Revista Tutti Condomínios 18º Edição - fevereiro/março

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Ano 4 | Edição n°18

Jovem cineasta conta história de Grande Otelo Cerveja artesanal tem roteiro em Piracicaba Luxo

Papel de parede pintado à mão




Uma certa dose de modéstia é sempre desejável. Nos afasta da soberba, nos ‘enquadra’ naquilo que é real e nos faz, de certa forma, perseguir o que pode ser ‘ainda melhor’ em nós mesmos e no nosso trabalho. É com esta filosofia que nós, da Revista Tutti, chegamos até aqui. Acolhemos os elogios com humildade e ouvimos as críticas com respeito. Isso nos inspira a querer nos superar a cada edição.

Editorial

Sem querer faltar com a modéstia...

Agora, sem querer faltar com a modéstia (risos), preciso dizer que esta edição da Tutti me deixa especialmente orgulhosa. Um verdadeiro trabalho de equipe, que rendeu uma pauta interessante, textos brilhantes, fotos incríveis e um seleto grupo de anunciantes que nos prestigiam e honram com a sua confiança na qualidade da nossa revista e no retorno que ela proporciona aos seus negócios. Ao escolhermos a talentosíssima Ana Eliza de Moraes Barros, a Aninha, para a capa desta edição, estamos fazendo uma dupla homenagem: às mulheres piracicabanas, sempre guerreiras, inovadoras, corajosas e lindas; e ao bom e velho samba, que sempre se renova a cada geração, graças ao talento do povo brasileiro, que cuida de perpetuar este verdadeiro patrimônio cultural do país. Esperamos que você tenha uma leitura agradável!

Cristiane Sanches

Grande abraço.

Editora

Cristiane veste LÖS Cabelo: Daniela Martins Make: Mariana Junqueira

Editora-chefe Cristiane Sanches (MTb 21.937) cristiane@mbmideias.com.br

Projeto editorial do MBM Escritório de Ideias desenvolvido especialmente para a Brancalion Administradora de Condomínios. CNPJ 09461319/0001-99 Rua Regente Feijó, 2387 – Vila Monteiro Piracicaba – SP – CEP 13418-560 Fone: 19 3371-5944 Publicação bimestral Tiragem: 7.000 exemplares Distribuição gratuita, exclusiva e dirigida Diretor Bruno Fernandes Chamochumbi bruno@mbmideias.com.br

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Reportagens e textos Cristiane Bonin crisbonin@mbmideias.com.br Ronaldo Victoria ronaldo@mbmideias.com.br

Projeto gráfico e paginação: MBM Escritório de Ideias Allan Felipe Dalla Villa Gestão de projetos Fabiane Ducatti Capa: Aninha Foto: Alessandro Maschio

Multimídia Jeneli Wrasse Lorenz Atendimento e logística Tatiane Fernandes tatiane@mbmideias.com.br Comercial Rodrigo Caetano (19) 98197-7723 e 3371-5944 rodrigocaetano@mbmideias.com.br

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Nesta edição 6- Piranews na Tutti 9- A difícil tarefa do síndico em condomínios novos 10- Sala do Síndico 11- Portaria Legal 12- Uma noite no buteco 14- Peça premiada faz temporada no Monte Alegre 16- Pimenta-rosa é arma contra Alzheimer 19- Pequeno Dicionário do Lar 20- Cervejas muito especiais 23- Dica do Chef 24- Sampa 26- Caixa de surpresas gourmet 28- Face-me 29- Cinemania

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50 16 30- Cineasta piracicabano conta história de Grande Otelo 33- Leia + 34- ‘O samba me escolheu’ 39- Maquiagem à prova de calor 40- Para sempre floral 42- Design e arte em papel 47- Trabalho x Satisfação 48- Morar à francesa 50- De trem pela Europa 56- Apaspi: pioneira e avançada 58- Festa na Carlos Botelho 61- Como reduzir os gastos em casa 62- Etiqueta no trabalho 64- A voz da amizade 65- TechTutti 66 - ClassiTutti


na Tutti Um ano de sucesso O HFC+SAÚDE, operadora de planos de saúde que nasceu do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (HFC), completou seu primeiro aniversário com muitas conquistas e total dedicação aos seus clientes e prestadores. Realizou seu primeiro projeto social Corrida e Caminhada Mais Saúde em prol da saúde e do bem-estar, ampliou sua rede credenciada com foco na qualidade do atendimento e participou de projetos importantes Arquivo

como arrecadação de leite e Futura Mamãe realizado pelo HFC.

Encontro de Líderes O MBM Escritório de Ideias celebra 10 anos de fundação em 2015 e, para começar as comemorações, vai promover, em maio, o 1º. Encontro de Líderes de Piracicaba e Região. O evento será realizado em parceria com a Plano Coaching.

Livro infantil O músico e professor piracicabano Hermes Petrini estreia na carreira de escritor com o livro infantil Eu e os Bichos: Diferentes e Parecidos, lançado no final do passado pela editora Saber e Ler. A obra tem ilustrações de Carlinhos Müller e é destinadas a crianças de zero a nove anos. “Trata-se de um material que vislumbra olhares que identificam diferenças e semelhanças entre alguns animais e entre nós e os bichos. E deixa abertas portas para outros olhares, uma breve introdução ao acolhimento ao diferente”, explica o autor.

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De casa nova A Flytour de Piracicaba comemora a ampliação e o crescimento dos negócios proporcionados pelas novas instalações. Desde outubro do ano passado, a agência ocupa um moderno e confortável imóvel no endereço mais charmoso da cidade, a avenida Carlos Botelho, no número 466. Com atendimento personalizado, a Flytour oferece pacotes de viagens nacionais e internacionais, cruzeiros marítimos, curso o exterior e um enorme gama de serviços.

O consagrado educador Mário Sérgio Cortella faz palestra, em Piracicaba, no dia 9 de abril, às 20h, no Teatro Unimep, com o tema Ética, Indivíduo e Sociedade. A realização é da empresa Ecult.

Raul Jr.

Palestra com Mário Cortella

O Piranews é um projeto do MBM Escritório de Ideias e da Rádio Jovem Pan FM. São dicas e informações sobre eventos e acontecimentos de Piracicaba e região. Ouça diariamente na FM 103.1.


Artigo

A difícil tarefa do síndico em condomínios novos Rodrigo Karpat rodrigo@karpat.adv.br

A

função de síndico representa um grande desafio para aquele que assume o cargo e uma enorme expectativa para os moradores do condomínio. Mas, a missão se torna ainda mais difícil quando se trata de um prédio que acaba de ser entregue. O momento da entrega do condomínio é marcado por altas expectativas, tanto pelo lado da construtora, que deseja ver o seu empreendimento dar certo, quanto para os moradores que, na maioria das vezes, estão ali realizando um sonho. Em um condomínio novo, o síndico precisa gerir de forma a atender aos anseios de sua comunidade e, ao mesmo tempo, tentar manter um bom relacionamento com a construtora, bem como com a administradora escolhida por ela para o início da vida condominial. Vale ressaltar que o artigo 1.347 do Có-

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digo Civil rege que, para assumir a função de síndico, a pessoa deverá ser eleita, não apenas indicada. Por essa razão, nada impede que, no momento da entrega do condomínio, a construtora indique alguém para tal função, mas essa escolha deverá ser ratificada pelos condôminos presentes em assembleia. Estes poderão concordar com a escolha ou discordar e eleger outro represente dentre os presentes. Art. 1.347. A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se. O mesmo vale para a nomeação da administradora, que é prerrogativa do síndico e deverá ser aprovada em assembleia. Porém, quando se trata de condomínio a ser entregue, o processo de escolha da admi-


nistradora tem ficado a cargo da construtora, caso contrário o prédio seria instalado sem uma administradora, o que tornaria inviável a gestão do patrimônio. É importante lembrar que o contrato assinado pela construtora tem valor até a instalação do prédio. Da instalação para frente o condomínio passa a tomar as decisões gerenciais do prédio. A escolha da administradora deverá ser ratificada pelos presentes na própria assembleia de instalação e deverá ter contrato com previsão de rescisão de 30 dias. O ideal é que após a assembleia seja firmada nova avença com a administradora em nome do condomínio. Indicados pela construtora e ratificados pelos condôminos ou eleitos em assembleia, o fundamental é que administradora

e síndico defendam os interesses do condomínio. Se a opção for pelo formato sugerido pela construtora, o corpo diretivo condominial exercerá importante papel na fiscalização e sugestão de novo formato, quando necessário. A construtora não deve oferecer resistência para a troca do formato de gestão inicialmente imposto, se esta for a vontade da maioria dos condôminos. Caso a opção seja por um síndico profissional, é salutar que esteja claro na convocação enviada a todos os condôminos sobre essa alternativa. Assim, os condôminos também poderão indicar profissionais para serem entrevistados e selecionados em assembleia. O contrato desse profissional poderá ser definido pela própria assembleia e a lei estabelece prazo de até dois anos para cumprimento do mandato.

Rodrigo Karpat é advogado imobiliário, consultor em condomínios e sócio do escritório Karpat Sociedade de Advogados


do Edifício Athenas

reforma da portaria e da entrada principal do condomínio. Isso se não aparecer mais nenhuma emergência à frente!

Há quanto tempo a senhora mora no condomínio? Há mais de dez anos. Porém, sempre estivemos aqui. Meu pai comprou um apartamento desde a construção do prédio. O apartamento sempre foi da família. É síndica desde quando? Este é meu terceiro ano como síndica. Já foi síndica em outras oportunidades? Nunca fui síndica antes. Qual é, na sua opinião, o lado bacana de ser síndica? Poder ajudar as pessoas, além de poder melhorar uma propriedade que é sua. São tantas benfeitorias que você pode fazer, buscando o bem comum! Qual é o seu principal projeto nessa gestão? Nós estamos atravessando um período de obras. Já foram muitas e temos ainda mais desafios pela frente. O nosso próximo projeto é a 10

O que considera seu principal desafio? Ter verba para a execução de todos os projetos. Nós criamos uma parcela extra para essas obras, pois não fica nada barato pintar o prédio inteiro, por exemplo. Mas isso ainda é algo de longo prazo... O que merece destaque em seu condomínio? Todos os projetos já executados. Por exemplo, a recuperação do muro de divisa com o condomínio vizinho, a troca da tubulação de gás por canos de cobre, a reforma do piso térreo da entrada do prédio, a construção da nova lixeira, e por aí vai... Deixe um recado aos condôminos. Gostaria de agradecer a todos os moradores que confiaram e confiam no meu trabalho, principalmente a comissão, que tem sido muito prestativa, e à nossa zeladora Catarina Gonçalves Neta. Ela tem feito seu trabalho com muito empenho, dedicação e paciência, porém, infelizmente está nos deixando em 2015. Muito obrigada a todos. Mais um ano se inicia e espero que continuemos firmes nesta empreitada. Um forte abraço a todos.

Alessandro Maschio

Ana Lúcia Ferezini,


Perfil

Fotos: Alessandro Maschio

Eles são profissionais fundamentais para o bom funcionamento de qualquer condomínio. Conheça os porteiros, suas histórias e seu trabalho

Maria de Fátima Garcia de Godoy, Edifício Abel Francisco Pereira “Estou aqui há nove anos. Fui governanta na casa de um médico, que era radiologista da Santa Casa. Chefiava quatro empregados. Isso foi há muito tempo. Depois me casei, tive minhas filhas e fiquei só cuidando da casa. Mas queria fazer alguma coisa. Comecei meio por acaso, cobrindo férias de uma moça, porque moro ao lado do prédio. Acabei gostando demais. A gente tem contato com muita gente diferente e, como eu sou muito comunicativa, o cotidiano do trabalho fica bem mais agradável. Estou em São Paulo há 38 anos, nasci no Pará, na Ilha de Marajó, a maior ilha fluvial do mundo. Por isso me apaixonei de cara por Piracicaba, que tem esse rio tão lindo”.

Aparecido Andrea Copoli, Edifício Albatroz “Trabalho aqui no condomínio há oito anos. Além de ser o coordenador dos porteiros, respondo também pela zeladoria. É uma função de muita responsabilidade, porque o prédio é grande, temos duas portarias e 69 apartamentos. Mas é muito bacana o dia a dia do trabalho. A gente tem contato com muita gente, e tem pessoas bem diferentes. Eu trabalhei por 28 anos como metalúrgico na MEFSA. Cuidava da fundição, era um trabalho solitário e pesado. Agora é mais leve. Nasci em Piracicaba, tenho três filhos e seis netos.”

