que está em andamento num pen drive e achar que está tudo seguro. Não está! Pode acontecer durante o processo de cópia, dos arquivos do dia anterior no pen drive sobrescreverem os arquivos mais atuais do HD, por engano. O risco de copiar arquivos velhos por cima dos novos é grande. Basta uma pequena desatenção. Como o backup, geralmente, é a última coisa a ser feita durante a jornada de trabalho, a pressa pode significar perigo. O Windows vem com um aplicativo de backup nativo. Para acessá-lo, clique no botão Iniciar e depois em Painel de Controle, Sistema e Manutenção e, finalmente, em Backup e Restauração. Mas, existem programas 42

Glauco de França Paula glaucorfpaula@hotmail.com

específicos e mais abrangentes para backup, uns pagos e outros gratuitos. Em todos, temos três abordagens: o backup completo, o diferencial e o incremental. Todos podem ser programados para execução automática e rotineira em data e hora especificadas. Os dois últimos requerem o backup completo na primeira vez que forem executados. O backup completo permite escolher os arquivos dos quais você quer ter uma cópia de segurança. A forma diferencial copia somente os dados que foram alterados ou criados desde o último backup completo. O backup incremental executa uma cópia dos arquivos que foram alterados ou criados desde o último backup incremental. Para ser restaurada a cópia, o diferencial precisa do arquivo de backup completo e do último backup diferencial. O incremental precisa do backup completo e de todas os arquivos incrementais gerados depois do completo. Diz o ditado que o pênalti é tão importante, que deveria ser cobrado pelo presidente do clube. O mesmo vale para o backup. Se você achou a explicação acima muito complexa, chame um técnico. Ele vai poder avaliar seu sistema e adequar a rotina de backup ao seu orçamento.

Glauco de França Paula é web developer e professor de informática para a Terceira Idade

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Social

Sucesso no

Feirão da Caixa

Condições especiais de financiamento e mais de 4.500 opções de produtos levaram um grande público ao 11º. Feirão Caixa da Casa Própria e 6ª. Feira Imobiliária Regional, que aconteceu no Engenho Central, em Piracicaba, nos dias 13 e 14 de junho. O evento foi marcado por uma excelente infraestrutura e organização. As fotos são de Moreno Moura

Ailton Borges, Walter Godoy dos Santos e João Evangelista

Carlos Henrique Custódio

Movimento intenso no evento

Babi Figueiredo e Sabrina Casarin

Denilse Negri e Tatiana Beltramin

Personagens divertiram o público

Bruno Chamochumbi, Luciana Bettiol, Eliseu Moda e Cristiane Sanches

Marcos Frias e Hamilton Páscoli

Ricardo Lima e Carlos Franco


Evento

Líderes antenados Empresários e executivos das principais empresas de Piracicaba e região se reuniram na primeira edição do Encontro de Líderes, realizado no dia 26 de maio, no Terrazas Acontecimentos. A promoção foi do MBM Escritório de Ideias e Plano Coaching e teve como objetivo proporcionar networking e gerar negócios. O cineasta e navegador David Schurmann encerrou o evento com uma concorrida palestra. As fotos são de Guilherme Miranda e Moreno Moura.

COLORIDO

SUPER TROCA DE ÓLEO

p&b

se

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PIRACICABA


Luciana Bettiol Silvana Esteves Meneghetti, David Schurmann e Bruno Chamochumbi

Patricia Salvaia e Mari Casaque

LuĂ­s Fernando Machado

Marcelo Ribeiro

Murilo Puydinger e Mateus Piffer Jr.

Nelson Camilli e Camila Cabrera JĂşlio Pires Filho

Rui de Souza Jr.

