O Globo Suplemento Investimentos 2013

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Suplemento Especial l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012

imóveis - mercado aquecido e crédito farto ampliam opções

home broker - via internet, acesso à Bolsa é democratizado

PREVIDÊNCIA - planos ajudam a garantir a aposentadoria

Páginas 3 e 4

Página 6

Páginas 7 e 8

Mundo novo para o investidor Juros decrescentes indicam que a hora é de diversificar E até ousar A queda dos juros reais trouxe um mundo novo para o investidor pessoa física. Nesse cenário, os especialistas são praticamente unânimes em dizer que, nos próximos anos, será preciso correr um pouco mais de risco para obter retorno maior sobre o dinheiro aplicado. Ricardo Correa, da Ativa Corretora, vai além: “agora é necessário se empenhar mais na análise dos investimentos, diversificar, não ficar restrito à poupança ou aos fundos tradicionais oferecidos pelos bancos de varejo”, diz o executivo. Para ele, essa nova conduta é essencial não só para ganhar mais como para não perder da inflação. Empresas administradoras de planos de previdência privada aberta, destino de boa parte dos recursos de quem planeja uma aposentadoria tranquila, já estudam ofere-

cer opções mais agressivas de investimentos para garantir aos clientes rentabilidade maior sobre a reserva acumulada, de modo a adequar o setor ao cenário de taxas de juros de um dígito. Uma estratégia para cada perfil - Cada pessoa tem uma alocação de risco ideal, mas analistas recomendam que os investidores pessoa física façam pelo menos duas opções básicas para montar uma estratégia de investimentos: ações e poupança. Para os mais conservadores, a dica é manter até 80% do patrimônio em renda fixa, desde que haja empenho em identificar boas oportunidades e atenção para as informações passadas pelos gestores dos fundos. Para os empreendedores, uma alternativa é apostar em uma franquia, aproveitando as facilidades

de investir em uma marca ou produto já consolidados. Especialistas também identificam no mercado imobiliário novas e rentáveis oportunidades, especialmente no Rio de Janeiro, que vivencia momento de muitos lançamentos. Seja para alugar, morar ou investir, a compra de imóvel desponta como uma boa alternativa para quem pode evitar financiamentos longos, de custo mais alto. Merece destaque o crescimento dos fundos imobiliários que, entre outras vantagens, garantem isenção do Imposto de Renda. Esses fundos permitem às pessoas físicas aproveitarem o boom de unidades hoteleiras e shoppings na cidade, com a segurança da gestão profissional, sem que o investidor precise lidar diretamente com inquilinos ou lojistas. l Continua na página 2


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Suplemento Especial

Para obter ganhos, especialistas admitem a necessidade de correr algum risco e recomendam combinar aplicações convencionais com outras menos usuais. Na Bolsa de Valores, indicações apontam para ações de empresas voltadas para consumo

O desafio da diversificação Professor da Fundação Getúlio Vargas e especialista da consultoria FCE em diversificação de investimentos, Gyorgy Varga também acredita que o investidor terá que sair da zona de conforto e procurar opções novas, tais como os FDIC – fundos lastreados em direitos creditórios – para obter mais retorno. Mas alerta sobre a importância de se informar, previamente, sobre os títulos em que são feitas as aplicações. “Hoje, até para se proteger, o aplicador tem que correr riscos e procurar calçar suas escolhas com uma boa assessoria e a disposição de monitorar seu dinheiro, ” diz Ricardo Corrêa, da Corretora Ativa. “O olho do dono engorda o gado,” é o ditado da moda para os especialistas. Para Gyorgy Varca, o desafio adicional para o aplicador é que o cardápio oferecido pelo mercado financeiro ainda é limitado. Ele diz que as taxas de administração também não fazem jus ao cenário atual. “Uma taxa de 2% para um fundo de renda fixa não era nada quando o juro era de 20%. Agora que o juro é 7,5%, come boa parte do ganho líquido no ano”, diz.

Mercado interno - A instabi-

lidade internacional, por sua vez, impõe um alerta para quem vai investir na Bolsa de Valores. Não por acaso, o analista-chefe da Walpires Corretora, Leandro Martins, foca suas indicações nas ações de empresas fortes no mercado interno, como AmBev e Brazilian Foods, holding de Sadia e Perdigão. “A conjuntura externa levou a AmBev a ultrapassar a Petrobras em valor de mercado”, destaca. Na mesma linha, Ricardo Corrêa avalia que o cenário para empresas exportadoras recomenda cautela. Para diversificar sem correr risco excessivo, a opção recomendada é o Fundo de Investimento Imobiliário (FII), que oferece rentabilidade superior à inflação e às ações e está isento do IR, embora seja um ativo de renda variável, sujeito a oscilações. “É da índole dos brasileiros, de todas as origens e classes sociais, pensarem em aplicar em imóveis logo que fazem alguma poupança. Se sentem protegidos”, salienta Juliano Cornacchia, da PMKA Advogados. O fundo oferece o benefício pela valorização do imóvel, com exemplos de retorno expressivo. Dados da Bovespa indicam que o número de aplicadores nos fundos imobiliários triplicou desde janeiro de 2011, chegando a 60 mil. A comodidade é outro ponto a favor das aplicações nesses fundos. “Prestadores de serviços acompanham a rotina de administração dos imóveis,” esclarece Cornacchia. O crescimento das captações levou ao surgimento de oportunidades inclusive para poupadores de reservas mais modestas. O Fundo Imobiliário da Caixa Econômica, por exemplo, apresentava cotas de R$ 2 mil, valor palatável para a boa parte da classe média brasileira.

como investir I Opção deve ser feita de acordo com o montante disponível

Alternativas de aplicação conforme os valores disponíveis - Numa coisa os especialistas convergem. Não há receita de bolo ou fórmula mágica quando o

assunto é investimento. O primeiro aspecto a levar em conta é o montante que o candidato a aplicador consegue poupar sem ficar no aperto. Ricardo Corrêa, da Ativa Corretora, lembra que o passo inicial é se livrar de todas dívidas, em particular as de custo mais alto, como cheque especial e cartão de crédito. Feita essa faxina, aí sim é o momento de escolher as aplicações. Em todos os casos, é necessário sempre respeitar o perfil de risco e tributário do investidor.

até

até

R$ 1.000

Até esse valor, o indicado para o investidor é a Caderneta de Poupança.

