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do design para os melhores profissionais no bairro mais amado da cidade
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Arte Luz e Village Arte Decor se unem para apresentar nova vida ao bairro Monte Alegre, numa mostra inesquecível. Estamos presentes nos ambientes Alameda UMA, Café, Casa do Arquiteto, Espaço Manifesto, Floricultura Vila Eloisa, Galeria de Artes, Laboratório da Somellier de Cerveja, Living Gourmet, Pátio do Café, Pub, Loft, Restaurante, Sala de Imprensa, Spa dos Noivos, Studio Garagem.
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Jeneli W. Lorenz
EDITORIAL 24
O MONTE ALEGRE É NOSSO Eu me lembro bem. Devia ter uns nove ou 10 anos de idade quando vim ao bairro Monte Alegre pela primeira vez. Era o casamento de alguém que meus pais conheciam. Me recordo do vestido azul de laise que eu vestia, da capelinha que eu avistei no alto da colina e de como achei linda aquela igrejinha assim que coloquei meus pés dentro dela. Mesmo criança, fui invadida por uma nostalgia, uma saudade não sei de quê... Como explicar? O Monte Alegre é assim. Deixa a gente em estado de graça, com a alma leve, com a sensação de pertencer a este lugar de alguma forma, de algum jeito. Faço de conta que é um pouco meu e isso me deixa tão feliz... Mais feliz ainda fico diante da oportunidade de assinar este editorial da revista do Village Arte Decor, mostra itinerante de arquitetura, design, paisagismo e arte idealizada pelos empresários Bruno Fernandes Chamochumbi
e Eduardo Pelaes. Quanta honra fazer parte desta equipe que, de forma audaciosa, inicia o processo de revitalização do bairro mais querido e tradicional de Piracicaba. Nesta edição especial, trazemos aos leitores textos e reportagens que mostram toda a riqueza cultural e histórica do Monte Alegre, seus personagens de hoje e do passado, entrevistas com personalidades e parceiros importantes na concretização do Village Arte Decor e, claro, os detalhes de cada um dos 21 ambientes da maior mostra de arquitetura, design e paisagismo que Piracicaba e região já viram. Convidamos você a desfrutar de cada página desta revista e mergulhar neste universo incrível do Village Arte Decor. Sinta-se em casa! Um abraço Cristiane Sanches Editora
Cristiane veste Vollare Make e hair: Daniela Martins
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Jefferson Ataliba
EDITORIAL 26
BEM-VINDOS AO VILLAGE! Eduardo veste Di Hoffmann by Farrawi Bruno veste LÖS
De um grande sonho surge uma grande transformação. Já não somos mais os mesmos depois desta grande empreitada, que tornou o Village Arte Decor uma (feliz) realidade! Tomamos para nós a missão de entregar a maior mostra de arquitetura, design, paisagismo e arte que o interior de São Paulo já viu e, o principal, protagonizar o início do processo de revitalização do histórico e tradicional bairro Monte Alegre, patrimônio cultural de valor inestimável para Piracicaba. Já não somos mais os mesmos... e o Monte Alegre também. Os desafios diários, o encontro de grandes parceiros, o exercício da ética e do profissionalismo, da criatividade, da tolerância e da paciência, do amor pelo que fazemos, nos tornou infinitamente melhores. Saímos positivamente transforma-
dos e revigorados dessa jornada que já dura mais de um ano. Perdemos a conta das horas que dedicamos a este projeto, das decisões que tivemos que tomar, das incertezas que algumas vezes atravessaram nosso caminho, das alegrias que encontramos. Chegamos até aqui e tudo isso valeu a pena! Nós nos sentimos realizados em poder entregar ao público tudo aquilo com que sonhamos para esta mostra itinerante, inovadora e ousada. Os melhores profissionais de arquitetura, design e paisagismo transformaram mais de 4.000 metros quadrados em 21 ambientes fantásticos, instigantes, criativos. Grandes artistas dividem conosco um pouco do seu talento nas diversas apresentações da programação cultural. Shows musicais, bate-papo, gastronomia e encontros
sociais fazem o Village Arte Decor borbulhar nesta primeira edição. Queremos agradecer a todos os profissionais que sonharam conosco. Ao Balu Guidotti e equipe, aos membros do comitê técnico, às equipes de trabalho jornalístico, comercial e operacional. Aos arquitetos, designers e paisagistas; patrocinadores, apoiadores e veículos de comunicação. Aos pedreiros, mestres de obras, engenheiros e fornecedores. É uma grande festa e ela só é completa com você. Seja bem-vindo ao Village Arte Decor! Eduardo Pelaes e Bruno Fernandes Chamochumbi Idealizadores do Village Arte Decor
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EXPEDIENTE 28 Diretoria Village Arte Decor
Equipe Técnica – Obras
Bruno Fernandes Chamochumbi bruno@mbmideias.com.br
Coordenação Geral Eduardo Pelaes
Eduardo Pelaes eduardo@villagead.com.br
Arquiteto Responsável Arq. Alceu Checoli Filho obras@villagead.com.br
Comunicação e Imprensa Coordenação Geral Bruno Fernandes Chamochumbi Eduardo Pelaes MBM Escritório de Ideias Jornalismo Andrea Mesquita imprensa@villagead.com.br Cristiane Bonin crisbonin@mbmideias.com.br Cristiane Sanches cristiane@mbmideis.com.br
Engenheiro Elétrico Marco Antonio Tonin
Equipe MBM Escritório de Ideias Bruno Fernandes Chamochumbi Cristiane Bonin Cristiane Sanches Daniel Belluco Fabiane Ducatti Guilherme Vendrame Jeneli Wrasse Rodrigo Caetano Tatiane Fernandes
Equipe Usina Monte Alegre
Administrativo e Financeiro
Ana Paula Guasti Balu Guidotti Claudia Neves Martins Helen Graça Luis Plens Onofre Cândido de Souza Filho
Gizele Nalin atendimento@villagead.com.br
Equipe Urbem Arquitetura
Programação Cultural Lili Fadigas eventos@villagead.com.br
Assistente Operacional Juliana Bassan Piedade
André Tabith Costa Marcelo Guidotti Maria Fernanda Guidotti Camila Carvalho
Consultores Comerciais
Revista Village Arte Decor Coordenação Geral Bruno Fernandes Chamochumbi Eduardo Pelaes Projeto Gráfico MBM Escritório de Ideias Daniel Belluco Diagramação Daniel Belluco Laura Lemos Reportagens e Textos Andrea Mesquita Cristiane Bonin Cristiane Sanches Ronaldo Victoria Editora Responsável Cristiane Sanches (MTb 21.937) Editora Assistente Andrea Mesquita (MTb 026487) Fotógrafo Oficial Jefferson Ataliba jeff@sentido70.com.br www.sentido70.com.br Assistente de Fotografia Hugo Fagundes Capa Foto: Jefferson Ataliba Local: Usina Monte Alegre
Marcus Paiva Teresa Blasco comercial@villagead.com.br
Uma publicação:
Village Arte Decor Promoções e Eventos LTDA. ME CNPJ 22.094.599/0001-02 www.villageartedecor.com.br contato@villageartedecor.com.br
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SUMÁRIO 34
Uma história que se renova
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União de talentos
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Força e tradição
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Retrato da nossa riqueza
54 Village será um divisor de águas 60
Urbem encara o desafio
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Detalhes
64 Obras 68 ‘Pérolas’ da arquitetura 72
Cultura em ponto nobre
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Tesouros paulistas
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Respeito ao patrimônio e à memória
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‘Estrela’ do bairro
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Uma visão urbana moderna
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Ambientes
Entre a saudade e o futuro 140 144
Eterna fonte de inspiração
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Entre telas, esculturas e fotos
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Elegância com segurança
Culinária da roça 154 162
Design em destaque
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Village Cultural
174
Novidades nas paredes
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Volpi na capela
210
Dez anos de boas ideias
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INICIATIVA 34
UMA HISTÓRIA QUE SE RENOVA
Por Ronaldo Victoria
Organizadores do Village Arte Decor, os empresários Bruno Fernandes Chamochumbi e Eduardo Pelaes não disfarçam o otimismo. “É emocionante ver e fazer parte do ressurgimento de um bairro como o Monte Alegre, que tem uma história ímpar, e que começa a ser reconstruído com todo know-how de um grande elenco de arquitetura”, comenta Chamochumbi. O empresário Wilson Guidotti Junior, o Balu, que adquiriu o patrimônio há 15 anos, quando a usina já estava desativada desde os anos 80, também não deixa nenhum es-
paço para a dúvida. “É um novo formato, uma proposta nova. E o mais legal é isso: vai ser uma mostra diferente. É mais diversificada”. O prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato (PSDB), enxerga o começo de um processo que vai valorizar toda a cidade. “Marca o início da valorização de um patrimônio histórico e cultural relevante para o município. Até porque o progresso da cidade está intimamente associado ao ciclo canavieiro, do açúcar e do álcool. É aí que começa o desenvolvimento da cidade. A preservação desse patrimônio é fundamental
para que as pessoas mantenham a memória”, declara. Os moradores também anseiam por novos tempos e imaginam que, em breve, o Monte Alegre será para Piracicaba algo parecido com o que Embú das Artes representa para São Paulo ou Sousas para Campinas. É exatamente assim que Balu visualiza o Monte Alegre do futuro: um reduto turístico cultural e alternativo. E o próprio Balu fala em ‘universo conspirando a favor’ para comentar o clima dos organizadores com o Village Arte Decor. A área em que o projeto está ins-
Paulo Heise
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talado, com espaços criados por arquitetos, designers e paisagistas, está ocupada desde julho. A característica central do Village é que ele não acabará assim que seu período de realização for encerrado. Vários equipamentos, como café, restaurante e pub, continuarão funcionando. Com isso, como adianta Balu, virão naturalmente as empresas do setor de serviços. E tudo respeitando o patrimônio artístico e histórico, já que a área está tombada tanto em nível municipal (pelo Codepac) quanto pelo estadual (pelo Condephaat). A mostra será precursora na instalação de um pólo novo de comércio de produtos e serviços, estabelecidos em um espaço diferenciado.
A MOSTRA O Village Arte Decor é a primeira mostra itinerante de arquitetura e design no Brasil que adota o formato multissetorial – da agenda cultu-
ral intensa à interação nos ambientes projetados. É uma exposição múltipla, que contempla não apenas arquitetura e design, mas várias formas de manifestação artística, como música e gastronomia. A primeira edição tem 21 espaços criados por conceituados arquitetos, designers e paisagistas. “Geralmente, as peças das mostras são apenas exibidas. Não é permitido tocá-las. O Village vem para quebrar esse paradigma, pois não teremos espaços estáticos. O visitante pode, por exemplo, sentar-se numa poltrona e experimentar o móvel. A interação é o item número um no Village”, conta o publicitário Eduardo Pelaes, sócio-diretor do evento. As novidades não param por aí. O Village Arte Decor não conta apenas com ambientes tradicionais e típicos de uma mostra de arquitetura. Tem também espaços funcionais como floricultura, enoteca, laboratório do sommelier de cerveja, loja de design, entre outros. Essa recuperação de um bairro
O Village Arte Decor é a primeira mostra itinerante de arquitetura e design no Brasil que adota o formato multissetorial
INICIATIVA 36
que é um patrimônio histórico e cultural é outro pioneirismo do Village Arte Decor, e que a coloca em destaque em relação às outras mostras. Sua primeira intervenção é a recuperação de um conjunto de galpões e casas da Vila Heloísa, onde moravam os operários da Usina Monte Alegre na época áurea, em que o comando da empresa pertencia a Pedro Morganti. O Village marca o começo de uma nova fase em que novos artistas, novos empresários juntam seu talento para recriar a história. E a história do Monte Alegre não esconde a sua riqueza. “Mais do que um nome má-
gico, é um lugar como que sagrado: relicário ecológico e patrimônio histórico-cultural”, define o jornalista e escritor Cecílio Elias Netto. E como discordar?
Serviço Período de exposição: 29 de outubro a 13 de dezembro. Endereço: Avenida Comendador Pedro Morganti - 4848 - bairro Monte Alegre - Piracicaba (SP). Visitação: de terça à sexta-feira, das 16h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 21h. O evento estará fechado às segundas-feiras – exceto nos feriados – e no dia 3 de novembro de 2015. Bilheteria: ingressos custam R$ 13 (estudantes, maiores de 60 anos e professores mediante apresentação de holerite ou carteira profissional) e R$ 26 (inteira). Crianças menores de 12 anos não pagam. Para todos os ingressos comprados na bilheteria será dado o double pass – que dá direito a uma segunda visita, sendo pessoal e intransferível. Às terças-feiras, das 16h às 19h, a entrada é um pacote de fraldas geriátricas, que será doado ao Lar do Velhinhos de Piracicaba, por decisão do Fundo Social de Solidariedade do município. Valet park no local. Informações: (19) 3371-5029. Facebook (villageartedecor) Instagram (@villageartedecor)
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INICIATIVA
Por Cristiane Sanches
Fabiane Ducatti
ENTREVISTA 40
UNIテグ DE TALENTOS
Village Arte Decor - O evento um projeto ousado e inovador. De onde veio a ideia e o know how para realizar essa mostra? Eduardo Pelaes – Trabalhei com grandes mostras de arquitetura, design e paisagismo por quase 10 anos. Ao longo de todo este tempo, acumulei muita prática e conhecimento nesta área que tem crescido de forma expressiva no Brasil. No ano passado, decidi partir para uma ‘carreira solo’ e me tornar um empreendedor de eventos desta natureza. Em conversas com Bruno Chamochumbi, a quem já conhecia e com quem já havia trabalhado em eventos anteriores, expus minhas ideias e propus uma parceria. Além de ser um empresário e profissional bem conceituado, Bruno tem excelente relacionamento com representantes dos mais importantes segmentos da cidade. E acabou dando muito certo. Bruno Chamochumbi – Adoro desafios. A perspectiva de formar essa parceria com Eduardo Pelaes e promover a maior mostra de arquitetura, design e paisagismo que Piracicaba já viu me deixou extremamente motivado. O Eduardo tem grande experiência nesta área, o que nos dá muita segurança. É interessante observar, também, que eu realizei a primeira mostra de decoração na cidade, que foi a Casa de
Noel, em 2000. O evento ocupou um antigo sobrado da rua Governador Pedro de Toledo, que foi totalmente reformado por vários arquitetos e designers de interiores da cidade. Foi um marco. No ano seguinte, promovi a revitalização da sede da Società Italiana, outro patrimônio histórico importante da cidade.
Por que o Monte Alegre? Bruno – Por muitas razões, a começar pela grande simpatia e afeição que os piracicabanos, em geral, têm pelo bairro. O Monte Alegre é um tesouro, um patrimônio inestimável para todos nós. Eu, especialmente, tenho uma ligação pessoal com o bairro, já que meu avô Eduardo Fernandes foi gerente da Usina Monte Alegre em seus áureos tempos. Eduardo – Quando pensamos em realizar uma mostra como o Village Arte Decor, em Piracicaba, queríamos algo absolutamente inédito, diferente, inovador. Para isso precisávamos de um espaço que só poderíamos ter no Monte Alegre, com belas paisagens, amplitude, excelente localização. Sabíamos também que encontraríamos receptividade por parte do Balú Guidotti (Wilson Guidotti Júnior, proprietário da área), que vinha procurando alternativas de promover a revitalização do bairro por meio de parcerias com a iniciativa privada.
Vocês são sócios neste projeto. Como se dividiram para realizar um trabalho tão grande e exaustivo? Bruno – É realmente um trabalho gigantesco, que envolveu uma equipe enorme e muitos parceiros. Cada um de nós tem um papel definido nesta empreitada. Eu, por exemplo, com o apoio da minha equipe do MBM Escritório de Ideias, cuido da divulgação do evento, da captação de parceiros comerciais, da programação cultural e artística, da
‘Adoro desafios. A perspectiva de formar essa parceria com Eduardo Pelaes e promover a maior mostra de arquitetura, design e paisagismo que Piracicaba já viu me deixou extremamente motivado’
ENTREVISTA
A maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo que Piracicaba já viu tem dois idealizadores: os publicitários Bruno Fernandes Chamochumbi e Eduardo Pelaes. Eles decidiram unir seus talentos para criar o Village Arte Decor e, com isso, impulsionar o início do processo de revitalização do histórico e emblemático bairro Monte Alegre. Nesta entrevista eles falam do processo de criação e execução do projeto, dos desafios, supresas e planos para o futuro da mostra.
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ENTREVISTA
elaboração e execução da revista do evento. Eduardo – A mim coube toda a coordenação das obras; o atendimento aos arquitetos, designers e paisagistas; da rotina administrativa e financeira da empresa que criamos para fazer a mostra. Porém, estamos entrosados o suficiente para saber tudo o que acontece na área sob responsabilidade do outro. A sintonia é grande.
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Qual foi a parte mais desafiadora durante a execução da mostra?
‘Quando pensamos em realizar uma mostra como o Village Arte Decor, queríamos algo absolutamente inédito, diferente, inovador’
Bruno – Entre a concepção do projeto e sua concretização, o Village Arte Decor foi e continua sendo uma sucessão de desafios. É um evento gigante, que envolve centenas de pessoas, investimentos da ordem de R$ 4 milhões, parcerias importantes e grandes expectativas por parte de todo mundo. Mas estamos certos de que será um estrondoso sucesso. Eduardo – Sim, é uma mostra que nasce vitoriosa por ser diferente e inovadora. Estou certo de que cada visitante irá se surpreender com o que vai encontrar no Village. Ele poderá interagir com os ambientes, testar seus sentidos em várias situações. Creio que este é um dos nossos maiores desafios: inovar e surpreender. É aí que está o futuro do projeto. Outro desafio comum em mostras de arquitetura são os prazos que precisam ser cumpridos (risos).