Murilo Bighetti e Fabiana Paggiaro Paulo de Tarso Porrelli

Mario Rodrigues e Thiago de Lima

Nayere Ruas

Arthur Capela

Marisa do Nascimento


Ruy Nogueira Costa Filho

Antonio Carlos Bonfatto e Cristiane Sanches

Wilson Tietz e Rodolfo Ustulin

Paulo Nunes

Paulo Libรณrio

Maria Luzia Lopes de Souza

Paulo Bertaia

Reinaldo Bistaco

Fรกbio Stella

Fรกbio Davanzo

Daniele Magrini

Ricardo Silva

Juneca Aguiar e Bruno Chamochumbi

Elisaldo Siqueira

Plinio Takaki

Gisele Sebrian

Elaine Inforรงato e Rodrigo Caetano

Marcelo Marcheto e Rui Faizibaioff

Renato Boaratti


Adriano Perina

Teresa Arzolla

Mariana da Glória

Daniel Guidotti Silva

Francisco Alonso, Cassiano Carvalho e Nanderson Martins

Camila Pirillo

Bruno Laudari

Gabriela Camargo e Samantha Zampieri

Eduardo Coniglian e Sidnei Sornsen

Edson Rontani Júnior

José Carlos Piffer Jr. e Camila Berthi

Eliana Marchesin

Adriana da Silva

Bráulio Barros


Relacionamento

‘Arraiá’ da Tutti

O Edifício Solar de Atenas se transformou no ‘arraiá’ da Revista Tutti no dia 26 de junho, quando uma animada festa junina reuniu moradores e parceiros numa confraternização. O que não faltou foi boa comida, diversão, música e bate-papo. Foi mais um evento de sucesso do Circuito Tutti. Confira as fotos de Moreno Moura.

Gustavo Luchesi Rodrigues, Doroti Rasera e Jonatas Vasconcelos

Tatiana Formaggio e Jonatas Vasconcelos

Nilce Pontin e Osvaldo Correr

Helena, Roberto e Cristiane de Souza Lima

Wilton Fogaça, Bruno Chamochumbi, Lerian Marson e Gerson Gottardo

Rafaela Penteado, Thais Fuganti e João Gimenes

Os pequenos se divertiram

Caio, Valdemir e Elisangela Assarisse Realização:

Revista

Apoio cultural:

Roseli e Nivaldo Martins, Tereza e Mauro Ducatti Partners Gourmet:


Camila Pirillo e Camila Stefanini

Daiane Cardinali e Cristiane Sanches

Alexandre e Ana Conceição

Ana Barbosa, Rafael Ramos e Lucas

Angela Morais e Márcia Pupin

Wilton Fogaça e Mônica de Santis


Especial Piracicaba 248 anos

Jovens investem na cidade Quase 5.500 micro e pequenas empresas piracicabanas estão nas mãos de empreendedores com menos de 30 anos Por Cristiane Bonin

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rise é uma palavra que parece não amedrontar os jovens em Piracicaba. A cidade continua sendo atrativa para investimentos dos mais diversos portes. Quase 5.500 micro ou pequenas empresas piracicabanas estão nas mãos de empresários com menos de 30 anos de idade, conforme estatísticas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e Observatório de Pesquisas Econômicas do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) do Estado de São Paulo. Piracicaba tem pouco mais de 32 mil micro e pequenas empresas, segundo a confederação, e o Sebrae-SP estima que 17% deste total são lideradas por adultos em início de carreira profissional. Relatório executivo do Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro, elaborado pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje) em parceira com a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, realizou, em 2014, um levantamento com a participação de 5.181 jovens, com idade entre 18 e 39 anos, das cinco regiões brasileiras. Entre os jovens que já empreendem, a faixa etária mais ativa está entre 26 e 30 anos de idade, equivalendo a 38% dos entrevistados na pesquisa. Já entre os jovens que desejam se tornar empreendedores, a faixa etária está entre 21 e 25 anos. “Isto sugere que existe um tempo de maturação entre ter a ideia e a vontade de empreender, e também a consequente aplicação”, explica o relatório. Dos que já empreendem, grande parte de seus negócios corresponde ao segmento de serviços (48%). O filão do agronegócio é o mais preterido, desenvolvido por apenas 3% dos jovens empreendedores. A pesquisa também aponta que grande parte dos jovens (77%) é bem-sucedida em seu negócio, sem nunca fechar uma empresa, indo no contraponto às pesquisas sobre falência de uma forma geral. Eles também preten-