Solange Aparecida Teixeira Nuevo, Edifício Marrocos “Eu estou aqui no prédio há 20 anos. Comecei na faxina e logo depois fui para a portaria. Hoje eu sou folguista, que é aquela que trabalha na folga dos outros porteiros. A gente não tem horário fixo, um dia trabalha de manhã, outro pode vir à noite. Não tem rotina, mas eu gosto disso. O que acho bacana também na minha profissão é ter contato com todo mundo. Acho que a gente aprende muito com isso, porque precisa ter jogo de cintura para poder contornar qualquer situação que apareça. Eu comecei a trabalhar muito cedo, já fui doméstica e servente na Escola Mello Ayres. Mas eu gosto mesmo de trabalhar na portaria, não tem nada melhor do que você fazer o que gosta. Nasci aqui em Piracicaba, tenho três filhos e quatro netos.” 11


Circuito Tutti

Uma noite no

buteco

O edifício Monalisa recebeu, em dezembro passado, a última edição do Circuito Tutti Condomínios de 2014. O evento de relacionamento é promovido ao longo do ano pela Revista Tutti nos condomínios geridos pela administradora Brancalion, onde a revista é distribuída bimestralmente. Fotos Alessandro Maschio

Bruno Chamochumbi, Wilton Fogaça, Julio Pires, Rodrigo Brancalion e Arthur Vieira

Regina e Luis Claudio da Costa

Sandra e Carlos Prezotto

Ariele Medeiros, Karine Chiquito, Arthur Vieira e Rafaela Medeiros

Rodrigo Caetano, Fabiane Ducatti e Tatiane Fernandes

Renata Kalil e Cristiane Sanches

Valdemir e Elisangela Assarisse

Francisco e Ana Maria Ribeiro

Janaina e Sérgio Rolim


Debora e Jonatas Vasconcelos, Rodolfo Ustulin, Taisa e Juliana Veloso

Meirebel Colombo, Christiane Chiaranda e Tania Gimenez

Evento reuniu moradores e convidados no salão de festas

Vanessa Kallufi, Rosana Pitta, Laura e Fernando Sesso Junior

Realização:

Sandra Galdino e Vicente Oliveira Jr.

Tatiane e Dalton Mûller, Miriam Fidelis e Rodrigo Caetano

Marcos, Raquel, Rafaela e Marcos Saito

Cristiane Sanches, Rodrigo e Elaine Brancalion

Patrocínio:

Apoio cultural:

Estela e Marcelo Olivetti

Renata e Cido Tapias

Lais e Paulo Zanello

Aline e Luis Sabadin

Partners Gourmet:

Revista

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Peça premiada faz temporada

Foto: LZP Produções

Arte & Cultura

no Monte Alegre

Espetáculo teatral será encenado na Casa do Marquês e poderá ser visto até o fim de março

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peça Mentira, contemplada pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, fará longa temporada, com 24 apresentações gratuitas, na Casa do Marquês, no bairro Monte Alegre. O espetáculo é resultado da parceria entre o Coletivo Bruto, da Cooperativa Paulista de Teatro, e o Coletivo Estalo, e começou a partir do encontro dos artistas Paulo Barcellos e Maria Tendlau, paulistanos residentes em Piracicaba, e as artistas piracicabanas Marina Henrique e Gabriela Elias. A Casa do Marquês receberá apenas 20 espectadores por dia, de quinta a domingo, sempre às 20h, com entrada gratuita: “Como são poucos lugares por sessão, trabalharemos por meio de reservas”, explicam os produtores. A quantidade limitada de espectadores por sessão faz parte do charme da montagem que estabelece uma relação de proximidade entre o público e os artistas, além do encanto da antiga escola do bairro Monte Alegre. “A ideia é explorar o grande potencial cultural do bairro nesta feliz parceria com a Mônica Brito e Klaus Barreto, proprietários da Casa do Marquês”, diz a diretora do espetáculo e gestora cultural Maria Tendlau. Além do espetáculo, o projeto promoverá dois workshops com os renomados artistas

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paulistanos Alexandre dal Farra (prêmio Shell de dramaturgia em 2012) e Ney Piacentini (autor do livro "Eugênio Kusnet - do ator ao professor"). Até o fechamento desta edição, as datas ainda não haviam sido definidas.

SINOPSE

Mentira acompanha a trajetória de uma antropóloga da Funai (Fundação Nacional do Índio) na busca por um índio isolado em Rondônia e a relação perigosa que ela estabelece com um casal de pecuaristas proprietários de uma grande fazenda na região. O texto é de autoria dos Coletivos Bruto e Estalo e faz referência, além das questões fundiárias da Amazônia legal, a uma filmografia de peso, produzida na década de 60, que remete a Ingmar Bergman, Robert Altman e Heiner Maria Fassbinder.

OS COLETIVOS

O Coletivo Bruto surgiu em São Paulo, em 2006, da reunião de artistas de diferentes e múltiplas formações com o interesse em formar um grupo de criação em artes, que trabalhasse um hibridismo entre linguagens e seu diálogo na composição de obras artísticas. Destacam-se em sua trajetória os espetáculos Guerra Cega Simplex Feche os Olhos e Voe ou Guerra Mal-


Gabriela Elias, Paulo Barcellos, Maria Tendlau e Marina Henrique

vada (2007) e O Que Está Aqui é o Que Sobrou (2012), criações que foram contempladas respectivamente pelo Programa de Apoio à Cultura do Estado de São Paulo, Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz e Programa Municipal de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo. O Coletivo Estalo nasceu em 2007, quando um grupo de artistas de diferentes áreas (cinema, fotografia, música e artes cênicas) decide fazer arte e ter sua sede em Piracicaba. A estreia do Coletivo aconteceu com a montagem de Uma História de Borboletas (2007), que realizou longa temporada na capital paulista, e ganhou destaque com o espetáculo Marias (2009), que circulou por várias cidades, além de integrar, em 2011, o Circuito TUSP de Teatro.

SERVIÇO

Espetáculo: Mentira Estreia: 19 de fevereiro Temporada: até 29 de março Local: Casa do Marquês Horários: quintas, sextas, sábados e domingos às 20h. Capacidade: 20 lugares Endereço: av. Comendador Pedro Morganti, 4.970. Bairro Monte Alegre. Duração: 90 minutos Classificação etária: 16 anos Ingressos gratuitos: reservas pelo telefone (19) 3432-1967, de segunda a sexta, ou pelo email projetomentira.teatro@gmail.com Informação adicional: com ar-condicionado 15


Esalq

Pimenta-rosa é arma contra Alzheimer Pesquisa mostra que pimenta-rosa é o melhor alimento funcional no combate e prevenção a doenças neurodegenerativas

Por Cristiane Bonin

A pimenta-rosa está entre os melhores alimentos funcionais no combate à demência

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ns dizem que ela tem gosto de manga, mas a grande novidade é que a pimenta-rosa é uma arma poderosa contra o Mal de Alzheimer. Hit entre os chefes de cozinha, este fruto foi apontado como a mais eficiente das pimentas no combate e prevenção a doenças neurodegenerativas que, progressivamente, devastam a memória e as habilidades cognitivas. A descoberta inédita da pimenta-rosa como o melhor entre os alimentos funcionais – considerando o nível de atividade anticolinesterásica em pimentas-do-reino e pimenta-rosa – no combate ao Alzheimer e doenças semelhantes foi realizada em estudo divulgado pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), no fim de 2014. Atividade anticolinesterásica é a capacidade de reduzir a destruição dos neurotransmissores responsáveis pela área cognitica pela enzima acetilcolinesterase. Segundo a autora do trabalho de dissertação, Fúvia de Oliveira Biazotto, os tratamentos convencionais com inibidores sintéticos de acetilcolinesterase têm baixa efetividade e a ausência de prognóstico positivo. “Esses inibidores não previnem ou curam a doença. Apenas tratam a perda cognitiva sem atrasar ou modificar a progressão da enfermidade. Em alguns casos, os medicamentos só funcionam por limitado período de tempo e, para alguns pacientes, não oferecem alívio nenhum”, afirma Fúvia. De acordo com os estudos na Esalq, a pimenta-rosa destacou-se por conter os maiores teores de antioxidante e a melhor atividade anticolinesterásica em relação a todas as pimentas investigadas. Ou seja, com base nos dados obtidos concluiu-se que a pimenta-rosa apresenta o maior potencial na redução de risco da doença de Alzheimer. “Para a descoberta de novos compostos ou alimentos com potencial para reduzir o risco de incidência de Alzheimer, o primeiro passo a ser dado é a avaliação do seu desempenho em análises in vitro. Dessa forma, estes foram os primeiros passos dessa pesquisa, sendo necessários mais estudos a fim de avaliar, de forma mais detalhada, os possíveis mecanismos de ação dos compostos bioativos presentes nas pimentas-do-reino e pimenta-rosa”, complementou a pesquisadora.

ALZHEIMER Entre os problemas relacionados à velhice, a demência tem sido apontada como uma das principais causas de morbidade em idosos. Clinicamente é caracterizada por um declínio progressivo e global de múltiplas funções cognitivas, incluindo memória, aprendizagem, orientação, linguagem, compreensão e julgamento, sem obscurecimento da consciência. As disfunções cognitivas são frequentemente acompanhadas e, ocasionalmente, precedem o descontrole emocional, comportamental e motivacional. “Entre os tipos de demência, a doença de Alzheimer é a mais comum, representando cerca de 70% a 75% de todos os casos de demência acima da faixa etária de 65 anos. Mundialmente, mais de 26 milhões de pessoas sofrem com o Mal de Alzheimer e a perspectiva é a de que este número de pacientes dobre a cada 40 anos. Na hipótese de ser possível adiar a doença por, em média, dois anos, a prevalência mundial em 2050 seria de 22 milhões a menos de casos do que as previsões atuais, reduzindo significativamente os custos e o número de pessoas com a doença. Atualmente, a incidência é de 7% em pessoas com mais de 64 anos e de 39% em pessoas com mais de 79 anos”, finalizou Fúvia. PIMENTAS As pimentas branca, verde e preta são os principais tipos de pimenta-do-reino existentes nos supermercados. Todos esses grãos de pimenta são procedentes da espécie Piper nigrum, e só se diferenciam pelo período de colheita e processamento empregado. Anatomicamente, a pimenta-rosa é muito semelhante às pimentas-do-reino. Outras características como sabor pungente, o uso comum na culinária e a comercialização a granel sob a forma desidratada também reforçam essa similaridade. Apesar de ser muitas vezes confundida como mais um tipo de pimenta-do-reino, a pimenta-rosa é fruto da aroeira, uma árvore bem comum no interior de São Paulo. “A aroeira é nativa da América do Sul e seus frutos são comuns na cozinha francesa, daí ser conhecida como poivre rose (pimenta-rosa em francês). Crocante e com sabor levemente adocicado e ardência bem delicada, dá personalidade e textura aos pratos. Não deve ser cozida 17


Esalq

e sim colocada ao final da preparação. Só há pouco tempo passou a fazer parte da culinária brasileira, que até então exportava a pimenta-rosa para a Europa e depois a importava de volta”, conta a chef de cozinha Fernanda Lopes, editora do blog e do caderno Boa Mesa, do jornal Tribuna de Santos. Ela explica que, por conta da baixa ardência, a pimenta-rosa não é usada como condimento, mas como elemento de decoração. “Por outro lado, dá um sabor especial, pois quando as sementes são mastigadas, percebe-se a suave ardência.” O aspecto do fruto, quando fresco e bem conservado, é uma película fina e delicada de cor avermelhada ou rosada, de textura quebradiça, que envolve uma semente escura de sabor levemente adocicado e pouco picante. “Evite as pimentas com películas soltas,

Caponata com pimenta-rosa Ingredientes 1 berinjela 1 pimentão vermelho 1 cebola 2 dentes de alho picadinhos 1 xícara de azeite 1/3 de xícara de vinagre 1 colher (sopa) de açúcar 10 azeitonas verdes picadas 1/2 xícara de uvas passas brancas 2 colheres (sopa) de pimenta-rosa. Sal a gosto

Preparo Corte a berinjela, a cebola e o pimentão em cubinhos. Misture tudo (exceto o sal, as passas e azeitonas) e leve ao forno pré-aquecido 18

com a cor rosa desbotada e cheiro de mofo. A melhor maneira de armazená-la é em recipientes herméticos, secos e limpos. Evite deixá-la exposta à luz e em ambientes úmidos”, observa Fernanda. E como usar o fruto da aroeira? Fernanda conta que a pimenta-rosa combina tanto com preparações salgadas como doces. É usada, de maneira especial, em molhos para medalhões de filé mignon grelhado, mas também fica muito bom com massas simples, como fetuccine na manteiga, filés de frango e de peixe. Sorvetes de frutas, mousses, crepes e saladas (doces e salgadas) ganham mais cor e sabor com a pimenta-rosa adicionada no momento de servir. Atualmente, com a moda do brigadeiro gourmet, tem ficado comum a versão brigadeiro branco envolto na pimenta-rosa moída.

e coberto com papel alumínio. Após meia hora, tire o alumínio, mexa e deixe mais 15 minutos. Tire do forno, misture as passas, as azeitonas e a pimenta-rosa. Corrija o sal. Sirva com torradinhas ou pão italiano. Fonte: Fernanda Lopes é chef de cozinha e jornalista. Veja mais sobre gastronomia em atdigital.com.br/boamesa.