E as boas surpresas? Quais foram? Bruno – Confesso que, muitas vezes, o trabalho para realizar uma mostra dessa magnitude chega a ser insano (risos). Mas é cheio de boas surpresas. A começar pela qualidade dos projetos dos ambientes desenvolvidos pelos profissionais de arquitetura, paisagismo e design de
interiores. Sei que todos são muito competentes, mas eles sempre conseguem nos surpreender e se superar na criação dos projetos. Eduardo – Muitas coisas boas nos surpreenderam e continuam nos surpreendendo todos os dias no Village. Posso mencionar várias: o apoio da comunidade do bairro ao nosso projeto, a dedicação da nossa equipe, a adesão de parceiros de expressão nacional e até internacional ao nosso projeto, o acolhimento da mídia, enfim, muita coisa tem superado nossas expectativas nesse processo todo, que já dura mais de um ano.
Em algum momento a crise chegou a intimidar vocês neste projeto? Eduardo – É sempre motivo de preocupação quando o país passa por uma instabilidade financeira e política, como acontece agora com o Brasil, mas a gente não pode congelar projetos e esperar de braços cruzados que as coisas melhorem e aconteçam. Bruno – Correr riscos faz parte do mundo dos negócios. É claro que esses riscos precisam ser bem calculados, especialmente num cenário de crise. De qualquer forma, essa instabilidade econômica não nos intimidou, tanto é que o Village Arte Decor é uma realidade.
Com a primeira edição em Piracicaba, o Village Arte Decor espera chegar a outros lugares no futuro? Eduardo – Sim, está nos nossos planos levar essa mostra a outras cidades paulistas e, quem sabe, a outros estados brasileiros. Apostamos no sucesso deste empreendimento. Bruno – O Village Arte Decor é um projeto muito grande e vai expandir seus horizontes porque foi concebido para ser itinerante. É irreversível.
PIRACICABA 44
FORÇA E TRADIÇÃO
Por Andrea Mesquita
Piracicaba foi escolhida para sediar a primeira edição da mostra itinerante Village Arte Decor por uma série de razões. É uma cidade rica, de grande tradição cultural, com excelente infraestrutura e posição geográfica estratégica no Estado de São Paulo. Está localizada a noroeste da capital do Estado, a cerca de 170 km de distância. É o 19º. Município paulista em extensão territorial, com uma área de 1.376,913 km². Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2014, sua população é estimada em cerca de 388 mil habitantes, sendo a 17ª. cidade mais populosa de São Paulo, com 97,3% vivendo na Zona Urbana. Seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), em 2010, era de 0,785, considerado alto na classificação do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o 50º maior do Estado. Em 2012, segundo o IBGE, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de R$ 11,9 bilhões. As outras sedes de microrregiões, Limeira e Rio Claro, tiveram em 2012, respectivamente, PIB de 7,7 bilhões e 5,8 bilhões. Campinas e Ribeirão Preto, sedes de mesorregiões limítrofes, tiveram, respectivamente, PIB de 42,8 bilhões e 20,3 bilhões. Em junho de 2012 foi criada a Aglomeração Urbana de Piracicaba,
Índices expressivos de Piracicaba IDHM GERAL 1991 0,493
2000 0,612
2010 0,727
IDHM EDUCAÇÃO 1991 0,279
IDHM LONGEVIDADE 1991 0,647
2000 0,692
2010 0,739
2000 0,456
2010 0,637
IDHM RENDA 1991 0,662
2000 0,727
2010 0,816
Fonte: Atlas IDHM 2013 no Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas com dados do Censo Demográfico de 2010 feito pelo IBGE.
CLASSIFICAÇÃO DO IDHM Muito baixo Baixo Médio Alto Muito alto
0,000 0,500 0,600 0,700 acima de
0,499 0,599 0,699 0,799 0,800
Piracicaba Pontuação no ranking (P2I - Lead) Potencial para investir em imóveis de alto padrão Potencial para investir em imóveis médio padrão Potencial para investir em imóveis baixo padrão Déficit habitacional Quantidade média de salários mínimos da população Fonte: Prospecta Inteligência Imobiliária
0,568 Ótimo Ótimo Ótimo 31% 7
Cristiane Sanches
Paulo Heise
que, em 2014, foi listada pelo IBGE entre as 25 maiores regiões administrativas do país em número de habitantes, estando na 19ª posição na lista, com 1,4 milhão de habitantes.
31ª MELHOR CIDADE PARA INVESTIR EM IMÓVEIS Em um levantamento feito pela consultoria Prospecta Inteligência Imobiliária, no segundo semestre deste ano, publicado com exclusividade pela revista Exame, em setembro passado, Piracicaba foi considerada a 31ª melhor cidade brasileira para se investir em imóveis, entre todos os 5.553 municípios do país com menos de 1 milhão de habitantes, ou 99% dos municípios brasileiros. As cidades apresentam em comum a renda per capita elevada, população com alto nível de instrução e de vínculo empregatício, número considerável de empresas atuantes, déficit imobiliário elevado, alta capacidade de endividamento, baixo nível de desocupação, entre outras. Esses e outros fatores foram analisados e ponderados de maneira a conferir uma nota final para cada cidade, a pontuação P2i-Lead. O estudo mostra que imóveis de médio e baixo valor agregado têm potencial de comercialização mais alto, já que as parcelas desse tipo de financiamento se acomodam melhor no orçamento dos brasileiros, que está mais apertado com a crise. Outra conclusão foi que as cidades menos adensadas guardam as melhores oportunidades. Assim, municípios com menos de 600 mil habitantes têm boas oportunidades e os que têm menos de 400 mil habitantes são os mais atrativos hoje.
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NA PONTA DA CADEIA O estudo segue um conceito diferente de análise do mercado imobiliário ao avaliar a demanda de cada região, em vez de se concentrar na oferta, transportando a análise do momento presente para o futuro. Assim, em vez de mostrar o preço médio dos imóveis e outras informações que dizem respeito às unidades que já foram ofertadas, o indicador analisa quem está na ponta da cadeia, isto é, os consumido-
res, destacando as regiões do país cujas populações têm mais condições de adquirir produtos imobiliários em um futuro próximo. Para refletir as mudanças provocadas pela crise no mercado imobiliário, foram acrescentadas duas variáveis de análise a esta versão do estudo: o aumento da desocupação, que afeta a capacidade de compra da população local; e o número de financiamentos imobiliários contratados, já que quanto maior esse volume, menor é o espaço para novas compras.
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HISTÓRIA 48
RETRATO DA NOSSA RIQUEZA
Por Ronaldo Victoria
Se hoje o Monte Alegre transmite uma sensação de paz e tranquilidade, aquele pedaço de Piracicaba já foi o símbolo da nossa riqueza, da nossa pujança econômica, da cultura canavieira que até hoje nos projeta. Monte Alegre já foi a nossa vanguarda financeira, hoje é o retrato da tradição que o Village Arte Decor quer preservar. “Mais que um nome mágico, Monte Alegre é um lugar como que sagrado: relicário ecológico e patrimônio histórico-cultural”, define, sem economizar poesia, o jornalista e escritor Cecílio Elias Netto, que lançou recentemente o livro Piracicaba que Amamos Tanto. “O bairro, e especificamente a Usina Monte Alegre, fazem parte da história do setor sucroalcoolei-
ro, como referência em produção de açúcar e álcool e, consequentemente, da história de Piracicaba e do Brasil. Monte Alegre é um retrato do ciclo canavieiro não apenas da cidade, mas do país”, concorda o pesquisador e escritor Pedro Caldari, ex-presidente do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba). O retrato do Monte Alegre, como afirmam os dois historiadores, vai da glória à decadência em menos de um século. Começa com os barões dos engenhos de açúcar, como José da Costa Carvalho, o marquês de Monte Alegre; tem seu auge no empreendedorismo de Pedro Morganti, e chega ao fracasso nos anos 70, quando não se renovou. “A usina do Monte Alegre foi considerada
a segunda do Brasil, atrás apenas do Engenho Central. A fábrica de papel do Monte Alegre foi pioneira na fabricação de papel a partir do bagaço de cana. A decadência se deve às mudanças do próprio setor sucroalcooleiro, crises e transformações econômicas das décadas de 1960 e 1970”, explica Caldari.
COMEÇO Em sua fase de glória, nada anunciava a derrocada. Em meados do século 19, os barões do café dominavam a economia. Poderosos, mandavam e desmandavam no Vale do Paraíba e no Oeste Paulista. Mas Piracicaba não seguia a norma. A cana-de-açúcar é que imperava por
‘Mais que um nome mágico, Monte Alegre é um lugar como que sagrado: relicário ecológico e patrimônio históricocultural’
le período já se começava a pensar numa ‘política de colonização’ com imigrantes. Naquela época, morre o marquês de Monte Alegre, e sua viúva Maria Izabel se casou com um primo dele, Antonio da Costa Pinto e Silva, que ficou conhecido como conselheiro Costa Pinto. Por conta da influência política e social de Costa Pinto, Piracicaba e o Monte Alegre passaram a receber visitas ilustres, como o presidente da província de São Paulo, quando inaugurou o abastecimento de água em Piracicaba. E, como lembra Cecílio Elias Netto, o escritor José de Alencar, que preferiu ficar em Monte Alegre. “Colega de turma de faculdade de Costa Pinto, o escritor era apaixonado por ambientes rurais, apesar de criticado por não ser fiel às paisagens que descreve. Ele se inspirou no Monte Alegre para escrever Til, ambientado no clima rural de Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste. O nome Til é de um garoto, inspirado no acento gráfico, semelhante às curvas do rio Piracicaba”, lembra o escritor.
MORGANTI Com a morte do Conselheiro, em 1887, o Monte Alegre passa por várias mãos. Nos primeiros anos do século 20, a riqueza do engenho é indiscutível, com a produção anual de 5.000 sacas de açúcar branco. E tudo começa a mudar de vez com a chegada do italiano Pedro Morganti, em 1904. Nascido em Bozzano, na Itália, em 2 de abril de 1876, ele já estava com a família em São Paulo, em 1890, mas retorna ao país natal para cumprir o serviço militar. Volta ao Brasil cheio de ideias e enxerga no Monte Alegre o palco para seu desejo de empreender. E transformar. Cecílio define a fase Morganti como a mais progressista do Monte Alegre. Até porque seu patriarca tomava contato, em São Paulo, com
HISTÓRIA
aqui e as terras férteis do município atraíam a cobiça de ricos senhores. Um deles foi José da Costa Carvalho, que se casou com a viúva do famoso brigadeiro Luís Antonio de Souza e deixou sua marca em Piracicaba, mesmo não morando na cidade. Carvalho passou a ser conhecido como marquês de Monte Alegre, e foi o primeiro ícone do bairro. “Ele foi um homem à frente do seu tempo. Não era apenas um senhor de terras, mas também um pensador, suas ideias marcaram a intelectualidade brasileira do século 19. Tanto que fundou o primeiro jornal de São Paulo, O Farol Paulistano. À frente do engenho Monte Alegre, adquiriu terras da vizinhança, indo até depois do Taquaral”, destaca. Era a primeira metade do século 19, quando o município ainda era conhecido como Vila Nova da Constituição. Na época, o engenho chegava a produzir 1.000 arrobas de açúcar branco. No período final do século, Monte Alegre tinha as senzalas, mas encontrava dificuldade para conseguir escravos. Naque-
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Fotos: Acervo Balu Guidotti e José Luiz Tonin
HISTÓRIA 50
outros trabalhadores italianos que escolheram o Brasil, caso de Francisco Matarazzo. “Pedro Morganti organiza a Companhia União dos Refinadores. A ideia surge a partir das vantagens que Pedro enxerga em reunir, em uma só empresa, a matéria-prima e o produto acabado. As usinas plantariam e produziriam ao mesmo tempo. É a partir desta visão que, no mesmo ano, ele adquire o Engenho Central do Monte Alegre e o transforma na nova Usina Monte Alegre. Começa, assim, a grande fase não apenas do Monte Alegre, mas da indústria açucareira no Brasil”, conta Cecílio. Os números da safra não mentem. Se em 1912 a produção foi de 13 mil sacas de açúcar, em 1917 sobe para 48 mil sacas. “Fundador, patriarca e referência como empresário para o momento histórico que representa a usina Monte Alegre e a fábrica de papel.” Assim Caldari define Pedro Morganti. O escritor também cita as raízes italianas e o espírito desenvolvimentista do empresário. “Pedro Morganti foi contemporâneo de Pedro Ometto, Mário Dedini e outros imigrantes italianos que se fixaram em Piracicaba e contribuíram muito para a criação de empresas de alcance e importância nacional. Também contribuiu para obras de benemerência na cidade. A usina foi fundada por Pedro Morganti com apoio dos filhos Hélio (engenheiro, excelente técnico açucareiro) e Lino (profundo conhecedor de celulose)”, destaca. Apesar de alguns entraves, como a ocorrência de uma praga chamada mosaico, em 1925, então combatida pelo agrônomo José Vizioli, Monte Alegre só prospera, a ponto de contribuir de forma definitiva para a liderança do setor açucareiro nos anos 1940. Ao mesmo tempo, Morganti cuidou de instalar uma série de equipamentos sociais em Monte Alegre, não apenas as casas dos funcio-
nários, que, como lembra Cecílio, tinham o conforto dos centros urbanos. “Eram casas bem construídas, de tijolos, servidas por rede de água tratada e esgoto, além de instalações elétricas”. Em volta, os moradores tinham uma série de serviços à disposição: armazém, padaria, farmácia, barbearia, torrefação de café, bar, cinema e pensão. “As edificações e equipamentos do bairro fazem parte de um modelo muito comum à época, dando apoio ao funcionamento da usina e fábrica de papel por meio de diversos serviços, incluindo igreja, comércio para atender operários e familiares, escola, ambulatório médico e odontológico. Todos privados e mantidos pela usina”, ressalta Caldari. Morganti morreu em 1941, antes da inauguração do aeroporto que desejou ver construído em terras do Monte Alegre e depois ganhou seu nome. Foi sucedido pelos quatro filhos (Lino, Hélio, Fúlvio e Renato), que implantaram a fábrica de celulose em 1953. Mas, em 1971, a usina passa para a família Silva Gordo. Acaba fechando as portas nos anos 80. “Sou otimista com esses projetos que olham para o Monte
Alegre com sensibilidade ambiental e histórica. Monte Alegre, dos tempos em que José de Alencar olhava o rio Piracicaba e se inspirava para escrever romances, faz seu eterno retorno. Os tempos de glória estão voltando”, conclui Cecílio.
O retrato do Monte Alegre vai da glória à decadência em menos de um século
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ENTREVISTA 54
VILLAGE SERÁ UM DIVISOR DE ÁGUAS
Por Ronaldo Victoria
O empresário Wilson Guidotti Júnior, o Balu, nunca deu bola para o pessimismo. Por isso, na sua visão, o Village Arte Decor nasce vitoriosa, tendo como desdobramento a revalorização do Monte Alegre. Balu conta que vários espaços da mostra continuarão assim que o evento acabar. Com isso, logo em seguida começará a aparecer a rede de serviços do bairro. O empresário adquiriu as terras há aproximadamente 15 anos, por temer que o vandalismo tomasse conta do espaço. Desde que comprou, tem ideias para a reocupação.
Somente agora, com a resolução da questão do tombamento histórico, nos níveis municipal e estadual, é que tudo começou a se concretizar. “O Village vem num momento interessante, em que a gente consegue a ver que o universo começa a conspirar a favor”, diz. Ainda na infância, Balu era fascinado pelo Monte Alegre, para onde ia junto com um amigo cujo pai entregava bebidas no bairro. “Eu gosto da paisagem, do lugar, do cheiro. Eu gosto do Monte Alegre. Não sei explicar. Foi o lugar que escolhi para morar. É a minha praia.”
Village Arte Decor - Como você enxerga a mostra multissetorial? É o início efetivo da reocupação do bairro Monte Alegre? Balu Guidotti - O Village Arte Decor vem num momento interessante, em que a gente consegue ver que o universo começa a conspirar a favor. Há muito tempo a gente está tentando aqui acertar detalhes do tombamento, o relacionamento com o Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba) e o Condephaat (Conselho
ENTREVISTA
de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), tudo é muito complexo. Quando começo a resolver essa questão, que já está bem definida, surge o Village.
Como aconteceu essa ideia?
Você divide o Monte Alegre em antes e depois do Village Arte Decor? Sim. Vai ser uma grande festa, uma grande comemoração para a cidade, que está começando a recuperação do Monte Alegre. Está todo mundo ansioso e eu estou há muito tempo nessa ansiedade.
A mostra vai ocupar as antigas casas de operários? São mais de 4.000 metros quadrados de área, num trecho que vai do antigo clube até a Vila Heloísa. O interessante disso tudo, que será uma coisa bacana, é que durante o
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Sentido 70/Hugo Fagundes
Como eu estou aqui há 15 anos, já pensei um monte de coisas para o bairro durante esse tempo. Uma das coisas pensadas foi uma mostra de arquitetura, mas há muito tempo. Aí ficou ‘engavetado’, uma coisa guardada. Um pessoal chegou a vir, há um tempo, e acabou desistindo. Até por conta de tombamento, todas essas coisas que existiam. Agora tudo está a favor. Quando a gente consegue resolver o problema do tombamento, surge a proposta do Village, feita pelos empresários Bruno Fernandes Chamochumbi (MBM Escritório de Ideias) e Eduardo Pelaes (PublicArt). Aí num novo formato, uma proposta nova. E o mais legal é isso: vai ser uma mostra diferente. Mais diversificada e mais ampla. Muito mais ampla! Vai ter música, gastronomia, artes visuais. Vai ter realmente os cinco sentidos de tudo. Isso vai ser bacana. Um evento que vai marcar realmente. Um ponto de partida.
evento o público vai conseguir enxergar quais são as possibilidades de ocupação dos imóveis. Teremos um espaço no evento, como se fosse uma pequena imobiliária, em que os interessados em ocupar os imóveis poderão obter informações.