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dem expandir a empresa e 46% manifestam interesse em expandir em ramos de negócios diferentes dos quais já atuam. As modalidades micro-empresa (ME), empresa de pequeno porte (EEP) e micro-empreendedor individual (MEI) representam, juntas, 90% do porte de empresas dos jovens empreendedores. O nível de faturamento anual de 91% deles vai de R$ 60 mil até R$ 3,6 milhões. A maioria (55%) está se desvinculando de parentes para montar um negócio próprio, ou seja, as empresas dos jovens não são herança de seus pais e 74% atuam em sociedade. JOVENS DE VISÃO Mariana Wood Lopes segue a ‘receita’. Há dois anos ela trabalha em sociedade na Anna Decor, uma loja do ramo de revestimentos, em Piracicaba, onde é responsável pelas áreas comercial e obras. Aos 31 anos, ela já passou por cargos em empresas de grande porte, como a Ananda Metais, em Piracicaba, e Lojas Americanas, no Rio de Janeiro, além de uma experiência no exterior. “Fui procurar lá fora (de Piracicaba) o que eu encontrei aqui”, comenta Mariana sobre ter se estabelecido profissionalmente em sua cidade natal. A decisão de deixar a condição de empregada foi impulsionada por dois motivos: um negócio sólido – que já tinha sido iniciado pelo seu ex-empregador, a própria Ananda – e a visualização de um nicho de produtos modernos. Em parceria com sua sócia, Mariana diversificou a carteira de produtos com oferta de mão de obra. Tatiane Moraes, 38, parceira de Mariana, que acompanha há oito anos o desenvolvimento do negócio Anna Decor, revela que seu mercado especializado consegue gerar novas oportunidades de negócio porque está focado em vendas técnicas. Já o publicitário Diogo Boaretto Marconato, 31, e o bacharel em direito Murilo Zambetta, 25, ambos de Piracicaba, começaram do


Guilherme Miranda

Diogo Marconato e Murilo Zambetta abriram a Divino Pote hรก quase um ano

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Especial Piracicaba 248 anos ‘zero’ para criar a primeira loja brasileira especializada em bolos acondicionados em embalagens de vidro, a Divino Pote. A criatividade já apareceu de cara no nome do primeiro produto: o Cura TPM, um pote recheado de brigadeiro de colher, creme de Leite Ninho e pedaços de KitKat. “Ele é sucesso entre as mulheres e o mais vendido da loja”, conta a dupla de confeiteiros e empresários. Hoje a loja oferece mais de 20 sabores, como Bicho de Pé, Cenoura, Nozes, Rigoleto e Tentação de Ninho. A Divino Pote abriu suas portas no formato sociedade, com um terceiro sócio investidor, e, com nove meses de funcionamento, já emprega seis trabalhadores. “Sempre gostamos de fazer doces para os amigos e, quando sobrava um tempo, inventávamos de fazer algo diferente. Numa destas ocasiões, inventamos um potinho que fez sucesso entre os amigos, então começamos a fazer e a vender no ‘boca a boca’. Os pedidos foram aumentando e ali vimos uma oportunidade de empreender”, conta Marconato. FAZER O QUE GOSTA A dupla de empresários da Divino Pote acertou em cheio ao apostar no feeling. Fazer aquilo que gosta é o item número um para o Ribeiro: ‘jovem do século 21 está mais empreendedor’

sucesso de uma empresa, aponta o gerente do Escritório Regional do Sebrae-SP, em Piracicaba, Antonio Carlos de Aguiar Ribeiro (veja o quadro com as cinco dicas do Sebrae Piracicaba). Ribeiro informa que o jovem do século 21 está mais empreendedor e interessado em ter seu próprio negócio. “Eles têm mais autoconfiança em suas capacidades”, comenta o gerente do Sebrae. Pela ótica social, Ribeiro aposta que, se a educação formal englobasse o assunto empreendedorismo, o desenvolvimento econômico teria uma alavanca a mais. “Mas, infelizmente, nossa educação ainda é desenvolvida para formar bons empregados”, diz. Se não é na escola, a mudança no âmbito profissional entre os mais novos vem pelo desejo de maior liberdade em relação ao tempo. “Eles não aceitam mais, tanto quanto as outras gerações, a hierarquia organizacional, e estão mais suscetíveis a fazer o que gostam, do que vender horas de sua vida para uma empresa”, analisa o gerente do Sebrae. Entretanto, os jovens do interior paulista, da capital ou de qualquer outra parte do mundo estão conectados por uma rede global, o que é positivo para Ribeiro. “Em


Jeneli Wrasse

Mariana Lopes é sócia da Anna Decor

qualquer parte do mundo as oportunidades surgem por meio de um click. São milhões de possibilidades que estão sendo exploradas. Aqui mesmo, em Piracicaba, já temos vários exemplos destes empreendedores, mas ain-

da precisamos fazer um trabalho enorme no sentido de fomentar e organizar um ecossistema empreendedor ligado à tecnologia e inovação, onde o jovem é o insumo principal para fazer essa engrenagem rodar”, finaliza.