Cristiane Bonin crisbonin@mbmideias.com.br

Hortaliças são todas as plantas comestíveis cultivadas em horta, de repolho, alcachofra e morango (culturas de Inverno) a berinjela, pepino e pimentão (de Verão). A horta pode estar dentro da sua casa ou em comércios específicos. Se você é fã de um buquê de alface ou de um cheiro-verde fresco, confira as dicas da coluna. 1) Cultivar: Escolha uma área que receba o sol da manhã; no caso de sacadas, tente bloquear o vento.

2) Recipientes: vaso cerâmico de 30 cm/ profundidade para plantas altas (manjericão, sálvia, pimenta, couve); - Jardineira de 30 cm/profundidade para plantas rasteiras (salsinha, orégano, cebolinha, morango); - Caixa: aquelas de madeira, usadas no transporte de frutas como uvas, são ideais para o plantio de folhas como alface.

3) Camadas - Para vasos com buraco no

fundo, cubra a saída com pedras grandes ou pedaços de telha. Coloque um pouco de argila expandida, a manta de bidim e terra orgânica (até 2/3 do vaso). Coloque as mudas e complete com terra, deixando o espaço de três dedos entre elas. Para vaso cerâmico, plante apenas uma espécie.

4) Adube regularmente; regue já nas primeiras horas do dia e ao final da tarde; não troque os vasos constantemente de lugar e, quando a produção cair, substitua as mudas. A falta de equilíbrio ecológico e ambiental pode implicar na morte da sua horta. O combate às pragas e doenças pode ser feito com receitas caseiras. No aplicativo da Tutti, você encontra receitas de combate a ácaros, fungos, besouros e outros. Comprar: a dica é ir até as hortas urbanas de Piracicaba. Além de poupar tempo com filas e estacionamento, o produto tem qualidade muito superior e preço mais em conta. No aplicativo da Tutti é possível conferir a localização de algumas das 80 hortas espalhadas pela cidade. 19


Cerveja

Cervejas muito especiais Microcervejarias piracicabanas se destacam no top 10 nacional do segmento Por Cristiane Bonin Fotos: Jorge Queiroz

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em deixar a tradicional cachaça de lado, Piracicaba revelou-se na última década um mercado receptivo às cervejas artesanais. Três marcas foram criadas e abriram suas microcervejarias na cidade, e duas dessas empresas oferecem programa e infraestrutura receptivas aos turistas, uma oportunidade de passeio diferenciado em qualquer época do ano. A cerveja artesanal mais antiga de Piracicaba é a Cevada Pura, que nasceu em 2001 de um investimento feito por Carlos Alberto Colombo e Alexandre Augusto Peres Moraes. Colombo é químico e passou pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), de Campinas. Moraes é en-

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genheiro de alimentos e trabalhou na cervejaria Kaiser. A escolha do local para instalar a Cevada Pura, contam os proprietários, foi criteriosa, e Piracicaba foi selecionada pelos aspectos econômico, de desenvolvimento urbano, clima e por conta do perfil do mercado de consumo. A fábrica fica na avenida Lourenço Ducatti, 301, na Vila Rezende. No mesmo local, o cliente é recepcionado na loja da fábrica sede e, para conferir a produção, basta ir a uma das chopeiras para apreciar a bebida, sentir o aroma da cevada, ver os


tanques em aço inox e até bater um papo com os donos do negócio – o clima é mesmo bem receptivo e praticamente todos os clientes, homens e mulheres, fazem a degustação enquanto o pedido, chope ou cerveja, é providenciado. Esta visita à fábrica pode ser feita em qualquer momento do horário comercial (de segunda a sexta-feira) e, aos sábados, das 9h às 15h. A empresa também tem um bar próprio, o Cevada Chopp Bar, localizado na avenida Rui Barbosa, na Vila Rezende. “Temos planos futuros para iniciar um conjunto de atividades neste projeto de visitação”, anuncia o proprietário Moraes. A primeira cervejaria de Piracicaba está entre as dez primeiras do Brasil em giro comercial, informa o proprietário da Cevada – no país existem aproximadamente 200 microcervejarias, conforme a Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas). A produção média mensal é de 25 mil litros na Cevada e o chope de trigo é a prata da casa com seu aspecto turvo e sabor quase doce. As versões pilsen, trigo, india pale ale, red ale e stout podem ser encontradas em chope ou cerveja. Em 2006, a Cevada passou também a engarrafar sua produção. “Abrimos uma franquia da fábrica em Maceió (AL) no primeiro semestre do ano passado. Tudo é fruto de muito trabalho”, relata Moraes.

PRÊMIOS

Fundada em janeiro de 2010, também em Piracicaba, a Dama Bier é uma empresa familiar que, com apenas quatro anos de existência, já coleciona premiações nacionais e internacionais, atestando a qualidade das cervejas produzidas. A fábrica está situada em uma área de 1.900 m², localizada no bairro Piracicamirim, e tem capacidade produtiva mensal de 80 mil litros. A empresa é focada na produção de cerveja com diferenciais em qualidade e grande perso-

Cevada Pura é a mais antiga da cidade

nalidade sensorial. As receitas são desenvolvidas a fim de proporcionar experiências únicas aos amantes de cerveja ao ressaltar as características particulares de cada um dos estilos produzidos, tais como cor, teor alcoólico, amargor, sabor e aroma. A Dama coleciona um total de 14 premiações em diversos concursos de cerveja ao redor do mundo, como Austrália, Estados Unidos, Argentina e Brasil. “Os prêmios que temos colecionado em tão pouco tempo demonstram o nosso compromisso em sempre levar uma excelente cerveja para os apreciadores da bebida”, afirma o beer sommelier e diretor comercial da marca, Paulo Bettiol. A cervejaria piracicabana tem sete rótulos de linha: pilsen, weiss, IPA, münchen, stout, ESB (extra special bitter) e imperial coffee IPA. A Dama também produz receitas sazonais, como a Smoked Porter (de Inverno) e a american lager (de Verão). A cervejaria produz outras cervejas apenas uma vez, proporcionando uma experi-

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Cerveja ência única aos seus degustadores, como é o caso dos rótulos Santa Muerte e do four-pack single hop. Para receber os visitantes, a Dama oferece um programa de tour pela fábrica. O passeio inclui uma visita guiada às instalações da cervejaria, informações sobre o processo de fabricação e degustação direto dos tanques. Existe também atendimento de loja e serviço de balcão, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira, e aos até as 16h.

Dama coleciona 14 premiações

BELGA

A Cervejaria Leuven integra o time de nomes de cervejas artesanais de Piracicaba. Com produção referenciada na bebida belga, a cervejaria foi batizada com o nome da cidade, na Bélgica, conhecida como capital mundial da bebida. Apesar de não abrir para a visitação para evitar risco de contaminação cruzada, a cervejaria, aberta em 2010, tem história e produtos diferenciados no segmento de cervejas artesanais.

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Alexandre Godoy, fundador da Leuven, começou elaborando bebidas diversas seguindo as tradicionais receitas de seu bisavô, Octávio Teixeira Mendes e, a partir de 1992, passou a produzir cervejas caseiras. Godoy aprofundou-se profissionalmente no segmento, com graduação em engenharia agronômica e mestrado na Escócia para produzir com status top premium.

renciada na era medieval, quando era feita por monges das abadias belgas.

Atualmente, a cervejaria produz o chope próprio, estilo pilsen, que é filtrado e tem receita inspirada nas escolas tcheca, alemã e belga, além de quatro variedades de cervejas engarrafadas – golden ale, que é dourada e frutada; red ale, com maltes de diversas intensidades de torrefação e de sabor intenso; blanche witbier, que é uma cerveja de trigo cítrica, tipicamente belga, e a Leuven Dubbel com fórmula refe-

O consumidor encontra o chope da marca Leuven no varejo – Pirachopp (distribuidora) e nos restaurantes Mirante, Toque Brasileiro, Spaço Sushi e Barceloneta. Em Piracicaba, as cervejas podem ser encontradas nos melhores empórios, como o Bom Peixe e do Vovô. Ao todo, a marca belga-piracicabana está em 14 Estados brasileiros.


Hamburguer de quinoa

Michele Maia micheleculinaria@gmail.com

Ingredientes 1/2 xícara de quinoa em grãos 2 colheres (sopa) de farinha de aveia 1 cenoura pequena ralada 1/2 abobrinha ralada 1 cebola picada 3 colheres (sopa) de azeite extra-virgem 2 colheres (sopa) de cheiro-verde picado sal e pimento-do-reino a gosto 4 pães de hamburguer integral 3 colheres de sopa de tapenade de azeitona 1 punhado de agrião 1 cebola roxa cortada em meia-lua

Preparo Cozinhe a quinoa em água e sal até que fique bem macia, por proximadamente 25 minutos. Escorra bem e reserve. Refogue a cebola no azeite até que doure. Misture a quinoa, a farinha de aveia, a cebola dourada, a abobrinha, a cenoura, o cheiro-verde, o sal e a pimenta. Amasse bem para dar liga. Modele os hambúrgueres e coloque em uma assadeira untada com azeite. Asse em forno a 200ºC por aproximadamente 20 minutos, até que crie uma crosta dourada. Monte os hambúrgueres: corte os pães ao meio e passe a tapenade de azeitonas em todas as fatias. Coloque os hamburgueres, um pouco de agrião e as fatias de cebola. Sirva imediatamente. Bom apetite!

Tapenade de azeitonas verdes Ingredientes 300 g de azeitonas verdes sem caroço 4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem Preparo Bata os ingredientes no multiprocessador. Armazene em um pote de vidro fechado na geladeira por até um mês.

Rende 4 porções Michele Maia é chef de cozinha natural e proprietária da Simplesmente Gourmet www.simplesmentegourmet.com.br 23


Coluna

Manu Vergamini manuvergamini.imprensa@gmail.com

A onda é comer na rua! A

moda da comida de rua pegou forte na capital paulista. São os food trucks: veículos adaptados, que levam às vias da cidade opções variadas para quem gosta de novidade e não quer entrar em restaurantes ou se aventurar na cozinha. De temaki a paella, passando pela cozinha vegana, doces e brigadeiros gourmet até cervejas artesanais, os estabelecimentos sobre rodas oferecem opções para todos os gostos e bolsos, nas quatro regiões de São Paulo. Como são itinerantes, a melhor maneira de encontrá-los é verificando seus roteiros por meio dos próprios sites ou telefones. A Tutti selecionou algumas opções, mas a variedade é enorme. Escolha o menu, localize seu food truck e bom apetite!

Prato principal Para os amantes de comida japonesa, uma opção é o Taikô. São mais de dez pratos, como minchi trufado (delicadas fatias de salmão com ovas, flocos tempurá e azeite trufado), taco com salmão e rúcula, e ceviche (peixe branco e salmão com cebola-roxa e tomate-cereja).

Divulgação

Aos que preferem delícias do Mediterrâneo, o Paellas Pepe leva às ruas algumas das mais tradicionais receitas espanholas. O carro-chefe, é claro, é a Paella Del Pepe, uma receita de família preparada artesanalmente, às vistas do cliente. Para acompanhar, a famosa e refrescante sangria é feita com vinho tinto e frutas frescas.

David Wolf

Taikô 19 99935-7286 truck@restaurantetaiko.com.br www.restaurantetaiko.com.br

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Paellas Pepe 11 9 7153-7836 / 3798-7616 david@paellaspepe.com.br www.paellaspepe.com.br


Sobremesa

No Bamboleiras – Sabores da Infância, o destaque vai para o bolo de brigadeiro de chocolate belga e para a pipoca caramelada com açúcar mascavo e amendoim. As balas de coco e os guarda-chuvas de chocolate também fazem a diferença. Para acompanhar, groselha, água, refrigerantes e cafés com notas aromáticas. As Bamboleiras circulam por toda a capital! Ainda na linha dos doces, a Senhora Brigaderia apresenta variadas opções do doce mais querido do Brasil, acompanhado de café expresso ou prosecco geladinho! E não tem como não reconhecer o truck: um brigadeiro gigante colocado sobre o carro desfila pela cidade. Bamboleiras – Sabores da Infância 11 2764-9070 contato@bamboleiras.com.br www.bamboleiras.com.br

Lilian Nakashima

Senhora Brigaderia 11 9 6057-8177 foodtruck@senhorabrigaderia.com.br

Bebericando

Mais Uma Dose contato@maisumadose.net

Divulgação

Os amantes de cervejas artesanais também podem comemorar! A cervejaria itinerante Mais Uma Dose está no hall dos trucks mais procurados, com rótulos que variam semanalmente.

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Novidade

Caixa de surpresas

gourmet

Direto de Caxias do Sul (RS), a Delicaterie envia mensalmente, a seus assinantes, em 12 Estados, um pacote com produtos gourmet selecionados

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escobrir novos sabores, experimentar novidades, explorar novas sensações. Todos os meses, uma boa surpresa. Foi com essa proposta que a Delicaterie abriu as portas em outubro do ano passado para assinantes que queiram desfrutar as novidades e a diversidade do universo gastronômico, apostando na curadoria mensal de itens com apelo gourmet. A cada mês, um kit com cinco produtos garimpados entre temperos especiais, molhos, doces, snacks, bebidas, alimentos para cozinhar ou ainda acessórios e pequenos utensílios para cozinha são enviados aos associados. Além de receberem informação específica sobre os itens, se deliciar com a seleção, conferir receitas e notícias por meio do portal, os assinantes podem opinar sobre cada um

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dos artigos recebidos em sua DeliBox e ser recompensados por isso. Os feedbacks realizados rendem pontos que podem ser trocados por outros produtos disponíveis na loja virtual da Delicaterie. A empresa está focada no aumento de interesse da gastronomia diferenciada, mirando na expansão dos chefs amadores ou profissionais. O clube busca oferecer a seus associados itens nem sempre disponíveis em supermercados, mas característicos de empórios e delicatessens, ou ainda, garimpar alimentos típicos e restritos a apenas algumas regiões.