R$ 5.000

além da Poupança, valem os Fundos de Investimento (considerando que este investidor

detenha conhecimentos medianos sobre aplicações).

até

acima de

R$ 10.000

R$ 10.000

Supondo que o investidor detenha conhecimentos, o indicado é o Tesouro Direto.

Fundos Multimercado, Tesouro Direto e Ações.

Fonte: Silvio Paixão, Professor de Finanças da FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).

ranking das aplicações em 2012 *

renda fixa cDI

* Base 26/11 ** Base 30/11 - Fonte: Economatica

euro

dólar

ouro

ibovespa

As recomendações para 2013 I LEANDRO MARTINS l analista-chefe da corretora Walpires Qual a carteira ideal para uma estratégia conservadora, mais cautelosa, de investimentos para 2013? Titulos públicos atrelados à inflação, como os que são indexados pelo IGP-M, e ações de empresas de consumo como Ambev e Brasil Foods. Qual a proporção de renda fixa dessa carteira hipotética? E qual a aplicação de renda fixa

mais imune a sustos? Pelo menos 60% dos investimentos devem ser feitos em títulos públicos atrelados à inflação, para defender o investidor de oscilações bruscas. Que fator de risco deve serpriorizado na análise de oportunidades para o ano que vem? Risco de crédito (atraso de pagamento, inadimplência) e de mercado.

Qual a proporção de renda variável deve constar dessa carteira? E quais os melhores instrumentos? O investidor deve concentrar pelo menos 40% da sua carteira em ações de empresas de consumo. O foco deve ser o mercado interno Quais as melhores opções para reduzir riscos inerentes a aplicações em renda variável?

Utilização da analise técnica e stop (fixação de piso a partir do qual as aplicações são resgatadas, para evitar perdas maiores). Supondo uma pessoa com uma situação mais estável financeiramente, e metas de acumulação de longo prazo. Nesse caso, é possível pensar numa estratégia um pouco mais ousada? Sim, com ações de outros setores.

perfil do investidor I 13º salário

Muita calma nessa hora Com a conta bancária recheada por causa do pagamento do 13º salário, fica difícil resistir à tentação de sair gastando. As dicas dos especialistas orientam quitar as dívidas existentes e se livrar dos juros do cartão, do cheque especial ou de outro financiamento de longo prazo antes de partir para o consumo. Para os não endividados, a dica é destinar uma parte do rendimento para as tradicionais despesas de início do ano, tais como pagamento de IPTU, IPVA, matrícula dos filhos e material escolar, além de fazer uma reserva financeira de olho futuro. É exatamente isso que faz o analista de sistemas Carlos Lapa. Ele tem uma planilha onde organiza seu orçamento anual. Com os gastos con-

Eduardo Uzal

Planejar o orçamento é bem vantajoso. Pagando o IPVA à vista consigo 10% de desconto Carlos Lapa l analista de sistemas

trolados até julho de 2013, Lapa vai usar o 13º salário para pagar o IPVA, visitar a família em São Paulo durante o reveillon e ainda reservar uma parte para outras despesas.“Planejar o orçamento é bem vantajoso. Pagando o IPVA à vista consigo 10% de desconto, exemplifica, dizendo que fazer uma reserva financeira ainda ajuda no caso de imprevistos, como possíveis problemas no carro ou com a saúde”, explica. Para quem ainda não sabe o que fazer com o dinheiro extra que vai entrar, aí vai a recomendação de Lapa: “A conta é simples: 25% para gastos de início do ano, 25% para viagem e, os 50% restantes, devem ser destinados a compor uma reserva financeira”, ensina.

Produção: Link Comunicação Integrada / Edição: Cláudia Bensimon / Editor Assistente: Henrique Brandão / Desenho: João Carlos Guedes / Fotografia: Eduardo Martins e Eduardo Uzal, iStock / Reportagem: Cezar Faccioli, Eduardo Carvalho, Márcia Gomes e Rosane de Souza A apuração das informações deste suplemento é de responsabilidade da Link Comunicação Integrada


Quinta-feira, 29 de novembro de 2012 l 3

Suplemento Especial

IMÓVEIS - Quem está em busca de formas diversificadas de remunerar suas economias encontra no aquecido segmento imobiliário opções atraentes, que oferecem retorno superior às aplicações convencionais do mercado financeiro iStockphoto®

Um mercado em alta até 2017 Juros baixos, déficit de 12 mil quartos de hotéis, expansão de negócios em cidades próximas e dois importantes eventos esportivos mundiais alteraram o perfil do investidor carioca, que, hoje, busca formas diferenciadas de remunerar as suas economias. Neste cenário, o segmento imobiliário voltou a ser uma alternativa concreta de bons negócios, ao sinalizar com uma rentabilidade muito superior à oferecida pelo mercado financeiro. “Hoje, o investidor tem que ter uma carteira diversificada, na qual se inclui bons imóveis, porque o dinheiro não está rendendo quase nada”, afirmou Rubem Vasconcelos, presidente da Patrimóvel e vice-presidente da Ademi (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário). De fato, enquanto as aplicações financeiras que conseguem 100% de CDI oferecem, no máximo, 7,25% ao ano, os fundos imobiliários exibiram uma rentabilidade média de 30% ao longo de 2012 e o Fipezap (Indicador de Preços de Imóveis) acumulou nos últimos 12 meses o índice de 16% para

venda e 13,3% para aluguéis só no Rio de janeiro, de acordo com informações de Henrique Caban, assessor da presidência do grupo Carvalho Hosken. O presidente da Ademi e da construtora Concal, José Conde Caldas, avalia que 80% dos imóveis são vendidos para o morador final, 15% para investidores de aluguéis e 5% para aqueles que compram para vender logo que o imóvel fica pronto.”Mas, esse comprador é fundamental para trazer liquidez ao mercado, porque muitas vezes paga até 50% do valor de venda de entrada, no início da construção”, diz. Luiz Franca, diretor do Global Equity Properties, fundo de investimento imobiliário do Grupo Global, que lançou dois empreendimentos imobiliários multiusos em Itaboraí e Campos, assinala que os investimentos imobiliários, principalmente comerciais (suítes hoteleiras, flats, salas comerciais e lojas) têm proporcionado aos investidores rentabilidades superiores às aplicações financeiras tradicionais, tais como poupança e CDB (Certificado de

