Caderno de projeto tgi i

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Maria Cecília Pedro Bom de Lima Instituto de Arquitetura e Urbanismo - USP Trabalho de Graduação Integrado I

Este caderno mostra o processo de desenvolvimento do projeto de sistema de áreas livres para o bairro de Cidade Aracy, em São Carlos, referente à disciplina de Trabalho de Graduação Integrado, cursada no primeiro semestre de 2013.




Jane Jacobs, na década de 1960, discutia a importância das calçadas e ruas para a qualidade de vida urbana. A relação existente entre as características físicas desses espaços urbanos e o modo como o usuário se apropria desses lugares, questão abordada pela autora, mantém sua validade na cidade contemporânea. A rua e a calçada, principais lugares públicos da cidade, permitem a vitalidade característica do meio urbano, a vida em comunidade. Por vezes, a natureza coletiva desses espaços é sufocada diante da impessoalidade imposta ao espaço urbano por um pensamento funcionalista e estéril. Jacobs é incisiva quando observa que a rua e a calçada devem ser lugares frequentados, com diversidade de funções, possuindo constantemente olhos que “vigiam” esses lugares, que contribuem para a sensação de segurança de seus usuários.

Ruas impessoais geram pessoas anônimas. (JACOBS, 1961, p. 61)


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O Bairro de Cidade Aracy, na região sul de São Carlos, representa uma relevante fonte de estudo das questões levantadas por Jacobs. No bairro em questão, existe uma proximidade entre habitantes, que atribui aos espaços públicos livres uma vitalidade peculiar. Se por um lado, nas áreas mais consolidadas e com maior diversidade de funções existe uma movimentação constante, outros locais predominantemente residenciais, em regiões ainda em processo de adensamento, não permitem essa riqueza em encontros coletivos.


A apropriação do espaço público no bairro de Cidade Aracy também pode ser estudada a partir de questões levantadas por autores como Ermínia Maricato e Eugenio Queiroga. A consolidação do bairro foi iniciada por um processo acelerado de ocupação irregular, em uma área considerada ambientalmente frágil e inadequada para expansão urbana, região da bacia do Córrego Água Quente, que abrange dezoito bairros da região sul de São Carlos. As fragilidades ambientais da área onde se localiza o bairro são evidenciadas pela implantação da malha viária regular em terreno de relevo acidentado, o que resulta em processos intensos de assoreamento e erosão. A forma urbana resultante desse processo ilustra a construção de cidades brasileiras contemporâneas segundo uma lógica fragmentária de expansão periférica. A ligação entre o bairro de Cidade Aracy e o restante da cidade de São Carlos é possível apenas por meio da Avenida Integração e pela rodovia Luiz Augusto de Oliveira. A segregação entre bairro e cidade não se limita a questões físicas, mas também à característica socioeconômicas, tais como baixa renda familiar e baixos índices de escolaridade, um dos menores entre os dezoito bairros localizados na Bacia do Córrego Água Quente.


1970

2004

2013


Trata-se de um “lugar fora das ideias”, expressão usada por Ermínia Maricato, que se refere a lugares da cidade que não apresentam características observadas em partes excepcionais da cidade, com infraestrutura adequada e expansão planejada. Situações urbanas semelhantes à encontrada no bairro de Cidade Aracy não se enquadram no perfil de cidade considerado pela legislação urbana, na qual parte da cidade toma o lugar do todo. A cidade da elite representa e encobre a cidade real. (MARICATO, 2000, p.162)



A ocupação irregular contribuiu para a degradação do meio ambiente e para o isolamento do bairro de Cidade Aracy do restante da cidade de São Carlos. Submetido a um processo de regularização, o bairro recebeu um projeto de loteamento na década de 1980 que valorizava a estruturação do tecido urbano a partir de extensas faixas de áreas de uso comum, destinadas ao lazer. A aplicação desse projeto se baseou em modificações significativas que desfiguraram esse sistema de áreas livres públicas inicial. As faixas verdes foram fragmentadas em pequenas praças cujo desenho é resultado de áreas residuais entre a malha viária.




Apesar da quantidade reduzida de praças no bairro, a vida coletiva em espaços públicos não foi nublada. Principalmente em algumas ruas e calçadas, o bairro apresenta diversas situações de pracialidade, termo utilizado por Eugênio Queiroga para descrever a apropriação do espaço livre pela população, apresentando relações características de um lugar público como a praça, mas que ocorrem em diversos espaços, dependendo de suas características contextuais.