Bom começo Com mais de 200 DeliBoxes entregues para apreciadores de novidades gastronômicas em seus


três primeiros meses de funcionamento, a Delicaterie comemora a receptividade e a crescente adesão de associados ao clube de assinaturas sediado em Caxias do Sul (RS). O total de 15 produtos gourmets garimpados nesse período foram enviados para assinantes localizados em 12 estados brasileiros, indicando que o interesse em novidades e na descoberta de novos sabores está em alta no mercado brasileiro. "E nossos parceiros estão conscientes dessa tendência e veem nosso serviço como uma excelente ferramenta para acertar em cheio esse segmento de público que não só está em busca de itens diferenciados, como também é grande influenciador de consumo", observa a executiva de operações da Delicaterie, Janine Basso Lisboa. "Estamos entrando em 2015 com excelentes perspectivas. O feedback recebido dos nossos associados tem nos surpreendido positivamente, e eles são os principais divulgadores do clube. Fazem questão de compartilhar a experiência em suas redes sociais, além de indicar e presentear amigos", complementa. Itens como biscoito típico holandês e outro com receita uruguaia, cerveja artesanal, massa funcional com Chia, relax drink, vinagre balsâmico orgânico e um ketchup inovador de manga entre outras gostosuras compuseram as DeliBoxes enviadas aos associados nos meses de outubro e novembro. Já em dezembro de 2014, a Delicaterie entregou a terceira edição da caixa recheada com produtos alusivos às festas de final de ano. O panetone da empresa Frutos da Amazônia veio em um formato todo tropical. Isso porque, na receita, as frutas cristalizadas foram substituídas por cupuaçu e castanhas-do-pará. O chocolate também integrou os itens da caixa. A Ferronatto Chocolates Finos uniu o sabor de seus mais sofisticados produtos e a praticidade do chocolate em pó. O chocolate cremoso gelado é feito para misturar com leite e tem fácil preparação. Já os snacks da Biscoitos Quitanda, empresa de Encantado (RS), utilizou queijo gorgonzola e nozes para criar um sabor diferente ao biscoito caseiro.

Como integrar o clube A Delicaterie oferece o plano mensal, com valor de R$ 69,90, com frete incluso para os estados da região Sul do país. Para períodos maiores de assinatura há descontos progressivos: R$ 67,90 para seis meses e R$ 65,90 para um ano. Nas remessas para o Sudeste há um acréscimo de R$ 10 de frete e, para o Norte e Nordeste, de R$ 20. As assinaturas podem ser feitas pelo site www. delicaterie.com.br, com pagamento por cartão de crédito. Os assinantes também têm a opção de presentear amigos e familiares com uma DeliBox, assinalando esta opção e preenchendo um formulário com os dados da pessoa a ser presenteada.

Delicaterie.com.br Facebook: facebook.com/delicaterie Instagram: @delicaterie A cesta de dezembro teve panetone de cupuaçu e castanha

A DeliBox envia cinco produtos em sua cesta mensal

O patê de salmão defumado em conserva da Marithimu's, localizada em Garuva (SC), tem o propósito de proporcionar petiscos rápidos e sofisticados. Basta combinar o patê com pão ou torradas e está pronta uma entrada deliciosa e requintada. O clássico espumante moscatel completour a última DeliBox de 2014. Cada assinante recebeu uma garrafa da bebida produzida por vinícolas localizadas no maior produtor nacional de uvas da variedade moscato, o município de Farroupilha (RS).

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Nãna

Em fevereiro, tem Carnaval! Parabéns pra você, lá em novembro, fruto de um porre de bloco de rua! Felicidade, pra mim, hoje, seria o mesmo que um cinza 50%. Sólido, mimético, sem muitas estripulias... Simples. Pronto. Desse jeito...

Sinais da idade... Fora a cãibra na mão...

Deus, eu não sei se me falta coragem pra ser a pessoa que eu poderia ser, ou humildade pra aceitar a pessoa que eu realmente sou...

Não é porque eu tenho tempo livre que estou disposta a te esperar...

Ô, produção? Uma ‘questÃ’ de concordância: o doutor Luiz agora pode ser meu psicanalistO e o doutor Marcelo, meu dentistO? E eu deles, seria o quê? A pacientA? Mais inteligentA?

Não é porque não seja mãe que não tenha gerado filhos lindos por aí...

Quando olhei pra mim, precisei menos dos olhares do público... afastei-me, naturalmente, dos palcos... Confissões de bailarina... Se pergunto quanto é 1 + 1, gosto de gente que me responde DEPENDE, porque da dúvida vem a explicação e da desconfiança, a troca... Porque tudo na vida é relativo, mutável e inconstante... Você percebe a revolução tecnológica na pele quando faz uma prova dissertativa e, no meio dela, se

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pega escrevendo 'pq' e 'vc'...

Não é porque não esteja com alguém que não esteja comprometida...

Ok? Fico feliz mesmo quando me 'curtem' nas fotos menos prováveis e menos estéticas, pois sei que são pessoas que gostam de mim de verdade... gostam daquela que não aparece de cara... mas daquela que aparece nas entrelinhas... Enfim, os mais íntimos me perguntam "como vai?" Eu (só) respondo: "Vou indo... ou melhor, TENHO VINDO na direção de mim mesma. .. Nesta árdua e importante tarefa de encontrar o sentido do que é viver... E nada mais a declarar... Teje dito! Nãna Toledo é um ser humano em busca da sua identidade. facebook.com/nãna • iamnana1@hotmail.com


Por Ronaldo Victoria ronaldo@mbmideias.com.br

Trintões em plena forma Assim se passaram 30 anos e esses filmes, que fizeram sucesso total no lançamento, hoje são clássicos inquestionáveis do cinema. Vai aqui uma dica ao público jovem: descobrir essas joias vale a pena, pois conservam o interesse no cinema de qualidade. >  A Cor Púrpu ra – O drama de Steven Spielberg foi o que mais comoveu o público, que chorou demais com a cruel história das duas irmãs separadas por causa do machismo. Mas a Academia não se comoveu e o ignorou no Oscar.

>  Entre Dois Amores – Foi o vencedor do Oscar de 1985. Meryl Streep vive a escritora dinamarquesa Isak Dinesen, que encontra um piloto (Robert Redford) ao conhecer suas propriedades africanas. As paisagens são deslumbrantes.

>  O Beijo da Mulher-Aranha – William Hurt foi premiado com o Oscar como ator nesse filme dirigido por Hector Babenco. Ele vive o afetado Molina, que conta histórias sobre cinema para distrair o parceiro de cela. Sônia Braga é a mulher-aranha.

<  A Testemu nha – A viúva

Rachel e seu filho Samuel iam viajar, mas na estação de trem o menino testemunha um assassinato. O detetive John Book (Harrison Ford) é designado para proteger a dupla, que mora numa comunidade amish.

>  A Rosa Púrpu ra do Cairo – Woody Allen

faz uma declaração de amor ao cinema nessa comédia em que Mia Farrow é a garçonete Cecília. A moça vive no cinema e um dia o personagem sai da tela para ficar com ela. Bela fantasia.

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Memória Lucas, que mora no Rio há seis anos, espera lançar o filme em novembro

Cineasta piracicabano conta

história de

Grande Otelo

Trajetória de um dos maiores atores do cinema brasileiro será narrada em documentário sob a direção de Lucas Rossi, de 21 anos

U

m gigante da arte brasileira. Este é o retrato de Grande Otelo que será mostrado no documentário Otelo, o Grande. A direção cabe ao jovem cineasta piracicabano Lucas Rossi, 21, radicado há seis anos no Rio de Janeiro. O trabalho, que está com o roteiro fechado e logo começa a fase de entrevistas, contempla dois objetivos: primeiro destacar o centenário de nascimento do ator e, depois, trazer a lembrança do nome dele para as novas gerações. “Um dos últimos trabalhos dele na televisão foi na Escolinha do Professor Raimundo, mas com um personagem de pouca

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Por Ronaldo Victoria Fotos: Alessandro Maschio

expressão. Como ele morreu há mais de 20 anos, em 1993, há toda uma geração que não o conhece. Eu mesmo tenho uma sobrinha de 11 anos que nunca ouviu falar em Grande Otelo”, conta Lucas. E Otelo – nascido Sebastião Bernardes de Souza Prata, em Uberlândia (MG) - foi grande na carreira. Esteve em nada menos que 117 filmes, desde a fase das chanchadas até a época do Cinema Novo, de onde veio seu maior sucesso, o clássico Macunaíma. “Ele era de uma enorme versatilidade e atuou tanto em comédias de vaudeville quanto com grandes nomes do cinema


mundial como Orson Welles, que o dirigiu em É Tudo Verdade e o chamava de gênio, e o alemão Werner Herzog, com quem fez Fitzcarraldo”, lembra. A época mais popular dele, no entanto, foi quando formou uma dupla famosa com Oscarito. Foram anos de parceria, com cenas memoráveis, como aquela em que a dupla encarnava Romeu e Julieta em Carnaval no Fogo (1949). Oscarito era Romeu e Otelo a Julieta. Mas havia um componente não assumido na carreira de Otelo: o racismo brasileiro, ao mesmo tempo forte e velado na mesma dimensão. “Ele sempre fazia ‘escada’, ou seja, ajudava o Oscarito, na pele do branco esperto, a brilhar. O racismo doía, sim, na pele dele, mas ele nunca foi de briga”, destaca. Essas e outras características da face não-revelada do ator ganham espaço no documentário, que deve ganhar lançamento em novembro. “A vida pessoal dele, as várias tragédias pelas quais passou, os quatro casamentos mal-sucedidos e os problemas com o alcoolismo também fazem parte do roteiro. Se eu tirasse, estaria descaracterizando o Otelo”, diz o cineasta. Não foram poucas as tragédias. O pai morreu esfaqueado e a mãe, alcoólatra, era cozinheira e trabalhava sempre com um copo de cachaça ao lado do fogão. Depois de fugir de Uberlândia com uma companhia de teatro mambembe para São Paulo, ele se casou com uma moça que já tinha um filho pequeno. Mas, provavelmente em crise de ciúme, ela envenenou a criança e depois cometeu suicidou. “Esse foi o maior golpe na vida dele, mas contam que logo em seguida ele estava no palco, porque o show tem de continuar.” O ator teve várias dificuldades por conta do alcoolismo. “Ele não era de beber pouco e nem bebida fraca. Gostava mesmo de cachaça. E não importava se o trabalho termi-

nasse às quatro da manhã, ele sempre estava procurando um bar”, lembra o cineasta. Porém, ele destaca que pretende abordar tudo isso de forma leve, sem lançar mão do sensacionalismo. É uma vida bastante intensa, que terminou em 26 de novembro de 1993, quando Otelo morreu de infarto num avião, quando estava indo para a França, receber uma homenagem no Festival de Nantes. Para os depoimentos, Lucas já agendou entrevistas com Jô Soares, Artur Poerner, Luís Carlos Maciel e Marieta Severo. Grande Otelo morreu em 1993, aos 78 anos

JOVEM E EXPERIENTE Mesmo com a pouca idade, Lucas Rossi tem um currículo expressivo. Ele começou, em 2010, como assistente de produção de O Livro dos Salmos, com Cid Moreira. Atuou na produção da peça Escola de Mulheres e do curta-metragem Mães da Lapa. Fez parte da equipe da série Mais x Favela, uma produção de Luiz Carlos Barreto em parceria com o grupo Nós do Morro. Foi também assistente de direção do documentário Como Você me Vê?, com depoimentos de vários atores, como Cissa Guimarães, Rodrigo Pandolfo, Nanda Costa e Babu Santana (o Tim Maia do filme). E atuou na produção do DVD que comemorou os 60 anos da peça Pluft, o Fantasminha, de Maria Clara Machado, estrelada por Cláudia Abreu. 31


Memória

Otelo em Piracicaba A história de Grande Otelo cruza-se de forma expressiva com a de Piracicaba, no começo dos anos 80, quando o ator deu nome à sala de cinema de arte que funcionou no Teatro Municipal Dr. Losso Netto. A inauguração aconteceu em 1981, quando o coordenador de Ação Cultural era David Chagas e o prefeito era João Herrmann Netto. A visita de Otelo está marcante na memória de Maria Araújo, que na época era programadora cultural da cidade. “Eu fui recebê-lo no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e estranhei a grande quantidade de jornalistas e fotógrafos. Só depois percebi que o motivo era o Otelo, pois ele havia fugido de um hospital do Rio de Janeiro para não perder a homenagem”, conta. Logo o ator foi cercado pelos jornalistas. “Ele disse que não podia deixar de comparecer a um acontecimento tão importante em Piracicaba, e que estava acompanhado por uma representante da cidade, ‘Maria da Luz’. Ele entendeu o meu nome errado”, lembra Maria Araujo. Na saída do aeroporto, ela disse que o almoço seria por conta da prefeitura e perguntou qual restaurante ele preferia. “Achei que ele ia escolher algo chique na época como o Rodeio, mas ele falou que adora-

va um restaurante simpático chamado Um Dois Feijão com Arroz. Para você ver como ele era simples.” Assim que chegou a Piracicaba, o ator já estava sendo esperado por jornalistas, incluindo uma equipe da TV Campinas, como ainda era conhecida a EPTV, e a repórter que o entrevistou foi Ilze Scamparini, hoje correspondente da Globo na Itália. A noite na cidade, depois da solenidade, que teve a projeção de Macunaíma, foi no mesmo estilo. O prefeito Herrmann o levou para o Bar da Flora, reduto boêmio na Rua do Porto. “Foi uma noite agradável e me lembro que ele não quis tomar nada alcoólico. Disse que já havia sofrido muito e que o alcoolismo só tirava as coisas das pessoas”, recorda Maria.