Depósitos Bancários).“As unidades hoteleiras do complexo multiuso Global Center Campos tem uma projeção de rentabilidade líquida mensal de 0,73% em seu primeiro ano de operação, com base em uma estimativa de taxa de ocupação de 65%”, diz. Segundo o executivo da GEP, o maior potencial de valorização de flats e unidades hoteleiras são observados em cidades que receberão investimentos do setor de petróleo e gás, mineração, agronegócio e portuário, tais como Campos dos Goytacazes, Itaboraí, Macaé e Itaguaí, no Rio de Janeiro.“A valorização média destes imóveis, tem sido de 20% a 25% até a entrega das chaves, momento em que se inicia a geração da renda para o investidor”, destaca.

Garantia de retorno futuro - Os imóveis em municípios como Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Itaboraí e Itaguaí também oferecem uma boa perspectiva de ganhos de capital e retorno futuro.“O valor geral de vendas(VGV) dos lançamentos imobiliários na região metropolitana passou

de R$ 3,6 bilhões, em 2009, para R$ 10 bilhões em 2012”, atesta o porta-voz da Carvalho Hosken. Christian Bettoni, gerente Comercial da imobiliária JTavares, diz que, além de uma valorização maior do m2, unidades hoteleiras, apart-hotéis e residence services têm retorno melhor nos aluguéis. De olho nesse mercado, a Incortel, em parceria com a rede hoteleira internacional Best Western está lançando o hotel Best Western Plus, na Barata Ribeiro 173, em Copacabana, prometendo rentabilizar os investidores acima de 1% após estabilizados. “O mercado imobiliário do Rio sempre foi um dos mais fortes do país, especialmente no segmento hoteleiro, onde a Incortel estará focada pelos próximos 5 anos”, adianta Cecília Rody, diretora da empresa. O hotel de Copacabana, vendido com exclusividade pela Brasil Brokers, poderá ser comprado em cotas de 100%, 50% ou 25%. Mário Amorim, da Brasil Brokers, revela que o empreendimento terá como atrativo adicional taxa de administração inferior à praticada pelo mercado.


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Suplemento Especial

IMÓVEIS - Unidades hoteleiras administradas por redes vinculadas a bandeiras internacionais e aplicações em fundos imobiliários começam a atrair a atenção dos investidores, pois oferecem a vantagem de contar com gestão profissional

Investimento lucrativo Experiente comprador de unidades hoteleiras, o engenheiro civil Manoel Luiz Azeredo explica que, normalmente, esse tipo de investimento nem sempre dá retorno imediato. “Depois de terminada a obra, leva em média mais um ano para obter resultados”, diz, acrescentando que esse é o tempo de maturação do emprendimento. “Salvo caso atípico, o rateio dos lucros é sempre acima do meio por cento”, revela. O engenheiro de 50 anos conta que já comprou duas unidades hoteleiras em Macaé e Itaboraí – da cadeia Supreme, da NEP – e hoje pretende investir no Grand Midas Convention, residencial com serviço, a ser lançado na primeira quinzena de dezembro pela Imobiliária Calçada. O empreendimento, que será administrado pela Protel, terá 288 unidades de quarto e sala divididas em 16 pavimentos. “O preço desse é um pouco mais salgado, mas ele tem a vantagem de ficar próximo ao Riocentro, onde não há nada desse tipo, o que significa mais regularidade na taxa de ocupação e na distribuição de rendimentos”, ensina. João Paulo Matos, presidente da construtora Calçada, garante, no entanto, que esse tipo de investimento vem garantindo 6% ao ano de ganho real. Investidor aplicado, Manoel Luiz estuda também a compra de papéis do Fundo Imobiliário que o Banco do Brasil está lançando neste fim de ano. “Esses papéis estão rendendo 0.71% ao mês, isento de Imposto de Renda”. O IR só incide quando o investidor se desfaz deles e, mesmo assim, apenas sobre a valorização das cotas. “São papéis garantidos, pois estão lastreados nos imóveis do BB que estão alugados”, afirma Manoel.

Crédito farto em condições facilitadas CAIXA ECONÔMICA federal Linha

Enquadramento

Valor de financiamento

Prazo de amortização

Taxa de juros nominal

Cota máxima de financiamento

Carta de Crédito SBPE/SFH

Aquisição de Imóvel novo ou usado até R$ 500 mil

Até R$ 450 mil

Até 420 meses

de 7,53% a 8,51% de acordo com o relacionamento e forma de pagamento

90% do valor do imóvel (de acordo com a capacidade de pagamento do cliente

Carta de Crédito SBPE/Fora do SFH

Aquisição de Imóvel novo ou usado acima R$ 500 mil

Sem máximo, atrelado à capacidade de pagamento do cliente

Até 420 meses

de 8,55% a 9,47% de acordo com o relacionamento e forma de pagamento

90% do valor do imóvel (de acordo com a capacidade de pagamento do cliente)

Carta de Crédito FGTS*

Aquisição de imóvel novo ou usado até R$ 190 mil (Renda Familiar até R$ 5.400,00)

Até 100% (para 240 meses)

Até 300 meses (Renda até R$ 3.275,00)

5% para renda até R$ 2.455,00

90% (para 300 meses) 80% (para 360 meses)

360 meses (Renda até R$ 5.400,00)

6% para renda até R$ 3.275,00

Até 100% (de acordo com a capacidade de pagamento do cliente)

Até R$ 450 mil

360 meses

8,66%

Carta de Crédito FGTS - Pró Cotista**

Aquisição de Imóvel novo ou usado até R$ 500 mil

80% para imóvel usado e 85% para imóvel novo

* Pode ser concedido redutor de 0,5% para cotista do FGTS ** Somente para clientes com conta ativa no FGTS ou com, pelo menos, 10% do valor do imóvel de saldo na conta vinculada do FGTS

Banco do Brasil

Rentabilidade sem preocupação

O comprador não se preocupa com o aluguel, nem com as despesas de condomínio até que o imóvel seja locado. Após a entrega da obra, o imóvel entra em operação e o proprietário começa a receber os rendimentos.