A partir de um olhar próximo, possível através da frequentação do lugar e familiarização com seu cotidiano, torna-se clara a presença de uma identidade peculiar ao bairro de Cidade Aracy. Por trás de um cenário árido e monótono, composto por edificações precárias e espaços públicos sem qualidades e significados, revela-se uma rica vida coletiva, ilustrada por diversas formas de apropriação do espaço público. A partir dessas relações entre moradores e espaço urbano, é possível reconhecer um potencial paisagístico que é ignorado e reprimido no bairro de Cidade Aracy. Desvendar as qualidades de um lugar impregnado pela monotonia cotidiana compreende tarefa complexa, que exige um conhecimento da cidade que vai além de sua aparência superficial e imediata, aprofundando-se em suas diversas camadas de constituição. Lucrécia Ferrara, envolvida com o universo da semiótica, discute estratégias de leitura da cidade, tendo em vista a dificuldade de desvendar peculiaridades do ambiente urbano devido a um véu de opacidade criado pela rotina do cotidiano homogeneizante. O texto não verbal, que expressa a linguagem da cidade, pode ser decifrado a partir de uma série de estranhamentos que permitem enxergar elementos da paisagem, do contexto no qual a cidade está envolvida, que normalmente passam despercebidos.


Trata-se de encarar o ambiente habitado a partir de novos olhares. A estratégia de contextualização auxilia na identificação de características que ultrapassam a percepção imediata do meio habitado. O complexo processo de constituição da cidade confere ao espaço urbano camadas referentes aos diferentes momentos da história do lugar. Isso pode permitir a compreensão das características atuais do lugar, os modos de apropriação do espaço, seu aspecto físico, etc. Eleger uma dominante consiste na escolha de um objetivo que direcionará a leitura do espaço urbano estudado. As interpretações da cidade não estão livres da influencia do observados e suas intenções. A escolha de uma dominante permitiria o aprofundamento da leitura no aspecto estudado.

Usos e hábitos, reunidos, constroem a imagem do lugar, mas sua característica de rotina cotidiana projeta, sobre ela, uma membrana de opacidade que impede sua percepção, tornando o lugar, tal como o espaço, homogêneo e ilegível, sem decodificação. Superar essa opacidade é conndição de percepção ambiental. (FERRARA, 1993, p. 153)


A dimensão pública dos encontros que caracterizam a praça não é única. As praças, como síntese dos lugares, são específicas, como são os lugares. (QUEIROGA, 2001, p. 56)

Diante da leitura de cidade aqui exposta, levantase a questão de como se dá a produção de espaços livres na cidade contemporânea. Muitas vezes resultado de um desenho estruturado segundo a lógica do automóvel, diversas cidades brasileiras apresentam um conjunto de espaços livres sem significado ou qualidades que permitam uma relação de identidade entre indivíduo e meio habitado. A cidade construída segundo o objetivo de facilitar os fluxos mecânicos ignora as necessidades do caminhante. A partir disso, espaços residuais entre essa malha se transformam nas praças e áreas verdes da cidade, as quais não apresentam qualidades de lugar de encontro, estar e lazer. A distribuição de áreas livres públicas nas cidades brasileiras contemporâneas passa a ser pautada mais no cumprimento de porcentagens determinadas pela legislação de ocupação do solo e menos pelo conforto dos habitates. A discussão colocada desperta a indagação de quais seriam as qualidades necessárias a um espaço livre, para que fosse incluído na identidade da cidade, na sua paisagem. Levando em conta a diversidade característica dos lugares urbanos, talvez essas qualidades estejam mais ligadas às peculiaridades locais, aos costumes da população, seus modos de apropriação do espaço.





O projeto de Marcos Boldarini para o Parque Cantinho do Céu, na represa Billings (São Paulo), baseia-se em intervenções sutis, que buscam dar significado ao espaço livre às margens da represa, devolvendo-o aos moradores locais. O projeto não altera as relações já existentes no local, mas enriquece-as a partir da valorização de características paisagísticas e do fornecimento de infraestruturas necessárias.


A Praça Victor Civita (São Paulo), projetada por Ana Julia Dietzsch e Levisky Arquitetos tem em sua forma reflexos muito claros quanto às preexistências locais (um aterro sanitário). Toda a praça é construída sobre uma estrutura elevada que evita o contato direto com o solo contaminado. Para essa estrutura, é pensada uma linguagem marcante, continuada no desenho do mobiliário da praça. Sua implantação apresenta percursos evidentes e nichos de estar, onde podem ocorrer distintas atividades. Apesar da qualidade projetual, a praça se encontra cercada, interrompendo a continuidade do espaço urbano.



O Parque da Juventude, projeto de Rosa Klias na área da antiga penitenciária Carandiru em São Paulo, diferente dos projetos até então analisados, transforma completamente a estrutura do lugar. Inicialmente ocupado por uma penitenciária, torna-se um extenso parque que comporta diversas funções e percepções. Desde áreas mais funcionalizadas, com biblioteca, lanchonete, quadras esportivas, entre outros equipamentos, o parque apresenta locais mais interiorizados, de contemplação e reflexão. É o que ocorre nas áreas com ruínas da antiga penitenciária, cujas ações projetuais são tanto bruscas (exemplificadas pela criação de um novo relevo) como sutis, como as estruturas que abraçam as ruínas e permitem o percurso entre elas.