Haverá venda de espaços para uso posterior?
algumas pessoas me procuraram dizendo que queriam abrir negócios no bairro. Eu fui guardando os nomes das pessoas. O que vai ter de usual, que vai funcionar de verdade? Vai ter um bar, muito bacana, um ponto de encontro para o piracicabano. Vai ter um restaurante muito legal, um café, uma doceria, tudo funcionando durante e pós-evento.
Venda não, só locação. A ideia é locar todo o espaço durante a mostra. Essa é a minha ideia. Todos os espaços locados para uso futuro. Algumas coisas vão ficar, tem restaurante que está vindo pra ficar. É diferente de outras mostras.
Então, efetivamente é o começo da ocupação...
Já tem gente querendo ficar?
E como manter a característica do bairro? Exemplo, o
Já. Durante todo esse tempo,
Com certeza. Queremos manter a ocupação, desde pequenos escritórios até espaços maiores comerciais. Manter depois a chama viva.
ENTREVISTA
restaurante não ser daquele tipo de balada, música alta...
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Claro que temos essa preocupação. A ideia não é fazer nada do tipo.
É bom que se frise que ninguém tem nada contra bar de balada, mas...
‘Queremos manter a ocupação’ amigo de infância, o Tadeu Vilalta, e o pai dele tinha depósito de bebidas. Eu vinha com eles fazer as entregas no Monte Alegre.
Exato. A aposta minha maior é essa. Vai ter um bar para a moçada, mas também para a família. Vai ter espaço para a criança também. Vai ser uma grande festa. É isso que vai ser o diferencial.
O que chamava sua atenção?
O objetivo é transformar o Monte Alegre em um polo gastronômico, turístico e cultural?
Comprou essa área quando?
Regional. Vai ser um polo diferenciado que vai atrair o pessoal da região que curte uma coisa diferente, mais cult, alternativa. Sem nada contra, mas não estou querendo montar concorrência com a Rua do Porto. O objetivo não é agito até de madrugada, é algo mais tranquilo. Como é uma área muito grande, você não tem problema de estacionamento. Não quero ser algo incômodo para o pessoal que mora no bairro. Claro que vai alterar, são mudanças. Mas a gente está tendo todo o cuidado para que essas mudanças sejam positivas.
Então, você não disfarça o otimismo em relação ao Village Arte Decor? Eu nasci otimista! Sempre apostei no Monte Alegre, um lugar de que gosto desde moleque.
Quando o Monte Alegre entrou na sua vida? Desde que me conheço por gente. Vinha passear no bairro porque é um lugar de que gosto. Tenho um
Eu gosto da paisagem, do lugar, do cheiro. Eu gosto do Monte Alegre. Não sei explicar.
Faz uns 15 anos já. Na verdade, foi assim: muito tempo atrás, há uns 30 anos, eu tive antiquário. Gostava de restauração, esse tipo de coisa. Então, Monte Alegre é um antiquário vivo. E um dia, passando por aqui, vi que faltavam portas nas casinhas. Aí passava outro dia e via que faltavam mais umas três janelas. Aquilo começou a me incomodar mesmo. Aí eu liguei para o pessoal (proprietários antigos do lugar) e avisei que estavam saqueando. E a pessoa com quem falei na época era uma espécie de gerente. Ele disse: “pra mim, se roubarem tudo é um favor! Se derrubarem é um favor!” Aquilo me pegou de um jeito muito forte.
Um descaso total... É, não havia o amor pela coisa, era apenas um número a mais. E isso me afetou de um jeito que eu comecei uma negociação que demorou um ano até eu conseguir montar o quebra-cabeça para poder comprar. E para comprar sem saber o que fazer, porque a minha preocupação maior na época em que começou a história era mais de estancar o problema.
E também escolheu morar no Monte Alegre. Eu gosto daqui, é o lugar que escolhi para viver. É a minha praia. O condomínio (Monte Alegre, criado por ele) foi o vetor de mudança do Monte Alegre. O bairro já teve um potencial enorme. Chegou a ter uma das maiores usinas do Brasil. É curioso, se você pega a progressão da cidade e analisa, vê que numa determinada época, Monte Alegre significava, em termos de população, quase 8% de Piracicaba. Era muito grande, Taquaral fazia parte. Chegou a ter 3.000 funcionários. Se cada funcionário gerar mais três ou quatro pessoas, dá 10.000 pessoas.
Um lugar onde as pessoas, trabalhavam, moravam e tinham tudo... Tudo. Tinha comércio, clube, igreja, escola. Era autossuficiente. Era algo que funcionava. O que eu acho interessante é que Monte Alegre é o único caso de implosão demográfica em Piracicaba. Cheguei a fazer um censo informal e não chegava a 500 pessoas. Então, o condomínio foi o único fato novo que ocorreu em 50 anos ou mais. Quando a fábrica fechou, não teve mais nada que foi criado aqui.
A gente percebe um saudosismo nos moradores antigos. Você acha que, com o Village, vai aumentar a autoestima deles? Na verdade, nunca vai ser como era antes! Mas acho que pode aumentar a autoestima. As pessoas que morarem aqui e forem atentas vão sentir isso, porque vai ser um lugar disputado. É o que eu enxergo. O cara vai querer morar no bairro. Uma coisa descolada. É isso que imagino.
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PARCEIRA 60
URBEM ENCARA O DESAFIO
Por Andrea Mesquita
Executar um projeto do porte do Village Arte Decor pode ser visto como um desafio intransponível para muitos profissionais da área. Afinal, dar o ‘pontapé inicial’ no processo de revitalização de um bairro tradicional como o Monte Alegre é trabalho de gente grande. Mas a grandiosidade da mostra multissetorial, que traz 21 ambientes assinados, não intimidou os arquitetos Marcelo Guidotti, Camila Carvalho e André Tabith Costa e a designer de interiores Maria Fernanda Guidotti, que compõem a Urbem Arquitetura. Para concretizar o projeto do Village Arte Decor, o escritório ficou responsável pelo levantamento – em seus mínimos detalhes – de todos os edifícios que englobam a intervenção do evento. Além disso, também fez uma pesquisa aprofundada sobre a história e os costumes do bairro, para compreender seus valores cul-
turais, de memória e fatos históricos. Para que o Monte Alegre não perdesse sua identidade, a Urbem promoveu um levantamento fotográfico e colheu relatos de moradores para compreensão da organização espacial dos edifícios e da configuração das fachadas originais. As outras atribuições dos coordenadores foram a organização dos ambientes dos edifícios; organização e setorização dos acessos e das conexões entre os edifícios, rampas, taludes; o preparo de material de base para início de projeto dos profissionais; a execução do projeto executivo das obras de infraestrutura básica para o evento, tais como desenho das fachadas, portas e janelas, coberturas. Além disso, o escritório foi responsável pelas orientações e aprovação dos projetos dos profissionais responsáveis pelos ambientes, a coordenação de projetos para
‘Não enxergamos o Monte Alegre como algo parcelado, cada casinha um ambiente. Enxergamos o projeto como um todo’
aprovações nos órgãos responsáveis, e execução de material gráfico para o evento. “Nosso maior desafio foi fazer com que vários profissionais conseguissem usar o máximo de criatividade, bom gosto e vivência de maneira que todos eles trabalhassem de forma harmônica, como uma parceria mesmo”, destaca Marcelo Guidotti. “Não enxergamos o Monte Alegre como algo parcelado, cada casa um ambiente. Enxergamos o projeto como um todo”, completa Camila.
VIDA NOVA Para os profissionais da Urbem, o Village Arte Decor é um evento inovador, pois tem como intenção básica o resgate de uma área com um grande valor de memória. “Com isso todos ganham: os profissionais podem explorar todo seu potencial, a área é revitalizada, e o bairro, uma vez sem vida, terá a possibilidade de abrigar comércios e serviços”, destaca Marcelo. Ele enfatiza que o Monte Alegre hoje passa por um momento muito
interessante, pois foi o único bairro da cidade que teve uma implosão demográfica no século passado, o que proporcionou que todo o conjunto se mantivesse tão íntegro, ou seja, seu abandono fez com que seu conjunto ficasse bastante preservado. “Este talvez seja o grande encanto do Monte Alegre, não somente sua capela, a residência antiga do marquês ou sua antiga área fabril, mas seu conjunto como um todo”, observa. “Uma mostra de decoração tem um viés de requinte e dos materiais modernos e contemporâneos que estão sendo usados, as últimas tendências, de forma muito sofisticada. O Monte Alegre tem em sua essência uma certa simplicidade. Um dos nossos desafios foi manter essa simplicidade que o bairro possui”, destaca. Para ele, a realização da mostra é importante também para a cidade. “Este é o início da recuperação do bairro, de uma maneira harmoniosa tanto para seus moradores quanto para as pessoas da cidade. Piracicaba deixou um pouco o Monte Alegre de lado, e esse evento chegou para ressuscitá-lo”, conclui.
A Urbem arquitetura foi criada em 2013, mas a ideia do escritório existia na cabeça de Marcelo Guidotti, Camila Carvalho e Maria Fernanda Guidotti. “A Camila e a Fernanda estavam trabalhando na Construtora Guidotti, no Monte Alegre, desde 2010, e eu comecei em 2011 também na construtora e, desde aquela época, fazíamos estudos para viabilizar alguma intervenção e revitalização do patrimônio do bairro”, lembra Marcelo. Frente às oportunidades de um projeto tão importante para a cidade e com ambição de conquistar o mercado, avaliaram que seria ideal ter mais um profissional na composição da empresa, e convidaram André Tabith, que seguia carreira em São Paulo e foi colega de faculdade de Camila e Marcelo. “Cada um tem um potencial diferente do outro, e assim a linha de projeto tem uma sequência. Cada um tem um estilo diferente, e percebemos que os quatro juntos se completavam”, observa Camila. “Sabemos que um projeto é uma coisa muito conturbada. A gente começa com uma ideia que vai se desenvolvendo, e diversos fatores influenciam para levar o projeto para outros caminhos. Por isso, não medimos esforços para que o projeto siga o caminho correto, tanto para o cliente quanto para o escritório”, afirma.
PARCEIRA
Jeneli Wrasse / MBM
Camila, André, Maria Fernanda e Marcelo
União de potenciais
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Fotos: Jefferson Ataliba
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Fotos: Jefferson Ataliba, Eduardo Pelaes e Andrea Mesquita
64 OBRAS
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Por Cristiane Bonin
A arquitetura do bairro Monte Alegre é bastante eclética. A linha do tempo das construções no bairro transita entre os séculos 19 e 20, daí a coexistência de tantos elementos de diferentes estilos. Neoclássico, artdéco e modernismo estão todos lá, conforme registra o Cadus (Caderno de Estudos e Projetos para o Desenvolvimento Sustentável de Piracicaba e Aglomeração Urbana) e Desenhando o Patrimônio Cultural de Piracicaba, ambas publicações do Ipplap (Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba); além do projeto para a histórica Usina Monte Alegre de Piracicaba, SP: Centro UMA, da FEC (Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O bairro é tombado pelo patrimônio histórico municipal (Codepac) e estadual (Condephaat).
A arquitetura do bairro Monte Alegre é bastante eclética
Guilherme Miranda
PATRIMÔNIO HISTÓRICO 68
‘PÉROLAS’ DA ARQUITETURA Usina Monte Alegre Data: Do início do século 19 ao início do século 20. Localização: À esquerda da avenida Comendador Pedro Morganti e às margens do rio Piracicaba. Formação:Um dos berços da cultura e produção de cana e de aguardente da cidade. Em 1910, o engenho do Monte Alegre era produtor do melhor açúcar do país. Arquitetura: O estilo neoclássico pode ser conferido nas fachadas dos edifícios da área. Elementos como platibandas, cornijas, cimalhas e pilastras aparecem revestidos em pedra ou com detalhes imitando pedra. Estes elementos decorativos fazem parte da estrutura que se encontra rigorosamente modulada e
foram distribuídos uniformemente, criando uma série de planos verticais onde se inseriam as aberturas. A padronização, simplificação das formas e adoção de estilos correntes da época, comoo Art déco e a arquitetura moderna, surge em 1930. O Art déco trouxe elementos decorativos estilizados e geométricos. Com o modernismo vieram as formas geométricas despojadas. Depois desse período, a modulação presente nos edifícios foi mantida, embora a utilização e disponibilidade de materiais ‘novos’ possibilitassem maior horizontalidade e dimensionamento das aberturas. Houve também uma simplificação formal nas construções dos armazéns e do novo escritório, erguido na década de 1950.
Alessandro Maschio
Data: Inaugurada em 1936. Localização: À direita da entrada do Monte Alegre, no ponto mais alto do bairro. Construção: Pedro Morganti mandou levantar a capela para atender aos colonos italianos católicos, seus funcionários e habitantes do bairro Monte Alegre. O engenheiro contratado para a obra foi o italiano Antonio Ambrote, mas quem executou o trabalho foram os próprios operários da usina. A capela: Uma réplica de uma igreja toscana, com planta elaborada em formato de cruz, inspirada numa igreja da cidade de Bozzano, na Itália, terra natal de Pedro Morganti. Sua construção segue o estilo neorromântico, com paredes externas imitando pedra, arcos lombardos e lesenas, cúpulas, pequenos vitrais e altares feitos de mármore italiano. O destaque são os 600 metros quadrados de afrescos, das paredes ao teto, pintados pelo modernista Alfredo Volpi – o local é a maior obra do artista, mas não consta no seu catálogo. Os trabalhos duraram seis meses, entre 1937 e 1938, com a colaboração dos reconhecidos pintores Aldorigo Marchetti e Mário Zanini. As paredes têm como tema a hóstia, o amanhecer (representado por um galo), o símbolo papal, as chaves de São Pedro, o Divino Espírito Santo e a Aleluia. Na cúpula, foram ilustrados os quatro apóstolos evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João. Largo: Projetados pelo paisagista Philippe Westin Cabral de Vasconcellos, os jardins do entorno da Capela de São Pedro são em estilo inglês. A praça da entrada guardava dois monumentos, um do comendador Pedro Morganti e outro de sua esposa, Dona Joaninha Morganti, ambos esculpidos em bronze Ottone Zorlini. As estátuas foram furtadas em 2008.
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Capela de São Pedro
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Vila Heloísa Data: A partir de 1910. Formação: Foi constituída por edifícios de usos diversos, incluindo estabelecimentos comerciais, serviços e lazer, e moradias para os colonos (33 casas) – onde a Village Arte Decor está instalada em dezcasas e no entorno da Usina. A Vila Heloísa está entre as com menor descaracterização, assim como as vilas João de Barro e Marisa. Os conjuntos de casas sem ornamentos, as mais simples, eram habitados por cortadores de cana. Localização: Inicia logo após o prédio de dois andares do escritório da usina, à esquerda da avenida Comendador Pedro Morganti. Estruturas: Casas geminadas, sem recuos no lote e alinhadas à rua, com programa habitacional simples, apenas com sala, quarto e cozinha. O banheiro ficava no quintal, separado da construção. A construção utilizou alvenaria de tijolos e paredes revestidas com pintura de caiação. As janelas possuem peitoris, são em guilhotina e as esquadrias e folhas externas em madeira. O telhado é de duas águas. Padrão construtivo: Tipológico fabril, usando alvenaria aparente que confere certa homogeneidade ao conjunto. A arquitetura fabril foi o caminho para a difusão do art déco. Muito aplicada na década de 30, no Brasil, o Art déco canalizou a noção de modernização no mundo industrial. A então nova linguagem da arquitetura trazia volumes e ornamentos geometrizados.
Jefferson Ataliba
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Fabiane Ducatti
Data: fim do século 19 Localização: avenida Comendador Pedro Morganti, 4.700. História: O palacete faz parte da área patronal e é tida como a sede da Usina Monte Alegre. A edificação também é um dos últimos remanescentes representativos da antiga Fazenda Monte Alegre. Arquitetura: Ocupada pela família Morganti, a área patronal se caracteriza por uma extensa área verde, incluindo um lago. Duas amplas residências foram construídas no local, sendo uma delas, a primeira ocupada pela referida família, edificada com elementos do ecletismo. O casarão principal foi construído em duas partes, e são ligados por uma passarela cercada por um jardim de Inverno.
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Palacete da família Morganti
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CASA DO MARQUÊS 72
CULTURA EM PONTO NOBRE Por Andrea Mesquita
Considerada um dos marcos arquitetônicos do Monte Alegre, a Casa do Marquês tem solidificado, desde 2013, sua proposta de fomentar eventos culturais no bairro. O prédio, que sediou o Grupo Escolar Marquês de Monte Alegre, é famoso por sua arquitetura clássica e as enormes palmeiras imperiais em sua entrada. Por sua beleza, o local é bastante procurado para a realização de eventos sociais e empresariais. “A locação nos fornece os recursos necessários para a manutenção do prédio e a realização de atrações culturais. Já recebemos aqui o I Casa do Marquês Jazz Festival e várias peças de teatro: Tessuto, Mentira, Sopro, além de dança como Benza Quebranto, apresentações musicais com o Sarau no Marquês Grupo Vocal Liga Leve e
Grupo Adonai, além da II Feira da Sustentabilidade, um evento sem fins lucrativos, que acontecerá em abril de 2016”, observa a engenheira agrônoma Mônica Cabello de Brito, proprietária do espaço com o marido, o engenheiro florestal Klaus Duarte Barretto. Segundo Mônica, a ideia é realizar esses eventos de forma periódica, e dar continuidade ao Projeto da Feira da Sustentabilidade que pretende promover a reflexão e a troca de experiências e saberes em relação a quatro eixos temáticos: construções sustentáveis, sustentabilidade empresarial, Tecnologias Sociais e Gestão para municípios Sustentáveis. “Queremos também manter viva a história da antiga Escola Marquês de Monte Alegre. Realizamos desta forma anualmente um encontro de ex-alunos”.