Rendimentos acima da média

imóveis residenciais rendem, em média, entre 0,4 e 0,5% ao mês e, os comerciais, entre 0,5 e 0,7%. Os hoteleiros rendem, em média, entre 0,8 e 1,2% ao mês; após estabilizada a operação, rendimento 25 a 50% superior.

Valorização

Valor de financiamento Mínimo R$ 20 mil e máximo R$ 450 mil

Prazo de amortização Em até 360 meses

Taxa de juros anual Pós-fixada: 7,9% a.a. + IRP* e/ou pré-fixada: 11,5%

Cota máxima de financiamento Até 80% do valor do imóvel

Aplicações financeiras garantem rendimento, mas o capital inicial continua o mesmo. No caso do imóvel, capital inicial também valoriza.

Aquisição de imóvel residencial acima de R$ 500 mil e comercial acima de R$ 20 mil

Máximo de 5 milhões

Em até 360 meses

Pós-fixada: 9% a.a. + IRP* e/ou pré-fixada 13%

Até 80% do valor do imóvel

Imóvel sempre conservado

Linha

Enquadramento

Valor de financiamento

Prazo de amortização

Taxa de juros

Cota máxima de financiamento

Sistema Financeiro de Habitação

Imóvel residencial de R$ 62,5 mil a R$ 500 mil

Mínimo de R$ 50 mil. E máximo de R$ 400 mil

Até 360 meses

Até 80% do valor do imóvel

Taxa de mercado

Imóvel residencial acima de R$ 500 mil

Mínimo de R$ 50 mil. Sem limite

Até 360 meses

Taxa de mercado

Imóvel comercial a partir de R$ 71,5 mil

De R$ 50 mil até R$ 2 milhões

Até 144 meses

As taxas para crédito imobiliário são calculadas levando em consideração o perfil de crédito de cada cliente, adicionalmente às informações referentes ao imóvel a ser financiado

Linha

Enquadramento

BB Crédito Imobiliário Aquisição PF - SFH

Aquisição de imóvel residencial até R$ 500 mil

BB Crédito Imobiliário Aquisição PF - CH

* Índice de Remuneração da Poupança

ITAÚ

Até 80% do valor do imóvel Até 70% do valor do imóvel

BRADESCO Linha

Enquadramento

Valor de financiamento

Prazo de amortização

Taxa de juros*

Cota máxima de financiamento

Sistema Financeiro de Habitação

Imóvel residencial até R$ 500 mil

Até R$ 400 mil

Até 360 meses

Imóveis até R$ 170 mil: 8,90% ao ano.

Até 80% do valor do imóvel

Taxa de mercado

Imóvel residencial acima de R$ 500 mil

Até 2,4 milhões

Até 360 meses

11% ao ano

Até 80% do valor do imóvel

* A taxa de juros pode ser alterada em função perfil do comprador e do relacionamento com o banco

santander* Linha

Enquadramento

Valor de financiamento

Prazo de amortização

Taxa de juros

Cota máxima de financiamento

Crédito imobiliário – Parcelas atualizáveis

Imóvel residencial entre R$ 40 e R$ 500 mil

100%

Até 420 meses

O Cliente recebe o salário pelo Santander ou aderiu os Serviços Imobiliários Santander Van Gogh – Valor do Imóvel: R$ 40 mil a R$ 500 mil, taxa de 9,6% a.a. + TR

Até 80% do valor

Crédito imobiliário – Parcelas atualizáveis

Imóvel residencial acima de R$ 500 mil

A partir de R$ 20 mil

O Cliente recebe o salário pelo Santander ou aderiu os Serviços Imobiliários Santander Van Gogh - Imóveis acima de R$ 500 mil, taxa de 10% a.a. + TR

Até 80% do valor

Até 420 meses

Hotéis são sempre muito bem conservados e atualizados. O valor é descontado mensalmente da rentabilidade.

Livre de taxas

O rendimento mensal é líquido, livre das taxas de administração, de reserva e de reposição, pois elas são previamente descontadas e recolhidas.

Segmento em expansão

Com o turismo de negócios e a demanda crescente das classes C e D, a hotelaria no país avança cerca de 7% ao ano; diárias médias crescem em torno de 15% , especialmente no Rio.

Lei do Inquilinato

Imóveis de R$ 170 mil até R$ 500 mil: 10,50% ao ano

Aposta nos Fundos - Luiz Ri-

mes, executivo da João Fortes Engenharia, que está lançando a segunda fase do empreendimento Fusion Work & Life, em Itaguaí, está convicto de que investir nos papéis dos fundos de investimentos imobiliários é um tipo de negócio que não tem como dar errado, principalmente em cidades que estão sediando complexos petroquímicos, siderúrgicos, petrolíferos e portos. “Itaguaí, Maricá, Campos, Macaé e Itaboraí estão tendo um desenvolvimento extraordinário. É impossível não dar certo um investimento mensal de R$ 400 a R$ 500 para comprar um imóvel em uma cidade sem moradia, no caso Itaguaí, que vai duplicar o número de trabalhadores fixos e ampliar em 40% o número de habitantes”.

7,66% para renda até R$ 5.400,00

Dez motivos para comprar uma unidade hoteleira

Não há preocupação com desocupação do imóvel, pagamento do aluguel ou taxa de reajuste imposta por lei.

Gestão profissional

A operadora recolhe todos os tributos incidentes sobre o imóvel.

Imóvel com grife

Imóvel hoteleiro afiliado a uma rede internacional faz toda a diferença, especialmente quando a rede está entre as maiores do mundo.

Prontos para operação

Os hotéis são entregues completamente montados e mobiliados, prontos para a operação. Sem taxas extras.

*O banco tem também a linha “Crédito imobiliário parcelas fixas”, com juros prefixados e reajuste pela tabela Price.