Cinco dicas do Sebrae o Sebrae, que tem dicas in01 Faça aquilo que você mais gosta!!!! 04 Procure teressantíssimas para quem está pensando em abrir uma empresa O momento de busca de informação 02 e planejamento da abertura de empresa é importantíssimo. Dedique preparado para não desistir 05 Esteja mais atenção a isso. nunca, para sempre acreditar no seu

03 Faça um bom plano de negócio.

negócio e saiba que, muitas vezes, como empresário, você vai trabalhar o dobro do que quando você era funcionário.

Fonte: Antonio Carlos de Aguiar Ribeiro, gerente do Escritório Regional do Sebrae-SP em Piracicaba. A unidade local do Sebrae fica na avenida Rui Barbosa, 132, Vila Rezende, e o telefone é 3413-4839.

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Jeneli Wrasse

Especial Piracicaba 248 anos

Férias

Thiago Salgado, diretor executivo da Sanavita

Sanavita fabrica mais de 90 produtos

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undada em 1984, a Sanavita ampliou notoriamente seu mercado e ganhou porte industrial ao desenvolver um negócio sob o foco de que as pessoas compram além dos produtos. “Elas buscam benefícios, resultados, atenção, respeito e um pacote de serviços e, por isso, o investimento nesta área é constante e permanente”, conta o diretor executivo da empresa, Thiago Salgado. A Sanavita saiu de um pequeno galpão em Piracicaba – onde a família fabricava dois produtos para emagrecimento – para trabalhar com uma equipe de mais de 200 colaboradores, ganhando fábrica e centro próprio de distribuição que atende milhares de pontos de venda no país. Atualmente, a Sanavita fabrica mais de 90 produtos e diversos estão em fase de estudo no centro de pesquisas Sanavita – integram este pólo de estudos mestres, doutores e especialistas que atuam em contato direto com as principais instituições de pesquisa do país, como a USP (Universidade de São Paulo), o Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Um dos fatores que impulsionaram a empresa piracicabana é a dedicação ao investimento constante nas áreas de atendimento e relacionamento com o cliente e profissionais da saúde. A criação do Centro de Educação Alimentar da Sanavita (Ceas) estabeleceu o relacionamento com seu público e oferece estudos clínicos, revisão de literatura, amostras e material técnico-cientifico. No suporte

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ao consumidor, a área de atendimento da Sanavita é composta por nutricionistas preparados para esclarecer todo tipo de dúvida. Idealizada por Jocelem Salgado, professora titular da área de nutrição da USP (Universidade de São Paulo), a empresa piracicabana é hoje uma das principais e mais atuantes em seu segmento no Brasil, e já possui projetos de exportação para países da América Latina. “Desde a sua criação, a empresa optou por focar em produtos para saúde e bem-estar, investiu em pesquisa e inovação e na profissionalização, transformando uma atividade familiar em uma empresa de médio porte com regras de boa governança. A excelência dos produtos com composição única, origem científica e utilização de matérias-primas selecionadas e de altíssima qualidade também fazem parte dos diferenciais da Sanavita”, destaca o diretor. A Sanavita oferece produtos para quatro categorias: emagrecimento, beleza, funcionamento (produtos para diabéticos, menopausa, saúde intestinal, entre outros) e performance (suplementos para praticantes de atividade física). A marca também investe cada vez mais na produção e desenvolvimento de produtos de marca própria para parceiros como Carrefour e Eurofarma. Em 2014, a Sanavita recebeu o Prêmio Nacional de Marca Própria Carrefour, que reconhece e incentiva as boas práticas de seus fornecedores. A Sanavita foi premiada na categoria qualidade entre mais de 150 empresas participantes.