Tendo em vista as características do bairro de Cidade Aracy, constata-se a possibilidade de retomar a lógica de sistema de espaços livres presente no projeto da década de 1980, buscando estruturar a forma urbana em questão a partir da presença de espaços livres relevantes para o cotidiano típico da população do bairro. Considerando o contexto presente no Bairro de Cidade Aracy, propõe-se um sistema de espaços livres que possibilite a cosntrução de uma identidade do bairro, em diálogo aos costumes já consolidados. O sistema proposto agrega dois conjuntos de espaços livres: aqueles que já são utilizados pela população e já fazem parte de seu cotidiano e espaços que não possuem nenhum tipo de uso, mas apresentam potenciais paisagísticos que podem configurar qualidades para a vida coletiva do bairro. Destacam-se, então, duas estratégias: Intervir em espaços que já estão enraizados na memória da população, mas que não possuem qualidades que potencializem a vida coletiva presente no local. Incluir espaços “invisíveis” no cotidiano da população, recuperando-os, na tentiva de construir uma identidade marcante para espaços livres do bairro.


LEVANTAMENTO DAS ÁREAS DE INTERESSE PROJETUAL



Para a identificação desses dois grupos de espaços livres, a hierarquização do sistema proposto se estrutura segundo a lógica de escalas de influência dentro do bairro. Definido o sistema, as propostas de intervenção baseiam-se na ideia de construir diferentes experiências em cada parte do sistema, destacando a peculiaridade de cada lugar escolhido e mantendo uma linguagem que permita a identificação de um todo, um conjunto. Em cada lugar de intervenção, propõe-se explorar a ideia de conflito entre opostos, em diálogo à lógica a partir da qual o bairro se consolidou, sempre apresentando colisões entre a natureza e o construído. A partir disso, é proposta uma série de estranhamentos que permitem novas leituras do ambiente urbano. LUGARES DE ATRAÇÃO


LIGAÇÕES FÍSICAS

LIGAÇÕES VISUAIS



SAÚDE .1

EDUCAÇÃO .2

.3 CENTROS COMUNITÁRIOS .4 RESTAURANTE POPULAR .5 ESPORTE

EQUIPAMENTOS EXISTENTES:





RUA NELSON ORLANDI

A Rua Nelson Orlandi ainda se encontra em processo de adensamento, apresentando diversos terrenos desocupados. Em sua extensão, existem alguns estabelecimentos comerciais pontuais. Apesar da falta de atrativos para frequentação da rua, como praças e atividade comercial marcante, o local eventualmente é apropriado pelos moradores como lugar de passeio e lazer. O fluxo de automóveis não é frequente e parte das calçadas apresenta irregularidades que dificultam o percorrer. Tais características evidenciam a apropriação da rua pelos pedestres. A declividade acentuada do terreno permite a visualização de outras partes do bairro e da paisagem do entorno, inclusive a Avenida Integração, que dá acesso ao bairro.


A partir da qualificação do passeio, pelo alargamento e rebaixamento da calçada, redistribuição da vegetação e proposição de mobiliário, busca-se uma nova relação rua-calçada, de modo a potencializar os modos de apopriação já existentes no local, por meio de uma linguagem distinta do padrão do bairro.

estudos preliminares



MIRANTE

É elaborada Intervenção no terreno livre da quadra com os equipamentos de saúde e ducação, transformando-o em lugar de contemplação. O uso da água no projeto busca retomar a presença do córrego, promovendo relações entre partes do sistema. O desenho do lugar é pensado na ideia de conflito entre opostos, constituindo uma narrativa da transição de um desenho racional à formas mais orgânicas, cuja sequencia parte do patamar mais elevado. Em cada um dos três patamares criados no terreno, a água é abordada de diferentes formas, criando uma sequencia de experiencias distintas.

estudos preliminares





CORTE AA



RUA LUIZ OLLAY E PRAÇAS

A Rua Luiz Ollay apresenta características bastante distintas com relação à Rua Nelo Orlandi. A presença de comércio é marcante e o fluxo de altomóveis é mais frequente, fazendo parte inclusive de rotas de ônibus. Ao longo de sua extenção, distribuem-se cinco praças, das quais apenas duas apresentam projetos e são utilizadas. O restante se configura como terrenos baldios, alguns com plantações de iniciativa de moradores das proximidades. Analisando as praças em todo o bairro, constata-se que elas podem ser divididas em alguns tipos de uso: LAZER INFANTIL

ESPORTE


BOSQUE

HORTAS


Diante disso, é proposta uma lógica de design dentro de cada categoria, de modo a permitir sua aplicação nas demais praças do bairro, de acordo com suas especificidades, reforçando, assim, a ideia de sistema evitando a reprodução padronizada em todas as praças .