Fonte: Incortel

perfil do investidor I RUBENS ARBEX

O sonho da renda extra Mais do que realizar um sonho, atualmente comprar uma casa ou apartamento pode ser um negócio lucrativo. A escassez de unidades para hospedagem durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 tem chamado a atenção dos investidores, que estão apostando em empreendimentos residenciais que oferecem serviços. O engenheiro elétrico Rubens Arbex, por exemplo, já havia investido em um imóvel residencial na Barra da Tijuca, e, recentemente, comprou uma unidade no Midas Rio Convention

Suites, da construtora Calçada, residencial com serviços, na Estrada dos Bandeirantes, próximo ao Riocentro e à Vila Olímpica. “O empreendimento atendeu as minhas expectativas: localização, administração própria, além da rentabilidade prevista, devido ao atual déficit hoteleiro na cidade”, assinala Arbex. Como diferenciais, o empreendimento vai oferecer para os hóspedes serviços de TV por assinatura, Wi-Fi, restaurante, bar na piscina, sauna, auditório, e como opcionais, estarão disponíveis

Eduardo Uzal

Depois da casa própria, Arbex decidiu investir em um residencial com serviços

serviços de arrumadeira, lavanderia, de manutenção da unidade e de mensageiros, entre outros. Voltado para compradores que desejam ter uma fonte de renda extra, o empreendimento terá seus resultados financeiros distribuídos mensalmente. “O cliente terá a oportunidade de comprar uma unidade que fará parte de um pool de locação com previsão de rentabilidade mensal em torno de 1% sobre o valor inicialmente investido”, afirma João Paulo Matos, presidente da Calçada.


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Suplemento Especial

franquias - O bom momento da economia e o aumento da renda da população são responsáveis pelo crescimento do setor de franquias, uma alternativa para abrir um negócio com algumas garantias

Promissor e rentável Apostar em uma franquia pode ser o caminho mais acertado para quem deseja iniciar um negócio próprio com o máximo de garantias de êxito. Investir dinheiro em uma marca consolidada no mercado, em um negócio ou produto que já foi testado e aprovado, traz mais segurança para quem está se lançando no mundo do empreendedorismo. Investir em uma franquia é uma opção para quem não quer começar do zero. Além disso, poder contar com estrutura de uma rede, com um produto final que já é bem aceito no mercado facilita a iniciativa Ariel Cohen

Foi isso que pensou Ariel Cohen em 2001, quando decidiu partir para a abertura de um negócio. Proprietário de quatro lojas da rede Spoleto, em Niterói, o empresário abrirá em dezembro mais duas novas franquias, dessa vez da rede Domino´s Pizza, e só vê vantagens em ser um franqueado: “Investir em uma franquia é uma opção para quem não quer começar do zero. Além disso, poder contar com estrutura de uma rede, com um produto fi-

nal que já é bem aceito no mercado facilita a iniciativa”, afirma Cohen. O investimento médio para abertura de uma loja de shopping com 100 m2, nos moldes da franqueada por Alex Cohen, é de R$ 440 mil, com taxa de franquia a partir de R$ 60 mil. Os royalties correspondem a 6% do faturamento bruto mensal, e é necessário capital de giro de R$ 20 mil. O prazo médio para retorno do investimento é de 24 a 26 meses, e o faturamento médio mensal é de cerca de R$ 115 mil. O mercado é promissor. Segundo dados da ABF – Associação Brasileira de Franchising - o segmento de franquias do Brasil cresceu 16,9% em 2011, registrando um faturamento superior a R$ 88 bilhões. Atualmente, as franquias representam 2,3% do PIB nacional. O bom momento da economia e o aumento da renda da população são responsáveis por esse crescimento. Até o fim do ano as 2.213 marcas franqueadoras registradas no país devem faturar juntas cerca de R$ 105 bilhões. Fátima Rocha, presidente ABF – Rio, avalia que o crescimento do mercado de franquias mostra a evolução do país: “Hoje existe uma demanda muito grande por produtos e serviços que atendam a todas as classes”, justifica Fátima. O setor gera qua-

Eduardo Martins

se 900 mil empregos diretos e o segmento de alimentação é o que mais cresce em número de unidades: em 2011 avançou 14,5% e foi responsável pelo ingresso de 54 novas marcas no mercado. Mas no ranking de faturamento, os cinco segmentos que mais cresceram ano passado foram: hotelaria e turismo (85,9%), móveis, decoração e presentes (35%), esportes, saúde, beleza e lazer (24,3%), negócios, serviços e outros setores de varejo (14,9%), alimentação (14,5%) e acessórios pessoais e calçados (13,15%). A cidade vai sediar grandes eventos esportivos e isso faz aumentar a visibilidade no exterior. Ter sua marca no Rio de Janeiro é aparecer para o mundo inteiro Fátima Rocha l presidente ABF – Rio

Ariel Cohen aposta no setor de alimentação, um dos que mais cresce no país

Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e grandes eventos programados prometem fomentar ainda mais o setor: “A cidade vai sediar grandes eventos esportivos e isso faz aumentar a visibilidade do Rio no exterior. Ter a marca estampada aqui é ter certeza de que ela aparecerá para o mundo inteiro”, conclui Fátima.