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Especial Piracicaba 248 anos

Morro Grande alcançou padrão internacional de qualidade

Café Morro Grande: tradição de 85 anos

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iracicabano que é piracicabano toma o Café Morro Grande. O produto tem uma incrível legitimação de qualidade e de identidade na terra em que é fabricado. A história do Café Morro Grande começou a ser escrita em 1930 e, hoje, o processo fabril coleciona selos e padrão internacional de qualidade. Não é por menos que o Morro Grande agrada em cheio ao paladar do piracicabano. A empresa se dedica a fabricar uma bebida marcante e superior, numa mistura harmônica entre tradição e contemporaneidade. Uma cuidadosa seleção de grãos é o primeiro passo, que segue por torradores e moinhos de alta tecnologia, rigoroso controle de qualidade e perfeita padronização. A empresa investiu na importação de máquinas altamente eficientes para empacotamento em alto vácuo. Durante todo o processo fabril, o café é transferido entre as diversas etapas por um sistema de roscas sem fim em inox, por sucção e sem contato manual. Este sistema elimina as possibilidades de contaminações por agentes presentes no ambiente. Junto com a alta tecnologia no sistema produtivo, trabalham, ao longo do processo, profissionais treinados e habilitados pelas normas internacionais em inspeção de riscos de Boas Práticas de Fabricação (BPF). Para chegar ao aroma e sabor ideais, a empresa se dedica a constantes pesquisas em laboratórios próprios e pesquisas externas, garantindo qualidade e padronização dos produtos comercializados. “É um esforço contínuo, permanente e incansável, que com-

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provam a preocupação com o seu mercado de atuação”, destaca a diretora de marketing do Café Morro Grande, Lia Lima Gatti Höfling. Prestes a completar 85 anos, o Café Morro Grande integra o cenário piracicabano como protagonista e testemunha dos grandes avanços conquistados pela cidade. “Mesmo em períodos econômicos complexos, o mercado local mostra-se forte, dinâmico e, com certeza, com inúmeros pontos positivos, colocando a cidade em destaque no cenário nacional”, pondera Lia. EXPRESSO Da água fervida no fogão à lenha, passando pelo coador de pano até as modernas máquinas de expresso, alguns avanços trouxeram resultados interessantes, motivando pesquisas internas para focar o aprimoramento no processo de torrefação dos grãos, assim como a popularização das máquinas de café expresso, também comercializadas pela empresa. No início deste ano, uma novidade foi incluída no mix da marca: as cápsulas de Café Expresso Morro Grande Gourmet, compatíveis com as máquinas Nespresso, pioneiras no mercado para este tipo de extração. Mantendo o aroma e o sabor característicos do Café Expresso Morro Grande Gourmet, as cápsulas permitem o preparo do café de forma rápida e prática, apresentando alta cremosidade, riqueza de texturas e sabor único, preservando todas as sensações de um café gourmet expresso – com o ganho de ter fácil preparo.



Qualidade de vida é o foco do HFC+Saúde

Guilherme Miranda

Divulgação

Especial Piracicaba 248 anos

José Coral, diretor superintendente do HFC

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ualidade no atendimento. Humanização na assistência. Alto padrão tecnológico. Estas são as características que diferenciam o Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba. O acesso a este complexo de saúde de vanguarda no Estado de São Paulo expandiu-se com a oferta de um plano de saúde com a marca do hospital: o HFC+Saúde. Lançado em 2013 e regulamentado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o plano de saúde do Hospital dos Fornecedores oferece serviços diferenciados como o atendimento de urgência e emergência nacional, socorro médico, atenção e prevenção à saúde. “Planejamos o HFC+Saúde para que possamos cuidar do nosso cliente como um todo, da prevenção a toda assistência hospitalar”, comenta o diretor superintendente do HFC, José Coral. Administrado pela mais tradicional instituição do setor de saúde piracicabano, o HFC+Saúde tem como foco a qualidade do atendimento e humanização na assistência; a promoção da saúde, incentivando hábitos de vida saudáveis com auxílio de agentes das áreas de esporte e medicina preventiva. “Nosso propósito é o de melhorar a qualidade de vida da população”, ressalta Coral. Além de contar com toda a infraestrutura do complexo do Hospital dos Fornecedores de Cana, o usuário tem atendimento personalizado e humanizado, realizado numa estrutura moderna com vários recursos e profissionais qualificados, e conta com uma rede credenciada ambulatorial especializada. O plano de saúde dos Fornecedores oferece uma gama de produtos de acordo com a necessidade do cliente – individuais, familiares e empresariais, com ou sem copar-

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ticipação; opção de acomodação individual (apartamento) e coletiva (dois leitos), com assistência médica ambulatorial e hospitalar. O apogeu da cultura da cana-de-açúcar na região de Piracicaba alavancou a fundação do Hospital dos Fornecedores de Cana, em 1967. Atualmente, o hospital está inserido em uma região de aproximadamente 1,5 milhão de habitantes, sendo referência para mais de 20 municípios. Conta com uma capacidade instalada de 298 leitos, 278 médicos em função assistencial e mais de 1.400 colaboradores na unidade. Proporciona serviços especializados de UTI Cardiológica, Geral e Unidade Coronariana, três setores de internação, agência transfusional, sala de emergência e ortopedia e serviços completos de diagnóstico e imagem, pediatria, alojamento conjunto, banco de leite humano, UTI neonatal e unidade de cuidados intermediários.