Vida agitada A vida de Grande Otelo, em seus 78 anos, teve dramas e alegrias para vários filmes. Depois de fugir de Uberlândia, Otelo foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz, de São Paulo, onde estudou no Liceu Coração de Jesus. Ainda nos anos 20, começou a participar da Companhia Negra de Revista, cujo maestro era Pixinguinha. Em 1932, entrou para a companhia de teatro de revista de Jardel Jércolis, onde ganhou o apelido que o tornou famoso. Nos anos 50, teve uma fase de grande sucesso no cinema, em parceria primeiro com Oscarito e depois com Ankito. Depois, seguiu-se uma época de crise nos anos 60, da qual só se reergueu ao aparecer no filme Macunaíma, em 1969. A partir dos anos 70, foi contratado pela Rede Globo, onde apareceu em várias novelas, como Uma Rosa com Amor, Feijão Maravilha e Sinhá Moça. Sua última aparição aconteceu em Renascer, em 1993, pouco antes de morrer. Teve cinco filhos, incluindo o ator José Prata.

Em Piracicaba: Grande Otelo, ao centro, sentado ao lado do prefeito João Hermmann; atrás do ator, em pé, está Maria Araújo

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O CAPITAL NO SÉCULO XXI Thomas Piketty Intrínseca O livro de economia mais comentado dos últimos anos. Até que não é ligado em números vai gostar. Tudo porque o francês Piketty fala sobre o tema enfocando a concentração de renda e seus danosos efeitos no mundo todo. Rendeu comentários nas redes sociais e ganhou elogios de gente famosa.

MAMÃE WALSH: PEQUENO DICIONÁRIO DA FAMÍLIA WALSH Marian Keyes Bertrand Brasil A autora de “Melancia” retorna com um livro diferente, mas ainda mais engraçado. É um dicionário da família irlandesa mais disfuncional de todos os tempos. Quem está com a palavra é a mamãe Walsh, que fala tudo sobre as cinco filhas (Claire, Margareth, Rachel, Ann e Helen). Parente é serpente!

OS INOVADORES: UMA BIOGRAFIA DA REVOLUÇÃO DIGITAL Walter Isaacson Companhia das Letras A obra fala de pessoas que criaram o computador e a internet. Pessoas como Steve Jobs (Apple), Bill Gates (Microsoft), Larry Page e Sergei Brinn (Google). O autor conta que foram invenções coletivas, resultado da interação de vários profissionais que transformaram máquinas pesadas em personal computers.

A CEIA SECRETA Javier Sierra Planeta A história se passa em 1497, quando o papa Alexandre VI recebe denúncia: o polêmico Leonardo da Vinci está pintando uma nova versão da Santa Ceia, em que ele deixa muitas mensagens cifradas sobre a vida de Cristo. Um inquisidor vai ao local para decifrar o mistério. Segue claramente o estilo Código da Vinci.

O Festim dos Corvos - As Crônicas de Gelo e Fogo – Livro 4, de George R.R. Martin, Editora Leya “Neste quarto livro da serie "As cronicas de gelo e fogo" as aventuras estão melhores e mais intrigantes, a disputa pelo Trono de Ferro vem com muitas batalhas, traições e grandes perigos, é um livro que te prende do começo ao fim”,

Juliana Brizola, estudante universitária, Condomínio Benvennuto


Matéria da capa

‘O samba

me escolheu’

Por Ronaldo Victoria Fotos: Cássia Marques

C

om um nome de tom aristocrático, Ana Eliza de Moraes Barros logo seguiu sua maior vocação, a música, e se formou em canto lírico pelo Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, em Tatuí. Mas ela gosta mesmo é de ser cantora popular. E de samba. “Era costume se ouvir samba em casa, desde criança foi assim”, ela conta. Hoje, aos 34 anos, Aninha Barros, líder do grupo Samba D’Aninha, já tem 20 anos de carreira dedicada à música. Sucesso em toda a re-

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gião, canta de segunda a segunda e já conta com um público fiel. Lança, em breve, seu primeiro CD, com 11 sambas inéditos e a regravação de um clássico de Noel Rosa, Último Desejo. Com tantos shows e as aulas de canto que dá em duas escolas de Piracicaba, acha que já estaria sem voz se não tivesse a técnica aprendida com a música clássica. Mas não reclama. “O palco é a minha casa e se eu não puder estar mais lá, perdi minha vida”, garante.


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Matéria da capa

Revista Tutti - Foi você que escolheu o samba ou o samba que escolheu você? Aninha - O samba me escolheu. Vem de família.

Desde minha avó, passando pela minha mãe, era costume ouvir samba em casa.

Sua família é muito musical? Muito. Minha mãe canta. Meu avô era multi-instrumentista, tocava cavaco, viola, acordeon...

Então, para assumir a carreira artística, você não teve dificuldade? Não, mas fui a única que foi para o lado profissional.

Nunca pensou em outra profissão? Nunca, tanto é que trabalho desde os 14 anos com música. Participei do primeiro concurso aos 14. Aos 16 já comecei a me manter com a música. A família nunca se opôs, foi minha mãe que me inscreveu no concurso.

Como está o samba em Piracicaba? Está muito valorizado. Percebo até pelos músicos que vêm procurar emprego comigo. E não é só quantidade, cresceu muito na qualidade.

E tem muita mulher no samba. Hoje elas não têm mais medo de ‘por a cara’. Saindo da área musical, o Senai (Serviço Nacional da Indústria), que quase só tinha espaço para homem, hoje tem muito curso para elas. Em qualquer profissão é assim. E falo isso porque a música é uma profissão. Minha renda vem da música.

Você escolheu ser cantora popular, mas tem formação clássica, não? Sou formada em canto lírico pelo Conservatório Dr. Carlos de Campos, de Tatuí.

Nunca pensou em seguir essa vertente? Não. Quando entrei em Tatuí já era cantora popular, cantava em banda de baile. Dava aula, já tinha feito cursos de canto e tinha alguma base. Tive duas escolhas: MPB ou canto lírico. Fui para uma área que exige mais de mim, com trabalho vocal, corporal. Tive matérias como história da música, expressão corporal. Você se descobre por meio do canto lírico.

Para ter uma base sólida para o popular... Exatamente. O pessoal fala: eu nunca ouvi você cantar o lírico no samba. Mas toda técnica que eu aprendi no canto lírico eu adapto para o samba. Tenho 19 anos de estrada cantando 36


na noite, ficando sem dormir, dando aula o dia inteiro. Já era pra eu estar sem voz. A técnica é para a vida toda.

não tinha muito conhecimento. Foi mais difícil.

Essa vida de cantar na noite é muito puxada?

Exatamente. Aliás, essa é uma grande esperteza da mulher, deixar o povo pensar que a gente é boba!

Muito! Tenho que ter descanso, no mínimo oito horas de sono, me alimentar bem. Faço exercício físico porque o corpo tem que ter uma estrutura para aguentar a noite. É lindo ver você cantando, mas o pessoal não sabe o trabalho que dá. Meu show está marcado para as nove da noite, às oito estou passando o som. Aí acaba, você vai embora e eu fico lá desmontando o equipamento. Chego em casa às quatro da manhã. É um trabalho delicioso, mas é árduo. O palco é a minha casa e se eu não puder estar mais lá, perdi minha vida.

Você está com a agenda de shows carregada? Graças a Deus! Posso dizer que a gente está trabalhando de segunda a segunda. Toco nos finais de semana, mas também dou aula de canto na Vivace e na Music Center de terça a sexta. Então, trabalho com a voz todos os dias.

Você já passou por várias fases. Como é o começo, em que, como diz a música do Milton Nascimento, ‘não importa se quem pagou quis ouvir’? No começo eu achava desagradável. A pessoa chegava ao ponto de pedir para abaixar o som! Quando você escolhe um bar com música ao vivo, escolhe apreciar a música. Mas foi um aprendizado. Um cantor me contou que uma vez abaixou tanto o som que a pessoa precisou pedir depois que aumentasse.

Mas hoje as pessoas vão para vê-la, é diferente... Vão pra se entregar mesmo. Já pedem música pelo Face e vão para me ouvir cantar. Muita gente me pergunta se faço voz e violão. Acho que descaracteriza o que é o meu repertório. Para samba tem que ter pandeiro, cavaquinho...

Como foi montada a sua banda, o Samba d’Aninha? Somos seis. Tem o Fernando, que é meu marido. É muito bom, porque dividimos tarefas. Ele é ótimo em orçamento, fechar contrato. Deixo a burocracia pra ele. Acho que as pessoas respeitam mais quando é homem.

Ainda tem isso? Eu sinto isso. No começo do Samba d’Aninha quem fechava datas, orçamento, era eu. Mesmo que você tenha pulso forte e seja pé no chão, como eu, o pessoal dá uma choradinha e você age com o coração. No começo o pessoal

Faz de conta que você é ‘mole’ como o povo espera que seja...

Tem só homem na banda? Tem Tadeu no cavaco, Léo no violão, Pablício no pandeiro e Xande no tantã.

E como é chefiar essa rapaziada? Você é a abelha-rainha? Eu sinto um respeito muito grande deles. O Samba d’Aninha veio para me abrir portas, não só pelo profissionalismo, mas pela família que hoje a gente é.

Você é bem conhecida na cidade. Não sofre cobranças do tipo: por que você não tenta voos maiores? Eu me cobro um pouco e o público me cobra muito.

Tipo por que você não se inscreve no The Voice? É. E eu brinco dizendo: ‘não estão mais gostando de mim aqui, querem que eu vá embora?’ Eu penso nisso. Conheço muita gente que participou de concurso em televisão e a gente sabe que tem uma ‘panela’.

Quando você era pequena, que cantora a influenciava? Lembro que minha mãe colocava muito Alcione pra eu ouvir.

Que músicas dela falam mais, os sambas rasgados ou as baladas? Todas. A Alcione veio mais da linha do forró, ela nasceu no Maranhão. E na minha casa a gente sempre ouvia muito forró e samba. A minha escolha veio pela minha vivência. Depois fui conhecendo outras cantoras, Clara Nunes, Beth Carvalho. Elis Regina também foi muito forte na minha vida.

Piracicaba valoriza os cantores? Não, ainda falta. O profissional da música trabalha muito. Não é só chegar e cantar, você monta um repertório, tem que ensaiar com os músicos. Cada um tem uma disponibilidade de horário. É muita coisa.

Por ser uma mulher bonita, já levou muita cantada na noite? Já levei, mas aí entra aquele jogo de cintura que te falei. “Olha, estou trabalhando”. Mas 37


Matéria da capa

isso faz parte. Tanto pra mim quanto para os meninos, viu?

Ah, eles também são cantados? Os meninos são muito assediados. Demais! Até o meu marido!

E aí, o que você faz? Já aprendemos a lidar com isso. Teve uma situação engraçada. Na primeira vez que a gente se apresentou em Americana, veio uma moça e perguntou: ‘todos os músicos são casados?’ Eu disse que não. O fato é que ela estava interessada no Fernando. Eu falei:’ quer conhecer ele?’ Apresentei um para o outro e voltei a cantar. Só que alguém falou que ele é meu marido. Essa menina ficou tão sem graça! Mas ao mesmo tempo veio conversar comigo. Eu disse que ali éramos profissionais. Ela ficou admirada com a minha atitude.

O samba transmite essa visão mais calma, mais que os outros ritmos? Acho que sim. Além da batucada, a letra e a melodia são muito emocionantes.

Tem algum samba que te emocione mais que todos? Tem uma música chamada Um Ser de Luz, feita em homenagem a Clara Nunes logo depois que ela morreu. Essa música me arrepia dos pés a cabeça. E eu choro, vem uma emoção que sobe. E deixo o público cantando o refrão.

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Quando lança seu disco? Terminei de gravar o CD, está pronto. Agora vai para prensagem. Estou querendo fazer o lançamento em breve..