6 l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Suplemento Especial

home broker - A aplicação em bolsa de valores por meio da internet democratizou o acesso de pessoas físicas ao pregão: Hoje, Há 512 mil operando no mercado de ações. Em 2012, investidores domésticos já movimentaram mais de R$ 112 bilhões

Lucrando sem sair de casa Em 1999, a BM&FBovespa lançou o home broker, ferramenta que permitiu a negociação de ações na Bolsa de Valores via internet. Começava ali a democratização do mercado de ações que possibilitou ao investidor individual ter uma nova opção de investimento. Treze anos depois, dados do último mês de outubro mostram que quase 572 mil pessoas físicas (96% do total de investidores) operam na Bolsa atualmente, contra 85 mil, há dez anos. Cerca de 60% delas realizam suas operações pelo sistema online – em 2002, esse percentual era de 3%. O valor movimentado em 2012 pelos investidores domésticos já ultrapassa R$ 112 bilhões. Para analistas do mercado financeiro, o crescimento do número de investidores pessoa física, sobretudo nos últimos seis anos, deve-se a dois fatores principais: a queda dos juros, que dá melhores condições de planejamento para investir no longo prazo (acima de cinco anos); e o

desenvolvimento e a popularização do home broker, permitindo que as corretoras de valores passassem a atender clientes de menor patrimônio. De acordo com a planejadora financeira pessoal Letícia Camargo, em geral é mais barato comprar ações por meio do home broker porque as taxas costumam ser fixas por operação. “Porém, quando o investidor fica emitindo muitas ordens de compra e/ou venda ao longo do dia, pode ficar caro. Algumas corretoras têm um preço diferenciado para opções e para o fracionário. É importante verificar isso”, alerta. O crescimento da nova classe média também influenciou o aumento do contingente de investidores individuais, dizem os especialistas. Além disso, o pequeno investidor tem benefícios fiscais nesse mercado: “Se o investimento for direto, via compra de ações, é possível vender até R$ 20 mil por mês e ficar isento de imposto de renda no ganho

A BOLSA E A EDUCAÇÃO FINANCEIRA

ceira para todo tipo de público. Até outubro deste ano, mais de quatro milhões de pessoas participaram de atividades e cursos da Bolsa, de forma online ou presencial. Conhecer a fundo o mercado foi o que fez o gerente offshore Sérgio Rocha quando decidiu investir em ações, há 13 anos. Depois de ver o pai, que operava com ações de forma amadora, ter algumas perdas, ele decidiu que o primeiro passo seria estudar para adquirir uma base sólida na área. “Não é por ser fácil de operar que se deve comprar e vender sem conhecimento e estratégia. Se você está investindo, e não especulando, estuda a empresa que está comprando. O mercado não perdoa quem não sabe o que faz”, afirma. Para o investidor novato, Sérgio sugere, além de estudar o mercado, que ele invista “um dinheiro de que não precise”: “Só se deve partir para o investimento em renda variável depois que as necessidades bási-

de capital, que é a diferença entre o preço de compra e o de venda”, diz Camargo.

Novatos precisam ficar atentos -

Fazer cursos para entender como funciona o mercado de ações é algo considerado essencial para quem pretende começar a investir. Segundo o consultor financeiro Alan Soares, o investidor novato precisa estar atento para não cometer erros que comprometam o seu investimento e até o seu patrimônio.“O home broker democratizou o investimento na Bolsa, mas é apenas uma plataforma para o investidor enviar a ordem de suas operações. O importante continua sendo a análise e as escolhas que ele fizer. O primeiro passo é procurar uma educação financeira que vai qualificá-lo para as tomadas de decisão“, aconselha Soares. Foi pensando nisso e de olho no crescente número de investidores individuais que a BM&FBovespa (www.bovespa. com.br) criou, há dez anos, um programa de educação finan-

entrevista I ALAN SOARES l consultor financeiro

cas estiverem resolvidas. Ou seja, você não deve investir na Bolsa se você tem um compromisso financeiro que exigirá fluxo de caixa constante, como a compra de um apartamento, porque pode ter que vender muito barato o que comprou”, ensina.

Visão de longo prazo - A planejadora financeira Letícia Camargo concorda:“Não se deve aplicar em ações quando o perfil é muito conservador e nem quando já se tem um compromisso, como comprar um imóvel, no curto prazo”, explica. Outro erro comum de quem começa é entrar e sair do mercado acionário constantemente, tentando acertar o momento bom para comprar e o momento bom para vender. A dica é: comece a investir em ações regularmente e mantenha sua posição visando ao longo prazo. Outra recomendação ao investidor novato é que vá colocando o dinheiro aos poucos na Bolsa. Desta forma, ele pode obter um preço médio e correrá menos riscos.

glossário Divulgação

No site da campanha educativa da Bolsa de Valores (www.quersersocio.com.br), há vídeos didáticos sobre o mercado, acesso a cursos presenciais e online (www. bmfbovespa.com.br/cursos), além de simuladores (www.bmfbovespa.com.br/ simuladores) e dicas para conhecer o seu perfil e começar a investir. Abaixo, alguns exemplos.

Ação - Valor mobiliário emitido pelas sociedades anônimas, representando a menor fração do capital destas empresas, que emitem ações para aumentar o capital social. Os recursos levantados podem ser utilizados para vários fins, sobretudo futuros investimentos. Bolsa de Valores - Local onde se negociam títulos e valores mobiliários. Carteira de ações - Conjunto de ações de diferentes empresas, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas.

Como investir em ações

Este curso é gratuito e aborda os conceitos e o funcionamento do mercado de ações, a atuação da Bolsa, além de discutir os principais tipos de investimentos para a pessoa física e os primeiros passos para se investir em ações.

Com juros baixos, bolsa é opção atraente

Finanças pessoais e mercado de ações

Lançado em março de 2010, o curso já atendeu, online, 420 mil pessoas. Ensina a organizar o orçamento pessoal, além de dar valiosas informações sobre como começar a investir em ações.

Simuladores de investimentos

A BM&FBOVESPA desenvolveu oito simuladores com o objetivo de oferecer ferramentas para que as pessoas físicas aprendam, na prática, sobre como investir. Entre eles, estão: l o SimulAção, que oferece layout e funcionalidades iguais às do home broker; l o de Mercados Futuros, que permite aos participantes experimentar e conhecer a dinâmica das operações dos mercados derivativos diretamente no site da Bolsa; l o simulador do Tesouro Direto, que ensina ao investidor iniciante o quanto ele precisa poupar por mês e ainda em qual título do governo pode investir para obter a quantia desejada ao longo de um determinado período.

Investir em ações é uma boa opção para a pessoa física no cenário econômico atual? Com a queda da taxa de juros, a queda dos juros reais e o aumento da inflação, fica inevitável para o investidor que busca retornos melhores procurar investimentos de maior risco, como ações. O investidor com conhecimento do que está fazendo terá no mercado acionário uma boa alternativa.

dade em transformar o ativo em dinheiro.

