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Desafios Indústria

Os Desafios da Energia

na distribuição farmacêutica

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Assegurar a Cadeia do Medicamento face aos impactos resultantes do atual contexto de crise energética.

Num quadro de crise de saúde pública, ao qual agora se soma uma crise energética, é notório o esforço da Distribuição Farmacêutica para continuar a assegurar, diariamente, o fornecimento atempado e adequado de medicamentos e outras tecnologias de saúde. A capacidade de adaptação do setor a estas novas realidades, com o desenvolvimento de mecanismos para assegurar o abastecimento regular do mercado português, minimiza ruturas e evidencia uma robustez assinalável.

Pedido de medidas urgentes ao governo

Dada esta conjuntura, o setor da distribuição farmacêutica solicitou medidas urgentes para minimizar o aumento dos custos dos combustíveis no transporte de medicamentos. Os associados da ADIFA solicitaram ao governo apoios como, por exemplo, o acesso a gasóleo profissional, a majoração na dedução dos gastos com combustíveis, o reembolso parcial do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos), a dedutibilidade do IVA no gasóleo e a isenção do pagamento do imposto único de circulação das viaturas afetas à atividade da distribuição farmacêutica". Segundo comunicado da ADIFA, "desde o início do ano, as empresas de distribuição farmacêutica de serviço completo registaram um aumento de 20% em custos energéticos". Estamos perante um setor regulado pelo Estado, que fixa administrativamente o preço e a margem destes bens

essenciais, limitando a remuneração das empresas de distribuição que, por sua vez, se veem forçadas a acomodar os custos crescentes de energia e combustíveis. As ajudas supramencionadas e requeridas ao governo devem ser aplicadas de forma imediata para que os distribuidores consigam manter o nível de serviço das suas operações de armazenamento e distribuição de medicamentos. Importa recordar que durante a pandemia da covid-19 os distribuidores farmacêuticos foram parte fundamental da resposta, permitindo o acesso a equipamentos de proteção individual, álcool gel, testes rápidos, para além do abastecimento ininterrupto e equitativo de medicamentos e vacinas em todo o território nacional, o que figura um serviço público essencial. O setor assegura várias vezes ao dia o fornecimento atempado e contínuo das farmácias a nível nacional, realizando mais de 6 mil entregas por dia, através de mais de 800 viaturas no terreno e de 27 plataformas logísticas. Os impactos económico-financeiros que resultam dos aumentos dos preços da energia e, em particular, dos combustíveis, estão a agravar-se. A manter-se, esta situação traduz-se numa ameaça real ao normal funcionamento do circuito de abastecimento de medicamentos em Portugal, uma vez que os distribuidores podem não conseguir manter o fluxo normal de colocação de medicamentos nos pontos de venda e de administração devido aos custos insustentáveis.

Inflação nos 8,7% em junho, com preços da energia a dispararem mais de 30% - A mais alta em quase 30 anos

A energia é a componente com maior disparo nos preços. A taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá sido de 31,7%, valor mais alto desde agosto de 1984. Depois de ter atingido os 8% em maio, a inflação em Portugal voltou a acelerar para se fixar em 8,7% em junho, segundo estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). É o valor mais elevado desde dezembro de 1992, segundo indica o gabinete de estatísticas. A Cooprofar não é exceção à regra e, face aos resultados apresentados, vemos espelhado o esforço com que nos deparamos diariamente face à inflação do preço dos combustíveis. A atual situação traduz-se, assim, numa ameaça real ao normal funcionamento do circuito do medicamento. Importa, desta forma, optar por medidas colaborativas que garantam o normal funcionamento e a continuidade dos serviços.

EVOLUÇÃO DO PREÇO MÉDIO EM PORTUGAL CONTINENTAL

Agosto(2022)

Gasóleo Simples Linha de Tendência

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