E o repertório? São 12 faixas, 11 inéditas e uma do Noel Rosa, Último Desejo. Um compositor da Beth Carvalho, o Wanderlei Monteiro, me deu três músicas e escolhi duas. O disco se chama Requinte. Está uma pérola, não é porque é meu!

O pessoal diz que hoje não se vende tanto CD. Isso dificulta? Mas a expectativa está tão grande em relação ao meu CD que tive de aumentar a quantidade de cópias. Eu tenho um público na cidade e é o lance do carinho. Quanto eu termino de fazer o show, o pessoal pergunta se tem CD. Eu tinha preocupação com isso, porque eu baixo música pela internet. Mas ainda compro CD porque faço questão de ter o encarte com as letras.

O que falta mais na sua vida? Pra mim agora não falta nada. Só tenho de agradecer. Mas como tudo aconteceu tão inesperado, meu nome sendo tão bem falado na cidade, só espero mais coisas inesperadas.

Como diz a letra de Eu e a Brisa, que “o inesperado faça uma surpresa”... É isso o que eu quero da vida: que o inesperado sempre me faça surpresas!


Beleza

Maquiagem à prova de calor Mariana Junqueira marianajunqueira8@hotmail.com Foto: Juliano Amaral

N

ada pior que ir linda a um evento durante o dia e ficar com a maquiagem toda derretida! Para evitar esse mal, vou contar alguns segredos profissionais para a maquiagem durar entre 8 e 12 horas mesmo no calor! 1- Prepare bem a pele. Isto significa lavar o rosto com um sabonete de limpeza próprio para seu tipo de pele (oleosa, mista ou seca); 2- Use um bom tônico para equilibrar o pH da pele; 3- Hidrate a pele para que ela não absorva a água da base e fique ‘craquelada’; 4- Use um bom Primer, este produto ‘fecha’ os poros, garantindo que a pele não transpire; 5- Hoje existem bases, máscaras para cílios e pós translúcidos de efeito à prova d’água. Lan-

ce mão desses cosméticos e garanta um look impermeável! Importante: estas dicas são para eventos sociais ao ar livre (com sol indireto). Para evitar manchas provocadas pelos raios solares, o ideal é que toda a maquiagem contenha FPS (fator de proteção solar) 15. É fundamental lembrar que na praia e na piscina o ideal é usar o filtro solar e dispensar a make, pois só a maquiagem com filtro não é suficiente para proteger do sol nessas situações. Mariana Junqueira é gerente do salão de beleza Aspecto Piracicaba. Foi professora no curso de maquiador profissional do Senac. Atua no mercado de maquiagem há 13 anos, em desfiles, produção de noivas e editoriais de moda. 39


Vitrine

R$ 198

Para sempre

floral R$ 120

R$ 82

40


Fotos: Jeneli W. Lorenz

R$ 159,90

R$ 89,90

A

s estações vêm e vão, tendências surgem e desaparecem na moda, mas uma coisa é certa: as estampas florais estão sempre atuais. Quem garante é a estilista Renata Kalil, da LÖS, em Piracicaba. Ela selecionou os hits da sua coleção de Verão para a Revista Tutti, disponíveis no showroom da marca. É leve, é chique. É LÖS.

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Onde encontrar: Rua Rangel Pestana, 641 - Centro 19 3374-5641 • www.losbrasil.com.br

Renata Kalil, estilista da LÖS 41


Design de interiores

Os artistas oferecem maquete do espaรงo a ser decorado com o papel de parede 42


Texto e fotos: Marcelo Gimenes marcelo@gimenes.eu

Design e arte em papel O

s chineses podem ter sido os primeiros a utilizar papel como forma de revestimento para suas paredes, 200 anos antes do Salvador nascer, mas, como sempre, foram os franceses que deram seu ar da graça ao produto, transformando-o num dos detalhes de decoração mais cobiçados pelas fashion victims (vítimas da moda) do final do século 18. Mas naquela época, papel de parede tinha outra cara. Tudo feito à mão, fruto das últimas tecnologias habilmente ‘conquistadas’ dos chineses por comerciantes árabes que não mediram esforços para sua comercialização pelo continente europeu. Sua propagação foi lenta, assim como sua aceitação. Com temática sempre chinesa (daí o termo chinoiserie), até o século 16 a oferta era limitada assim como os desenhos oferecidos. Mas, para nossa alegria, o então regente francês Francisco 1º convida artistas renascentistas italianos a se instalarem na França, surgindo assim novas estampas nos papéis de parede, desta vez totalmente europeias.

Mas foi mesmo em 1870 que o francês Juan Zuber instalou, em Rixheim, na França, uma fábrica de papel de paredes que funcionaria até 1939, e iria revolucionar o mundo da decoração. As paredes, até então, eram adornadas com tapeçarias retratando paisagens, o que não só oferecia uma solução estética para a decoração, mas, sobretudo servia como camada de proteção contra o frio nos interiores dos palácios. Mas nem todos tinham palácios, tampouco os meios para aquisição de tapeçarias exóticas em materiais de luxo. No final do século 18 surgem no mercado os papéis de parede panorâmicos da Zuber, com técnicas de impressão aperfeiçoadas com o uso de corantes. E, como se pode entender, tudo era feito à mão. Desde o fundo colorido aos detalhes mais insignificantes. Inicialmente, as pinturas eram feitas manualmente por artesãos, depois evoluíram para grandes carimbos de madeira decorativos que, depois de entalhados por artistas, eram embe-

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Design de interiores

Inspiradas na natureza, as estampas sĂŁo Ăşnicas e feitas sob encomenda

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As faixas de papel de parede têm 75 cm de largura e 310 cm de altura

bidos em tinta para imprimir os desenhos em sequência. Baseados em passagens históricas, os painéis da Zuber ainda causam hipertensão nos colecionadores e aficcionados. Com a indústria, o papel de parede se transforma em produto de massa, deixando pra trás um passado de glória. Novas tecnologias, novos materiais e um mercado de consumo descartável fizeram com que a produção de papéis de parede crescesse e tornasse possível sua aquisição para todas as camadas da sociedade. Com uma influência cada vez maior na decoração, o papel de parede é prático, causa efeito com rapidez e oferece uma sensação de aconchego e luxo. Sem contar as vantagens acústicas e de isolação. O papel cria um ambiente, transforma suas funções e acolhe. Junto com a imigração europeia, no final do século 19, o papel de parede também aterrissa em terras tupiniquins. Até 1930, a importação

de papel de parede era pequena em virtude dos altos custos. Com a modernização da indústria brasileira, nos anos 60 e, por consequência, os baixos custos, o papel tornou-se popular como revestimento decorativo de paredes. Hoje, com uma visibilidade cada vez maior e com a chegada de técnicas de impressão digital de alta qualidade, as estampas de papel se tornaram infinitas. Tudo é literalmente possível e o papel de parede revive, assim, mais uma história de sucesso. E quando a procura é grande, a oferta se apresenta. FEITO À MÃO Especializada em estampas exclusivas para papel de parede, a holandesa Snijder&CO deu um passo à frente e voltou no tempo. Inspirados pelas tapeçarias do século 18, os artistas da Snijder&CO desenvolveram uma nova coleção de papéis de paredes pintados à mão, utilizando técnicas de ponta, novos ma45


Design de interiores

Artistas trabalham há um ano no intuito de aperfeiçoar essa técnica antiga de pintura

teriais e tintas de alta qualidade como Farrow & Ball, Little Greene e IJM Colour Amsterdam, incluindo fundo metalizado em dourado. Para os mais corajosos, folhas de ouro ou prata também estão disponíveis.

profissão. Os desenhos são inspirados em plantas e flores, sem faltar um pássaro ou uma borboleta para acrescentar um pouco de humor e contemporaneidade ao produto” – afirmam os artistas.

A equipe de artistas da Snijder&CO vem trabalhando há mais de um ano no intuito de aperfeiçoar essa técnica antiga de pintura e impressão. O resultado é, sobretudo, contemporâneo e surpreendente. Ricas em detalhes e inspiradas na natureza, as estampas são únicas e feitas sob encomenda. As faixas de papel de parede têm 75 cm de largura e 310 cm de altura, e são feitas à mão desde a cor de fundo. A liberdade de escolha das estampas e das cores e opção de personalização do produto torna a coleção única no mundo de interiores. (Para a Primavera de 2015, a Snidjer&CO prepara uma série especial de papéis pintados à mão, digitalizada e impressa em alta resolução com tiragem limitada!)

Para facilitar sua compreensão e para se obter uma imagem mais clara do produto final, os artistas oferecem uma maquete do espaço a ser decorado com o papel de parede em miniatura, facilitando dessa maneira eventuais mudanças na estampa ou nas cores. Exclusividade e liberdade ao pé da letra.

“É um trabalho minucioso e demorado, mas cada faixa de papel de parede pintado a mão é feito com muito amor, atenção e respeito à

É o que acontece quando arte e design ‘colidem’. Para mais informações: www.snijder-co.nl Marcelo Gimenes é piracicabano, artista plástico pela Academia de Artes Willem de Kooning em Roterdã e reside há 28 anos na Europa, é diretor criativo da Snijder & CO (www. snijder-co.nl), co-fundador da Barce Foundation (www.barcefoundation.org) colecionador e consultor de decoração assina os projetos da Depot Rotterdam (www.depotrotterdam.nl)


Artigo

TrabalhoX Satisfação S

ei que esse debate é um pouco batido, mas acredito que seja válido. Por esse motivo, resgatei uma pesquisa que me impressionou bastante, aplicada pela empresa HLCA Human Learning, em 2006. Embora um pouco antigo, o estudo, que foi realizado com 10 mil brasileiros, de executivos a funcionários sem curso superior, em todas as regiões do país, me parece bastante atual. O resultado apontou que 78% das pessoas estavam infelizes no emprego. Sim, 78%! Minha primeira reação ao ter acesso a essa informação foi de espanto e extrema tristeza. Já passei por momentos de insatisfação ao longo da minha carreira profissional e consigo imaginar o que essas pessoas vivem diariamente, o que sentem quando o despertador toca pela manhã.

Num segundo momento, esse número me pareceu bastante condizente com a realidade que vivemos, pois observo, de forma geral, uma falta de amor, de cuidado dos profissionais ao realizarem seus trabalhos, não é mesmo? Desde o mau humor da operadora de caixa do supermercado, até o doutor que não olha nos olhos do paciente durante uma consulta médica. Essa infelicidade se reflete diretamente na qualidade (ou na falta de qualidade) do que se entrega como atividade profissional, concorda?

Silvana Esteves Meneghetti é executive coach, life coach, fundadora e diretora da Plano Coaching

Silvana Esteves Meneghetti silvana@planocoaching.com.br

E, já numa terceira etapa, me pergunto: por que 78% das pessoas permanecem onde estão, infelizes no seu trabalho? Quanto tempo mais elas vão continuar entregando ‘o que tem pra hoje’, se lamentando, sofrendo e adoecendo? Sei que algumas mudanças não são fáceis nem rápidas, mas acredito que elas são possíveis. E você? E se você se enquadra nesses 78% de infelizes, que tal aproveitar o novo ano e rever algumas questões relacionadas à sua carreira? Você consegue, hoje, vivenciar seus valores no seu dia a dia de trabalho e desenvolver atividades que lhe tragam significado, importância, satisfação? Quais são as suas metas principais de carreira? Como você está se preparando para atingi-las? Essas são apenas algumas reflexões e provocações despretensiosas, mas que, por ventura, podem iniciar um movimento de mudança, que só depende de você. Vamos em frente? “A única maneira de fazer um bom trabalho é amando o que você faz. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se desespere. Assim como no amor, você saberá quando tiver encontrado. ” (Steve Jobs)


Design de interiores Jeneli W. Lorenz

Morar à

francesa Móveis no mais puro estilo provençal, presentes, papéis de parede e uma grande variedade de itens de decoração fazem da BelleClaire uma loja única Leila Moda: ‘Nosso lema é surpreender o cliente’

P

ense numa loja que ‘transportará’ você para a França. Sim, esta loja existe e está em Piracicaba. Ao entrar na BelleClaire Móveis e Decoração, o visitante é envolvido pelo aroma agradável que exala das lamparinas com perfumes da Lampeberger. A música ambiente também dá o tom com uma playlist que inclui clássicos como Tu es ma came, com Carla Bruni. Toda esta sensação também está distribuída entre as peças à venda na BelleClaire, do aconchego do mobiliário europeu, com seu estilo clássico e singular na linha provençal, ao contemporâneo. O display da loja inclui uma garimpagem de pequenas preciosidades em presentes e revenda exclusiva de grandes marcas como Kleiner Schein, Catherin Maison e Tapeçaria Italiana. Outras das raridades da BelleClaire incluem itens como mesas de jogos, papéis de parede, tapetes personalizados, enxovais e lustres. A lista de comodidades

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Por Cristiane Bonin

ao cliente nesta requintada loja de decoração também engloba a instalação das peças compradas e projetos especiais para modulados. “Sem a menor dúvida, somos uma loja totalmente diferenciada e trabalhamos com produtos de traços leves, sem perder o ar sofisticado. A delicadeza das peças é para encantar e surpreender”, conta Leila Moda, proprietária e designer de interiores. Especializada em apresentar novidades e lançamentos, a loja de design instalada em Piracicaba, desde agosto de 2013, inaugura em março, uma cozinha Kleiner Schein no mais puro estilo europeu em seu showroom.