Quais são as vantagens de investir na Bolsa? Em relação a investir em imóveis, por exemplo, a Bolsa tem vantagem quanto à liquidez, ou seja, a facili-

Por que só recentemente o pequeno investidor brasileiro ‘acordou’ para a Bolsa? Viemos de um passado recente de juros reais supe-

riores a dois dígitos. Era cômodo ficar na poupança ou nos fundos DI. Com a mudança do cenário macroeconômico, com algumas aplicações perdendo para a inflação, o investidor viu-se obrigado a tomar mais riscos para conseguir maior rentabilidade.

Para o pequeno investidor, vale a pena utilizar o home broker? O home broker nada mais é do que uma plataforma de onde o investidor enviará a ordem de suas operações. A ferramenta democratizou o investimento na Bolsa, mas o importante é a análise e as escolhas que o investidor virá a fazer.

Dê uma dica valiosa para o investidor novato? O investidor principiante tem que ter consciência de que a vontade de se preparar deve ser maior do que a de vencer. Ele deve procurar adquirir conhecimento sobre o tema, procurar profissionais gabaritados que possam ajudá-lo na sua tomada de decisão.

o que você precisa saber Veja as principais vantagens de investir via home brokers e também as questões sobre a relação custo x benefício que o investidor doméstico deve levar em conta na hora de escolher um site para investir online em ações. Vantagens l Baixo investimento inicial (algumas corretoras sequer exigem investimento mínimo)

Acesso a cotações e investimentos em tempo real l Relatórios de análises gratuitos l Transparência no envio das ordens e acompanhamento das mesmas, pois todas as ordens são enviadas para a Bolsa sem a intervenção humana. l

Benefícios – informações importantes l Há quanto tempo a corretora

existe? Fornece análises? l Permite falar diretamente com o analista? l Fornece um sistema de análise técnica, ou gráfica, gratuitamente, com indicadores e recursos interativos avançados? l Tem promoções para abertura de conta ou fornece algum tipo de benefício se você operar muito? l

Custos – o que é preciso saber A corretagem é fixa, independentemente do volume financeiro? l Cobra custódia mensal? Requer mínimo de ordens para não cobrar custódia? l Exige mínimo para abertura de conta? l Exige gasto mínimo de corretagem para ter acesso ao sistema? l Cobra taxa mensal pelo sistema? l

Home broker - Canal de relacionamento entre investidores e sociedades corretoras que permite o envio de ordens de compra e venda de ações e outros ativos pela internet, possibilita acesso às cotações e acompanhamento de carteiras de ativos, entre vários outros recursos. Liquidez - No mercado financeiro, termo que determina a capacidade que um título tem de ser convertido em moeda. Mercado de capitais – Conjunto de instituições, tais como bolsas de valores e instituições financeiras, ligadas à intermediação de ativos financeiros (ações e títulos de dívida em geral). Mercado de ações - Segmento do mercado de capitais que compreende a colocação primária em mercado de novas ações emitidas pelas empresas e a negociação secundária das ações já colocadas em circulação. Pregão - Intervalo de tempo durante o qual papéis listados em uma bolsa de valores são negociados, diretamente na sala de negociações e/ou pelo sistema de negociação eletrônica.

SITES RELACIONADOS www.bovespa.com.br www.traderbrasil.com* www.practa.com.br* www.investeducar.com.br* www.easynvest.com.br www.apregoa.com.br www.maximatrade.com.br www.investshop.com.br www.shopinvest.com.br www.investbolsa.com.br www.agorainvest.com.br www.wintrade.com.br *escolas de investidores/educação financeira


Quinta-feira, 29 de novembro de 2012 l 7

Suplemento Especial

previdência - No cenário atual, quem quiser constituir uma reserva para complementar a aposentadoria pública terá que aumentar as contribuições periódicas e até mesmo optar por plano cujo portfólio ofereça um grau de risco mais elevado

Quanto mais cedo melhor Fotos de divulgação

Fim de ano, décimo-terceiro à vista, as empresas de previdência privada começam a incentivar as pessoas a usar a renda extra em algum tipo de investimento futuro e, de quebra, escapar, já no próximo ano, da voracidade do Leão. O conselho vale para quem optar pela aquisição de um PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), uma vez que este tipo de Plano permite a dedução de até 12% da renda tributável. Aos que já possuem algum plano na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), os corretores avisam sobre a importância de aumentar a contribuição e, com isso, incrementar as reservas para gozar de uma aposentadoria mais gorda no futuro. Isso é particularmente importante agora, por conta de o País estar viven-

ciando as menores taxa de juros dos últimos anos. “A taxa de juro real abaixo de 3% atrai mais investidores que pensam no longo prazo”, afirma o vice-presidente da FenaPrevi e diretor executivo de Investimento e Previdência do Itaú Unibanco, Osvaldo do Nascimento. Ao mesmo tempo, o novo cenário deixa inquietos os que já possuem algum tipo de investimento e estavam acostumados a fazer aplicações num cenário de taxas de juros mais elevadas. “Nossos clientes têm nos procurado para saber o que fazer”, diz o vice-presidente de Vida e Previdência da Sul América, Renato Terzi. O executivo da Sul América adianta que os investidores habituados a taxas de juros de dois dígitos vão ter que se adequar ao

Investidores acostumados a taxas de juros de dois dígitos vão ter que se adequar ao novo cenário, migrando para uma composição de carteira de fundos mais agressivos

Renato Terzi l vice-presidente de Vida e Previdência da Sul América

Vão surgir novos produtos, com a compra de cotas de fundos de ações das empresas que pagam mais dividendos

Altair Cesar de Jesus l superintendente de Investimentos da Brasilprev

Um portfólio 100% conservador terá retorno menor

Plinio Sales l diretor de produto da Icatu Hartford

novo cenário, migrando para uma composição de carteira de fundos mais agressivos. Segundo Terzi, esse processo não vai ser nada traumático, uma vez que muita gente já investiu nestes fundos e teve ganhos expressivos, particularmente de 1999 a 2008. “As empresas terão que ter capacidade de gestão diferenciada e oferecer uma cesta de novos fundos do mercado aberto”, enfatiza. O superintendente de Investimentos da Brasilprev, Altair Cesar de Jesus, por sua vez, prevê o surgimento de novos produtos, com a compra de cotas de fundos de ações das empresas que mais pagam dividendos. “A Brasilprev já tem alguns nessa linha, dentro dos planos denominados de ciclos de vida”, informa. O diretor de produto da Icatu Hartford,