Especial Piracicaba 248 anos

Piracicaba,

a eterna musa

Assim como no passado, os encantos da cidade continuam inspirando os artistas Por Ronaldo Victoria

Nas artes plásticas, basta citar Almeida Junior e os irmãos Dutra, representantes mais famosos de tantos artistas que retrataram nossa paisagem. Na literatura, José de Alencar, o fundador do romantismo moderno brasileiro do século 19, escreveu Til inspirado nas curvas do rio Piracicaba, que ele conheceu quando esteve hospedado no Monte Alegre. O título do livro seria baseado no formato dessas curvas, que o autor achava parecidas com o sinal gráfico

mero de livros que escreveu. “Calculo que sejam 23. Digo isso porque, depois que os publicam, eles não são mais meus.” Ele já começou causando polêmica com as duas primeiras obras, claro, ambientadas na cidade. A primeira, Um Eunuco para Esther, era urbana, e a segunda, Bagaços da Cana, fala sobre a principal cultura agrícola da cidade. “Bagaços da Cana rendeu muita polêmica por ser ambientado em usinas no período pré-golpe militar. Muitas pessoas se identificaram e tive problemas. Pior, porém, foi com o primeiro, baseado numa história real. Fala sobre um jovem que assume a hoDivulgação

Se tem uma coisa da qual Piracicaba não pode reclamar é de artista que se inspira em seus encantos. E isso acontece há muito tempo e em todas as áreas. Na música popular, a música Rio de Lágrimas, composta por Tião Carreiro, Piraci e Lourival Santos (“o rio de Piracicaba/ vai jogar água pra fora!”) acaba de completar 45 anos de sucesso e fez a cidade se tornar ainda mais conhecida em todo o país. Sem contar o hino oficial, de Newton de Almeida Mello, cantado em toda a parte (“Piracicaba que eu adoro tanto, cheia de flores, cheia de encantos”).

Ainda hoje, a fama de musa eterna de Piracicaba continua em alta. LITERATURA O jornalista e escritor Cecílio Elias Netto, que acaba de lançar o primeiro volume de uma trilogia com o título Piracicaba que Amamos Tanto, assume que a cidade é sua maior inspiradora. “Acho que isso acontece com a maioria dos escritores. A geografia, a história, a paisagem humana impregnam a imaginação, até mesmo quando se trata de ficção”, diz Cecílio, que não sabe exatamente o nú-

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Cecílio Elias Netto escreveu Piracicaba que Amamos Tanto


Divulgação

Aquarela feita por Denise Storer

mossexualidade, em 1965. Teve repercussão nacional (negativa, né?), por ser um assunto tabu”, lembra. Prestes a completar 50 anos de literatura, ele planeja lançar este ano o sexto volume do Dicionário Caipiracicabano – Arco, Tarco, Verva com novas palavras e expressões. No ano que vem, lança o segundo volume das memórias da cidade. “É um trabalho exaustivo, mas compensador. Descubro e redescubro aspectos, acontecimentos e personalidades que foram esquecidos. E me convenço cada vez mais de Piracicaba ser uma cidade singularíssima, nada a ver com as banalidades que vemos hoje por aí. Esse contraste do que fomos e do que temos é angustiante.” PINTURA

Denise Storer define a sua arte como

um diário. Ela costuma pintar lugares e pessoas que a emocionam e lhe dizem algo importante. Claro que Piracicaba, sua cidade natal, sempre teve destaque nesse diário. “É minha terra natal, onde sempre vivi. Portanto, sempre a retratei em meus trabalhos, já que ela é o cenário das minhas histórias de vida desde a infância.” Apesar de já ter retratado dezenas de cenários, o rio Piracicaba, ‘protagonista da cidade’, é o que mais aparece. “É onde tudo começou, desde a primeira habitação e como fonte de alimentação e transporte dos primeiros habitantes. É onde nos inspiramos pela eterna beleza; passeamos, sorvendo a energia das águas em movimento; meditamos, sentados às suas margens, deixando a vida passar sem pressa; assistimos suas festas coloridas, ouvindo os rojões ou músicas de

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Especial Piracicaba 248 anos seus festivais”, define a artista.