História A Escola Marquês de Monte Alegre foi inaugurada em 1927, atendendo aos filhos das famílias que trabalhavam na Usina Monte Alegre. Suas atividades como escola se estenderam até o início da década de 90. Em 21 de janeiro de 2002, foi tombado pelo Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural), tornando-se patrimônio histórico-cultural de Piracicaba. Em 2003 e 2004, o prédio passou por um processo de restauro arquitetônico, que recuperou e revelou os seus valores estéticos e históricos. Dentre as melhorias empreendidas pelos proprietários, estavam a reforma do piso e obras estruturais, todas respeitando o traçado original do prédio.
Paulo Heise 73
‘Queremos também manter viva a história da antiga Escola Marquês de Monte Alegre’
A hoje Casa do Marquês dispõe, para todo tipo de evento, de um salão grande (156 metros quadrados) com vãos em arcos ao redor; um salão médio (77 metros quadrados) e quatro salas menores (duas com 37 metros quadrados cada e duas com 43 metros quadrados), com piso de tábua corrida, forro de madeira e janelas altas em madeira; três varandas com piso de azulejos hidráulicos, duas varandas com piso de pedra portuguesa e uma varanda com piso de cimento. Além disso, dispõe de um jardim que ocupa uma área de 1.400 metros quadrados, com canteiros e passeios. Chama atenção a alameda de entrada com as dez palmeiras imperiais centenárias. A Casa do Marquês fica na ave-
nida Comendador Pedro Morganti, 4970, telefones (19) 3432-1967, e-mail: contato@casadomarques. com.br, site: casadomarques.com. br e facebook: casadomarqueseventos, está aberta a visitas mediante agendamento prévio.
Por Cristiane Sanches
O Estado de São Paulo guarda verdadeiras joias da arquitetura em alguns dos seus principais municípios. São prédios e monumentos que contam a história de épocas longínquas como a do Brasil colonial, do período imperial, dos ciclos do café e da cana, e de tantas outras. Preservar todo este patrimônio é uma grande missão que cabe a todos nós, cidadãos e governos. A memória é uma herança que não pode ser dilapidada, sob pena de perdermos nossa identidade e nossas perspectivas de futuro, pois, quem não sabe de onde veio, dificilmente saberá para onde vai. É nisso que o Village Arte Decor acredita. Por isso, elegeu o histórico e emblemático bairro Monte Alegre, em Piracicaba, para realizar sua primeira edição. A mostra é itinerante e vai buscar outros espaços, neste país, para levar sua proposta de unir arquitetura, design e paisagismo com arte e entretenimento de qualidade. Apresentamos a seguir alguns exemplos de patrimônios históricos relevantes existentes em alguns dos mais importantes municípios paulistas. Fica como dica de passeio para quem curte história e arquitetura. Confira.
Foto: Tetê Viviani
INTERIOR 74
TESOUROS PAULISTAS PALACETE DAS ROSAS – ARARAQUARA
Antigo prédio do Clube Araraquarense, foi projetado por Alexandre Ribeiro Marcondes Machado. É um lindo palacete de estilo neoclássico, mesclado de influência barroca que, durante muito tempo, formou com o antigo Teatro Municipal e o Hotel Municipal, o centro histórico de Araraquara, a conhecida Esplanada das Rosas, que também reunia prédios de alguns bancos. O clube fica na praça Antonio Correa da Silva, onde funcionavam a sede social para encontros informais, sala de jogos ou reuniões e restaurante. A Esplanada das Rosas, juntamente com a sede do Clube Araraquarense e o Hotel Municipal estão tombados pelo Condephaat desde abril de 1998. Como consta no livro de visitas do clube, o imperador Pedro II esteve no local em novembro de 1886. Localização: praça Antonio Correa da Silva, Centro
INTERIOR
Foto: Prefeitura de Bauru
Foto: www.pontetorta.jundiai.sp.gov.br
PONTE TORTA – JUNDIAÍ
AUTOMÓVEL CLUBE - BAURU
Foto: geolocation.ws
De autor desconhecido, esta edificação data das primeiras décadas do século passado e se enquadra perfeitamente nos estilos arquitetônicos da época. Parte das edificações é do movimento eclético e retrata bem o desenvolvimento da cidade devido às estações férreas e à produção do café. Sua magnitude está na fachada, com suas quatro colunas em estilo neoclássico, e nas escrituras ao centro. Localização: Praça Rui Barbosa, 1-23, Centro.
CASA IMPERIAL – ITU Projetada por Francisco Paula Souza, a Casa Imperial, também conhecida como ‘Casa da Flor-de-lis’ foi o primeiro imóvel urbano tombado pelo Condephaat, em 1968, em Itu. Localizada na praça Dom Pedro, abrigou membros da família imperial brasileira nas suas visitas à região, como a princesa Isabel e seu marido Conde d’Eu, em 1884. O solar é atualmente conservado por sua proprietária Maria Lúcia Caselli. Localização: Praça Dom Pedro
O monumento foi construído durante o ciclo ferroviário, sobre o rio Guapeva, para ligar o centro da cidade à Estação Ferroviária. Na segunda metade do século 19, essa construção era utilizada para a passagem de bondes puxados por animais da Cia. Paulista Carril Jundiahyana. Com o passar dos anos e a ampliação da cidade, a Ponte Torta foi se tornando pequena demais para suportar o trânsito de pessoas e, principalmente, de veículos. O rio Guapeva também ganhou volume e tamanho, o que obrigou uma reformulação da ponte, que continua no mesmo local. Foi construída em alvenaria de tijolos sem armação metálica, seguindo estilo arquitetônico bastante comum na época. Sua restauração foi concluída recentemente pela prefeitura. Localização: rua Odil Campos Saes
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Divulgação
INTERIOR
FAZENDA LAGEADO – BOTUCATU Trata-se da maior riqueza em arquitetura e história de Botucatu. A história da fazenda teve início há 140 anos, quando três fazendeiros da região de Rio Claro começaram a desmatar a área. Em 1881, o advogado de Piracicaba, João Batista da Rocha Conceição, comprou as terras e iniciou, com ajuda de mão de obra escrava, a plantação de mais de 600 mil pés de café. A escravidão chegou ao fim anos depois, e a produção deu emprego a muitas famílias. Atualmente a área pertence à Unesp (Universidade Estadual Paulista), onde funciona a Faculdade de Ciências Agronômicas. Localização: Estacão Experimental Pres Médici - s/n
Sérgio Menezes / SMCS Rio Preto
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www.fotofraseando.wordpress.com
SWIFT – SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Instalada às margens do Lago 1 da Represa Municipal, a Swift, com sua arquitetura inglesa, é parte integrante do cartão-postal da cidade de São José do Rio Preto. A antiga fábrica de óleo de amendoim, de caroço de algodão e de mamona hoje é um centro de educação e cultura. O complexo de 30.116,46 m² é composto por três grandes blocos e alguns pequenos edifícios. São eles: o graneleiro, a área de depósito de grãos e a caldeira que tem anexa a chaminé de 36 metros de altura. A fábrica Swift-Armour do Brasil começou a funcionar em 1944. O processo de tombamento teve início em 2003 e se estendeu por cinco anos. Foi em outubro de 2008 que o Condephaat promoveu o tombamento do complexo. Localização: avenida Duque de Caxias, Vila Ercília
THEATRO PEDRO II – RIBEIRÃO PRETO É o segundo maior teatro de ópera do país em capacidade de público, com 1588 lugares. Fica atrás apenas do Teatro Municipal de São Paulo. Inaugurado em 8 de outubro de 1930, o Theatro Pedro II foi projetado pelo arquiteto Hippolyto Gustavo Pujol Júnior em estilo eclético. Por mais de 30 anos, o Pedro II foi o principal polo cultural do município. Havia passagens secretas no teatro, utilizadas por pessoas da alta sociedade. As passagens ligavam o teatro aos hotéis que ficavam ao lado do prédio. Foi tombado em 1982 e totalmente restaurado. Localização: rua Álvares Cabral, 370
PRESERVAÇÃO 78
RESPEITO AO PATRIMÔNIO E À MEMÓRIA Por Cristiane Bonin
A instalação da mostra de arquitetura, design e paisagismo Village Arte Decor, no Monte Alegre, segue todas as diretrizes municipais contidas no estudo oficial, quanto à cultura e patrimônio, descritas no Cadus (Caderno de Estudos e Projetos para o Desenvolvimento Sustentável de Piracicaba e Aglomeração Urbana). O terceiro volume deste estudo, sobre Zonas de Zeladoria do Patrimônio Cultural, elaborado pelo Ipplap (Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba), dedica dois capítulos inteiros ao Monte Alegre, concentrando numa publicação oficial um amplo planejamento da prefeitura para a ocupação das áreas em ruínas – que respeitam o tombamento do bairro. “Posso afirmar que o Village Arte Decor está baseado nestas diretrizes e alicerçada neste estudo de cultura e patrimônio. Com a mostra, teremos um grande avanço na recuperação e, mais importante que isso, também ocuparemos o espa-
ço de forma permanente, e este é o grande diferencial do evento. Nós, do Codepac, comemoramos muito (a implantação do Village). Não teremos uma mostra que dura dois ou três meses, e que, com o fim, é desmontada totalmente. Ao contrário, as operações da mostra permanecerão e se transformarão em mais um espaço para a cidade”, comenta o presidente do Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba), Mauro Rontani. Todo bairro Monte Alegre é tombado pela esfera municipal, inclusive suas árvores centenárias, informa Rontani. O tombamento do bairro via Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) ainda não foi finalizado, mas a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo informa que “as intervenções são analisadas caso a caso, já que ainda não têm diretrizes aprovadas” para o bairro. O processo para tornar o Monte Alegre um patrimônio
‘Com a mostra, teremos um grande avanço na recuperação (do bairro)’
A MOSTRA A Usina Monte Alegre – referência nacional, em 1910, na produção de açúcar, com área total de 410 mil metros quadrados – é o palco do lançamento do Village Arte Decor. A mostra está instalada na Vila Heloisa – conjunto de casas remanescente da usina açucareira – e galpões anexos, um complexo que foi degradado pelo tempo e que vem sendo recuperado conforme direcionamentos legais do Condephaat e Codepac. A primeira edição do Village acontece de 29 de outubro a 13 de dezembro de 2015 numa área total de mais de 4.000 metros quadrados. Trata-se da primeira mostra itine
Guilherme Miranda
e ter preservada sua história de um dos berços da indústria sucroalcooleira foi iniciado pelo município em 1991, com o tombamento da capela de São Pedro. Num nível avançado, as diretrizes municipais para uso do espaço, inclusive o da área da usina, foram desenvolvidas, em 2006, por um grupo de trabalho (GT) composto por Marcelo Cachioni, Teresa Blasco, Wilson Guidotti Júnior e André Heise. As orientações e definições deste GT foram publicadas no 3º Cadus e inclui ações direcionadas ao turismo e usos sugeridos, que destacou a necessidade de concretização de projetos de recuperação para as vilas João de Barro e Heloísa. “Do ponto de vista da recuperação, é de suma importância a existência do Village quanto à estrutura que passará a existir para que o bairro permaneça como um ponto turístico de Piracicaba, assim como é o Engenho Central ou a Rua do Porto. São necessários estrutura e organização para receber o turista ou um novo negócio, e a recuperação de um prédio tombado incute ao valor patrimonial comercial o valor arquitetônico”, diz Rontani.
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Alessandro Maschio
PRESERVAÇÃO 80
rante de arquitetura e design no Brasil no formato multissetorial – da agenda cultural intensa à interação nos ambientes projetados. A mostra também é precursora na instalação de um pólo novo de comércio de produtos e serviços, estabelecidos em um espaço diferenciado, tombado pelos órgãos estadual e municipal como patrimônio histórico. O ineditismo também se perpetuará ao fim do Village, isso porque a mostra alavancará a economia e turismo do local por meio das operações e estruturas implantadas para o evento, destacam os empresários Bruno Chamochumbi (MBM Escritório de Ideias) e Eduardo Pelaes (PublicArt), sócios e idealizadores do Village Arte Decor.
‘Ocuparemos o espaço de forma permanente, e este é o grande diferencial do evento’
Linha do tempo 1990: Coordenadoria da Ação Cultural de Piracicaba (atual secretaria) promove um seminário para discutir a história do bairro e pensar medidas para sua revitalização. Sob a proposta de manter algumas características culturais do local, surge um movimento entre os habitantes pela reconstrução da memória. 1991: O tombamento municipal da capela de São Pedro é decretado em 3 de julho. Em 2013, o Codepac inclui a área envoltória da capela. 1994: O Centro Comunitário Monte Alegre apresenta à prefeitura planos de trabalho para o bairro. A primeira etapa pede diversas recuperações e melhorias, como a da área do lago e a creche Tagarela, e calçamento e pavimentação. A segunda etapa, no ano seguinte, objetiva valorização institucional. 1995: Por solicitação do centro comunitário, o Codepac abre processo de tombamento do bairro. 2001: O tombamento municipal da ‘colônia’ do bairro Monte Alegre, constituído pelo conjunto de casas geminadas construídas no início do século 20, vilas Heloísa e João de Barro, é realizado pelo decreto 9.516/01. No mesmo ano, é aberto o processo de tombamento do bairro Monte Alegre, incluindo a antiga usina e as demais edificações. 2002: O decreto 9.755 tomba a Escola Marquês de Monte Alegre. 2004: Iniciam os processos de tombamento via município da antiga área patronal (palacete Morganti e área envoltória) e Vila Marisa.
2006: O grupo de trabalho (GT) do Codepac de Cultura, Patrimônio, Turismo e Lazer, a partir do tema Cultura e Patrimônio, apresenta questões referentes às intervenções no bairro Monte Alegre. O estudo contempla projetos para memorial, história oral, consolidação do bairro como centro histórico, conscientização para preservação dos imóveis, além de ações diretas para alavancar o turismo e economia – estudo base para a elaboração de um Plano de Gestão que, efetivamente, possa sugerir usos para as áreas de valor cultural. 2012: Outro estudo, desta vez de autoria do arquiteto Márcio Hoffmann, é realizado para balizar a instrumentalização técnica a fim de arbitrar sobre as intervenções propostas para o bairro. Esse documento de perfil técnico aponta algumas características do bairro e níveis de proteção quanto ao tombamento. 2013: O Condephaat, órgão estadual que cuida dos patrimônios, decide abrir processo de tombamento englobando todo o bairro, inclusive o campo de futebol. O fato muda os critérios de avaliação para intervenções por parte do Codepac e coloca o bairro dentro de uma legislação preservacionista mais restritiva que a do município. 2015: O processo de tombamento via Condephaat ainda não está finalizado e as intervenções são analisadas caso a caso. Fonte: Ipplap
Por Ronaldo Victoria
Fotos: Alessandro Maschio
ARTE E FÉ 82
‘ESTRELA’ DO BAIRRO
Para muitos, é a ‘estrela’ do Monte Alegre. A capela de São Pedro, que fica no alto de uma colina, é o ponto principal do bairro, que chama atenção por vários motivos. Não apenas pelo estilo clássico, uma réplica de templos italianos do século
19, mas por ter sido decorada por um grande artista quando jovem: Alfredo Volpi. Hoje a igreja guarda esta honra de ser o local que tem mais obras concentradas de Volpi, que só faria sua primeira exposição, em São Paulo,
em 1938, um ano depois de a igreja ser inaugurada. Somente nos anos 50 se renderia ao modernismo e se especializaria no abstracionismo geométrico, com as bandeirinhas que o tornaram famoso. De acordo com o jornalista e es-
critor Cecílio Elias Netto, autor do livro Piracicaba que Amamos Tanto, na época Volpi era mais conhecido como ‘pintor de paredes’, pelo seu trabalho em decoração de casas na capital paulista. “Volpi era o italiano a quem, mais por ser italiano do que por ser pintor, Pedro Morganti dera o encargo de decorar a igreja. Volpi era, ainda, um desconhecido, e sua arte não obtivera reconhecimento. Em Monte Alegre, a sua pintura encantou as pessoas sem que elas vissem a importância de uma obra que ali ficara impressa, na qual Volpi tivera o auxílio de dois pedreiros da usina, Vergílio Silva e João de Campos.” O artista também contou com a colaboração do pintor Mario Zanini e do preparador de tintas Aldorigo Marchetti. Como destaca Pedro Caldari, do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba), o templo estava incluído no ‘pacote’ de equipamentos sociais oferecido aos operários da usina dirigida pelo italiano Pedro Morganti. “A capela – particular – fazia parte dos serviços necessários aos moradores e operários para dar apoio ao funcionamento do bairro e também da usina e da fábrica de papel.” E surgiu também por conta do catolicismo fervoroso de Morganti, que sempre fez questão de que em todas as suas propriedades houvesse uma capela. No bairro não seria diferente. Ele contratou o engenheiro Antonio Ambrote, o mesmo que ajudou a erguer o Teatro Municipal de São Paulo, para construí-la. O jardim foi projetado por Phelippe Westin Cabral de Vasconcellos, o mesmo que fez todo o paisagismo da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Os trabalhos de pintura duraram quase um ano e a capela foi inaugurada em dezembro de 1936 para o batizado de Marisa Morganti Ayroza, uma das netas de Pedro Morganti.
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ARTE E FÉ 84
Em 4 de janeiro de 1937, dom Francisco de Campos Barreto, bispo de Campinas, diocese à qual pertencia Piracicaba, concedeu licença para a bênção da capela. A igreja, que sempre pertenceu a particulares, foi tombada como patrimônio histórico pelo Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba), em 1991. Há cerca de 15 anos a igreja e o terreno onde está localizada per-
tencem ao empresário Wilson Guidotti Junior, o Balu. LEIA MAIS SOBRE A CAPELA NA PÁGINA 69.