SERVIÇO A BelleClaire Móveis e Decoração fica na avenida Independência, 3.464, na Vila Independência. Na web, o endereço é belleclaire. com.br e /BelleClaireMoveis no Facebook.


/BelleClaireMoveis

19 3434.1231 19 3432.2367 www.belleclaire.com.br

Av. Independência, 3464 Piracicaba/SP Opção de estacionamento frontal e lateral


Turismo

De trem pela Europa Confira dez dicas importantes para quem vai viajar com este meio de transporte pela primeira vez

Fotos: Divulgação

O

trem é o modo mais europeu de viajar. Eficiente, seguro, confortável e, de quebra, com muito charme. Para os brasileiros que pretendem conhecer ou rever diversas cidades da Europa em uma única viagem, o trem é o jeito mais fácil e prático. Isso porque o Velho Continente soma 250 mil quilômetros de ferrovias, conectando mais de 20 países, o que permite fazer várias combinações entre diferentes destinos. Uma das maiores facilidades é comprar a passagem de trem ainda no Brasil, evitando filas e garantindo bons descontos no site da Rail Europe (www.raileurope.com.br).

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51


Turismo

Confira dez dicas para embarcar nos trens europeus pela primeira vez:

1. Por que viajar de trem?

O trem é a maneira mais confortável e prática de conhecer os encantos das cidades europeias. Na maioria dos trens europeus não há a burocracia dos aeroportos como o check in com duas horas de antecedência, revista no raio-X, conferência de documentos e de bagagens. Viajar de trem também é, muitas vezes, mais econômico, já que o passageiro não paga pela taxa de embarque nem pelo traslado de táxi ou ônibus até o aeroporto. E, de quebra, pode apreciar a paisagem pelo caminho.

2. Onde estão localizadas as estações de trem na Europa? As estações de trem estão localizadas no centros das cidades. Além disso, a maioria dos aeroportos está ligada às redes ferroviárias por uma estação no próprio 52

terminal ou por sistemas de metrô e trem. É o caso dos aeroportos de Barcelona (Espanha), Londres (Inglaterra), Berlim e Frankfurt (Alemanha), Paris (França), Roma (Itália), entre outros.

3. Devo ter algum cuidado no momento de embarque?

Seja pontual, pois os trens não atrasam. A maioria deles encerra o embarque dois minutos antes do horário previsto de saída, além de não realizar procedimento de check in. Procure chegar com antecedência de 15 a 30 minutos para localizar a plataforma de embarque e o vagão.

4. Existe limite de bagagem? A quantidade padrão de bagagem é de duas malas grandes por pessoa. Uma das vantagens de viajar de trem é que, diferentemente das companhias aéreas internacionais e das low cost, não há regra para despacho, nem limite de peso de bagagem. Mas o passageiro fica responsável pelo transporte da bagagem,


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Turismo

6. Como comprar as passagens ainda no Brasil?

que é armazenada nos bagageiros superiores ou atrás de cada assento.

5. É possível fazer refeições a bordo? Nos trajetos mais longos, os trens contam com vagões-restaurante, que oferecem refeições completas. Se o percurso for menor, carrinhos de bebidas e lanches circulam pelos corredores. Em algumas linhas como Thalys e TGV, o viajante pode solicitar que a refeição seja servida em sua poltrona, com horário marcado. Outra opção é levar seu próprio lanche.

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Basta acessar o site da Rail Europe (www.raileurope.com.br), que está totalmente em português. Com isso, você evita filas, sobretudo na alta temporada. Os passes comprados com antecedência podem garantir bons descontos. O site também apresenta algumas promoções, além de oferecer serviços como reserva de assento, o que pode ser exigido pelos trens de alta velocidade. Além disso, os bilhetes são entregues na sua residência.

7. Quais os tipos de passes? Antes de tudo, faça um roteiro com o tempo de duração da viagem e os lugares que pretende visitar. Os bilhetes ponto a ponto são indicados para viagens previamente agendadas ou de curto deslocamento entre dois destinos. Já se a ideia é ter maior liberdade de mudança de itinerário, escolha os passes flexíveis para viagens ilimitadas para vários países.


8. Há descontos nas passagens? Muitos passes oferecem descontos para crianças, jovens até 26 anos e pessoas com mais de 60 anos.

9. Quais as diferenças entre as acomodações de primeira e segunda classe? Os vagões da primeira classe apresentam menor número de assentos, os quais são reclináveis e mais confortáveis. Em geral, são passageiros que viajam a trabalho. Já os vagões da segunda classe oferecem maior número de assentos.

10. É preciso reservar o assento?

Se a passagem for para trens de alta velocidade, panorâmico ou noturno, a reserva é obrigatória. Se este for o seu caso, há duas soluções: comprar a reserva antecipadamente pelo site da Rail Europe ou contatar seu agente de viagens para auxiliá-lo.

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Tutti do Bem

Apaspi: pioneira e avançada Criada para auxiliar pessoas com deficiência auditiva há 38 anos, entidade atende hoje 55 crianças e adolescentes Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio

Vinícius frequentou a Apaspi por 18 anos e hoje trabalha num supermercado

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ioneirismo é a marca da Apaspi (Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Piracicaba), organização da sociedade civil privada que foi criada na cidade no dia 26 de maio de 1977. Na época em que as professoras Adir Teresinha Massari e Maria Ephigênia de Mello Camuzzo tiveram a atitude de fundar a entidade, o quadro geral em relação aos deficientes auditivos era muito diferente. “Elas eram duas professoras da Escola Estadual João Conceição, que fica na Paulista, e teve a primeira classe especial para deficientes auditivos. Além do trabalho específico de educação, elas se reuniam com os pais dos alunos para palestras e orientações. Isso porque a informação era pouca e o preconceito ainda era grande”, lembra Deni-

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se Cássia Lourenço, supervisora pedagógica da Apaspi. Foi com a missão de aumentar a inclusão e diminuir a desinformação que surgiu a entidade, naqueles primeiros anos ainda em estágio embrionário. A Apaspi foi a primeira a fazer um trabalho voltado para esse público, não apenas em Piracicaba, mas em toda a região. Naquele tempo, foi constatado que 90% das pessoas com algum tipo de deficiência não recebiam qualquer tipo de acompanhamento especializado. Para começar esse serviço, mas decidida a fazer um levantamento que embasasse o trabalho, a diretoria da Apaspi dos primeiros anos realizou o cadastramento de toda a


população deficiente auditiva de Piracicaba. “As professoras fizeram esse levantamento e chegaram aos nomes de 80 surdos em Piracicaba naquela época”, conta Denise. Assim, em 28 de março de 1984, começou o atendimento especializado, o primeiro recurso social destinado a essa camada da população. Hoje, quase 40 anos passados, a Apaspi continua seu trabalho focado neste público. Atende atualmente 55 crianças e adolescentes, na faixa etária de zero a 18 anos. Eles contam, na sede (localizada na rua Doutor Alvim, 1464, no bairro São Judas), com a Clínica Lalita Elias Sierra, que oferece aulas de linguagem de sinais, consultas com fonoaudiólogos, atendimento pedagógico individual e testes de audiometria.

A entidade também aceita voluntários, conforme suas necessidades de momento, mas eles precisam ser capacitados para atuar de acordo com os padrões adotados pelo atendimento da Apaspi. Os atendidos têm deficiência auditiva moderada, severa ou profunda, sem outros comprometimentos. É oferecido serviço social (para preparar a família ao processo de aceitação e reabilitação) e pedagógico (responsável pelo desenvolvimento global e reabilitação). O curso de Libras inclui também os pais, para aprimorar a comunicação em família. Outro fator que anda em alta é a colocação no mercado de trabalho. Denise cita uma parceria com a indústria alimentícia Mondelez. “Já foram encaminhadas mais de 200 pessoas que têm se adaptado bem ao sistema de produção, pois demonstram alta dose de concentração durante a rotina de trabalho”, afirma.

O foco do trabalho é a integração da criança e do adolescente. “Eles se integram ao sistema regular de ensino, mas dispõem de intérpretes em linguagens de sinais para que se faça essa integração. É necessário, senão como eles vão se comuniMERCADO DE TRABALHO car?”, lembra a supervisora pedagógiAos 24 anos, Vinícius Adilson das Neves, que frequentou ca. O atendimento da Apaspi funciona como um complemento ao sistema oficial de ensino. “Todos estão matriculados nas escolas. Quem estuda de manhã, vem aqui à tarde e vice-versa”, conta a diretora Fátima Esteves. A entidade também atua em conjunto com a Santa Casa, que faz o chamado ‘teste da orelhinha’ e encaminha as crianças a partir dos seis meses de idade, diagnosticadas com deficiência auditiva. Elas já começam a passar pela estimulação precoce. Para manter esse trabalho, estima Fátima, a Apaspi tem um gasto mensal de R$ 20 mil. “Por isso precisamos sempre de contribuições e da organização de eventos beneficentes como venda de pizza, bingo e bazar. Outra fonte importante é a nossa participação na Festa das Nações de Piracicaba, onde já estamos há 27 anos, representando a Barraca Brasil Nordeste. Com a renda que conseguimos com a festa, podemos nos manter por quatro meses”, conta a diretora.

a Apaspi durante 18 anos, trabalha há cinco anos no setor de hortifrutigranjeiros do supermercado Jaú Serve, no bairro São Dimas, tem uma boa definição sobre a sua personalidade. “Eu sou inteligente e deficiente auditivo”, garante. O problema é de quem não entende que as duas características andam juntas, sim. No supermercado, Vinícius, que perdeu a audição aos dois anos de idade, cuida da reposição de hortaliças e legumes nas bancas, trabalho que desenvolve com muita aplicação. “Eu tenho muitos amigos aqui e gosto muito do meu trabalho”, relata. Ele tem deficiência auditiva severa, mas lê lábios e também se expressa pela linguagem de sinais. A entrevista, porém, foi realizada por escrito. Satisfeito com o trabalho, Vinícius tem como plano imediato voltar aos estudos. “Quero terminar o ensino médio”, declara.

Para ajudar: Quem quiser colaborar com a Apaspi pode entrar em contato pelos telefones (19) 3434-9947 ou 3422-8324 e solicitar o boleto bancário. Ou então fazer um depósito diretamente na conta da entidade: Bradesco, agência 2209-8, conta corrente 27.602-2. A Apaspi funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h30 às 16h30.

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Celebração

Festa na

Carlos Botelho

Foi na agência da Caixa Econômica Federal da avenida Carlos Botelho que a Revista Tutti comemorou a entrega da sua 17ª edição, que teve a charmosa avenida como tema especial. O encerramento de 2014 aconteceu ao lado de síndicos, parceiros comerciais e clientes do banco. Com menu assinado pela chef Lilian Droghetti e música da melhor qualidade garantida pela dupla Mário Brito (violão) e Marina Falda (violoncelo), o evento foi o maior sucesso. As fotos são de Moreno Moura.