Sempre com um olhar atento sobre a cidade, Denise agora pensa em retratar a escola Sud Mennuci, onde estudou, e que “tem uma arquitetura impressionante”, como define. “Sempre há lugares e recantos que nos passaram despercebidos e que nos chamam a atenção em algum momento.”

Denise Storer criou centenas de trabalhos sobre a cidade

POESIA O poeta Ésio Antonio Pezzato também não esconde que Piracicaba é uma de suas maiores inspirações. “Piracicaba me inspira há muito tempo. Muito tempo mesmo, há mais de 40 anos, pois tenho em meus guardados alguns poemas inspirados pela cidade quando ainda era garoto”, conta

O Salto

Entre os mais significativos, Pezzato cita o poema O Salto, que faz parte de Os Caipiras, criado por ele em 1992. Um canto do poema, intitulado A Beira-Rio, é composto por 105 estrofes em oitava rima.

– Gigante colossal que os céus esfuma

“Além desse, posso citar também o livro Contemplação, que tem 80 sonetos inspirados na Noiva da Colina. Nele cito diversos pontos e momentos de nossa cidade”, destaca o poeta.

Uiva soturnamente e assim parece

Eis que longe num troar de espuma, Denso, alvejante, onipotente, forte, E tenebroso porque traz a morte, Ruge o Salto ciclópico entre bruma, Mas logo após, esplêndido e com porte, Um velho Paiaguá em sua prece! Na sua maravilha ultra-infinita, O Salto é uma paisagem explendente; Enquanto em suas pedras a água grita E em catadupas cai ruidosamente, A sua a vida aquática agita, E troveja num coro irreverente; Parece Deus que quer, num férreo ameaço,

Ésio Pezzatto fez 80 sonetos para Piracicaba 62

Guilherme Miranda

Digladiar o Infinito no amplo Espaço! (Trecho do poema Os Caipiras, de Ésio Pezzatto)

Guilherme Miranda

Denise pintou Piracicaba não só em aquarelas, pelas quais é mais conhecida, mas também em óleo sobre tela, acrílicos e desenhos. “Dentre minha produção, que deve estar em torno de 3.000 obras e estudos, produzi várias centenas de trabalhos sobre a cidade. Tenho em torno de 300 deles fotografados em meus arquivos”, conta.


Renato Chiarinelli, Fabiano Mazzilli e Gabriel Nascimento, da banda Os Pamonheiros

MÚSICA Foi em 2003 que a banda Os Pamonheiros, formada em Piracicaba, começou a divulgar seu som novo, que o guitarrista e vocalista Fabiano Mazzilli define como rock caipira. “É um pouco diferente do rock rural que fez sucesso nos anos 70. A gente faz um cruzamento de rock com o estilo sertanejo de raiz, ou os ‘modões’, como o pessoal chama”, diz Mazzilli. Nos shows da banda, é comum a participação de músicos como Milo da Viola e de grupos de catira. O repertório costuma incluir clássicos de Tonico e Tinoco ou de Tião Carreiro e Pardinho. A influência piracicabana é evidente, já que os integrantes são todos daqui, como o baixista Renato Chiarinelli. Quase todas as músicas compostas por ele têm um inevitável toque ‘caipiracicabano’, assume Mazzilli. Dentre todas, ele destaca A Moda da Boia. “Essa tem o estilo moda de viola e fala de coisas como acordar com chuva, pegar a boia e ir para o rio. É um de nossos maiores sucessos.”