A planta da igreja tem formato de cruz. Foi inspirada pela catedral de Bozzano, na Itália
ENTREVISTA 88
UMA VISÃO URBANA MODERNA Por Ronaldo Victoria
Para o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), o Village Arte Decor marca o início do processo de revitalização do bairro Monte Alegre que, para ele, é o retrato do ciclo canavieiro. Ele destaca que o local foi estruturado de uma forma a ter, ao lado do local do trabalho, todos os equipamentos sociais de que os funcionários da antiga usina precisavam: clube de futebol, capela, escola, unidade de saúde. “O Monte Alegre era como se fosse uma pequena cidade, uma vila, com todos os equipamentos de que uma cidade dispõe. Inclusive com os equipamentos sociais associados ao trabalho, o que representava uma visão moderna do urbanismo”, afirma. Por isso, ele entende a importância do Village Arte Decor para ao mesmo tempo preservar e criar uma nova identidade para o local.
“Aqueles espaços físicos terão a garantia da preservação histórica e cultural. E, ao mesmo tempo, (a mostra) vai valorizar aquele ambiente. Esse evento vai servir para isso e, simultaneamente, vai atrair as pessoas para conhecerem aquele espaço melhor”, acredita o prefeito.
Village Arte Decor - Qual a expectativa para a mostra? Gabriel Ferrato - Tem havido recentemente uma movimentação em torno do Monte Alegre, oferecendo várias alternativas, principalmente apresentações musicais. E acho que vão nessa linha de mostrar o bairro às pessoas. E promover a consciência da importância daquele espaço para a cidade. Já está havendo isso. O Village Arte Decor já envolve um tipo de investimento
nas casas, que vai ajudar a recuperá-las. Aqueles espaços físicos terão a garantia da preservação histórica e cultural. E, ao mesmo tempo, também vai haver a valorização daquele ambiente. Esse evento vai servir para isso e, simultaneamente, vai atrair as pessoas para conhecerem aquele espaço melhor, especialmente após os investimentos feitos para a mostra.
E para a cidade, de que maneira enxerga a importância? O Village Arte Decor marca o início da valorização de um patrimônio histórico e cultural relevante para a cidade. Até porque o progresso da cidade de Piracicaba está intimamente associado ao ciclo canavieiro, do açúcar e do álcool. Aí começa o desenvolvimento da cidade.
É um espaço com toda relevância histórica e cultural. Dependendo da forma de sua ocupação, podem-se manter as características do próprio bairro e simultaneamente transformar em outro espaço que a cidade possa frequentar. Com isso, você descentraliza alguns ciclos de serviços. Não sei quais serão todos, sei uma parte. E isso também é relevante para a cidade. No planejamento urbano é chamado de microcentralidades, em que as pessoas em vez de se dirigirem concentricamente,
O Monte Alegre é um retrato do ciclo canavieiro, não?
Que você more perto de onde trabalha, não precise se deslocar muito para ir trabalhar. Exatamente. Próximo ao seu local de trabalho você tem a sua residência e os equipamentos sociais básicos dos quais você precisa para a sua sobrevivência. Portanto, nos
Claro que sim. Porque até agora aquela comunidade estava lá, sem nenhuma intervenção nessa área. A prefeitura fez o que cabe a ela em saúde, recuperação de ambientes públicos. Mas nesse espaço, que é privado, enquanto não se dá a intervenção, a sociedade não enxerga a importância daquilo como patrimônio histórico da cidade.
Qual a importância de recuperar esse espaço?
A preservação desse patrimônio é fundamental. Para que as pessoas mantenham a memória.
É um retrato claro. Dos mais claros. Até porque você tem ali todos os elementos de uma usina associada a uma comunidade com todos os equipamentos sociais para a convivência em sociedade. Tem o campo de futebol, a capela, a escola, a unidade de saúde. Tem tudo, como vivia uma comunidade naquele período. É como se fosse uma pequena cidade, uma vila, com todos os equipamentos de que uma cidade dispõe, inclusive com os equipamentos sociais associados ao trabalho. O que é uma visão moderna do urbanismo. E o que é essa visão moderna do urbanismo?
E precisava um evento desse porte para chamar a atenção, não?
anos 20 e 30, o Monte Alegre já tinha esse conceito que hoje se tornou moderno.
Tudo é cíclico? Sim, os conceitos modernos de urbanismo se voltam para essa visão que existia naquela época. Até porque o progresso causou uma explosão nas cidades, sem essas características de convivência social e de proximidade das pessoas com seu local de trabalho. Acho que é importante isso. A arquitetura moderna recuperar algo que foi
ENTREVISTA
Fotos: Alessandro Maschio
‘Aqueles espaços físicos terão a garantia da preservação histórica e cultural’
marcante no passado nessa comunidade do Monte Alegre. É um bom exemplo.
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ENTREVISTA
possam ir para atividades descentralizadas e atingir serviços fora do ambiente central da cidade.
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O Monte Alegre pode vir a ser algo como Embu das Artes é para São Paulo e Sousas é para Campinas? Ou seja, um pedaço antigo que concentra arte e cultura? Acho essa comparação razoável. Uma das vertentes será essa: espaço de cultura e arte. Outra vertente é de serviços. E, aliás, têm de estar associadas porque uma não sobrevive sem a outra. Tem que ter presença de pessoas. E para manter as pessoas, tem que ter serviços.
Tem que ter bares, restaurantes, cafeterias, mercado, farmácia... Sem isso não se dá sustentação à arte e à cultura, que é o que se pretende também fazer lá. Agora, tem outro cuidado, que é de ocupar esse espaço sem causar transtorno à população local, que quer manter o seu padrão de conforto. Mas isso depende muito do uso que você vai fazer do espaço. De qualquer maneira, independente disso, é uma descentralização interessante.
Piracicaba passaria a ter dois polos: Rua do Porto e Monte Alegre. Então, mas os cuidados da ocupação têm de ser muito firmes. Como está em mãos de um empreendedor privado que tem essa preocupação, é possível conciliar. Na Rua do Porto já estava ocupado antes. E os terrenos são particulares, portanto pode fazer transações de qualquer tipo.
O poder público não tem como mexer com o livre-arbítrio...
Isso. Então, lá é possível fazer um planejamento da ocupação. Algo que não foi possível fazer na Rua do Porto. Ou seja, os eventuais problemas que a Rua do Porto tem serão possíveis de ser evitados lá.
E a preocupação com a preservação? Aquilo é um patrimônio histórico municipal e estadual. É obrigatório que se preserve. Não há discussão sobre isso. Como é um patrimônio arquitetônico muito relevante, e muito bonito na parte da usina, é bom para se reviver aquele momento. Claro que nunca será igual, mas você consegue ver melhor aquele passado.
E pessoalmente, o que acha do Monte Alegre? Por exemplo, eu gosto muito da Europa e não gosto dos Estados Unidos. É o meu olhar sobre as coisas, tenho muito isso de preservação histórica, dos prédios que a Europa preservou, mesmo submetida à guerra. Aquilo me atraiu muito. E vejo uma parte disso no Monte Alegre, que guarda uma parte da Europa, mais especificamente da Itália.
‘Os conceitos modernos de urbanismo se voltam para essa visão que existia naquela época’
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aquashopp Piracicaba
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Praça do Café
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Café UMA
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Lounge
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Loft
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Living Gourmet
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Studio Garagem
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Galeria de Artes
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Restaurante Vila Itália
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Alameda UMA
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Manifesto Design, Arte e Artesanato
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Sala de Imprensa By Bortolini
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Spa dos Noivos
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AMBIENTES
Bilheteria
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Laboratório da Sommelier de Cervejas 122 Enoteca
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Casa do Arquiteto
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Empório Gastro Roça
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Concept Store Le Vin Leger
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Espaço Efêmero
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Floricultura
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Divulgação
GUSTAVO BORGES arquiteto Gustavo Borges Arquitetura 19.2533-0622 / 99266-5775 | Piracicaba/SP gustavoborges@gustavo-borges.com gustavo.a.borges
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@gustavoborgesarquitetura
“O evento será benéfico para o bairro, que será presenteado com a recuperação da área e para toda a população, que encontrará ali um refúgio histórico, artístico e cultural, onde o ritmo acelerado da cidade é substituído por um compasso mais uniforme e sereno, onde arquitetura é o complemento da paisagem (e vice-versa), onde a relação entre ser humano, espaço e natureza é favorecida, e onde beleza e conforto estarão ao alcance de qualquer pessoa”. A bilheteria foi criada como um espaço mais contemporâneo, idealizada com formas e volumetrias paramétricas. A proposta do arquiteto é marcar que o evento não trata somente do fator histórico do bairro Monte Alegre, criando o ‘choque’ da história com o moderno.
BILHETERIA 97
PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Costa Security | Garden Cerri | Raul Tintas/Eucatex | Rosana Zaia Gesso
Divulgação
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MARIA PAULA ORLANDO arquiteta e paisagista CELSO LAETANO arquiteto Escritório de Arquitetura e Paisagismo Maria Paula Orlando 19.3432-9150 | Piracicaba/SP
“Um evento diferente de mostras convencionais. A ideia de mesclar arquitetura com arte e gastronomia faz com que ele se diferencie e inove” A Praça do Café é um espaço que integra vários ambientes dentro da mostra, um lugar de convivência e contemplação, de onde é possível ter uma boa visão da antiga Usina Monte Alegre.
contato@mariapaulaorlando.com.br Maria-Paula-Orlando-Arquiteta-Paisagista @mariapaulaorlando Celso Laetano Arquitetura 19.3421-0907 / 3421-5909 | Piracicaba/SP celso@celsolaetano.com celso.laetano @celsolaetano
PRAÇA DO CAFÉ
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PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Garden Cerri | Costa Security | Raul Tintas/Eucatex
Nilo Belotto
CELSO LAETANO arquiteto Celso Laetano Arquitetura 19.3421-0907 / 3421-5909 | Piracicaba/SP celso@celsolaetano.com celso.laetano
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@celsolaetano
“O Village Arte Decor é um evento que vai chamar atenção do público piracicabano e regional”. Espaço de lazer, o Café UMA está instalado na antiga cancha de bocha da usina. O ambiente foi repaginado, preservando as características construtivas da época, e está inserido numa praça de convívio. A iluminação intimista e aconchegante confere um clima charmoso para ambientes com esse fim.
CAFÉ UMA 101
PARCEIROS: Anna Decor | Arte Gesso & Arte Luz | Café Morro Grande | Garden Cerri | Habitare Decor Indusparquet | Multimagem | Pasticceria | Raul Tintas/Eucatex | Rosana Zaia Gesso | SCA | Vidromax
Divulgação
GUSTAVO BORGES arquiteto Gustavo Borges Arquitetura 19.2533-0622 / 99266-5775 | Piracicaba/SP gustavoborges@gustavo-borges.com gustavo.a.borges
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@gustavoborgesarquitetura
“O evento será benéfico não só para o bairro, que será presenteado com a recuperação da área, mas para toda a população, que encontrará ali um refúgio histórico, artístico e cultural, onde o ritmo acelerado da cidade é substituído por um compasso mais uniforme e sereno, onde arquitetura é o complemento da paisagem (e vice-versa), onde a relação entre ser humano, espaço e natureza é favorecida, e onde beleza e conforto estarão ao alcance de qualquer pessoa” O lounge foi inspirado na revolução que aconteceu no Soho, em Nova York, na década de 70 e começo anos 80, quando artistas começaram a tomar conta do bairro e transformaram espaços industriais em locais para morar. O ambiente traz características industriais, como as paredes de tijolo bem marcado e o piso com concreto queimado.
LOUNGE
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PARCEIROS: Anna Decor | Artddecor | Arte Luz | Casa Bonita LEF Cer창mica | Piragesso | Raul Tintas/Eucatex | Ulishop
Jeferson Ataliba
CRISTIANE FURLAN arquiteta PAULO MACHADO arquiteto FERNANDA RENOSTO arquiteta Cris Furlan Arquitetura 19.2533-1364 | Piracicaba/SP arquitetura@cristianefurlan.com.br
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“O evento vai promover atividades artísticas e culturais na cidade, valorizando o patrimônio histórico de Piracicaba e trazendo novidades do mundo da arquitetura para o público” O loft é autêntico, situado num verdadeiro galpão industrial. As características originais do espaço rústico se unem a conceitos e materiais atuais para compor um ambiente contemporâneo e aconchegante para apreciadores da arte e do design.
LOFT
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PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Artzzi | Fรกbrica 8 | Multimagem Raul Tintas/Eucatex | Rosana Zaia Gesso | Ulishop/Indusparquet | Vidromax
Isa Silvano
IVAN HELLMEISTER designer de interiores
Ivan Hellmeister Arquitetura & Interiores 19.3041-5687 / 98151-7683 | Piracicaba/SP ivan.hellmeister@uol.com.br ivan.hellmeister
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@ivanhellmeister
“Participar da primeira edição da Village Arte Decor será uma experiência única, por fazer parte do projeto de revitalização do bairro Monte Alegre. Além de contribuir com o patrimônio histórico de Piracicaba, o evento será o ‘start’ de um novo conceito de mostras em nossa região. Expor meu trabalho em um local que preserva histórias, dedicação e trabalho árduo dos imigrantes, reforçam princípios que utilizo para desenvolver meus projetos” O living gourmet traz a cozinha, antes coadjuvante, para o papel principal na casa, com todo o conforto e sofisticação do living, aliado à praticidade de um espaço gourmet.
LIVING GOURMET
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PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | BG Interiores | Casa Bonita Multimagem | Rosana Zaia Gesso | SCA | Vidromax EQUIPE: Flavia Campos Gimenes
Mariana Bernardo
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“O Village Arte Decor veio em um bom momento, em que a população da região carece de eventos culturais. Com certeza, será um sucesso, sendo uma mostra cheia de alma e carinho” O Studio Garagem é um ambiente voltado para o público masculino que agrupa diferentes hobbies e transforma o espaço ‘garagem’ em complexo de lazer do homem. Luzes, carros, música, bebidas, esportes e decoração são encontrados num mesmo local e garantem momentos de muita diversão.
ISADORA FERREIRA arquiteta CAIO PELLEGRINO arquiteto MARCELA ROSSI arquiteta e designer Isadora Ferreira Arquitetura 19.99826-6176 | Piracicaba/SP contato@isadoraferreira.com.br IsadoraFerreiraArquitetura @isadorafmb CMP Arquitetura e Engenharia 19.3702-3442 / 98243-0202 | Limeira/SP caiompellegrino@gmail.com caio.pellegrino @caiopllgr Bendito Atelier Arquitetas Associadas 19.3427-1244 / 3377-0787 | Piracicaba/SP marcela@benditoatelier.com benditoatelier @benditoatelier
STUDIO GARAGEM
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PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Raul Tintas/Eucatex | Rosana Zaia Gesso | Villa Sebrian
STEPHANIE GUIDOTTI arquiteta LINA FERRANTE BORGES designer de interiores
Stephanie Guidotti Arquitetura e Interiores 17.3225-8181 | São José do Rio Preto/SP contato@stephanieguidotti.com.br Stephanie-Guidotti-Arquitetura-e-Interiores
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@arq.decor_sg
Jeneli Wrasse / MBM
Juarez Borges Arquitetura 19.3413-4343 | Piracicaba/SP linaferranteb@gmail.com lina.ferrante.18 @linaferrante
“Pretendemos expor nosso trabalho da melhor maneira possível, usando a imaginação e recursos viáveis para transformar nosso ambiente exatamente como imaginamos, sempre respeitando e enfatizando o que o bairro possui de mais bonito: sua história e essência” A galeria de artes abriga quadros de artistas locais e internacionais, além de esculturas. As profissionais mantiveram um pouco da essência da área no prédio, onde inclusive contam uma breve história do bairro Monte Alegre por meio de imagens que resgatam a história do lugar.
GALERIA DE ARTES
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PARCEIROS: Artddecor | Arte Gesso & Arte Luz | LEF Cer창mica | Ritec
Divulgação
GUSTAVO ROCHA
arquiteto, designer de interiores e paisagista
Gustavo Rocha Arquitetura e Paisagismo 19. 3035-9631 / 99785-1668 | Piracicaba/SP grochacampos@gmail.com gustavorochaarquiteuraepaisagismo
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@gustavorochaarquitetura
“Acredito que o Village Arte Decor será uma grande oportunidade de proporcionar à cidade a revitalização de um patrimônio histórico importante. O que está acontecendo no bairro é ‘tratamento pontual’, que se irradia para o corpo todo. É o resgate de um bairro, e espera-se que esse resgate se irradie para todos os pontos da cidade” O restaurante Vila Itália busca proporcionar conforto e bem estar, aliados a um local moderno e ao mesmo tempo cheio de memórias. O projeto resgata a memória do local, mantendo parte das paredes em tijolo aparente e o madeiramento. Coroando o projeto, uma deliciosa área externa que conecta os visitantes com a história viva do bairro, divididos entre o ambiente sob o pergolado, e o ambiente de seixos sob as mangueiras.
RESTAURANTE
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PARCEIROS: Aqua Shopp | Anna Decor | Arte Gesso & Arte Luz | Bortolini | Habitare Decor | Nalessio Madeiras Nova Casa Pisos e Revestimentos | Raul Tintas/Eucatex | Rosana Zaia Gesso | SCA | Vidromax
MARIA PAULA ORLANDO Jeneli Wrasse / MBM
arquiteta e paisagista
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Escritório de Arquitetura e Paisagismo Maria Paula Orlando 19.3432-9150 | Piracicaba/SP contato@mariapaulaorlando.com.br Maria-Paula-Orlando-Arquiteta-Paisagista @mariapaulaorlando
“O Village Arte Decor é um evento diferente de mostras convencionais. A ideia de mesclar arquitetura com arte e gastronomia faz com ele se diferencie e inove” A Alameda UMA foi criada para ‘receber’ bem as pessoas que por ali passam. O espaço pode abrigar eventos de música, gastronomia, exposições artísticas, além de ser um acesso às casas da Vila Heloisa. Em toda sua extensão há um jardim bem arborizado com espaços de convívio.