LAZER INFANTIL .1 ESPORTE .2

HORTAS .3

BOSQUES .4



São propostos dois bosques em duas praças localizadas na Rua Luiz Ollay. A diferenciação entre esses dois lugares serão as espécies vegetais escolhidas, sendo que um deles terá como foco espécies frutíferas. O desenho dos bosques é criado a partir da ideia de lugar de meditação, onde o usuário se encontra imerso em um espaço naturalizado, cuja vegetação densa dificulta a visualização do entorno. Este consiste em um modo de dialogar com experiencias possiveis no projeto proposto para a área do Córrego Água Quente.



A distribuição de hortas entre as praças tem como inteção diluir a função pela área, considerando que existe uma horta comunitária em local afastado, próximo aos limites do bairro. O desenho da horta é pensado de modo a criar um espaço esultural e tem como referencia o Jardim dos Sentidos, obra construída no Instituto de Arte Contemporânea Inhotim.



A Praça Ronald Golias, localizada na Rua Luiz Ollay, é considerada pela população como lugar de referência no bairro, em conjunto com o comércio presente no entorno. O uso de lazer infantil já é existente nessa praça, sendo que o projeto para o local consiste em um conjunto de mobliário padronizado e vegetação escassa. A proposta é desenvolver um desenho de playground escultórico e diverso do desenho simples presente no bairro, tendo como referencia projetos do escritório Annabau Landscape Architecture. Além disso, a organização da praça é pensada a partir dos equipamentos e comércios do entorno, como ponto de onibus, bar e barraca de caldo de cana.



BOSQUE

HORTA

LAZER INFANTIL


CORTE CORTEAA AA

CORTE CORTEBB BB


PRAÇA DO CENTRO COMUNITÁRIO Localizada na área menos consolidada do bairro de Cidade Aracy, a quadra onde se encontra o Centro da Juventude e quipamentos esportivos (piscina, quadra e pista de skate), é, potencialmente, uma centralidade para o bairro. O projeto para a quadra tem como intuito criar uma área livre que possibilite a extensão de atividades que ocorrem no Centro Comunitário, além de eventos diversos para a população em geral, como feiras e shows musicais. São propostos blocos comerciais para suprir inicialmente a necessidade da área, a qual apresenta no momento predominancia residencial. A configuração dessa quadra como área de atração é um modo de extender a lógica e as qualidades de vida coletiva presente em outras áreas, como nas ruas Luiz Ollay e Nelson Orlandi, para a região do bairro que ainda se encontra em processo de adensamento.





CORTE AA

CORTE BB





PARQUE DO CÓRREGO

Um trecho do Córrego Água Quente está localizado próximo à área mais consolidada do bairro de Cidade Aracy. Este corpo d’água se insere em diversos problemas ambientais, tais como invasão da Área de Preservação Permanente, erosão e assoreamento. Existe uma separação entre o córrego e cidade, apesar da proximidade entre os dois, o que evidencia a ausencia de relação de pertencimento entre população e córrego. Com intuito de controlar esse processo de degradação, este projeto busca incluir o córrego no cotidiano dos moradores do bairro, agregando-o à sua imagem. Para isso, é proposta uma intervenção que dê usos ao local. Não se trata de atribuir funções, mas sim, atrativos para a frequentação das margens do córrego, sem que isso tenha repercussões ambientais negativas. O desenho do parque é desenvolvido segundo a ideia de percursos que permitem a contemplação do lugar e aproximação com o córrego de maneiras variadas. Os percursos se dividem em dois tipos: uma estrutura elevada com formas retilíneas em contraponto à outro percurso orgânico que busca instigar o usuário à sua exploração. Em diversos pontos são propostos objetos que criam ligações visuais entre partes do parque e ao seu entorno imediato. Tratam-se de pontos de pausa e fruição da paisagem.



Referencias para os objetos

Dan Graham

INTERAÇÃO INDIVÍDUO - OBJETO - PAISAGEM

Cildo Meireles

OBJETO DESLOCADO DE


SEU LUGAR COMUM, DISTORÇÃO DE ESCALA

Nancy Holt ENQUADRAMENTO DA PAISAGEM


CORTE AA


A

A



FERRARA, Lucrécia D’Alessio. Olhar Periférico. São Paulo: Edusp, 1999. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000. MARICATO, Ermínia. A cidade do pensamento único... São Paulo: Editora Vozes, 2000. QUEIROGA, Eugenio Fernandes. A megalópole e a praça: o espaço entre a razão de dominação e a ação comunicativa. São Paulo, 2001.


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