Especial Saúde

(re)Encontros… à volta da mesa!

Comemore o Natal sem abrir mão do equilíbrio.

O Natal está prestes a chegar e, com ele, os habituais excessos alimentares. Os eventos familiares trazem todas as tentações normais da época, com almoços e jantares prolongados, em que acabamos por tomar decisões alimentares das quais muitas vezes nos arrependemos.

Quais são os erros mais comuns nesta época?

1º Erro – Festejar o natal durante todo o mês de dezembro.

Esta é a expressão eleita quando queremos cometer excessos sem sentimento de culpa. De facto, não é por cometermos um excesso pontualmente que somos menos saudáveis ou que o peso vai disparar. Contudo, cada vez mais o natal tem alargado o seu período festivo de 2 dias para o mês inteiro. Se conseguirmos respeitar que o Natal é apenas nos dias 24 e 25 de dezembro, não é por abusar um pouco mais nestes dois dias, que vai ser menos saudável ou aumentar de peso. Se, pelo contrário, os excessos começarem mais cedo e cedermos a cada almoço, lanche ou jantar de natal, comendo tudo o que apetecer, garantidamente que a saúde e o peso se vão ressentir!

2º Erro – Mesa posta a semana inteira.

Outro grande erro que temos a tendência de cometer é deixar a mesa posta ao longo de vários dias. Ao fazermos isto, vamos comer o dobro ou o tripo do desejado e ultrapassar em muito as necessidades nutricionais recomendadas. Para além do que comemos a mais nas refeições principais, vamos passar a semana inteira a passar pela mesa, a petiscar os frutos secos, filhoses, rabanadas… O ideal é aproveitar o dia de natal, mas depois evitar ter à mão os doces que sobram para não se cair tão facilmente em tentação!

“Um dia não são dias”.

3º Erro – Esquecer o tradicionalismo. Do ponto de vista de erros alimentares, o problema não está

no bacalhau, no peru ou no polvo, pratos típicos do natal português. O problema está na adulteração destes pratos, que de simples passam a gratinados ou com natas num instante e nas gorduras e nos açúcares que se ingerem em excesso nesta fase!

4º Erro – Fazer comida para um batalhão!

Igualmente típico, é ter um jantar de 7 pessoas e fazer comida para 30. Para além de comermos mais no próprio dia, porque apetece experimentar um pouco de tudo, acabamos por ficar com as sobras, que nos levam a cometer excessos a semana inteira!

5º Erro – Jejum o dia todo para “aproveitar” bem a ceia.

Outro erro que temos a tendência de cometer é restringir demasiado a alimentação durante o dia da consoada. Comer pouco durante o dia para depois comer em excesso não é de todo a melhor opção. Não só não vai poupar calorias, como a velocidade de absorção das mesmas será muito mais rápida.

Como sabemos, os maus hábitos alimentares, as alterações de rotina e a falta de exercício físico podem ter impacto no equilíbrio nutricional.

““Perdido por 100, perdido por 1000”?”. Não é preciso abdicar da tradição, nem passar o natal a contar calorias! Mas com bom senso e moderação vai ver que tem um natal igualmente feliz e saboroso, mas muito mais saudável!

Dispepsia?

Também a dificuldade de digestão ou dispepsia pode ser uma consequência dos excessos cometidos nesta época festiva, devido a ingestão rápida e excessiva de alimentos, em especial de alimentos muito condimentados ou ricos em gorduras e a ingestão de estimulantes como o álcool e a cafeína, que são irritantes para a mucosa gástrica.

Os sintomas de dispepsia podem incluir: Sensação de enfartamento, desconforto, saciação precoce, inchaço abdominal, azia, eructação (ato de arrotar), náuseas, vómitos e dor. Para além destas medidas preventivas, alguns ingredientes e compostos ativos, muitas vezes presentes em alimentos ou suplementos alimentares, pelas suas propriedades gastro protetoras, calmantes, reguladoras ou laxativas, podem auxiliar o sistema gastrointestinal a normalizar a digestão e regular o trânsito intestinal, sendo uma mais valia em época de excessos.

De modo a prevenir os sintomas gastrointestinais que podem ocorrer nesta época, é importante tentar manter alguns cuidados com a alimentação: • Fazer uma alimentação equilibrada, dando preferência a alimentos ricos em fibras e que regulam o trânsito intestinal; • Realizar refeições de pequeno volume e fracionadas ao longo do dia, para reduzir o trabalho gástrico durante o processo digestivo; • Manter uma ingestão hídrica adequada de 1,5 a 2L de água por dia; • Manter horários regulares das refeições; • Evitar ingerir quantidades excessivas de alimentos; • Reduzir o consumo de alimentos de difícil digestão; • Mastigar devagar para facilitar a digestão e otimizar a ação dos sucos digestivos; • Reduzir o consumo de tabaco e café, assim como evitar o consumo excessivo de álcool; • Evitar deitar ou sentar após a refeição; • Manter a prática de exercício físico.

Mas atenção, a dispepsia pode ter outras causas, que importa tratar, como por exemplo:

– Úlceras gástricas ou duodenais; – Gastrite; – Perturbações da motilidade intestinal (movimentos do intestino); – Bloqueio intestinal; – Obstipação (prisão de ventre); – Infeção pela bactéria helicobacter pylori. Os medicamentos antiácidos poderão ser uma opção no alívio dos sintomas associados a este distúrbio. Contudo, se os sintomas descritos forem recorrentes ou persistirem por longos períodos, se ocorrerem vómitos com sangue, perda de peso ou de apetite, fezes negras, dificuldade respiratória ou sudação excessiva, deverá ser agendada uma consulta médica. Fontes: Portal biovip; Portal Farmácias Portuguesas; Portal MSD Manuals; Portal Farmácia Saúde.