ALAMEDA UMA
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PARCEIROS: Aqua Shopp | Arquiteta e Light Design Ana Soler Arquiteta e Paisagista Jacqueline Souza | Arte Luz | Balu Guidotti | Garden Cerri | Piragesso
Guilherme Miranda
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“Um projeto que resgata a memória afetiva de muitos moradores de Piracicaba, que cultiva o orgulho e o respeito pela história da cidade a partir da valorização da sua arquitetura em um bairro maravilhoso, com certeza será um evento de grande sucesso” O ambiente tem suas inspirações baseadas na estética das warehouses, mantendo a história arquitetônica da construção. A proposta mescla esta inspiração ao conceito de galeria de arte, no qual o ambiente iluminado, as paredes brancas e claras ressaltam as peças que compõe o espaço.
LIGIA DUMIT designer de interiores EDU BORTOLAI designer de produtos CAROL VECCHINI designer de interiores e de produtos ALEX BIGELI arquiteto e designer de produtos Studio [b] Design 19.2534-0766 | Piracicaba/SP ligiadumit@gmail.com contato@studiobdesign.com.br cacavecchini@gmail.com alex@tlibrasil.com edubortolai.design @edubortolai studioBdesign @studiobinsta TezLivingStyle @tezlivingstyle
MANIFESTO
DESIGN, ARTE E ARTESANATO
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PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Marina Machado | MBM Escrit贸rio de Ideias | Raul Tintas/Eucatex Rosana Zaia Gesso | Snijder&Co/branco. papel de parede | Villa Sebrian
Clara Simoni
SOFIA RONTANI arquiteta LUISA SIMONI arquiteta Sofia Rontani 19.3422-0766 / 99977-8859 | Piracicaba/SP 11.98147-5490 srontani@yahoo.com
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sofia.rontani @sofiarontani Luisa Simoni 19.3434-7189 / 13.99625-5669 | Piracicaba/SP luisalemesimoni@gmail.com luisa.simoni @luisa_simoni
“Esperamos que a mostra traga inspiração aos visitantes, que irão conferir novidades em design, decoração, revestimento, cores e materiais que são tendência nas principais mostras de decoração, e também prestigiar o trabalho de colegas de profissão” A Sala de Imprensa da Revista TUTTI é um espaço corporativo desenvolvido pela Bortolini que atende às necessidades contemporâneas de trabalho, em um ambiente multifuncional, proporcionando à sua utilização características essenciais de um proveitoso e produtivo momento de trabalho, com mobiliário funcional, ergonômico, ecoeficiente e atemporal.
SALA DE IMPRENSA BY BORTOLINI
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PARCEIROS: Arquiteta e Paisagista Maria Paula Orlando | Artddecor | Arte Gesso & Arte Luz | Bortolini Raul Tintas/Eucatex | Revista TUTTI | Rosana Zaia Gesso
Divulgação
MILENA NAZATTO arquiteta Arquitetura Milena Nazatto 19.3434-3867 | Piracicaba/SP milenanazatto@yahoo.com.br
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“Acredito que o Village Arte Decor será surpreendente e encantador para todos que irão visitá-lo” O ambiente foi criado para que os noivos possam sonhar e vibrar com o grande dia. O local tem atmosfera com requinte, sem deixar de lado a tranquilidade e o relaxamento. O espaço tem sala para massagem, spa com banheira, sala para maquiagem e cabelo.
SPA DOS NOIVOS
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PARCEIROS: Aqua Shopp | Cibele Zanforlim | Fรกbrica 8 | Piragesso | Raul Tintas/Eucatex
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Jeneli Wrasse / MBM
“Acreditamos que o Village Arte Decor seja um evento completo. Unindo arte, arquitetura, design, música e gastronomia, se torna uma mostra diferente de todas as outras e abre espaço para que mais pessoas se interessem em conhecê-lo” O Laboratório da Sommelier de Cervejas foi inspirado em Aline Tomazini, sommelier de cervejas, jovem e superfeminina. No espaço funcionam o laboratório, onde são fabricadas cervejas artesanais, e o estúdio, onde além de fazer seus estudos e experimentos de harmonização, é possível receber seus amigos, sempre os primeiros a provarem suas criações.
DENISE LAUDISSI arquiteta CAROLINA GIACOMIN arquiteta CAROLINA LAUDISSI arquiteta TWR Experiências de Marca Denise Laudissi Arquitetura e Interiores 19.98154-8714 (Carol Giacomin) | Piracicaba/SP 19.98109-3060 (Carol Laudissi) | Piracicaba/SP twr@twrfollow.com.br followtwr.twr @carolinagiacomin @carollaudissi arqdeniselaudissi @deniselaudissi
LABORATÓRIO DA SOMMELIER DE CERVEJAS 123
PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Indusparquet Raul Tintas/Eucatex | Rosana Zaia Gesso | Villa Sebrian
Manuela Domenico
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“Nossa expectativa é antes de mais nada apresentar um trabalho que seja diferente, inovador e gostoso de fazer. Acreditamos muito na organização deste evento e temos certeza que já é um sucesso. Também apostamos na ampla divulgação, não só na cidade de Piracicaba, mas na sua região” A Enoteca traz uma forma contemporânea para um espaço de degustação e harmonização de vinhos com alimentos e convívio social. As arquitetas apresentam o que tem de mais moderno e criativo para o setor de vinhos, com referências às grandes enotecas italianas da região do Piemonte.
CIBELE ZANFORLIM arquiteta e pasagista LARISSA FONSECA arquiteta e designer de interiores Raízes Paisagismo 19.98838-3848 | Piracicaba/SP raizespaisagismo@hotmail.com Raízes-Paisagismo LF Arquitetura e Design 19.98124-6048 | Piracicaba/SP larissa@lfad.com.br Siga.LFAD
ENOTECA
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PARCEIROS: Casa Bonita | Garrafeiros | D&A Decorações | Habitare Decor | Indusparquet Raul Tintas/Eucatex | Rosin Acabamentos Personalizados | Zambon Engenharia Projetos Estruturais
Divulgação
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“Vemos um novo conceito de mostra na cidade, e desejamos que tome proporção cada vez maior, pois se trata de um evento que tirou a ‘maquiagem’ que tem se tornado a decoração, valorizando a história, costumes regionais, arte e sentimentos traduzidos em arquitetura e decoração”. A Casa do Arquiteto desvenda o que se passa não só dentro do universo de trabalho, mas também de forma introspectiva e pessoal do profissional. Cada ambiente da casa vem repleto de peças assinadas pelos escritórios autores do ambiente, traduzindo o sentimento desse universo de criação.
DJANSEN GRECCO LIMA arquiteto CAROL GRECCO engenheira BRUNO CAFFEO técnico de edificações e designer de interiores LARI ANDRADE designer de interiores DGL Arquitetura 19.3432-7077 | Piracicaba/SP djansen@dglarquitetura.com.br adm@dglarquitetura.com.br Dgl-Arquitetura Studio 5205 Interiores 19.99657-9470 (Bruno Caffeo) | Piracicaba/SP 19.99690-5461 (Lari Andrade) | Piracicaba/SP bruno.studio5205@gmail.com larissa.studio5205@gmail.com Studio-5205-Arquitetura-de-Interiores @studio5205
CASA DO ARQUITETO 127
PARCEIROS: Ao Cardinali | Arte Gesso & Arte Luz | Raul Tintas/Eucatex | Ulishop | Vidromax
Marcelo Trevelin
CAROLINA OLIVEIRA MELLO arquiteta
Carolina OM Arquitetura 19.98204-0671 | Piracicaba/SP contato@carolinaom.com.br carolinaomarq
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@carolinaomarq
“O evento vai mostrar ao público a história do bairro Monte Alegre, através da transformação dos espaços e suas funções, com todo o respeito que esse patrimônio merece” O projeto do Empório Gastro Roça mantém as características arquitetônicas da construção original, deixando as marcas do tempo e mesclando a arquitetura bruta com a delicadeza dos alimentos que ali serão cultivados e preparados. A seleção e montagem dos produtos no ambiente têm a curadoria de Michele Maia, chef de cozinha e moradora do bairro Monte Alegre.
EMPÓRIO
GASTRO ROÇA
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PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Indusparquet | Raul Tintas / Eucatex Rosana Zaia Gesso | Simplesmente Gourmet | Villa Sebrian
Felipe Vaszatte de Souza
MARCELO CAMARGO arquiteto Marcelo Camargo Arquitetura 19.99749-4208 / 3597-3226 | Rio Claro/SP majcamargo@gmail.com majcamargo
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@majcamargo
“Considero o Village Arte Decor uma iniciativa boa para a região, diferente do que conhecemos sobre eventos de decoração” A Le Vin Leger é uma marca que trabalha com cosméticos à base de vinho. Concebida sob essa inspiração, a loja-conceito apresenta ares de adega que acolhem o público e evidenciam os produtos como se fossem obras de arte.
CONCEPT STORE LE VIN LEGER
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PARCEIROS: Indusparquet | Le Vin Leger | Marcenaria Gobato | Raul Tintas/Eucatex
FÁBIO CRISTO artista visual Fábio Cristo contato@ooatelier.com @fabiocristo
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Leandro Bordoni / Marcus Tomaselli
“A partir de um convite muito generoso da organização é um prazer enorme participar e contribuir com o evento, principalmente pela oportunidade em apresentar uma parte do meu trabalho para a cidade, com uma exposição em um espaço tão particular e intimista”. O que se passou no bairro foi transformado diversas vezes em histórias pelo tempo. As obras apresentadas neste espaço foram criadas a partir de relatos de pessoas com quem o artista buscou perceber a relação delas com os bairros onde moram, trajetos diários e elementos importantes do cotidiano e assim transformar em histórias contadas através de obras.
ESPAÇO EFÊMERO
PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Balu Guidotti | Raul Tintas/Eucatex | Rosana Zaia Gesso
Jeneli Wrasse / MBM
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JACQUELINE SOUZA arquiteta ELIANA SALIBA artista plástica e ceramista MARIA PAULA ORLANDO arquiteta e paisagista “O Village Arte Decor é diferente das mostras convencionais. Estamos felizes com este evento, pois marcará uma nova etapa no bairro Monte Alegre” A Floricultura é um espaço que abriga peças de cerâmica, iluminação em cerâmica e itens de jardinagem e paisagismo, mantendo as características originais da casa.
Eliana Saliba Ateliê de Cerâmica 19.3433-1137 | Piracicaba/SP elianasaliba@terra.com.br eliana.saliba Escritório de Arquitetura e Paisagismo Maria Paula Orlando 19.3432-9150 | Piracicaba/SP contato@mariapaulaorlando.com.br Maria-Paula-Orlando-Arquiteta-Paisagista @mariapaulaorlando
FLORICULTURA
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PARCEIROS: Arte Gesso & Arte Luz | Eliana Saliba Ateliê de Cerâmica | Garden Cerri | Habitare Decor
PERSONAGENS 140
ENTRE A SAUDADE E O FUTURO Por Ronaldo Victoria
A comunidade do bairro Monte Alegre – hoje estimada em aproximadamente 500 pessoas – tem grande expectativa em relação á realização do Village Arte Decor. Natural que a maioria, os que moravam há mais de 40 anos, sinta saudade da época áurea, quando a usina era comandada por Pedro Morganti, e os moradores tinham quase tudo à disposição. Hoje, o que eles acreditam (e esperam) é que a mostra de arte e decoração seja o começo de uma nova história para o local. Aos 77 anos, Hélio Antonio Furlan é aposentado depois de trabalhar para a Usina Monte Alegre. Praticamente nasceu no bairro, para onde veio com menos de dois anos de idade com a família. “Naquele tempo a cidade era bem pequena. O centro tinha a praça José Bonifácio e o Largo Santa Cruz, que eram mais agitados. Tinha época em que o Monte Alegre parecia ter mais gente que a cidade”, lembra.
Eram outros tempos, em que o Monte Alegre tinha de tudo. “A gente não precisava sair daqui para nada”, resume Furlan. De fato, havia armazém com tudo que as famílias precisavam, escola de primeira qualidade (o Grupo Escolar Monte Alegre, que ficava onde hoje é a Casa do Marquês), clube (o União Monte Alegre e a Teixeirada, que ficava à margem do rio). Tinha até cinema! “Eu me lembro que assisti Ben Hur, Os Dez Mandamentos, E o Vento Levou... tudo aqui. Mas o que fazia mais sucesso eram os filmes que a gente chamava de ‘farvésti’, com John Wayne ou Randolph Scott. Era chamado de filme ‘poeira’, por causa dos cenários do Oeste”, conta. Atualmente, Furlan diz que tudo é bem diferente, e o local está parado até demais. “Agora ficaram os antigos moradores e alguns parecem ter se acostumado com a situação. Por isso que eu acho legais esses novos eventos, porque trazem reno-
vação. E isso é sempre bom.” Fortunato Fleury Sunhiga, que todo mundo conhece como Renato, é da mesma idade de Furlan. “A gente jogou no UMA (União Monte Alegre), eu como centro-avante e ele como um zagueiro de raça, daqueles que dava botinada”, recorda. O apelido veio dos tempos do futebol. “Acho que o povo tinha preguiça de falar Fortunato e com o tempo falava Renato. Eu não me incomodei porque é mais bonito”, garante. Sunhiga mora no Monte Alegre há 35 anos, mas frequenta o bairro desde os 14 anos, pois um tio morava lá. “Era meu passeio predileto e depois, quando vim morar, já casado, dava gosto viver aqui. Você tinha tudo, não precisava ir à cidade (como a gente chamava o centro de Piracicaba) para nada. Tinha até biblioteca!”, destaca. Ele trabalhava na antiga Indústria de Papel Simão e, naquela época, começo dos anos 1980, começaram
Sentido 70/Hugo Fagundes
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Da esquerda para a direita: Antonio Rodrigues de Oliveira, Hélio Antonio Furlan, Fortunato Fleury Sunhiga (Renato), Jean Wiliam Pereira e Silvio Michelon
os sintomas da decadência e logo a usina seria fechada. Mesmo assim, ainda era possível se fazer muita coisa por lá. “Eu cheguei a participar de um grupo de teatro amador e a gente montou uma peça, uma farsa chamada Que Noiva que eu Arranjei?”, lembra. Tem saudade daqueles tempos, e conta que os moradores “da velha guarda” são unidos e a convivência é muito boa. “Estou otimista com esse evento, porque a renovação é sempre bem-vinda. O Monte Alegre está parecendo uma ilha e é bom que venham novos ventos.”
UMBIGO O empresário Silvio Michelon passou todos os 44 anos de sua vida no Monte Alegre. “Nasci aqui, Meus ascendentes vieram da Itália, em 1891, e logo se estabeleceram por aqui”, revela. Ele conta que tem o
umbigo enterrado no bairro e os dos dois filhos também. E não é força de expressão. “Fiz questão de enterrar os umbigos dos dois, assim que nasceram, debaixo de uma árvore. Eles são crianças, não sei se vão querer ficar sempre aqui, mas eu nem penso em sair daqui”, afirma. Tanto que, quando foi fazer faculdade, e escolheu o curso de engenharia eletrônica, a melhor opção era a USP (Universidade de São Paulo). “Mas era em São Carlos e eu teria de sair. Preferi fazer aqui mesmo, na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba)”, lembra. Na infância de Michelon, nos anos 70, o Monte Alegre estava no auge, com tudo que uma criança precisava, e ele se recorda que só foi conhecer ‘a cidade’ aos 12 anos. “Hoje, com a estrada, fica fácil você ir ao Centro. Eu não escondo a minha paixão por aqui e, por isso, qualquer coisa que venha para melhorar o Monte Alegre eu sou favorável.”
‘A gente não precisava sair daqui para nada’
PERSONAGENS
DESAFIO
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Jean William Pereira, que trabalha em relações com o cliente na Raízen, é outro que está a vida toda no Monte Alegre. São 30 anos de casa. “A família da minha mãe é daqui e foi aqui que fiquei. Quando eu ‘comecei a me entender por gente’, a usina já tinha fechado, o bairro começava a passar por uma fase de esvaziamento. Hoje é tranquilo até demais”, conta. Ele é presidente do Centro Comunitário do bairro e tem mandato até 2018. Confessa que encara um desafio com a gestão. “O que preciso mesmo é conciliar a modernidade com um certo pensamento antigo. Parece que tudo fica difícil, até ao mexer no chafariz que há no terreno eu enfrentei críticas. Espero que Village ajude com um novo olhar”, destaca o presidente.
Já o artista plástico Antonio Rodrigues de Oliveira, 59, chegou de São Paulo há 14 anos, quando o sentimento que mais combinava com o Monte Alegre, segundo ele, era marasmo. “Já peguei o Monte Alegre na fase de abandono. Na época, era comum que as pessoas arrancassem as portas e as janelas das casas dos operários. Parecia que tudo iria virar uma ruína mesmo”, define. A compra da área pelo empresário Balu Guidotti acabou estancando esse desmanche. E Oliveira, com decadência ou não, acabou se encantando pelo bairro, de onde não pretende sair. “Tem uma tranquilidade aqui, um ar de passado que não se encontra em qualquer lugar”, diz. Porém, é preciso cuidado para não ficar preso nessa sensação de passado. “É bom que aconteçam novos eventos como o Village. Eu sinto que algumas pessoas do bairro ainda cultivam uma certa nostal-
gia dos tempos em que precisavam da bondade do senhor do engenho para tudo”, finaliza Oliveira.
‘Eu acho legais esses novos eventos, porque trazem renovação’
“Melhorar a qualidade de vida das pessoas, por meio de sistemas inteligentes de automação, reduz o consumo de energia e propicia conforto e segurança.”