Plinio Sales, concorda que as seguradoras terão que estar atentas a uma variedade maior de risco, oferecendo produtos com grande potencial de retorno.“Um portfólio 100% conservador terá retorno menor”, diz. Plinio Sales recomenda, aos que querem garantir o futuro, que comecem a contribuir para um plano de previdência bem mais cedo. “Antes, em quatro ou cinco anos, o cliente dobrava o capital. Agora, não faz isso em menos de 15 anos”. Lembra, ainda, que também ficará mais claro para os clientes a necessidade de aumentar a contribuição periódica. Finalmente, ele avalia que um percentual maior de investidores vai optar por um portfólio de investimentos com um grau de risco mais elevado.


8 l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Suplemento Especial

previdência - Cenário de juros decrescentes exige mudança de perfil no portfólio das empresas de previdência privada, que querem oferecer alternativas que permitam ao investidor correr mais riscos e obter retorno maior

Mudança de regras em estudo procura por aplicações de prazos mais longos, que dão mais rentabilidade.“Em 17 anos, as reservas subiram de R$ 3 bilhões para R$ 330 bilhões. E você percebe um crescimento consistente, uma média anual de mais de 30%”, afirma o executivo. Todos os especialistas concordam que o ideal é começar desde cedo a montar uma carteira de investimento pensando na aposentadoria, sendo parte do valor alocado em renda fixa e outra parte em renda variável. “O investidor tem que se informar sobre todas as opções para adquirir produtos que se adaptem às suas necessidades”, aconselha o vice-presidente da FenaPrevi.

PGBL e VGBL - O PGBL é ideal para quem declara IR pelo modelo completo e contribui para o INSS, porque permite o benefício fiscal na Declaração de Imposto de Renda. O investidor pode abater até o limite de 12% os valores investidos no plano. No momento do resgate da aplicação, porém, o imposto é descontado sobre o total dos rendimentos.

Opção pela tabela do IR

perfil do investidor I olho no futuro Eduardo Martins

Até o fim do primeiro semestre do próximo ano, as regras da previdência privada devem ser alteradas para adequar o setor a uma economia de juros de um dígito. O executivo da Brasilprev, Altair Cesar de Jesus, revela que a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão regulador do setor, já vem discutindo o aumento do limite das aplicações das reservas acumuladas pelos clientes no mercado acionário. O percentual das aplicações em renda variável pode ser ampliado até 70%. Hoje, apenas os planos fechados - empresariais - podem aplicar esse percentual em Bolsa de Valores. O limite na previdência aberta é de 49%. “Mas pode ser igualado”, diz o executivo da Brasilprev. A diretora da Icatu Hartford, Aurea Rebelo, acredita que os clientes vão assumir perfil mais agressivo, mesmo nas escolhas mais conservadoras. Ela acredita que haverá“um aumento do apetite pela volatilidade”. Para o vice-presidente da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento, a tendência é de crescimento do mercado e da

O nascimento do segundo filho levou o casal Tatiana Ribeiro e Leandro Lopes a pensar a longo prazo. Garantir o futuro da prole passou a ser prioridade. Como Leandro é autônomo, optou por investir em uma previdência privada para conquistar uma aposentadoria tranquila. Seguindo esse princípio, o casal decidiu assegurar a educação dos filhos Arthur, de cinco anos e Leonardo, de dois anos, e contratou um plano de previdência para cada um. Eles aplicam, mensalmente, R$ 200 em cada plano. A estimativa é de que o valor investido hoje no VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) vai permitir a Leandro obter uma renda mensal superior a R$ 2 mil quando decidir parar de trabalhar. Os planos PGBL dos meninos (Plano Gerador de Benefícios Livres) deverão alcançar uma reserva de, aproximadamente, R$ 200 mil cada, quando completarem 18 anos. E já tem destino certo: o custeio do curso universitário. “Sempre que possível pretendo fazer aportes para aumentar o rendimento”, diz Tatiana.

O plano VGBL é o melhor para quem é isento ou declara o IR pelo modelo simplificado, porque os valores investidos não são dedutíveis do Imposto de Renda. O pagamento do imposto é adiado até o momento do resgate do benefício, e incide apenas sobre a sua rentabilidade. As contribuições realizadas não são tributadas. Na hora da aquisição do plano, o cliente pode escolher se vai pagar o IR pela tabela progressiva (que obedece ao padrão dos assalariados, de 0 a 27,5%) ou regressiva. Esta última é uma boa escolha para quem deseja investir em longo prazo: o IR cai 5% a cada dois anos, chegando a 10% após dez anos de aplicação. Os dois produtos podem ser resgatados de uma única vez ou em parcelas mensais e vitalícias, para complementar a aposentadoria pública.

simulação I como fica sua aposentadoria complementar (juros reais) RENTABILIDADE ANUAL DE 6%

Premissas: Idade de inicio - 30 anos Idade que deseja se aposentar - 60 anos Contribuição mensal: R$ 300 30 anos de acumulação

CONCLUSÕES

RENTABILIDADE ANUAL DE 4%

Resultado: Reserva estimada acumulada: R$ 292.353,89 Na aposentadoria a renda mensal estimada: R$ 1.503,10

Premissas: Idade de inicio - 30 anos Idade que deseja se aposentar - 60 anos Contribuição mensal: R$ 300 30 anos de acumulação

Resultado: Reserva estimada acumulada: R$ 205.581,17 Na aposentadoria a renda mensal estimada: R$ 1.056,97

No cenário atual, para manter e compensar essa redução de 30% na renda mensal estimada será preciso: l

Postergar a idade de

aposentadoria para 65 anos (aumentando tempo de contribuição em 5 anos). l Aumentar a contribuição mensal para R$ 450.

Fonte: Icatu Hartford


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