Carlos Henrique Custódio, Luciana Bettiol e Bruno Chamochumbi

Equipe de gerentes da Caixa Econômica Federal Eliseu Moda

Juliana Franco e Rodolfo Ustulin

André Souza e Cristiane Medeiros

Grupo de parceiros da Carlos Botelho da Revista Tutti

Daniela Beauclair e Márcia Ferrante

Miriam Fidelis e Paulo Nunes

Elaine Brancalion, Kátia Groppo e Rodrigo Brancalion


Renata Kalil e Hélio Gonçalves

Inayá Mantovani e Márcio Azevedo

Priscila Idalgo e Gabriel Carvalho

Luiz Fernando Tirabassi, Noeli e Cidinha Cesta

Daniela Berti, Angela Andreotti e Cristiane Sanches

Carolina Barbosa e Cristiane Defavari

Marina Falda e Mário Brito

Elisana Bonato, Luciano Ferraz e Moacir Mesquita

José e Magali Idalgo

Anfitriões:

Patrocinadores Avenida Carlos Botelho:

Partners gourmet:

Apoio:

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Celebração

Laila Brandão, Paula Avena e Neide Romanholi

João Luiz e Márcia Erlo

Maria Aparecida Pereira e Cristina Gabini

Bruno Chamochumbi, Fabiane Ducatti, Flavio Rocha e Rosana Ribeiro

Tatiane Fernandes, Fabiane Ducatti e Rodrigo Caetano

Eliete Rossi, Vilma Barros Neto e Elisana Bonato

Andreza e Marcello Sanches

Alexandre Jose e Luiz Carlos Pachiano

Karine Chiquitto e Arthur Vieira

Leandro Bocchio e Ivy Calejon

Sueli Weiss e Isabel de Souza

Renato Ferrari e Arthur Ferrari


Como reduzir os gastos em casa

Finanças pessoais

Por Reinaldo Domingos

Q

uando se fala em educação financeira e em economizar, a maioria das pessoas já afirma imediatamente: "Com o que eu ganho, não tenho como economizar!". Mas pesquisas já mostram que isso não é totalmente verdade, sendo que, na verdade, em média, 20% dos gastos são excessos. Para que isso ocorra, antes, se deve convocar uma reunião familiar para discutir quais os objetivos da família e o que pode ser feito para que essas reduções realmente ocorram. Para mostrar melhor essa questão, irei comentar sobre sete pontos, dentre vários outros, que acredito que sejam práticos e do cotidiano das pessoas:

1. Os gastos de energia elétrica são um dos que mais apresentam excessos. Basta pensar em quanto tempo usa o chuveiro e quantas vezes deixa as luzes ligadas ou deixa a geladeira aberta. Sem contar no uso de televisão e de computador; 2. O uso de telefone também deve ser repensado, fazendo uma análise entre os valores do fixo e do celular. É preciso comparar o valor das tarifas sempre que possível. Dê preferência ao uso do telefone fixo em vez do celular. A opção deve ser pela menos custosa e não pela mais prática; 3. A reciclagem de produtos também deve ser priorizada. Os desperdícios nas casas são muitos, sendo possível reciclar desde alimentos até roupas e materiais escolares, sem perder a qualidade;

5. Compare os preços quando for às compras. Seja em lojas, supermercados ou até restaurantes, é fundamental que se faça essa comparação, pois as variações são muitas. Evite produtos de 'grife'; 6. Economize ao utilizar o veículo. Nem sempre se necessita fazer tudo de carro; andar pode ser saudável e econômico. Além disso, é importante manter o carro revisado para que imprevistos não estourem as finanças; 7. Na utilização de gás e água, também é possível economizar. Evite deixar o fogo, o chuveiro e as torneiras ligados sem necessidade e busque reutilizar a água. Reinaldo Domingos é educador financeiro, autor dos livros Terapia Financeira, Eu Mereço Ter Dinheiro, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo.

4. Antes de ir ao supermercado, faça uma lista de compras e procure deixar as crianças em casa. Também tenha cuidado com as promoções. Muitas vezes compramos o famoso ‘pague dois e leve três’ e perdemos dois dos produtos; 61


Mundo corporativo

Etiqueta no trabalho Competência técnica não é tudo no ambiente corporativo. Postura e boas maneiras são fundamentais para garantir sucesso na carreira

É

comum as pessoas tratarem com estranheza o termo ‘etiqueta empresarial’ por não terem a real noção da importância dos profissionais de uma empresa saberem se portar. Mas, segundo Ricardo Barbosa, diretor executivo da Innovia Training e Consulting, o impacto da capacitação interna nessa área traz resultados diretos nos negócios, proporcionando o crescimento de uma empresa. Barbosa conta que, muitas vezes, profissionais altamente capacitados e competentes no que fazem acabam sendo demitidos de suas empresas por uma questão de postura. Logo, pode-se concluir que competência técnica não é tudo e

62

que profissionais que não têm uma boa habilidade para criar relacionamentos, ou seja, etiqueta no convívio, acabam tendo menores chances de sucesso. Etiqueta empresarial é um conjunto de cerimônias usadas no trato entre pessoas e empresas, regidas pela boa educação, bom comportamento, convenções sociais, ética profissional e prescrições oficiais. Seu objetivo é reduzir, ao mínimo, os conflitos, preconceitos, atritos, dúvidas, suspeitas e mal-entendidos entre o público e as organizações, criando um clima de conhecimento, compreensão, confiança, cooperação e parceria entre as partes que se relacionam.


Veja algumas dicas de etiqueta empresarial que Ricardo Barbosa destacou:

1. Pontualidade deve ser pnto de honra no ambiente empresarial. Um compromisso assumido torna-se sua responsabilidade, principalmente o horário. Organize-se para chegar na hora todos os dias e para cumprir com os prazos propostos. Caso perceba que não será possível cumprir com o compromisso no horário, ligue ou peça para ligarem informando sobre o atraso. 2. A vestimenta diz muito para as outras pessoas, assim, são recomendáveis roupas discretas, sem modismos. Decotes, cores vibrantes, dentre outros erros, devem ser evitados, para não comprometer a seriedade. Também tenha muito cuidado com a higiene pessoal. 3. O ditado ‘a primeira impressão é a que fica’ deve ser levado a sério. Assim, sempre seja cordial e prestativo desde o primeiro contato; saiba ouvir e falar na hora certa e tenha sempre cartões profissionais disponíveis. 4. Sempre ao entrar em um local, solicite licença, busque cumprimentar todas as pessoas que estiverem no local, mas só estenda a mão se o interlocutor o fizer primeiro, e só se sente se for convidado. 5. Comunique-se corretamente com as pessoas, busque olhar nos olhos, demonstre atenção no que estão falando, não se distraia durante a conversa e busque estabelecer um diálogo. 6. Mantenha uma postura correta, não cruze os braços, evite se sentar de qualquer jeito, jogando o corpo na cadeira. É importante estar acomodado, porém ereto e de forma adequada. 7. A maioria das corporações possui códigos de ética e de conduta a serem seguidos. Procure informar-se no lugar em que você trabalha onde pode encontrá-lo e leia com atenção.

8. Seja organizado e demonstre isso. Planeje adequadamente seu tempo e sua mesa, mantenha os papéis e arquivos de computador nos devidos lugares, em um local onde qualquer membro da empresa consiga localizar quando necessário. 9. Respeite os colegas e o espaço de trabalho. Não precisa ficar mudo durante o expediente, mas evite, ao máximo, assuntos que exponham o seu lado pessoal ou o de outra pessoa. Fofocas nunca combinaram com o ambiente profissional. Além disso, adeque a altura da sua voz ao ambiente. 10. Cuidado com a utilização de celulares no trabalho, evite ligações pessoais e caso estas ocorram, busque ir para um local privado. Não fale demasiadamente alto e muito menos utilize termos de baixo calão. Cuidado com o toque do celular, o correto é deixá-lo no modo silencioso. 11. Além do celular, também são necessários cuidados com outras ferramentas tecnológicas, principalmente com as redes sociais. As empresas antenadas possuem políticas para utilização das redes, por isso, busque saber os limites. 12. Amizades no ambiente de trabalho é um tema delicado. É importante diferenciar amigos de colegas de trabalho, principalmente dentro da empresa. Esse limite pode ser útil quando for necessário realizar uma cobrança ou fazer um feedback. 13. Bom humor é uma necessidade nas empresas. Quando estiver tendo um dia difícil, reflita se alguém do trabalho tem a obrigação de compartilhar as dificuldades com você. Todavia, cuidado com as brincadeiras. Um ambiente de trabalho descontraído é positivo, desde que sejam feitas apenas brincadeiras saudáveis, que promovam um ambiente alegre e equilibrado. 14. Busque ter ‘jogo de cintura’ na hora de imprevistos e ouça a opinião dos outros. Muitas vezes, das opiniões divergentes chega-se a um ponto em comum. É preciso saber argumentar e, principalmente, ceder. 63


A VOZ da

AMIZADE Por Bruno Chamochumbi bruno@mbmideias.com.br

U

m jovem estudante com muita energia. Com pouco dinheiro e uma empresa recém-aberta, um dos lugares que mais frequentei naquele 2005 foi a boa e velha Rua do Porto, no Caipira. Era sexta no Bar do João e domingo no Caipira. Naquela atmosfera jovem, conheci muita gente interessante e conheci a cantora Zazá. Eu e meus amigos gostávamos muito de vê-la cantando. Num estilo que misturava MPB, Alcione, samba e samba rock, Zazá encantava nossos ouvidos. Queríamos saber "onde Zazá vai cantar?" E assim, ganhei uma amiga, sempre com aquele sorriso contagiante. Conversávamos muito, ríamos muito. A cada ano, Zazá tinha mais público. Seu sucesso vinha da voz impressionante, da naturalidade e do bom humor com que tratava todo mundo. Em 2007, conversávamos que seria legal ela viver integralmente de música, quem sabe sair do trabalho 'convencional' e viver de corpo e alma da música. Naquele momento, ela fazia muitas apresentações em eventos, festas e bares. Alguns dias depois, Zazá comentou que o Teatro Municipal Dr. Losso Netto tinha feito convite para ela participar de uma reunião sobre o novo projeto Prata da Casa, que sortearia datas para apresentação de artistas locais. Ela não podia ir à reunião por conta do trabalho, mas queria muito entender o que era para, quem sabe, realizar seu sonho de cantar no teatro de sua cidade. Eu fui à reunião com seu filho Rafael. Saímos de lá com a data marcada e começamos a organizar tudo. E as coisas começaram a

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acontecer. A grande sacada era gravar o show e transformá-lo num DVD demonstrativo, que facilitaria muito a divulgação e venda de novas apresentações de Zazá & Banda. No grande dia, estávamos muito felizes porque aquele era um trabalho especial para Zazá, seu filho, seus amigos, familiares, fãs, para mim e para nós do MBM, que estávamos vivenciado a produção cultural. Dias depois, comemoramos meu aniversário e, ao se despedir, Zazá pediu que rezássemos, pois em alguns dias ela faria uma cirurgia que, apesar de simples, estava deixando-a preocupada. Recebi as imagens do DVD no dia da operação. Avisei ao Rafa, que contou a ela. Não sabíamos que aquelas imagens seriam o grande registro de uma grande despedida. Zazá respirava música e se preparava para viver totalmente dela quando, sem mais nem menos, chegou a hora de partir, calando muitos corações. Seu samba é eterno. Sua voz continua viva, porque está no Rafael. Seus olhos brilhantes estão na sua netinha Marina. Zazá está na beleza de Aninha Barros, na ginga de Juca Ferreira, no sorriso de Sandra Rodrigues e na levada de Lu Garcia. Zazá está nas vozes de todos os talentosos artistas de Piracicaba. Ela era cantora, mas foi grande compositora de uma vida cheia de amor e amizade. Ela não se foi. Nossa amizade completa dez anos. E sua voz continua cantando, nos meus ouvidos e no coração. Bruno Chamochumbi é publicitário diretor do MBM Escritório de Ideias e da Revista Tutti Condomínios.


tech

Prepare-se para o

Windows 10

Glauco de França Paula glaucorfpaula@hotmail.com

A Microsoft liberou o download do Windows 10 Technical Preview em evento oficial no final de janeiro. O novo sistema está disponível para desenvolvedores, com algumas características que a MS avisa que pode mudar ou retirar na versão final, prevista para 2016. Ele traz o assistente pessoal Cortana, bem como a possibilidade de optar pela interface Metro ou pela antiga, com o menu ‘iniciar’ do jeito que todos estavam acostumados. Para alívio dos desenvolvedores, foi decretado o fim do Internet Explorer.

tensão do menu ‘iniciar’. Vai ser possível ter múltiplos desktops e o painel de controle foi unificado ao aplicativo ‘configurações do computador’, já que ambos têm funcionalidades similares. A barrra inferior (action center) vai ser como a dos smartphones, podendo ativar conexões, modificar configurações e também receber e enviar notificações postadas pelos aplicativos autorizados pelo usuário. Tudo isso no próprio action center sem precisar abrir um app exclusivo.

Cortana - A interface de voz Cortana é ativada pelo comando “Hey Cortana!”. O reconhecimento é muito preciso e grava um histórico da conversação. Sua integração com o aplicativo maps tornará mais fácil descobrir endereços e direções. Segundo a Microsoft, será até mesmo possível encontrar carros em estacionamentos de shoppings e supermercados.

Atualização - A Microsoft reconhece que a grande quantidade de usuários que ainda utiliza versões antigas do Windows é um problema para os desenvolvedores, que precisam programar apps que funcionem para o maior número de versões possível. Por isso, ela quer que a migração para Windows 10 seja feita mais rapidamente e, como incentivo, dará acesso grátis à atualização durante o primeiro ano para quem tem Windows 7, Windows 8 e também smartphones com o Windows Phone 8.1. Multiplataforma - Qualquer dispositivo com Windows 10 poderá oferecer a mesma experiência para qualquer usuário de PCs , tablets, smartphones e até mesmo Xbox One. Essa unificação do sistema tornará possível, por exemplo, um torneio de games entre usuários de Xbox e PCs em rede. Interface - A interface em blocos do Windows 8 (Metro) permanece, mas pode ser configurada para tela cheia ou para aparecer como uma ex-

Spartan, o novo browser - O Internet Explorer vem perdendo espaço para os concorrentes, que são bem mais leves, rápidos, confiáveis e não têm tantos problemas de incompatibilidade com novas tecnologias. O Spartan decreta o fim do IE, pois terá um novo motor de renderização para dar mais velocidade e fluidez à internet e ainda contará com o ‘note-taking’, que permite marcar, comentar e fazer anotações em páginas da internet, compartilhando tudo em qualquer plataforma. Com o ‘reading mode’, as páginas web ficam parecidas com as de um livro, facilitando a visualização com a retirada de publicidade e avisos. Glauco de França Paula é web developer e professor de informática para a Terceira Idade

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