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ARTE 144
ETERNA FONTE DE INSPIRAÇÃO
Por Ronaldo Victoria
Se aos olhos comuns, a beleza do bairro Monte Alegre tem muitos motivos para chamar a atenção – a bela capela no alto da colina, as chaminés da usina abandonada, as casas dos operários, o antigo Grupo Escolar -, para artistas aquele pedaço de Piracicaba garante beleza suficiente para muitas obras. É uma paixão antiga e duradoura que toma conta das artistas Denise Storer, Luísa Libardi e Margarete Zenero. Denise, famosa pelas aquarelas, conta que retrata o Monte Alegre há tanto tempo que nem sabe mais dizer quando começou. “Só sei dizer que ele me atrai muito por causa de sua história e por ser um lugar aprazível. Tem belos recantos que merecem ser retratados. Enfim, acho que retratei o Monte Alegre desde o começo da minha carreira, pois sempre me emocionou.” A artista revela que tem 20 obras fotografadas que trazem o bairro como tema. Mas ela destaca que o
número real de telas é muito maior, pois não conseguiu catalogar todos os trabalhos. As obras de Denise revelam a variedade do bairro, embora um cantinho especial tenha merecido mais destaque. “Para mim, é claro que o cartão-postal do Monte Alegre é sua capela e não poderia deixar de pintá-la com toda a beleza. Também retratei seu antigo jardim de ângulos diferentes, o lago, a rua principal e as antigas casas dos funcionários”, observa a artista. Para além do visual, Denise, que costuma visitar o Monte Alegre não apenas para pintar, enxerga a riqueza história que o bairro representa para Piracicaba. “Esse bairro tem uma história que se entrelaça com a de Piracicaba. É importante por causa de sua usina, de seus ilustres moradores. Eu me sinto inspirada por lugares que possuem essa carga emotiva, que me fazem refletir sobre as coisas do passado”, afirma.
‘Eu me sinto inspirada por lugares que possuem essa carga emotiva, que me fazem refletir sobre as coisas do passado’
ARTE
Fotos: Sentido 70 / Hugo Fagundes
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Denise Storer
Alma do passado Luisa Libardi começou a retratar o Monte Alegre há muito tempo, no começo de 1990. “Eu me lembro que pintava no local ncurso que fiz com Norberto Stori, um artista plástico que mora em São Paulo e vinha a Piracicaba apenas para isso. Naquela época, pintei bastante o bair-
ro, inclusive a igreja”, diz. Com as técnicas pastel seco e aquarela, a artista acredita que fez ao menos 30 quadros sobre o bairro. “Além da igreja, que sempre me chamou a atenção, fiz o lado abaixo dela, as ruas de paralelepípedos e as casinhas dos operários”, lembra. ‘Magia’, para Luísa, é a palavra que melhor define o Monte Alegre. “Eu fico encantada com a vista que temos do alto da igreja. Aliás, para mim, o bairro todo é mágico. Eu
gosto muito de lugares antigos e que se preservam. E encontrei isso no Monte Alegre. O bairro parece ter alma do passado. Todo o lugar tem um alto astral e eu me sinto em paz sempre que estou lá. A energia é boa”, define. Hoje, Luísa revela que não vai tanto ao bairro para pintar. “Eu me baseio nas fotos e depois trabalho no meu ateliê.” Mas revela que é frequentadora de quase todos os eventos que acontecem por lá.
Luisa Libardi
ARTE 146
‘O bairro parece ter alma do passado. Todo o lugar tem um alto astral e eu me sinto em paz sempre que estou lá’
carro para curtir a cidade. A gente ia ao aeroporto e depois terminava justamente no Monte Alegre. Brincar lá era muito bom. Monte Alegre me lembra família, alegria, cor, arte,” Até hoje as idas ao local são frequentes para ela. “Vou aos eventos culturais, com música, cerâmica, gastronomia... E, mesmo quando não tem nada disso, gosto de sentar no banco da rua e ver aqueles patos nadando. Me dá uma sensação de paz, de serenidade.”
Lembranças Margarete Zenero, psicóloga formada, começou na arte há 15 anos. E há pelo menos 13 tem se dedicado a retratar o bairro. “Adoro pintar esse lugar. Em óleo, ainda tenho uma tela comigo. E, entre as que vendi e as que preseentei, são umas dez. Agora, em aquarela já perdi a conta. São muitas.” Quando pensa no Monte Alegre, a palavra que vem à cabeça da artista é tranquilidade. “O que mais me encanta no bairro é o aconchego que ele proporciona. A igreja, a vila operária, os telhados das casas, as curvas das ruas... Todo o local em si já inspira a arte”, afirma. Para Margarete, o cantinho especial é a pracinha que fica logo abaixo da subida da igreja. “Aquele lago, aquele portal, aquilo é lindo. Lembro que antes tinha um pipoqueiro e um garapeiro. Gosto disso.” As idas ao Monte Alegre faziam parte de seu cotidiano desde o tempo de criança. “Lembro que meu pai pegava a família toda e saíamos de
‘O que mais me encanta no bairro é o aconchego que ele proporciona’
Margarete Zenero
PUBLIEDITORIAL 148
ENTRE TELAS, ESCULTURAS E FOTOS Um amplo espaço totalmente dedicado às obras de arte. O Village Arte Decor abre ao público sua Galeria de Artes com temáticas como artistas piracicabanos e cenas emblemáticas de Piracicaba. São aproximadamente 100 obras – a maioria
quadros e algumas esculturas – disponíveis para apreciação, e algumas delas disponíveis para venda. Os quadros expostos têm diferentes dimensões e são de uma coleção de cerca de 50 pintores da região, que passeiam por telas
de figuras geométricas a cenas bucólicas do bairro Monte Alegre. No mesmo ambiente da Galeria de Artes estará também uma mostra de fotografias, uma revisita aos áureos tempos, dos idos anos 50, do bairro Monte Alegre.
Pacheco Ferraz Joca Adamoli
PUBLIEDITORIAL 149 Flexor
Marcia Guibal
Marcelo Araujo
Rocco Caputo Giancarlo Zorlini Tuco Amalfi
Ana Cristina Ballestero
CONDOMÍNIO 150
ELEGÂNCIA COM SEGURANÇA Por Ronaldo Victoria
Fotos: Alessandro Maschio
Dois mundos convivem em harmonia no Monte Alegre. Enquanto o bairro permanece intocado, com suas casinhas e seus prédios históricos – por força da lei de tombamento em nível municipal (Codepac) e estadual (Condephaat) -, o condomínio residencial é todo modernidade, com suas casas projetadas por meio de uma arquitetura elegante. O Residencial Monte Alegre fica na parte alta do bairro, no terreno atrás
da capela de São Pedro. Quem vem pela entrada da Esalq, na famosa estradinha, tem acesso pouco antes de chegar ao bairro histórico. Quem mora garante que não troca de endereço por nada. “Aqui é muito bom. Para quem curte o contato com a natureza é uma maravilha. O sossego e a paisagem bonita que a gente tem são coisas especiais”, afirma o engenheiro de produção Daniel Carvalho, recentemente elei-
to para o cargo de síndico. Outra vantagem para ele é o clima familiar, já que no local já moram seus pais e seu cunhado. Daniel está lá com a esposa e as duas filhas, de nove e quatro anos. “O único problema que vejo é uma estrutura de serviços ainda não muito boa por perto. Por exemplo, minha mulher diz que se cansa um pouco dessa estradinha, pois levar todos os dias as meninas ao colégio”.
regulamento interno que é bastante rígido em relação às construções. O condômino precisa respeitar várias questões, como a área mínima de construção e a altura do muro, para não invadir o espaço do vizinho. Isso tudo parece chato, mas é o que garante o bom funcionamento”, afirma. Um dos primeiros moradores do Residencial Monte Alegre, o juiz Pedro Paulo Ferronato mudou-se para o condomínio há cinco anos. “A minha casa era uma das poucas ocupadas, tinha todo esse espaço amplo. Poderia dar medo, mas a gente já tinha uma sensação de segurança que é real”, detalha. A segurança foi uma das principais razões para o magistrado decidir sair de um condomínio vertical no Bairro Alto para esse novo espaço. “Não me arrependi em nenhum momento. A troca foi vantajosa. O local é muito bonito, inspira a gente, e a distância para chegar ao trabalho não é tanta assim.”
‘O espaço de lazer é fantástico. Você tem uma estrutura que não fica nada a dever a um clube recreativo de primeira’
CONDOMÍNIO
Porém, revela que os fatores positivos do condomínio superam em muito os negativos. “Temos uma área verde muito interessante, que você não acha mais em outros condomínios onde morei. As ruas são largas e as casas não são grudadas uma na outra, como vem acontecendo por aí. O espaço de lazer é fantástico. Você tem uma estrutura que não fica nada a dever a um clube recreativo de primeira”, detalha, sem esconder o entusiasmo. Consequência disso são as amizades que acontecem entre vizinhos, revela o engenheiro. “Eu já fiz muitos amigos, todo mundo tem uma convivência harmoniosa. Para as crianças também é muito bom. Minhas filhas têm as turmas delas e não ficam muito dentro de casa, ao contrário, podem ficar soltas brincando”, conta. Isso acontece, segundo Carvalho, porque a segurança é uma das vantagens principais, assim como a seriedade. “Aqui existe todo um
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CONDOMÍNIO 152
Casado e com dois filhos, Ferronato conta que o condomínio possui uma série de equipamentos que compensam, como o clube, e especialmente a academia, onde pode se exercitar ao lado do filho Pedro numa manhã de sábado. “Sem contar que a vizinhança é boa e nesses cinco anos eu formei uma boa rede de amigos. E meus filhos também.” O empresário Juliano Dorizotto, que mudou-se com a família há três anos, é outro entusiasta do Residencial Monte Alegre. ‘“É um lugar ímpar dentro da cidade de Piracicaba, num bairro lindo e com toda tradição. Tem área verde, todo o conforto, e também um lado cultural, pois você está num espaço importante para a história da cidade”, afirma. De acordo com Dorizotto, a harmonia que vem sentindo nesses três anos é clara, e nunca teve problema de convivência. “A harmonia é grande e isso só valoriza o local. Quando a administração de um condomínio é eficiente, isso se reflete nessa convivência. E temos todo tipo de tranquilidade, com uma área de lazer que é especial”, enumera. Juliano destaca que tem procurado interagir com os moradores do bairro, o que acha importante. “Em alguns eventos que temos aqui procurei chamar a Vandeca, moradora do bairro e que cozinha muito bem. E matriculei meu filho mais velho na escola Waldorf Novalis, que fica aqui perto e tem uma metodologia de ensino muito interessante.”
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GASTRONOMIA 154
CULINÁRIA DA ROÇA
Guillermo White
Por Andrea Mesquita
Promover a gastronomia saudável e incentivar o consumo de produtos dos pequenos produtores de Piracicaba e região. Com esta proposta, as chefs de cozinha Michele Maia, moradora do Monte Alegre, e Mariana Maronna criaram o projeto Gastro Roça, que inspirou a criação do Empório Gastro Roça, assinado pela arquiteta Carolina Oliveira Mello para o Village Arte Decor. Formada pelo Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), e com aperfeiçoamento nas mundialmente famosas escolas Le Cordon Bleu e Lenôtre, em Paris, Michele é a curadora do espaço, onde irá ministrar cursos e oficinas para os interessados em conhecer o universo da alimentação saudável, além de mostrar os produtos da sua linha Simplesmente Gourmet. Em entrevista à revista do Village Arte Decor, Michele falou sobre seu trabalho e a expectativa em participar do evento.
Village Arte Decor – Por que trabalhar com a culinária saudável? Michele Maia – Sempre gostei dos alimentos naturais. Na verdade, gosto muito de comer. É difícil encontrar alguma coisa que eu não goste. Quando me tornei vegetariana, há 18 anos, parei de comer carne por questões filosóficas e éticas, não pelo sabor. Foi nessa época que entrei em contato com a imensidão do reino vegetal e com a infinidade de opções que ele nos dá. A culinária natural, vegetariana e saudável pode e deve ser muito saborosa e atrativa.
Existe um público crescente para isso? Hoje em dia temos muita informação. A funcionalidade dos alimentos, assim como as doenças geradas pela má alimentação, levam as pessoas a buscar um estilo de vida mais saudável. Todos querem viver bem e com saúde, seja qual for seu tempo de vida aqui. Costumo dizer que alimentar-se bem e ter boa saúde é o primeiro grande passo para a felicidade. Ninguém é feliz muito doente
O que é exatamente o projeto Gastro Roça? O foco do projeto é a valorização do pequeno produtor da nossa região. Para isso, criamos ações de integração entre esses produtores, os chefs de cozinha e os consumidores. Acreditamos que esse tripé é a chave para o fortalecimento da agricultura familiar. Convidei a Mariana Maronna, uma chef incrível e líder do Slow Food Piracicaba, para se unir a essa empreitada que tem sido muito gratificante.
como é a troca de experiências com esses alunos? O que eles mais buscam? Meus alunos têm um perfil um pouco diferente. Eles querem cozinhar pratos gostosos, práticos e saudáveis para a família. Querem aprender a se alimentar melhor, a usar ingredientes funcionais e usar isso no dia a dia. É sempre muito gratificante descobrir que você ajudou a melhorar a qualidade de vida de alguém. Dizem que a gente atrai pessoas parecidas conosco. Eu devo ser uma pessoa legal, porque meus alunos são sempre muito bacanas!
Qual sua expectativa com Muitas pessoas conside- sua participação no Village ram elevado o preço de ali- Arte Decor? mentos orgânicos e naturais. Há opções para quem tem Eu espero que o Empório Gasessa visão dos produtos? tro Roça seja um lugar de encontro, As pessoas precisam entender que os métodos de produção, o respeito à terra e aos agricultores que ali trabalham é totalmente diferente dos processos do agronegócio em alta escala. É comparar um produto artesanal com um produto industrializado. Tudo isso interfere no preço final. Com o aumento do consumo dos alimentos orgânicos e naturais, a logística melhora, há mais incentivos e recursos. Uma das formas de se adquirir esses alimentos por um preço mais acessível é a compra direta com o produtor. Aqui em Piracicaba temos algumas organizações que ajudam nesse sistema, como a Rede Guandu e o Direto da Roça.
Muitas pessoas hoje buscam fazer cursos para aprender a cozinhar pratos diferentes do trivial. Com isso, a cozinha tem se transformado em um lugar de lazer e relax para muitos ‘cozinheiros’ de final de semana. Em seus cursos de culinária,
como quando nos reunimos na cozinha de casa para falar de receitas, de ingredientes e das pessoas envolvidas nesse processo. Que possa abrir os olhos e os corações das pessoas para o consumo consciente e a valorização da agricultura familiar.
‘É sempre muito gratificante descobrir que você ajudou a melhorar a qualidade de vida de alguém’
GASTRONOMIA
‘Costumo dizer que alimentarse bem e ter boa saúde é o primeiro grande passo para a felicidade’
ou com dores. Ter uma vida plena inclui ser uma pessoa saudável.
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Guillermo White
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COGUMELOS SALTEADOS COM OVOS Ingredientes: 400 g de cogumelos paris 4 dentes de alho fatiados 4 colheres de sopa de azeite extra-virgem 2 fatias de pão sírio integral 4 ovos caipiras orgânicos 2 colheres de sopa de cheiro verde picado Sal e pimenta a gosto Preparo: Pré-aqueça o forno a 180º enquanto você prepara os cogumelos. Aqueça uma frigideira larga com azeite. Junte o alho e deixe refogar um pouco. Em seguida, adicione os cogumelos e refogue em fogo alto, mexendo de vez em quando. Tempere com sal e pimenta a gosto. Os cogumelos soltarão água e quando secarem novamente junte o pão cortado em pedaços. Misture. Abra quatro espaços entre os cogumelos para colocar os ovos. Tempere os ovos com sal e leve ao forno por 5 minutos. Retire do forno, salpique o cheiro verde e sirva. Bom apetite!
Instalada em um imóvel tombado em Piracicaba, a HABITARE DECOR está presente no mercado há 23 ANOS e tem como diferencial a QUALIDADE de seus produtos, o ATENDIMENTO pós-venda e principalmente a MÃO de OBRA de INSTALAÇÃO PRÓPRIA e ESPECIALIZADA. Conta com exclusiva assessoria de Decoração e especificações técnicas para trazer sempre...
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DESIGN EM DESTAQUE
Por Andrea Mesquita
Peças diferentes, formatos inusitados, padronagens exóticas. Se você quer fugir do lugar-comum, precisa visitar a loja conceito Manifesto Design, Arte e Artesanato, com curadoria do Studio [b], que traz para os visitantes do Village Arte Decor o que há de mais moderno em termos de decoração, com produtos de todo o Brasil e da Holanda. Além da exposição, o espaço manifesta os valores atuais, conceitos e traz um entendimento sobre as três formas de trabalho, que podem ser independentes mas, muitas vezes, se fundem.
Edu Bortolai
Edu Bortolai
Renata Moura
Cadu Silva
VITRINE 163 Bianca Barbato
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Paulo Altafin
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Snijder&Co
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ENTRETENIMENTO 168
VILLAGE CULTURAL O Village Arte Decor é um evento multissetorial, que traz mais arquitetura, design e paisagismo. Por isso criou uma extensa e variada programação cultural. São muitos os artistas parceiros, que irão emprestar um pouco do seu talento e garantir o sucesso do evento. Além de música, temos também programação infantil, gastronômica, fotografia, apresentações de dança e poesia, palestras e exposições de arte e design. Confira as atrações
MÚSICA Sexy Jazzy
A Sexy Jazzy apresenta os maiores clássicos do jazz, funk, soul e R&B, fazendo com que o público se sinta tanto em New Orleans, quanto em pubs da Europa.
Orquestra Feminina de Viola Caipira
A Escola de Música Momento
Musical apresenta a Orquestra de Viola As Piracicabanas, composta por mulheres de várias idades, que incentiva a música caipira.
Ligaleve
O grupo vocal Ligaleve interpreta músicas originais e arranjos vocais de compositores populares nacionais como Djavan e Chico Buarque, e internacionais como The Carpenters e James Taylor.