Tava em casa descansando numa manhã de domingo quando acordei com a chuvarada que batia na janela lá da cozinha vinha o cheiro dos bolinhos de polvilho que a minha avó fritava às vezes e dava inveja nos vizinho Não ligo muito pra TV, fui espiar a chuva caindo é outro tipo de beleza não se vê sol nem passarinho fiquei parado espiando a enxurrada que formava imaginando quanta água estava no Piracicaba E foi aí que decidi parar com tanta morgação e fui pro salto de magrela levando o meu boião esse boião que no passado já cuidou da plantação hoje não tá mais no trator e é a minha diversão

(Trecho da música A Moda da Boia, de Fabiano Mazzilli)

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Aniversário

Por Ronaldo Victoria Fotos: Guilherme Miranda

d e ta l e n t o MBM completa uma década de atividades e celebra a data com concerto do grupo Ternamente Eclético

Bruno

O

Fabiane

s dez anos de fundação do MBM Escritório de Ideias serão lembrados com um evento especial, que acontece dia 4 de setembro, a partir das 20h, na Sala de Concertos Doutor Mahle, da Empem (Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernest Mahle). A atração é uma apresentação do grupo Ternamente Eclético, formado por quatro professores da escola, e que mistura repertório clássico e popular. A característica do grupo, aliás, é parecida com a trajetória que o MBM vem seguindo ao longo desta década de atuação não apenas em Piracicaba, sua cidade de origem, mas em toda a região e até na capital. A pluralidade sempre fez parte de seu DNA. A empresa foi criada em 2005, no começo com o nome de MBM Bureau de Comunicação, e desde

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Guilherme

Cris Bonin

Allan

a fundação tem o publicitário Bruno Fernandes Chamochumbi na direção. Hoje, consolidada no mercado da comunicação, a empresa investe na modernização de sua comunicação visual e institucional, mostrando que não se acomoda com o que já foi conquistado. “Os serviços diversificados do MBM estão divididos hoje em quatro unidades de negócios: relacionamento, conteúdo, mídia e eventos”, explica Chamochumbi. Dentro do segmento de relacionamento, a empresa presta serviços de consultoria de marketing e comunicação, realiza mapeamento de mídia e mercados, atua no licenciamento de produtos criativos e design, realiza palestras e worshops e faz gestão de mailing. Na área de conteúdo, o MBM atual em as-


sessoria de imprensa, realiza media training, gera conteúdo para mídia digital, produz revistas customizadas e house organs para empresas e instituições. No segmento de mídia, a empresa edita a Revista Tutti, publicação bimestral distribuída para 140 condomínios horizontais e verticais de Piracicaba; produz os programas de rádio Piranews (Jovem Pan FM) e Educativa Positiva (Educativa FM) e atua fortemente nas redes sociais. Em relação à área de eventos, além daqueles temáticos e corporativos, feitos sob medida para seus clientes e parceiros, o MBM realiza seus próprios eventos: Casa de

Tatiane

A

Rodrigo

Noel, Carnaval das Marchinhas, Circuito Tutti Condomínios, Encontro de Líderes e, sua mais recente criação, o Village Arte Decor, mostra de arquitetura, decoração e paisagismo que acontecerá de 16 de outubro a 29 de novembro, no bairro Monte Alegre. “Chegamos até aqui com sólidos alicerces: uma equipe competente, um respeitável portfólio e uma visão estratégica apurada, certos de que o MBM Escritório de Ideias se consolida como uma das mais importantes empresas do seu segmento, uma empresa que faz acontecer. É nisso que acreditamos e é para isso que continuaremos a trabalhar!”, conclui Bruno Chamochumbi

Jeneli

Ronaldo

Cris Sanches

U M G R U P O VE R SÁT I L

lém da versatilidade, o Ternamente Eclético tem em comum com o MBM a ‘idade’. Afinal, foi em 2005 que a cantora Débora Letícia ‘fechou’ a formação do grupo, onde já estavam o violinista Luís Fernando Dutra, a pianista Cecília Bellato e o contrabaixista e arranjador Álvaro Damazo. “Tocar música popular com a mesma qualidade com que tocam música erudita e tocar música erudita com a mesma descontração com que tocam música popular”. Este é o lema do Ternamente Eclético, que desde a sua formação se divide entre as duas

formas de expressão. Ao longo desse tempo, os músicos já conquistaram um público fiel em Piracicaba, por meio de apresentações temáticas, como as que uniram as canções de Mozart e dos Beatles, de Tom Jobim e Astor Piazzolla, de Vivaldi a Luiz Gonzaga. Fez o primeiro show em 2006, no Teatro Municipal Dr. Losso Netto (hoje em reforma) e já esteve em variados palcos de Piracicaba (Teatro Unimep, Escola de Música, Engenho Central e Teatro do Sesc) destacando a sua música de qualidade.


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