Julia Simões & Legal
Julia Simões e Legal (Otiniel Aleixo) apresentam o show À La Carte, em que o público tem um ‘cardápio’ de músicas à disposição e faz a escolha do repertório.
Mário Brito & Marina Falda
O duo Mário Brito & Marina Falda traz em sua essência a música pop, além da MPB e da soul music em formato acústico, acompanhado de violão e violoncelo.
Juarez Borges & Mambatronic
Juarez Borges & Mambatronic lançam o primeiro CD solo de Borges, Aos Meus Amigos, no Pub The Wall, espaço concebido pelo próprio músico e arquiteto. Carol Laudissi, vocalista da Sexy Jazzy e também arquiteta, participa do show.
Groovera
A Banda Groovera apresenta um repertório voltado à MPB, samba e rock, fazendo releituras de canções de grandes nomes desse gêneros.
Seo Roque
A banda Seo Roque homenageia o personagem cômico caipira piracicabano que gosta de rock, com repertório de bandas e artistas que comandaram o cenário mundial das décadas de 80 e 90.
Grupo Tarumã
O grupo apresenta o repertório de seu álbum Palavriá, e faz uma ‘viagem’ por várias vertentes da música
dos anos 70, 80 e 90, que contempla que marcaram época.
composições autorais, com arranjos da nova MPB e pitadas de funk e rock‘n’roll.
Água de Vintém
Ânima Grupo Musical
Festival de Talentos do Village
O conjunto apresenta seu segundo disco, Água de Vintém Interpreta Sérgio Belluco, que traz a obra do compositor e violonista piracicabano, e grandes clássicos do choro.
O Ânima, formado por Ana Foizer (soprano), Maristela Gullo (contralto), Bruno Galli (tenor) e Guilherme Martin (baixo), apresenta repertório variado, do erudito ao popular.
Marcos Moraes e Marcus Godoy Trio Stratus O Marcos Moraes Duo, composto por Marcos Moraes (violão seis cor- Luna das) e Marcus Godoy (violão sete cordas), mostra repertório de compositores do violão brasileiro como Dilermando Reis e Yamandu Costa.
Hot Club de Piracicaba e Pa Moreno
O Hot Club de Piracicaba toca o jazz manouche, com elementos do jazz tradicional, do country americano, do blues e da música brasileira, e participação da cantora Pa Moreno.
Roberto Rock
A banda formada pelo arquiteto Djansen Grecco, com Giuliano Maestro, Tiago Maestro e João Sampronha, apresenta sucessos de Roberto Carlos em arranjos de rock.
O Fino da Bola
Inspirado nos grandes mestres dos gramados, o Fino da Bola faz releituras de músicas de grandes nomes do samba, do funk e do rock.
Megaflash
A banda piracicabana é especializada em repertório retrô dançante
Formada por Giovanni Santhiago Lenti (bateria), Gustavo Santhiago (teclado) e Ricardo Santhiago (guitarra) a banda instrumental resgata o rock progressivo com bom gosto e qualidade.
Baque Caipira
O Baque Caipira é um grupo de maracatu de baque-virado, ritmo popular afro-brasileiro e apresenta o show Faz Tremer.
Carolina Laudissi Trio
Formado por Carolina Laudissi, Marcella Chiapina e Marcelo Bonin, o trio apresenta clássicos do soul, jazz e MPB em clima intimista.
Bebé Salvego
A cantora Bebé Salvego apresenta o show Brincadeira Preferida, CANTAR, acompanhada do instrumentista Otiniel Aleixo (Legal), com repertório de importantes nomes da MPB.
Marcio Santório
O músico apresenta o show Nos Braços da Tranquilidade, baseado no CD homônimo que traz suas
Os profissionais e participantes da Village Arte Decor se reúnem para uma noite divertida, em que mostram que sabem cantar, dançar e muito mais.
Coxa Trio
Formado por Alê Antunes (voz e violão), Felipe Calori (Coxa – voz) e Dighinho Polisel (percussão), o Coxa Trio apresenta o show Percurso do Samba, com repertório eclético que passa por clássicos do samba e da MPB.
Choro de Saia
O Choro de Saia resgata peças de compositores renomados, com execução refinada de choros tradicionais e modernos.
Samba D’Aninha
O grupo apresenta sambas tradicionais que ficaram imortalizados nas vozes dos grandes intérpretes deste gênero.
Rafael Zazá
A banda faz um passeio pela música popular brasileira, do samba ao rock e do pop à bossa nova.
Família Legal
A família se reúne para apresentar desde a música instrumental aos clássicos do jazz.
ENTRETENIMENTO
brasileira, do choro ao maracatu, do samba às toadas de Minas Gerais, do funk ao Boi do Maranhão.
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ENTRETENIMENTO 170
DANÇA Ballet Studio 415
O Studio 415 Escola de Ballet apresenta várias coreografias ao longo do evento, nos estilos flamenco, solo, sapateado americano e jazz.
Ballet Jussara Sansígolo
O Ballet Jussara Sansígnolo apresenta coreografias inéditas de flamenco e sapateado.
POESIA POEMIX Improvisos Poéticos
Apresentações de poesia, música e performances estão reunidos em um sarau aberto à participação do público. Poemas musicados, falados, lidos ou improvisados são aceitos.
ARTES VISUAIS Exposição
Na Galeria de Artes, há exposição de obras de artistas nacionais e internacionais de acervos pessoais.
Espaço Efêmero
Dedicado às artes visuais, o ambiente produzido pelo artista Fábio Cristo é em si uma obra de arte.
Loja Conceito
No ambiente Manifesto Design, Arte e Artesanato, há obras nacionais e internacionais com informações de proveniência e processo de cada produto, o que leva o consumidor e fazer escolhas conscientes.
Fotografia
O fotógrafo Guilherme Miranda oferece o projeto “Fotos de Família” num cenário especial. O fotógrafo Guillermo White realiza uma oficina com dicas e truques para fotografar alimentos.
INFANTIL Casa de Noel
Desde 2000, o projeto Casa de Noel encanta crianças e adultos, apresentando um Papai Noel diferente. Ele canta um pouco de todos os ritmos e dá nova vida ao Natal, acompanhado da Panetone Banda.
Na Rua da Júlia
O projeto sem fins lucrativos vivencia e valoriza as manifestações da cultura infantil, resgatando brincadeiras tradicionais como taco, pé de lata, bambolê, entre outras.
Encanto Produções
Atrações interativas animam as crianças com estúdio de fantasias e visitas de personagens da Disney.
Musicalização
A Escola de Música Harmonia apresenta o show musical De Criança para Criança - 8º Canto e Encanto - Colorindo.
GASTRONOMIA Michele Maia
A chef de cozinha, umas das criadoras do projeto Gastro Roça, oferece cursos e oficinas de culinária saudável.
Aline Tomazini
A sommelier ministra cursos e oficinas para quem entender e aprender um pouco sobre o fascinante mundo da cerveja.
BENEFICENTE Ação Social
Às terças-feiras são dedicadas à solidariedade. A primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, recebe eventos sociais, degustações e outros. No horário das 16h ás 19h, os ingressos para acesso ao Village Arte Decor serão um ou mais pacotes de fraldas geriátricas para o Lar dos Velhinhos de Piracicaba.
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LANÇAMENTO 174
NOVIDADES NAS PAREDES
Por Andrea Mesquita
Novidades estão na pauta do Village Arte Decor. Além dos ambientes, que apresentam diferentes estilos e tendências, a mostra multissetorial traz ao público visitante o lançamento da coleção com 21 estampas de papéis da marca holandesa Snijder&CO, assinadas pelos artistas Jaap Snidjer e Marcelo Gimenes. Os desenhos Formigas e Ponto Cruz, fabricados pela branco. papéis de parede digitais e painéis, estarão presentes no ambiente Manifesto Design, Arte e Artesanato, criado para a mostra pelo Studio [b]. As estampas foram escolhidas pelo curador do espaço, Edu Bortolai. A marca Snijder&CO surgiu em 2010, quando após quase 30 anos radicado na Europa – mais especificamente na Holanda –, o piracicabano Marcelo Gimenes se uniu ao parceiro Jaap Snijder para ter seu talento mostrado em sua terra natal. A dupla integra o grupo de profissionais que lançam coleções de papéis de parede pela marca branco., do grupo Bobinex, maior fabricante do setor na América Latina. Gimenes mora em Rotterdam e entende que o design deve ser mais acessível para todo mundo. Para o ele, a parceria com a branco. aten-
deu às suas expectativas, por oferecer um nível de qualidade excelente, que permite concorrer com o resto do mundo. O artista plástico e designer não abre mão da brasilidade em seu trabalho. Os olhos de artista sabem que no Brasil há muita cor, muito brilho, muito barulho. Por compreender esse jeito diferente de ser, ele faz algumas críticas à postura dos brasileiros em relação ao que é produzido fora do país. “Eu não consigo entender essa maneira de pensar, de achar que o que é feito no Brasil não tem qualidade. O brasileiro precisa parar de achar que apenas o importado é bom.” Para o MBM Escritório de Ideias, que licencia os produtos da Snijder&CO no Brasil, é uma vitória do talento. “Acredito que é a abertura de possibilidades cada vez mais criativas de uso do design internacional”, afirma o publicitário e diretor do MBM, Bruno Chamochumbi. Gimenes construiu a carreira no exterior e, segundo sua própria definição, nunca se esqueceu das raízes brasileiras. Para ele, a natureza é sempre um ponto de partida para a inspiração, que se traduz em um estilo que classifica como romântico.
A linha da Snijder&Co conta com seis coleções de estampas em papel de parede, totalizando 21 desenhos. Uma das atrações da linha é a coleção Entomology, que apresenta o uso inusitado de insetos em suas estampas. Com losangos simétricos, libélulas, abelhas ou besouros, a coleção está fazendo o maior sucesso na Europa e Ásia. As estampas com formigas também prometem encantar o mercado brasileiro. “É um olhar novo, que não se desenvolveu ainda, é algo pouco explorado. E o engraçado é que as pessoas não percebem ao ver de longe, só descobrem que se tratam de formigas ao chegar bem perto”, conta Jaap.
‘O brasileiro precisa parar de achar que apenas o importado é bom’
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Marcelo Gimenes
LANÇAMENTO 176
A branco., nova marca de painéis e papéis de parede, desenvolvida por um seleto grupo de artistas plásticos e designers, é uma empresa do grupo Bobinex, que tem 50 anos de experiência no mercado de papel de parede e é a maior fabricante do setor da América Latina. Com o compromisso de manter uma curadoria cuidadosa de estampas e a qualidade de seus produtos, a branco. conta com coleções de papéis de parede e também painéis assinados pelos profissionais Marcelo Rosenbaum, Joana Lira, Calu Fontes, Sophie Fakouri, Lucas Simões, Sandra Jávera, Ana Strumpf, além de Jaap Snijder e Marcelo Gimenes da marca Snijder&CO, e Antônio Jotta e Carol Nóbrega, da FLO Atelier Botânico. Apresentando um conceito mais ousado, explorando formas e cores de maneira inusitada, branco. também tem como propósito se tornar um produto de caráter transformador aos ambientes, explorando o conceito de que ‘o papel muda tudo’. Outra importante proposta da marca é oferecer os painéis entre os produtos de seu portfólio como uma nova forma de compreender o papel de parede, compondo uma imagem sem repetições. Segundo Rafael Trindade, diretor da branco., a ideia de criar a marca surgiu com a observação de viagens e feiras para o segmento de papel de parede que acompanhou com o seu trabalho pela Bobinex. Com essas passagens, ele notou que o mercado brasileiro de papel de parede é muito menos difundido do que o internacional. Além disso, a maior parte do público que aprecia design e investe cada vez mais nos cuidados e decoração de suas casas, muitas vezes não considera o papel de parede como um objeto de desejo.
A natureza é sempre um ponto de partida para a inspiração
Dik Nicolai
UMA NOVA MARCA
“Comecei a planejar o desenvolvimento de uma marca nova que fosse direcionada para esse público. A ideia era lançar produtos com design interessante, mas que chegassem ao consumidor com um preço mais acessível e utilizando um canal de vendas diferente”, diz Rafael. Ele ressalta ainda que, atualmente, muitas marcas do design internacional chegam ao mercado brasileiro com um custo muito elevado, o que acaba restringindo e elitizando demais sua utilização. Para viabilizar o desenvolvimento dessa nova marca, foram convidados artistas plásticos, designers e outros profissionais que receberam a liberdade para criar estampas e desenhos tanto para papel de parede quanto para painéis. Essa seleção de profissionais que, em sua maioria, não tem relação direta com o universo do papel de parede, mas se destaca por já desenvolver um trabalho consistente em outras áreas, como cerâmica, botânica, aquarelas, ilustrações e artes plásticas, teve como missão traduzir o principal objetivo de branco: oferecer produtos com design e poder transformador. “Buscamos ser uma plataforma de experimentação com o papel de parede. Por isso, convidamos artistas e ilustradores de diferentes cantos do mundo para desenvolver as coleções exclusivas de papel de parede branco.”, afirma Rafael Trindade.
De insetos a ponto-cruz Contemporâneas e diversificadas é como se pode classificar as seis linhas de papéis de parede que a Snijder&Co. lança no Brasil. Conheça: Ranunculus é inspirada na decadente era de Maria Antonieta, com as flores ranúnculos reais moldadas em diferentes formatos, além de cores ricas e abundantes. LesFourmis destaca formigas marchando em diferentes padrões lineares e formando superfícies únicas. A inspiração veio da trilogia LesFourmis, de Bernard Werber, que compara as sociedades humanas a formigueiros. Os artistas definem as formigas como “criaturas fascinantes que fazem maravilhas”. Ponto-cruz tem evidente inspiração romântica, mas com um toque contemporâneo. Foi projetado ponto a ponto, com horas de trabalho intensivo. O efeito é de um realismo surpreendente. Entomology reforça a atração dos artistas pela natureza, especialmente por insetos coloridos. A inspiração veio de borboletas, formigas, abelhas e libélulas. Pardais traz estampas com pássaros preto e branco voando graciosamente sobre o fundo branco liso. Os movimentos são sutis e o resultado é moderno e luminoso.
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O Residencial Monte Alegre, único condomínio do bairro, fará uma venda especial durante o Village Arte Decor de uma reserva de lotes. No espaço da Galeria de Artes, no ponto de corretagem imobiliária, apenas 10 lotes, de 517 metros quadrados cada, serão comercializados exclusivamente durante o evento na Villa Heloísa. O condomínio horizontal, de alto padrão, tem dentre seus principais diferenciais um lazer realmente completo e voltado à saúde – quadra de tênis, circuito de caminhada de 5.000 metros, piscina com raias de 25 metros e academia. O paisagismo também está, sem dúvida, entre os ‘pontos altos’ do Residencial Monte Alegre.
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Residencial Monte Alegre tem lotes à venda
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VILLA HELOÍSA ABRE PARA LOCAÇÃO A Villa Heloísa iniciará um processo de reocupação pós-evento para os segmentos varejistas de comércio e serviços. O Village Arte Decor, no seu papel de restaurador de um conjunto arquitetônico tombado, entrega ao mercado piracicabano, e especialmente ao bairro Monte Alegre, uma série de salas revitalizada com o know-how dos melhores arquitetos da região. A abertura das negociações imobiliárias, exclusivas para locação, será feita durante o funcionamento do Village Arte Decor. No espaço da Galeria de Artes há um ponto de atendimento, com profissional de corretagem, ao empresário que queira instalar suas operações em uma das casas da antiga área de moradia de parte dos funcionários
da Usina Monte Alegre. Além de todo o charme do bairro e da Villa Heloísa, as salas têm estruturas novas, cabeamentos para internet e telefone, climatização e fácil estacionamento.
Village Arte Decor entrega ao mercado uma série de salas revitalizadas
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NEGÓCIOS 210
DEZ ANOS DE BOAS IDEIAS Equipe MBM Escritório de Ideias A realização da primeira edição do Village Arte Decor, em Piracicaba, de 29 de outubro a 13 de dezembro deste anos, encerra em grande estilo as comemorações dos 10 anos de fundação do MBM Escritório de Ideias. A empresa foi criada em 2005 e desde a fundação tem o publicitário Bruno Fernandes Chamochumbi na direção. Hoje, consolidada no mercado da comunicação, a empresa investe na modernização de sua comunicação visual e institucional, mostrando que não se acomoda com o que já foi conquistado. “Os serviços diversificados do MBM estão divididos hoje em quatro unidades de negócios: relacionamento, conteúdo, mídia e eventos”, explica Chamochumbi. Dentro do segmento de relaciona-
mento, a empresa presta serviços de consultoria de marketing e comunicação, realiza mapeamento de mídia e mercados, atua no licenciamento de produtos criativos e design, realiza palestras e workshops e faz gestão de mailing. Na área de conteúdo, o MBM atual em assessoria de imprensa, realiza media training, gera conteúdo para mídia digital, produz revistas customizadas e house organs para empresas e instituições. No segmento de mídia, a empresa edita a Revista Tutti, publicação bimestral distribuída para 140 condomínios horizontais e verticais de Piracicaba; produz os programas de rádio Piranews (Jovem Pan FM) e Educativa Positiva (Educativa FM) e atua fortemente nas redes sociais.
Em relação à área de eventos, além daqueles temáticos e corporativos, feitos sob medida para seus clientes e parceiros, o MBM realiza seus próprios eventos: Casa de Noel, Carnaval das Marchinhas, Circuito Tutti Condomínios, Encontro de Líderes e, sua mais recente criação, o Village Arte Decor. “Chegamos até aqui com sólidos alicerces: uma equipe competente, um respeitável portfólio e uma visão estratégica apurada, certos de que o MBM Escritório de Ideias se consolida como uma das mais importantes empresas do seu segmento, uma empresa que faz acontecer. É nisso que acreditamos e é para isso que continuaremos a trabalhar!”, conclui Bruno Chamochumbi.
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